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1 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
 
2 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
GRAVIDEZ / PRÉ-NATAL .................................................................................................................................................. 3 
SANGRAMENTOS DA PRIMEIRA METADE (< 20 semanas) .............................................................................................. 6 
SANGRAMENTOS DA SEGUNDA METADE (> 20 semanas) .............................................................................................. 9 
DOENÇAS CLÍNICAS ....................................................................................................................................................... 13 
SOFRIMENTO FETAL AGUDO E CRÔNICO ...................................................................................................................... 20 
ASSISTÊNCIA AO PARTO ................................................................................................................................................ 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
OBSTETRÍCIA 
GRAVIDEZ / PRÉ-NATAL 
DIAGNÓSTICO 
▪ CLÍNICO 
Presunção – 
percebido pela mãe / mama / 
sistêmico 
 Náuseas, polaciúria, mastalgia 
 Tubérculo de Montgomery 
 Rede de Haller – venosa 
 Hunter – segundo contorno 
Probabilidade – 
útero / vagina / vulva 
 Hegar – istmo amolecido 
 Piskacek – assimetria uterina 
 Nobile-Budim – preenchimento do fundo de saco, útero globoso 
 Jacquemier – meato e vulva roxos 
 Kluge – vagina roxa 
 Goodel – colo amolecido 
Certeza – 
ouvir / sentir 
 Puzos – rechaço fetal (> 14 semanas) 
 Movimentação (> 18-20 semanas, cicatriz umbilical) – pelo médico! 
 Ausculta – sonar (> 10-12 semanas), pinard (> 18-20 semanas) 
*A mórula entra na cavidade uterina, mas é o blastocisto que sofre a nidação 
 
Altura uterina 
Sínfise púbica 12 semanas – já sabe o sexo! 
Entre a SP e o umbigo 16 semanas 
Cicatriz umbilical 20 semanas – 500g 
*Regra de MacDonald: AU x 8 / 7 
 
▪ LABORATORIAL – HCG na urina ou B-HCG no sangue 
 Pico: 8-10 semanas 
 B-HCG > 1.000 confirma (95%) 
 Dobra a cada 48h 
 Produzido pelo sinciciotrofoblasto após a nidação – 
sustenta o corpo lúteo 
*Citotrofoblasto: interno / Sinciciotrofoblasto: externo 
 
▪ ULTRASSOM TV 
4 semanas Saco gestacional 
5 semanas Vesícula vitelina 
6 semanas Embrião 
7 semanas BCE 
6-12 semanas: idade gestacional pela CCN – mais fiel 
 
MODIFICAÇÕES MATERNAS 
OSTEOARTICULARES 
 Lordose acentuada 
 Marcha anserina – base alargada 
 Relaxamento ligamentar 
URINÁRIAS 
 Aumento da TFG (+ 50%) 
 Diminuição de Ureia e Cr 
 Glicosúria fisiológica (leve!) – ultrapassa capacidade de reabsorção 
 Dilatação pielocalicial leve à direita 
 Hiperaldosteronismo 2º - edema 
RESPIRATÓRIAS* 
 Hiperventilação – aumento do VC / diminuição do volume residual / 
aumenta tempo expiratório (diminui paCO2) 
 Alcalose respiratória compensada – sensação de dispneia, evita acidose 
HEMATOLÓGICA 
 Aumento do volume plasmático (+ 50%) 
 Anemia fisiológica – mas aumenta eritropoese (+ 30%) 
Margem de erro 
1º trimestre: 1 semana 
2º trimestre: 2 semanas 
3º trimestre: 3 semanas 
*US-TV vê 1 semana antes que o abdominal 
 
4 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Leucocitose sem desvio 
 Hipercoagulabilidade – tríade de Virchow (+ estase + lesão endotelial) 
METABÓLICAS 
 Hipoglicemia em jejum 
 Hiperglicemia pós-prandial – resistência periférica à insulina 
 Aumento do colesterol e TG 
 Ganho de peso (IMC normal): 11-16kg 
CARDIOVASCULARES 
 Sopro sistólico 
 Queda da RVP – invasão trofoblástica 
 Aumento do DC – 2º trimestre (+ 50%) 
 Queda da PA – 2º trimestre 
GASTROINTESTINAIS 
 Refluxo – relaxa esfíncter esofagiano inferior 
 Risco de broncoaspiração – relaxa estômago 
 Risco de cálculo – relaxa vesícula (preferir operar no 2º trimestre) 
 Constipação – diminui peristalse 
 Baixo risco de úlcera péptica – reduz secreção ácida 
*Progesterona relaxa 
 
PRÉ-NATAL 
CONSULTAS – mínimo 6 consultas 
< 28 semanas Mensal 
28-36 semanas Quinzenal 
> 36 semanas Semanal 
*Idade NÃO indica pré-natal de alto risco! 
 
SUPLEMENTOS 
FERRO – 
20 semanas até 3 meses pós-
parto para não lactante 
 Hb > 11: Sulfato ferroso 40mg Fe elementar 
 Hb 8-11: Sulfato ferroso 200mg Fe elementar + EPF 
 Hb < 8: pré-natal de alto risco / internação 
ÁCIDO FÓLICO – 
3 meses antes da concepção 
até 12 semanas 
 0.4mg 
 Se filho anterior acometido / anticonvulsivante: 4mg 
 Diminui defeitos do tubo neural 
 
VACINAS 
dTpa 
> 20 semanas 
*Toda vez que engravidar! 
*Se esquema incompleto (< 3 doses): completar com dT 
Hepatite B 
Influenza 
*NÃO fazer vacina de agente vivo! 
 
EXAMES 
▪ LABORATORIAIS 
1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 
 Tipagem sanguínea + fator Rh 
 Hemograma 
 Coombs indireto – se Rh neg 
 Glicemia em jejum 
 EAS + urocultura 
 VDRL / TR 
 Anti-HIV / TR 
 HbSAg + anti-HbS 
 Toxoplasmose IgG e IgM 
 TOTG 75g (24-28 semanas) 
 Coombs indireto – se Rh neg 
 Toxoplasmose IgG e IgM 
= 1º trimestre, 
exceto tipagem sanguínea + fator Rh 
+ eletroforese de Hb / outros: EPF, PCCU, TSH.. 
 
 
 
5 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
▪ ULTRASSONOGRAFIA – não é rotina pelo MS 
11-14 semanas – 
cromossomopatias 
 TN < 2.5mm 
 Osso nasal 
 Ducto venoso 
20-24 semanas 
 Morfológico de 2º trimestre com 
medida de colo uterino 
 
▪ INFECÇÃO POR GBS (Streptococcus do grupo B / agalactiae) – não é rotina pelo MS 
 Swab vaginal e retal com 35-37 semanas – ACOG: 36-37+6 
 
NÃO RASTREAR – 
 já tem indicação de ATB! 
 Bacteriúria atual por GBS – mesmo que tratada 
 Filho anterior teve GBS 
 
PROFILAXIA INTRAPARTO 
Penicilina cristalina 5.000.000U IV > 2.500.000U IV 4/4h até clampeamento do cordão 
Bacteriúria atual por GBS 
Filho anterior teve GBS 
Swab positivo com 35-37 semanas 
Sem rastreio + FR (febre intraparto / prematuridade / RPMO > 18h) 
 
NÃO FAZER SE: 
Cesariana eletiva 
Swab negativo < 5 semanas 
Sem rastreio + sem FR 
 
▪ ACONSELHAMENTO GENÉTICO 
Não invasivo – avalia risco Invasivo – dá diagnóstico 
Rastreio – oferecer para todas 
*NÃO dá diagnóstico! 
Rastreio positivo ou alto risco 
(> 35 anos, anomalia congênita de feto/pais, perda de 
repetição, consanguinidade) 
 
*Só idade NÃO é mais suficiente para indicar! 
 US biofísico (11-14 semanas): TN + osso nasal + 
ducto venoso 
 Teste duplo (11-13 semanas): hCG + PAPP-A 
 Teste triplo (> 15 semanas): hCG + AFP + estriol 
 Teste quádruplo (> 15 semanas): hCG + AFP + 
estriol + inibina 
 NIPT (> 10 semanas): DNA fetal na circulação 
materna – não vê malformação euploide! 
 Biópsia de vilo (10-13 semanas) 
 Amniocentese (> 14-16 semanas) – menor risco 
 Cordocentese (> 18 semanas) 
*BAC 
 
