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MODULO 3 BRINCADEIRAS CANTADAS

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Prévia do material em texto

Questão 1
Segundo Rubem Alves, qual é o objetivo da educação?
a) Massificar o conteúdo para que a criança cumprir os objetivos propostos.
b) Buscar caminho para a autoeducação.
c) Controlar o convívio entre as crianças e motivar assim a aprendizagem.
d) O objetivo da educação é ensinar a pensar... criar na criança a curiosidade, a alegria de pensar.
e) Estruturar uma grade curricular intensa que estimule constantemente a alfabetização.
Questão 2
Como acontece o processo de escrita para Maria Montessori?
a) De uma forma natural e que conquista os alunos.
b) Deverá ocorrer apenas após os 07 anos, sendo um erro buscar favorecer antes deste período.
c) Acontece quando os alunos são expostos todos os dias a reprodução de códigos.
d) Só acontece por meio do silêncio e da organização da sala onde as crianças ouçam o educador.
e) A escrita é o fruto de uma longa aprendizagem ingrata realizada nas escolas, que deixa a lembrança de esforços árduos, dificuldades superadas, punições sofridas, tormentos.
Questão 3
Segundo o texto, o que são neurônios espelhos?
a) Uma possibilidade de aprendizagem estética.
b) Neurônio-espelho é uma rica descoberta que se refere à ação de espelhar o movimento do outro, reproduzi-lo e assim se apropriar.
c) É um jogo de tabuleiro bem divertido.
d) São possibilidades de colocar os alunos um de frente para o outro e se permanecerem quietos.
e) É uma descoberta que revela como o ser humano passa a morar em casas.
Questão 4
Segundo Soares (2016) é entendida como: sequências de palavras com a mesma relação semântica onomatopaica. Ainda em Soares entendemos que 'Levam a criança a dirigir a atenção para a cadeia sonora das palavras, as atividades podem levar a criança a perceber a possibilidade de segmentação das palavras'.
O texto acima se refere a figura de linguagem:
a) Aliteração.
b) Prosódia.
c) Cacofonia.
d) Semântica.
e) Silabação.
Questão 5
A música é uma rica possibilidade para ampliar e promover a:
a) Disciplina.
b) Educação integral.
c) Concentração.
d) Ordem na fila.
e) Orientação na hora de lavar as mãos.
Questão 6
A Educação Integral é:
a) Ficar o dia todo na escola.
b) A que possibilita alimentação integral.
c) Uma concepção que tem como premissa o compromisso com a formação do ser humano, a aprendizagem e o desenvolvimento integral de todos os bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos ao longo da vida.
d) Uma concepção que tem como premissa o compromisso com a formação do ser humano, a aprendizagem e o desenvolvimento integral de todos os bebês e crianças.
e) Uma concepção que tem como premissa o compromisso com a formação do dos adolescentes, jovens e adultos ao longo da vida.
Educação Integral é uma concepção que tem como premissa o compromisso com a formação do ser humano, a aprendizagem e o desenvolvimento integral de todos os bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos ao longo da vida. Isso significa que o trabalho pedagógico amparado pela Educação Integral independe do tempo em termos quantitativos e considera todas as dimensões de vida dos envolvidos (intelectual, social, cultural, emocional e física) como parte indissociável do processo de aprendizagem e de uma formação comprometida com o exercício da cidadania.
Questão 7
Segundo a UNESCO são Pilares para a educação:
a) Aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a crescer.
b) Aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ter e aprender a conhecer.
c) Aprender a aprender, aprender a copiar, aprender a ser e aprender a conhecer.
d) Aprender a obedecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conhecer.
e) Aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conhecer.
Questão 8
Segundo Emília Ferreiro (1985): 'Muito antes de serem capazes de ler, no sentido convencional do termo, as crianças tentam ________ os diversos textos que encontram ao seu redor (livros, embalagens comerciais, cartazes de rua), títulos (anúncios de televisão, histórias em quadrinho)'.
