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Aula 01
História p/ PM-SP (Soldado)
Professor: Leandro Signori
História para a Polícia Militar de São Paulo ʹ Soldado 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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AULA 01 - A Guerra Fria. Globalização e as políticas neoliberais 
 
Sumário Página 
1. A Guerra Fria 01 
2. Globalização e as políticas neoliberais 14 
3. Questões Comentadas 25 
4.Lista de Questões 39 
5.Gabarito 47 
 
1. A Guerra Fria 
O fim da Segunda Guerra Mundial foi marcado pela ascensão dos Estados 
Unidos e pela formação de um sistema mundial bipolar entre EUA e URSS, 
que foram os grandes vencedores da Segunda Guerra Mundial. 
A Guerra Fria foi um enfrentamento ideológico, político, econômico 
e militar entre os dois blocos internacionais formados no fim da II Guerra 
Mundial: o capitalista – liderado pelos Estados Unidos, e o socialista – 
liderado pela União Soviética. 
O enfrentamento durou até a queda do Muro de Berlim, em 1989, que 
simbolizou o fim do bloco socialista. O final da Guerra Fria também foi marcado 
pelo esfacelamento da União Soviética, em 1991. 
 
Momentos principais 
O período da Guerra Fria pode ser dividido em: 
 A fase inicial (1947-1955) – ascensão das superpotências, a definição 
das doutrinas e a militarização dos dois blocos. 
 A coexistência pacifica (1955-1968) – quando os blocos perceberam 
o equilíbrio entre eles e os riscos de destruição resultantes do potencial 
bélico dos dois. Contudo, ao mesmo tempo, é nesse período que ocorre o 
auge da competição entre os dois países. 
 A Détente (1969 – 1979) – “distensão” pela qual os dois blocos fizeram 
esforços para o desarmamento. Nesse período, na nova configuração 
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mundial a Europa e os países do “Terceiro Mundo” passam a exercer um 
novo papel. 
 
As duas superpotências e o rompimento 
Os Estados Unidos e a União Soviética terminaram a Segunda Guerra 
Mundial como aliados. Sua atuação conjunta contra o Eixo foi decisiva para livrar 
a Europa da presença nazista. 
Como na Primeira Guerra Mundial, a Segunda também foi lucrativa para 
os EUA, pois seu território nada sofreu com o conflito e sua produção industrial 
duplicou entre 1939 e 1945. Essa expansão foi acompanhada de grandes 
avanços tecnológicos e científicos. Nesse período, a hegemonia dos Estados 
Unidos, denominada de a “Pax Americana”, formava uma nova ordem 
internacional. Nela, havia espaço para a inserção da União Soviética, através da 
legitimidade que obteve com a Segunda Guerra Mundial. 
Contudo, rapidamente, as relações entre eles começaram a mudar. Os 
EUA, amparado no seu poderio bélico, financeiro e tecnológico, pretendia 
assumir o papel de líder mundial e construir uma nova ordem em todo 
o planeta. Contudo, a URSS tinha ambição semelhante. Desse modo, 
começa um confronto indireto entre as superpotências, tanto que em 1947, 
os especialistas começam a falar em Guerra Fria. 
O motivo mais claro do rompimento entre as duas potências, além do 
político, era o ideológico. Capitalismo e socialismo, eram incompatíveis em 
sua forma de entender diversas esferas da vida humana e do papel do Estado. 
Isso levou ao desacordo entre os dois países, no que se refere às finalidades da 
ordem política e aos métodos de atuação dentro dela. 
 