TOXOPLASMOSE 
IgG - / IgM - Suscetível Repetir + prevenção 
IgG + / IgM - Imune Abandonar rastreio 
IgG - / IgM + Infecção aguda ou falso positivo Dosar IgA ou repetir IgG após 3 semanas (soroconversão?) 
IgG + / IgM + Infecção aguda ou antiga 
Teste de avidez se ≤ 16 semanas 
 Alta (> 60%): infecção antiga 
 Baixa (< 30%): infecção aguda 
 
Se infecção aguda: 
< 30 semanas: Espiramicina 1g 8/8h + rastrear feto (amniocentese) 
> 30 semanas / infecção fetal: + Sulfadiazina + Pirimetamina + 
Ácido foliníco 
*IgM pode significar infecção de até 4 meses atrás / *Maior risco de infecção: 3º trimestre 
 
6 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
SANGRAMENTOS DA PRIMEIRA METADE (< 20 semanas) 
USG TRANSVAGINAL 
4 semanas Saco gestacional 
5 semanas Vesícula vitelínica 
6 semanas / SG ≥ 25mm Embrião / BCE + 
*USG abdominal: + 1 semana 
*Gestação anembrionada: ausência de embrião em saco gestacional > 25mm 
 
1º exame: exame especular 
 
ABORTAMENTO 
a. Conceito Interrupção da gestação < 20-22 semanas ou < 500g 
 
b. Classificação 
Precoce Tardio 
≤ 12 semanas > 12 semanas 
 
Provocado 
Legal: 
 Anencefalia (> 12 semanas, 2 médicos assinam laudo) 
 Risco de morte materna (2 médicos assinam) 
 Estupro (< 20-22 semanas, não precisa de perícia/juiz) 
 
Esporádico  Causa mais comum: aneuploidias (trissomia do 16) 
Habitual 
≥ 3 perdas 
INCOMPETÊNCIA ISTMO-CERVICAL 
 Perdas gestacionais cada vez mais precoces – partos prematuros > abortamentos 
habituais tardios 
 Dilatação indolor + colo curto (<25mm) + feto vivo e morfologicamente normal 
 Tratamento: circlagem com 12-16 semanas pela técnica de McDonald + tirar com 
36-37 semanas ou se TP 
 
SAAF 
 Abortamento habitual + tromboses 
 Colo normal + feto morto 
 Pode ter LES 
 Anticoagulante lúpico, anticardiolipina, antiB2-glicoproteína 1 (dosar 2x) 
 Diagnóstico: 1 clínico + 1 laboratorial 
 Tratamento: AAS + heparina profilática – se história de trombose: heparina plena 
*Não investigar na gestação! 
*CI à circlagem: colo > 4cm, RPMO, IG > 24 semanas, membrana protrusa 
 
c. Clínica – cólica + sangramento 
COLO ABERTO 
INCOMPLETO  Útero menor e com restos (endométrio > 15mm) Esvaziamento 
INEVITÁVEL  Útero compatível Esvaziamento 
INFECTADO 
 Odor fétido + secreção purulenta + febre + 
leucocitose 
 
I) Limitada a cavidade uterina 
II) Pélvico 
III) Peritonite generalizada / Sepse 
ATB (Clinda + Genta) 
+ Esvaziamento 
*Nos in tem que intervir! 
 
7 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
COLO FECHADO 
COMPLETO  Útero menor e vazio (endométrio < 15mm) Orientação 
AMEAÇA  Útero compatível + embrião vivo Repouso relativo 
RETIDO 
 Útero menor + embrião morto (ausência de BCE 
com CCN > 7mm) + regressão dos sintomas 
gravídicos 
*Se dúvida: repetir USG em 2 semanas! 
Esvaziamento ou aguardar até 
1 semana pra ver se expulsa 
*Colo fechado = USG! 
 
Esvaziamento: 
≤ 12 semanas AMIU ou curetagem 
> 12 semanas 
Sem feto: curetagem 
Com feto: misoprostol > curetagem 
*Cesariana prévia: Krause / Ocitocina 
 
DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL 
Benigna Maligna 
 Mola hidatiforme 
 Mola invasora – mais comum 
 Coriocarcinoma 
 Tumor trofoblástico do sítio placentário – HPL 
 
Fatores de risco: 
 > 40 anos 
 Intervalo interpartal curto 
 SOP 
 Abortamento / mola prévio 
 FIV 
 Tabagismo 
 ACO 
 
MOLA HIDATIFORME 
Completa Parcial – mais comum 
 Não tem embrião 
 20% malignização 
 Genes paternos 
 
1 espermatozoide fecunda 1 óvulo vazio > todo o 
material é de origem paterna > diploide (46XX) 
 Tem tecido fetal 
 5% malignização 
 Triploide (69XXY) 
 
2 espermatozoides fecundam 1 óvulo normal > 
triploide (69XXY) 
*Risco de nova gestação molar: 1-2% 
a. Clínica 
 Sangramento de repetição em “suco de ameixa” 
 Presença de vesículas 
 Útero aumentado – sínfise púbica: 12s / umbigo: 20s 
 Hiperemese 
 Hipertireoidismo – HCG estimula TSH 
 Pré-eclâmpsia precoce 
 
b. Diagnóstico 
 BHCG muito alto (> 100.000) 
 USG: “flocos de neve”, “cachos de uva”, cistos ovarianos 
*Os cistos regridem com o tratamento! 
 
8 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
c. Tratamento 
 Esvaziamento (vacuoaspiração) + biópsia + contracepção (exceto DIU) 
 Após biópsia positiva: histerectomia (> 40 anos, prole definida) – diminuir risco de malignização 
 Se malignização: QT 
 
CONTROLE DE CURA 
BHCG semanal (ou quinzenal*) > 3 dosagens negativas > BHCG mensal por 6 meses 
 
SUGERE MALIGNIZAÇÃO: 
Aumento em 2 semanas / 3 dosagens (dias 1, 7 e 14) 
3 semanas em platô / 4 dosagens (dias 1, 7, 14 e 21) 
Ainda positivo após 6m 
Metástases – mais comum: pulmão (RX!) 
 
GRAVIDEZ ECTÓPICA 
a. Conceito 
 Implantação fora da cavidade uterina 
 Local mais comum: tuba uterina (ampola) 
 
b. Fatores de risco 
 DIP 
 Ectópica prévia 
 Raça negra 
 Endometriose 
 > 35 anos 
 Tabagismo 
 DIU – relativo 
 
c. Clínica 
 Atraso menstrual + dor abdominal + discreto sangramento vaginal (50%) 
 Rota: choque + sinal de Blumberg + sinal de Proust 
 Assintomática 
 
d. Diagnóstico 
Atraso menstrual com dor abdominal + BHCG > 1500 + USG com útero vazio (> 6 semanas) 
*1500 é o valor do descobrimento! 
e. Tratamento 
EXPECTANTE 
Íntegra + BHCG <1000 e 
em queda 
 
BHCG semanal (tem que estar em queda!) 
 
MEDICAMENTOSO 
Íntegra + sem BCF + massa 
< 3.5-4cm + BHCG < 5000 
 
Metotrexato IM injeção local ou sistêmica 
 
Comparar BHCG do 4º com o do 7º dia: 
tem que cair > 15% 
*Sem resposta: reavaliar critérios e tentar de novo 
 
CIRÚRGICO 
CONSERVADOR 
Íntegra + desejo 
reprodutivo 
 
Salpingostomia por laparoscopia 
 
Normal: 
BHCG duplicar (66%) em 48h / 
Progesterona > 25 
Reação de Arias-Stella: sangramento endometrial 
por baixa concentração de hormônio 
 
9 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
CIRÚRGICO 
RADICAL 
Rota 
 
Salpingectomia por laparoscopia (estável) ou 
laparotomia (instável) 
 
 
SANGRAMENTOS DA SEGUNDA METADE (> 20 semanas) 
DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA 
a. Conceito 
 Descolamento prematuro após 20ª semana 
*Antes de 20 semanas é abortamento! 
 
