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Aula 04
Português p/ PM-SP (Soldado e Oficial) - Com videoaulas
Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror
Português para PMSP 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 4 
 
Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 80 
Aula 4: Morfossintaxe. Regência nominal e verbal. Crase. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Regência nominal 1 
2. Regência de verbos importantes 2 
3. Regência com pronomes relativos 17 
4. Crase 37 
5. O que devo tomar nota como mais importante? 62 
6. Lista de questões para revisão 62 
9. Gabarito 80 
 
 Olá! 
 Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que vocês continuem 
muito motivados!!!! 
 Vimos na aula de sintaxe da oração que regência é o mesmo que 
transitividade, lembra?!!! 
 Nesta aula, trabalharemos a regência (transitividade) e a crase. 
 Comecemos pela Regência Nominal. 
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir 
complementação precedida de preposição. Esse termo preposicionado ocupa a 
função sintática de complemento nominal. 
Veja alguns: 
acostumado a, com curioso de, por 
afável com, para desgostoso com, de 
afeiçoado a, por desprezo a, de, por 
aflito com, por devoção a, por, para, com 
alheio a, de devoto a, de 
ambicioso de dúvida em, sobre, acerca de 
amizade a, por, com empenho de, em, por 
amor a, por falta a, com, para 
ansioso de, para, por imbuído de, em 
apaixonado de, por imune a, de 
apto a, para inclinação a, para, por 
atencioso com, para incompatível com 
aversão a, por junto a, de 
ávido de, por preferível a 
conforme a propenso a, para 
constante de, em próximo a, de 
constituído com, de, por respeito a, com, de, por, para 
Português para PMSP 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 4 
 
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contemporâneo a, de situado a, em, entre 
contente com, de, em, por último a, de, em 
cruel com, para único a, em, entre, sobre 
Agora os verbos... 
Regência de verbos importantes 
Agradar 
Transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”. 
Ela agradou o filho. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”. 
O assunto não agradou ao homem. 
Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com 
a preposição a. 
Satisfiz as exigências. ou Satisfiz às exigências. 
 
Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, 
visitar: transitivos diretos. 
Estimo o colega. Adoro meu filho. 
 
Aspirar 
Transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos pulmões”. 
Aspiramos o ar frio da manhã. 
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”. 
Ele aspira ao cargo. 
Assistir 
É Transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”. 
O médico assistiu o paciente. 
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste 
mesmo sentido: 
O médico assistiu ao paciente. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”. 
Meu filho assistiu ao jogo. 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”. 
Esse direito assiste ao réu. 
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”. 
Seu tio assistia em um sítio. 
Neste sentido, admite o advérbio “onde”: Este é o local onde assisto (onde 
moro). 
 
Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar 
São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções. 
Avisei o gerente do problema. 
Avisei-o do problema. 
Avisei ao gerente o problema. 
Avisei-lhe o problema. 
Avisei o gerente de que havia um problema. 
Avisei ao gerente que havia um problema. 
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Teoria e exercícios comentados 
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Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos 
também por pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas. 
 
 
Atender: 
Transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar 
atenção a, receber alguém, seguir, acatar: 
Não costuma atender os meus conselhos. 
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam. 
Não atendeu a observação que lhe fizeram. 
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a: 
Os bombeiros atenderam a muitos chamados. 
O médico atendeu aos afogados na praia. 
Chegar: 
Intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”. 
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-
se evitar a preposição “em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é 
admitida na norma culta. 
Cheguei a Fortaleza. Cheguei de Fortaleza. 
Esse verbo admite o advérbio “aonde” ou a locução “para onde”, não 
admitindo apenas “onde”. 
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite: 
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento. 
 
Chamar 
Transitivo direto com o sentido de “convocar”. 
Chamei-o aqui. 
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, 
“apelidar”; nesse caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), 
introduzido ou não pela preposição de. 
Chamei-o louco. 
Chamei-o de louco. 
Chamei-lhe louco. 
Chamei-lhe de louco. 
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; 
nos dois últimos, predicativo do objeto indireto. 
 
Custar 
Intransitivo, quando indica preço, valor. 
Os óculos custaram oitocentos reais. 
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais. 
Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; 
com esse sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo, sendo a 
oração deste o sujeito do verbo custar. 
Custou ao aluno entender a explicação do professor. 
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A expressão “entender a explicação do professor” é sujeito oracional e “ao 
aluno” é o objeto indireto. 
 
Esquecer, lembrar, recordar: 
Transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos) 
Ele esqueceu o livro. 
Lembrou a situação. 
Recordou o fato. 
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de. 
Ele se esqueceu do livro. 
Lembrou-se da situação. 
Recordou-se do fato. 
No sentido figurado, há ainda a possibilidade de o sujeito do verbo 
"esquecer" não ser uma pessoa, mas uma coisa: 
Esqueceram-me as palavras de elogio. 
Esqueceu-se verificar o número da placa. 
 
Essa mesma regência vale para "lembrar", isto é, há na língua o registro 
de frases como "Não me lembrou esperá-la", em que "lembrar" significa "vir à 
lembrança". O sujeito de "lembrou" é "esperá-la", ou seja, esse fato (o ato de 
esperá-la) não me veio à lembrança. 
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e 
indiretos. 
Lembrei ao aluno o dia do teste. 
 
Implicar 
Transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”. 
Seu estudo implicará aprovação. 
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”. 
Implicaram o servidor no processo. 
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar 
antipatia”, “perturbar”. 
Sempre implicava com o vizinho. 
 
Morar, residir, situar-se, estabelecer-se 
Pedem adjuntos adverbiais com a preposição em, e não a. 
Morava na Rua Onofre da Silva. 
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com 
este verbo. A estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto 
é: onde moro. 
 
Namorar: transitivo direto. 
Ela namorou aquele artista. 
 
Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a. 
Obedeço ao comando. Não desobedeçamos à lei. 
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Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a 
(mais raramente, para) 
Pediu ao dirigente uma solução. 
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou 
sinônimos), clara ou oculta. 
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para) 
 
Perdoar e pagar 
Transitivos diretos, se o complemento é coisa. 
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento 
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa. 
Perdoei ao amigo. Paguei ao empregado. 
Pode aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e 
indireto. 
O Brasil pagou a dívida ao FMI. 
O FMI perdoará a dívida aos países pobres. 
 
Note que, se no último exemplo retirássemos a preposição “a” e 
inseríssemos a preposição de, o verbo passa a ser apenas transitivo direto e o 
termo preposicionado passa a ser o adjunto adnominal que caracteriza o 
núcleo deste termo. Veja: 
O FMI perdoará a dívida dos países pobres. 
 VTD + OD 
Preferir 
Transitivo direto: Prefiro biscoitos. 
Transitivo direto e indireto, com a preposição a. 
Prefiro vinho a leite. 
Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de 
intensidade, nem do que ou que. Assim, está errada a construção como 
“Prefiro mais vinho do que leite”. 
 
Presidir: transitivo direto ou indireto: 
O chefe presidiu a cerimônia. O chefe presidiu à cerimônia. 
 
Proceder 
Intransitivo, com o sentido de “agir”: 
Ele procedeu bem. 
Intransitivo, com o sentido de “justificar-se”: 
Isso não procede. 
Intransitivo, com o sentido de “vir”, “originar-se”; pede a preposição de. 
A balsa procedia de Belém. 
Neste sentido admite o advérbio “donde” ou a locução “de onde”: 
Venho de onde ficou minha infância. (=donde) 
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “realizar”, “dar 
andamento”. 
Ele procedeu ao inquérito. 
 
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Querer 
Transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor 
de". 
Ele quer a verdade. 
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma 
coisa". É normal o advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é 
exigida a preposição a. 
A mãe quer muito ao filho. (...quer bem ao filho) 
Referir-se: 
Transitivo indireto, com a preposição a: 
O palestrante referiu-se ao problema. 
Transitivo direto, no sentido narrar, contar: 
Ele referiu o ocorrido. 
 
Responder 
Transitivo direto, em relação à própria resposta dada. 
Responderam que estavam bem. 
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta. 
Respondi ao telegrama. 
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto: 
Respondemos aos parentes que iríamos. 
 
Simpatizar e antipatizar: transitivo indireto, regendo preposição com sem 
pronome oblíquo. 
Simpatizo com Madalena. 
A construção “Simpatizo-me com Madalena” está errada”, pois não pode haver 
pronome oblíquo átono. 
 
