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Ginecologia e Obstetrícia (completo)

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Alan Paz 1 
 
 GINECO E OBSTETRÍCIA 
 
 
 
Alan Paz 2 
 
 
 
ESTREITO SUPERIOR: 
Conjugada Anatômica: SP sup até Promontório 
Conjugada Diagonal: SP inf até Promontório 
Conjugada Obstétrica: SP médio - Passagem real 
 
 CARACTERÍSTICAS DO FETO 
 
DEFLEXÕES: 
 
 
*2º Grau é a pior: Diâmetro maior 
 ESTÁTICA FETAL 
Situação // Posição // Apresentação // Variedade de apresentação // 
Variedade de posição 
SITUAÇÃO: Relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal 
Longitudinal // Transversal // Oblíquo 
 
POSIÇÃO: Relação do dorso fetal com o lado materno (BCF) 
Direita // Esquerda 
 
APRESENTAÇÃO: Região que ocupa o estreito superior e nela vai se insinuar 
Cefálica (96,5%) // Transversal // Pélvica 
 
ESTÁTICA FETAL E PARTO 
Alan Paz 3 
 
VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO: 
1. CEFÁLICA: Relação com Deflexões (OBNM) 
 
2. PELVICA (S) 
 
 
3. CÓRMICA: Dorso Anterior ou Posterior (A) 
 
VARIAÇÃO DE POSIÇÃO: Relação dos pontos de referência fetais com os 
pontos de referência ósseo da bacia materna 
 
 
 TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO 
1. Encaixe ou insinuação 
2. Flexão 
3. Descida 
4. Rotação interna da cabeça 
5. Desprendimento ou extensão da cabeça 
6. Rotação externa da cabeça 
7. Desprendimento dos ombros 
 
Sinclitismo x Assinclitismo 
 
 TRABALHO DE PARTO 
- Período que vai desde o início das contrações uterinas regulares associadas 
ao apagamento e a dilatação cervical até a expulsão do concepto e da placenta 
1º PERÍODO: Dilatação 
2º PERÍODO: Expulsão 
3º PERÍODO: Dequitação 
4º PERÍODO: 1ª hora pós-parto 
1º PERÍODO: DILATAÇÃO DO COLO 
- Vai do início do TP até a dilatação completa 
- Contrações, apagamento cervical e dilatação 
Alan Paz 4 
 
*Ondas de Alvarez: 9 semanas 
*Contrações Braxton Hicks: 28-30 semanas 
*Contrações: 2-3 contrações em 10 min (30-50mmHg) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASE ATIVA: Dilatação >1cm/h (Internação) 
DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO: 
- Contrações regulares ≥ 2 em 10 minutos 
- Dilatação ≥ 4cm 
- Apagamento do colo 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO: 
- Gestação baixo risco: Fase ativa 
- Gestação alto risco: Fase latente ou antes 
*Alto risco: HAS, DMG, Cardiopatia, Gemelar... 
ROTINA: 
- Identificar risco 
- Anamnese: Comorbidades e prematuridade 
- Sinais vitais: DLE ou sentada 
- Altura uterina 
- Manobras de Leopold 
- Pelve materna: De Lee 
- Ausculta BCF 
- Intensidade e frequência das contrações 
- Inspeção de perdas: Especular 
- Toque vaginal 
- Estreptococo Grupo B (TPP) 
MANOBRA LEOPOLD: 
 
EXAMES: 
- Tipagem sanguínea e Fator Rh 
- Teste rápido HIV, Sífilis, Hepatite B e Toxo 
- Hemograma e HGT 
AVALIAÇÃO MATERNA: 
- Sinais vitais a cada hora 
- Temperatura 
- Dieta: Líquidos claros 
- Baixo risco: deambulação 
- Nas primeira 8h não precisa acesso venoso 
- Dilatação a cada 2h 
AVALIAÇÃO FETAL: 
- BCF a cada 30min (baixo risco) e 15min (alto risco) 
- Cardiotocografia (Evitar no baixo risco – Falso+) 
- Dinâmica Uterina (DU) a cada 1h 
- Toque a cada 2h 
CURVA DE EVOLUÇÃO DA CERVICODILATAÇÃO: 
 
- Inicia nos 4cm na linha de alerta e reavalia a cada 2h 
- Se passar da linha de ação = Cesárea 
Alan Paz 5 
 
 
 
2º PERÍODO: EXPULSÃO DO FETO 
POSICIONAMENTOS: 
- Litotomia (Laborie Duncan) 
- Cócoras ou vertical 
- Posição lateral (Sims) 
- BCF 5 em 5min 
- Avaliar necessidade de Episiotomia 
- Manobra Ritgen (↓ 40% laceração) 
- Dilatação completa dura 2h em nulíparas e 1h em multíparas (Se analgesia, 
aumenta 1h) 
- Cordão umbilical: Clampeamento 
 
3º PERÍODO: DEQUITAÇÃO DA PLACENTA 
- 90% dequita em 15min // 97% em 30min 
- Se não dequitar: Bloco cirurgico 
- Tração controlada do cordão 
- Contrapressão do útero (Manobra Harvey) 
Após dequitação: 
- Ocitocina 10U IM: Auxilia na contração uterina 
Manobra de Jacob-Dublin: Rotação da Placenta 
 
4º PERÍODO: 1ª HORA PÓS-PARTO 
Alan Paz 6 
 
 
 
 
*5-6 Consultas no mínimo 
 
- Mensal: até a 28ª semana 
- Quinzenal: 28ª-36ª semana 
- Semanal: 36ª-41ª semana 
- Anamnese: Hábitos de vida e Medicamentos em uso 
- Exames laboratoriais: Hemograma, Glicemia, TSH, Função renal 
- Sorologias: Hepatite, HIV, Sífilis, Rubéola e Toxo 
- Citopatológico 
- Orientação nutricional 
- Ácido fólico 0,4mg/dia até final do 1º tri 
- Vacinas: Hepatite e Influenza 
1ª CONSULTA: 
- Anamnese 
- Cálculo da IG e DPP 
- Ácido fólico 
- Peso / altura / PA 
- Exame mamas 
- AU (Altura Uterina) / BCF 
- CP / Toque vaginal 
 
1º) AU a partir da 20ª semana → Da sínfise púbica até o local palpado do útero 
2º) Situação, Posição e Apresentação do feto 
3º) BCF com Sonnar → Dorso do feto 
4º) Toque → Colo fechado, posterior, amolecido (consistência de cartilagem), 
com apagamento do colo 
 EXAMES 1ª CONSULTA 
- Hemograma → Anemia 
- Tipagem sanguínea + Rh → Rh negativo e parceiro positivo/desconhecido → 
Coombs indireto trimestral 
*Eritroblastose fetal: Mãe – e feto + na 2ª gestação 
- Glicemia jejum 
- EQU + Urocultura 
- HBsAg + Anti-HBs + HIV 
- Toxoplasmose (IgM e IgG) 
- VDRL 
- TSH 
- Ecografia 1º tri → DPP 
 ORIENTAÇÕES 
 
- Dieta 
- Reposição Ferro / vitaminas s/n 
- Exercício físico → Leves 
- Atividade sexual → Pode 
- Cuidados com a pele 
- Cuidados odontológicos 
- Momento do parto 
- Aleitamento 
 EXAMES 
2º TRI: 
- Hemograma 
- Glicemia jejum e TOTG 
- EQU + Urocultura 
- Toxo e VDRL 
- Coombs indireto s/n 
- US Obstétrico 
3º TRI: 
- Hemograma 
- Sorologias 
- US obstétrico 
35-37 semanas: Strepto do Grupo B (GBS) 
 ECOGRAFIAS 
7-10 Semanas: IG 
11-13+6 semanas: Morfológico (baixo risco não precisa) 
20-24 semanas: Morfológico 
32-34 semanas 
 
 VACINAS 
- Antitetânica: 3 doses (Faz dTpa > 20 semanas); desconhecida (Faz 2 dT < 
20ª semana e 1 dTpa) 
- Hepatite B e Influenza 
ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL 
João Gustavo Fernandes 7 
 
DG DE GRAVIDEZ 
 SINTOMAS DE PRESUNÇÃO 
- Náuseas, mudanças no apetite 
- Mastalgia - Prosgesterona 
- Polaciúria – Compresão da bexiga pelo útero 
- Fadiga - Prosgesterona 
- Distensão abdominal 
- Atraso menstrual 
- Alterações mamárias – Aumento da rede venosa 
- Aspecto violáceo - Vagina (Jacquemier) e Colo (Kluge) 
 
Cloasma = Melasma 
Sinais de Piskacek: Abaulamento na região da nidação 
Sinal de Nibile-Budin: Preenchimento do fundo de saco 
Sinal de Hegar: Amolecimento do ístmo 
 SINAIS DE CERTEZA 
- Movimentos fetais e partes fetais na palpação 
- Ausculta de BCF (Sonnar) 
- Presença do rechaço fetal (Sinal de Puzos) 
 
 LABORATORIAL 
B-HCG: Produzido pela placenta, gravidez ectópica ou por tumor de ovário 
- Sérico: aumenta 1 semana após atraso menstrual 
- Urinário: 2 semanas após (muito falso negativo) 
 ULTRASSONOGRÁFICO 
- Por via transvaginal 
Saco Gestacional: 4-5 semanas 
BCF: 6-7 semanas 
 
 
João Gustavo Fernandes 8 
 
 
 
 ÚTERO 
SINAL DE PISCACEK: 
- Assimetria uterina decorrente da implantação localizada do embrião -> Útil no 
início da gestação 
HIPERTROFIA E DILATAÇÃO: 
- Ação do estrógeno e da progesterona 
- Peso: 70g -> 1100g 
- Volume: 10ml -> 5000ml 
- 12 semanas -> Extra-pelve (Pubis) 
- 20 semanas -> Cicatriz umbilical 
- 38-40 semanas -> Apêndice xifoide 
*Útero gravídico: Consistência de bochecha 
*Útero normal: Consistência de nariz 
 MOVIMENTAÇÃO FETAL 
*Critério de bem-estar fetal 
5º mês: MF sutil (Borbulhas) 
7º mês: MF forte, todos os dias 
9º mês: Líquido-espaço (Onda) 
 CONTRAÇÕES UTERINAS 
1º Tri: Impalpável e indolor 
2º Tri: Palpável e intensidade variável (Braxton-Hicks - Contrações de preparo) 
3º Tri: Palpável e aumenta intensidade e frequência, podendo ser dolorosa 
 CÉRVICE UTERINA 
- Amolecida (cianose): Aumenta vascularização, edema, hipertrofia 
- Tampão mucoso -> Expelido -> Sangramento 
- Eversão das glândulas endocervicais cilíndricas 
- Orifício cervical externo abre primeiro e não fecha mais 
- Quando o tampão mucoso sai é sinalque o colo abriu 
2 MOVIMENTOS: 
- Dilatação (em cm) – 10cm para nascimento 
- Apagamento (Encurtamento do colo) 
*Medido por via transvaginal 
*Mede de 22-24 semanas para prever chance de parto prematuro 
 ABDOME 
- Estrias: Avermelhadas (atuais), prateadas (anteriores) 
- Diástese dos Mm. Retos 
- Pigmentação: linha nigra(migrans), cloasma, melasma 
- Aranhas vasculares e eritema palmar 
- Mamas: Produção de leite a partir de 16 semanas 
- No pré-natal: Calcular o IMC e prever o ganho de peso 
 ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
- Retenção hídrica (após 20 semanas) – Cacifo + 
- A gravidez é trombogênica 
CV: aumenta DC e FC e reduz PA 
- Varizes em MMII e vulva / Hemorroidas 
*Medida da PA em gestante é sentada ou em decúbito lateral esquerdo 
Glicemia: 
- No pré-natal: Glicemia jejum < 92 
- 24-28 semanas: TPOG (jejum, 1h e 2h após 75g de glicose) 92, 186 e 153 - 
> Se algum alterado, já é DMG 
Metabolismo mineral: Reduz reserva de Ferro, cálcio e magnésio 
Hematológico: 
- HT reduzido por hemodiluição 
- Anemia ferropriva: Hb < 11g/dl 
- Leucocitose é normal (Não pode ter desvio) 
- Diminuição das plaquetas 
- Aumenta fibrinogênio 
TGI: 
- Náuseas 
- Gengivas edemaciadas 
- Pirose por relaxamento do EEI 
- Constipação por atonia do cólon 
- Aumento da litíase biliar 
TGU: 
- Rim aumentado 
- Hidronefrose mais a direita 
- Aumenta ITU 
- Creatinina diminui (VR: 0,8mg/dl) 
- Proteinúria até 300mg/24h 
- Marcha anserina: alteração do centro de gravidade -> Pés abertos e lordose 
MODIFICAÇÕES DA GRAVIDEZ 
João Gustavo Fernandes 9 
 
 
 