A formação dos dois blocos 
Após o término da Segunda Guerra Mundial iniciou a “polarização” do 
mundo com a formação de dois blocos de países, liderados por EUA e URSS. 
 Bloco capitalista - o surgimento de uma comunidade de interesses 
econômicos, integrados com os países da Europa Ocidental, consolidou 
a aliança com o bloco capitalista, liderado pelos EUA. 
 Bloco comunista - a maioria dos países do Leste e do Centro da 
Europa, que foram libertados do jugo nazista pelo Exército Vermelho 
(URSS), mais tarde passaram a ser controlados pelos comunistas. A 
integração desses países e a instalação do socialismo formou o bloco 
comunista, liderado pela URSS, composto da Polônia, Tchecoslováquia, 
Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia e da antiga Alemanha 
Oriental. 
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O estabelecimento de regimes autoritários e isolados nos países do Leste 
Europeu, que se tornaram “democracias populares”, foi denominado de 
“cortina de ferro”, expressão usada pelo ex-primeiro-ministro britânico 
Winston Churchill, em 1946. 
 
 
As democracias populares 
Progressivamente, o modelo soviético de Stalin – com partido único, 
economia planificada, ditadura do proletariado e estatização dos bens de 
produção -, ia impondo-se sobre as nações da Europa Central. Até 1948, da 
Polônia à Albânia, os países eram governados por comunistas, surgindo as 
“democracias populares”, estruturadas no Estado centralizador e 
autoritário. Estas recebiam ajuda da URSS, que colocava homens de sua 
confiança em postos fundamentais da administração. As ideias do socialismo 
de igualdade espalhavam-se pelo mundo, em especial, em países com miséria 
e subordinação a poderosas elites. Porém, informações sobre a dura realidade 
da população em regime socialista não ultrapassava as fronteiras da URSS. 
 
As ações dos governos 
Durante a Guerra Fria, o fato de uma terceira guerra não ter explodido não 
significou a ausência de conflitos localizados, da corrida armamentista e do 
emprego da espionagem em larga escala, ocorrendo vários momentos de tensão 
entre as duas potências: 
 
 Estados Unidos 
Em 1947, foi estabelecida a Doutrina Truman, que consistia em oferecer 
sustentação econômica, política e militar aos países ocidentais, como meio de 
criar forças de contenção do comunismo. Foi criada no governo do presidente 
norte-americano Harry Truman. Entre as ações dos EUA: 
 Em discurso proferido no Congresso, o presidente Truman colocou a 
posição dos Estados Unidos em “ajudar os povos livres” a lutar contra 
“movimentos agressivos que buscam impor-lhes regimes 
totalitários”, fazendo uma alusão à URSS. Para muitos historiadores, o 
seu discurso deu início à Guerra Fria. 
 O presidente Truman anunciou o Plano Marshall em ajuda à Europa - 
programa dentro da Doutrina Truman para a aplicação, por quatro anos 
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(1948-1952), de investimentos para a reconstrução das principais 
economias capitalistas europeias: Inglaterra, França, Alemanha 
Ocidental (que seria criada em 1949, com a divisão da Alemanha), Itália 
e outros, mas, a União Soviética, não. 
 Criação da Central Intelligence Agency, a CIA (1947) para combater 
o comunismo e as ameaças aos interesses dos Estados Unidos, atuando, 
também, fora dos Estados Unidos, com autorização para interferir em 
assuntos internos de outros países. 
 Criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN 
(1949), sob liderança dos EUA - aliança político-militar formada, na época, 
por doze países capitalistas da Europa Ocidental, entre os quais, Inglaterra 
e a França. A aliança colocou esses países em oposição à União Soviética. 
Países fundadores da Otan: EUA, Canadá, Bélgica, Itália, França, Holanda, 
Dinamarca, Reino Unido, Islândia, Noruega, Luxembrugo e Portugal. 
 Em 1950, o senador Joseph McCarthy assumiu a liderança do Comitê de 
Atividades Antiamericanas, criado para identificar e punir pessoas 
suspeitas de envolvimento com o comunismo, dando início a uma intensa 
campanha, conhecida como “macarthismo”, de intimidação contra 
intelectuais, líderes trabalhistas e funcionários do governo acusados de 
“esquerdismo”. Um dos principaisalvos, foi a indústria cinematográfica de 
Hollywood, considerada como “foco de comunismo”. 
 