Visar 
Transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”. 
Ela visou as folhas. 
Transitivo direto quando significa “mirar”. 
Visavam um ponto na parede. 
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, 
“almejar”. 
Visava à felicidade de todos. 
Aqui não é aceito o pronome "lhe" como complemento, empregando-se, 
assim, as formas "a ele" e "a ela". 
Algumas gramáticas aceitam a regência deste verbo na acepção de 
“pretender, almejar” como verbo transitivo direto, quando logo após houver 
um verbo no infinitivo. “O programa visa facilitar o acesso ao ensino gratuito.” 
 
Observações importantes: 
a) Alguns verbos transitivos indiretos, mesmo pedindo a preposição a, não 
admitem o pronome lhe como objeto. Veja alguns importantes. 
 
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Assistiu ao filme. Assistiu-lhe. (errado) Assistiu a ele. (certo) 
Aspiro à promoção. Aspiro-lhe. (errado) Aspiro a ela. (certo) 
Visava ao concurso. Visava-lhe. (errado) Visava a ele. (certo) 
Aludi ao preconceito. Aludi-lhe. (errado) Aludi a ele. (certo) 
Anuiu ao pedido. Anuiu-lhe. (errado) Anuiu a ele. (certo) 
Procedeu ao inquérito. Procedeu-lhe. (errado) Procedeu a ele. (certo) 
Presidimos à reunião. Presidimos-lhe. (errado) Presidimos a ela. (certo) 
 
b) Quando o complemento verbal é o mesmo para dois ou mais verbos, estes 
devem possuir a mesma regência verbal. Assim, construções como “Fui e 
voltei de Salvador” transmite erro gramatical. A regência do verbo “Fui” exige 
a preposição “a”, e a do verbo “voltei” exige preposição “de”. Portanto, 
deveremos corrigir para: 
“Fui a Salvador e voltei de lá” 
 Veja outros casos: 
 
Gostei e comprei o carro. Gostei do carro e o comprei. 
Conheci e não simpatizei com Carlos. Conheci Carlos e não simpatizei com ele. 
 
 Construção viciosa Construção gramaticalmente correta 
Questão 1: MPE SP 2016 – Oficial de Promotoria (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal, de acordo com a 
norma-padrão. 
a) Todos perdoavam do defeito ao Joaquim por não ser culpa dele. 
b) Todos perdoavam o defeito para o Joaquim por não ser culpa dele. 
c) Todos perdoavam ao defeito do Joaquim por não ser culpa dele. 
d) Todos perdoavam o defeito ao Joaquim por não ser culpa dele. 
e) Todos perdoavam ao defeito no Joaquim por não ser culpa dele. 
Comentário: O verbo “perdoar” é transitivo direto e indireto. A coisa a ser 
perdoada é o objeto direto e a pessoa a ser perdoada é o objeto indireto. 
 Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 2: MPE SP 2016 – Oficial de Promotoria (banca VUNESP) 
Assinale a alternativa correta quanto à pontuação e à regência, de acordo com 
a norma-padrão. 
a) De forma mais lenta, reagem, o emprego e o mercado de crédito, ante a 
mudança de direção da economia. 
b) O emprego e o mercado de crédito, reagem na mudança de direção da 
economia de forma mais lenta. 
c) O emprego e o mercado de crédito reagem, de forma mais lenta, para a 
mudança de direção da economia. 
d) Reagem à mudança de direção da economia, de forma mais lenta, o 
emprego e o mercado de crédito. 
e) Diante a mudança de direção da economia reagem o emprego e o mercado 
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de crédito, de forma mais lenta. 
Comentário: O verbo “reagir” é transitivo indireto e rege a preposição “a”. 
Além disso, é importante notar que não pode haver vírgula entre sujeito e 
predicado, nem entre verbo e complemento. Assim, a única alternativa 
correta é a (D). Veja a correção das demais: 
De forma mais lenta, reagem o emprego e o mercado de crédito à mudança 
de direção da economia. 
O emprego e o mercado de crédito reagem à mudança de direção da 
economia de forma mais lenta. 
O emprego e o mercado de crédito reagem, de forma mais lenta, à mudança 
de direção da economia. 
À mudança de direção da economia reagem o emprego e o mercado de 
crédito, de forma mais lenta. 
Gabarito: D 
 
Questão 3: IPSMI 2016 – Procurador (banca VUNESP) 
A alternativa que apresenta, nos parênteses, regência verbal de acordo com a 
norma-padrão, em substituição à expressão destacada no trecho do texto, é: 
a) ... empurram e atropelam as outras para entrar primeiro no vagão do 
trem (pisoteiam nas outras). 
b) ...quando chega a casa já está na hora de ir para o trabalho. (dirigir-se 
no trabalho). 
c) passou tardes longas vendo pela milésima vez a segundatemporada 
de “Grey’s Anatomy” (assistindo pela milésima vez à segunda temporada). 
d) ...e ambos perceberam que a felicidade é uma questão de tempo 
(conscientizaram-se que a felicidade). 
e) ...se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do 
tempo (dispusesse a tanto tempo). 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “pisoteiam” é 
transitivo direto e “as outras” é o objeto direto, por isso não pode ser iniciado 
pela preposição “em”. Assim, a forma correta é: 
... empurram e pisoteiam as outras para entrar primeiro no vagão do trem... 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo pronominal “dirigir-se” rege a 
preposição “a” e o termo “ao trabalho” é o objeto indireto e não pode ser 
iniciado pela preposição “em”. Assim, a forma correta é: 
...quando chega a casa já está na hora de dirigir-se ao trabalho... 
 A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “assistindo”, no sentido de 
“ver”, é transitivo indireto e rege a preposição “a”. 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “conscientizaram-se” rege a 
preposição “de” e a oração posterior é subordinada substantiva objetiva 
indireta. Assim, a forma correta é: 
...e ambos conscientizaram-se de que a felicidade é uma questão de tempo... 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “dispusesse” rege a 
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preposição “de”, e não a preposição “a”, e o termo “de tanto tempo” é o 
objeto indireto. Assim, a forma correta é: 
...se ela não dispusesse de tanto tempo não teria nem tempo para falar do 
tempo. 
Gabarito: C 
 
Questão 4: Câmara Jaboticabal-SP 2016 – Assistente Adm (banca VUNESP) 
Os termos em destaque estão corretos, quanto ao emprego do modo verbal e 
da regência nominal, respectivamente, em: 
a) Ainda que atuam como analgésicos em situações de estresse, os livros 
não estão aptos a cura de depressão e ansiedade. 
b) Ainda que atuem como analgésicos em situações de estresse, os livros 
não estão aptos na cura de depressão e ansiedade. 
c) Ainda que atuem como analgésicos em situações de estresse, os livros 
não estão aptos da cura de depressão e ansiedade. 
d) Ainda que atuam como analgésicos em situações de estresse, os livros 
não estão aptos em cura de depressão e ansiedade. 
e) Ainda que atuem como analgésicos em situações de estresse, os livros 
não estão aptos à cura de depressão e ansiedade. 
Comentário: Vimos, nas aulas de oração subordinada adverbial, que a 
conjunção e a locução conjuntiva concessivas forçam os verbos ao modo 
subjuntivo. Como “Ainda que” é uma locução conjuntiva concessiva, a forma 
verbal correta é “atuem”, presente do subjuntivo. Dessa forma, eliminamos as 
alternativas (A) e (D). 
 O adjetivo “aptos” rege a preposição “a”. Assim, eliminamos também as 
alternativas (B) e (C), restando a alternativa (E) como a correta. 
Gabarito: E 
 
Questão 5: Detran 2013 – Assistente de Trânsito (banca FGV) 
Assinale a frase em que a preposição a (à) não corresponde a uma 
necessidade de regência de um termo anterior. 
(A) respeito às faixas de pedestre. 
(B) reclamações à parte. 
(C) obedecer a regras básicas de trânsito. 
(D) persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. 
(E) associadas à promulgação do novo CBT. 
Comentário: A questão cobra se a preposição “a” é exigida pela regência do 
nome ou verbo anterior, ou se ela inicia uma expressão adverbial. 
 Na alternativa (A), a preposição “a” foi exigida pelo substantivo 
“respeito”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo 
anterior. 
 A alternativa (B) é a correta, pois não há termo anterior que exija a 
preposição “a”. Ela é empregada na oração por iniciar o adjunto adverbial “à 
parte”. 
 Na alternativa (C), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo 
indireto “obedecer”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um 
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termo anterior. 
 Na alternativa (D), a preposição “a” foi exigida pelo verbo transitivo 
direto e indireto “persuadir”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de 
um termo anterior. 
 Na alternativa (E), a preposição “a” foi exigida pelo adjetivo 
“associadas”. Assim, a preposição “a” ocorreu por regência de um termo 
anterior. 
Gabarito: B 
 