A palavra que completa adequadamente a frase é:
a) Interpretar.
b) Copiar.
c) Desenhar.
d) Recortar.
e) Colar.
Questão 9
Docentes:
Produzir um relato de experiência a respeito da aplicabilidade prática dos conteúdos deste curso em seu cotidiano educativo.
Não docentes:
Produzir um relato de experiência a respeito de como foi o curso para o educador e da aplicabilidade das propostas em seu cotidiano educativo.
Coloquei o grupo de crianças sentadas em roda no chão ou em volta de uma mesa e com um copo de plástico duro ou uma lata cada uma. A brincadeira é como “siga o mestre”. O professor ou uma criança “comanda” os gestos com palavras como: “pega copo”, “vira copo”, “passa copo” e outros comandos, como os que você pode ver no vídeo ou outros inventados e convencionados com seu grupo. A turma imita logo em seguida sem perder o ritmo.
Curso EAD - Brincadeiras cantadas - o desenvolvimento integral através da cultura musical da infância Apresentação Caro aluno e cara aluna, Este módulo foi estruturado para ampliar e se conectar com o módulo 2, buscando ampliar o conhecimento de forma significativa. Por aqui, vamos visitar e refletir sobre a função das brincadeiras cantadas como componente facilitador do processo de alfabetização e letramento. Convidamos você a rever e analisar criticamente tudo o que até aqui foi apresentado, com a intenção de que consigamos uma conexão com a sua realidade, indicamos utilizar um lugar para registro para que seus questionamentos possam ser sanados e, de tempos em tempos, revisitados. Ao final do módulo, você terá acesso a um pequeno acervo com algumas possibilidades de canções e indicação de links para encontrá-las no ambiente virtual. Bem-vindo e bem-vinda ao início de uma jornada que começa com a sua inquietação de ir além do que fora apresentado até aqui. Boa leitura! A música e o Letramento Quando devemos iniciar a alfabetização e letramento e como acontece? Somos educadores e educadoras sociais e sempre que penso no termo alfabetização, fico imaginando em qual momento ela começa a acontecer, e o quanto todos os agentes sociais que fazem parte do cotidiano educativo, fazem parte do processo de alfabetizar. Alfabetizar é levar a criança a se apropriar de códigos e símbolos de linguagens e a apropriação do sistema de escrita. Trocando em miúdos, é inserir no cotidiano uma maneira de se comunicar para além do verbal, deixando registros que serão decodificados pelos outros e conseguindo decodificar registros feitos pelos outros e aqui chegamos ao letramento. Uma importante contribuição para este processo chamado de alfabetização e letramento é Maria Montessori, que apresentou através de suas pesquisas e abordagem, possibilidades de apropriação dos códigos que vão representar o real vivido pela criança. Neste sentido, devemos analisar o quanto se faz necessário um pensamento abrangente sobre a ação de alfabetizar, para poder escrever, se faz necessário experiências anteriores com ampla evocação dos sentidos, para que os registros bidimensionais já existam na memória, como registros tridimensionais. E aqui, assim como nos orienta Montessori, sairemos do macro para o micro. Montessori traz uma reflexão que ainda hoje se faz atual no que se refere ao processo de aprendizagem de escrita nas escolas, segundo a autora: “A escrita é o fruto de uma longa aprendizagem ingrata realizada nas escolas, que deixa a lembrança de esforços árduos, dificuldades superadas, punições sofridas, tormentos”. (Montessori, 2019) Quando as educadoras e educadores começam a favorecer um cotidiano letrado no espaço, as crianças passam a se relacionar, internalizar, ter o interesse de compreender o que são e o que representam, e a partir de uma necessidade investigativa e natural de evolução, descobrem por interesse e decodificá-los com sentido. Somos seres evolutivos e a evolução é a junção do que já tenho internalizado com o que tenho interesse em conquistar, por isso, criar interesse é abrir a porta da vontade da descoberta, que passa a ser algo contagioso, pois naturalmente a evoluçãode