 União Soviética 
Progressivamente, a URSS ia ampliando seu domínio sobre os países com 
o socialismo. Entre suas ações: 
 Criação do Kominform - organismo encarregado de coordenar a ação dos 
partidos comunistas europeus; e afastar da supremacia norte-
americana os países que estavam sob sua influência, gerando o bloco da 
“cortina de ferro”. 
 Explosão da primeira bomba atômica soviética, em teste. 
 Criação do Comecon, em 1949 - uma réplica do Plano Marshall para os 
países socialistas, voltado para sua integração econômico-financeira. 
 “Desestalinização” – realizada no pais a partir de 1953, após a morte 
de Stalin, sob o comando de seu novo líder, Nikita Kruschev, 
implementando a política de “Coexistência Pacífica”. 
 Criação do KGB - Comitê para a Segurança do Estado, em 1954 - um 
serviço de inteligência e espionagem internacional. 
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 Pacto de Varsóvia - aliança militar entre os países do bloco 
comunista, estabelecida em 1955, como resposta à criação da Otan. 
Membros da aliança: URSS, Polônia, Alemanha Oriental, Hungria, 
Tchecoslováquia, Romênia, Bulgária e Albânia (esta última retirou-se em 
1968). 
 
Tensões da Guerra Fria 
 Tensões herdadas dos acordos da Segunda Guerra e novos conflitos em 
diferentes partes do mundo fizeram parte da Guerra Fria, dentro de um quadro 
de tensões permanentes entre URSS e EUA em relação a seus aliados. 
 
 O Bloqueio de Berlim 
Em 1948, ocorreu o Bloqueio de Berlim: Estados Unidos, França e 
Inglaterra devolveram à Alemanha a administração das três regiões que estava 
sob sua guarda. Em resposta, a União Soviética fechou os acessos ferroviários 
e rodoviários que ligavam as três regiões com Berlim Ocidental. Berlim estava 
situada na parte oriental da Alemanha, sob ocupação soviética. Sua parte 
ocidental, entretanto, era administrada por franceses, ingleses e norte-
americanos. Esse episódio, quase levou a uma nova guerra. 
Em 1949, o bloqueio foi suspenso e foram criados dois Estados alemães 
independentes: a República Federal da Alemanha - Alemanha Ocidental, de 
economia capitalista, e a República Democrática da Alemanha - Alemanha 
Oriental, de economia estatal-socialista. 
 
Fonte: Gislaine Azevedo e Reinaldo Seriacopi – História em Movimento 3 
 
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 O fechamento da fronteira em Berlim 
O Muro de Berlim foi uma barreira física para a divisão que já existia entre 
a Alemanha Oriental e a Ocidental. A ocidental, com o Plano Marschall teve um 
acelerado crescimento econômico, que gerou migração intensa da parte oriental 
para a ocidental, entre 1945 e 1961. Era um quadro de contrastes, entre os dois 
lados, que levou os soviéticos a fecharem a fronteira, em 1952. 
Isso levou ao descontentamento e à frustação dos berlinenses em não 
poder buscar emprego ou ascender economicamente do outro lado. Em junho 
de 1953, uma grande manifestação popular tomou as ruas de Berlim Oriental 
para protestar contra a situação, que foi duramente reprimida pelos tanques 
soviéticos. 
A revolta provocou ainda mais o endurecimento sobre as regras de 
circulação entre as duas Alemanhas. Este endurecimento teve seu ponto 
culminante com o fechamento de um acordo entre os governos da Alemanha 
Oriental e Moscou para a construção de uma barreira que iria manter a divisão 
física, entre os setores oriental e ocidental de Berlim. Tratava-se do Muro de 
Berlim. 
 
 O Muro de Berlim 
Na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, os soviéticos começaram a 
construir o Muro de Berlim - o chamado muro da vergonha -, que dividiu ao 
meio a cidade, vigiado por soldados soviéticos, para impedir o a ida de pessoas 
da Alemanha Oriental para a Ocidental. O muro acabou se transformando no 
principal símbolo da Guerra Fria. 
 
