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Alan Paz 1 GINECO E OBSTETRÍCIA Alan Paz 2 ESTREITO SUPERIOR: Conjugada Anatômica: SP sup até Promontório Conjugada Diagonal: SP inf até Promontório Conjugada Obstétrica: SP médio - Passagem real CARACTERÍSTICAS DO FETO DEFLEXÕES: *2º Grau é a pior: Diâmetro maior ESTÁTICA FETAL Situação // Posição // Apresentação // Variedade de apresentação // Variedade de posição SITUAÇÃO: Relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal Longitudinal // Transversal // Oblíquo POSIÇÃO: Relação do dorso fetal com o lado materno (BCF) Direita // Esquerda APRESENTAÇÃO: Região que ocupa o estreito superior e nela vai se insinuar Cefálica (96,5%) // Transversal // Pélvica ESTÁTICA FETAL E PARTO Alan Paz 3 VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO: 1. CEFÁLICA: Relação com Deflexões (OBNM) 2. PELVICA (S) 3. CÓRMICA: Dorso Anterior ou Posterior (A) VARIAÇÃO DE POSIÇÃO: Relação dos pontos de referência fetais com os pontos de referência ósseo da bacia materna TEMPOS DO MECANISMO DO PARTO 1. Encaixe ou insinuação 2. Flexão 3. Descida 4. Rotação interna da cabeça 5. Desprendimento ou extensão da cabeça 6. Rotação externa da cabeça 7. Desprendimento dos ombros Sinclitismo x Assinclitismo TRABALHO DE PARTO - Período que vai desde o início das contrações uterinas regulares associadas ao apagamento e a dilatação cervical até a expulsão do concepto e da placenta 1º PERÍODO: Dilatação 2º PERÍODO: Expulsão 3º PERÍODO: Dequitação 4º PERÍODO: 1ª hora pós-parto 1º PERÍODO: DILATAÇÃO DO COLO - Vai do início do TP até a dilatação completa - Contrações, apagamento cervical e dilatação Alan Paz 4 *Ondas de Alvarez: 9 semanas *Contrações Braxton Hicks: 28-30 semanas *Contrações: 2-3 contrações em 10 min (30-50mmHg) FASE ATIVA: Dilatação >1cm/h (Internação) DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO: - Contrações regulares ≥ 2 em 10 minutos - Dilatação ≥ 4cm - Apagamento do colo CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO: - Gestação baixo risco: Fase ativa - Gestação alto risco: Fase latente ou antes *Alto risco: HAS, DMG, Cardiopatia, Gemelar... ROTINA: - Identificar risco - Anamnese: Comorbidades e prematuridade - Sinais vitais: DLE ou sentada - Altura uterina - Manobras de Leopold - Pelve materna: De Lee - Ausculta BCF - Intensidade e frequência das contrações - Inspeção de perdas: Especular - Toque vaginal - Estreptococo Grupo B (TPP) MANOBRA LEOPOLD: EXAMES: - Tipagem sanguínea e Fator Rh - Teste rápido HIV, Sífilis, Hepatite B e Toxo - Hemograma e HGT AVALIAÇÃO MATERNA: - Sinais vitais a cada hora - Temperatura - Dieta: Líquidos claros - Baixo risco: deambulação - Nas primeira 8h não precisa acesso venoso - Dilatação a cada 2h AVALIAÇÃO FETAL: - BCF a cada 30min (baixo risco) e 15min (alto risco) - Cardiotocografia (Evitar no baixo risco – Falso+) - Dinâmica Uterina (DU) a cada 1h - Toque a cada 2h CURVA DE EVOLUÇÃO DA CERVICODILATAÇÃO: - Inicia nos 4cm na linha de alerta e reavalia a cada 2h - Se passar da linha de ação = Cesárea Alan Paz 5 2º PERÍODO: EXPULSÃO DO FETO POSICIONAMENTOS: - Litotomia (Laborie Duncan) - Cócoras ou vertical - Posição lateral (Sims) - BCF 5 em 5min - Avaliar necessidade de Episiotomia - Manobra Ritgen (↓ 40% laceração) - Dilatação completa dura 2h em nulíparas e 1h em multíparas (Se analgesia, aumenta 1h) - Cordão umbilical: Clampeamento 3º PERÍODO: DEQUITAÇÃO DA PLACENTA - 90% dequita em 15min // 97% em 30min - Se não dequitar: Bloco cirurgico - Tração controlada do cordão - Contrapressão do útero (Manobra Harvey) Após dequitação: - Ocitocina 10U IM: Auxilia na contração uterina Manobra de Jacob-Dublin: Rotação da Placenta 4º PERÍODO: 1ª HORA PÓS-PARTO Alan Paz 6 *5-6 Consultas no mínimo - Mensal: até a 28ª semana - Quinzenal: 28ª-36ª semana - Semanal: 36ª-41ª semana - Anamnese: Hábitos de vida e Medicamentos em uso - Exames laboratoriais: Hemograma, Glicemia, TSH, Função renal - Sorologias: Hepatite, HIV, Sífilis, Rubéola e Toxo - Citopatológico - Orientação nutricional - Ácido fólico 0,4mg/dia até final do 1º tri - Vacinas: Hepatite e Influenza 1ª CONSULTA: - Anamnese - Cálculo da IG e DPP - Ácido fólico - Peso / altura / PA - Exame mamas - AU (Altura Uterina) / BCF - CP / Toque vaginal 1º) AU a partir da 20ª semana → Da sínfise púbica até o local palpado do útero 2º) Situação, Posição e Apresentação do feto 3º) BCF com Sonnar → Dorso do feto 4º) Toque → Colo fechado, posterior, amolecido (consistência de cartilagem), com apagamento do colo EXAMES 1ª CONSULTA - Hemograma → Anemia - Tipagem sanguínea + Rh → Rh negativo e parceiro positivo/desconhecido → Coombs indireto trimestral *Eritroblastose fetal: Mãe – e feto + na 2ª gestação - Glicemia jejum - EQU + Urocultura - HBsAg + Anti-HBs + HIV - Toxoplasmose (IgM e IgG) - VDRL - TSH - Ecografia 1º tri → DPP ORIENTAÇÕES - Dieta - Reposição Ferro / vitaminas s/n - Exercício físico → Leves - Atividade sexual → Pode - Cuidados com a pele - Cuidados odontológicos - Momento do parto - Aleitamento EXAMES 2º TRI: - Hemograma - Glicemia jejum e TOTG - EQU + Urocultura - Toxo e VDRL - Coombs indireto s/n - US Obstétrico 3º TRI: - Hemograma - Sorologias - US obstétrico 35-37 semanas: Strepto do Grupo B (GBS) ECOGRAFIAS 7-10 Semanas: IG 11-13+6 semanas: Morfológico (baixo risco não precisa) 20-24 semanas: Morfológico 32-34 semanas VACINAS - Antitetânica: 3 doses (Faz dTpa > 20 semanas); desconhecida (Faz 2 dT < 20ª semana e 1 dTpa) - Hepatite B e Influenza ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL João Gustavo Fernandes 7 DG DE GRAVIDEZ SINTOMAS DE PRESUNÇÃO - Náuseas, mudanças no apetite - Mastalgia - Prosgesterona - Polaciúria – Compresão da bexiga pelo útero - Fadiga - Prosgesterona - Distensão abdominal - Atraso menstrual - Alterações mamárias – Aumento da rede venosa - Aspecto violáceo - Vagina (Jacquemier) e Colo (Kluge) Cloasma = Melasma Sinais de Piskacek: Abaulamento na região da nidação Sinal de Nibile-Budin: Preenchimento do fundo de saco Sinal de Hegar: Amolecimento do ístmo SINAIS DE CERTEZA - Movimentos fetais e partes fetais na palpação - Ausculta de BCF (Sonnar) - Presença do rechaço fetal (Sinal de Puzos) LABORATORIAL B-HCG: Produzido pela placenta, gravidez ectópica ou por tumor de ovário - Sérico: aumenta 1 semana após atraso menstrual - Urinário: 2 semanas após (muito falso negativo) ULTRASSONOGRÁFICO - Por via transvaginal Saco Gestacional: 4-5 semanas BCF: 6-7 semanas João Gustavo Fernandes 8 ÚTERO SINAL DE PISCACEK: - Assimetria uterina decorrente da implantação localizada do embrião -> Útil no início da gestação HIPERTROFIA E DILATAÇÃO: - Ação do estrógeno e da progesterona - Peso: 70g -> 1100g - Volume: 10ml -> 5000ml - 12 semanas -> Extra-pelve (Pubis) - 20 semanas -> Cicatriz umbilical - 38-40 semanas -> Apêndice xifoide *Útero gravídico: Consistência de bochecha *Útero normal: Consistência de nariz MOVIMENTAÇÃO FETAL *Critério de bem-estar fetal 5º mês: MF sutil (Borbulhas) 7º mês: MF forte, todos os dias 9º mês: Líquido-espaço (Onda) CONTRAÇÕES UTERINAS 1º Tri: Impalpável e indolor 2º Tri: Palpável e intensidade variável (Braxton-Hicks - Contrações de preparo) 3º Tri: Palpável e aumenta intensidade e frequência, podendo ser dolorosa CÉRVICE UTERINA - Amolecida (cianose): Aumenta vascularização, edema, hipertrofia - Tampão mucoso -> Expelido -> Sangramento - Eversão das glândulas endocervicais cilíndricas - Orifício cervical externo abre primeiro e não fecha mais - Quando o tampão mucoso sai é sinalque o colo abriu 2 MOVIMENTOS: - Dilatação (em cm) – 10cm para nascimento - Apagamento (Encurtamento do colo) *Medido por via transvaginal *Mede de 22-24 semanas para prever chance de parto prematuro ABDOME - Estrias: Avermelhadas (atuais), prateadas (anteriores) - Diástese dos Mm. Retos - Pigmentação: linha nigra(migrans), cloasma, melasma - Aranhas vasculares e eritema palmar - Mamas: Produção de leite a partir de 16 semanas - No pré-natal: Calcular o IMC e prever o ganho de peso ALTERAÇÕES METABÓLICAS - Retenção hídrica (após 20 semanas) – Cacifo + - A gravidez é trombogênica CV: aumenta DC e FC e reduz PA - Varizes em MMII e vulva / Hemorroidas *Medida da PA em gestante é sentada ou em decúbito lateral esquerdo Glicemia: - No pré-natal: Glicemia jejum < 92 - 24-28 semanas: TPOG (jejum, 1h e 2h após 75g de glicose) 92, 186 e 153 - > Se algum alterado, já é DMG Metabolismo mineral: Reduz reserva de Ferro, cálcio e magnésio Hematológico: - HT reduzido por hemodiluição - Anemia ferropriva: Hb < 11g/dl - Leucocitose é normal (Não pode ter desvio) - Diminuição das plaquetas - Aumenta fibrinogênio TGI: - Náuseas - Gengivas edemaciadas - Pirose por relaxamento do EEI - Constipação por atonia do cólon - Aumento da litíase biliar TGU: - Rim aumentado - Hidronefrose mais a direita - Aumenta ITU - Creatinina diminui (VR: 0,8mg/dl) - Proteinúria até 300mg/24h - Marcha anserina: alteração do centro de gravidade -> Pés abertos e lordose MODIFICAÇÕES DA GRAVIDEZ João Gustavo Fernandes 9 - A partir de 39 semanas de gestação (40 semanas cardiotoco e 41 indução) INDICAÇÕES - Gestação pós-termo: 42 semanas - Rotura prematura de membranas ovulares - Sd. hipertensivas - Óbito fetal - Condições maternas: DM, Dça Renal, DPOC, Sd. Antifosfolipídio - Restrição do crescimento fetal - Corioamnionite - Malformações fetais incompatíveis com a vida - Oligodramnio - Dça hemolítica