Questão 6: Pol Civil MA 2012 – Auxiliar de Perícia Médica Legal (banca FGV) 
“Sem conseguir entrar no mercado de trabalho”. Assinale a alternativa na qual 
a mudança de verbo produz um erro de regência (uso equivocado de 
preposição). 
(A) Sem conseguir participar do mercado de trabalho. 
(B) Sem conseguir aspirar ao mercado de trabalho. 
(C) Sem conseguir investir no mercado de trabalho. 
(D) Sem conseguir visualizar o mercado de trabalho. 
(E) Sem conseguir entregar-se o mercado de trabalho. 
Comentário: A alternativa (E) é a errada, pois “entregar-se” rege a 
preposição “em”. Veja a correção: 
Sem conseguir entregar-se no mercado de trabalho. 
Gabarito: E 
 
Questão 7: Prefeitura Apuiarés 2014 Cirurgião Dentista (banca Consulplan) 
Como na moral dessa narrativa, “Nos momentos graves é preciso verificar 
muito bem para quem se apela”, o verbo “apelar” permite outros empregos. 
Identifique a opção em que a regência desse verbo está equivocada. 
a) Apelou, aflitivamente, a quem passava, mas ninguém quis saber. 
b) Logo no dia seguinte, apelou da decisão do tribunal. 
c) O procurador ligou, apelando pelo caso do pai. 
d) O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina. 
Comentário: Verifiquemos algumas transitividades do verbo “apelar”: pode-
se apelar para alguém ou a alguém, como ocorreu no pedido da questão e na 
alternativa (A), respectivamente: 
“Nos momentos graves é preciso verificar muito bem para quem se apela” 
“Apelou, aflitivamente, a quem passava”. 
 Pode-se apelar de alguma coisa, como se observa em “apelou da 
decisão do tribunal”. 
 Pode-se apelar por algo, como se observa em “apelando pelo caso do 
pai”. 
 Mas não cabe apelar alguém, mas a alguém. Assim, a frase da 
alternativa (D) deve ser corrigida para: 
“O padre apelou aos crentes para se manterem fiéis à doutrina”. 
Gabarito: D 
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Questão 8: BNDES 2013 Administrador (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: Por outro lado, como a vida muda e a mudança é 
inerente à existência, impedir a mudança é impossível. Daí resulta que a 
sociedade termina por aceitar as mudanças, mas apenas aquelas que de 
algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar. 
No Texto, o verbo atender (w. 4) exige a presença de uma preposição para 
introduzir o termo regido. 
Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em: 
(A) “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas 
tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.” 
(B) “Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução.” 
(C) “Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança 
é inerente à realidade tanto material quanto espiritual,” 
(D) “Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, 
impedir a mudança é impossível.” 
(E) “Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças, ” 
Comentário: Esta é uma questão simples, porque basicamente nos leva a 
observar que o verbo “atenda”, na linha 4, é seguido da preposição “a”, a qual 
inicia o termo regido “a suas necessidades”. Bom, nós temos apenas que 
achar um verbo em negrito nas alternativas que também seja seguido da 
preposição “a”. 
 A alternativa (A) é a correta, pois “tendem” é verbo transitivo indireto e 
exigiu a preposição “a”, queinicia o termo regido “a aceitar algumas 
afirmações”. 
 As demais alternativas possuem verbos transitivos diretos e os termos 
subsequentes não são iniciados pela preposição “a”, mas pelo artigo definido 
feminino “a” (ou “as”). 
 Não se pode confundir a preposição “a” (palavra que não se flexiona) 
com o artigo definido feminino “a” (palavra que se flexiona). Para ficar mais 
fácil compreender, vou flexionar no plural os artigos que estão no singular e 
deixar em destaque os artigos que já se encontram no plural. Confirme: 
“Introduziram-se as ideias.” 
“reafirmam a indiscutível tese” ou “reafirmam as indiscutíveis teses” 
“impedir a mudança” ou “impedir as mudanças” 
“aceitar as mudanças“ 
Gabarito: A 
 
Questão 9: Pref Porto Velho-RO 2012 Administrador (banca Consulplan) 
“Quando a democracia surgiu na Grécia...” Assinale a alternativa na qual o 
verbo apresenta, na oração proposta, transitividade análoga idêntica ao da 
frase anterior. 
A) Esse argumento não procede. 
B) O professor informou ao diretor sobre sua decisão. 
C) Chamei por você. 
D) Não abdicarei de meus direitos. 
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E) Ansiava pelo dia de amanhã. 
Comentário: O verbo “surgiu” é intransitivo, pois “na Grécia” é o adjunto 
adverbial de lugar. Note que “a democracia” é o sujeito. 
 A alternativa (A) é a correta, pois “procede” também é verbo 
intransitivo. 
 Na alternativa (B), o verbo “informou”, neste contexto, é transitivo 
indireto, o termo “ao diretor” é o objeto indireto e “sobre sua decisão” é o 
adjunto adverbial de assunto. 
 Na alternativa (C), o verbo “Chamei”, neste contexto, é transitivo 
indireto, e o termo “por você” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (D), o verbo “abdicarei” é transitivo indireto, e o termo 
“de meus direitos” é o objeto indireto. 
 Na alternativa (E), o verbo “Ansiava” é transitivo indireto, e o termo 
“pelo dia de amanhã” é o objeto indireto. 
Gabarito: A 
 
Questão 10: Prefeitura C.V. 2010 Contador (banca Consulplan) 
NÃO há erro de regência verbal em: 
A) Altos salários são dados os jogadores, sem terem ficado nos bancos 
escolares. 
B) Falta de punição implica violência. 
C) Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais do que 
pessoas honestas. 
D) Todos assistem os programas de televisão que só apresentam tragédias. 
E) O povo esquece, rapidamente, dos crimes que abalam a sociedade. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “dar” é transitivo 
direto e indireto. Assim, alguém dá altos salários aos jogadores. Porém, nesta 
alternativa, a oração está na voz passiva e o agente não está explícito. 
 Por isso, o que era objeto direto na voz ativa (“Altos salários”) passa a 
ser o sujeito paciente, e o objeto indireto “aos jogadores” deve permanecer 
com a preposição “a” (Altos salários são dados aos jogadores). 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “implicar” está empregado no 
sentido de trazer como consequência. Assim, é transitivo direto e “violência” é 
o objeto direto. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “preferem” é transitivo direto 
e indireto e não admite intensificadores ou expressões comparativas. Assim, o 
correto é: 
“Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem princípios morais a pessoas 
honestas.” 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “assistem” está empregado 
no sentido de “ver”, “observar”. Assim, é transitivo indireto e exige a 
preposição “a”: Todos assistem aos programas de televisão”. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “esquece” não possui o 
pronome oblíquo átono “se”. Assim, é transitivo direto e não admite a 
preposição “de”: 
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O povo esquece, rapidamente, os crimes que abalam a sociedade. 
Gabarito: B 
 
Questão 11: Prefeitura S.L. 2010 Agente Adm (banca Consulplan) 
Assinale a afirmativa que apresenta INCORREÇÃO quanto à regência: 
A) Pedro está alheio a tudo. B) Não abdicarei dos meus direitos. 
C) O convite não lhe agradou. D) Ele tem aversão à altura. 
E) Agradeci os diretores. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “alheio” exige 
preposição “a”. Assim, “a tudo” é o complemento nominal. 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “abdicarei” é transitivo 
indireto e exige a preposição “de”. Assim, “dos meus direitos” é o objeto 
indireto. 
 A alternativa (C) está correta, pois o verbo “agradou”, no sentido de ser 
agradável, satisfazer, é transitivo indireto e exige o objeto indireto “lhe” (não 
agradou a alguém). 
 A alternativa (D) está correta, pois o substantivo “aversão” exige a 
preposição “a”. Assim, “à altura” é o complemento nominal. 
 A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “Agradeci” é transitivo indireto 
e exige a preposição “a”: “Agradeci aos diretores”. 
Gabarito: E 
 
Questão 12: BNDES 2010 Analista de Sistemas (banca Cesgranrio) 
Observe o trecho a seguir. 
“...que o sucesso de ontem não nos garante o sucesso de amanhã.” 
Das passagens transcritas abaixo, qual verbo em destaque apresenta 
transitividade igual à do verbo destacado acima? 
(A) “‘a gente leva da vida a vida que a gente leva.’” 
(B) “A visão pessoal tem o poder de dar sentido às coisas,” 
(C) “afinal para quem não sabe aonde vai qualquer caminho serve.” 
(D) “Outras ganham fôlego no início, mas acabam desistindo.” 
(E) “Mas é assim que a vida segue.” 
Comentário: O verbo “garante” é transitivo direto e indireto, pois o termo “o 
sucesso de amanhã” é o objeto direto e “nos” é o objeto indireto. Assim, 
devemos achar nas alternativas a mesma transitividade verbal. 
 A alternativa (A) apresenta o verbo transitivo direto “leva”, o sujeito “a 
gente”, e o objeto direto é o pronome relativo “que”, o qual retoma o termo “a 
vida”. Assim, entendemos que a gente leva a vida. 
 A alternativa (B) é a correta, pois apresenta o verbo transitivo direto e 
indireto “dar”, o objeto direto “sentido” e o objeto indireto “às coisas”. 
 A alternativa (C) apresenta o verbo intransitivo “vai” e o adjunto 
adverbial de lugar “aonde”. 
 A alternativa (D) apresenta o verbo transitivo direto “ganham”, o objeto 
direto “fôlego” e o adjunto adverbial de tempo “no início”. 
 A alternativa (E) apresenta o verbo intransitivo “segue” e “a vida” é o 
sujeito. 
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Gabarito: B 
 