- A partir de 39 semanas de gestação (40 semanas cardiotoco e 41 indução) 
 INDICAÇÕES 
- Gestação pós-termo: 42 semanas 
- Rotura prematura de membranas ovulares 
- Sd. hipertensivas 
- Óbito fetal 
- Condições maternas: DM, Dça Renal, DPOC, Sd. Antifosfolipídio 
- Restrição do crescimento fetal 
- Corioamnionite 
- Malformações fetais incompatíveis com a vida 
- Oligodramnio 
- Dça hemolítica perinatal 
 CONTRAINDICAÇÕES 
- ≥ 2 casarianas prévias 
- ≥ 1 incisão corporal 
- Incisão uterina transmural prévia (miomectomia) 
- Infecção herpética ativa 
- Placenta prévia ou vasa prévia 
- Prolapso de cordão ou cordão umbilical prévio 
- Situação fetal transversa 
- Carcinoma invasivo de colo uterino 
- Monitorização anteparto (MAP) categoria III 
 AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FETAL 
ÍNDICE DE BISHOP: 
- Cardiotocografia 
- Perfil biofísico fetal 
- US obstétrico 
- US doppler 
- Amniocentese 
 
 
 
 
 
 
 
Bishop >8: pcte em trabalho de parto espontâneo, não precisa de indução 
 TÉCNICAS DE AMADURECIMENTO CERVICAL 
Descolamento digital de membranas 
Método de KRAUSE: Sonda Foley intracervical (risco infecção materno-fetal) 
Amniotomia: Uso de amniótomo, faz durante contração p/ não atingir o bebê 
 
 MISOPROSTOL / CYTOTEC 
(Análogo sintético da PGE1) 
- Na indução: Uso vaginal 1cp 25mg de 6/6h 
- Contraindicação: Cesariana prévia, asma, uso de ocitocina e placenta prévia 
 OCITOCINA 
2mUI/min EV e aumenta 2mUI/min a cada 20-30 min (Dose máx 40mUI/min) 
- Eficaz: Contração dura >40seg e 2 contrações em 10min 
- Complicações: Taquissistolia (>5 contrações em 10min por 30min -> 
Suspender/diminuir droga), hipotensão, intoxicação hídrica, ruptura uterina, 
descolamento placenta 
 MONITORIZAÇÃO DA INDUÇÃO 
- Quando taquissistolia, hipertonia uterina e sofrimento feral, 
diminuir/suspender ocitocina 
- Administrar O2, hidratação EV e mudança decúbito 
- Monitorização eletrônica fetal intraparto (cardiotoco) 
Misoprostol -> Bishop >6 -> Ocitocina 
INDUÇÃO PARTO 
João Gustavo Fernandes 10 
 
 
 
 INDICAÇÕES 
Período expulsivo prolongado: 
- Primíparas sem analgesia > 3h // com > 4h 
- Multíparas sem analgesia > 1h // com > 2h 
Suspeita de comprometimento fetal: 
- Bradicardia 
- Descolamento placenta 
- Falha da descida 
- Rotação da apresentação 
Encurtamento 2º período do parto p/ benefício mãe: 
- Distúrbios cardiovasculares, neuro ou pulmonar 
- Exaustão materna 
Cabeça derradeira: Parto pélvico 
 CONTRA-INDICAÇÕES 
- Distúrbio desmineralizante feto: Osteogênese imperfeita 
- Distúrbios hemorrágicos fetais: Hemofilia 
- Cabeça fetal não encaixada 
- Apresentações anômalas 
- Suspeita de DCP (Desproporção cabeça-pélvica) 
- Prematuridade 
- Macrossomia fetal 
 PRÉ-REQUISITOS 
- Dilatação completa 
- Membranas amnióticas rotas 
- Cabeça fetal e pelve compatíveis 
- Cabeça encaixada (De lee +2 ou abaixo) 
- Possibilidade da realização de cesariana, s/n 
 CLASSIFICAÇÃO 
FÓRCIPE DE ALÍVIO: 
- Couro cabeludo visível no introito vaginal, sem separação dos lábios 
- Crânio fetal ocupa o assoalho pélvico 
- Sutura sagital em AP ou occipitosacro ou occipitopúbico 
- Cabeça fetal está no períneo 
- Rotação não excede 45º 
FÓRCIPE BAIXO (+ utilizado): 
- Cabeça no plano +2 de De lee, mas não no assoalho pélvico 
- Rotação ≤ 45º da esq ou dir anterior para occipitopúbica ou da esq ou dir 
posterior para occipitosacra 
- Rotação > 45º 
FÓRCIPE MÉDIO: 
- Cabeça fetal está acima de +2 De lee, porém insinuada 
 FÓRCIPE SIMPSON 
- Acomoda cabeça fetal e a curvatura pélvica 
 
 PEGA IDEAL - BIPARIETOMALOMENTONIANA 
- Sutura sagital estará perpendicular ao plano das hastes 
- Pequena fontanela 1cm de distância das hastes 
 MANOBRA DE PAJOT 
Fecha as hastes → A mão direita pega o final das hastes (puxa para fora) → 
Mão esquerda pega no cabo (puxa para baixo) → Depois puxa para cima 
 
 TÉCNICA 
- Posição de litotomia 
- Analgesia peridural ou bloqueio bilateral dos pudendos 
- Esvaziamento da bexiga por sondagem de alívio 
- Verificar as condições de aplicação do fórcipe 
- Episiotomia s/n 
- Apresentação e aplicação do fórcipes 
- Tração e extração 
FÓRCIPE 
João Gustavo Fernandes 11 
 
 
 
PA ≥ 140 OU 90 em 2 Aferições 
 CLASSIFICAÇÃO 
- HAS gestacional: Quando isolada (>20 sem) 
- Pré-eclâmpsia 
- HAS crônica: Já eram hipertensa antes da gestação 
- Pré-eclâmpsia sobreposta à HAS crônica 
- HAS avental branco 
 HAS PRÉVIA – PRÉ-CONCEPÇÃO 
EXAMES LABORATORIAIS (Trimestral): 
- Relação proteinúria/creatinúria (VR < 0,3) 
- Creatinina (VR < 0,8) 
- Ácido úrico (VR < 4,5) 
- Coagulograma (Plaquetas > 100.000) 
EXAMES DE BEM-ESTAR FETAL: 
- Dopplerfluxometria (>24-26 sem – Mensal) 
- Cardiotocografia (> 34 sem – Semanal) 
CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO DE AH: 
- PA ≥ 140/90 
- Idade ≥ 40 anos 
- HAS há > 10 anos 
- HAS secundária 
- HAS com LOA 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO: 
- PA ≥ 160/110 (persistente) 
- PE/eclâmpsia sobreposta 
- Restrição de crescimento fetal 
- HAS secundária descompensada 
MANEJO: 
- Repouso em DLE, dieta hipossódica e MRPA 
- AH 1ª linha: Metildopa (250mg de 8/8h – Máx 2g/dia) 
- AH 2ª linha: Anlodipino, Pindolol (BB seletivo) 
- Consultas: Quinzenal -> Semanal 
- Interrupção da gestação: 
≥ 38-39 semanas: Sem AH 
≥ 37-39 semanas: Com AH 
≥ 34-37 semanas: HAS difícil controle 
 PRÉ-ECLÂMPSIA 
HAS + Proteinúria 
HAS: PA ≥140 OU 90 em 2 aferições com intervalo de 4h 
Proteinúria: Relação proteinúria creatinúria ≥ 0,3 
Na ausência de proteinúria, HAS + 1 dos abaixo: 
- Trombocitopenia: Plaqueta ≤ 100.000 
- Renal: Creatinina sérica > 1,1 
- Hepático: TGO > 70 e/ou dor persistente em QSD 
- Edema Pulmonar 
- Sinais de LOA: Cefaleia ou escotomas ou epigastralgia 
- Comprometimento fetal: Ins placentária, RCF, alteração A. umbilical 
CLASSIFICAÇÃO: 
- Precoce: < 34 semanas 
- Tardia: > 34 semanas 
PE com/sem deterioração clínica/laboratorial 
FATORES DE RISCO: 
- Primigestação ou nova paternidade 
- História prévia ou familiar (mãe, irmã, avó) 
- Extremos de idade 
- Obesidade / Ganho de Peso Gestacional excessivo 
- HAS, DM, Dça renal 
- Trombofilias / LES 
- Gemelaridade 
- Dça Trofoblástica Gestacional (DTG) 
RASTREAMENTO/DIAGNÓSTICO: 
- Suspeita clínica: 
- PA ≥ 140 ou 90 
- Ganho de peso >1kg no último mês 
- Edema generalizado/ mãos e face 
- Relação proteinúria/creatinúria (VR < 0,3) 
- Ácido úrico (VR < 4,5) 
- Coagulograma (Plaquetas > 100.000) 
- Proteinúria 24h 
- Ureia e Creatinina 
- Enzimas hepáticas 
- DHL (Hemólise) 
HIPERTENSÃO GESTACIONAL 
João Gustavo Fernandes 12 
 
MANEJO: 
- Processo em evolução / remoção da placenta 
- Complicações súbitas 
- Corticoterapia (Betametasona 24-34 sem – 2 ampolas 6mg IM + 2 ampolas 
6mg após 24h) 
- Acompanhamento: semanal → 3/3 dias → diário 
- Crise hipertensiva: Hidralazina EV 5mg repete em 20min / Nifedipina VO 
10mg repete em 30min 
- Prevenção convulsões: Sulfato de magnésio 4g EV 
- Avaliar: diurese (>100ml/h), FC, FR e reflexos 
- Alterados? Hipermagnesemia → Gluconato de Ca 
- Via de parto: Individualizar - indução ou cesárea 
COMPLICAÇÕES MATERNAS: 
- Hemorragia cerebral 
- Eclâmpsia 
- Sd. HELLP 
- Amaurose 
- Edema agudo de pulmão 
- Isquemia miocárdica 
- IRA 
- Hematoma/ruptura hepática 
- Óbito 
COMPLICAÇÕES FETAIS: 
- Prematuridade 
- CIUR 
- Oligodrâmnio grave 
- Alteração grave ao doppler 
- Óbito intraútero e neonatal 
MANEJO ECLÂMPSIA: 
- Controlar convulsão: Sulfato de Magnésio 4g EV 
- Controlar PA: Hidralazina / Anlodipino 
- Estabilização 
- Interrupção 
PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLAMPSIA: 
- Cálcio: Alto risco para PE e dieta pobre em Ca 
- AAS 100mg 1cp a noite (inicia 12-16 semanas) 
João Gustavo Fernandes 13 
 
 
 
- Complicação da pré-eclâmpsia 
H – Hemólise 
ELL – Elevação enzimas hepáticas 
P - Plaquetopenia 
 
 DIAGNÓSTICO 
- Náuseas, epigastralgia, MEG 
- CIVD 
- Hemólise: Bilirrubinas ≥ 1,2 
- Esquisócitos: DHL ≥ 600 
- Alteração hepática: TGO ≥ 70 
- Plaquetopenia: < 100.000 
 DG DIFERENCIAL 
- Fígado gorduroso gestacional 
- Purpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) 
- Hepatite viral 
- Sd. Hemolítica Urêmica (SHU) 
*Cursam sem alteração da PA 
 CLASSIFICAÇÃO 
Classe I: < 50.000 plaquetas 
Classe II: 50.000-100.000 plaquetas 
Classe III: 100.000-150.000 plaquetas 
 COMPLICAÇÕES 
- Eclâmpsia 
- DPP 
- CIVD 
- Hematoma hepático 
- Edema agudo pulmonar 
- Condição fetal não tranquilizadora 
- IRA 
- Morte materna 
- Prematuridade 
 MANEJO 
- Interrupção 
- Controle PA: Hidralazina 
- Sulfato de Magnésio 4g ataque e 1g/h manutenção 
- Betametasona 
- Concentrado de plaquetas: 1U = ↑ 10.000 
 INTERRUPÇÃO 
- Via de parto: Cesarea (mais rápida) 
- Anestesia: Raqui (Se plaquetas > 70.000) 
- Técnica operatória: Incisão mediana infraumbilical 
- Pós-parto: Boa hemostasia e dreno 
 ACONSELHAMENTO 
- Recorrência em gestação futura: 2-20% 
- Se foi < 32 semanas: 60% poderão apresentar PE e parto pré-termo 
SD HELLP 
João Gustavo Fernandes 14 
 
 
 