perinatal CONTRAINDICAÇÕES - ≥ 2 casarianas prévias - ≥ 1 incisão corporal - Incisão uterina transmural prévia (miomectomia) - Infecção herpética ativa - Placenta prévia ou vasa prévia - Prolapso de cordão ou cordão umbilical prévio - Situação fetal transversa - Carcinoma invasivo de colo uterino - Monitorização anteparto (MAP) categoria III AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FETAL ÍNDICE DE BISHOP: - Cardiotocografia - Perfil biofísico fetal - US obstétrico - US doppler - Amniocentese Bishop >8: pcte em trabalho de parto espontâneo, não precisa de indução TÉCNICAS DE AMADURECIMENTO CERVICAL Descolamento digital de membranas Método de KRAUSE: Sonda Foley intracervical (risco infecção materno-fetal) Amniotomia: Uso de amniótomo, faz durante contração p/ não atingir o bebê MISOPROSTOL / CYTOTEC (Análogo sintético da PGE1) - Na indução: Uso vaginal 1cp 25mg de 6/6h - Contraindicação: Cesariana prévia, asma, uso de ocitocina e placenta prévia OCITOCINA 2mUI/min EV e aumenta 2mUI/min a cada 20-30 min (Dose máx 40mUI/min) - Eficaz: Contração dura >40seg e 2 contrações em 10min - Complicações: Taquissistolia (>5 contrações em 10min por 30min -> Suspender/diminuir droga), hipotensão, intoxicação hídrica, ruptura uterina, descolamento placenta MONITORIZAÇÃO DA INDUÇÃO - Quando taquissistolia, hipertonia uterina e sofrimento feral, diminuir/suspender ocitocina - Administrar O2, hidratação EV e mudança decúbito - Monitorização eletrônica fetal intraparto (cardiotoco) Misoprostol -> Bishop >6 -> Ocitocina INDUÇÃO PARTO João Gustavo Fernandes 10 INDICAÇÕES Período expulsivo prolongado: - Primíparas sem analgesia > 3h // com > 4h - Multíparas sem analgesia > 1h // com > 2h Suspeita de comprometimento fetal: - Bradicardia - Descolamento placenta - Falha da descida - Rotação da apresentação Encurtamento 2º período do parto p/ benefício mãe: - Distúrbios cardiovasculares, neuro ou pulmonar - Exaustão materna Cabeça derradeira: Parto pélvico CONTRA-INDICAÇÕES - Distúrbio desmineralizante feto: Osteogênese imperfeita - Distúrbios hemorrágicos fetais: Hemofilia - Cabeça fetal não encaixada - Apresentações anômalas - Suspeita de DCP (Desproporção cabeça-pélvica) - Prematuridade - Macrossomia fetal PRÉ-REQUISITOS - Dilatação completa - Membranas amnióticas rotas - Cabeça fetal e pelve compatíveis - Cabeça encaixada (De lee +2 ou abaixo) - Possibilidade da realização de cesariana, s/n CLASSIFICAÇÃO FÓRCIPE DE ALÍVIO: - Couro cabeludo visível no introito vaginal, sem separação dos lábios - Crânio fetal ocupa o assoalho pélvico - Sutura sagital em AP ou occipitosacro ou occipitopúbico - Cabeça fetal está no períneo - Rotação não excede 45º FÓRCIPE BAIXO (+ utilizado): - Cabeça no plano +2 de De lee, mas não no assoalho pélvico - Rotação ≤ 45º da esq ou dir anterior para occipitopúbica ou da esq ou dir posterior para occipitosacra - Rotação > 45º FÓRCIPE MÉDIO: - Cabeça fetal está acima de +2 De lee, porém insinuada FÓRCIPE SIMPSON - Acomoda cabeça fetal e a curvatura pélvica PEGA IDEAL - BIPARIETOMALOMENTONIANA - Sutura sagital estará perpendicular ao plano das hastes - Pequena fontanela 1cm de distância das hastes MANOBRA DE PAJOT Fecha as hastes → A mão direita pega o final das hastes (puxa para fora) → Mão esquerda pega no cabo (puxa para baixo) → Depois puxa para cima TÉCNICA - Posição de litotomia - Analgesia peridural ou bloqueio bilateral dos pudendos - Esvaziamento da bexiga por sondagem de alívio - Verificar as condições de aplicação do fórcipe - Episiotomia s/n - Apresentação e aplicação do fórcipes - Tração e extração FÓRCIPE João Gustavo Fernandes 11 PA ≥ 140 OU 90 em 2 Aferições CLASSIFICAÇÃO - HAS gestacional: Quando isolada (>20 sem) - Pré-eclâmpsia - HAS crônica: Já eram hipertensa antes da gestação - Pré-eclâmpsia sobreposta à HAS crônica - HAS avental branco HAS PRÉVIA – PRÉ-CONCEPÇÃO EXAMES LABORATORIAIS (Trimestral): - Relação proteinúria/creatinúria (VR < 0,3) - Creatinina (VR < 0,8) - Ácido úrico (VR < 4,5) - Coagulograma (Plaquetas > 100.000) EXAMES DE BEM-ESTAR FETAL: - Dopplerfluxometria (>24-26 sem – Mensal) - Cardiotocografia (> 34 sem – Semanal) CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO DE AH: - PA ≥ 140/90 - Idade ≥ 40 anos - HAS há > 10 anos - HAS secundária - HAS com LOA CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO: - PA ≥ 160/110 (persistente) - PE/eclâmpsia sobreposta - Restrição de crescimento fetal - HAS secundária descompensada MANEJO: - Repouso em DLE, dieta hipossódica e MRPA - AH 1ª linha: Metildopa (250mg de 8/8h – Máx 2g/dia) - AH 2ª linha: Anlodipino, Pindolol (BB seletivo) - Consultas: Quinzenal -> Semanal - Interrupção da gestação: ≥ 38-39 semanas: Sem AH ≥ 37-39 semanas: Com AH ≥ 34-37 semanas: HAS difícil controle PRÉ-ECLÂMPSIA HAS + Proteinúria HAS: PA ≥140 OU 90 em 2 aferições com intervalo de 4h Proteinúria: Relação proteinúria creatinúria ≥ 0,3 Na ausência de proteinúria, HAS + 1 dos abaixo: - Trombocitopenia: Plaqueta ≤ 100.000 - Renal: Creatinina sérica > 1,1 - Hepático: TGO > 70 e/ou dor persistente em QSD - Edema Pulmonar - Sinais de LOA: Cefaleia ou escotomas ou epigastralgia - Comprometimento fetal: Ins placentária, RCF, alteração A. umbilical CLASSIFICAÇÃO: - Precoce: < 34 semanas - Tardia: > 34 semanas PE com/sem deterioração clínica/laboratorial FATORES DE RISCO: - Primigestação ou nova paternidade - História prévia ou familiar (mãe, irmã, avó) - Extremos de idade - Obesidade / Ganho de Peso Gestacional excessivo - HAS, DM, Dça renal - Trombofilias / LES - Gemelaridade - Dça Trofoblástica Gestacional (DTG) RASTREAMENTO/DIAGNÓSTICO: - Suspeita clínica: - PA ≥ 140 ou 90 - Ganho de peso >1kg no último mês - Edema generalizado/ mãos e face - Relação proteinúria/creatinúria (VR < 0,3) - Ácido úrico (VR < 4,5) - Coagulograma (Plaquetas > 100.000) - Proteinúria 24h - Ureia e Creatinina - Enzimas hepáticas - DHL (Hemólise) HIPERTENSÃO GESTACIONAL João Gustavo Fernandes 12 MANEJO: - Processo em evolução / remoção da placenta - Complicações súbitas - Corticoterapia (Betametasona 24-34 sem – 2 ampolas 6mg IM + 2 ampolas 6mg após 24h) - Acompanhamento: semanal → 3/3 dias → diário - Crise hipertensiva: Hidralazina EV 5mg repete em 20min / Nifedipina VO 10mg repete em 30min - Prevenção convulsões: Sulfato de magnésio 4g EV - Avaliar: diurese (>100ml/h), FC, FR e reflexos - Alterados? Hipermagnesemia → Gluconato de Ca - Via de parto: Individualizar - indução ou cesárea COMPLICAÇÕES MATERNAS: - Hemorragia cerebral - Eclâmpsia - Sd. HELLP - Amaurose - Edema agudo de pulmão - Isquemia miocárdica - IRA - Hematoma/ruptura hepática - Óbito COMPLICAÇÕES FETAIS: - Prematuridade - CIUR - Oligodrâmnio grave - Alteração grave ao doppler - Óbito intraútero e neonatal MANEJO ECLÂMPSIA: - Controlar convulsão: Sulfato de Magnésio 4g EV - Controlar PA: Hidralazina / Anlodipino - Estabilização - Interrupção PREVENÇÃO DA PRÉ-ECLAMPSIA: - Cálcio: Alto risco para PE e dieta pobre em Ca - AAS 100mg 1cp a noite (inicia 12-16 semanas) João Gustavo Fernandes 13 - Complicação da pré-eclâmpsia H – Hemólise ELL – Elevação enzimas hepáticas P - Plaquetopenia DIAGNÓSTICO - Náuseas, epigastralgia, MEG - CIVD - Hemólise: Bilirrubinas ≥ 1,2 - Esquisócitos: DHL ≥ 600 - Alteração hepática: TGO ≥ 70 - Plaquetopenia: < 100.000 DG DIFERENCIAL - Fígado gorduroso gestacional - Purpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) - Hepatite viral - Sd. Hemolítica Urêmica (SHU) *Cursam sem alteração da PA CLASSIFICAÇÃO Classe I: < 50.000 plaquetas Classe II: 50.000-100.000 plaquetas Classe III: 100.000-150.000 plaquetas COMPLICAÇÕES - Eclâmpsia - DPP - CIVD - Hematoma hepático - Edema agudo pulmonar - Condição fetal não tranquilizadora - IRA - Morte materna - Prematuridade MANEJO - Interrupção - Controle PA: Hidralazina - Sulfato de Magnésio 4g ataque e 1g/h manutenção - Betametasona - Concentrado de plaquetas: 1U = ↑ 10.000 INTERRUPÇÃO - Via de parto: Cesarea (mais rápida) - Anestesia: Raqui (Se plaquetas > 70.000) - Técnica operatória: Incisão mediana infraumbilical - Pós-parto: Boa hemostasia e dreno ACONSELHAMENTO - Recorrência em gestação futura: 2-20% - Se foi < 32 semanas: 60% poderão apresentar PE e parto pré-termo SD HELLP João Gustavo Fernandes 14 OMS: Interrupção da gravidez < 20 semanas ou peso fetal <500g (Pegadinha se IG conhecida e patologia base) Precoce (75%): ≤ 12 semanas Tardio (25%): 13-20 semanas Até 10 semanas = embrião SANGRAMENTO DE 1º TRI: - Abortamento - Gravidez ectópica SANGRAMENTO DE 3º TRI: - Placenta prévia - Descolamento prematuro de placenta CAUSA DE MORTE MATERNA NO MUNDO: 1º Hemorragia (BR 2ª causa) 2º Infecção 3º HAS e eclampsia (BR 1ª causa) FATORES DE RISCO - Idade materna - Aborto prévio - Tabagismo ALTERAÇÕES ANATÔMICAS UTERINAS: - Malformações uterinas - Miomas (submucoso) - Incompetência istmocervical ETIOLOGIA FATORES FETAIS: - 1/3 anembrionado - 2/3 com embrião (50% anormais/dismórficos) 50% abortos com feto = cromossomopatia (aneuploidia/anomalia estrutural) *Quanto mais cedo o aborto, mais defeitos citogenéticos FATORES MATERNOS: - Dça sistêmica: DM, Hipotireoidismo, LES, HAS - Intoxicação: Talidomida, chumbo, anticoagulantes - Febre no início da gravidez (acima de 2-3x) - Stress e esforço físico (Sem relação com abortamento) - Infecções: Micoplasma, Ureaplasma, Clamídea, Herpes simples, Rubéola, CMV, Toxoplasma, Parvovírus B19 DIAGNÓSTICO - Atraso menstrual - Dor tipo cólica hipogástrico - Sangramento uterino - Fragmentos placentários no canal vaginal/cervical - Ausência BCF US: vitalidade fetal, presença de restos ovulares, IG - SG de 25mm: sem embrião → curetagem - SG com embrião de 7mm e ausência de BCE >7,5 sem: Saco gestacional, vesícula e embrião (embrião 5-7mm já tem BCE) B-HCG: - Gestação viável: O valor dobra em 48h - aumento > 66%: Aguardar, pode vingar AMEAÇA DE ABORTO - Sangramento com colo fechado - Tamanho uterino adequado para IG - Vitalidade fetal: BCF ou US CONDUTA: - Tranquilizar, orientar e encaminhar para casa - Analgésico - Hormônios (PG): Didrogesterona ABORTO COMPLETO - Sangramento escasso - Útero vazio (US) e Colo fechado - Útero menor que o esperado para a IG - Espessura endometrial < 15mm *Dúvida: dosar B-HCG – decréscimo em 48h CONDUTA: - Avaliar Tipagem Sanguínea: Rh- → Imunoglobulina - Tranquilizar, orientar e encaminhar para casa - Analgésico ABORTAMENTO E SANGRAMENTO 3º TRI João Gustavo Fernandes 15 ABORTO INEVITÁVEL - Feto vivo - Colo aberto - Sangramento forte - Tamanho uterino adequado ABORTO INCOMPLETO - Colo aberto - Sangramento - Eliminou parte do conteúdo - Endométrio > 15mm com resto placentário → fazer curetagem para evitar infecção ABORTO RETIDO - Colo fechado - Sem sangramento - Sem dor - Útero adequado para IG - Morte fetal com > 8 semanas (Sem BCF) CONDUTA NO INEVITÁVEL, INCOMPLETO E RETIDO - Procedimento hospitalar - Tipagem sanguínea e fator Rh - Hemograma - VDRL e HIV - Jejum > 6h - Mandar material para patologia - Risco de perfuração uterina - Alta após a recuperação anestésica - Reavaliação ambulatorial Esvaziamento uterino: AMIU ou Dilatação e curetagem < 12 semanas: AMIU ou curetagem > 12 semanas: Esvaziar conteúdo (Misoprostol) antes ABORTO INFECTADO - Febre - Odor fétido - Calafrios - Secreção purulenta - História de manipulação (aborto provocado) CONDUTA: - ATB: iniciar 6h antes de esvaziar o útero e manter até completar 48h assintomática (Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 1x/dia + Penicilina 5.000.000 EV 6/6h ou Ampicilina 1g EV 6/6h) - Uterotônicos durante o esvaziamento - Curetagem uterina ABORTAMENTO SÉPTICO - Disseminação sistêmica - Laparotomia: quadro clínico grave ou sem melhora - Histerectomia - CIVD - Revisar esquema ATB - Infecção polimicrobiana (Flora vaginal) INFECÇÃO PÓS ABORTAMENTO - Tratamento ambulatorial: - Ceftriaxona 250mg IM - Doxiciclina 100mg 12/12h - Metronidazoll 500mg 12/12h - Internação: - Clindamicina + Gentamicina + Metronidazol INCOMPETÊNCIA ISTMO CREVICAL - A cérvice não se mantém fechada tornando-se incapaz de manter a gestação - Dilatação indolor no final do 1º tri ou início do 2º tri, seguida de amniorrexe e expulsão do concepto imaturo TTO: Cerclagem 13-16 semanas SANGRAMENTO NO 3º TRI - Descolamento prematuro de placenta - Placenta prévia - Vasa prévia: Exposição dos vasos - Dist. Coagulação: Hellp, fígado gorduroso, feto morto - Ectopia cervical, polipo, cervicite, varizes, lacerações DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA (Apoplexia uteroplacentária / Hemorragia retroplacentária) - Separação da placenta antes do parto (≥ 20 semanas) Se < 20 semanas: Hematoma subcoriônico João Gustavo Fernandes 16 CAUSAS: - DPP anterior - HAS - Tabagismo - Pré-eclâmpsia / eclâmpsia - Trauma - Leiomiomas, anomalia uteria, cesarea prévia - Idade avançada e paridade elevadas - Aborto provocado anterior - Brevidade do cordão umbilical QUADRO CLÍNICO: - Irritabilidade - Sensibilidade e/ou hipertonia uterina (Útero lenhoso) - Palidez, hipotensão, queda do DU Dor abdominal + Hipertonia + Sangramento - BCFs alterados (DIP 2 – Indicativo de sofrimento fetal) Útero de Couvelaire: Infiltração do sangramento US OBSTÉTRICO: - Pode não diagnosticar - Frente a suspeitaclínica e afastada possibilidade de prlacenta prévia, deve-se conduzir o caso como DPP - Localiza a placenta CONDUTA NO PARTO: - Feto vivo: via mais rápida. Sempre realizar amniotomia → Evitar passagem de tromboplastina para mãe (CIVD) - Feto vivo fora do período expulsivo: Cesárea - Feto morto: Se bem estar materno, aguardar 4-6h para resolução por via vaginal. Sempre realizar amniotomia. PLACENTA PRÉVIA - Implantação da placenta e seu desenvolvimento no segmento inferior do útero, previamente ao feto - Até 20 semanas é comum ter placenta baixa, depois vai migrando para cima. FATORES DE RISCO: - Idade > 40 anos - Multiparidade - Cesáreas, abortos e curetas - Endometrite prévia - Tabagismo - Placentas grandes CLASSIFICAÇÃO: QUADRO CLÍNICO: - Sangramento vaginal indolor - Reincidente e progressivo - útero não está contraído - Sem sofrimento fetal US para saber o local da implantação da placenta CONDUTA: ESPECTANTE (IG < 36 SEMANAS): - Estabilizar paciente - Repouso - Controlar vitalidade fetal - Induzir maturidade pulmonar (9G < 34 Semanas) – Betametasona *Se aumento do sangramento e risco materno, cd ativa ATIVA (IG > 36 SEMANAS): - Cesariana - Placentas laterais e/ou marginais pode-se tentar o parto VASA PRÉVIA - Risco de rotura na amniotomia - TTO: Cesarea eletiva com 37 semanas PLACENTA ACRETA - Placenta aderiu a parede uterina - Risco de ruptura uterina João Gustavo Fernandes 17 GRAVIDEZ ECTÓPICA FATORES DE RISCO - História prévia - Dça tubária ou cirurgia prévia de tubas - Infecções pélvicas - DIU - Idade/Tabagismo - Infertilidade/Endometriose QUADRO CLÍNICO - Atraso menstrual - Dor abdominal - Sangramentos - Sangramento não possui padrão característico - Dor pélvica, discreta ou intensa, abrupto ou gradativo, referida no ombro EXAME FÍSICO - Sinais de choque: Palidez/sudorese/hipotensão - Distensão abdominal - Sinais de irritação peritoneal EXAME GINECOLÓGICO - Especular: Visualizar local do sangramento - Toque: Colo uterino amolecido EXAMES COMPLEMENTARES - B-HCG: Confirma gestação - Teste inicial de investigação - Gestação anormal: Elevação sérica mais lenta - USTV: Confirma localização da gestação - Presença de massa anexial: Achado comum - Excluir outras causas *Zona discriminatória de B-HCG (>1500) TRATAMENTO MANEJO CIRÚRGICO: - Salpingostomia (+ usada): Remove saco gestacional - Salpingectomia - Laparotomia: Pctes instáveis MANEJO EXPECTANTE: - Depende da localização da gestação - Acompanhamento dos níveis de B-HCG até zerar MANEJO MEDICAMENTOSO: - Paciente estável que pode ser acompanhada - Metotrexato João Gustavo Fernandes 18 - Hiperglicemia detectada pela 1ª vez na gestação - Acomete mais o final do 2º tri - Mau funcionamento das cél. B -> Secreção insuficiente de Insulina FATORES DE RISCO - DMG prévia (HbA1C ≥ 5,7%) - DM familiar 1º grau - Idade > 25 anos - Obesidade / ganho excessivo de peso na gestação - SOP, HAS - Perda fetal inexplicada - HDL < 35 e TG > 250 - Gestações múltiplas CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO - Glicemia jejum ≥ 92 - TOTG 75g: 1ªh ≥180 // 2ªh ≥153 *Não usar HbA1C TRATAMENTO - Acompanhamento nutricional (<42% carbo) e Exercícios 15-30min - US a cada 1-2 semanas a partir da 28ª semana - HGT diário pré e pós-prandial - Ecocardiograma fetal - Internar para iniciar Insulinoterapia (NPH) - Metformina 500mg 2x/dia AVALIAÇÃO BEM ESTAR FETAL - Mobilograma - Cardiotocografia - PBF - US obstétrico com doppler MOMENTO E VIA DE PARTO - Sem complicações e Peso fetal <3800g: 40-41 sem - Peso fetal 3800-4000g: Indução parto - Peso fetal >4000g: Cesariana eletiva INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO < 37 Semanas: Corticoterapia + infusão insulina > 37 semanas: A termo CUIDADOS PARTO E PUERPÉRIO - Controle HGT 2/2h - Manter glicemia entre 60-100 - Insulina NPH - Após o parto suspender medicamentos e manter HGT - TOTG 75g após 6-8 semanas - 50% vão ficar DM após gestação em 10 anos DMG João Gustavo Fernandes 19 - Incompatibilidade Rh-antígeno D Mãe negativa + Pai positivo Feto positivo Mãe previamente sensibilizada, produz IgG que passa pela placenta e se liga a hemácea do feto -> Hemólise Mãe negativa + pai positivo = Solicita Coombs indireto (1º, 2º e 3º TRI) DIAGNÓSTICO - Feto em anasarca no US - Ascite fetal: Sinal US mais sensível - Anemia fetal: US doppler e avaliar PVS-ACM - PVS-ACM ≤ 1,5 MoM: Repetir a cada 1-2 sem - PVS-ACM > 1,5 MoM: Avaliar Hb e HT - Coombs indireto: Nível crítico ≥ 1:16 CORDOCENTESE: - Punção da veia umbilical (menos bradicardia fetal) - Monitorar BCF -> <120 bpm -> Interromper gestação - Hb e HTnormais -> Repetir cordo em 1-2 sem AMNIOCENTESE: - Estimar anemia pela bilirrubina no líquido amniótico Curva de Liley: Zona 1: Pouca/nenhuma hemólise – Repetir a cada 3 semanas até chegar a termo Zona 2: Intermediária – Repetir a cada 1-2 semanas Zona 3: Hemólise grave – Interromper gestação ou Transfusão Intraútero (fazer cordocentese) PROFILAXIA - Ig anti-Rh 300mg até 72h após parto - Rotina com 28 semanas: Não é feito TRATAMENTO Transfusão Intraútero: - Hb 2DP abaixo para IG // HT < 30% - CI se IG ≥ 35 semanas DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL João Gustavo Fernandes 20 ESPONTÂNEA: - Mais frequente - Defeitos da formação das membranas - Enfraquecimento das membranas - Exposição da bolsa - Distensão da cavidade - Tabagismo IATROGÊNICA: - Cirurgias cervicais - Procedimentos invasivos: Amniocentese FATORES DE RISCO - Ruptura anterior (principal) - Infecção trato genital - Sangramento anteparto - Tabagismo - Procedimentos CLÍNICA - Perda líquido em grande quantidade - Saída de pequenas