Questão 13: BNDES 2011 Engenheiro (banca Cesgranrio) 
A frase em que o uso da preposição destacada NÃO constitui caso de regência 
verbal ou nominal é: 
(A) “Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa,” 
(B) “temos que nos conscientizar de que estamos juntos...” 
(C) “dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.” 
(D) “...que, para ser feliz com a outra pessoa,” 
(E) “Você aprende a gostar de você,” 
Comentário: O uso de preposição no caso de regência verbal ocorre quando 
os verbos transitivos exigem seus complementos e os intransitivos exigem 
preposição que precede o adjunto adverbial preso, conforme vimos na aula de 
sintaxe da oração. O uso da preposição em caso de regência nominal ocorre 
quando o nome exige o complemento nominal. 
 A alternativa (A) apresenta regência verbal, pois o verbo transitivo 
direto e indireto “depositamos” exige o objeto direto “muita confiança” e o 
objeto indireto “em uma pessoa”. 
 A alternativa (B) apresenta regência verbal, pois o verbo transitivo 
direto e indireto “conscientizar” exige o objeto direto “nos” e a oração 
subordinada substantiva objetiva indireta “de que estamos juntos”. 
 A alternativa (C) apresenta regência nominal, pois o adjetivo “dispostas” 
exige a oração subordinadasubstantiva completiva nominal “a dividir 
objetivos comuns, alegrias e vida” 
 A alternativa (D) não apresenta regência verbal, pois o termo “com a 
outra pessoa” é o adjunto adverbial solto (ver aula de sintaxe da oração), o 
qual tem valor de modo. Note, portanto, que este termo não é exigido pelo 
verbo. 
 A alternativa (E) apresenta a regência verbal, pois o verbo transitivo 
indireto “gostar” exige o objeto indireto “de você”. 
Gabarito: D 
 
Questão 14: Banco do Brasil 2012 Escriturário (banca Cesgranrio) 
A frase em que a presença ou ausência da preposição está de acordo com a 
norma-padrão é: 
(A) A certeza que a sorte chegará para mim é grande. 
(B) Preciso de que me arranjem um emprego. 
(C) Convidei à Maria para vir ao escritório. 
(D) A necessidade que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo. 
(E) Às dez horas em ponto, estarei à sua casa 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o substantivo “certeza” rege 
a preposição “de”, a qual deve iniciar a oração subordinada substantiva 
completiva nominal “de que a sorte chegará para mim”. Veja a correção: 
A certeza de que a sorte chegará para mim é grande. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “Preciso” é transitivo indireto 
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e rege a preposição “de”. Assim, a oração “de que me arranjem um emprego” 
é subordinada substantiva objetiva indireta e está corretamente precedida da 
preposição “de”. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Convidei” é transitivo direto 
e não admite a preposição “a”. Assim, devemos retirar o sinal indicativo de 
crase. Note que a oração posterior transmite valor adverbial de finalidade. 
Veja a correção: 
Convidei a Maria para vir ao escritório. 
 A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “necessidade” rege a 
preposição “de”, a qual deve iniciar a oração subordinada substantiva 
completiva nominal “de que ele viesse me ajudar”. Veja a correção: 
A necessidade de que ele viesse me ajudar me fez chamá-lo. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “estar” é intransitivo e rege a 
preposição “em”, e não “a”. Assim, o correto é: 
Às dez horas em ponto, estarei em sua casa. 
Gabarito: B 
 
Questão 15: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan) 
Assinale a alternativa INCORRETA quanto à regência: 
A) Ela estava descontente com a reciclagem do lixo. 
B) O político não se simpatizou com as inovações tecnológicas. 
C) Estamos habituados a resolver os problemas. 
D) É um direito que lhe assiste. 
E) Chamei a Paulo de tolo. 
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois o adjetivo “descontente” 
exige a preposição “com”. Assim, “com a reciclagem” é o complemento 
nominal. 
 A alternativa (B) é a errada, pois o verbo “simpatizou” é transitivo 
indireto, exige a preposição “com”, mas não admite a presença do pronome 
pessoal oblíquo “se”. Corrigindo... 
O político não simpatizou com as inovações tecnológicas. 
 A alternativa (C) está correta, pois “habituados” exige a preposição “a” e 
“resolver” não exige. 
 A alternativa (D) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de 
caber, competir, é transitivo indireto, em que a coisa é o sujeito, e a pessoa e 
o objeto indireto. Assim, o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o 
substantivo “direito” e o objeto indireto é “lhe”. 
 A alternativa (E) está correta, pois o verbo “chamar”, no sentido de 
denominar, pode ser transitivo direto ou indireto, seguido de predicativo do 
objeto. Veja as possibilidades: Chamei a Paulo de tolo. 
 Chamei a Paulo tolo. 
 Chamei Paulo de tolo. 
 Chamei Paulo tolo. 
Gabarito: B 
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Regência com pronomes relativos 
 
Como visto na aula de sintaxe do período composto por subordinação 
adjetiva, o pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas 
adjetivas e pode ser antecedido de preposição. Isso depende do verbo da 
oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é 
importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados. 
 
que: retoma coisa ou pessoa 
o/a qual: retoma coisa ou pessoa 
quem: retoma pessoa 
cujo: relação de posse 
onde: retoma lugar 
quando: retoma tempo 
Pronomes relativos e suas funções sintáticas: 
Sujeito: 
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros. 
 oração subordinada adjetiva 
 oração principal 
Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos 
termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo, 
falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se 
“homem”, então se pode ter a seguinte estrutura: 
O homem é um ser social. 
Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações, 
dependendo da palavra que foi retomada, teremos: 
O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros. 
Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas 
possibilidades de substituição: 
Objeto direto: 
Esta é a casa que amamos. 
 a qual amamos. 
 OD VTD 
Objeto indireto: 
Esta é a casa de que gostamos. 
(de + a qual) 
 da qual gostamos. 
 OI VTI 
 
Objeto indireto: 
Esta é a casa a que nos referimos. 
(a + a qual) 
 à qual nos referimos. 
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 OI VTI 
 
Complemento nominal: 
Esta é a casa a que fizemos referência. 
(a + a qual) 
 à qual fizemos referência. 
 CN VTD + OD 
 
Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser 
preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais, 
normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode 
também ser substituído pelo pronome relativo “onde”. 
A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite 
processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se 
transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para 
algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de 
algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser 
regido pela preposição “por” (passar por algum lugar). 
Veja: 
Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”): 
Esta é a casa onde moramos. 
em que moramos. 
 (em + a qual) 
na qual moramos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”): 
Esta é a casa aonde chegamos. 
 a que chegamos. 
 (a + a qual) 
 à qual chegamos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
 
Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”): 
Esta é a casa para onde vamos. 
 --------------- 
 (para + a qual) 
 para a qual vamos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com 
duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações. 
Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”, 
“conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc. 
Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”): 
Esta é a casa de onde viemos. (ou donde) 
 de que viemos 
 (de + a qual) 
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 da qual viemos. 
 Adj Adv. lugar VI 
Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que” 
também está correta. 
 
Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição 
“por”): 
Esta é a casa por onde passamos. 
 por que passamos 
 (por + a qual) 
 pela qual passamos. 
 Adj Adv. lugar VI 
 
Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como 
adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como: 
Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado) 
 
Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”, 
com valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em 
que” ou “na qual”. 
Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto. 
Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto. 
Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto. 
 
 O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica 
bem peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma: 
 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
 
 
 
 
 
substantivo ___ cujo substantivo 
de 
1. Posiciona-se entre substantivos, 
fazendo subentender a preposição “de” 
(valor de posse). 
 
de 
2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” + 
substantivo anterior. 
sujeito, OD, OI, CN, adj adv 
de 
3. O pronome “cujo” + o substantivo 
posterior formam um termo da oração. Se 
forem objeto indireto, complemento 
nominal ou adjunto adverbial, serão 
preposicionados. 
 
núcleo 
4. O substantivo posterior é o núcleo do 
termo, e o pronome relativo “cujo” é o 
adjunto adnominal, por isso se flexiona de 
acordo com o núcleo. 
sujeito, OD, OI, CN, adj adv 
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Veja a aplicação disso: 
 
 
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso. 
 