um, passa a ser refletida no outro que, por interesse, deseja também se apropriar das novas conquistas, por aquilo que nos apresenta a Neurociência como neurônios-espelhos. Neurônio-espelho é uma rica descoberta que se refere à ação de espelhar o movimento do outro e reproduzi-lo e assim se apropriar, em uma conexão já diferente da do outro, uma vez que internalizamos de forma única, associada às nossas memórias com relação às experiências que já temos, e essa é a magia da subjetividade, que se relaciona com o que eu internalizo e como eu devolvo. Por isso, ao pensar em processo de alfabetização e letramento, precisamos olhar para a mobilização das experiências que passam pelos diversos sentidos, mas o que percebemos ainda hoje é um processo muito mais ligado à escuta e reprodução sem sentidos de fonemas e palavras, por vezes sem conexão ou longe da realidade das crianças, na busca de apresentar um universo ainda não conhecido, impossível de ser relacionado, e a criança precisa primeiro buscar recursos em sua memória para compreender do que se fala, para depois de alguma forma conseguir associá-lo. Neste sentido, temos que buscar caminhos para o processo ser natural e que aconteça gradualmente, tendo o ambiente como mobilizador do acontecimento, se favorecendo do brincar, pois passa a ser o apoio necessário para a descoberta acontecer! Sobre a descoberta Montessori (2019), discorre: “Uma verdadeira descoberta contém, forçosamente, uma novidade. E toda novidade constitui uma porta que dá a quem ousa transpô-la, acesso a domínios ainda inexplorados”. Por isso, existe uma a necessidade real de criar um interesse no curioso, que vai neste processo desbravar interiormente a necessidade de descobrir e sanar sua curiosidade. Rubem Alves, no documentário “O Professor dos espantos”, diz que: “O objetivo da educação é ensinar a pensar… Criar na criança a curiosidade, a alegria de pensar”. Vejamos a partir da fala do Filósofo e educador brasileiro, a necessidade do fazer pedagógico passar pela alegria e não apenas pela frustração, principalmente quando pensamos no processo de alfabetizar, pois este não é natural. Natural é experimentar, vivenciar, explorar, e a interpretação de códigos necessita ser apresentada culturalmente de maneira assimilativa e significativa. As crianças estão em um universo letrado e precisamos pensar sobre isso, para aproximar a aprendizagem. Emília Ferreiro (1985), no livro Alfabetização em Processo, elucida: “Muito antes de serem capazes de ler, no sentido convencional do termo, as crianças tentam interpretar os diversos textos que encontram ao seu redor (livros, embalagens comerciais, cartazes de rua), títulos (anúncios de televisão, histórias em quadrinho)”. Magda Soares em seu livro “Alfabetização: a questão dos métodos” lançado no ano de (2016), cita que em síntese a alfabetização é o processo de aprendizagem do sistema alfabético e de suas convenções, ou seja, a aprendizagem de um sistema notacional que representa, por grafemas, os fonemas da fala. Neste sentido, precisamos ter clareza da necessidade de propiciar diversos recursos que fomentem a alfabetização. Portanto, para a criança conseguir graficamente codificar letras e construir palavras, necessita de um acervo amplo construído socialmente, o que facilitará a decodificação dos códigos escritos. E assim se dará o processo de alfabetização e letramento que segundo Soares: “Parece ser necessário rever os quadros referenciais e os processos de ensino que predominam em nossas salas de aula, e talvez reconhecer a possibilidade e mesmo a necessidade de estabelecer a distinção entre o que mais propriamente se denomina letramento, de que são muitas as facetas — imersão das crianças na cultura escrita, participação em experiências variadas com a leitura e a escrita, conhecimento e interação com diferentes tipos e gêneros de material escrito — e o que é propriamente a alfabetização, de que também são muitas as facetas — consciência fonológica e fonêmica, identificação das relações fonema–grafema, habilidades de