OMS: Interrupção da gravidez < 20 semanas ou peso fetal <500g 
(Pegadinha se IG conhecida e patologia base) 
Precoce (75%): ≤ 12 semanas 
Tardio (25%): 13-20 semanas 
Até 10 semanas = embrião 
SANGRAMENTO DE 1º TRI: 
- Abortamento 
- Gravidez ectópica 
SANGRAMENTO DE 3º TRI: 
- Placenta prévia 
- Descolamento prematuro de placenta 
CAUSA DE MORTE MATERNA NO MUNDO: 
1º Hemorragia (BR 2ª causa) 
2º Infecção 
3º HAS e eclampsia (BR 1ª causa) 
 FATORES DE RISCO 
- Idade materna 
- Aborto prévio 
- Tabagismo 
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS UTERINAS: 
- Malformações uterinas 
- Miomas (submucoso) 
- Incompetência istmocervical 
 ETIOLOGIA 
FATORES FETAIS: 
- 1/3 anembrionado 
- 2/3 com embrião (50% anormais/dismórficos) 
50% abortos com feto = cromossomopatia (aneuploidia/anomalia estrutural) 
*Quanto mais cedo o aborto, mais defeitos citogenéticos 
FATORES MATERNOS: 
- Dça sistêmica: DM, Hipotireoidismo, LES, HAS 
- Intoxicação: Talidomida, chumbo, anticoagulantes 
- Febre no início da gravidez (acima de 2-3x) 
- Stress e esforço físico (Sem relação com abortamento) 
- Infecções: Micoplasma, Ureaplasma, Clamídea, Herpes simples, Rubéola, 
CMV, Toxoplasma, Parvovírus B19 
 DIAGNÓSTICO 
- Atraso menstrual 
- Dor tipo cólica hipogástrico 
- Sangramento uterino 
- Fragmentos placentários no canal vaginal/cervical 
- Ausência BCF 
US: vitalidade fetal, presença de restos ovulares, IG 
- SG de 25mm: sem embrião → curetagem 
- SG com embrião de 7mm e ausência de BCE 
>7,5 sem: Saco gestacional, vesícula e embrião (embrião 5-7mm já tem BCE) 
B-HCG: 
- Gestação viável: O valor dobra em 48h 
- aumento > 66%: Aguardar, pode vingar 
 AMEAÇA DE ABORTO 
- Sangramento com colo fechado 
- Tamanho uterino adequado para IG 
- Vitalidade fetal: BCF ou US 
CONDUTA: 
- Tranquilizar, orientar e encaminhar para casa 
- Analgésico 
- Hormônios (PG): Didrogesterona 
 ABORTO COMPLETO 
- Sangramento escasso 
- Útero vazio (US) e Colo fechado 
- Útero menor que o esperado para a IG 
- Espessura endometrial < 15mm 
*Dúvida: dosar B-HCG – decréscimo em 48h 
CONDUTA: 
- Avaliar Tipagem Sanguínea: Rh- → Imunoglobulina 
- Tranquilizar, orientar e encaminhar para casa 
- Analgésico 
ABORTAMENTO E SANGRAMENTO 3º TRI 
João Gustavo Fernandes 15 
 
 ABORTO INEVITÁVEL 
- Feto vivo 
- Colo aberto 
- Sangramento forte 
- Tamanho uterino adequado 
 ABORTO INCOMPLETO 
- Colo aberto 
- Sangramento 
- Eliminou parte do conteúdo 
- Endométrio > 15mm com resto placentário → fazer curetagem para evitar 
infecção 
 ABORTO RETIDO 
- Colo fechado 
- Sem sangramento 
- Sem dor 
- Útero adequado para IG 
- Morte fetal com > 8 semanas (Sem BCF) 
 CONDUTA NO INEVITÁVEL, INCOMPLETO E RETIDO 
- Procedimento hospitalar 
- Tipagem sanguínea e fator Rh 
- Hemograma 
- VDRL e HIV 
- Jejum > 6h 
- Mandar material para patologia 
- Risco de perfuração uterina 
- Alta após a recuperação anestésica 
- Reavaliação ambulatorial 
Esvaziamento uterino: AMIU ou Dilatação e curetagem 
< 12 semanas: AMIU ou curetagem 
> 12 semanas: Esvaziar conteúdo (Misoprostol) antes 
 ABORTO INFECTADO 
- Febre 
- Odor fétido 
- Calafrios 
- Secreção purulenta 
- História de manipulação (aborto provocado) 
CONDUTA: 
- ATB: iniciar 6h antes de esvaziar o útero e manter até completar 48h 
assintomática (Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 1x/dia 
+ Penicilina 5.000.000 EV 6/6h ou Ampicilina 1g EV 6/6h) 
- Uterotônicos durante o esvaziamento 
- Curetagem uterina 
 ABORTAMENTO SÉPTICO 
- Disseminação sistêmica 
- Laparotomia: quadro clínico grave ou sem melhora 
- Histerectomia 
- CIVD 
- Revisar esquema ATB 
- Infecção polimicrobiana (Flora vaginal) 
 INFECÇÃO PÓS ABORTAMENTO 
- Tratamento ambulatorial: 
- Ceftriaxona 250mg IM 
- Doxiciclina 100mg 12/12h 
- Metronidazoll 500mg 12/12h 
- Internação: 
- Clindamicina + Gentamicina + Metronidazol 
 INCOMPETÊNCIA ISTMO CREVICAL 
- A cérvice não se mantém fechada tornando-se incapaz de manter a gestação 
- Dilatação indolor no final do 1º tri ou início do 2º tri, seguida de amniorrexe e 
expulsão do concepto imaturo 
TTO: Cerclagem 13-16 semanas 
 SANGRAMENTO NO 3º TRI 
- Descolamento prematuro de placenta 
- Placenta prévia 
- Vasa prévia: Exposição dos vasos 
- Dist. Coagulação: Hellp, fígado gorduroso, feto morto 
- Ectopia cervical, polipo, cervicite, varizes, lacerações 
 DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA 
(Apoplexia uteroplacentária / Hemorragia retroplacentária) 
- Separação da placenta antes do parto (≥ 20 semanas) 
Se < 20 semanas: Hematoma subcoriônico 
João Gustavo Fernandes 16 
 
CAUSAS: 
- DPP anterior 
- HAS 
- Tabagismo 
- Pré-eclâmpsia / eclâmpsia 
- Trauma 
- Leiomiomas, anomalia uteria, cesarea prévia 
- Idade avançada e paridade elevadas 
- Aborto provocado anterior 
- Brevidade do cordão umbilical 
QUADRO CLÍNICO: 
- Irritabilidade 
- Sensibilidade e/ou hipertonia uterina (Útero lenhoso) 
- Palidez, hipotensão, queda do DU 
Dor abdominal + Hipertonia + Sangramento 
- BCFs alterados (DIP 2 – Indicativo de sofrimento fetal) 
Útero de Couvelaire: Infiltração do sangramento 
US OBSTÉTRICO: 
- Pode não diagnosticar 
- Frente a suspeitaclínica e afastada possibilidade de prlacenta prévia, 
deve-se conduzir o caso como DPP 
- Localiza a placenta 
CONDUTA NO PARTO: 
- Feto vivo: via mais rápida. Sempre realizar amniotomia → Evitar passagem 
de tromboplastina para mãe (CIVD) 
- Feto vivo fora do período expulsivo: Cesárea 
- Feto morto: Se bem estar materno, aguardar 4-6h para resolução por via 
vaginal. Sempre realizar amniotomia. 
 PLACENTA PRÉVIA 
- Implantação da placenta e seu desenvolvimento no segmento inferior do 
útero, previamente ao feto 
- Até 20 semanas é comum ter placenta baixa, depois vai migrando para cima. 
FATORES DE RISCO: 
- Idade > 40 anos 
- Multiparidade 
- Cesáreas, abortos e curetas 
- Endometrite prévia 
- Tabagismo 
- Placentas grandes 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
 
QUADRO CLÍNICO: 
- Sangramento vaginal indolor 
- Reincidente e progressivo 
- útero não está contraído 
- Sem sofrimento fetal 
US para saber o local da implantação da placenta 
CONDUTA: 
ESPECTANTE (IG < 36 SEMANAS): 
- Estabilizar paciente 
- Repouso 
- Controlar vitalidade fetal 
- Induzir maturidade pulmonar (9G < 34 Semanas) – Betametasona 
*Se aumento do sangramento e risco materno, cd ativa 
ATIVA (IG > 36 SEMANAS): 
- Cesariana 
- Placentas laterais e/ou marginais pode-se tentar o parto 
 VASA PRÉVIA 
- Risco de rotura na amniotomia 
- TTO: Cesarea eletiva com 37 semanas 
 PLACENTA ACRETA 
- Placenta aderiu a parede uterina 
- Risco de ruptura uterina 
João Gustavo Fernandes 17 
 
GRAVIDEZ ECTÓPICA 
 
 FATORES DE RISCO 
- História prévia 
- Dça tubária ou cirurgia prévia de tubas 
- Infecções pélvicas 
- DIU 
- Idade/Tabagismo 
- Infertilidade/Endometriose 
 QUADRO CLÍNICO 
- Atraso menstrual 
- Dor abdominal 
- Sangramentos 
- Sangramento não possui padrão característico 
- Dor pélvica, discreta ou intensa, abrupto ou gradativo, referida no ombro 
 EXAME FÍSICO 
- Sinais de choque: Palidez/sudorese/hipotensão 
- Distensão abdominal 
- Sinais de irritação peritoneal 
 EXAME GINECOLÓGICO 
- Especular: Visualizar local do sangramento 
- Toque: Colo uterino amolecido 
 EXAMES COMPLEMENTARES 
- B-HCG: Confirma gestação 
- Teste inicial de investigação 
- Gestação anormal: Elevação sérica mais lenta 
- USTV: Confirma localização da gestação 
- Presença de massa anexial: Achado comum 
- Excluir outras causas 
*Zona discriminatória de B-HCG (>1500) 
 TRATAMENTO 
MANEJO CIRÚRGICO: 
- Salpingostomia (+ usada): Remove saco gestacional 
- Salpingectomia 
- Laparotomia: Pctes instáveis 
MANEJO EXPECTANTE: 
- Depende da localização da gestação 
- Acompanhamento dos níveis de B-HCG até zerar 
MANEJO MEDICAMENTOSO: 
- Paciente estável que pode ser acompanhada 
- Metotrexato 
João Gustavo Fernandes 18 
 
 
 
 
- Hiperglicemia detectada pela 1ª vez na gestação 
- Acomete mais o final do 2º tri 
- Mau funcionamento das cél. B -> Secreção insuficiente de Insulina 
 FATORES DE RISCO 
- DMG prévia (HbA1C ≥ 5,7%) 
- DM familiar 1º grau 
- Idade > 25 anos 
- Obesidade / ganho excessivo de peso na gestação 
- SOP, HAS 
- Perda fetal inexplicada 
- HDL < 35 e TG > 250 
- Gestações múltiplas 
 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO 
- Glicemia jejum ≥ 92 
- TOTG 75g: 1ªh ≥180 // 2ªh ≥153 
 
*Não usar HbA1C 
 
 
 
 
 TRATAMENTO 
- Acompanhamento nutricional (<42% carbo) e Exercícios 15-30min 
- US a cada 1-2 semanas a partir da 28ª semana 
- HGT diário pré e pós-prandial 
- Ecocardiograma fetal 
- Internar para iniciar Insulinoterapia (NPH) 
- Metformina 500mg 2x/dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AVALIAÇÃO BEM ESTAR FETAL 
- Mobilograma 
- Cardiotocografia 
- PBF 
- US obstétrico com doppler 
 MOMENTO E VIA DE PARTO 
- Sem complicações e Peso fetal <3800g: 40-41 sem 
- Peso fetal 3800-4000g: Indução parto 
- Peso fetal >4000g: Cesariana eletiva 
 INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO 
< 37 Semanas: Corticoterapia + infusão insulina 
> 37 semanas: A termo 
 CUIDADOS PARTO E PUERPÉRIO 
- Controle HGT 2/2h 
- Manter glicemia entre 60-100 
- Insulina NPH 
- Após o parto suspender medicamentos e manter HGT 
- TOTG 75g após 6-8 semanas 
- 50% vão ficar DM após gestação em 10 anos 
DMG 
João Gustavo Fernandes 19 
 
 
 
- Incompatibilidade Rh-antígeno D 
Mãe negativa + Pai positivo 
Feto positivo 
Mãe previamente sensibilizada, produz IgG que passa pela placenta e se liga 
a hemácea do feto -> Hemólise 
Mãe negativa + pai positivo = Solicita Coombs indireto 
(1º, 2º e 3º TRI) 
 DIAGNÓSTICO 
- Feto em anasarca no US 
- Ascite fetal: Sinal US mais sensível 
- Anemia fetal: US doppler e avaliar PVS-ACM 
- PVS-ACM ≤ 1,5 MoM: Repetir a cada 1-2 sem 
- PVS-ACM > 1,5 MoM: Avaliar Hb e HT 
- Coombs indireto: Nível crítico ≥ 1:16 
CORDOCENTESE: 
- Punção da veia umbilical (menos bradicardia fetal) 
- Monitorar BCF -> <120 bpm -> Interromper gestação 
- Hb e HTnormais -> Repetir cordo em 1-2 sem 
AMNIOCENTESE: 
- Estimar anemia pela bilirrubina no líquido amniótico 
Curva de Liley: 
 
 
Zona 1: Pouca/nenhuma hemólise – Repetir a cada 3 semanas até chegar a 
termo 
Zona 2: Intermediária – Repetir a cada 1-2 semanas 
Zona 3: Hemólise grave – Interromper gestação ou Transfusão Intraútero 
(fazer cordocentese) 
 PROFILAXIA 
- Ig anti-Rh 300mg até 72h após parto 
- Rotina com 28 semanas: Não é feito 
 TRATAMENTO 
Transfusão Intraútero: 
- Hb 2DP abaixo para IG // HT < 30% 
- CI se IG ≥ 35 semanas 
 
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL 
João Gustavo Fernandes 20 
 
 
 