O artista do filme foi premiado. 
 sujeito 
 
 
 
O filme cuja sinopse li não fez sucesso. 
 
Li a sinopse do filme. 
 objeto direto 
 
 
 
O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso. 
 
Não gostei da sinopse do filme. 
 objeto indireto 
 
 
 
O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso. 
 
Fiz alusão à sinopse do filme. 
 complemento nominal 
 
 
Estive ontem na praça em cujo centro foi montado um grande circo. 
de 
adjunto adverbial de lugar 
objeto direto 
de 
sujeito 
de 
objeto indireto 
de 
complemento nominal 
de 
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Um grande circo foi montado no centro da praça. 
 adjunto adverbial de lugar 
 
Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome 
relativo “cujo” e suas variações. É vício de linguagem construções do tipo: 
“A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado) 
“A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo) 
 
“A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a 
greve.” (errado) 
“A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” 
(certo) 
Antes de passarmos para as questões de prova, é importante observarmos a 
diferença entre a regência da oração subordinada substantiva e da oração 
subordinada adjetiva. Assim, vamos à regência nas orações adjetivas. 
Verifique se as frases estão corretas. 
a) As pessoas a quais sempre obedeci são extremamente falsas. 
b) A mala cujo a chave perdi está no guarda-volumes. 
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo. 
d) A empresa cujos os funcionários conversei ontem deflagrarão a greve. 
e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve. 
f) Os funcionários da empresa com o qual conversei ontem deflagrarão a greve. 
g) Vivemos uma época muito difícil, onde a violência impera. 
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba. 
i) A casa em que cheguei era magnífica. 
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo. 
k) A vendedora que discuti foi muito mal-educada. 
l) Os relatórios do caso que aspiro desapareceu da pasta. 
m) Renato encontrou as irmãs de quem confiamos. 
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foram vencedores. 
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu. 
p) A causa pela qual luto é nobilíssima. 
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina. 
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos. 
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança. 
t) O bairro aonde moro não proporciona segurança. 
 
 
Observou? Agora veja as frases já corrigidas. 
a) As pessoas às quais sempre obedeci são extremamente falsas. 
b) A mala cuja chave perdi está no guarda-volumes. 
c) O caso o qual estamos estudando ocorreu em São Paulo. 
d) A empresa com cujos funcionários conversei ontem deflagrará a greve. 
de 
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e) Os funcionários da empresa de quem se falou ontem deflagrarão a greve. 
f) Os funcionários da empresa com os quais conversei ontem deflagrarão a 
greve. 
g) Vivemos uma época muito difícil, em que a violência impera. 
h) A cidade onde nasci fica no Vale do Paraíba. 
i) A casa a que cheguei era magnífica. 
j) O jogo ao qual assisti foi disputadíssimo. 
k) A vendedora com quem discuti foi muito mal-educada. 
l) Os relatórios do caso a que aspiro desapareceram da pasta. 
m) Renato encontrou as irmãs em quem confiamos. 
n) A pessoa a quem eles dedicaram a vitória também foi vencedora. 
o) A empresa perante cujo gerente testemunhei faliu. 
p) A causa pela qual luto é nobilíssima. 
q) O poeta sobre cujos livros conversamos ontem está em Londrina. 
r) Os livros a cujas páginas me referi esclarecem complexos tópicos. 
s) O bairro por onde caminhei não proporciona segurança. 
t) O bairro onde moro não proporciona segurança. 
 
Bom, agora vamos comparar as orações substantivas com as adjetivas. 
Verifique que, quando há preposição antecedendo oração adjetiva, é um verbo 
ou um nome posterior que a exige. Quando há preposição antes da oração 
substantiva, é o verbo ou nome anterior que a exige. 
Sublinhe a oração subordinada e diga se é substantiva ou adjetiva. 
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir. 
b) É importante que você busque seus objetivos. 
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda. 
d) Convém que ele venha. 
e) A mim convém aquilo de que gostas. 
f) Consideraram que o trabalho foi ruim. 
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota. 
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos. 
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos. 
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem. 
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos. 
l) A verdade é que precisamos muito de estudo. 
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política. 
 
 
 
 
Agora veja as respostas. 
a) Importante é aquilo de que não se pode fugir. 
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) 
b) É importante que você busque seus objetivos. 
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(oração subordinada substantiva subjetiva) 
c) Urge que o Brasil distribua melhor a renda. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
d) Convém que ele venha. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
e) A mim convém aquilo de que gostas.(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) 
f) Consideraram que o trabalho foi ruim. 
(oração subordinada substantiva objetiva direta) 
g) Consideraram o trabalho que teve maior nota. 
(oração subordinada adjetiva – “que” é sujeito) 
h) Eles necessitaram de que nós os ajudássemos. 
(oração subordinada substantiva objetiva indireta) 
i) Eles necessitaram da ajuda à qual nos referimos. 
(oração subordinada adjetiva – “à qual” é objeto indireto) 
j) Eles tiveram necessidade de que os ajudassem. 
(oração subordinada substantiva completiva nominal) 
k) Eles tiveram necessidades as quais nunca tivemos. 
(oração subordinada adjetiva – “as quais” é objeto direto) 
l) A verdade é que precisamos muito de estudo. 
(oração subordinada substantiva predicativa) 
m) Verdade é aquilo de que o Brasil sempre necessitou na política. 
(oração subordinada adjetiva – “de que” é objeto indireto) 
Partamos, agora, para as questões! 
Questão 16: IPSMI 2016 – Procurador (banca VUNESP) 
A substituição do trecho destacado por aquele colocado entre parênteses está 
de acordo com a norma-padrão de regência verbal em: 
a) … e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. (a que achar 
conveniente) 
b) … superexposição [...] ao julgamento da comunidade de que escolhemos 
participar. (com a qual escolhemos conviver) 
c) … terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser… (intrometer-se 
aonde desejar) 
d) McLuhan já alertava que a aldeia global… (prenunciava de que) 
e) O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais… (ao 
qual atravessa) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, com a substituição, o verbo 
“achar” é transitivo direto, o pronome relativo “que” é o objeto direto, por isso 
não deve ser precedido de preposição. Veja a correção: 
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… e fazer o uso que quiser das informações que conseguir. 
… e fazer o uso que achar conveniente das informações que conseguir. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o verbo “conviver” é transitivo indireto 
e rege a preposição “com”. Assim, a expressão “com a qual” é o objeto 
indireto. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “intrometer-se” rege a 
preposição “em”, e não a preposição “a”. Veja a correção: 
… terá a chance de meter o bedelho onde bem quiser… 
… terá a chance de intrometer-se onde desejar … 
 A alternativa (D) está errada, pois o verbo “prenunciava” é transitivo 
direto e não rege a preposição “a”. Veja a correção: 
McLuhan já alertava que a aldeia global… 
McLuhan já prenunciava que a aldeia global… 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “atravessa” é transitivo direto 
e não cabe a preposição “a”. Veja a correção: 
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes sociais… 
O fluxo de informação o qual atravessa as artérias das redes sociais… 
Gabarito: B 
 
Questão 17: CRO SP 2015 – Assistente Administrativo (banca VUNESP) 
A frase do penúltimo quadrinho, em nova versão, apresenta regência correta, 
de acordo com a norma-padrão, em 
a) Afinal, estou convencido que uma noite escura sobrepõe-se a um dia de 
sol. 
b) Afinal, estou convicto de que uma noite escura antecede um dia de sol. 
c) Afinal, estou consciente de que um dia de sol antecipa-se uma noite 
escura. 
d) Afinal, estou ciente que um dia de sol precede a uma noite escura. 
e) Afinal, estou certo de que um dia de sol segue-se uma noite escura. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o adjetivo “convencido” rege 
a preposição “de”. Assim, a oração “de que uma noite escura sobrepõe-se a 
um dia de sol” é subordinada substantiva completiva nominal. Veja a 
correção: 
Afinal, estou convencido de que uma noite escura sobrepõe-se a um dia de 
sol. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o adjetivo “convicto” rege a 
preposição “de”. Assim, a oração “de que uma noite escura antecede um dia 
de sol” é subordinada substantiva completiva nominal. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “antecipa-se” rege a 
preposição “a”. Veja a correção: 
Afinal, estou consciente de que um dia de sol antecipa-se a uma noite escura. 
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 A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “ciente” rege a preposição 
“de”. Assim, a oração “de que um dia de sol precede a uma noite escura” é 
subordinada substantiva completiva nominal. Além disso, o verbo “precede” é 
transitivo direto e não cabe a preposição “a”. Veja a correção: 
Afinal, estou ciente de que um dia de sol precede uma noite escura. 
 A alternativa (E) está errada, pois o verbo “segue-se” rege a preposição 
“a”. Veja a correção: 
Afinal, estou certo de que a um dia de sol segue-se uma noite escura. 
Gabarito: B 
 