quantidades de forma intermitente - Exame especular - Exame de toque - US: Redução do líquido em 50-70% CONDUTA - Profilaxia GBS: Ampicilina + Azitromicina + Amoxicilina (Penicilina se trabalho de parto) - Sulfato de Magnésio: Neuroproteção feto 23-32 sem - Não utilizar inibidores das Prostaglandinas INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO: - Indução do Trabalho de parto - Cesariana RUPREMA João Gustavo Fernandes 21 - Proliferação anormal células que compõem o trofoblasto - Trofoblasto: Viabiliza nidação - Forma mais comum de dça trofoblástica gestacional - Dça Benigna MOLA COMPLETA - Eliminação de grandes vesículas - Ausência de feto/âmnio FATORES DE RISCO - Idade materna avançada - História prévia de Dça trofoblástica gestacional - Intervalo interpartal curto - SOP - Abortamentos prévios - Inseminação artificial - Tabagismo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Sangramento vaginal - Aborto incompleto - Vesículas hidrópicas - Útero amolecido e indolor - Útero aumentado - Cistos tecaliteínicos - Náuseas e vômitos - Hipertireoidismo - Sinais de pré-eeclampsia DIAGNÓSTICO Anamnese: - Atraso menstrual e Sangramento vaginal Exame físico: - Útero aumentado - Cistos tecaluteínicos - PA - Sintomas de hipertireoidismo Exames Laboratoriais: - Gonadotrofina coriônica humana US: - 90% dos Dg - Mola completa: “Flocos de neve - Mola incompleta: “Queijo suíço” MOLA INCOMPLETA/PARCIAL - Não tem aparência de cachos de uva - Não está associada a risco de coriocarcinoma - Sempre há tecido fetal Histopatologia: - Confirma Dg CONDUTAS - Avaliação pré-esvaziamento: Complicações (anemia, hipertireoidismo, pré- eclâmpsia e insuf. respiratória) - Esvaziamento uterino + análise histopatológica - Seguimento pós-molar - Encaminhar para centros especializados ESVAZIAMENTO UTERINO: - TTO de eleição - Vacuoaspiração - AMIU (Aspiração Manual Intrauterina) - Curetagem MOLA HIDATIFORMEJoão Gustavo Fernandes 22 - Histerotomia (Mola incompleta com feto > 4 meses, colo desfavorável à indução e sangramento profuso - Histerectomia total ASPIRAÇÃO INTRAUTERINA: - Dilatação do colo uterino em 8mm - Uso de ocitocina - Preparo colo: Prostaglandina (Misoprostol) / Laminária - Tempo de preparo e esvazimento não deve ser > 6h - Pcte Rh- necessitam de Ig anti-Rh CONTROLE PÓS-MOLAR - B-HHCG plasmático quantitativo: Semanal ou quinzenal (3 dosagens consecutivas) - Anticoncepção combinado (DIU é contraindicado) EM NOVA GRAVIDEZ - Ácido Fólico: 60-90 dias antes da concepção até a 12ª semana - US obstétrica: 8ª-10ª semana - B-HCG quantitativo: 6 semanas após gravidez EVOLUÇÃO PARA NTG - 15-40% evolui para NTG pós-molar - Dg pela curva de regressão anormal do B-HCG - Exame clínico + USTV com doppler + Rx tórax João Gustavo Fernandes 23 PARTO PRÉ-TERMO - 20ª e 37ª semana de gestação - Prematuridade Tardia: 32-37 sem - Prematuridade Grave/Moderada: 28-32 sem - Prematuridade Extrema: < 28 sem FATORES DE RISCO - História pregressa - ITU e IST - Idade avançada - Comprimento do colo uterino < 25mm - Tabagismo DIAGNÓSTICO - Contrações uterinas regulares - Modificações cervicais: Dilatação > 2cm - Exame vaginal: Alta especificidade - US: Alta sensibilidade OUTROS TESTES: - Teste da fibronectina fetal - Medida do colo uterino - Tocodinamômetros TOCOLÍTICOS - Aumentam a gestação em 48h - Permite o transporte da paciente ou até que o corticoide comece a fazer efeito - Nifedipina (BCC) CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS: - Dça cardiovascular - HAS e DM não controlada - Pré-eclampsia grave - Descolamento prematuro de placenta - Morte fetal - Gestação > 36 semanas - Condições fetais não tranquilizadoras MANEJO - Corticoide (IG < 34 semanas) - Acelerar maturidade pulmonar fetal - Benefício se nascimento 48h após uso - Sulfato de Magnésio (< 32 sem e iminência de parto) - Neuroproteção fetal - Profilaxia GBS: Penicilina PREVENÇÃO PRIMÁRIA: - Remover todas as causas - Cuidados pré-natais - Rastreamento contínuo de fatores de risco SECUNDÁRIA: - Detectar alterações e estabelecer conduta profilática - Tratamento de infecções - Uso de Progesterona/cerclagem/pessário cervical TERCIÁRIA: - Inibição do trabalho de parto DETECÇÃO DO RISCO - História de parto prematuro prévio - Monitorar contrações uterinas: cardiotocografia - Medida do colo uterino (20-24sem) no US morfológico - Se < 25mm: Risco de prematuridade -Marcadores bioquímicos: Fibronectina fetal CONDUTA EM RISCO AUMENTADO PARTO PRÉ E PÓS-TERMO João Gustavo Fernandes 24 - Pré-natal de início precoce e retornos mais breves - Orientação higiênica e dietética - USG precoce – correta IG - US transvaginal (18 e 24 sem) PROGESTERONA MICRONIZADA: - Prevenção do trabalho de parto prematuro - 100mcg/dia: 24-34 sem (se fatores de risco) - 200mcg/dia: se colo < 15mm CERCLAGEM UTERINA: se incompetência cervical - Eletiva: História de 2 perdas gestacionais - Terapêutica: Achado US de colo curto - Emergência: Dilatação cervical < 4cm - Técnica de McDonald - Profilaxia ITU com Clindamicina - Tocólise 2h antes do procedimento e 12h após - Repouso de 30 dias Contraindicações da cerclagem: - Hemorragia ativa - Amniorrexe - Corioamniolite - Anomalia fetal incompatível com a vida Remoção: - 36 semanas - Se ruptura prematura das membranas PESSÁRIO CERVICAL: - Cilindro de silicone que vai englobar o colo - Susenta o peso do saco gestacional - Indicação: Colo < 25 mm - Mantem o orifício cervical fechado - Remover 36-37 semanas COMPLICAÇÕES LONGO PRAZO: - Retardo no neurodesenvolvimento - Doenças metabólicas na vida adulta - Hipertensão pulmonar, asma,bronquiolite - Deficiência auditiva GESTAÇÃO PÓS-TERMO - Pós-datismo: 40-42 Sem - Pós-termo/Gestação prolongada: > 42 sem FATORES DE RISCO - Baixa condições socioeconômicas - Ciclos menstruais irregulares - Idade materna avançada - Antecedente pessoal - Malformações fetais - Excesso de progesterona ETIOLOGIA - Geralmente desconhecida e erro no cálculo da IG RELAÇÃO COM: - Anencefalia - Deficiência de suldatase placentária - Primaridade - Hipoplasia adrenal fetal RISCOS MATERNOS E FETAIS MORBIDADE MATERNA: - Distocias - Maior número de lesões perineais MORBIDADE FETAL: - Insuficiência placentária (Oligoâmnio e ILA < 5) - Anóxia fetal - Compressão do cordão umbilical João Gustavo Fernandes 25 COMPLICAÇÕES - Sd. da aspiração meconial: Pneumonite química - Macrossomia fetal: Peso fetal < 4kg DIAGNÓSTICO - Data correta da DUM - Definição de IG com USG (Até 12ª semana é o ideal) - Curva de crescimento fetal Diferencia entre a DUM e a USG: - < 7 dias: Usa IG da DUM - > 7 dias: Usa IG da USG CONDUTA ASSISTENCIAL VIGILÂNCIA DO BEM ESTAR FETAL: - A partir da 40ª semana PERFIL BIOFÍSICO FETAL: - Volume do líq. Amniótico (Amnioscopia – 2cm dilatado) - Quantidade: Oligoâmnio (≤5cm) - Qualidade: Claro / turvo / mecônio CARDIOTOCOGRAFIA INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO: - Estimulação artifical uterina - Visa o parto vaginal - Indicada quando riscos > benefícios CONTRAINDICAÇÕES: - 2 ou mais cesarianas prévias - Infecção herpética ativa - Placenta prévia ou vasa prévia - Prolapso de cordão - Situação fetal transversa - Ca invasico colo uterino ESCORE DE BISHOP: - Dilatação - Apagamento - Consistência - Posição do colo - Altura da apresentação BISHOP < 6 = Colo uterino não favorável TÉCNICAS DE AMADURECIMENTO CERVICAL - Descolamento digital: Colocar o dedo no canal cervical e girar o dedo - Mecânicos: Sonda Foley intracervical - Farmacológicos: - Misoprostol - Ocitocina João Gustavo Fernandes 26 SCREENING ANUAL GONO E CLAMÍDIA: - Adolescentes sexualmente ativas e 25 anos - Gestantes e > 25 anos, se fator de risco (novo parceiro 60 dias, > 1 parceiro, IST e uso irregular camisinha) ANAMNESE REVISÃO SISTEMAS: - Hábito urinário e intestinal - Apetite, Sono, Coluna, Endócrino HISTÓRIA FAMILIAR: - Câncer ginecológico (endométrio, útero, ovário, mama) - Intestino - Osteoporose - DM, HAS - Patologia tireoide ANTECEDENTE GINECO-OBSTÉTRICO (AGO): Caracteres sexuais secundários: - Broto mamário - Pelos pubianos (apenas para infanto-puberal) Menarca: idade que tinha Ciclo menstrual: - Quanto em quanto tempo menstrua? - Como era o ciclo antes do anticoncepcional? (28/4) - Normal: ciclo 21-35 dias e 7 dias de menstruação DUM: 1º dia da última menstruação Dismenorréia: - Tem cólica durante a menstruação? (escala de 0 a 10) - Irradiação TPM: - Altera humor? - Tem enxaqueca? - Aconteceu nos últimos 3 meses? - Atrapalha sua vida? GPCA: Gesta, Para, Cesárea e Aborto (< 20 semanas) - Se gemelar (P1 ou C1 e descrever que foi gemelar) Dispareunia: - Na entrada (vaginite/dermatite/lubrificação) - Na penetração profunda (Endometriose/ infecção) Sinusorragia: - Sangra na relação sexual? - Sangra após a relação sexual? Libido: - Tem vontade de ter relação? - De quanto em quanto tempo tem relação? - Tem orgasmo? MAC (Métodos Anti-concepcionais): - O que está usando? - O que já usou? - Teve problema com algum método? CP/Preventivo/Papanicolau: - Última vez que fez? - Qual o resultado? - Fez alguma cauterização de colo de útero? - Fez biópsia Cirurgias ginecológicas: - Incontinência urinária / Teve que levantar a bexiga? - Histerectomia (Tirou ovário?) Trauma ginecológico Doenças ginecológicas prévias IST e AIDS EXAME FÍSICO - Esvaziar bexiga - Vestir camisola com abertura para trás “De cima para baixo, de fora para dentro” “Fale para a paciente o que vai ser feito” MAMAS