codificação e decodificação da língua escrita, conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita”. (Soares 2004) Sendo assim precisamos ampliar e perceber o potencial não apenas da música, mas das artes gráficas, do áudio visual e, principalmente, do brincar com os elementos que compõem este processo de alfabetização e letramento, ao utilizar uma canção, buscar um caminho de codificá-la, e aqui não estou falando de registro musical ou notação; falo sobre o reconhecimento de que as palavras têm tamanhos diferentes e aqui temos a orientação espacial um componente primordial para sua identificação, o controle de força necessário para diminuir o estresse motor durante o processo de registro do código, percepções visual, auditiva e tátil, que estão relacionadas aos exercícios que utilizam a atração visual, a capacidade de diferenciar tipos de sons e a capacidade de perceber e diferenciar objetos através do tato, respectivamente. Esses elementos supracitados fazem parte da teoria da psicomotricidade e que encontramos no brincar potencial natural de alcance. Sobre o brincar e a psicomotricidade apresentamos a seguinte sentença: O desenvolvimento psicomotor é crucial no desenvolvimento global da criança, entendido como um processo dinâmico e complexo, consequente da interação entre fatores genéticos e ambientais, que se baseia na evolução biológica, psicológica e social, resultando na maturação orgânica e funcional do sistema nervoso, bem como no desenvolvimento das unções psíquicas e na estruturação da personalidade” (ACCORSI et al., 2018, pag. 31). Ainda sobre a habilidade de escrita, segundo Tubelo e Silva (2012) “A linguagem escrita não é algo natural ao cérebro humano, ela é adquirida na interação e exercício sociocultural”. Podemos perceber que, propiciar o brincar é uma tarefa inadiável para a evolução natural do Ser humano, pois é por este viés onde a relação traz sentido à exploração e faz com que queiramos conquistar coisas novas e assim evoluir, evoluímos com o outro, pela oportunidade de espelhar comportamentos e se relacionar, e no brincar temos a oportunidade de experimentar e vivenciar, fortalecer, amadurecer nos âmbitos cognitivo, social, físico e por fim, conquistar. Destreza e raciocínio Destreza, uma leve impressão pode chegar a nós apenas ao ouvir a palavra, já relacionamos com capacidade de ser habilidoso em algo, ter destreza é, portanto, ser rápido na resolução de algo motor. No dicionário temos a seguinte referência: • Habilidade e agilidade na realização de algo, especialmente com as mãos. • Manifestação dessa habilidade ou capacidade: pintava com destreza. • Capacidades para realização movimentos ágeis, rápidos, eficazes. Seguindo essa referência, podemos entender que, a destreza é um componente adquirido por experiências significativas e que mobilizem coordenação motora, e em especial, os manuais, podendo ser classificadas como coordenação motora fina, sendo a capacidade de utilização de pequenos músculos dos pés e das mãos para um movimento mais refinado e preciso. Faz-se necessário sempre lembrar-nos da importância de iniciar da macromotricidade para a micromotricidade. Que segundo Tubelo (2021), macromotricidade está relacionada a uma conquista do deslocamento bípede e da somatognosia, percepção de corpo primitiva, tem uma relação ancestral de conquista de liberdade e sobrevivência. E a micromotricidade se revela na especialização hemisférica, na construção da inteligência manual. O que tornou o homem o ser mais complexo e capaz dentre os mamíferos. E por fim, a oromotricidade que se apresenta como a conquista da comunicação e estruturação cognitiva e simbólica da espécie humana. Esses três pilares motrizes alcançados pelo ser humano modificaram sua arquitetura cerebral, surgindo assim a grafomotricidade, que acontece com a evolução do neocórtex, desenvolvido apenas na espécie humana. Ainda segundo a autora, é importante salientar quea grafomotricidade está relacionada com funções humanas relacionadas à capacidade cognitiva, as funções executivas e