Questão 18: C Municipal Caruaru-PE 2015 Analista Legislativo (banca FGV) 
 
Nesse mesmo período, assinale a opção que indica o erro que contraria a 
norma culta da Língua Portuguesa. 
a) a ausência de um verbo de ligação no termo “Se eleito”. 
b) o emprego de uma forma simples de futuro – transformarei – em lugar de 
uma perífrase, de caráter mais coloquial: “vou transformar”. 
c) o uso inadequado do verbo “transformar”, numa frase em que o sentido 
exigiria outro verbo. 
d) a ausência da preposição “em” antes do pronome relativo “que”, exigida 
pelo verbo “trafegar”. 
e) a má utilização da expressão “terá orgulho” em relação aos automóveis, 
quando deveria ligar-se aos motoristas. 
Comentário: Na alternativa (A), não há erro, pois a ausência do verbo de 
ligação não implica erro gramatical. Na realidade, tal verbo está subentendido. 
Assim, preserva-se a norma culta. 
 Na alternativa (B), não há erro, pois o verbo “transformarei” e a locução 
verbal “vou transformar” têm o mesmo sentido e ambos estão de acordo com 
a norma culta. 
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 Na alternativa (C), não há erro, pois o sentido do verbo “transformar” 
está coerente com o contexto. 
 A alternativa (D) é a que deve ser marcada, pois o verbo “trafegar” é 
intransitivo e o adjunto adverbial de lugar “que” deve ser precedido da 
preposição “em” (trafegar no sistema viário). Assim, a forma correta é a 
seguinte: 
... num sistema viário em que todo automóvel terá orgulho de trafegar! 
 Na alternativa (E), não há erro, pois a expressão “terá orgulho” se 
refere, numa linguagem figurada, às pessoas que dirigem o automóvel. Assim, 
não há erro gramatical. 
Gabarito: D 
 
Questão 19: TJ SC 2015 – Assistente Social (banca FGV) 
A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e 
verbal) recomendada pela norma culta é: 
(A) O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o 
transporte ferroviário”, com o que discordava a grande maioria. 
(B) Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países 
de fala hispânica, do qual não pediu para integrar, a situação dos demais 
era tranquila. 
(C) Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem 
cuidadosamente aonde trabalhar, dando prioridade à locais de mais fácil 
acesso. 
(D) Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado 
por outro morador inconsciente com a limpeza do local. 
(E) O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao 
descanso, o amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade. 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “discordava” rege a 
preposição “de”. Note que o pronome demonstrativo “o” precede o pronome 
relativo “que” e retoma toda a informação anterior. Sintaticamente, ele é o 
aposto recapitulativo,sobre o qual comentamos em nossa aula de sintaxe da 
oração. Veja a correção: 
O deputado insistia em dizer que o tema principal do projeto seria “o 
transporte ferroviário”, do que discordava a grande maioria. 
 A alternativa (B) está errada, pois o verbo “integrar” é transitivo direto e 
seu objeto direto não é precedido da preposição “de”. Veja a correção: 
Enquanto a Espanha participava de uma discussão no grupo dos países de fala 
hispânica, o qual não pediu para integrar, a situação dos demais era 
tranquila. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “escolhem” não rege a 
preposição “a”. Assim, devemos excluir tal preposição de “aonde”. Além disso, 
o verbo “dando” rege a preposição “a”, mas o substantivo masculino plural 
“locais” não admite o artigo “a”, por isso não pode haver crase. 
Em busca de rápido enriquecimento, os médicos escolhem cuidadosamente 
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onde trabalhar, dando prioridade a locais de mais fácil acesso. 
 A alternativa (D) está errada, pois o adjetivo “inconsciente” rege a 
preposição “de”. Veja a correção: 
Um grupo da comunidade vizinha encontrou um carro de bebê deixado por 
outro morador inconsciente da limpeza do local. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “preferir” é transitivo direto e 
indireto. Há uma sequência de objetos direto e indireto, respectivamente. Mas 
preste atenção, pois o autor, por estilo, preferiu trocar a ordem dos últimos 
complementos verbais. Assim, “à aventura” é o objeto indireto e “a 
tranquilidade” é o objeto direto. (preferir a tranquilidade à aventura). É claro 
que a vírgula entre os dois termos seria uma incorreção gramatical, porém tal 
vírgula não foi alvo da questão, além de ela poder ser entendida como 
omissão do verbo “preferir”, tendo em vista a ênfase na troca dos termos. 
O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o 
amor ao interesse e à aventura, a tranquilidade. 
O regulamento possibilita conseguir-se um dia preferir o lazer ao descanso, o 
amor ao interesse e à aventura (preferir) a tranquilidade. 
Gabarito: E 
 
Questão 20: Pref Osasco 2014– Analista (banca FGV) 
No texto, entre os elementos coesivos sublinhados, podem ser substituídos 
por “quando” os conectores destacados em: 
(A) “(...) saudade dos tempos em que o Brasil sediou (...)”; 
(B) “(...) atual padrão Fifa em que poucos têm acesso aos jogos”; 
(C) “(...) com conforto incomparável ao que se via no passado”; 
(D) “(...) matriculados no que hoje chamamos de ensinos (...)”; 
(E) “(...) de meados do século passado com a de agora (...). 
Comentário: Neste contexto, basta perceber que o pronome relativo 
“quando” só pode retomar tempo. Assim, a alternativa (A) é a correta. Como 
vimos na parte teórica, podemos substituir “quando” por “em que” e por “nos 
quais”. 
 Note que a alternativa (E) também possui uma expressão temporal 
(“meados do século passado”), porém não há pronome relativo que o retoma. 
Há apenas a preposição “com”. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
Questão 21: ALMA 2013 – Consultor Legislativo - nível superior (banca FGV) 
Assinale a alternativa em que a preposição sublinhada é fruto da ligação com 
um termo posterior (e não anterior). 
(A) “O máximo de punição a que está sujeito é submeterǦse...”. 
(B) “Identificado por câmeras do sistema de segurança...”. 
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(C) “...que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato...”. 
(D) “...levado a um centro de recolhimento...”. 
(E) “...aplicação de medidas ‘socioeducativas’”. 
Comentário: A regência fruto da ligação com um termo posterior ocorre nas 
orações subordinadas adjetivas, pois a preposição se apresenta motivada pela 
regência do nome ou do verbo que se encontra após o pronome relativo. 
 A alternativa (A) é a correta, pois, na oração subordinada adjetiva 
“a que está sujeito”, a preposição “a” é exigida pelo adjetivo “sujeito”, termo 
posterior. 
 Na alternativa (B), a preposição “por” é exigida pelo particípio 
“Identificado”, termo anterior. 
 Na alternativa (C), a preposição “do” é exigida pelo substantivo 
“autoria”, termo anterior. 
 Na alternativa (D), a preposição “a” é exigida pelo particípio “levado”, 
termo anterior. 
 Na alternativa (E), a preposição “de” é exigida pelo substantivo 
“aplicação”, termo anterior. 
Gabarito: A 
 
Questão 22: INEA 2013 – Administrador (banca FGV) 
No segmento “Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o 
durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas 
também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos”, há um erro 
de construção, por omissão da preposição EM antes de “o que avançamos 
bem” (no que avançamos bem). 
Assinale a alternativa que apresenta um erro no emprego da preposição antes 
de pronome relativo. 
(A) Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano. 
(B) As verbas de que foram reparadas as pontes são federais. 
(C) Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos. 
(D) Os perigos com que se depararam são variados. 
(E) As soluções por que lutaram demoraram a chegar. 
Comentário: A própria questão aponta o erro na frase, pois se entende que 
alguém avança bem em alguma coisa, por isso deveria haver a preposição 
“em” antes do pronome relativo “que”. Veja como é o correto: 
...no que avançamos bem... 
 A alternativa (A) está correta, pois “nos referimos” é um verbo 
pronominal, que exige a preposição “a”. Confirme: 
Os desastres a que nos referimos ocorreram há um ano. 
 A alternativa (B) é a errada, pois a locução verbal “foram reparadas” 
não admite a preposição “de”, neste contexto, mas “com”. Confirme: 
As verbas com que foram reparadas as pontes são federais. 
 A alternativa (C) está correta, pois se entende que alguém se ocupa de 
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alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “de”. Confirme: 
Os problemas de que se ocuparam dizem respeito aos reparos. 
 A alternativa (D) está correta, pois se entende que alguém se depara 
com alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “com”. Confirme: 
Os perigos com que se depararam são variados. 
 A alternativa (E) está correta, pois se entende que alguém luta por 
alguma coisa. Assim, o verbo exige a preposição “por”. Confirme: 
As soluções por que lutaram demoraram a chegar. 
Gabarito: B 
 