ESPONTÂNEA: 
- Mais frequente 
- Defeitos da formação das membranas 
- Enfraquecimento das membranas 
- Exposição da bolsa 
- Distensão da cavidade 
- Tabagismo 
IATROGÊNICA: 
- Cirurgias cervicais 
- Procedimentos invasivos: Amniocentese 
 
 
 FATORES DE RISCO 
- Ruptura anterior (principal) 
- Infecção trato genital 
- Sangramento anteparto 
- Tabagismo 
- Procedimentos 
 CLÍNICA 
- Perda líquido em grande quantidade 
- Saída de pequenas quantidades de forma intermitente 
- Exame especular 
- Exame de toque 
- US: Redução do líquido em 50-70% 
 CONDUTA 
- Profilaxia GBS: Ampicilina + Azitromicina + Amoxicilina (Penicilina se 
trabalho de parto) 
- Sulfato de Magnésio: Neuroproteção feto 23-32 sem 
- Não utilizar inibidores das Prostaglandinas 
INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO: 
- Indução do Trabalho de parto 
- Cesariana 
RUPREMA 
João Gustavo Fernandes 21 
 
 
 
- Proliferação anormal células que compõem o trofoblasto 
- Trofoblasto: Viabiliza nidação 
- Forma mais comum de dça trofoblástica gestacional 
- Dça Benigna 
 MOLA COMPLETA 
- Eliminação de grandes vesículas 
- Ausência de feto/âmnio 
 FATORES DE RISCO 
- Idade materna avançada 
- História prévia de Dça trofoblástica gestacional 
- Intervalo interpartal curto 
- SOP 
- Abortamentos prévios 
- Inseminação artificial 
- Tabagismo 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Sangramento vaginal 
- Aborto incompleto 
- Vesículas hidrópicas 
- Útero amolecido e indolor 
- Útero aumentado 
- Cistos tecaliteínicos 
- Náuseas e vômitos 
- Hipertireoidismo 
- Sinais de pré-eeclampsia 
 DIAGNÓSTICO 
Anamnese: 
- Atraso menstrual e Sangramento vaginal 
Exame físico: 
- Útero aumentado 
- Cistos tecaluteínicos 
- PA 
- Sintomas de hipertireoidismo 
Exames Laboratoriais: 
- Gonadotrofina coriônica humana 
US: 
 
- 90% dos Dg 
- Mola completa: “Flocos de neve 
- Mola incompleta: “Queijo suíço” 
 
 
 MOLA INCOMPLETA/PARCIAL 
- Não tem aparência de cachos de uva 
- Não está associada a risco de coriocarcinoma 
- Sempre há tecido fetal 
 
 
Histopatologia: 
- Confirma Dg 
 CONDUTAS 
- Avaliação pré-esvaziamento: Complicações (anemia, hipertireoidismo, pré- 
eclâmpsia e insuf. respiratória) 
- Esvaziamento uterino + análise histopatológica 
- Seguimento pós-molar 
- Encaminhar para centros especializados 
ESVAZIAMENTO UTERINO: 
- TTO de eleição 
- Vacuoaspiração 
- AMIU (Aspiração Manual Intrauterina) 
- Curetagem 
MOLA HIDATIFORMEJoão Gustavo Fernandes 22 
 
- Histerotomia (Mola incompleta com feto > 4 meses, colo desfavorável à 
indução e sangramento profuso 
- Histerectomia total 
ASPIRAÇÃO INTRAUTERINA: 
- Dilatação do colo uterino em 8mm 
- Uso de ocitocina 
- Preparo colo: Prostaglandina (Misoprostol) / Laminária 
- Tempo de preparo e esvazimento não deve ser > 6h 
- Pcte Rh- necessitam de Ig anti-Rh 
 CONTROLE PÓS-MOLAR 
- B-HHCG plasmático quantitativo: Semanal ou quinzenal (3 dosagens 
consecutivas) 
- Anticoncepção combinado (DIU é contraindicado) 
 EM NOVA GRAVIDEZ 
- Ácido Fólico: 60-90 dias antes da concepção até a 12ª semana 
- US obstétrica: 8ª-10ª semana 
- B-HCG quantitativo: 6 semanas após gravidez 
 EVOLUÇÃO PARA NTG 
- 15-40% evolui para NTG pós-molar 
- Dg pela curva de regressão anormal do B-HCG 
- Exame clínico + USTV com doppler + Rx tórax 
João Gustavo Fernandes 23 
 
 
 
 PARTO PRÉ-TERMO 
- 20ª e 37ª semana de gestação 
- Prematuridade Tardia: 32-37 sem 
- Prematuridade Grave/Moderada: 28-32 sem 
- Prematuridade Extrema: < 28 sem 
 FATORES DE RISCO 
- História pregressa 
- ITU e IST 
- Idade avançada 
- Comprimento do colo uterino < 25mm 
- Tabagismo 
 DIAGNÓSTICO 
- Contrações uterinas regulares 
- Modificações cervicais: Dilatação > 2cm 
- Exame vaginal: Alta especificidade 
- US: Alta sensibilidade 
OUTROS TESTES: 
- Teste da fibronectina fetal 
- Medida do colo uterino 
- Tocodinamômetros 
 
 TOCOLÍTICOS 
- Aumentam a gestação em 48h 
- Permite o transporte da paciente ou até que o corticoide comece a fazer efeito 
- Nifedipina (BCC) 
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS: 
- Dça cardiovascular 
- HAS e DM não controlada 
- Pré-eclampsia grave 
- Descolamento prematuro de placenta 
- Morte fetal 
- Gestação > 36 semanas 
- Condições fetais não tranquilizadoras 
 MANEJO 
- Corticoide (IG < 34 semanas) 
- Acelerar maturidade pulmonar fetal 
- Benefício se nascimento 48h após uso 
- Sulfato de Magnésio (< 32 sem e iminência de parto) - Neuroproteção fetal 
- Profilaxia GBS: Penicilina 
 PREVENÇÃO 
PRIMÁRIA: 
- Remover todas as causas 
- Cuidados pré-natais 
- Rastreamento contínuo de fatores de risco 
SECUNDÁRIA: 
- Detectar alterações e estabelecer conduta profilática 
- Tratamento de infecções 
- Uso de Progesterona/cerclagem/pessário cervical 
TERCIÁRIA: 
- Inibição do trabalho de parto 
 DETECÇÃO DO RISCO 
- História de parto prematuro prévio 
- Monitorar contrações uterinas: cardiotocografia 
- Medida do colo uterino (20-24sem) no US morfológico 
- Se < 25mm: Risco de prematuridade 
-Marcadores bioquímicos: Fibronectina fetal 
 CONDUTA EM RISCO AUMENTADO 
PARTO PRÉ E PÓS-TERMO 
João Gustavo Fernandes 24 
 
- Pré-natal de início precoce e retornos mais breves 
- Orientação higiênica e dietética 
- USG precoce – correta IG 
- US transvaginal (18 e 24 sem) 
PROGESTERONA MICRONIZADA: 
- Prevenção do trabalho de parto prematuro 
- 100mcg/dia: 24-34 sem (se fatores de risco) 
- 200mcg/dia: se colo < 15mm 
CERCLAGEM UTERINA: se incompetência cervical 
- Eletiva: História de 2 perdas gestacionais 
- Terapêutica: Achado US de colo curto 
- Emergência: Dilatação cervical < 4cm 
- Técnica de McDonald 
- Profilaxia ITU com Clindamicina 
- Tocólise 2h antes do procedimento e 12h após 
- Repouso de 30 dias 
 
Contraindicações da cerclagem: 
- Hemorragia ativa 
- Amniorrexe 
- Corioamniolite 
- Anomalia fetal incompatível com a vida 
Remoção: 
- 36 semanas 
- Se ruptura prematura das membranas 
PESSÁRIO CERVICAL: 
- Cilindro de silicone que vai englobar o colo 
- Susenta o peso do saco gestacional 
- Indicação: Colo < 25 mm 
- Mantem o orifício cervical fechado 
- Remover 36-37 semanas 
 COMPLICAÇÕES 
LONGO PRAZO: 
- Retardo no neurodesenvolvimento 
- Doenças metabólicas na vida adulta 
- Hipertensão pulmonar, asma,bronquiolite 
- Deficiência auditiva 
 GESTAÇÃO PÓS-TERMO 
- Pós-datismo: 40-42 Sem 
- Pós-termo/Gestação prolongada: > 42 sem 
 FATORES DE RISCO 
- Baixa condições socioeconômicas 
- Ciclos menstruais irregulares 
- Idade materna avançada 
- Antecedente pessoal 
- Malformações fetais 
- Excesso de progesterona 
 ETIOLOGIA 
- Geralmente desconhecida e erro no cálculo da IG 
RELAÇÃO COM: 
- Anencefalia 
- Deficiência de suldatase placentária 
- Primaridade 
- Hipoplasia adrenal fetal 
 RISCOS MATERNOS E FETAIS 
MORBIDADE MATERNA: 
- Distocias 
- Maior número de lesões perineais 
MORBIDADE FETAL: 
- Insuficiência placentária (Oligoâmnio e ILA < 5) 
- Anóxia fetal 
- Compressão do cordão umbilical 
João Gustavo Fernandes 25 
 
 COMPLICAÇÕES 
- Sd. da aspiração meconial: Pneumonite química 
- Macrossomia fetal: Peso fetal < 4kg 
 DIAGNÓSTICO 
- Data correta da DUM 
- Definição de IG com USG (Até 12ª semana é o ideal) 
- Curva de crescimento fetal 
Diferencia entre a DUM e a USG: 
- < 7 dias: Usa IG da DUM 
- > 7 dias: Usa IG da USG 
 CONDUTA ASSISTENCIAL 
VIGILÂNCIA DO BEM ESTAR FETAL: 
- A partir da 40ª semana 
PERFIL BIOFÍSICO FETAL: 
- Volume do líq. Amniótico (Amnioscopia – 2cm dilatado) 
- Quantidade: Oligoâmnio (≤5cm) 
- Qualidade: Claro / turvo / mecônio 
CARDIOTOCOGRAFIA 
INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO: 
- Estimulação artifical uterina 
- Visa o parto vaginal 
- Indicada quando riscos > benefícios 
CONTRAINDICAÇÕES: 
- 2 ou mais cesarianas prévias 
- Infecção herpética ativa 
- Placenta prévia ou vasa prévia 
- Prolapso de cordão 
- Situação fetal transversa 
- Ca invasico colo uterino 
ESCORE DE BISHOP: 
- Dilatação 
- Apagamento 
- Consistência 
- Posição do colo 
- Altura da apresentação 
 
 
BISHOP < 6 = Colo uterino não favorável 
 TÉCNICAS DE AMADURECIMENTO CERVICAL 
- Descolamento digital: Colocar o dedo no canal cervical e girar o dedo 
- Mecânicos: Sonda Foley intracervical 
- Farmacológicos: 
- Misoprostol 
- Ocitocina 
João Gustavo Fernandes 26 
 
 
 
SCREENING ANUAL GONO E CLAMÍDIA: 
- Adolescentes sexualmente ativas e 25 anos 
- Gestantes e > 25 anos, se fator de risco (novo parceiro 60 dias, > 1 parceiro, 
IST e uso irregular camisinha) 
 ANAMNESE 
REVISÃO SISTEMAS: 
- Hábito urinário e intestinal 
- Apetite, Sono, Coluna, Endócrino 
HISTÓRIA FAMILIAR: 
- Câncer ginecológico (endométrio, útero, ovário, mama) 
- Intestino 
- Osteoporose 
- DM, HAS 
- Patologia tireoide 
 ANTECEDENTE GINECO-OBSTÉTRICO (AGO): 
Caracteres sexuais secundários: 
- Broto mamário 
- Pelos pubianos (apenas para infanto-puberal) 
Menarca: idade que tinha 
Ciclo menstrual: 
- Quanto em quanto tempo menstrua? 
- Como era o ciclo antes do anticoncepcional? (28/4) 
- Normal: ciclo 21-35 dias e 7 dias de menstruação 
DUM: 1º dia da última menstruação 
Dismenorréia: 
- Tem cólica durante a menstruação? (escala de 0 a 10) 
- Irradiação 
TPM: 
- Altera humor? 
- Tem enxaqueca? 
- Aconteceu nos últimos 3 meses? 
- Atrapalha sua vida? 
GPCA: Gesta, Para, Cesárea e Aborto (< 20 semanas) 
- Se gemelar (P1 ou C1 e descrever que foi gemelar) 
Dispareunia: 
- Na entrada (vaginite/dermatite/lubrificação) 
- Na penetração profunda (Endometriose/ infecção) 
Sinusorragia: 
- Sangra na relação sexual? 
- Sangra após a relação sexual? 
Libido: 
- Tem vontade de ter relação? 
- De quanto em quanto tempo tem relação? 
- Tem orgasmo? 
MAC (Métodos Anti-concepcionais): 
- O que está usando? 
- O que já usou? 
- Teve problema com algum método? 
CP/Preventivo/Papanicolau: 
- Última vez que fez? 
- Qual o resultado? 
- Fez alguma cauterização de colo de útero? 
- Fez biópsia 
Cirurgias ginecológicas: 
- Incontinência urinária / Teve que levantar a bexiga? 
- Histerectomia (Tirou ovário?) 
Trauma ginecológico 
Doenças ginecológicas prévias 
IST e AIDS 
 EXAME FÍSICO 
- Esvaziar bexiga 
- Vestir camisola com abertura para trás 
“De cima para baixo, de fora para dentro” 
“Fale para a paciente o que vai ser feito” 
 MAMAS 
INSPECÇÃO:- Estática (sentada ou ereta): tamanho, simetria, forma, abaulamento, erosão, 
retração, mamilo, aréola, circulação venosa 
- Dinâmica: Elevar os MMSS e depois a contração peitoral (mãos na cintura) 
CONSULTA GINECOLÓGICA 
João Gustavo Fernandes 27 
 