prémotoras, bem como asfunções psicológicas superiores(Atenção, percepção, memórias, pensamento e linguagem). E aqui temos a possibilidade de perceber a destreza, que é uma capacidade adquirida pela possibilidade de experimentação. Quando pensamos em raciocínio podemos olhar diretamente para nossa evolução supracitada, pois ao recorrermos ao dicionário teremos a seguinte definição: • Ato ou efeito de raciocinar. • Processo mental através do qual se formulam ideias, se entendem argumentos, atos, fatos e mensagens, se elaboram avaliações, se deduz algo e se tiram conclusões. • Capacidade de raciocinar; racionalidade. Percebemos como a ação de raciocinar é o que nos diferencia de outras espécies e devemos permitir, durante o processo de apropriação dos códigos alfabéticos, que aconteçam para termos o alcance da significância na conquista da alfabetização e letramento. Em síntese, o que queremos com este trecho é salientar a necessidade de estimulação motora no processo de evolução da destreza e do raciocínio, pois ao ampliar as referências sociais por intermédio das relações, as crianças vão conquistando a possibilidade de raciocinar e utilizar suas possibilidades linguísticas na ação prática, fazendo parte de seu cotidiano. Rimas, trava-línguas e aliteração: Favorecimento da alfabetização e letramento Para além de suas funções auxiliares na alfabetização e letramento, rimas, trava-línguas e aliterações, são boas possibilidades de brincar, podendo ser incluídas no cotidiano da sala de aula como ferramenta de desenvolvimento e aproximação das crianças ao conteúdo oferecido, por ser o brincar a linguagem da infância, abordando assim, o que está sendo aprendido de seu universo natural, aqui entendido como brincar. Segundo Haetinger (2013), a criança que não compartimenta mais os conhecimentos, que busca de forma não linear suas relações com conteúdos de seu interesse e cria um modo de agir frente aos desafios, passa a ser um sujeito multifacetado em sua essência. A intenção de promover situações que mobilizam uma participação ativa, conexões de conteúdos, ampliação cultural através do que se oferece é caminhar para o encontro do que nos orienta a UNESCO enquanto Pilares para a educação. Aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conhecer, é o caminho para a educação competente e significativa. O brincar é por essência o lugar da mobilização da conexão social e expansão de conhecimento, neste sentido, trazer conteúdos em forma de jogo e brincadeira é conectar a criança ao conhecimento. E vamos a partir de agora apresentar algumas brincadeiras cantadas que mobilizam os saberes visitados até aqui, para que você, educador, tenha a possibilidade de identificar e perceber de forma prática como pode utilizá-las, recreá-las e reinventá-las. Iniciaremos com o recurso de linguagem “rima”, utilizada em textos, dos gêneros discursivos, estruturados em versos e como poemas e músicas. Freitas (2003, p.157) especifica um pouco mais o que compreende por rima: “A rima pode ser definida como a igualdade entre os sons das palavras desde a vogal ou ditongo tônico até o último fonema”. A música contribuindo com a educação integral A música é uma ferramenta potente quando pensamos em educação integral, por ser uma expressão cultural que mobiliza diferentes áreas do conhecimento, ampliação do vocabulário, exploração das competências motoras, contribui para a melhoria da concentração, memorização, propicia desenvolvimento de relações sociais e facilita assimilação de conteúdo. A educação integral segundo o documento de São Paulo Educação Integral: política São Paulo educadora (2020): A Educação Integral é uma concepção que tem como premissa o compromisso com a formação do ser humano, a aprendizagem e o desenvolvimento integral de todos os bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos ao longo da vida. Isso significa que o trabalho pedagógico amparado pela Educação Integral independe do tempo em termos quantitativos e considera todas as dimensões de vida dos envolvidos (intelectual, social, cultural, emocional