Hemorragia decidual > hematoma retroplacentário (ciclo vicioso) > sangue irrita miométrio > hipertonia uterina + 
consumo dos fatores de coagulação (CIVD) 
 
 
 
 
b. Fatores de risco 
 Trauma 
 Anos > 35 
 Corioamnionite 
 Drogas (cocaína, tabaco) 
 Polidramnia e gemelar – hiperdistensão uterina 
 Pressão alta (HAS) – principal fator de risco 
 
c. Clínica 
 Dor abdominal 
 Taquissistolia – > 5/contrações em 10min 
 Hipertonia 
 Sofrimento fetal agudo – diminuição da troca materno-fetal 
 Sangramento escuro (80%) 
 Hemoâmnio 
 
20% NÃO TEM SANGRAMENTO! 
 
d. Diagnóstico – NÃO pede USG! 
 Clínico!! 
Classificação de Sher 
0 – ASSINTOMÁTICO Diagnóstico retrospectivo 
I – LEVE Sangramento leve 
II – MODERADO 
Sangramento moderado + hipertonia uterina + 
hipotensão + sofrimento fetal 
III – GRAVE 
Sangramento grave + óbito fetal 
a) Sem coagulopatia 
b) Com coagulopatia 
 
e. Conduta 
Amniotomia + 
Feto vivo 
Via mais rápida 
Maioria cesariana 
Se parto iminente (fórceps): vaginal 
 DPP Placenta prévia 
Amniotomia Não diminui sangramento Diminui sangramento 
Metrossístole Diminui sangramento Aumenta sangramento 
T 
Á 
Com 
D 
P 
P 
 
10 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Feto morto 
Maioria via vaginal 
Se for demorar (colo fechado): cesariana 
*Amniotomia diminui pressão no hematoma, infiltração miometrial e passagem de tromboplastina pra mãe (CIVD)! 
 
f. Complicações 
▪ ÚTERO DE COUVELAIRE – apoplexia uteroplacentária 
 Sangue infiltra miométrio > desorganiza as fibras musculares > hipotonia/atonia uterina 
 1) massagem bimanual + ocitócito (ocitocina IV, misoprostol, ergotamina) > 2) sutura de B-Lynch > 3) 
ligadura hipogástrica / uterina > 4) histerectomia subtotal 
 
▪ SÍNDROME DE SHEEHAN 
 Necrose da hipófise após hemorragia 
 Amenorreia secundária + ausência de lactação 
 
▪ CIVD 
 Passagem da tromboblastina para circulação materna 
 Teste de Weiner (do coágulo): colhe 8ml de sangue > fecha o tubo dentro da mão > o sangue tem que 
coagular entre 5-10 min e permanecer firme por + 15 min > afasta hipofibrinogenemia 
 
PLACENTA PRÉVIA 
a. Conceito 
 Placenta próxima ou sobre o orifício interno do colo confirmada após 28 semanas 
*Inserção viciosa de placenta 
 
b. Fatores de risco 
 Cicatriz uterina prévia (cesárea/curetagem) 
 Idade > 35 anos 
 Multiparidade / múltipla (gemelar) 
 Endometrite 
 Tabagismo 
 
c. Classificação 
Inserção baixa Não toca o OIC, mas se localiza < 2cm 
Marginal Toca, mas não cobre o OIC 
Parcial Cobre parcialmente o OIC 
Total Cobre totalmente o OIC 
d. Clínica 
Sangramento 
 Progressivo 
 Repetição 
 Espontâneo 
 Vermelho vivo 
 Indolor 
 Ausência de hipertonia e sofrimento fetal agudo 
 
e. Diagnóstico 
 USG transvaginalNÃO PODE FAZER TOQUE! – faz exame especular 
 
P 
R 
E 
V 
I 
A 
C 
I 
M 
E 
T 
 
11 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Parcial Total 
f. Conduta 
A termo Interrupção 
Prematuro 
Sangramento intenso: interrupção 
Sangramento escasso: expectante (corticoide, sulfato de magnésio..) 
*Amniotomia se for inserção baixa / marginal – apresentação comprime a placenta e cessa sangramento 
 
Via de parto 
Total Cesariana 
Parcial Maioria cesariana 
Marginal Avaliar parto vaginal 
g. Complicações 
 Apresentação anormal 
 Penetração no útero anormal 
 Puerpério anormal – hemorragia (atonia), infecção 
 
▪ ACRETISMO PLACENTÁRIO 
 Penetração anormal da placenta na parede uterina 
 Suspeita: placenta prévia + cesárea anterior 
 Diagnóstico: USG com doppler / RM 
 
Classificação e conduta 
Acreta – perfura endométrio, mas não atinge miométrio Tentar extração manual ou histerectomia 
Increta – invade miométrio Histerectomia 
Percreta – invade serosa / órgãos adjacentes Histerectomia 
 
ROTURAS 
ROTURA DE SEIO MARGINAL 
a. Conceito 
 Seio marginal: extrema periferia do espaço interviloso (meio da placenta, entre a face materna e fetal) 
 
b. Clínica 
 = placenta prévia, mas o USG é normal 
 
c. Diagnóstico 
 Histopatológico 
 
d. Conduta 
 Parto vaginal 
*Sangramento geralmente é discreto – bom prognóstico! 
 
 
 
12 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
ROTURA DE VASA PRÉVIA 
a. Conceito 
 Ruptura de vasos umbilicais desprotegidos que passam entre a apresentação e o colo 
 
b. Fatores de risco 
 Placenta bilobada 
 Placenta suscenturiadas (acessória) 
 Inserção velamentosa – principal fator de risco 
 
c. Clínica 
 Sangramento vaginal súbito após amniorrexe 
 Sofrimento fetal agudo 
 
d. Conduta 
 Cesariana de urgência 
*Pior prognóstico: veia umbilical 
 
ROTURA UTERINA 
a. Fatores de risco 
 Multiparidade 
 Kristeller – violência obstétrica! 
 Cicatriz uterina 
 Parto obstruído (DCP) 
 Malformação uterina 
 
b. Clínica 
IMINÊNCIA DE ROTURA – síndrome de Bandl-Frommel 
 Sinal de Bandl – anel que separa o corpo do segmento 
 Sinal de Frommel – ligamentos redondos distendidos palpáveis 
 
ROTURA CONSUMADA 
 Fácil palpação de partes fetais 
 Sinal de Reasens – subida da apresentação fetal 
 Sinal de Clark – enfisema subcutâneo 
 Parada súbita do TP 
 
c. Conduta 
Iminência Cesariana 
Consumada Histerorrafia / Histerectomia 
 
INCOMPATIBILIDADE MATERNO-FETAL 
ABO Rh 
 Mais comum 
 Não exige exposição prévia 
 Proteção parcial para incompatibilidade Rh 
 Não tem profilaxia 
 
Mãe O e filho A ou B 
 Mais grave 
 Exige exposição prévia 
 Tem profilaxia 
 
Mãe Rh – e filho + 
 
 
O sangue é de origem FETAL! 
 
13 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL Rh 
Mãe Rh - e DU - / Pai Rh + / Feto Rh + 
Sensibilização: hemorragias da gestação ou durante o parto – passagem de IgG, progressivamente mais grave 
 
Mãe Rh - 
Pedir coombs indireto (28, 32, 36 e 40 semanas) 
 
Se CI positivo: 
< 1:16 – repetir mensal 
≥ 1:16 – investigar anemia fetal (doppler de ACM > cordocentese) 
 
Doppler de ACM – 
CI ≥ 1:16 ou HP de complicação fetal grave 
Velocidade máxima do pico sistólico > 1.5 
Cordocentese – 
se < 34 semanas 
Diagnóstico e tratamento 
*Mais arriscada! 
*Se > 34 semanas: interrompe gestação 
Indicação de Imunoglobulina anti-D: 
 Sangramento 
 Exame invasivo – amniocentese, cordocentese 
 No parto 
 28 semanas com CI negativo* 
 
ATENÇÃO! 
 Quando aplica a imunoglobulina, o CI fica positivo por cerca de 12 semanas – se fez e não ficou, faz de novo, 
porque indica que toda a Ig foi consumida pelas hemácias fetais! 
 A aplicação da imunoglobulina protege por 3 semanas – isto é, se aplicou e teve um sangramento após 3 
semanas, tem que fazer de novo! 
 Se fez imunoglobulina em caso de sangramento ou exame invasivo, também faz no parto, porque até lá a 
concentração de Ig já está muito baixa 
 300mcg neutralizam 30ml de sangue fetal 
 
COOMBS INDIRETO NATUTALMENTE POSITIVO NÃO FAZ – 
 já está sensibilizada 
TEM QUE FAZER EM TODA GRAVIDEZ – 
os títulos vão caindo 
 
A imunoprofilaxia funcionou se: 
 Coombs indireto positivo 
 Teste de Kleihauer negativo (não tem mais hemácia fetal na mãe) 
 
DOENÇAS CLÍNICAS 
DOENÇA HIPERTENSIVA 
HAS CRÔNICA PRÉ-ECLÂMPSIA 
 > 35 anos 
 Multigesta 
 HAS < 20 semanas 
 Proteinúria ou não 
 Calciúria > 100mg/24h 
 Persiste no puerpério 
 < 18 anos e > 35 anos 
 Primigesta 
 HAS > 20 semanas 
 Proteinúria > 20 semanas 
 Calciúria < 100mg/24h 
 Melhora até 12 semanas pós parto 
*Ácido úrico tem valor prognóstico! 
 