Questão 23: SUDENE 2013 – Agente Administrativo (banca FGV) 
“A crise que o país atravessa...”. Nesse segmento temos uma oração adjetiva 
não precedida de preposição porque o verbo “atravessar” não a exige. 
Assinale a alternativa em que a frase apresenta erro quanto à regência. 
(A) A crise a que o país assiste é muito grave. 
(B) Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público. 
(C) Os problemas com que nos deparamos são os de sempre. 
(D) Os argumentos a que nos opomos são falsos. 
(E) As soluções com que sugerimos não foram aceitas. 
Comentário: A questão apresenta somente períodos com orações adjetivas, 
para que possamos trabalhar a regência. Na frase do pedido da questão, 
entendemos que o país atravessa uma crise. Assim, o verbo é transitivo 
direto, o termo “o país” é o sujeito e o pronome relativo “que” é o objeto 
direto, por isso não é precedido de preposição. Veja: 
“A crise que o país atravessa...” 
 OD + sujeito + VTD 
 A alternativa (A) está correta, pois o verbo “assiste”, no sentido de ver, 
observar, é transitivo indireto e exige a preposição “a”, o termo “o país” é o 
sujeito e “a que” é o objeto indireto. Veja: 
“A crise a que o país assiste émuito grave...” 
 OI + sujeito + VTI 
 A alternativa (B) está correta, pois o verbo “necessita” é transitivo 
indireto e exige a preposição “de”, o termo “o Brasil” é o sujeito e “de que” é 
o objeto indireto. Veja: 
“Os remédios de que o Brasil necessita são de conhecimento público.” 
 OI + sujeito + VTI 
 A alternativa (C) está correta, pois o verbo pronominal “nos deparamos” 
é transitivo indireto e exige a preposição “com”, há sujeito oculto (“nós”) e 
“com que” é o objeto indireto. Veja: 
“Os problemas com que nos deparamos são os de sempre.” 
 OI VTI 
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 A alternativa (D) está correta, pois o verbo pronominal “nos opomos” é 
transitivo indireto e exige a preposição “a”, há sujeito oculto (“nós”) e “a que” 
é o objeto indireto. Veja: 
“Os argumentos a que nos opomos são falsos.” 
 OI + VTI 
 A alternativa (E) é a errada, pois o verbo “sugerimos” é transitivo direto, 
por isso não exige preposição. Há sujeito oculto (“nós”) e o pronome relativo 
“que” é o objeto direto. Assim, devemos eliminar a preposição “com”. Veja: 
“As soluções que sugerimos não foram aceitas.” 
 OD + VTD 
Gabarito: E 
 
Questão 24: CBTU 2014 Administrador (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Todo escritor é útil ou nocivo, um dos dois. É nocivo se 
escreve coisas inúteis, se deforma ou falsifica (mesmo inconscientemente) 
para obter um efeito ou um escândalo; se se conforma sem convicção a 
opiniões nas quais não acredita. 
Com base no trecho “[...] se conforma sem convicção a opiniões nas quais 
não acredita.”, é correto afirmar que 
A) o elemento “a” pode ser substituído por “com”. 
B) a expressão “nas quais” pode ser substituída por “às quais”. 
C) ao eliminar a expressão “sem convicção”, a regência verbal sofre 
alteração. 
D) é obrigatória a substituição de “a” por “às”; já que, neste caso, ocorre 
obrigatoriedade da crase. 
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois quem se conforma 
normalmente se conforma com algo. Vale notar que o autor utilizou a 
preposição “a” (conforma-se a algo). Esta alternativa apenas pediu que 
utilizássemos a preposição “com”, a qual é a mais utilizada. Isso está correto. 
Compare: 
...se se conforma sem convicção a opiniões nas quais não acredita. 
...se se conforma sem convicção com opiniões nas quais não acredita. 
 A alternativa (B) está errada, pois a expressão pronominal relativa “nas 
quais” pode ser substituída por “em que”. Não podemos substituir a 
preposição “em”, regida pelo verbo “acredita” (acredita em alguma coisa), 
pela preposição “a”. Assim, não cabe a regência acredita a alguma coisa, 
concorda?! 
 A alternativa (C) está errada, porque a expressão “sem convicção” é 
apenas um adjunto adverbial, o qual não é exigido pelo verbo e não faz 
diferença na regência do verbo. 
 A alternativa (D) está errada, pois o substantivo “opiniões” está sendo 
tomado de valor geral, por isso está sem artigo “as”. Pode haver a 
substituição da preposição “a” pela forma “às”, neste caso o artigo “as” 
determina e especifica o substantivo “opiniões”. O erro na alternativa é 
afirmar que a palavra “às” é obrigatória. 
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Gabarito: A 
 
Questão 25: Prefeitura Cascavel 2014 Agente de Apoio (banca Consulplan) 
Indique a alternativa que apresenta uma paráfrase adequada quanto à 
correção, de acordo com a norma padrão, e a preservação do sentido para o 
trecho “Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação a que 
têm acesso [...]”. 
A) Os jovens são fascinados às pequenas doses de informação a que têm 
acesso [...]. 
B) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação que têm 
acesso [...]. 
C) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às que têm 
acesso [...]. 
D) Os jovens são fascinados pelas pequenas doses de informação às quais 
têm acesso [...]. 
E) Os jovens são fascinados diante de pequenas doses de informação a qual 
têm acesso [...]. 
Comentário: Alguém é fascinado por algo, e não a algo ou diante de algo. 
Assim, as alternativas (A) e (E) estão erradas. 
 Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que” 
deve ser precedido da preposição “a” e a alternativa (B) está errada. 
 Alguém tem acesso a alguma coisa, por isso o pronome relativo “que” 
deve ser precedido da preposição “a”, e não do vocábulo “às”. Assim, 
alternativa (C) está errada. 
 A alternativa (D) é a correta, pois houve apenas a substituição do 
pronome relativo “que” por “as quais”. Como há a preposição “a”, cabe a 
crase em “às quais”. Note que as demais palavras se mantiveram as 
mesmas. 
Gabarito: D 
 
Questão 26: FINEP 2011 Analista (banca Cesgranrio) 
Cada período abaixo é composto pela união de duas orações. 
Em qual deles essa união está de acordo com a norma padrão? 
(A) A exposição que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um 
mês. 
(B) Mora em Recife o pesquisador que os postais estão sendo expostos. 
(C) Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. 
(D) Foi impressionante o sucesso cuja exposição de cartões-postais alcançou. 
(E) O assunto que o pesquisador se interessou traz uma marca de 
romantismo. 
Comentário: Esta questão basicamente trabalha o emprego do pronome 
relativo e a regência. Então, devemos localizar os verbos de cada oração, 
delimitar as orações (como principal e subordinada adjetiva) e verificar a 
regência. 
 A alternativa (A) está errada, porque o verbo pronominal “se referiu” é 
transitivo indireto e rege a preposição “a” (alguém se referiu a algo). Assim, a 
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expressão “a que” é o objeto indireto. Veja a correção: 
A exposição a que o pesquisador se referiu foi prorrogada por mais um mês. 
 A alternativa (B) está errada, porque há uma relação de posse entre 
“pesquisador” e “postais” (postais do pesquisador). Lembre-se de que, 
quando usamos o pronome relativo “cujos”, a preposição “de” fica 
subentendida. Assim, não cabe o pronome relativo “que”, mas “cujos”. Veja 
abaixo que a expressão “cujos postais” é o sujeito: 
Mora em Recife o pesquisador cujos postais estão sendo expostos. 
 A alternativa (C) é a correta, pois “os postais” é o sujeito, “eram 
elaborados” é uma locução verbal da voz passiva e o termo “em que” é o 
adjunto adverbial de lugar. Observe: 
Os estúdios em que eram elaborados os postais ficavam na Europa. 
 A alternativa (D) está errada, porque não há uma relação de posse 
entre “sucesso” e “exposição”. Não entendemos aí a expressão “exposição do 
sucesso”, concorda? Assim, devemos trocar o pronome relativo “cuja” por 
“que”. Este pronome relativo está na função de objeto direto, o qual retoma o 
substantivo “sucesso”, o verbo “alcançou” é transitivo direto e o termo “a 
exposição de cartões-postais” é o sujeito (a exposição de cartões-postais 
alcançou o sucesso). Veja a correção: 
Foi impressionante o sucesso que a exposição de cartões-postais alcançou. 
 A alternativa (E) está errada, porque o verbo pronominal “se interessou” 
é transitivo indireto e rege a preposição “por” (alguém se interessou por 
algo). Assim, a expressão “por que” é o objeto indireto. Veja a correção: 
O assunto por que o pesquisador se interessou traz uma marca de 
romantismo. 
ou 
O assunto pelo qual o pesquisador se interessou traz uma marca de 
romantismo. 
Gabarito: C 
 