PALPAÇÃO: 
- Palpação Linfonodos: Axilares e claviculares 
- Técnica Bloodgood: Palpação curcular, centrípeto, no sentido horário, 
realizado com as polpas digitais 
- Técnica Velpeau: Mãos espalmadas 
- Expressão da mamas e mamilos: Se secreção 
 
 
 VULVA 
 
 
Sífilis Herpes HPV 
 ESPECULAR 
- Afastar os lábios com a mão dominante (usar luva) 
- Introduzir espéculo com borboleta para baixo, apontando em 2h no relógio 
 TOQUE VAGINAL BIMANUAL 
- Informar a paciente do exame 
- Usar luva esterelizada em óxido de etileno 
- Se necessário, usar vaselina 
- Colocar uma mão na região suprapúbica (sentir útero) 
- Avaliar: Paredes vaginais, fundo de saco e colo uterino (mobilidade) 
- Útero anteversofletido (mais comum) e retroversofletido 
 
TESTE DE SCHILLER: 
- Passa Lugol (Iodo com iodeto) 
Positivo: Iodo negativo (Lesão) -> Fica branco 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES 
- Exame a fresco de secreção 
- Teste de Whiff: Colhe secreção, coloca na lâmina e pinga 1 gota de Hidróxido 
de Potássio (KOH) 10% 
- pH vaginal 
- Colposcopia 
- Labs: sorologias, PSOF > 40 anos 
- Imagem: US, RNM 
- Colono > 50 anos 
João Gustavo Fernandes 28 
 
 
 
CÂNCER DE COLO UTERINO: 
- Prevenível: Vacina HPV 
- Pico de incidência: 45-49 anos 
 RASTREAMENTO 
- Detectar doença em pessoas assintomáticas 
RECOMENDAÇÃO MS: 
- 25-64 anos 
- A cada 3 anos, após 2 anuais negativos 
*Febrasgo: 3 anos após início atividade suxual - 70 anos 
- Gestante: Não há retrição na coleta do CP 
- Pós-menopausa: Estrogenização antes da coleta S/N 
- Histerictomia: Se manteve o colo, faz rastreamento 
- Sem história de atv sexual: Não precisa rastrear 
- Término: 64 anos + 2 exames negativos em 5 anos. Se não fez, realizar 2 
CP com intervalo de 1-3 anos 
CLASSIFICAÇÃO: 
- LSIL: NIC I (Displasia leve) 
- HSIL: NIC II e III (Displasia moderada e acentuada) 
COLETA SATISFATÓRIA: 
- Representatividade da JEC 
- Ausência de infecções/sangue (menstuação)/muco 
- Identificação da lâmina 
- História clínica relevante 
 ORIENTAÇÃO PARA O PACIENTE 
Nas 48h anteriores ao exame: 
- Não manter relações sexuais 
- Não utilizar tampões vaginais e duchas vaginais 
- Não utilizar medicações intravaginais 
- Não realizar toque vaginal antes 
- Espéculo sem lubrificação (SF permitido) 
- Retirar muco 
** Espátula de Ayres, Citobrush e Pinça Cheron 
 TÉCNICA DE COLETA 
- Coloca espéculo 
- Remover excesso de muco com gase (pode usar SF) 
- Girar espátula de Ayres 360º 
- Colocar citobrush na endocervice 
- Colocar material na lâmina 
- Fixar com Propinil glicol (Citospray) 
 MÉTODOS DE COLETA 
CONVENCIONAL/PAPANICOLAU 
MEIO LÍQUIDO: 
- Possibilita estudo DNA-HPV no mesmo exame 
- Captura de toda a amostra 
- Melhora a qualidade da amostra 
- Custos aumentados 
TESTE DNA-HPV: 
- Triagem primária ≥ 30 anos 
- Citologia ASC-US 
- Seguimento pós-cone 
QUANDO CONTRAINDICAR TESTE HPV: 
- < 30 anos (HPV presente terá clareamento) 
- Lesão de alto grau 
- Coleta seriada 
- Coleta HPV de baixo risco 
EXAME CITOPATOLÓGICO 
João Gustavo Fernandes 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SECREÇÃO FISIOLÓGICA 
- Descamação celular 
- Muco (Vaginal, Glândulas) 
- Lactobacilos/Doderlein (Glicogênio → Ácido lático) 
- Polimorfonucleares 
 
 
 VAGINOSE BACTERIANA 
- 50-70% assintomáticas // Gardnerella vaginallis 
PREDISPONENTES: 
- Alcalinização: Práticas sexuais, duchas vaginais e absorventes 
 
 
Borramento do contorno celular “Aspecto de areia” 
TRATAMENTO: 
- Gestantes 
- Sintomáticas 
- Assintomáticas pré-procedimento → DIU, Cauterização, Histerectomia 
Metronidazol VO 500mg 12/12h por 7 dias após refeição 
Clindamicina VO 300mg 8/8h por 7 dias à noite 
RECORRÊNCIA: 
- ≥ 3 episódios por ano 
Metronidazol tópico 2x/semana por 6 meses 
Ácido lático + Glicogênio 
 CANDIDÍASE VULVOVAGINAL 
- Candida albicans 
- 20% assintomáticas 
PREDISPONENTES: 
- Imunidade local 
- Doença sistêmica: Imunodeprimidas 
- Gestação: Aumento do estrogênio e do muco 
- Uso contraceptivos: Altas doses de estrogênio 
- Alteração da flora: Produtos de higiêne 
TRATAMENTO: 
TÓPICO: 
- Clotrimazol 3-6 dias 
- Miconazol 3-7 dias 
- Terconazol 5 dias 
SISTÊMICO: 
- Fluconazol 150mg dose única 
- Itraconazol 100mg 2cápsulas manhã e 2 noite 
- Cetoconazol (TTO prolongado) 100mg 2cp/dia 5 dias 
VULVOVAGINITE E DIP 
João Gustavo Fernandes 30 
 
RECORRÊNCIA: 
- Fazer cultura 
- ≥ 3 episódios por ano 
- Tratamento não prolongado 
TTO SUPRESSIVO: 
- Fluconazol 1cp/dia intervalo de 3 dias – 3-6 meses 
- Clotrimazol creme 3-6 meses 
- Ácido Bórico 600mg por 14 dias + 2 ciclos de 14 dias 
- Probióticos 1x/dia 3 meses 
 TRICOMONÍASE 
- Corrimento abundantes, amarelo-esverdeado e bolhas 
- Ceftriaxona 250mg 1 ampola IM → Para ambos 
- Doxiciclina 100mg 12/12h 14 dias → Mulher 
- Azitromicina 1g dose única (Parceiro) → Parceiro 
 DIP 
- Infecção do trato genital superior (> OCI) 
- Chlamydia, N. Gonorrhoeae, Mycoplasma, Ureaplasma 
FATORES DE RISCO: 
- Adolescentes 
- Múltiplos parceiros 
- Não uso de preservativo 
- Dg de outras ISTs 
- Dg prévio de DIP 
- Quebra da barreira cervical → Colocação DIU 
DIAGNÓSTICO: 
- Assintomática (60-70%) 
- Aderência e hidrossalpinge 
- Infertilidade 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
 
 
Colpite em framboesa ou mácula rubra 
3 critérios maiores + 1 menor ou 1 elaborado 
- Metronidazol 2g dose única (todos) 
- Tinidazol 
- Secnidazol 
*Tratar o parceiro 
 CERVICITE 
CERVICITE: Inflamação do colo uterino 
DIP: Inflamação do Trato Genital Superior 
*Sempre fazer sorologia Hepatite, HIV e Sífilis 
*Clamídia e Gonococo são IST 
SINAIS E SINTOMAS: 
- Corrimento abundante ou assintomática (70-80%) 
- Acomete mais epitélio glandular 
- Aumento muito grande de leucócitos 
- Sinusorragia 
TRATAMENTO: 
 
 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS: 
- Dispareunia 
- Sangramento irregular 
- Febre, náuseas ou vômitos 
- Peritonite 
- Sd. Fitz-Hugh-Curtis → Peri-hepatite com aderências na cápsula hepática 
→ Dor no QSD em mulher com DIP 
João Gustavo Fernandes 31 
 
TRATAMENTO: 
ESQUEMA AMBULATORIAL: 
Ceftriaxona 250mg IM DU + Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14d + 
Metronidazol 500mg VO 12/12h 14d 
*Metronidazol → Conflito literatura → Usar IBP? 
Retorno em 48-72h se: Não melhorar dor, febre, vômitos ou dúvida dg 
ESQUEMA HOSPITALAR POR 48H: 
Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 1x/dia 
*Após 48h, mudar para TTO VO se melhora clínica e ausência de febre 
TTO VO: 
Ampicilina/sulbactam 3g EV 6/6h + Doxiciclina 200mg/dia VO 
Amoxicilina 1g / Clavulanato 200mg EV 8/8h + Doxiciclina 200mg/dia VO 
TRATAMENTO COMPLEMENTAR: 
Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14d + Metronidazol 500mg VO 12/12h 14d 
Levofloxacino 500mg/dia VO 
2) Cirurgia + ATB: 
*Íntegro ≥ 8cm 
*Não resposta ao TTO clínico 
*Ruptura 
*VLPC se abscesso íntegro // LPT se abscesso roto 
A LONGO PRAZO: 
- Dor pélvica crônica (42%) 
- Aderências / alterações da tuba 
- Infertilidade (15%) / gravidez ectópica 
TRATAR PARCEIRO: 
Ceftriaxona 250mg DU + Azitromicina 1g DU 
ABSCESSO TUBOVARIANO (ATO): 
SUSPEITA CLÍNICA: 
- Sinais de DIP + Massa anexial/fundo de saco 
- Não responde ao TTO 
- Rotura – peritonite 
DIAGNÓSTICO: 
- US / TC 
TRATAMENTO: 
1) Íntegro < 8cm: 
 
Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 1x/dia + Ampicilina 
500mg EV 6/6h 
 
*Acompanhamento diário com US 
*Reavaliar 48-72h, não respondeu trocar ATB ou Cirurgia 
João Gustavo Fernandes 32 
 
 
 
Quando diagnosticar uma IST, devemos: 
- Rastrear: Sífilis, HIV, Gonococo, Hepatite B e C 
- Tratar parceiro 
 SÍFILIS 
- Treponema pallidum 
CONFIRMAR COM 2 EXAMES 
TesteTreponêmico: Teste Rápido e FTA-ABS 
- Uma vez positivo, sempre será positivo 
Teste Não Treponêmico: VDRL 
- Critério de cura: Queda de 2 diluições (1/64 -> 1/16) 
TRATAMENTO: 
- 1ª / 2ª / Latente recente: Penicilina 2,4 milhão UI IM 
- 3ª / Tardia: Penicilina 2,4 milhão UI IM (3 doses – 1x/sem) 
 CERVICITE 
- Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis 
- Corrimento cervical, colo hiperemiado e friável 
- Sinusorragia e Dispareunia 
TRATAMENTO: 
- Ceftriaxona 500mg IM dose única 
- Azitromicina 1g VO dose única 
 CANCRO MOLE 
- Haemophilus Ducreyi 
- úlceras dolorosas e amareladas com fundo purulento 
 
TRATAMENTO: 
- Azitromicina 1g VO dose única 
 HERPES GENITAL 
- HSV 2: Mais comum 
- Vesículas e úlceras eritematosas, dolorosas e limpas 
- Primoinfecção mais severa 
- Surtos recorrentes: mais leves 
 
TRATAMENTO: 
- Aciclovir 400mg VO 8/8h por 7-10 dias 
 HPV 
- Diagnóstico no CP (Biópsia se dúvida) 
- HPV 16 e 18: Maior risco de ca 
- Lesões papilomatosas 
- Condiloma acuminado 
- Semelhante a couve-flor 
 
TRATAMENTO: 
- Imiquimode 50mg/g creme por 4 meses 
- Podofilotoxina: 12/12h por 3 dias -> 4 dias pausa 
- Ácido Tricloroacético 
- Eletrocauterização 
- Exérese cirurgica 
- Crioterapia 
IST 
João Gustavo Fernandes 33 
 
 
 
 
 