 
14 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
HAS GESTACIONAL 
PA ≥ 140x90 após 20 semanas + sem proteinúria/outras alterações 
+ melhora até 12 semanas pós parto 
*Principal causa de morte materna no Brasil 
 
PRÉ-ECLÂMPSIA 
a. Conceito 
 Surgimento após 20 semanas de PA ≥ 140x90 + proteinúria ≥ 300mg/dia ou RPC ≥ 0.3 ou ≥ + na fita 
 
PA ≥ 140x90 após 20 semanas + 
Plaquetopenia < 100.000 
Cr > 1.1 
EAP 
TGO/TGP > 2x 
Sintomas cerebrais ou visuais 
 
b. Fisiopatologia 
Ausência da 2ª onda de invasão trofoblástica > artérias espiraladas permanecem estreitas > RVP permanece 
aumentada (persistência da incisura protodiastólica após 20 semanas) > isquemia placentária > lesão endotelial 
generalizada > espasmo arteriolar placentário e sistêmico > aumento da permeabilidade capilar > HAS + LOA 
 
No rim: endoteliose capilar glomerular > diminuição da TFG > proteinúria não seletiva + diminuição da excreção de ácido úrico 
 
c. Rastreamento – 1º trimestre 
 História clínica materna 
 Doppler de artérias uterinas (11-13.6 semanas): aumento da resistência 
 Marcadores bioquímicos: PAPP-A e PLGF reduzidos 
 Medida da PA 
 
d. Prevenção 
Indicação: 
 Pré-eclâmpsia anterior (pessoal ou familiar) 
 Gemelar 
 Vasculopatia (HAS crônica, LES..) 
 Risco no Doppler 
AAS 12-16 semanas até 36 semanas 
Carbonato de cálcio 20 semanas – se baixa ingesta! 
 
e. Classificação 
GRAVE 
 PA ≥ 160x110 
 EAP 
 Cr > 1.2* 
 Síndrome HELLP: LDH ≥ 600, esquizócitos, BI ≥ 1.2 + AST ≥ 70 + plaquetopenia < 100.000 
 Iminência de eclâmpsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia, hiperreflexia 
 Eclâmpsia 
 
f. Conduta 
▪ ANTI-HIPERTENSIVOS – meta: PAS 140-150 / PAD 90-100 
Indicação: 
 PA ≥ 160 x 110 
*Na gestação normal, entre 18-20 semanas, ocorre a 2ª 
onda de invasão trofoblástica, a qual “consome” as 
artérias espiraladas e converte-as em vasos de baixa 
resistência, facilitando a passagem de sangue para a 
placenta e, consequentemente, reduzindo a PA! 
 
15 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Na crise 
 Hidralazina IV 
 Labetalol IV 
 Nifedipino VO 
De manutenção 
 Metildopa VO 
 Hidralazina VO 
 Pindolol VO 
*NÃO usa: IECA, DIU 
▪ SULFATO DE MAGNÉSIO 
Indicação: 
 Pré-eclâmpsia grave / eclâmpsia 
 
 
 
 
Magnesemia terapêutica: 4-7 mEq/L 
*Se precisar repetir, fazer metade da dose de ataque 
Risco de intoxicação – 3Rs 
 Reflexo patelar 
 Respiração (FR) 
 Rins (Diurese) 
 
INTOXICAÇÃO 
Reflexo patelar ausente 
FR < 14-16 
 
Suspender Sulfato de Magnésio + 
Iniciar Gluconato de Cálcio 
*Oligúria (< 25ml/h) NÃO é sinal de intoxicação > ajustar dose! 
 
▪ INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO 
Leve Conduta expectante até o termo (37 semanas) 
Grave 
≥ 34 semanas: parto após estabilização 
< 34 semanas: avaliar bem estar materno e fetal, 
administração de corticoide e sulfato de magnésio 
*Via de parto depende das condições maternas e fetais 
 
g. Complicações 
Maternas Fetais 
 DPP 
 Eclâmpsia 
 AVC 
 Rotura hepática 
 CIUR 
 Centralização 
 Óbito 
 
 
h. Diagnóstico diferencial 
ESTEATOSE HEPÁTICA AGUDA 
DA GESTAÇÃO 
 3º trimestre 
 Primíparas, feto masculino 
 Náuseas/vômitos + dor no HD + icterícia 
 Hiperbilirrubinemia direta + aumentaTGO/TGP + IRA + 
leucocitose + hipoglicemia + hipofibrogenemia + hiperuricemia 
 Tratamento: parto + estabilização 
 Complicações: insuficiência hepática e renal – óbito fetal por 
acidose materna 
PRITCHARD – sem BIC ZUSPAN – com BIC SIBAI 
A: 4g IV + 10g IM 
M: 5g IM 4/4h 
A: 4g IV 
M: 1-2g/h IV BIC 
A: 6g 
M: 2-3g/h IV BIC 
 
16 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
COLESTASE 
 3º trimestre 
 Prurido diurno > icterícia (50%) 
 Leve aumento de GGT, FA, TGO, TGP 
 Desaparece pós parto e recorre em outras gestações 
 Risco de óbito fetal 
 
DIABETES GESTACIONAL 
a. Fisiopatologia – a gravidez é um “teste” para o pâncreas 
2ª metade da gestação > aumento do HPL (contrainsulínico) com pico entre 24-28 semanas > aumento da resistência 
à insulina > aumento da demanda da secreção de insulina pelo pâncreas para tentar vencer a resistência 
 
b. Fatores de risco 
 DMG prévio 
 Obesidade 
 Morte fetal anterior inexplicada 
 Macrossomia anterior 
 HAS 
 HF de 1º grau 
 
c. Classificação 
Priscilla-White 
A Adquirida na gestação 
A1: sem insulina 
A2: com insulina 
B Prévio 
≥ D: doença vascular 
 F: nefropatia 
 R: retinopatia 
 H: coronariopatia 
 T: tx renal 
 
d. Diagnóstico 
GJ < 92 
TOTG 75g com 24-28 semanas 
GJ ≥ 92-125 
1h ≥ 180 
2h ≥ 153 
= DMG 
GJ 92-125 DMG 
GJ ≥ 126 
DM prévio Glicemia ≥ 200 + sintomas 
HbA1c ≥ 6.5 
*Basta 1 exame alterado! 
 
e. Conduta 
▪ DM GESTACIONAL 
 Dieta + atividade física por 1-2 semanas 
 Se falha: insulina 
 
▪ DM PRÉVIO 
 Suspender antidiabéticos orais + iniciar insulina 
*Pode manter Metformina / Glibenclamida 
1º trimestre / pós-parto: diminuir dose da insulina 
2º e 3º trimestre: aumentar dose da insulina 
DMG + insulina + fazendo 
hipoglicemia: 
insuficiência placentária – diminuição 
da produção de hormônios 
contrarregulares 
 
17 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
 
 
 
 
 
PARTO 
DMG sem complicação Normal 
DMG com insulina Parto com 38-39 semanas 
*Cesárea se > 4-4.5kg 
 
f. Complicações 
 Macrossomia – hiperinsulinemia fetal 
 Hipoglicemia / Hipocalcemia / Policitemia / Hiperbilirrubinemia neonatal 
 Distócia de espáduas 
 SFA 
 Polidrâmnia – poliúria 
 Malformação fetal (apenas DM prévia!!!!) – síndrome regressão caudal: mais específica! 
 Morte súbita fetal – policitemia > hiperviscosidade > hipoperfusão tecidual > acidose metabólica 
 
DISTÓCIA DE ESPÁDUAS 
1) McRoberts 
2) Pressão suprapúbica 
3) Rubin I 
4) Woods 
5) Rubin II 
6) Jacquemier 
7) Gaskin 
8) Zavanelli 
 
g. No puerpério 
DM prévio 
Volta com antidiabéticos orais / insulina metade da dose do final / 
insulina dose pré-gestacional 
DMG Suspende insulina + dieta geral + novo TOTG após 6-12 semanas 
 