INSPECÇÃO:- Estática (sentada ou ereta): tamanho, simetria, forma, abaulamento, erosão, retração, mamilo, aréola, circulação venosa - Dinâmica: Elevar os MMSS e depois a contração peitoral (mãos na cintura) CONSULTA GINECOLÓGICA João Gustavo Fernandes 27 PALPAÇÃO: - Palpação Linfonodos: Axilares e claviculares - Técnica Bloodgood: Palpação curcular, centrípeto, no sentido horário, realizado com as polpas digitais - Técnica Velpeau: Mãos espalmadas - Expressão da mamas e mamilos: Se secreção VULVA Sífilis Herpes HPV ESPECULAR - Afastar os lábios com a mão dominante (usar luva) - Introduzir espéculo com borboleta para baixo, apontando em 2h no relógio TOQUE VAGINAL BIMANUAL - Informar a paciente do exame - Usar luva esterelizada em óxido de etileno - Se necessário, usar vaselina - Colocar uma mão na região suprapúbica (sentir útero) - Avaliar: Paredes vaginais, fundo de saco e colo uterino (mobilidade) - Útero anteversofletido (mais comum) e retroversofletido TESTE DE SCHILLER: - Passa Lugol (Iodo com iodeto) Positivo: Iodo negativo (Lesão) -> Fica branco EXAMES COMPLEMENTARES - Exame a fresco de secreção - Teste de Whiff: Colhe secreção, coloca na lâmina e pinga 1 gota de Hidróxido de Potássio (KOH) 10% - pH vaginal - Colposcopia - Labs: sorologias, PSOF > 40 anos - Imagem: US, RNM - Colono > 50 anos João Gustavo Fernandes 28 CÂNCER DE COLO UTERINO: - Prevenível: Vacina HPV - Pico de incidência: 45-49 anos RASTREAMENTO - Detectar doença em pessoas assintomáticas RECOMENDAÇÃO MS: - 25-64 anos - A cada 3 anos, após 2 anuais negativos *Febrasgo: 3 anos após início atividade suxual - 70 anos - Gestante: Não há retrição na coleta do CP - Pós-menopausa: Estrogenização antes da coleta S/N - Histerictomia: Se manteve o colo, faz rastreamento - Sem história de atv sexual: Não precisa rastrear - Término: 64 anos + 2 exames negativos em 5 anos. Se não fez, realizar 2 CP com intervalo de 1-3 anos CLASSIFICAÇÃO: - LSIL: NIC I (Displasia leve) - HSIL: NIC II e III (Displasia moderada e acentuada) COLETA SATISFATÓRIA: - Representatividade da JEC - Ausência de infecções/sangue (menstuação)/muco - Identificação da lâmina - História clínica relevante ORIENTAÇÃO PARA O PACIENTE Nas 48h anteriores ao exame: - Não manter relações sexuais - Não utilizar tampões vaginais e duchas vaginais - Não utilizar medicações intravaginais - Não realizar toque vaginal antes - Espéculo sem lubrificação (SF permitido) - Retirar muco ** Espátula de Ayres, Citobrush e Pinça Cheron TÉCNICA DE COLETA - Coloca espéculo - Remover excesso de muco com gase (pode usar SF) - Girar espátula de Ayres 360º - Colocar citobrush na endocervice - Colocar material na lâmina - Fixar com Propinil glicol (Citospray) MÉTODOS DE COLETA CONVENCIONAL/PAPANICOLAU MEIO LÍQUIDO: - Possibilita estudo DNA-HPV no mesmo exame - Captura de toda a amostra - Melhora a qualidade da amostra - Custos aumentados TESTE DNA-HPV: - Triagem primária ≥ 30 anos - Citologia ASC-US - Seguimento pós-cone QUANDO CONTRAINDICAR TESTE HPV: - < 30 anos (HPV presente terá clareamento) - Lesão de alto grau - Coleta seriada - Coleta HPV de baixo risco EXAME CITOPATOLÓGICO João Gustavo Fernandes 29 SECREÇÃO FISIOLÓGICA - Descamação celular - Muco (Vaginal, Glândulas) - Lactobacilos/Doderlein (Glicogênio → Ácido lático) - Polimorfonucleares VAGINOSE BACTERIANA - 50-70% assintomáticas // Gardnerella vaginallis PREDISPONENTES: - Alcalinização: Práticas sexuais, duchas vaginais e absorventes Borramento do contorno celular “Aspecto de areia” TRATAMENTO: - Gestantes - Sintomáticas - Assintomáticas pré-procedimento → DIU, Cauterização, Histerectomia Metronidazol VO 500mg 12/12h por 7 dias após refeição Clindamicina VO 300mg 8/8h por 7 dias à noite RECORRÊNCIA: - ≥ 3 episódios por ano Metronidazol tópico 2x/semana por 6 meses Ácido lático + Glicogênio CANDIDÍASE VULVOVAGINAL - Candida albicans - 20% assintomáticas PREDISPONENTES: - Imunidade local - Doença sistêmica: Imunodeprimidas - Gestação: Aumento do estrogênio e do muco - Uso contraceptivos: Altas doses de estrogênio - Alteração da flora: Produtos de higiêne TRATAMENTO: TÓPICO: - Clotrimazol 3-6 dias - Miconazol 3-7 dias - Terconazol 5 dias SISTÊMICO: - Fluconazol 150mg dose única - Itraconazol 100mg 2cápsulas manhã e 2 noite - Cetoconazol (TTO prolongado) 100mg 2cp/dia 5 dias VULVOVAGINITE E DIP João Gustavo Fernandes 30 RECORRÊNCIA: - Fazer cultura - ≥ 3 episódios por ano - Tratamento não prolongado TTO SUPRESSIVO: - Fluconazol 1cp/dia intervalo de 3 dias – 3-6 meses - Clotrimazol creme 3-6 meses - Ácido Bórico 600mg por 14 dias + 2 ciclos de 14 dias - Probióticos 1x/dia 3 meses TRICOMONÍASE - Corrimento abundantes, amarelo-esverdeado e bolhas - Ceftriaxona 250mg 1 ampola IM → Para ambos - Doxiciclina 100mg 12/12h 14 dias → Mulher - Azitromicina 1g dose única (Parceiro) → Parceiro DIP - Infecção do trato genital superior (> OCI) - Chlamydia, N. Gonorrhoeae, Mycoplasma, Ureaplasma FATORES DE RISCO: - Adolescentes - Múltiplos parceiros - Não uso de preservativo - Dg de outras ISTs - Dg prévio de DIP - Quebra da barreira cervical → Colocação DIU DIAGNÓSTICO: - Assintomática (60-70%) - Aderência e hidrossalpinge - Infertilidade TRATAMENTO: Colpite em framboesa ou mácula rubra 3 critérios maiores + 1 menor ou 1 elaborado - Metronidazol 2g dose única (todos) - Tinidazol - Secnidazol *Tratar o parceiro CERVICITE CERVICITE: Inflamação do colo uterino DIP: Inflamação do Trato Genital Superior *Sempre fazer sorologia Hepatite, HIV e Sífilis *Clamídia e Gonococo são IST SINAIS E SINTOMAS: - Corrimento abundante ou assintomática (70-80%) - Acomete mais epitélio glandular - Aumento muito grande de leucócitos - Sinusorragia TRATAMENTO: SINAIS E SINTOMAS: - Dispareunia - Sangramento irregular - Febre, náuseas ou vômitos - Peritonite - Sd. Fitz-Hugh-Curtis → Peri-hepatite com aderências na cápsula hepática → Dor no QSD em mulher com DIP João Gustavo Fernandes 31 TRATAMENTO: ESQUEMA AMBULATORIAL: Ceftriaxona 250mg IM DU + Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14d + Metronidazol 500mg VO 12/12h 14d *Metronidazol → Conflito literatura → Usar IBP? Retorno em 48-72h se: Não melhorar dor, febre, vômitos ou dúvida dg ESQUEMA HOSPITALAR POR 48H: Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 1x/dia *Após 48h, mudar para TTO VO se melhora clínica e ausência de febre TTO VO: Ampicilina/sulbactam 3g EV 6/6h + Doxiciclina 200mg/dia VO Amoxicilina 1g / Clavulanato 200mg EV 8/8h + Doxiciclina 200mg/dia VO TRATAMENTO COMPLEMENTAR: Doxiciclina 100mg VO 12/12h 14d + Metronidazol 500mg VO 12/12h 14d Levofloxacino 500mg/dia VO 2) Cirurgia + ATB: *Íntegro ≥ 8cm *Não resposta ao TTO clínico *Ruptura *VLPC se abscesso íntegro // LPT se abscesso roto A LONGO PRAZO: - Dor pélvica crônica (42%) - Aderências / alterações da tuba - Infertilidade (15%) / gravidez ectópica TRATAR PARCEIRO: Ceftriaxona 250mg DU + Azitromicina 1g DU ABSCESSO TUBOVARIANO (ATO): SUSPEITA CLÍNICA: - Sinais de DIP + Massa anexial/fundo de saco - Não responde ao TTO - Rotura – peritonite DIAGNÓSTICO: - US / TC TRATAMENTO: 1) Íntegro < 8cm: Clindamicina 900mg EV 8/8h + Gentamicina 240mg EV 1x/dia + Ampicilina 500mg EV 6/6h *Acompanhamento diário com US *Reavaliar 48-72h, não respondeu trocar ATB ou Cirurgia João Gustavo Fernandes 32 Quando diagnosticar uma IST, devemos: - Rastrear: Sífilis, HIV, Gonococo, Hepatite B e C - Tratar parceiro SÍFILIS - Treponema pallidum CONFIRMAR COM 2 EXAMES TesteTreponêmico: Teste Rápido e FTA-ABS - Uma vez positivo, sempre será positivo Teste Não Treponêmico: VDRL - Critério de cura: Queda de 2 diluições (1/64 -> 1/16) TRATAMENTO: - 1ª / 2ª / Latente recente: Penicilina 2,4 milhão UI IM - 3ª / Tardia: Penicilina 2,4 milhão UI IM (3 doses – 1x/sem) CERVICITE - Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis - Corrimento cervical, colo hiperemiado e friável - Sinusorragia e Dispareunia TRATAMENTO: - Ceftriaxona 500mg IM dose única - Azitromicina 1g VO dose única CANCRO MOLE - Haemophilus Ducreyi - úlceras dolorosas e amareladas com fundo purulento TRATAMENTO: - Azitromicina 1g VO dose única HERPES GENITAL - HSV 2: Mais comum - Vesículas e úlceras eritematosas, dolorosas e limpas - Primoinfecção mais severa - Surtos recorrentes: mais leves TRATAMENTO: - Aciclovir 400mg VO 8/8h por 7-10 dias HPV - Diagnóstico no CP (Biópsia se dúvida) - HPV 16 e 18: Maior risco de ca - Lesões papilomatosas - Condiloma acuminado - Semelhante a couve-flor TRATAMENTO: - Imiquimode 50mg/g creme por 4 meses - Podofilotoxina: 12/12h por 3 dias -> 4 dias pausa - Ácido Tricloroacético - Eletrocauterização - Exérese cirurgica - Crioterapia IST João Gustavo Fernandes 33 MÉTODOS COMPORTAMENTAIS - Tabelinha/Ogino-Knaus: Abstinência sexual (Registra ciclo por 6 meses) - Temperatura basal: Aumento = Período fértil - Muco cervical/Billings - Método sintotérmico: Método muco + temperatura - Coito interrompido MÉTODOS BARREIRA - Preservativo: Prevenção IST - Diafragma: Cobre o colo uterino, desconfortável - Espermicida: Nonoxinol-9 (N-9) – Fissuras vaginais DIU DE COBRE: Dura 10 anos - Indicação: Contracepção reversível - Contraindicações: Sangramento excessivo, IST, Anormalidade uterina, DIP do último mês, Miomatose e Ca Colo/útero/ovário - Efeitos Adversos: Dismenorreia e ↑ fluxo menstrual *Excluir possibilidade de gravidez DIU HORMONAL: Levonorgestrel – Dura 5 anos - Mecanismo de ação: Atrofia endométrio, altera