 
 MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
- Tabelinha/Ogino-Knaus: Abstinência sexual (Registra ciclo por 6 meses) 
- Temperatura basal: Aumento = Período fértil 
- Muco cervical/Billings 
- Método sintotérmico: Método muco + temperatura 
- Coito interrompido 
 MÉTODOS BARREIRA 
- Preservativo: Prevenção IST 
- Diafragma: Cobre o colo uterino, desconfortável 
- Espermicida: Nonoxinol-9 (N-9) – Fissuras vaginais 
DIU DE COBRE: Dura 10 anos 
- Indicação: Contracepção reversível 
- Contraindicações: Sangramento excessivo, IST, Anormalidade uterina, DIP 
do último mês, Miomatose e Ca Colo/útero/ovário 
- Efeitos Adversos: Dismenorreia e ↑ fluxo menstrual 
*Excluir possibilidade de gravidez 
DIU HORMONAL: Levonorgestrel – Dura 5 anos 
- Mecanismo de ação: Atrofia endométrio, altera muco e inibe ovulação 
- Efeitos Adversos: Acne, cefaleia, mastalgia, cistos ovarianos e depressão 
- Contraindicações: Ca de mama, cirrose grave e LES 
 MÉTODOS HORMONAIS 
PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS: 
COMBINADA: Estrogênio + Progesterona 
- Estrogênio inibe proliferação endometrial 
- Sangramento mais regular 
ISOLADA: Progesterona 
- Sangramento mais irregular 
ESTRÓGENOS: 
- Etinil-estradiol (↓ dose: 35/30/20/15 ug) 
- Valerato de estradiol 
PROGESTOGÊNIOS: 
- 1ª geração: Norestiterona e Medroxiprogesterona 
- 2ª geração: Levonorgestrel 
- 3ª geração: Gestodeno e Desogestrel 
- 4ª geração: Drospirenona, dienogest e nomegestrol 
- Ciproterona: Usa associada ao etinil-estradiol 
*3ª e 4ª aumenta risco de eventos tromboembólicos 
SUS: Etinilestradiol + Levonorgestrel (Ciclo 21) 
*Risco de eventos trombóticos é maior no 1º ano – Evitar trocas de anti 
*Benefícios: Reduz - risco de Ca de ovário e endométrio, dismenorreia, SPM, 
cistos funcionais, Mittelschmerz, dças benignas da mama e anemia 
*Iniciar no 1º dia da menstruação, tomar no mesmo horário todos os dias 
por 21 dias e parar 7 dias, reiniciando no 8º 
 CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
Levonorgestrel 1,5mg dose única ou 2 doses 
- Yuzpe é menos eficaz 
- Maior eficácia em 24h 
 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
Estrógeno + Progesterona 
- ACO Combinado 
- Injetável mensal 
- Adesivo intradérmico 
- Anel vaginal 
Apenas Progestágeno: 
- Pílula progesterona isolada 
- Ingestável trimestral 
- Implante subdérmico 
CONTRACEPÇÃO 
João Gustavo Fernandes 34 
 
SOMENTE PROGESTERONA: 
 
COMBINADOS: 
 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: 
- Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Topiramato*) 
- Rifampicina (TB e Hanseníase) 
*Topiramato em uso pra enxaqueca 
 MÉTODOS CIRURGICOS 
- Maiores de 25 anos ou 2 filhos vivos 
- Risco materno (cardiopatia grave) 
- Consentimento informado pelo menos 60 dias 
- Não pode ser realizada durante o período de parto, cesárea ou aborto – 
Exceto risco de ruptura uterina 
 
João Gustavo Fernandes 35 
 
 
 
- Infectam epiderme, mucosa ou glândulas 
- 14 subtipos oncogênicos: 16 (50%) e 18 (15%) 
- Não oncogênicos: 6 e 11: 90% verrugas genitais 
- Possui vacina 
 DIAGNÓSTICO 
- Assintomáticas 
- Preventivo (CP) 
CP → Alteração → Colposcopia → Histologia 
- Persistência do processo infeccioso por mais de 18 meses é o principal 
fator de risco para o surgimento das lesões intraepiteliais 
- Reativação só em queda da imunidade 
 CP 
- 25-64 anos (2 anuais normais → 3 em 3 anos) 
- 20-24 anos as lesões costumam regredir 
- Imunodeprimida: Após 1ª relação (2 semestral→anual) 
LIMITAÇÕES DO CP: 
- Baixa sensibilidade 
- Frequência de falsos negativos 
 ASC-US (ATIPIA INDETERMINADA) 
- 50% dos resultados alterados 
- 6-12% podem ser NIC2 ou 3 
 
 
 
HPV E LESÃO COLO UTERINO 
João Gustavo Fernandes 36 
 
 LSIL (BAIXO GRAU) 
- 27% dos exames anormais 
- 0,8% dos CPs 
- 12-23% podem ser NIC2 ou 3 
- NIC1 em mulheres jovem (< 30 anos) regridem em 90% 
COLPOSCOPIA IMEDIATA: 
- Possibilidade da presença de lesões mais graves subdiagnósticas pelo CP 
ACOMPANHAR: 
- Potencial regressão em < 30 anos 
- Evitar sobrediagnóstico e sobretratamento 
- Riscos do procedimento: hemorragia, infecção 
 
 
 
 
 SITUAÇÕES ESPECIAIS LSIL 
GESTANTES: 
- Achados colposcópios anormais tendem a regredir 
- Repetir após 3 meses do parto 
MENOPAUSA: 
- Atrofia e ressecamento vaginal 
- Fazer uso de estrogênio vaginal s/n 
IMUNODEPRIMIDAS: 
- Encaminhar para colposcopia após exame LSIL 
- Tratamento excisional 
 HSIL (ALTO GRAU) 
- NIC 1 → NIC 3 (10%): 1% Invasão 
- NIC 2 → NIC 3 (20%): 5% Invasão 
- NIC 3: 20% Invasão 
João Gustavo Fernandes 37 
 
 
 
 SITUAÇÕES ESPECIAIS HSIL- HPV 
GESTANTES: 
- Encaminhar para Colposcopia 
- Biópsia se sugestivo de invasão 
- Se IG >30sem, colposcopia 3 meses pós-parto 
IMUNODEPRIMIDAS: 
- Maior risco de recidiva pós conização 
- CP anual por toda a vida 
 CÂNCER DE COLO UTERINO 
FATORES DE RISCO: 
- HPV oncogênico 
- Tabagismo 
- Herpes simples 2 e Múltiplos parceiros 
DIAGNÓSTICO: 
- Colposcopia 
- Histologia: Confirmar Ca 
AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO: 
- Colposcopia e biópsia 
- Toque vaginal e retal 
- RNM 
- Busca de metástases: Rx Tórax e TC abdome 
- Cistoscopia 
- Retossigmóidoscopia 
- Urografia excretora 
TIPOS HISTOLÓGICOS: 
- Carcinoma epidermóide: 81% 
- Adenocarcinoma: 10% 
TRATAMENTO: 
Conização a frio: Uso de bisturi 
- Infiltração cervical com xilocaína 1% 
- Teste de Shiller 
Cirurgia de Alta Frequência (CAF): 
- Uso em NIC 2 e 3 
Traquelectomia: 
- Retirada total do colo com os paramétrios 
Histerectomia: 
- Subtotal: Tira só o útero e mantem o colo 
- Total: Tira útero e colo 
- Radical: Tira útero, colo, 1/3 superior da vagina e paramétrios 
SEGUIMENTO: 
- 3/3 meses no 1º ano 
- 4/4 meses no 2º ano 
- 6/6 meses até o 5º ano 
- Anual 
PREVENÇÃO: 
- Vacina: Quadrivalente (6,11,16,18) M:9-14a / H:11-14a 
- Preservativo 
João Gustavo Fernandes 38 
 
ALTERAÇÕES PRECOCES: 
1) Irregularidade menstrual (Fator preditor da 
transição menopausal): 90% irá apresentar alguma 
irregularidade, exceto se usa contraceptivo hormonal. 
2) Sintomas vasomotores: O Estradiol regula o centro 
termorregulador no Hipotálamo. Calor independente da 
temperatura externa. Pode ter sudorese noturna. 
3) Alteração sono: Despertares devido fogachos. 
4) Alteração humor: depressão, irritabilidade, cansaço 
ALTERAÇÕES A LONGO PRAZO: 
1) Síndrome geniturinária: ressecamento vaginal, 
dispareunia de superfície, disúria, ITU. 
2) Alterações da cognição: alterações na atividade de 
neurotransmissores. Alterações memória (Alzheimer) 
3) DCV: estrogênio auxilia em todos os fatores de risco. 
Avaliar na hora de prescreverTRH. O Colesterol pode 
ser melhorado com a TRH. 
4) Alteração óssea: ↓ estrogênio → ↑ estimulação do 
osteoclasto → ↑ reabsorção → Osteopenia/osteoporose 
 
 
Menopausa: Dg retrospectivo – amenorreia 12 meses. 
Na fase de transição menopausal e menopausa 
o ovário não responde ao estímulo do FSH e LH 
devido ao envelhecimento ovariano. Há 
diminuição da produção de estrogênios e 
progestagênios, havendo um aumento do FSH e 
LH para fazer com que estimule o ovário a 
produzir. 
- O FSH é o primeiro que percebemos o 
aumento, apesar de ser bastante flutuante 
nesse período de transição. 
- Os sintomas são em decorrência da diminuição do Estradiol 
 DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
Devo fazer dosagem de FSH e Estradiol se: 
- Paciente histerectomizada 
- Uso de contraceptivo hormonal 
Dg: FSH > 30 em 2 dosagens com intervalo de 3 meses. 
DMO: 
- Normal: T score até -1,0 
- Osteopenia: T score entre -1,0 e -2,5 
- Osteoporose: T score ≤ -2,5 
T Score: compara a mulher menopausada com a jovem – pico até os 30 anos. 
 TRH 
BENEFÍCIOS: 
- Sintomas Vasomotores 
- Atrofia Urogenital 
- Osteoporose: prevenção, tratamento e ↓ fraturas 
- Menopausa precoce 
- Irregularidade menstrual 
- Alteração humor e sono 
INDICAÇÕES: 
- Fogachos 
- Síndrome genitourinária 
- Osteopenia/Osteoporose 
CLIMATÉRIO 
João Gustavo Fernandes 39 
 
Janela de Oportunidade: Iniciar TRH nos primeiros 10 anos de menopausa 
(Pode usar na transição menopausal ou antes dos 60 anos) 
CONTRAINDICAÇÕES: 
- Sangramento de origem desconhecida 
- Ca mama e lesões precursoras 
- Ca endométrio 
- DAC e Dça cerebrovascular 
- Trombose, LES e trombofilias 
- Dça hepática descompensada 
- Porfirias e meningiomas 
PODE USAR: 
- HAS e DM controladas 
- HCV 
- Pós-câncer: Colo uterino, pele, hematológico, pulmão, fígado, intestino, 
estômago, rins e tireoide 
 EXAMES PRÉVIOS AO INÍCIO DA TRH 
- Mamografia 
- Exame físico detalhado 
- USTV 
- Perfil glicolipídico 
 TRATAMENTO 
 
- E + P contínuo: pós menopausa tardia 
- E + P sequencial: pós menopausa recente/transição 
*Progesterona: proteção endometrial 
Adesivo: troca 2x por semana. Segunda e quinta-feira 
Gel: jato ou sachê 
Tópicos/vaginais: Estriol (baixa absorção sistêmica) e Promestrieno (mais 
voltada a queixa urogenital) 
• Progesterona natural micronizada: seletiva para receptores progesterona 
- Contínuo: Progesterona 100mg/dia 
- Sequencial: 200mg/dia 12-14 dias (mínimo para evitar hiperplasia endometrial) 
• Ac. Medroxiprogesterona: efeito glicocorticoide (Retenção hídrica). 
Contínuo/sequencial. 
• Didrogesterona: alta seletividade pelo receptor da progesterona. Contínuo- 
sequencial. 
• Noretisterona – efeito androgênico/estrogênico parcial. contínuo/sequencial. 
Uso se diminuição da libido, não usar se perfil lipídico alterado. (Tem adesivo) 
• Drosperinona – antimineralocorticoide. Só contínuo. 
A natural micronizada e a Didrogesterona possuem um melhor perfil cardio 
metabólico, devido a alta seletividade pelos receptores de progesterona. 
Não há progestágeno em gel, somente Estradiol 
 
Tibolona – 1,25/2,5 mg – metabolização hepática – E+P+A. Opção para uso 
em pacientes com diminuição da libido. Observar Perfil lipídico. 
 ESCOLHA DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO 
Transdérmica: síndrome metabólica, diabetes, hipertensão, 
hipertrigliceridemia, risco de trombose venosa, obesidade, tabagismo. Pele → 
circulação. Sem passagem hepática. 
João Gustavo Fernandes 40 
 
 OPÇÕES NÃO HORMONAIS 
Estilo de vida: atividade física – redução dos fogachos. 
Hidratantes vaginais: pacientes que não podem usar estrogênio 
ISRS: melhora dos fogachos. Além de modular humor. 
• Paroxetina (10-25mg/dia) 
• Citalopram e Escitalopram (10-20 mg/dia). 
IRSN: 
• Desvenlafaxina (100-150mg/dia) 
• Venlafaxina (37,5-150 mg/dia) 
Gabapentinoides: 
• Gabapentina – 900 a 2400 mg/dia 
• Pregabalina – 150 a 300 mg/dia. 
 