GEMELARIDADE 
a. Classificação 
MONOZIGÓTICA – 
mesmo ovo 
DIZIGÓTICA – 
ovos diferentes 
 < 3 dias: dicoriônica diamniótica 
 4-8 dias: monocoriônica e diamniótica 
 9-12 dias: monocoriônica e monoamniótica 
 > 13 dias: siameses 
Sempre dicoriônica e diamniótica 
*Mais comum! 
*≤ 8: diamniótica / > 9: monoamniótica 
b. Fatores de risco 
 DZ: HF, raça, idade 
 MZ, DZ: técnicas de fertilização 
 
c. Diagnóstico – 11-14 semanas 
 Monocoriônica: sinal do T 
 Dicoriônica: sinal do Y/lambda 
*6-8 semanas: 2 sacos gestacionais > dicoriônica – melhor forma de diagnóstico! 
DMG NÃO AUMENTA MALFORMAÇÃO! 
METAS 
GJ < 95 
Pré prandial < 100 
Pós prandial 1h < 140 
Pós prandial 2h < 120 
Maior risco: monocoriônica 
 
18 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
Dicoriônica (sinal do Y/lambda) Monocoriônica (sinal do T) 
d. Parto 
Monocoriônica Dicoriônica 
36-37 semanas 38 semanas 
Cesárea: 
 1º feto não cefálico 
 Tripla 
 Complicações (STFF, unidos) 
 Monoamniótica 
 1º cefálico mas 2º com peso 25% maior 
 
e. Complicações – mais comuns nas monocoriônicas 
▪ SÍND. DA TRANSFUSÃO FETO-FETAL (STFF) 
 Ocorre na gestação gemelar monocoriônica e diamniótica 
 Excesso de anastomoses arteriovenosas entre os fetos > um feto fica com muito sangue e o outro com 
pouco > um feto cresce e o outro fica pequeno 
 US: uma cavidade com polidrâmnia e a outra com oligodrâmnia 
 
Feto receptor Feto doador 
 Hidropsia 
 Pletórico 
 TFG aumentada 
 Polidramnia – maior bolsão > 8 
 Bexiga cheia e distendida 
 Pálido 
 Anêmico 
 TFG diminuída 
 Oligodramnia – maior bolsão < 2 
 Bexiga pequena e sem líquido 
 
I Oligodrâmnia / Polidrâmnia 
II Bexiga não visualizada 
III Doppler alterado 
IV Hidropsia fetal 
V Óbito fetal 
 
Conduta 
Leve Amniocentese seriada 
Grave Fotocoagulação com laser 
 
INFECÇÃO URINÁRIA 
a. Etiologia 
 E. coli 
 
Risco de parto prematuro, abortamento e pielonefrite! 
 
 
 
19 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 
≥ 100.000 UFC/ml em pacientes assintomáticas 
 
b. Tratamento 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA / 
CISTITE 
 Amoxicilina 
 Nitrofurantoína 
 Fosfomicina 
PIELONEFRITE Internar + ATB parenteral 
Sempre: urocultura de controle 
c. Prevenção 
ATB profilaxia após: 
 1º episódio de pielonefrite 
 2º episódio de cistite/bacteriúria assintomática 
 
HIPERÊMESE 
a. Fatores de risco 
 Gemelar 
 Mola 
 Feto feminino 
 HP ou HF 
 
b. Diagnóstico – clínico! 
 Perda de peso (> 5%) 
 Desidratação 
 Cetonúria 
 Aumento de TGO/TGP, bilirrubinas, amilase/lipase 
 
c. Tratamento 
 Internação 
 Dieta zero 
 Reposição hidroeletrolítica 
 Tiamina 
 Metoclopramida / Dimenidrinato / Prometazina / Ondansetrona 
 
OUTROS 
LES NA GESTAÇÃO 
 Prognóstico pior se ativo, nefrite e SAF 
 Complicações: reativação (3º trimestre), lúpus neonatal (BAV – eco a partir do 2º 
trimestre), abortamento, prematuridade, pré-eclâmpsia e CIUR 
 Diagnóstico diferencial: pré-eclâmpsia e HELLP – HAS, hemólise, plaquetopenia, 
consumo de C3/C4/CH50 
 Tratamento: Prednisona (na atividade) / Hidroxicloroquina (previne reativação) / 
Azatioprina (imunossupressor de escolha) 
 AAS a partir da 12ª semana – prevenção de pré-eclâmpsia 
 Contraindicação à gestação: doença renal em atividade, neurológica (AVC recente), 
doença restritiva pulmonar, miocardite 
 Ideal engravidar após 2 anos do diagnóstico + 6m de remissão + Cr < 1.6 + 
proteinúria < 1g + HAS controlada 
*NÃO pode: Ciclofosfamida / Clorambucil / Metotrexato 
SAF NA GESTAÇÃO 
 Diagnóstico: 1 clínico + 1 laboratorial 
Clínico: trombose sem inflamação do vaso / morte intrauterina > 10s / parto prematuro 
< 34 semanas por pré-eclâmpsia ou insuficiência placentária / 3 abortamentos 
consecutivos < 10 semanas 
 
20 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Laboratorial: anticardiolipina / anticoagulante lúpico / antiB2-glicoproteína 
 Tratamento: 
Trombose: AAS + heparina terapêutica 
Sem trombose: AAS + heparina profilática 
HIPOTIREOIDISMO 
NA GESTAÇÃO 
 Principal causa: tireoidite de Hashimoto 
 Clínica: constipação, astenia, queda de cabelo, edema, ganho de peso 
 Laboratório: TSH alto, T4 baixo – anti-TPO aumentado tem maior risco de 
abortamento e tireoidite pós parto 
 Complicações: déficit cognitivo no RN, CIUR, abortamento, prematuridade, pré-
eclâmpsia 
 Tratamento: Levotiroxina – TSH após 4-6 semanas 
 Rastreamento: MS não preconiza rastreio universal / ACOG preconiza para 
pacientes de alto risco (HP, HF, bócio, DM1, doença autoimune, infertilidade, 
prematuridade, abortamento) 
HIPERTIREOIDISMO 
NA GESTAÇÃO 
 Principal causa: doença de Graves 
 Clínica: taquicardia, tremor, perda de peso, intolerância ao calor, diarreia, bócio, 
exoftalmia 
 Laboratório: TSH baixo, T4 alto, anti-TRAB 
 Complicações: abortamento, prematuridade, CIUR, pré-eclâmpsia, distúrbio 
tireoidiano fetal 
 Tratamento: PTU (1º trimestre) – menor passagem placentária 
*NÃO pode: iodo radioativo 
TIREOIDITE PÓS-
PARTO 
 Doença autoimune com infiltração inflamatória linfocítica, destrutiva e indolor da 
tireoide – 30-50% tem anti-TPO ou anti-TG 
1) Tireotoxicosetransitória 
2) Hipotireoidismo transitório – mais sintomática 
3) Recuperação – em até 1 ano 
 Complicação: hipotireoidismo permanente (20-30%) 
 
OLIGODRÂMNIA POLIDRÂMNIA 
 CIUR 
 Anomalias congênitas – agenesia renal, doença 
renal cística, obstruções urinárias 
 Síndromes hipertensivas 
 Colagenoses/SAF 
 DM prévio com vasculopatia 
 Desidratação 
 Medicações – IECA, AINE 
 STFF 
 Gestação prolongada 
 Idiopática 
 
*O oligodrâmnia é marcadador isolado de maior morbidade 
*Risco de hipoplasia pulmonar está relacionado à IG e à gravidade 
da oligodrâmnia 
 Obstrução gastrointestinal – atresia de esôfago, 
duodeno 
 Anomalias do SNC – anencefalia, espinha bífida 
 Arritmias 
 Displasias esqueléticas 
 Infecções congênitas 
 Hidrópsia fetal 
 DMG, DM prévio descompensado 
 Aloimunização 
 STFF 
 Corioangioma 
 
▪ SEQUÊNCIA DE POTTER 
 Resultante da adramnia precoce 
 Achatamento de face, implantação baixa de orelhas, malformações de membros e hipoplasia pulmonar 
 
SOFRIMENTO FETAL AGUDO E CRÔNICO 
CIUR 
1) Calcular IG correta 
 A partir do USG 1º trimestre 
 