 
O muro de Berlim 
Fonte: Cláudio Vicentino e Gianpolo Dorigo - História Geral e do Brasil – Volume 3 
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A queda do Muro de Berlim, em 1989, ocorreu com o colapso do 
socialismo, marcando o fim da Guerra Fria. 
 
 
 A Alemanha, com as penalizações da Segunda Guerra foi dividida em 
4 partes, para administração pelos vencedores - França, Inglaterra, EUA e 
URSS. Como Berlim ficava na parte soviética, mas era capital foi igualmente 
dividida em 4. Os EUA, em 1947, propuseram que a divisão fosse suspensa 
para que governassem em conjunto. A URSS não aceitou, mas os EUA 
prosseguiram com a união, o que provocou a tentativa de bloqueio pela URSS 
de envio de suprimentos à Berlim pelos norte-americanos. Com a construção 
do Muro, os EUA passaram a enviar os suprimentos por avião, pelo 
denominado “corredor aéreo”, o que foi aceito pela URSS para evitar um 
confronto com a potência nuclear, os EUA, que era até então. 
 
Os confrontos indiretos envolvendo outros países 
EUA e URSS, apesar da sua rivalidade, evitaram confronto direto. Os 
conflitos foram localizados, em detrimento de tensões, em algumas áreas. As 
forças locais nesses países, envolvidas em guerras civis e em movimentos 
anticoloniais, se alinhavavam às superpotências em busca de apoio, acentuando 
a Guerra Fria. A intervenção dos dois países ocorria através de apoio material e 
político às forças em luta, em geral, de forma indireta. 
O primeiro grande confronto desse tipo foi a Guerra da Coreia (1950-
1953) - um conflito armado de grandes proporções. Outro importante conflito 
que colocou em oposição os dois blocos foram a Guerra do Vietnã (1959-
1975), no qual ocorreu a intervenção direta dos norte-americanos e soviéticos; 
e, a Guerra da China (1921-1949), que teve interferência indireta, mas 
somente da URSS. 
 
A Guerra Fria também foi caracterizada pelas intervenções das potências 
em suas áreas de influência. A URSS apoiou guerras de libertação nacional 
e levantes anti-imperialistas na África, Ásia e América Latina, como também 
reprimiu movimentos democráticos e manifestações operárias que 
reivindicavam melhores condições de vida, eleições livres e liberdade de 
expressão nos países do leste europeu. Em 1968, ocupou a Tchecoslováquia 
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para impedir que o governo comunista continuasse a adotar medidas 
democratizantes. Os EUA, temendo o avanço socialista na América Latina, 
apoiaram ditaduras militares, incluindo o Brasil. 
 
 A Guerra da Coreia (1950-1953) 
Este conflito, que teve grande impacto mundial sofreu influência da 
vitória dos comunistas na Guerra da China. 
Depois de ter sido ocupada pelo Japão, conforme definido na Conferência 
de Potsdam no término da Segunda Guerra, o território da Coreia foi dividido 
em duas zonas de influência - o Sul, sob controle norte-americano; o 
Norte, sob controle soviético. Em 1948, foi oficialmente dividida em dois 
países, sob a ocupação de cada um pelas duas potências, EUA e URSS. A 
República da Coreia (Sul), ficou sob o domínio norte-americano e a 
República Popular Democrática da Coreia (Norte), sob ocupação soviética. 
A partir daí, passaram a ocorrer conflitos armados, dentro da disputa 
político ideológica entre os americanos e soviéticos, quando, em 1950, 
entraram em guerra. A ONU declarou a Coreia do Norte como agressora, 
enviando tropas norte-americanas. A URSS entra no conflito ao lado dos norte-
coreanos. 
 Mas EUA e URSS, com o temorde um conflito indesejado, buscaram 
tentar obter a paz. Na União Soviética, a morte de Stalin, em 1953, e nos EUA, 
a eleição do novo presidente, Dwight Eisenhover (1953), ajudaram também nas 
negociações. Assim, a guerra pode ser resolvida por armistício, em julho de 
1953, com um acordo de paz em Pan Munjon, que ratificou a fronteira que 
dividia a Coreia. 
Entretanto, a manutenção dessa divisão, em Norte e Sul, manteve a 
tensão entre os coreanos. A Coreia do Norte continuou sob forte domínio do 
Partido Comunista, liderado por Kim Il-Sung, que permaneceu no poder até a 
sua morte, em 1994. Permaneceu ligada somente aos países do bloco socialista 
e com o apoio da URSS e da China, enfraquecendo com o colapso do comunismo 
e aproximando-se um pouco do mundo capitalista com o final da Guerra Fria. 
 