Questão 27: FINEP 2011 Técnico (banca Cesgranrio) 
Dentre os períodos compostos abaixo,qual foi elaborado de acordo com a 
norma-padrão da língua? 
(A) Entrei e saí do escritório hoje correndo. 
(B) O relatório que te falei está em cima da mesa. 
(C) Esse é o colega que dei meu endereço novo. 
(D) O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim. 
(E) A ilha que eu mudei minha residência oficial é grande. 
Comentário: A alternativa (A) explora o que já foi comentado no início da 
aula sobre o mesmo termo regido com verbos de regências diferentes. Note 
que o verbo “Entrei” rege a preposição “em” (Entrei onde? Entrei em algum 
lugar). Já o verbo “saí” rege a reposição “de” (Saí de onde? Saí de algum 
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lugar). Assim, cada verbo deverá ter seu respectivo adjunto adverbial, pois 
eles são iniciados por preposição diferente. Veja: 
Entrei no escritório e saí de lá hoje correndo. 
 A alternativa (B) está errada, porque o verbo “falei”, neste contexto, é 
transitivo indireto, o pronome “te” é o objeto indireto (falei a ti, falei a 
alguém). Note que não entendemos que alguém falou o relatório a alguém, 
mas falou sobre o relatório a alguém, falou do relatório a alguém. Assim, as 
expressões “sobre o relatório” ou “do relatório” são adjuntos adverbiais de 
assunto. Veja esse valor do adjunto adverbial na nossa aula de sintaxe da 
oração. Dessa forma, devemos inserir a preposição “sobre” ou “de” diante do 
pronome relativo. Veja a correção: 
O relatório sobre o qual te falei está em cima da mesa. 
O relatório de que te falei está em cima da mesa. 
 A alternativa (C) está errada, pois o verbo “dei” é transitivo direto e 
indireto, o termo “meu endereço novo” é o objeto direto e o pronome relativo 
“que” deve ser precedido da preposição “a”, formando o objeto indireto. O 
ideal é o uso do pronome relativo “quem”, haja vista a retomada de uma 
pessoa. Veja as duas possibilidades: 
Esse é o colega a que dei meu endereço novo. 
Esse é o colega a quem dei meu endereço novo. 
 A alternativa (D) é a correta, pois se entende que alguém aprendeu a 
usar a máquina por meio do manual. Assim, “por que” é o adjunto adverbial 
de meio. Para ficar mais fácil compreender, basta trocarmos “que” por “o 
qual”. Veja: 
O manual por que aprendeu a usar a máquina é ruim. 
O manual pelo qual aprendeu a usar a máquina é ruim. 
 A alternativa (E) está errada, pois se entende que alguém mudou sua 
residência oficial para algum lugar. Assim, o pronome relativo deve receber a 
preposição “para”, o que força o uso do pronome relativo “a qual” ou “onde”, 
pois vimos que o pronome relativo “que” não admite ser precedido de 
preposição de duas ou mais sílabas. Veja a correção: 
A ilha para a qual eu mudei minha residência oficial é grande. 
A ilha para onde eu mudei minha residência oficial é grande. 
Gabarito: D 
 
Questão 28: BNDES 2010 Técnico (banca Cesgranrio) 
Em relação à regência nominal ou verbal, qual a frase em que NÃO se 
emprega o pronome relativo precedido de preposição? 
(A) O físico ______ frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua 
nova forma de pensar. 
(B) A conferência ______ assistimos marcou o início de uma nova etapa em 
nossa vida. 
(C) Era impossível aceitar as provocações ______ foram submetidos durante 
o discurso. 
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(D) As provações ________ estamos expostos são importantes para 
descobrirmos novas oportunidades. 
(E) Os obstáculos _______ transpusemos ao longo da vida profissional nos 
ajudaram a atingirmos o sucesso. 
Comentário: Lembre-se de que é importante grifar a oração subordinada 
adjetiva, depois verificar o verbo, descobrindo quem é seu sujeito e seus 
complementos. O pronome relativo não precedido de preposição normalmente 
ocupa as funções de sujeito, objeto direto ou predicativo. Já o objeto indireto, 
complemento nominal e o adjunto adverbial devem ser precedidos de 
preposição. 
 Na alternativa (A), a oração subordinada adjetiva “___ frase sempre me 
recordo” apresenta o verbo pronominal “me recordo”, o qual rege a 
preposição “de”. Assim, há o sujeito oculto “eu” e o objeto indireto “de cuja”. 
Veja: 
“O físico de cuja frase sempre me recordo quebrou paradigmas com sua nova 
forma de pensar.” 
 Na alternativa (B), a oração subordinada adjetiva “___ assistimos” 
apresenta o verbo transitivo indireto “assistimos”, o qual rege a preposição 
“a”. Assim, há o sujeito oculto “nós” e o objeto indireto “a que”. Veja: 
“A conferência a que assistimos marcou o início de uma nova etapa em nossa 
vida.” 
 Na alternativa (C), a oração subordinada adjetiva “___ foram 
submetidos durante o discurso” apresenta a locução verbal “foram 
submetidos”, a qual rege a preposição “a”. Assim, devemos inserir a 
preposição antes do objeto indireto: “a que”. Veja: 
“Era impossível aceitar as provocações a que foram submetidos durante o 
discurso.” 
 Veja que o sujeito da locução verbal “foram submetidos” não está 
expresso nesta frase. Assim, entendemos que tal sujeito encontra-se em outra 
frase dentro do texto, ou então tal sujeito é indeterminado. 
 Na alternativa (D), a oração subordinada adjetiva “___ estamos 
expostos” apresenta o verbo de ligação “estamos”, o sujeito oculto “nós” e o 
predicativo “expostos”, o qual rege a preposição “a”. Assim, devemos inserir a 
preposição antes do complemento nominal: “a que”. Veja: 
“As provações a que estamos expostos são importantes para descobrirmos 
novas oportunidades.” 
 A alternativa (E) é a correta, pois o pronome relativo “que” é o objeto 
direto do verbo transitivo direto “transpusemos”. Note que o sujeito é oculto: 
“nós”. Veja: 
“Os obstáculos que transpusemos ao longo da vida profissional nos ajudaram 
a atingirmos o sucesso.” 
Gabarito: E 
 
Português para PMSP 
Teoria e exercícios comentados 
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Questão 29: MAPA – 2010 – Economista (banca Fundação Dom Cintra) 
Das alterações feitas abaixo na redação do trecho “O processo de globalização 
e a mundialização aos quais as organizações têm sido submetidas”, está 
INCORRETA, quanto ao emprego do pronome relativo, de acordo com as 
normas de regência, a seguinte: 
A) O processo de globalização e a mundialização dos quais as organizações 
têm sido vítimas. 
B) O processo de globalização e a mundialização sobre os quais as 
organizações têm tido alguma influência. 
C) O processo de globalização e a mundialização com cujos parâmetros as 
organizações procuram imitar. 
D) O processo de globalização e a mundialização para os quais as 
organizações têm voltado sua atenção. 
E) O processo de globalização e a mundialização por cujos princípios as 
organizações procuram guiar-se. 
Comentário: Como a questão já nos orientou dizendo que devemos achar o 
erro de regência que envolve o pronome relativo, basta sublinharmos a oração 
posterior a este pronome, depois achar o verbo desta oração adjetiva, procurar 
o sujeito e complementos, até encontrarmos a função desse pronome. Vamos 
lá!! 
 A alternativa (A) está correta, pois a oração “dos quais as organizações 
têm sido vítimas” possui a estrutura verbal “têm sido”, a qual se encontra 
flexionada no plural, porque seu sujeito é “as organizações”. Esta estrutura 
verbal possui o verbo principal “sido”, o qual é verbo de ligação. Assim, o 
substantivo “vítimas” é o predicativo do sujeito. 
 Esse substantivo exige o complemento nominal (vítima de alguma coisa). 
Assim, o termo “dos quais” é o complemento nominal e retoma dois processos: 
o da globalização e o da mundialização (vítima dos processos de globalização 
e de mundialização). 
... dos quais as organizações têm sido vítimas.

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