FU < IG 
Erro na IG 
Oligodrâmnio 
CIUR 
 
21 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
2) Avaliar altura uterina – rastreio 
 AU = IG: 18-30 semanas 
 AU < 3cm IG: CIUR 
 
3) USG obstétrico 
 Peso < p10 para IG 
*Indicador mais sensível de CIUR: circunferência abdominal 
 
4) Confirmação diagnóstica 
 Pós-parto – diferencia CIUR x PIG 
Classificação 
TIPO I – SIMÉTRICO / PRECOCE 
5-10% 
TIPO II – ASSIMÉTRICO / TARDIO 
80% 
 Agressão no início da gravidez 
 Afeta hiperplasia celular 
 Gráfico: desde o início abaixo do p10 
 Relação CC / CA mantida 
 
Causas: 
infecções do 1º trimestre, trissomias, drogas (BB) 
 Agressão no 2º / 3º trimestre 
 Afeta hipertrofia celular 
 Gráfico: normal no inicio, abaixo do p10 no final 
 Relação CC / CA aumentada 
 
Causas: 
insuficiência placentária (HAS, DM, LES, gemelar..) 
*Tipo III/misto/assimétrico precoce/intermediário: raro 
 
OLIGODRÂMNIA 
1) Avaliar altura uterina – suspeita 
2) USG obstétrico – confirma diagnóstico 
 ILA < 5cm ou maior bolsão < 2cm 
 Causas: insuficiência placentária, RPMO, malformação 
urinária, IECA, indometacina 
 
ILA normal (soma dos 4 quadrantes): 8-18 
 
SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO 
DOPPLERFLUXOMETRIA 
▪ ARTÉRIA UTERINA – circulação materna 
 Persistência da incisura protodiastólica bilateral > 26 semanas: risco de CIUR e pré-eclâmpsia 
 
Normal Diminuição progressiva da resistência – aumento do fluxo 
Alterado IP > p95 / Persistência da incisura protodiastólica bilateral > 26 semanas / Relação S/D > 2.5 
 
 
Normal no 1º trimestre Normal no 2º trimestre Normal no 3º trimestre 
 
▪ ARTÉRIA UMBILICAL – circulação placentária 
 Diferencia CIUR x PIG 
 
Normal Diminuição progressiva da resistência – aumento do fluxo 
Anormal Aumento da resistência (IP > p95) / Diástole zero / Reversa 
LÍQUIDO AMNIÓTICO: 
Produção: 
 1ªs semanas: passagem passiva pela membrana 
amniótica (gradiente osmótico) – isotônico 
 2ª metade: urina, secreção pulmonar 
Reabsorção: 
 Deglutição, intramembranosa 
 
inicia produção com 11 semanas > aumenta até 32 
semanas > para > diminui após 37 semanas 
ILA 
< 5cm: oligodrâmnia 
5-8cm: líquido reduzido 
8-18cm: normal 
19-25cm: líquido aumentado 
> 25cm: polidrâmnia 
 
22 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Normal no 3º trimestre 
 
 
Aumento da resistência 
 
 
Diástole zero 
 
 
Diástole reversa – MUITO GRAVE! 
 
▪ CEREBRAL MÉDIA – circulação fetal 
 Indicação: artéria umbilical alterada 
 
Normal Alta resistência – baixo fluxo 
Anormal 
Diminuição da resistência (vasodilatação) 
IP > 1 (< p5) 
S/D umbilical / S/D cerebral ≥ 1 
 
Insuficiência placentária > aumento da resistência na art. umbilical > centralização > 
prioriza órgãos nobres (coração, cérebro, suprarrenal) 
 
 
 
▪ DUCTO VENOSO – função cardíaca (VD) fetal 
 Indicação: fetos < 32 semanas com centralização – prevê risco de 
morte fetal 
 É a última alteração diante do sofrimento fetal! 
 
Normal Onda A positiva 
Anormal 
Onda A negativa 
> p95 
 
Shunt entre a veia umbilical intra-
abdominal e VCI – leva sangue oxigenado! 
 
23 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
Normal 
 
 
Alterado 
Conduta 
CIUR com Doppler normal Termo (37-40 semanas) 
Diástole zero / Centralização fetal CTG + PBF + ducto venoso normais: > 32-34 semanas 
Diástole reversa / onda A negativa Imediato 
 
SOFRIMENTO FETAL AGUDO 
MOVIMENTAÇÃO FETAL 
Normal 5-10x / h 
Alterado Observar mais 1h > avaliar sono, droga, hipóxia 
 
MICROANÁLISE SANGUE – padrão-ouro 
Dilatação pH < 7.2 
Expulsivo pH < 7.15 
 
AUSCULTA CARDÍACA 
Intermitente 
Baixo risco 
 30/30min na dilatação 
 15/15min no expulsivo 
Alto risco 
 15/15min na dilatação 
 5/5min no expulsivo 
 
CARDIOTOCOGRAFIA 
Indicação: alto risco 
 
Linha de base: BCF médio em 10min 
Taquicardia > 160 bpm 
Bradicardia < 110 bpm 
 
Variabilidade: diferença entre maior e menor BCF – excluindo acelerações e desacelerações 
Aumentada > 25 
Moderada 6-25 
Mínima ≤ 5 
Ausente 0 
Sinusoidal Anemia fetal grave 
*Mínima: pode ser sono, drogas (metildopa), hipóxia 
 
Acelerações: aumento > 15 bpm por 15s 
Reativo 2 acelerações em 20min 
Não reativo Esperar mais 20min 
*Se < 32 semanas: aumento > 10 bpm por 10s 
 
24 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Desacelerações: 
DIP I / Precoce / Cefálico Coincide com contração Compressão cefálica 
DIP II / Tardio Após a contração Asfixia – sofrimento fetal agudo 
DIP III / Variável / Umbilical Variável em relação a contração Compressão de cordão – oligodramnio 
DIP III desfavorável 
Recuperação lenta 
Sem retorno à linha de base 
Bifásica (em “W”) 
Hipóxia – se tiver tendo contração 
 
DIP I – pico com pico! 
 
 
DIP II 
 
 
DIP III desfavorável 
 
 
Sinusoidal – anemia! 
 
 
CATEGORIAS 
I 
 Linha de base 110-160 
 Variabilidade moderada (6-25) 
 Sem DIP II ou III 
 Aceleração presente/ausente 
II Entre I e II 
 
25 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
III 
Sem variabilidade + 
 DIP II ou III recorrente 
 Bradicardia 
 
Padrão sinusoidal 
 
Conduta 
Categoria I 
DIP I ou III com boa variabilidade 
 Acompanhar 
*Não é sofrimento! 
Categoria III 
DIP II ou III sem variabilidade 
 Ressuscitação intrauterina: oxigênio + decúbito lateral 
esquerdo + suspender ocitocina + corrigir hipotensão 
 Parto pela via mais rápida 
 
PERFIL BIOFÍSICO FETAL 
Indicação: alto risco, CTG alterada 
 
Cardiotocografia + 
4 parâmetros do USG 
(CTG > respiração > movimentação > tônus fetal > ILA) 
 
1 respiração por 30s 
1 episódio de flexão / extensão 
2 acelerações 
3 movimentos corporais 
Maior bolsão ≥ 2 
*Pontuação: 0 ou 2 
*Polidrâmnia NÃO perde ponto! 
 
1º que altera CTG (acelerações) – alteração aguda! 
Último que altera Líquido amniótico – alteração crônica! 
 