 A Guerra do Vietnã (1959-1975) 
O Vietnã era parte da Indochina, uma colônia da França. Em 1945, quando 
os comunistas do Norte declararam sua independência, começou uma guerra 
com os franceses, que, derrotados no conflito, em 1954, aceitaram a divisão da 
Indochina em três países: Vietnã, Laos e Camboja. Com esta guerra, os 
vietnamitas conquistaram sua independência. 
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O Vietnã, por sua vez, onde o socialismo era muito forte, foi dividido 
em duas partes: o Vietnã do Norte, comunista, e o Vietnã do Sul, 
capitalista. Em 1956, ocorreria um plebiscito que deveria unificar o país sob os 
comunistas ou sob os capitalistas. Mas, os EUA, temendo que os comunistas 
ganhassem, impediram que a votação ocorresse. Descontentes, os comunistas 
do Norte fundaram a FNL - Frente Nacional de Libertação, cujo exército de 
guerrilheiros eram os vietcongues. Em 1959, inicia-se a guerra do Vietnã, 
entre o sul e o norte. 
No início, os EUA apoiaram os capitalistas vietnamitas do sul com 
armas e treinamento, sem intervir no conflito, até 1961, quando enviam 
milhares de soldados, além de armas e aviões. Enviam produtos bélicos 
recentes, como o Napalm, uma arma química, para combaterem os vietnamitas 
do norte. Mas, apesar do poderio bélico das forças armadas os norte-
americanos não conseguiam vencer os vietcongues, pois tinham o apoio 
total da população; conheciam muito bem o terreno; preparavam armadilhas e 
emboscadas. 
Com o passar do tempo e a acumulação de baixas, a mídia passou a 
mostrar a insatisfação pública e os protestos, que fez o governo americano 
negociar um cessar fogo e se retirar do Vietnã em 1973. Sem o apoio das tropas 
americanas, em 1975, o Vietnã do Sul se rende aos comunistas. Em 1976, 
o Vietnã foi oficialmente reunificado sob regime comunista, cujo domínio 
permanecerá até o esfacelamento da URSS, em 1991. 
 