muco e inibe ovulação - Efeitos Adversos: Acne, cefaleia, mastalgia, cistos ovarianos e depressão - Contraindicações: Ca de mama, cirrose grave e LES MÉTODOS HORMONAIS PÍLULAS ANTICONCEPCIONAIS: COMBINADA: Estrogênio + Progesterona - Estrogênio inibe proliferação endometrial - Sangramento mais regular ISOLADA: Progesterona - Sangramento mais irregular ESTRÓGENOS: - Etinil-estradiol (↓ dose: 35/30/20/15 ug) - Valerato de estradiol PROGESTOGÊNIOS: - 1ª geração: Norestiterona e Medroxiprogesterona - 2ª geração: Levonorgestrel - 3ª geração: Gestodeno e Desogestrel - 4ª geração: Drospirenona, dienogest e nomegestrol - Ciproterona: Usa associada ao etinil-estradiol *3ª e 4ª aumenta risco de eventos tromboembólicos SUS: Etinilestradiol + Levonorgestrel (Ciclo 21) *Risco de eventos trombóticos é maior no 1º ano – Evitar trocas de anti *Benefícios: Reduz - risco de Ca de ovário e endométrio, dismenorreia, SPM, cistos funcionais, Mittelschmerz, dças benignas da mama e anemia *Iniciar no 1º dia da menstruação, tomar no mesmo horário todos os dias por 21 dias e parar 7 dias, reiniciando no 8º CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA Levonorgestrel 1,5mg dose única ou 2 doses - Yuzpe é menos eficaz - Maior eficácia em 24h CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Estrógeno + Progesterona - ACO Combinado - Injetável mensal - Adesivo intradérmico - Anel vaginal Apenas Progestágeno: - Pílula progesterona isolada - Ingestável trimestral - Implante subdérmico CONTRACEPÇÃO João Gustavo Fernandes 34 SOMENTE PROGESTERONA: COMBINADOS: INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: - Anticonvulsivantes (Carbamazepina, Topiramato*) - Rifampicina (TB e Hanseníase) *Topiramato em uso pra enxaqueca MÉTODOS CIRURGICOS - Maiores de 25 anos ou 2 filhos vivos - Risco materno (cardiopatia grave) - Consentimento informado pelo menos 60 dias - Não pode ser realizada durante o período de parto, cesárea ou aborto – Exceto risco de ruptura uterina João Gustavo Fernandes 35 - Infectam epiderme, mucosa ou glândulas - 14 subtipos oncogênicos: 16 (50%) e 18 (15%) - Não oncogênicos: 6 e 11: 90% verrugas genitais - Possui vacina DIAGNÓSTICO - Assintomáticas - Preventivo (CP) CP → Alteração → Colposcopia → Histologia - Persistência do processo infeccioso por mais de 18 meses é o principal fator de risco para o surgimento das lesões intraepiteliais - Reativação só em queda da imunidade CP - 25-64 anos (2 anuais normais → 3 em 3 anos) - 20-24 anos as lesões costumam regredir - Imunodeprimida: Após 1ª relação (2 semestral→anual) LIMITAÇÕES DO CP: - Baixa sensibilidade - Frequência de falsos negativos ASC-US (ATIPIA INDETERMINADA) - 50% dos resultados alterados - 6-12% podem ser NIC2 ou 3 HPV E LESÃO COLO UTERINO João Gustavo Fernandes 36 LSIL (BAIXO GRAU) - 27% dos exames anormais - 0,8% dos CPs - 12-23% podem ser NIC2 ou 3 - NIC1 em mulheres jovem (< 30 anos) regridem em 90% COLPOSCOPIA IMEDIATA: - Possibilidade da presença de lesões mais graves subdiagnósticas pelo CP ACOMPANHAR: - Potencial regressão em < 30 anos - Evitar sobrediagnóstico e sobretratamento - Riscos do procedimento: hemorragia, infecção SITUAÇÕES ESPECIAIS LSIL GESTANTES: - Achados colposcópios anormais tendem a regredir - Repetir após 3 meses do parto MENOPAUSA: - Atrofia e ressecamento vaginal - Fazer uso de estrogênio vaginal s/n IMUNODEPRIMIDAS: - Encaminhar para colposcopia após exame LSIL - Tratamento excisional HSIL (ALTO GRAU) - NIC 1 → NIC 3 (10%): 1% Invasão - NIC 2 → NIC 3 (20%): 5% Invasão - NIC 3: 20% Invasão João Gustavo Fernandes 37 SITUAÇÕES ESPECIAIS HSIL- HPV GESTANTES: - Encaminhar para Colposcopia - Biópsia se sugestivo de invasão - Se IG >30sem, colposcopia 3 meses pós-parto IMUNODEPRIMIDAS: - Maior risco de recidiva pós conização - CP anual por toda a vida CÂNCER DE COLO UTERINO FATORES DE RISCO: - HPV oncogênico - Tabagismo - Herpes simples 2 e Múltiplos parceiros DIAGNÓSTICO: - Colposcopia - Histologia: Confirmar Ca AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO: - Colposcopia e biópsia - Toque vaginal e retal - RNM - Busca de metástases: Rx Tórax e TC abdome - Cistoscopia - Retossigmóidoscopia - Urografia excretora TIPOS HISTOLÓGICOS: - Carcinoma epidermóide: 81% - Adenocarcinoma: 10% TRATAMENTO: Conização a frio: Uso de bisturi - Infiltração cervical com xilocaína 1% - Teste de Shiller Cirurgia de Alta Frequência (CAF): - Uso em NIC 2 e 3 Traquelectomia: - Retirada total do colo com os paramétrios Histerectomia: - Subtotal: Tira só o útero e mantem o colo - Total: Tira útero e colo - Radical: Tira útero, colo, 1/3 superior da vagina e paramétrios SEGUIMENTO: - 3/3 meses no 1º ano - 4/4 meses no 2º ano - 6/6 meses até o 5º ano - Anual PREVENÇÃO: - Vacina: Quadrivalente (6,11,16,18) M:9-14a / H:11-14a - Preservativo João Gustavo Fernandes 38 ALTERAÇÕES PRECOCES: 1) Irregularidade menstrual (Fator preditor da transição menopausal): 90% irá apresentar alguma irregularidade, exceto se usa contraceptivo hormonal. 2) Sintomas vasomotores: O Estradiol regula o centro termorregulador no Hipotálamo. Calor independente da temperatura externa. Pode ter sudorese noturna. 3) Alteração sono: Despertares devido fogachos. 4) Alteração humor: depressão, irritabilidade, cansaço ALTERAÇÕES A LONGO PRAZO: 1) Síndrome geniturinária: ressecamento vaginal, dispareunia de superfície, disúria, ITU. 2) Alterações da cognição: alterações na atividade de neurotransmissores. Alterações memória (Alzheimer) 3) DCV: estrogênio auxilia em todos os fatores de risco. Avaliar na hora de prescreverTRH. O Colesterol pode ser melhorado com a TRH. 4) Alteração óssea: ↓ estrogênio → ↑ estimulação do osteoclasto → ↑ reabsorção → Osteopenia/osteoporose Menopausa: Dg retrospectivo – amenorreia 12 meses. Na fase de transição menopausal e menopausa o ovário não responde ao estímulo do FSH e LH devido ao envelhecimento ovariano. Há diminuição da produção de estrogênios e progestagênios, havendo um aumento do FSH e LH para fazer com que estimule o ovário a produzir. - O FSH é o primeiro que percebemos o aumento, apesar de ser bastante flutuante nesse período de transição. - Os sintomas são em decorrência da diminuição do Estradiol DIAGNÓSTICO CLÍNICO Devo fazer dosagem de FSH e Estradiol se: - Paciente histerectomizada - Uso de contraceptivo hormonal Dg: FSH > 30 em 2 dosagens com intervalo de 3 meses. DMO: - Normal: T score até -1,0 - Osteopenia: T score entre -1,0 e -2,5 - Osteoporose: T score ≤ -2,5 T Score: compara a mulher menopausada com a jovem – pico até os 30 anos. TRH BENEFÍCIOS: - Sintomas Vasomotores - Atrofia Urogenital - Osteoporose: prevenção, tratamento e ↓ fraturas - Menopausa precoce - Irregularidade menstrual - Alteração humor e sono INDICAÇÕES: - Fogachos - Síndrome genitourinária - Osteopenia/Osteoporose CLIMATÉRIO João Gustavo Fernandes 39 Janela de Oportunidade: Iniciar TRH nos primeiros 10 anos de menopausa (Pode usar na transição menopausal ou antes dos 60 anos) CONTRAINDICAÇÕES: - Sangramento de origem desconhecida - Ca mama e lesões precursoras - Ca endométrio - DAC e Dça cerebrovascular - Trombose, LES e trombofilias - Dça hepática descompensada - Porfirias e meningiomas PODE USAR: - HAS e DM controladas - HCV - Pós-câncer: Colo uterino, pele, hematológico, pulmão, fígado, intestino, estômago, rins e tireoide EXAMES PRÉVIOS AO INÍCIO DA TRH - Mamografia - Exame físico detalhado - USTV - Perfil glicolipídico TRATAMENTO - E + P contínuo: pós menopausa tardia - E + P sequencial: pós menopausa recente/transição *Progesterona: proteção endometrial Adesivo: troca 2x por semana. Segunda e quinta-feira Gel: jato ou sachê Tópicos/vaginais: Estriol (baixa absorção sistêmica) e Promestrieno (mais voltada a queixa urogenital) • Progesterona natural micronizada: seletiva para receptores progesterona - Contínuo: Progesterona 100mg/dia - Sequencial: 200mg/dia 12-14 dias (mínimo para evitar hiperplasia endometrial) • Ac. Medroxiprogesterona: efeito glicocorticoide (Retenção hídrica). Contínuo/sequencial. • Didrogesterona: alta seletividade pelo receptor da progesterona. Contínuo- sequencial. • Noretisterona – efeito androgênico/estrogênico parcial. contínuo/sequencial. Uso se diminuição da libido, não usar se perfil lipídico alterado. (Tem adesivo) • Drosperinona – antimineralocorticoide. Só contínuo. A natural micronizada e a Didrogesterona possuem um melhor perfil cardio metabólico, devido a alta seletividade pelos receptores de progesterona. Não há progestágeno em gel, somente Estradiol Tibolona – 1,25/2,5 mg – metabolização hepática – E+P+A. Opção para uso em pacientes com diminuição da libido. Observar Perfil lipídico. ESCOLHA DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO Transdérmica: síndrome metabólica, diabetes, hipertensão, hipertrigliceridemia, risco de trombose venosa, obesidade, tabagismo. Pele → circulação. Sem passagem hepática. João Gustavo Fernandes 40 OPÇÕES NÃO HORMONAIS Estilo de vida: atividade física – redução dos fogachos. Hidratantes vaginais: pacientes que não podem usar estrogênio ISRS: melhora dos fogachos. Além de modular humor. • Paroxetina (10-25mg/dia) • Citalopram e Escitalopram (10-20 mg/dia). IRSN: • Desvenlafaxina (100-150mg/dia) • Venlafaxina (37,5-150 mg/dia) Gabapentinoides: • Gabapentina – 900 a 2400 mg/dia • Pregabalina – 150 a 300 mg/dia. João Gustavo Fernandes 41 ETIOLOGIA - SOP: 70-80% - Hiperandrogenismo