Normal 8-10 
Anormal < 4 
*Se CIUR + 8/10 (oligodrâmnia) + > 34 semanas: parto 
 
FÓRCEPS 
SIMPSON 
 Qualquer variedade – exceto transversa 
 Pequenas rotações (< 45 graus) 
 Articulação fixa, grande curvatura pélvica 
PIPER  Cabeça derradeira 
KIELLAND 
 Variedade transversa 
 Grandes rotações (> 45 graus) 
 Articulação por deslizamento, pequena curvatura pélvica 
*Pegada biparietomalomentoniana 
 
Condições de aplicabilidade 
A Ausência de colo – dilatação total 
P Pelve proporcional 
L Livre canal de parto 
I Insinuação – a partir de 0 (médio) ou +2 (baixo) 
C Conhecer a variedade 
A Amniotomia 
R Reto / Bexiga vazios 
 
26 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
*Vácuo-extrator: > 34 semanas e > +3 
 
Desprendimento / Alívio No assoalho – Simpson 
Baixo > plano +2, mas não no assoalho 
Médio Plano 0 (insinuado) ao +2 
 
Indicações 
Maternas 
 Descolamento de retina 
 Cardiopatia 
 Exaustão 
 Hérnia abdominal 
Fetais 
 Sofrimento fetal agudo 
 Prolapsode cordão 
 Cabeça derradeira 
 
PUERPÉRIO FISIOLÓGICO 
Imediato: < 10 dias 
Tardio: 10-45 dias 
Remoto: > 45 dias 
 
MAMA 
 1º dia: colostro – muita proteína, pouca gordura 
 3º dia: apojadura – pode ter febre 
OVÁRIO  Ovulação em 6 semanas (25 dias) – se não amamentar 
ÚTERO 
 Pós parto: cicatriz umbilical – globo de segurança de Pinard 
 2 semanas: intrapélvico – reduz 1cm/dia 
*Reflexo útero-mamário: involução mais rápida do útero (ocitocina) 
COLO  1 semana: fechado 
VAGINA  Atrofia – “crise vaginal” 
LÓQUIOS 
 4 dias: avermelhado (rubra) > serossanguinolento (fusca) > 
amarelado (flava) > branco (alba) 
HEMODINÂMICO 
 Aumento do DC – descompensação de cardiopatia 
 Leucocitose 
 TVP – warfarina, heparina 
PSIQUIÁTRICOS 
 Blues puerperal (60-80%) – resolução espontânea, precoce 
 Depressão pós-parto – rastreio: escala de Edimburgo ≥ 10, 
Sertralina 
 
3 etapas da lactação 
Mamogênese: desenvolvimento da mama 
Lactogênese: inicio da lactação – prolactina 
Lactopoiese: manutenção da lactação – ocitocina 
Método de amenorreia da lactação: < 6m + amenorreia + aleitamento exclusivo 
 
PUERPÉRIO PATOLÓGICO 
INFECCÇÕES PUERPERAIS 
Febre ≥ 38 por mais de 48h do 2-10 dias pós-parto 
 
▪ ENDOMETRITE – entre o 4º e 5º dias 
 FR: cesariana, anemia, desnutrição, RPMO 
 Etiologia: polimicrobiana 
 Clínica: febre + lóquios de odor fétido + útero subinvoluído + dor 
 Tratamento: Clindamicina + Gentamicina IV até 72h assintomática 
Útero amolecido + subinvoluído + doloroso = 
TRÍADE DE BUMM (Endometrite) 
 
27 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Profilaxia: ATB 30min antes da cesárea / reduzir número de toques / manter bolsa íntegra 
 
Parece que é endometrite, mas não melhora com ATB > USG com Doppler > ausência de fluxo em veia ovariana > 
tromboflebite pélvica séptica > conduta: + Heparina 
 
▪ MASTITE – entre 3-4 semanas 
 S. aureus 
 Causa: pega incorreta > fissuras mamárias 
 Clínica: mastalgia + sinais flogísticos + febre 
 Tratamento: manter amamentação + AINEs + ATB (cefalosporina 
1ª geração) 
*Não confundir com febre da apojadura – ingurgitamento entre 2-3 dias! 
 
▪ ABSCESSO MAMÁRIO 
 Complicação da mastite 
 Tratamento: drenagem + manter amamentação + ATB – 
exceto: saída de pus pela papila, incisão na papila 
 
HEMORRAGIA PUERPERAL 
Perdas > 0.5L (vaginal) e > 1L (cesariana) ou sinais/sintomas de hipovolemia 
*Principal causa de morte materna no mundo (no Brasil: hipertensão!) 
Fatores de risco 
 Gemelar 
 Polidrâmnia 
 Mioma 
 Corioamnionite 
 Trabalho de parto muito rápido ou muito lento 
 Anestesia geral (halotano) 
 
Complicações 
 CIVD 
 Síndrome de Sheehan: necrose da hipófise > amenorreia + agalactorreia 
Causas 
TÔNUS Atonia uterina – mais comum 
TRAUMA Laceração do canal de parto 
TECIDO Restos placentários – tardio 
TROMBO Coagulopatia 
 
▪ ATONIA UTERINA 
1) Massagem uterina bimanual (Hamilton) 
2) Ocitocina IV / Misoprostol retal / Ergometrina (CI: hipertensão) + ácido tranexâmico (< 3h) 
3) Balão de Bakri (intrauterino) no máx 24h 
4) Rafia de B-Lynch (sutura compressiva) 
5) Rafia vascular (uterina, hipogástrica) 
6) Embolização uterina 
7) Histerectomia subtotal 
 
Abscesso subareolar recidivante: 
tabagista 
Tratamento: cessar tabagismo + ressecção 
Índice de choque: 
FC / PAS ≥ 0.9 risco de transfusão 
Prevenção: Ocitocina 10U IM após 
expulsão fetal + Tração controlada do 
cordão + Massagem uterina 
 
28 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
▪ RETENÇÃO PLACENTÁRIA 
 Manobra de Credé > extração manual / curetagem / evitar tração excessiva 
 
▪ INVERSÃO UTERINA AGUDA 
 Manobra de Taxe (clínica) > Manobra de Huntington (cirúrgica) 
 
PROLAPSO DE CORDÃO 
Posição genupeitoral + elevação do polo cefálico 
pelo toque vaginal + cesárea de urgência 
 
ASSISTÊNCIA AO PARTO 
ESTÁTICA FETAL 
ATITUDE – 
relação das partes fetais entre si 
 Ovoide (flexão generalizada) 
SITUAÇÃO – 
maior eixo fetal com maior eixo uterino 
 Longitudinal 
 Transverso 
 Oblíqua – transitória 
POSIÇÃO – 
dorso fetal com abdome da mãe 
 Esquerda (tipo 1) – mais comum 
 Direita (tipo 2) 
APRESENTAÇÃO – 
polo fetal que ocupa estreito superior 
 Cefálica 
 Pélvica 
 Córmica – se situação transversa 
 
▪ VARIEDADES DE APRESENTAÇÃO 
Na apresentação pélvica 
Completa Pé e bumbum 
Incompleta / Agripina / Simples Só bumbum 
Com procedência de pés Só pés 
 
Na apresentação cefálica 
Fontanela posterior / Lambda / Pequena / Triangular 
Fontanela anterior / Bregma / Grande / Losangular 
 
Fletida / Occipital – 
melhor prognóstico > 
menor diâmetro para insinuação 
(subocciptobregmático) 
Lambda Sutura sagital 
Defletida de 1º grau Bregma 
Sutura metópica Defletida de 2º grau / Fronte – 
pior prognóstico 
Glabela / Naso 
Defletida de 3º grau / Face Mento Linha facial 
*Se tocar lambda e bregma, quem manda é lambda! 
 
29 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
SINCLITISMO – sem inclinação lateral ASSINCLITISMO – com inclinação lateral 
Sutura sagital equidistante da sínfise púbica 
e sacro 
Posterior: sagital mais perto do púbis 
Anterior: sagital mais perto do sacro (ânus) 
 
 
▪ VARIEDADES DE POSIÇÃO – pontos de referência entre a apresentação fetal e pelve materna 
 
*Iminência iliopectínea: anterior / Sinostose sacroilíaca: posterior 
 
 
 
MANOBRAS DE LEOPOLD – SPAA 
1) Situação 
2) Posição 
3) Apresentação 
4) Insinuação – altura da apresentação 
 
TRAJETO 
Bacias 
Ginecoide – 
mais comum 
 Forma arredondada – espinhas isquiáticas não são proeminentes 
 Mais favorável 
 
30 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
Androide 
 Forma triangular – espinhas isquiáticas proeminentes 
 Mais distócia – ângulo subpúbico < 90 
Platipeloide 
 Forma achatada e ovalada – maior diâmetro é transverso 
 Mais rara 
Antropoide  Maior diâmetro é ânteroposterior 
 
 
ESTREITO SUPERIOR 
 C. anatômica: borda superior da SF até o promontório 
 C. obstétrica: borda interna da SF até promontório – 10.5cm 
 C. diagnonalis: borda inferior da SF até o promontório – 12cm (CD - 1.5 = CO) 
ESTREITO MÉDIO  Espinhas isquiáticas: menor diâmetro, marca o plano 0 de DeLee (insinuação) – 10cm 
ESTREITO INFERIOR 
 Ângulo subpúbico: ideal > 90 
 C. exitus: aumenta com a retropulsão do cóccix 
 
Planos de DeLee 
 
INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CESARIANA – Pfannenstiel, segmentar transversa 
Desproporção cefalopélvica absoluta 
Placenta prévia total 
Herpes genital ativo 
Apresentação córmica e defletida de 2ª grau 
Cesárea clássica (incisão corporal) 
Condiloma acuminado que obstrui canal 
*Cesárea a pedido só > 39 semanas 
*2 cesáreas segmentares prévias: contraindicação relativa 
 
MECANISMOS DE PARTO 
TEMPOS PRINCIPAIS TEMPOS ACESSÓRIOS 
1) Insinuação Flexão 
2) Descida Rotação interna 
3) Desprendimento Deflexão 
4) Restituição (rotação externa) Desprendimento de ombros (A > P) 
*O mais comum é o feto começar em OEA e fazer a rotação interna para OP (rotação 45º) 
*A rotação interna é sempre em direção OP!!! 
 