 
João Gustavo Fernandes 41 
 
 
 
 
 
 ETIOLOGIA 
- SOP: 70-80% 
- Hiperandrogenismo periférico: 15-20% 
- Hiperplasia suprarrenal: 4% 
 SOP 
- Causa genética (HF+) - Pacientes jovens 
- Causa + comum de infertilidade por anovulação 
- 30-40% das Amenorreias (Ausência de pelo menos 3 ciclos consecutivos) 
- Obesidade + Resistência insulínica + ↓ SHBG 
CONSENSO DE ROTTERDAM (2 dos 3 critérios): 
- Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial 
- Anovulação 
- Ovários com policistos 
 OUTRAS CAUSAS 
HIPERTECOSE: 
- Forma mais grave que a SOP 
- Pouco frequente, mais na pós-menopausa 
NEOPLASIAS: Mais raro 
- Devirados dos cordões sexuais 
- Derivados das células germinativas 
 HIPERANDROGENISMO PERIFÉRICO 
- Idiopático 
- Manifestações cosméticas: Pele 
- Ciclos ovulatórios 
- Exames laboratoriais e imagem normais 
 SUPRARRENAIS 
HIPERPLASIA SUPRARRENAL CONGÊNITA NÃO CLÁSSICA: 
- Peripuberal 
- Def. da 21-hidroxilase 
- Acúmulo de 17OHP e androstenediona 
SD. DE CUSHING: 
- Cortisol elevado permanente 
- Estrias, fácies cushingoide, obesidade central 
NEOPLASIAS 
 HIRSUTISMO X HIPERTRICOSE 
Hipertricose: aumento número de pelos nas regiões que são comuns de ter 
nas mulheres. (Minoxidil / Corticoide) 
Hirsutismo: pelo mais grosso e começa a ter aumento de pelos em áreas que 
a mulher não possui. (Testosterona / Anabolizantes / Ác. Valpróico) 
HIPERANDROGENISMO 
João Gustavo Fernandes 42 
 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Hirsutismo 
- Acne (Propionibacterium acnes) 
- Alopécia androgenética 
- Disfunção ovariana 
- Hipertricose 
- Virilização: espessamento de cordas vocais 
 ESCORE DE FERRIMAN-GALLWEY 
- Avalia Hirsutismo 
 
 
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
- Testosterona total e livre 
- SHBG 
- 17OHP basal: > 5ng/ml 
- SDHEA: Muito alto pode sugerir neoplasia suprarrenal 
- TSH 
- Prolactina 
- Colesterol total e frações 
- Triglicerídeos 
- Glicemia jejum e TTOG 
 EXAME IMAGEM 
- USTV: SOP 
- RM/TC: Dça Suprarrenais 
 TRATAMENTO 
- Medidas cosméticas: 
- Acne: Ácido retinóico e Isotretinoína 
- Fotodepilação 
- Modificação estilo de vida 
- ACO combinados: Supressão ovariana (Regularizar ciclo e deixar ovário em 
repouso) 
- Antiandrogênicos: Associar com ACO 
- Espironolactona: ↓ síntese de testosterona 
- Acetato de ciproterona 
- Futamida: Não usa devido Ins. Hepática 
- Finasterida 
- Metformina: DM 
João Gustavo Fernandes 43 
 
 
 
 FATORES DE RISCO 
- TH com estrogênio e sem progestogênio, 
- Sobrepeso/Obesidade 
- Dieta rica em gordura animal 
- DM e HAS 
- Hiperplasia endométrio 
- História familiar 
- Nuliparidade 
- SOP 
- Menopausa tardia (> 55 anos) 
- Sd. do câncer colorretal hereditário não polipose 
- Sd. de Lynch: Ca intestino < 40 anos 
- Tamoxifeno 
 FATORES DE PROTEÇÃO 
*Tudo que reduz exposição ao estrogênio ou aumenta níveis de progesterona 
- TH combinada 
- DIU com progesterona 
- ACO 
- Ovulação 
 QUADRO CLÍNICO 
- Idade 50-65 anos 
- SUA: Hematometra 
- Massa amolecida na região hipogástrica 
- Distensão abdominal secundária a ascite 
- Assintomáticas 
 DIAGNÓSTICO 
- USTV (1º Exame se suspeita): 
- Menacme: Depende da fase do ciclo 
- Pós-menstrual: Até 12mm 
- Investigar se ≥ 5mm 
- Uso de tamoxifeno ≥ 8mm 
- Biópsia endométrio: 
- Aspiração por sonda 
- Cureta de Novak 
- Cânila de Pipelle 
*Biópsia negativa e alta suspeita: Curetagem uterina ou Histeroscopia com 
biópsia 
- Histeroscopia com biópsia (Padrão-ouro) 
 FATORES PROGNÓSTICOS 
- Baixa taxa de mortalidade 
- Crescimento lento 
*Não tem rastreamento em mulheres sem fatores de risco 
 
 VIAS DE DISSEMINAÇÃO 
- Pequenos ramos linfáticos do lig. Redondo (LND inguinofemorais) 
- Ramos linfáticos da tuba uterina 
- Grandes linfáticos nos pedículos ovarianos (LND para-aórticos) 
- Linfáticos do lig. Largo (LND pélvicos) 
 CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA 
Tipo 1 tem melhor prognóstico 
 
NEOPLASIA ENDOMETRIAL 
João Gustavo Fernandes 44 
 
 
 
 
 AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 
- CA 125 
- ECG- Rx tórax 
- TC abdome total 
- RM pelve 
- Retossigmoidoscopia 
- Cistoscopia 
 CIRURGIA DE ESTADIAMENTO 
- Incisão medicana, xifopúbica ou transversa 
- Lavado para cistologia 
- Histerectomia total e anexectomia bilateral 
- LND pélvicos bilateral 
- Amostragem de LND para-aórticos, S/N 
- Omentectomia infracólica 
- Cirurgia citorredutora (Se células tumorais na cavidade) 
 TRATAMENTO 
QTX: Dça avançada 
RTX: 
- TTO complementar mais utilizado 
- Reduzir recidiva local 
*Combinar se dça avançado 
João Gustavo Fernandes 45 
 
 
 
- Sangramento fora do período menstrual ou no período menstrual só que 
com alteração do padrão habitual (geralmente volumoso) 
SUA CRÔNICO: Persiste por mais de 6 meses 
SUA AGUDO: Sangramento intenso na ausência de gravidez em quantidade 
suficiente para necessitar intervenção rápida 
 
 
 CAUSAS ESTRUTURAIS (PALM) 
PÓLIPO: Proliferações endometriais envolvendo estroma e glândulas 
(incluídos pólipos endocervicais) 
ADENOMIOSE: Implantação heterotópica de cél. endometriais no miométrio. 
LEIOMIOMA: Tumor fibromuscular benigno do Miométrio. O mioma 
submucoso é mais relacionado a SUA com fluxo intenso. 
MALIGNIDADE: Hiperplasia endometrial atípica e carcinoma de endométrio 
 CAUSAS NÃO ESTRUTURAIS (COEIN) 
COAGULOPATIA: 13% das pacientes com SUA (doença de von Willebrand a 
condição mais comum). 
 
DISFUNÇÕES OVULATÓRIAS: Amenorreia total, sangramento leve e 
infrequente e episódios de sangramento extremamente aumentado. 
Na menacme, a produção de progesterona durante o ciclo menstrual é 
determinada pela ovulação e, após, sustentada pelo corpo lúteo. Se não há 
ovulação, não há produção adequada de progesterona. Assim, o endométrio 
torna-se proliferado e espesso devido à ação do estrogênio sem oposição. 
Essa hiperproliferação torna-o frágil, resultando em sangramento anormal. 
- Correspondem a ciclos anovulatórios, sem fase lútea 
- Ocorre nos extremos da vida reprodutiva 
ENDOMETRIAL: Sangramento anormal com periodicidade regular, com ciclo 
ovulatório. Atribuído a alterações primárias do endométrio. 
- Secundário a quadros inflamatórios ou infecciosos do 
endométrio, do colo uterino e das tubas. 
IATROGÊNICA: Uso de hormônios exógenos sistêmicos ou DIU, medicações 
que impactam diretamente no endométrio, interferem na coagulação 
sanguínea ou interferem sistemicamente na ovulação. 
- Os ACOs quando tomados irregularmente podem resultar em sangramento 
não programado por oscilação nos níveis de estrogênio. 
 INVESTIGAÇÃO 
PALM COEIN 
- Padrão menstrual: Frequência, Periodicidade, Duração e Volume do fluxo 
- Uso de fármacos: ACO, TRH, Anticoagulantes, Tamoxifeno, Antipsicóticos, 
ADT, ISRS 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL 
João Gustavo Fernandes 46 
 
 
 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES 
*Guiado pela suspeita Dg 
- Hemograma, TSH, T4 Livre, Prolactina 
- Coagulograma 
- Teste Von Willebrand 
- CP 
- USTV: Avaliar endométrio e miométrio 
- Espessura endometrial: 
- Menacme (4-16mm) 
- Pós-menopausa (Até 5mm) 
- Pólipos, miomas, câncer = biópsia 
- Histeroscopia (Padrão-ouro investigação endometrial): 
- Avalia cavidade uterina 
- Estudo histopatológico por biópsia dirigida 
- Terapêutica: pólipo, leiomioma submucoso, sinéquia e ablação 
endometrial 
- Biópsia (Padrão-ouro Dg de afecções endometriais): 
- Suspeita de hiperplasia ou Ca 
- Recomenda avaliação se SUA com > 45 anos refratário ao TTO 
clínico 
João Gustavo Fernandes 47 
 
 TRATAMENTO 
- Retomar o padrão de ciclos menstruais normais 
- Prevenir recorrência e consequências da anovulação a longo prazo 
PACIENTE INSTÁVEL: 
- Tamponamento uterino 
- Curetagem uterina 
- Estrogênios conjugados em altas doses 
- Embolização uterina 
- Histerectomia 
PACIENTE ESTÁVEL: 
- AINES: Ibuprofeno, Naproxeno, Ácido Mefenâmico 
- Antifibrinolíticos: Ácido tranexâmico (Transamin) - Avaliar risco de trombose 
- Estrogênios 
- Progestágenos orais 
- ACO 
- DIU Levonorgestrel 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: Segunda opção: Refratário ao TTO clínico 
 
João Gustavo Fernandes 48 
 
 
 
- Qualquer perda involuntária de urina 
- Aumento da pressão no assoalho pélvico 
1. Hipermobilidade colo vesical (Lesão) 
*Pressão de perda (VLPP > 90cmH2O) 
2. Deficiência esfincteriana intrínseca 
*Pressão de perda (VLPP < 60cmH2O) 
*Mais grave – perda com mínimo esforço 
 FATORES DE RISCO 
- Obesidade: ↑ pressão assoalho pélvico 
- Tabagismo: Flacidez e tosse crônica 
- Gestação: ↑ pressão assoalho pélvico 
- Menopausa: ↓ estrogênio → ↓ colágeno 
- Crossfiteiras 
 CLASSIFICAÇÃO 
- De esforço (25-75%) 
- De urgência (30%) 
- Mista 
- Transbordamento: Lesão neural do assoalho pélvico 
- Transitória/funcional: Infecção urinária 
- Por desvio: Fístula / iatrogenia cirúrgica 
 IU DE URGÊNCIA 
- Contrações espontâneas do músculo detrussor durante enchimento vesical 
 CAUSAS 
- Instabilidade idiopática 
- Hiperatividade neurogênica 
- ITU 
- Tumor, AVC, DM, ICC 
- Cafeína, álcool, medicamentos 
- Constipação, ansiedade 
 FISIOPATOLOGIA 
- Simpático: Enchimento vesical 
- Contração esfíncter uretral e Relaxamento detrussor 
- Parassimpático: Esvaziamento 
 DIAGNÓSTICO 
- Anamnese: Frequência, retenção, hematúria, noctúria, gotejamento pós- 
miccional, medicamentos, disúria, perda contínua, cirurgias 
- Diário miccional: 1-3 dias 
- Exame físico: Trofismo, distopias 
- Q-tip test (Teste do cotonete): Introduz cotonete estéril lubrificado com gel 
anestésico na uretra. Faz → manobra de Valsalva → mede ângulo formado 
pelo cotonete e o eixo horizontal. Alteração >40º indica hipermobilidade do colo 
vesical 
Diário Miccional: 
 
 
 MEDICAMENTOS 
- ↓ Resistência Uretral 
- Relaxantes musculares: Benzodiazepínicos 
- ↑ Resistência Uretral 
- ADT: Imipramina, Amitriptilina 
- Estrogênios 
 AVALIAÇÃO 
- Labs: EQU, Glicemia 
- Medida do resíduo 
- Avaliação urodinâmica 
- Uretrocistoscopia: Hematúria 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA E DISTOPIAS 
João Gustavo Fernandes 49 
 