periférico: 15-20% - Hiperplasia suprarrenal: 4% SOP - Causa genética (HF+) - Pacientes jovens - Causa + comum de infertilidade por anovulação - 30-40% das Amenorreias (Ausência de pelo menos 3 ciclos consecutivos) - Obesidade + Resistência insulínica + ↓ SHBG CONSENSO DE ROTTERDAM (2 dos 3 critérios): - Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial - Anovulação - Ovários com policistos OUTRAS CAUSAS HIPERTECOSE: - Forma mais grave que a SOP - Pouco frequente, mais na pós-menopausa NEOPLASIAS: Mais raro - Devirados dos cordões sexuais - Derivados das células germinativas HIPERANDROGENISMO PERIFÉRICO - Idiopático - Manifestações cosméticas: Pele - Ciclos ovulatórios - Exames laboratoriais e imagem normais SUPRARRENAIS HIPERPLASIA SUPRARRENAL CONGÊNITA NÃO CLÁSSICA: - Peripuberal - Def. da 21-hidroxilase - Acúmulo de 17OHP e androstenediona SD. DE CUSHING: - Cortisol elevado permanente - Estrias, fácies cushingoide, obesidade central NEOPLASIAS HIRSUTISMO X HIPERTRICOSE Hipertricose: aumento número de pelos nas regiões que são comuns de ter nas mulheres. (Minoxidil / Corticoide) Hirsutismo: pelo mais grosso e começa a ter aumento de pelos em áreas que a mulher não possui. (Testosterona / Anabolizantes / Ác. Valpróico) HIPERANDROGENISMO João Gustavo Fernandes 42 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Hirsutismo - Acne (Propionibacterium acnes) - Alopécia androgenética - Disfunção ovariana - Hipertricose - Virilização: espessamento de cordas vocais ESCORE DE FERRIMAN-GALLWEY - Avalia Hirsutismo DIAGNÓSTICO LABORATORIAL - Testosterona total e livre - SHBG - 17OHP basal: > 5ng/ml - SDHEA: Muito alto pode sugerir neoplasia suprarrenal - TSH - Prolactina - Colesterol total e frações - Triglicerídeos - Glicemia jejum e TTOG EXAME IMAGEM - USTV: SOP - RM/TC: Dça Suprarrenais TRATAMENTO - Medidas cosméticas: - Acne: Ácido retinóico e Isotretinoína - Fotodepilação - Modificação estilo de vida - ACO combinados: Supressão ovariana (Regularizar ciclo e deixar ovário em repouso) - Antiandrogênicos: Associar com ACO - Espironolactona: ↓ síntese de testosterona - Acetato de ciproterona - Futamida: Não usa devido Ins. Hepática - Finasterida - Metformina: DM João Gustavo Fernandes 43 FATORES DE RISCO - TH com estrogênio e sem progestogênio, - Sobrepeso/Obesidade - Dieta rica em gordura animal - DM e HAS - Hiperplasia endométrio - História familiar - Nuliparidade - SOP - Menopausa tardia (> 55 anos) - Sd. do câncer colorretal hereditário não polipose - Sd. de Lynch: Ca intestino < 40 anos - Tamoxifeno FATORES DE PROTEÇÃO *Tudo que reduz exposição ao estrogênio ou aumenta níveis de progesterona - TH combinada - DIU com progesterona - ACO - Ovulação QUADRO CLÍNICO - Idade 50-65 anos - SUA: Hematometra - Massa amolecida na região hipogástrica - Distensão abdominal secundária a ascite - Assintomáticas DIAGNÓSTICO - USTV (1º Exame se suspeita): - Menacme: Depende da fase do ciclo - Pós-menstrual: Até 12mm - Investigar se ≥ 5mm - Uso de tamoxifeno ≥ 8mm - Biópsia endométrio: - Aspiração por sonda - Cureta de Novak - Cânila de Pipelle *Biópsia negativa e alta suspeita: Curetagem uterina ou Histeroscopia com biópsia - Histeroscopia com biópsia (Padrão-ouro) FATORES PROGNÓSTICOS - Baixa taxa de mortalidade - Crescimento lento *Não tem rastreamento em mulheres sem fatores de risco VIAS DE DISSEMINAÇÃO - Pequenos ramos linfáticos do lig. Redondo (LND inguinofemorais) - Ramos linfáticos da tuba uterina - Grandes linfáticos nos pedículos ovarianos (LND para-aórticos) - Linfáticos do lig. Largo (LND pélvicos) CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA Tipo 1 tem melhor prognóstico NEOPLASIA ENDOMETRIAL João Gustavo Fernandes 44 AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA - CA 125 - ECG- Rx tórax - TC abdome total - RM pelve - Retossigmoidoscopia - Cistoscopia CIRURGIA DE ESTADIAMENTO - Incisão medicana, xifopúbica ou transversa - Lavado para cistologia - Histerectomia total e anexectomia bilateral - LND pélvicos bilateral - Amostragem de LND para-aórticos, S/N - Omentectomia infracólica - Cirurgia citorredutora (Se células tumorais na cavidade) TRATAMENTO QTX: Dça avançada RTX: - TTO complementar mais utilizado - Reduzir recidiva local *Combinar se dça avançado João Gustavo Fernandes 45 - Sangramento fora do período menstrual ou no período menstrual só que com alteração do padrão habitual (geralmente volumoso) SUA CRÔNICO: Persiste por mais de 6 meses SUA AGUDO: Sangramento intenso na ausência de gravidez em quantidade suficiente para necessitar intervenção rápida CAUSAS ESTRUTURAIS (PALM) PÓLIPO: Proliferações endometriais envolvendo estroma e glândulas (incluídos pólipos endocervicais) ADENOMIOSE: Implantação heterotópica de cél. endometriais no miométrio. LEIOMIOMA: Tumor fibromuscular benigno do Miométrio. O mioma submucoso é mais relacionado a SUA com fluxo intenso. MALIGNIDADE: Hiperplasia endometrial atípica e carcinoma de endométrio CAUSAS NÃO ESTRUTURAIS (COEIN) COAGULOPATIA: 13% das pacientes com SUA (doença de von Willebrand a condição mais comum). DISFUNÇÕES OVULATÓRIAS: Amenorreia total, sangramento leve e infrequente e episódios de sangramento extremamente aumentado. Na menacme, a produção de progesterona durante o ciclo menstrual é determinada pela ovulação e, após, sustentada pelo corpo lúteo. Se não há ovulação, não há produção adequada de progesterona. Assim, o endométrio torna-se proliferado e espesso devido à ação do estrogênio sem oposição. Essa hiperproliferação torna-o frágil, resultando em sangramento anormal. - Correspondem a ciclos anovulatórios, sem fase lútea - Ocorre nos extremos da vida reprodutiva ENDOMETRIAL: Sangramento anormal com periodicidade regular, com ciclo ovulatório. Atribuído a alterações primárias do endométrio. - Secundário a quadros inflamatórios ou infecciosos do endométrio, do colo uterino e das tubas. IATROGÊNICA: Uso de hormônios exógenos sistêmicos ou DIU, medicações que impactam diretamente no endométrio, interferem na coagulação sanguínea ou interferem sistemicamente na ovulação. - Os ACOs quando tomados irregularmente podem resultar em sangramento não programado por oscilação nos níveis de estrogênio. INVESTIGAÇÃO PALM COEIN - Padrão menstrual: Frequência, Periodicidade, Duração e Volume do fluxo - Uso de fármacos: ACO, TRH, Anticoagulantes, Tamoxifeno, Antipsicóticos, ADT, ISRS SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL João Gustavo Fernandes 46 EXAMES COMPLEMENTARES *Guiado pela suspeita Dg - Hemograma, TSH, T4 Livre, Prolactina - Coagulograma - Teste Von Willebrand - CP - USTV: Avaliar endométrio e miométrio - Espessura endometrial: - Menacme (4-16mm) - Pós-menopausa (Até 5mm) - Pólipos, miomas, câncer = biópsia - Histeroscopia (Padrão-ouro investigação endometrial): - Avalia cavidade uterina - Estudo histopatológico por biópsia dirigida - Terapêutica: pólipo, leiomioma submucoso, sinéquia e ablação endometrial - Biópsia (Padrão-ouro Dg de afecções endometriais): - Suspeita de hiperplasia ou Ca - Recomenda avaliação se SUA com > 45 anos refratário ao TTO clínico João Gustavo Fernandes 47 TRATAMENTO - Retomar o padrão de ciclos menstruais normais - Prevenir recorrência e consequências da anovulação a longo prazo PACIENTE INSTÁVEL: - Tamponamento uterino - Curetagem uterina - Estrogênios conjugados em altas doses - Embolização uterina - Histerectomia PACIENTE ESTÁVEL: - AINES: Ibuprofeno, Naproxeno, Ácido Mefenâmico - Antifibrinolíticos: Ácido tranexâmico (Transamin) - Avaliar risco de trombose - Estrogênios - Progestágenos orais - ACO - DIU Levonorgestrel TRATAMENTO CIRÚRGICO: Segunda opção: Refratário ao TTO clínico João Gustavo Fernandes 48 - Qualquer perda involuntária de urina - Aumento da pressão no assoalho pélvico 1. Hipermobilidade colo vesical (Lesão) *Pressão de perda (VLPP > 90cmH2O) 2. Deficiência esfincteriana intrínseca *Pressão de perda (VLPP < 60cmH2O) *Mais grave – perda com mínimo esforço FATORES DE RISCO - Obesidade: ↑ pressão assoalho pélvico - Tabagismo: Flacidez e tosse crônica - Gestação: ↑ pressão assoalho pélvico - Menopausa: ↓ estrogênio → ↓ colágeno - Crossfiteiras CLASSIFICAÇÃO - De esforço (25-75%) - De urgência (30%) - Mista - Transbordamento: Lesão neural do assoalho pélvico - Transitória/funcional: Infecção urinária - Por desvio: Fístula / iatrogenia cirúrgica IU DE URGÊNCIA - Contrações espontâneas do músculo detrussor durante enchimento vesical CAUSAS - Instabilidade idiopática - Hiperatividade neurogênica - ITU - Tumor, AVC, DM, ICC - Cafeína, álcool, medicamentos - Constipação, ansiedade FISIOPATOLOGIA - Simpático: Enchimento vesical - Contração esfíncter uretral e Relaxamento detrussor - Parassimpático: Esvaziamento DIAGNÓSTICO - Anamnese: Frequência, retenção, hematúria, noctúria, gotejamento pós- miccional, medicamentos, disúria, perda contínua, cirurgias - Diário miccional: 1-3 dias - Exame físico: Trofismo, distopias - Q-tip test (Teste do cotonete): Introduz cotonete estéril lubrificado com gel anestésico na uretra. Faz → manobra de Valsalva → mede ângulo formado pelo cotonete e o eixo horizontal. Alteração >40º indica hipermobilidade do colo vesical Diário Miccional: MEDICAMENTOS - ↓ Resistência Uretral - Relaxantes musculares: Benzodiazepínicos - ↑ Resistência Uretral - ADT: Imipramina, Amitriptilina - Estrogênios AVALIAÇÃO - Labs: EQU, Glicemia - Medida do resíduo - Avaliação urodinâmica - Uretrocistoscopia: Hematúria INCONTINÊNCIA URINÁRIA E DISTOPIAS João Gustavo Fernandes 49 TRATAMENTO - Redução peso - Modificação hábitos: cigarro, dieta, constipação - Fisioterapia pélvica: Exercício de Kegel e Pesos - Estrogênio tópico: Menopausa (Atrofia) CIRURGIA: - Tela retopúbica via vaginal - Sling de uretra média com telas (P-Ouro) IUE MEDICAMENTOS: - Anticolinérgico: Oxibutinina (Inibe contração do detrussor, aumenta capacidade cistométrica) IUU - 2ª Linha: Darifenacina (Custo alto) - 3ª Linha: Toxina botulínica intravesical *IU de Esforço não é tratada com medicamento *IU de Urgência não é tratada com Sling LASER: Corrigir atrofia uretral DISTOPIAS GENITAIS - Descenso da parede vaginal anterior, posterior, ápice ou da cúpula vaginal DIVISÃO ANATOMO-FUNCIONAL DE DELANCEY - Sustentação da vagina-útero Nível 1: Defeito apical Nível 2: Defeito terço médio-anterior Nível 3: Defeito terço distal FATORES DE RISCO - Bebês macrossômicos (> 4kg) - Multiparidade - Uso de fórceps - Tabagismo - Obesidade - Idade avançada DIAGNÓSTICO VAGINAIS: “Bola na vagina”, redução digital para micção ou evacuação, sangramento, dor lombar ANORRETAIS: Constipação, bloqueio evacuatório, tenesmo, incontinencia fecal URINÁRIOS: Hesitação, resíduo pós-miccional, ITU de repetição, gotejamento SEXUAIS: Obstrução, dispareunia, reduz libido, flacidez EXAME PÉLVICO - Sinais de hipoestrogenismo - Avaliação da mucosa - Repouso e com Valsalva - Avaliação neurológica CLASSIFICAÇÃO DOS PROLAPSOS Baden-Walker: POP-Q: João Gustavo Fernandes 50 TRATAMENTO CONSERVADOR: - Perder peso - Evitar aumento da pressão abdominal - Cessar tabagismo - Corrigir atrofia - Exercício de Kegel - Eletroestimulação - Pessários CIRURGICO: - Técnicas sítio-específicas: Usa a própria fáscia endopélvica para corrigir defeito - Comprometimento do próprio tecido: Usa telas biológicas ou sintéticas (Não é primeiraescolha) - Lefort: Obliterativa – Faz em idosas – incapaz de ter relação sexual após cirurgia João Gustavo Fernandes 51 AMENORREIA PRIMÁRIA: Nunca menstruou - Amenorreia até os 14 anos sem caracteres sexuais - Amenorreia até os 16 anos com caracteres sexuais SECUNDÁRIA: - Amenorreia por >3 ciclos consecutivos se ciclo regular - Amenorreia por >6 meses se ciclo irregular AMENORREIAS PRIMÁRIAS - Disgenesia gonadal (50%) – Mal funcionamento ovário - Hipogonadismo hipotalâmico (20%) - Ausência de útero/vagina/colo (15%) AVALIAR: - Caracteres sexuais secundários - Presença de útero - Níveis de FSH Não há mama Telarca = E2 Atraso desenvolvimento puberal (FSH ↓/normal) Sem útero: - Agenesia mulleriana - Insensibilidade androgênica Disgenesia gonadal (FSH↑) Com útero: - Etiologias da amenorreia secundária - Descartar gravidez e criptomenorreia DISGENESIA GONADAL Não tem mama / FSH ↑ / Tem útero FSH ↑ = Fazer Cariótipo - 45 XO = Sd. Turner - Gônada em fita, útero infantil - Baixa estatura, pescoço alado - Hipertelorismo mamário, 4º e 5º metacarpos curto - Uso de GH, estrogênio - 46 XY = Sd. Swyer - Disgenesia gonadal pura - Gônada: testículo (Não produz AMH) - Genitália interna e externa feminina - Infantilismo genital - Gonadectomia HIPOGONADISMO HIPOTALÂMICO FSH ↓ / Estradiol ↓ / Cariótipo normal - Secreção anormal do GnRH → Altera pico do LH → Ausência de crescimento folicular → Anovulação CAUSAS: - Funcional: Estresse, exercício físico, perda de peso excessiva, anorexia, desnutrição - Hipotalâmica: Sd. de Kallmann (Def. GnRH, anosmia) - Hipofisária: Neoplasia / microadenoma ALTERAÇÕES ANTÔMICAS Cariótipo 46 XX – Sd. Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser - Anomalia mulleriana - Gônada: Ovário – Tem caracteres sexuais secundários - Genitália interna ausente - Hormônios normais - Pelos normais - TTO: Neovagina 46 XY – Sd. Morris - Insensibilidade completa aos androgênios - Gônada: Testículo - Genitália interna ausente - Hormônios: Testosterona > Estrogênio - Pelos escassos/ausentes - TTO: Neovagina + TRH + Gonadectomia OUTRAS CAUSAS CAUSAS HIPOFISÁRIAS: - Tumores: Prolactinomas, Craniofaringeoma - Lesões sela túrcica - Necrose: pan-hipopituitarismo SEPTO VAGINAL / HÍMEN IMPERFURADO AMENORREIA E ANOVULAÇÃO CRÔNICA João Gustavo Fernandes 52 AMENORREIAS SECUNDÁRIAS - Gravidez - Alterações ovarianas: Irradiação, QTX, SOP, Pós-Cx - Disfunção hipotalâmica: Estresse, anorexia, PRL ↑ - Alterações hipofisárias: Tumores, Sd. Sheehan - Patologias uterinas: Sinéquias, inf. Pélvica INVESTIGAÇÃO 1º) DIAGNÓSTICO: - B-HCG Anamnese: - Estresse, perda de peso, exercício extenuante - Peso excessivo, hiperandrogenismo, acne - Galactorreia, fogachos - Sd. Asherman: Curetagem e Endometrite - Sd. Sheehan: Hemorragia pós-parto Exame Físico: - IMC (>30 – 50% SOP // <18,5 – Hipotalâmica) 2º) SOLICITAR LABS: Prolactina: ↑ = Hiperprolactinemia TSH: ↑/↓ = Hiper/Hipotireoidismo FSH: ↑ = Causa ovariana (Cariótipo < 30 anos) ↓ = Neuroimagem / funcional *Se sinais de Hiperandrogenismo: S-DHEA, 17OHP, Testosterina total 3º) TESTE DA PROGESTERONA: - Avaliar estrogênio circulante - Prescrever Progesterona VO 10mg por 14d - Cessar em seguida Sangrou (+): Anovulação Não sangrou (-): Gestação, obstrução, ausência atividade estrogênica 4º) TESTE E + P: - Quando teste da progesterona negativo - Avaliar proliferação endometrial - E por 21d + P por 5d Não sangrou (-): Causa uterina Sangrou (+): Endométrio normal → Neuroimagem ANOVULAÇÃO CRÔNICA Não há pico de LH → Não há corpo Lúteo → Não tem produção de progesterona → Endométrio não vira secretor → Não há menstruação Normal: Primeiros anos de maturação do eixo // Climatério SOP: - LH ↑ / Androgênios ↑ / Sinais de Hiperandrogenismo / Amenorreia / Subfertilidade Critérios de Rotterdam (2 de 3): - Oligomenorreia e/ou anovulação - Hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial - Ovários policísticos (12 ou mais folículos) *Dosar: Testosterona total, SDHEA, 17-OHP Manejo: - Teste da Progesterona - Resolver sintomas HIPERPROLACTINEMIA: - Alteração mais comum do eixo hipotálamo-hipófise - Inibe a secreção do GnRH PRL: - Galactorreia - Oligo/amenorreia - Disfunção sexual - Tumor hipofisário *Dopamina é o principal fator regulador da PRL Causas: - Fisiológica - Farmacológica: Antipsicóticos, Plasil - Patológicas: Tumores, Prolactinomas, Dça autoimune Prolactinomas: - Micro: < 10mm (PRL 100-200) - Macro: ≥ 10mm (PRL >250) Tratamento: Agonista dopaminérgico: Cabergolina e Bromocriptina João Gustavo Fernandes 53 PRÉ-PÚBERE VULVOVAGINITES: - Queixa mais comum na pré-menarca - Hipoestrogenismo: Fragilidade da mucosa - Fatores anatômicos: Ausência de pelos - Más condições de higiene, sabonete, roupa íntima - Desequilíbrio da flora vaginal: Candida (raro), ATB - Abuso: Trichomonas, N. gonorrhoeae, Chlamydia SINTOMAS: - Leucorreia - Prurido - Vermelhidão - Sangramento: Excluir corpo estranho ou tumor SINÉQUIAS DE PEQUENOS LÁBIOS: - Hipoestrogenismo - Vulvovaginite de repetição TTO: Pomada estrogênio / Cirurgia PUBERDADE - 8-13 anos (Média 10,5 anos) ALTURA ALVO: TANNER: TIPOS DE HÍMEN: PUBERDADE PRECOCE - Caracteres sexuais antes dos 8 anos - Crescimento acelerado - Idade óssea avançada - Fechamento precoce das epífises Central: ↑ GnRH / ↑ Esteróides - idiopatica, neurogênica, exposição a esteroides Periférica: ↓ GnRH ↑ Esteróides - Causa ovarian, adrenal, hipotireoidismo Isolada: ↑ sensibilidade dos receptores esteróides - Telarca, pubarca ou menarca isolada GINECO INFANTOPUBERAL João Gustavo Fernandes 54 SD DE MC CUNE-ALBRIGHT: - Tríade: Cisto ovariano + Manchas café com leite + Displasia fibrosa poliostótica (fratura/deformidade) - TTO: Supressão esteroidogênese gonadal (Medroxiprogesterona / inibidor aromatase) DIAGNÓSTICO: - Dosagem de FSH, LH, Estradiol - Rx de mãos e punhos: > 2DP - US pélvica via abdominal (Ovários >2cm) - RNM crânio e sela túrcica (6-8 anos) TRATAMENTO: - Análogo do GnRH: Inibe eixo (Goserelina SC mensal) *Critério de bom controle LH pós Leuprorrelina <4-4,5 UI/L Alternativas: - Medroxiprogesterona IM / VO - Ciproterona VO PUBERDADE TARDIA - Ausência de desenvolvimento mamário aos 13 anos Hipogonadismo hipogonadotrófico - Adquirido: Tumores, trauma craniano, AVC - Congênito: Def. GnRH, Pan-hipopituitarismo Hipogonadismo hipergonadotrófico - Adquirido: QTX, RTX, Gonadectomia, dça autoimune - Congênito: Sd. Turner Puberdade tardia constitucional DIAGNÓSTICO: Dosagem de FSH + RNM craniana - Hipo hipo = Genética - Hipo hiper = Cariótipo ADOLESCENTE - Inicial: 10-13 anos - Média: 14-16 anos - Tardia: 17-19 anos - Procedimentos: Cauterização, DIU, implante – Sempre com autorização dos pais (pode ter complicação) VACINA HPV: - 9-14 anos - Gardasil: Quadrivalente (6,11,16,18) - Segunda dose 6 meses depois - 3 doses (9-26 anos): HIV, transplantadas, Oncológica João Gustavo Fernandes 55 - Acíclica - Dura > 6 meses - Não causada por gravidez ou coito - Localização: pelve, coluna lombar, nádegas CAUSAS GINECOLÓGICAS - Aderências peritoniais - Cistos anexiais - DIP (30% terão DPC após DIP) - Sd ovário residual - Sd ovário remanescente - Sd congestão pélvica - Cistos peritoneais pós-operatórios - Adenomiose - Endometriose (70%) - Leiomioma - Distopias genitais Sd May-Thurner: Compressão da v. ilíaca esq entre a coluna lombar e a a. ilíaca dir. Sd Nutcracker: Compressão da v. renal esq entre a a. mesentérica sup e a aorta CAUSAS GASTROINTESTINAIS - Sd intestino irritável (30%) - Constipação
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