 
31 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
1. Insinuação / 2. Descida / 3 e 4. Rotação interna / 5. Desprendimento / 6. Restituição (rotação externa) 
 
INDUÇÃO DO PARTO 
BISHOP > 6 Ocitocina 
BISHOP < 6 
Misoprostol 25-50mcg 
Krause (balão) / descolamento digital – se cicatriz uterina (cesárea, miomectomia) 
*BISHOP: colo (dilatação, apagamento, posição e consistência) + altura (DeLee) 
Contraindicações à indução: 
 Placenta prévia 
 Gestação múltipla 
 Macrossomia fetal 
 Sofrimento fetal 
 Apresentação anômala 
 Herpes genital ativo 
 HIV positivo 
 
AMNIORREXE PREMATURA (RPMO) 
Rotura espontânea das membranas antes do início do TP 
 
a. Diagnóstico – evitar toque! 
 Exame especular – padrão-ouro 
 Teste de nitrazina – aumenta pH (> 6) 
 Teste da cristalização – “folha de samambaia” 
 Teste do fenol – laranja > vermelho 
 Teste imunocromatográfico– Amnisure, Actim Prom 
 USG – oligodrâmnia (ILA < 5, maior bolsão < 2) 
 
b. Conduta 
CORIOAMNIONITE OU SFA? 
Sim: ATB + parto (corioamnionite = vaginal!!!) 
Não: 
> 34 semanas – 
conduta ativa 
Parto + profilaxia para GBS (Penicilina cristalina 4/4h) 
24-34 semanas – 
conduta expectante 
Corticoide (12mg IM Betametasona 2 doses 24/24h) + 
ATB (Ampi 2g IV 6/6h 48h + Azitro 1g VO > Amoxi 500mg VO 8/8h por 5 dias) 
*O ATB é para aumentar o tempo de latência e diminuir o risco de corioamnionite! 
 
CORIOAMNIONITE 
Febre + 2: 
 Leucocitose > 15.000 
 Taquicardia (materna ou fetal) 
 Útero doloroso 
 Líquido fétido 
 
32 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
TRABALHO DE PARTO PREMATURO 
Contrações regulares (≥ 2 em 10min) + dilatação progressiva (> 2cm ou apagamento 80%) + < 37 semanas 
Na dúvida: observar + teste da fibronectina 
 
a. Fatores de risco 
 Prematuridade anterior – principal 
 Fatores cervicais – ex: insuficiência istmo-cervical 
 Anemia 
 Desnutrição 
 Infecção – qualquer uma 
 Gemelar 
 
b. Conduta 
> 34 semanas Parto + profilaxia para GBS (Penicilina cristalina 4/4h) 
24-34 semanas 
Corticoide (12mg IM Betametasona 2 doses 24/24h) + 
Tocólise (Nifedipina, Indometacina, B2-agonista, Atosiban) + 
Sulfato de magnésio (se < 32 semanas) 
 
Contraindicações 
Nifedipino Cardiopatia, hipotensão 
Indometacina > 32 semanas (fechamento de ducto arterioso) 
B2-agonista Cardiopatia, DM 
Atosiban - 
 
PARTOGRAMA 
FASE ATIVA 
PROLONGADA 
Dilatação < 1cm/h com intervalo de 2h 
– ultrapassa linha de alerta 
*Dilata, mas é lento 
 Discinesia uterina (contrações não 
eficientes) 
 DCP 
PARADA SECUNDÁRIA 
DA DILATAÇÃO 
Dilatação mantida por 2h 
 Discinesia uterina (contrações não 
eficientes) 
 DCP 
PARA SECUNDÁRIA DA 
DESCIDA 
Altura mantida por 1h com dilatação 
máxima 
 DCP 
 Alteração da posição fetal 
PERÍODO PÉLVICO 
PROLONGADO 
Descida é lenta, mas não para  Discinesia uterina 
PARTO PRECIPITADO 
(TAQUITÓCITO) 
Dilatação e expulsão ≤ 4h *Alto risco de laceração! 
*Só preocupa com a apresentação depois da dilatação total! 
 
Após dilatação total: expulsão em 1h (multípara), 2h (nulípara) – analgesia aumenta +1h 
 
 
Fase ativa prolongada Parada secundária da dilatação 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
Indicação: prematuro anterior ou colo < 25mm no USG 
Progesterona 100-200mg via vaginal 20-34 semanas 
*Se IIC: + cerclagem com 12-16 semanas 
Contraindicações da Tocólise: SFA, 
corioamnionite, franco TP (dilatação > 4cm) 
 
33 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 
 
ASSISTÊNCIA CLÍNICA 
DILATAÇÃO 
Inicia com TP (dilatação progressiva 4cm, 2/3 contrações rítmicas e regulares em 10min) e termina com 10cm 
 
Conduta: 
 Dieta com líquidos claros (água, chás) 
 Analgesia não farmacológica – banho em água morna 
 Toque a cada 2h/4h 
 Ausculta BCF 30/30min (baixo risco), 15/15min (alto risco) 
 Deambulação livre – se bolsa íntegra 
 
EXPULSIVO 
Após dilatação total (10cm) e termina com a expulsão total 
Duração: 2h30min (primíparas), 1h (multípara) – analgesia: +1h 
 
Conduta: 
 Evitar decúbito dorsal 
 Ausculta BCF 15/15min (baixo risco), 5/5min (alto risco) 
 Manobra de Ritgen modificada (proteção do períneo) ou hands off 
 Episiotomia se: feto grande, uso de fórceps 
 
 
 
SECUNDAMENTO / DEQUITAÇÃO 
Saída da placenta 
Duração: até 30min 
 
Mecanismos 
 Schultze: face fetal – placenta > sangue 
 Duncan: face materna (cotilédones) – placenta + sangue 
 
Conduta: 
 Ocitocina 10U IM após expulsão fetal 
*NÃO FAZ: tricotomia (só se precisar na hora 
da incisão), amniotomia de rotina, enteróclise 
EPISIOTOMIA 
Mediana: menos dor / lesão muscular / 
sangramento, maior risco de lesão de reto 
Médio-lateral: mais dor / lesão muscular / 
sangramento, menor risco de lesão de reto 
*Músculos lesados: 
bulbocavernoso, transverso superficial 
 
34 Ana Bárbara Dias Lopes Urzedo – 2021 
 Tração controlada do cordão 
 Manobra de Fabre – avalia se a placenta já descolou 
 Manobra de Jacob-Dublin – a placenta sai rodando 
 Revisão do canal de parto 
 
4º PERÍODO 
Após saída completa da placenta 
Duração: 1h 
 
Hemostasia 
 Miotamponagem: contração da musculatura uterina (globo de segurança de Pinard) 
 Trombotamponagem: formação de trombos 
 
Conduta: 
 Observação atenta 
 
 
DISTÓCIA DE OMBROS 
1) McRoberts + pressão suprapúbica: hiperextensão das coxas (frango assado) 
2) Rubin I: pressão suprapúbica por 30 segundos 
3) Gaskin: posição de 4 apoios 
4) Rubin II: adução/RI do ombro impactado 
5) Woods reversa: contrário do Rubin II 
6) Jaquemier: remoção do ombro posterior 
 
CABEÇA DERRADEIRA 
 Bracht 
 Liverpool 
 Mauriceau 
 Fórcipe de Piper 
 
DISTÓCIA DE OMBROS NO PARTO PÉLVICO 
 Bracht 
 Desprendimento in situ 
 Rojas 
 Lovset 
 Pajot 
 Devent-muller

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