 TRATAMENTO 
- Redução peso 
- Modificação hábitos: cigarro, dieta, constipação 
- Fisioterapia pélvica: Exercício de Kegel e Pesos 
- Estrogênio tópico: Menopausa (Atrofia) 
CIRURGIA: 
- Tela retopúbica via vaginal 
- Sling de uretra média com telas (P-Ouro) IUE 
MEDICAMENTOS: 
- Anticolinérgico: Oxibutinina (Inibe contração do detrussor, 
aumenta capacidade cistométrica) IUU 
- 2ª Linha: Darifenacina (Custo alto) 
- 3ª Linha: Toxina botulínica intravesical 
*IU de Esforço não é tratada com medicamento 
*IU de Urgência não é tratada com Sling 
LASER: Corrigir atrofia uretral 
 DISTOPIAS GENITAIS 
- Descenso da parede vaginal anterior, posterior, ápice ou da cúpula vaginal 
 
 DIVISÃO ANATOMO-FUNCIONAL DE DELANCEY 
- Sustentação da vagina-útero 
Nível 1: Defeito apical 
Nível 2: Defeito terço médio-anterior 
Nível 3: Defeito terço distal 
 FATORES DE RISCO 
- Bebês macrossômicos (> 4kg) 
- Multiparidade 
- Uso de fórceps 
- Tabagismo 
- Obesidade 
- Idade avançada 
 DIAGNÓSTICO 
VAGINAIS: “Bola na vagina”, redução digital para micção ou evacuação, 
sangramento, dor lombar 
ANORRETAIS: Constipação, bloqueio evacuatório, tenesmo, incontinencia 
fecal 
URINÁRIOS: Hesitação, resíduo pós-miccional, ITU de repetição, gotejamento 
SEXUAIS: Obstrução, dispareunia, reduz libido, flacidez 
 EXAME PÉLVICO 
- Sinais de hipoestrogenismo 
- Avaliação da mucosa 
- Repouso e com Valsalva 
- Avaliação neurológica 
 CLASSIFICAÇÃO DOS PROLAPSOS 
Baden-Walker: 
 
POP-Q: 
João Gustavo Fernandes 50 
 
 
 
 
 
 TRATAMENTO 
CONSERVADOR: 
- Perder peso 
- Evitar aumento da pressão abdominal 
- Cessar tabagismo 
- Corrigir atrofia 
- Exercício de Kegel 
- Eletroestimulação 
- Pessários 
CIRURGICO: 
- Técnicas sítio-específicas: Usa a própria fáscia endopélvica para corrigir 
defeito 
- Comprometimento do próprio tecido: Usa telas biológicas ou sintéticas 
(Não é primeiraescolha) 
- Lefort: Obliterativa – Faz em idosas – incapaz de ter relação sexual após 
cirurgia 
João Gustavo Fernandes 51 
 
 
 
 AMENORREIA 
PRIMÁRIA: Nunca menstruou 
- Amenorreia até os 14 anos sem caracteres sexuais 
- Amenorreia até os 16 anos com caracteres sexuais 
SECUNDÁRIA: 
- Amenorreia por >3 ciclos consecutivos se ciclo regular 
- Amenorreia por >6 meses se ciclo irregular 
 AMENORREIAS PRIMÁRIAS 
- Disgenesia gonadal (50%) – Mal funcionamento ovário 
- Hipogonadismo hipotalâmico (20%) 
- Ausência de útero/vagina/colo (15%) 
AVALIAR: 
- Caracteres sexuais secundários 
- Presença de útero 
- Níveis de FSH 
 
Não há mama Telarca = E2 
Atraso desenvolvimento 
puberal (FSH ↓/normal) 
Sem útero: 
- Agenesia mulleriana 
- Insensibilidade androgênica 
Disgenesia gonadal 
(FSH↑) 
Com útero: 
- Etiologias da amenorreia 
secundária 
- Descartar gravidez e 
criptomenorreia 
 
 DISGENESIA GONADAL 
Não tem mama / FSH ↑ / Tem útero 
FSH ↑ = Fazer Cariótipo 
- 45 XO = Sd. Turner 
- Gônada em fita, útero infantil 
- Baixa estatura, pescoço alado 
- Hipertelorismo mamário, 4º e 5º metacarpos curto 
- Uso de GH, estrogênio 
- 46 XY = Sd. Swyer 
- Disgenesia gonadal pura 
- Gônada: testículo (Não produz AMH) 
- Genitália interna e externa feminina 
- Infantilismo genital 
- Gonadectomia 
 HIPOGONADISMO HIPOTALÂMICO 
FSH ↓ / Estradiol ↓ / Cariótipo normal 
- Secreção anormal do GnRH → Altera pico do LH → Ausência de crescimento 
folicular → Anovulação 
CAUSAS: 
- Funcional: Estresse, exercício físico, perda de peso excessiva, anorexia, 
desnutrição 
- Hipotalâmica: Sd. de Kallmann (Def. GnRH, anosmia) 
- Hipofisária: Neoplasia / microadenoma 
 ALTERAÇÕES ANTÔMICAS 
Cariótipo 
46 XX – Sd. Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser 
- Anomalia mulleriana 
- Gônada: Ovário – Tem caracteres sexuais secundários 
- Genitália interna ausente 
- Hormônios normais 
- Pelos normais 
- TTO: Neovagina 
46 XY – Sd. Morris 
- Insensibilidade completa aos androgênios 
- Gônada: Testículo 
- Genitália interna ausente 
- Hormônios: Testosterona > Estrogênio 
- Pelos escassos/ausentes 
- TTO: Neovagina + TRH + Gonadectomia 
 OUTRAS CAUSAS 
CAUSAS HIPOFISÁRIAS: 
- Tumores: Prolactinomas, Craniofaringeoma 
- Lesões sela túrcica 
- Necrose: pan-hipopituitarismo 
SEPTO VAGINAL / HÍMEN IMPERFURADO 
AMENORREIA E ANOVULAÇÃO CRÔNICA 
João Gustavo Fernandes 52 
 
 AMENORREIAS SECUNDÁRIAS 
- Gravidez 
- Alterações ovarianas: Irradiação, QTX, SOP, Pós-Cx 
- Disfunção hipotalâmica: Estresse, anorexia, PRL ↑ 
- Alterações hipofisárias: Tumores, Sd. Sheehan 
- Patologias uterinas: Sinéquias, inf. Pélvica 
 INVESTIGAÇÃO 
1º) DIAGNÓSTICO: 
- B-HCG 
Anamnese: 
- Estresse, perda de peso, exercício extenuante 
- Peso excessivo, hiperandrogenismo, acne 
- Galactorreia, fogachos 
- Sd. Asherman: Curetagem e Endometrite 
- Sd. Sheehan: Hemorragia pós-parto 
Exame Físico: 
- IMC (>30 – 50% SOP // <18,5 – Hipotalâmica) 
2º) SOLICITAR LABS: 
Prolactina: ↑ = Hiperprolactinemia 
TSH: ↑/↓ = Hiper/Hipotireoidismo 
FSH: 
↑ = Causa ovariana (Cariótipo < 30 anos) 
↓ = Neuroimagem / funcional 
*Se sinais de Hiperandrogenismo: S-DHEA, 17OHP, Testosterina total 
3º) TESTE DA PROGESTERONA: 
- Avaliar estrogênio circulante 
- Prescrever Progesterona VO 10mg por 14d 
- Cessar em seguida 
Sangrou (+): Anovulação 
Não sangrou (-): Gestação, obstrução, ausência atividade estrogênica 
4º) TESTE E + P: 
- Quando teste da progesterona negativo 
- Avaliar proliferação endometrial 
- E por 21d + P por 5d 
Não sangrou (-): Causa uterina 
Sangrou (+): Endométrio normal → Neuroimagem 
 ANOVULAÇÃO CRÔNICA 
Não há pico de LH → Não há corpo Lúteo → Não tem produção de 
progesterona → Endométrio não vira secretor → Não há menstruação 
Normal: Primeiros anos de maturação do eixo // Climatério 
SOP: 
- LH ↑ / Androgênios ↑ / Sinais de Hiperandrogenismo / Amenorreia / 
Subfertilidade 
Critérios de Rotterdam (2 de 3): 
- Oligomenorreia e/ou anovulação 
- Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial 
- Ovários policísticos (12 ou mais folículos) 
*Dosar: Testosterona total, SDHEA, 17-OHP 
Manejo: 
- Teste da Progesterona 
- Resolver sintomas 
HIPERPROLACTINEMIA: 
- Alteração mais comum do eixo hipotálamo-hipófise 
- Inibe a secreção do GnRH 
PRL: 
- Galactorreia 
- Oligo/amenorreia 
- Disfunção sexual 
- Tumor hipofisário 
*Dopamina é o principal fator regulador da PRL 
Causas: 
- Fisiológica 
- Farmacológica: Antipsicóticos, Plasil 
- Patológicas: Tumores, Prolactinomas, Dça autoimune 
Prolactinomas: 
- Micro: < 10mm (PRL 100-200) 
- Macro: ≥ 10mm (PRL >250) 
Tratamento: Agonista dopaminérgico: Cabergolina e Bromocriptina 
João Gustavo Fernandes 53 
 
 
 
 
 PRÉ-PÚBERE 
VULVOVAGINITES: 
- Queixa mais comum na pré-menarca 
- Hipoestrogenismo: Fragilidade da mucosa 
- Fatores anatômicos: Ausência de pelos 
- Más condições de higiene, sabonete, roupa íntima 
- Desequilíbrio da flora vaginal: Candida (raro), ATB 
- Abuso: Trichomonas, N. gonorrhoeae, Chlamydia 
SINTOMAS: 
- Leucorreia 
- Prurido 
- Vermelhidão 
- Sangramento: Excluir corpo estranho ou tumor 
SINÉQUIAS DE PEQUENOS LÁBIOS: 
- Hipoestrogenismo 
- Vulvovaginite de repetição 
TTO: Pomada estrogênio / Cirurgia 
 PUBERDADE 
- 8-13 anos (Média 10,5 anos) 
 
ALTURA ALVO: 
 
 
 
TANNER: 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE HÍMEN: 
 
 PUBERDADE PRECOCE 
- Caracteres sexuais antes dos 8 anos 
- Crescimento acelerado 
- Idade óssea avançada 
- Fechamento precoce das epífises 
Central: ↑ GnRH / ↑ Esteróides 
- idiopatica, neurogênica, exposição a esteroides 
Periférica: ↓ GnRH ↑ Esteróides 
- Causa ovarian, adrenal, hipotireoidismo 
Isolada: ↑ sensibilidade dos receptores esteróides 
- Telarca, pubarca ou menarca isolada 
 
 
GINECO INFANTOPUBERAL 
João Gustavo Fernandes 54 
 
SD DE MC CUNE-ALBRIGHT: 
- Tríade: Cisto ovariano + Manchas café com leite + Displasia fibrosa 
poliostótica (fratura/deformidade) 
- TTO: Supressão esteroidogênese gonadal (Medroxiprogesterona / inibidor 
aromatase) 
DIAGNÓSTICO: 
- Dosagem de FSH, LH, Estradiol 
- Rx de mãos e punhos: > 2DP 
- US pélvica via abdominal (Ovários >2cm) 
- RNM crânio e sela túrcica (6-8 anos) 
TRATAMENTO: 
- Análogo do GnRH: Inibe eixo (Goserelina SC mensal) 
*Critério de bom controle LH pós Leuprorrelina <4-4,5 UI/L 
Alternativas: 
- Medroxiprogesterona IM / VO 
- Ciproterona VO 
 PUBERDADE TARDIA 
- Ausência de desenvolvimento mamário aos 13 anos 
Hipogonadismo hipogonadotrófico 
- Adquirido: Tumores, trauma craniano, AVC 
- Congênito: Def. GnRH, Pan-hipopituitarismo 
Hipogonadismo hipergonadotrófico 
- Adquirido: QTX, RTX, Gonadectomia, dça autoimune 
- Congênito: Sd. Turner 
Puberdade tardia constitucional 
DIAGNÓSTICO: 
Dosagem de FSH + RNM craniana 
- Hipo hipo = Genética 
- Hipo hiper = Cariótipo 
 ADOLESCENTE 
- Inicial: 10-13 anos 
- Média: 14-16 anos 
- Tardia: 17-19 anos 
- Procedimentos: Cauterização, DIU, implante – Sempre com autorização dos 
pais (pode ter complicação) 
VACINA HPV: 
- 9-14 anos 
- Gardasil: Quadrivalente (6,11,16,18) 
- Segunda dose 6 meses depois 
- 3 doses (9-26 anos): HIV, transplantadas, Oncológica 
João Gustavo Fernandes 55 
 
 
 
- Acíclica 
- Dura > 6 meses 
- Não causada por gravidez ou coito 
- Localização: pelve, coluna lombar, nádegas 
 CAUSAS GINECOLÓGICAS 
- Aderências peritoniais 
- Cistos anexiais 
- DIP (30% terão DPC após DIP) 
- Sd ovário residual 
- Sd ovário remanescente 
- Sd congestão pélvica 
- Cistos peritoneais pós-operatórios 
- Adenomiose 
- Endometriose (70%) 
- Leiomioma 
- Distopias genitais 
 
 
Sd May-Thurner: Compressão da v. ilíaca esq 
entre a coluna lombar e a a. ilíaca dir. 
 
 
Sd Nutcracker: Compressão da v. renal esq entre a a. 
mesentérica sup e a aorta 
 
 
 CAUSAS GASTROINTESTINAIS 
- Sd intestino irritável (30%) 
- Constipação

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