e física) como parte indissociável do processo de aprendizagem e de uma formação comprometida com o exercício da cidadania. (São Paulo,2020) Seguindo este princípio norteador podemos perceber a importância de uma educação que vá além da informação ou do oferecimento de conteúdos, compreendendo o indivíduo em todos os seus aspectos e áreas de desenvolvimento, educar na integralidade é olhar para o bebê, para as crianças, adolescentes e jovens como sujeitos de direito, considerando seu tempo e suas experiências diárias, não como um eterno vir a ser, mas alguém que já carrega consigo um tanto de conhecimento, que interfere e que constrói cultura cotidianamente, impactando e sendo impactado diariamente pelas relações e ambientes com que interage. Ainda segundo o documento: Compreende, portanto, que uma educação de qualidade, inclusiva e universal, considera um currículo integrador dos diferentes contextos sociais, culturais, saberes locais, econômicos e dos conhecimentos historicamente construídos, que amplie os espaços de participação, reflexão e consciência com o compromisso de se constituir uma sociedade de direitos, promovendo o protagonismo dos estudantes. Pensar em proposta de educação integral é olhar para o sujeito como alguém que deve também questionar e buscar caminhos para fazer diferente, mudando assim sua história e impactando seu entorno, a educação crítica leva à emancipação e a transformação do indivíduo em um âmbito global, traçando uma rota para a caminhada na busca da equidade e da reparação social há tempos sonhada, mobilizando a superação da desigualdade. Neste sentido, apresentar as canções tradicionais e refletir sobre o que suas letras nos contam, é apresentar a nossa história e questioná-la, é tirar do tapete aquilo que por vezes foi escondido ou simplesmente negado, mas para que isso aconteça precisamos enquanto educadores, previamente, conhecer os contextos das canções para apresentá-las, respeitando o nível de aprendizagem de cada grupo dentro de suas caraterísticas e possibilidades interpretativas. Aqui buscamos o desenvolvimento do senso crítico, canções que abordam temas relacionados a questões socioeconômicas, como no caso “Pobre de marré marré” onde podemos falar sobre as diferenças e como se estruturam e afetam grupos sociais. Outras abordam temas sobre discriminação, como a canção “Pobre cego”, que em uma estrofe apresenta a ideia de presentear o cego com pão e vinho e para ele seguir seu caminho. Quando pensamos no desenvolvimento motor temos as canções com coreografias e movimentos, explorando a capacidade motora e expressão corporal. Existem canções que abordam sentimentos e expressões relacionadas a eles, e ao utilizá-las, conversamos indiretamente sobre eles e inclusive a percepção de como o corpo pode representá-los. A cultura de diferentes regiões do Brasil e do mundo podem ser apresentadas por intermédio das canções, ampliando o conhecimento cultural. Temos também canções que abordam temas da preservação ambiental, que podem ser utilizadas para falar sobre o tema e caminhos para diminuir e solucionar. Após olhar para o cenário apresentado podemos compreender a música como uma rica possibilidade para ampliar e promover a educação integral. Se apropriar desta linguagem nas aulas é também ampliar os recursos lúdicos, sendo um facilitador do aprender, uma vez que a relação prazerosa é um verdadeiro convite para o experienciar. Brincadeiras cantadas As brincadeiras cantadas são formas lúdicas de brincar explorando o corpo, as palavras e a diversão. Dando continuidade com exemplos, traremos abaixo possibilidade de trava-língua. Segundo Ferreira e Ramos (2010), os trava-línguas são considerados gêneros orais e, em sala de aula, devem ser trabalhados para a articulação e para o desenvolvimento do aluno em processo de alfabetização, pois, para a criança,é muito mais fácil aprender partindo do seu saber inicial e utilizando o conhecimento prévio para uma alfabetização com sentido, ao contrário das cartilhas que utilizavam o “BA-BE-BI-BO-BU”, sem significado algum para a alfabetização do aluno. AQUI TEM CAQUI Aqui tem caqui Caqui aqui não tem Se aqui tiver caqui Caqui aí não tem Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=PTechnyAYTo MEIO-DIA MACACO ASSOBIA Meio-dia macaco assobia Panela no fogo barriga vazia. Meio-dia macaca Sofia Fazendo careta pra dona Maria. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=j4BDf2Ow4Rg PANELA DA CHINA Panela da China que vira pô Galo que canta cocoricó Pinto que pia Pi, pi, pi Vou tomar café com chantili Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=Hn9tIrm8aYo E por fim, apresentaremos a figura de linguagem aliteração. Que segundo Soares (2016) é entendida como: sequências de palavras com a mesma relação semântica onomatopaica. Ainda em Soares entendemos que “Levam a criança a dirigir a atenção para a cadeia sonora das palavras, as atividades podem levar a criança a perceber a possibilidade de segmentação das palavras”. Como exemplo prático ficam as seguintes referências: BRUXA O QUE TEM NO CALDEIRÃO Bruxa o que vai ao caldeirão Que vira uma grande confusão Quando ela coloca uma bola De dentro ela tira uma bala Quando ela coloca uma bala De dentro ela tira uma mala Bruxa o que vai ao caldeirão Que vira uma grande confusão Quando ela coloca mola Veja vou lhe contar um segredo Quando ela coloca uma mola Meu corpo se arrepia de medo Porque ele agora só rebola porque ela me transformou em uma mola Bruxa o que vai ao caldeirão Que vira uma grande confusão Quando ela coloca um pato De dentro ela tira logo um rato Quando ela coloca um rato De dentro ela tira é um sapo Quando ela coloca um sapo Meu corpo se arrepia de medo Porque agora eu fico pulando Igual a um sapinho vou andando Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=klONdzhoPr0 EU VOU PRA LUA Eu vou pra lua e eu vou te levar Nós vamos levar coisas com a letra C Não pode repetir e nem hesitar Casa, carro, cadeado e carrinho. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=KtcGakGH7f8 Indicamos como referência para ampliação do olhar para a necessidade de recorrer à curiosidade como motivadora da aprendizagem o vídeo de Rubem Alves intitulado “O professor de espantos” https://www.youtube.com/watch?v=UqqVGd1_blg Bem como o vídeo que apresenta como referência para o processo de alfabetização. Como funciona o método Montessori/ Papo de mãe https://youtu.be/KotnDrFjV90 Método Montessoriano de educação: como ele funciona? https://www.youtube.com/watch?v=ChMsxz2664Q Indicamos para ampliação do conhecimento sobre o assunto alfabetização e letramento o texto de Magda Soares Letramento e alfabetização: as muitas facetas. acesso pelo link: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/89tX3SGw5G4dNWdHRkRxrZk/?format=pdf Indicamos também a leitura da resenha do livro: “Quem educa marca o corpo do outro escrita por Tatiana Mina Bernardes” acesso pelo link: https://www.researchgate.net/publication/277655701_Resenha_do_livro_Quem_edu ca_marca_o_corpo_do_outro_de_Fatima_Freire_DOWBOR_Cortez_2008 Referências bibliográficas ACCORSI, B.; SILVA, W.; ARAUJO M. H.; ARAUJO C. S.; SILVA, T. A. C. Manual de atividades para crianças pequenas. 2°ed. São Paulo: Phorte 2018. ARAUJO, C. S.; SILVA, T. A. C.; PONTES, R.; LUCAS, R. Músicas Para Brincar: um guia prático com letras, melodias e brincadeiras. São Paulo: Supimpa, 2021. SILVA, T. A. C.; ARAUJO, C. S. Vamos brincar: dinâmicas que potencializam a aprendizagem. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019. COLELLO, S. M. G. Alfabetização e motricidade: revendo essa parceria antiga: Faculdade de educação da USP. São Paulo; 2013. file:///D:/curso%20Prefeitura%20de%20S%C3%A3o%20Paulo/jo%C3%A3o%20batista %20freire.pdf acesso em 31/03/2023 as 22h30 FERREIRA, B. A.; RAMOS, F. M. O papel do trava-língua, enquanto gênero oral, na sala de alfabetização. Educação & Docência, Ano 1, Número , 2010 https://www.ibilce.unesp.br/Home/Departamentos/Educacao156/Revista/Revista_Co mpleta.pdf#page=53 acesso 03/03/2023 as 12h30.

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