 A Revolução Chinesa (1921-1949) 
Foi uma batalha longa, iniciada em 1921, com a fundação do Partido 
Comunista Chinês (PCC). Nesse período a China passou por períodos 
alternados de guerra civil e de aliança, entre nacionalistas e comunistas. Os dois 
grupos haviam lutado juntos contra agressões estrangeiras durante a Segunda 
Guerra. 
O governo da China era liderado por Sun Yat-Sem do partido Kuomitang 
- Partido Popular Nacional (1905), que tinha o apoio do comunismo, cujo 
partido foi criado em 1922 - Partido Comunista Chinês (PCC). Apesar disso, foi 
colocado na ilegalidade pelo governo chinês, que perseguiu seus militantes, 
contando com a ajuda dos EUA. 
O sucessor de Yat-Sem, Chiang Kai-shek, inicia uma política agressiva 
contra o Partido Comunista em 1925. Após derrotas nas cidades de Xangai e 
Pequim, o Partido Comunista sob a liderança de Mao Tse-tung e Chu Teh, 
retirou-se para o interior do país a fim de organizar suas bases de apoio. Em 
1931, proclama a República Soviética da China, em Kiangsi, no leste do país. 
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Após 1931, quando o Japão invade a Manchúria na China, iniciou-se uma 
disputa pelo poder entre o Partido Kuomitang, dos nacionalistas, e o Partido 
Comunista Chinês, ocorrendo levantes contra o governo. Mao Tse-tung 
transformou-se no líder dos comunistas. 
Diante do avanço japonês em 1937, um acordo entre o PCC e o Partido 
Kuomintang instituiu uma nova frente antijaponesa que concedeu o controle de 
parte do exército chinês ao PCC, que se fortaleceu política e militarmente com o 
apoio dos camponeses. Os embates entre os dois grupos, nacionalistas e 
comunistas, reiniciaram com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial. 
Em 1946, para eliminar definitivamente o “perigo vermelho”, Chiang Kai-
shek decreta uma mobilização nacional, com apoio norte-americano, que 
concedeu recursos militares e financeiros. Ao mesmo tempo, o exército do PCC 
foi ganhando terreno, até que, em 1949, entrou vitorioso em Pequim. No 
mesmo ano foi proclamada a República Popular da China, com Mao Tse-
tung, como chefe do novo Estado, o qual havia se tornado o líder dos 
comunistas. Chiang Kai-shek e seus seguidores refugiaram-se na Ilha de 
Formosa (Taiwan), onde instalaram o governo da China Nacionalista. 
A vitória dos comunistas na Revolução Chinesa, em 1949, fez 
aumentar as tensões entre os dois lados da Coreia. 
 
 
 Com a vitória do Partido Comunista, os EUA isolaram a China, negando-
lhe reconhecimento diplomático e intercâmbio econômico até a década de 
1970. Já, o pensamento de Mao influenciou diversos grupos guerrilheiros que 
surgiram na década de 60, como o Sendero Luminoso, no Peru, o Partido 
Comunista do Nepal e o da Índia. Mao inicia a socialização do país e a 
estatização dos meios de produção, com o pacto de amizade e colaboração 
com a URSS, a qual envia dinheiro, armas, tecnologia, médicos e 
pesquisadores. O acordo causou incômodo aos países do ocidente, levando a 
crises diplomáticas e instabilidade política do PCC e a ruptura com a URSS. 
 
A corrida nuclear e espacial 
A disputa entre EUA e URSS, além das tensões bélicas, estendeu-se para 
diversas áreas, como a esportiva, a cultural e a científica. No aspecto científico, 
a corrida espacial foi uma acirrada competição tecnológica. 
 
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 A corrida nuclear 
 A primeira bomba atômica dos soviéticos (1949) - a explosão no 
deserto do Cazaquistão, como teste, deu início à corrida nuclear entre 
as duas superpotências. Estas fizeram pesados investimentos em armas 
cada vez mais potentes, como a bomba de hidrogênio, quinhentas vezes 
mais potente do que a bomba atômica. 
 A crise dos mísseis (1962) - o momento mais tenso da Guerra Fria, 
envolveu o governo de Cuba. A URSS instalou secretamente mísseis 
nucleares soviéticos em Cuba, a apenas 150 quilômetros do estado da 
Flórida, que foi descoberto pelos EUA, por meio de satélites. Um bloqueio, 
por terra e mar, à ilha de Cuba foi ordenado pelo presidente Kennedy, que 
provocou o envio uma frota soviética para um confronto. Com a pressão 
norte-americana, o líder soviético Nikita Kruschev cedeu e retirou os 
mísseis, com a garantia de que o governo dos EUA não invadiria Cuba. 
Com o objetivo de evitar uma guerra nuclear, em momentos de crise como 
esse, foi instalada, em 1963, uma linha telefônica conhecida como “telefone 
vermelho”, entre a Casa Branca e o Kremlin, sedes dos governos 
 
 A corrida espacial 
 Em 1957, iniciou a corrida espacial com o lançamento do Sputnik, 
primeiro satélite soviético. 
 Em 1958, os EUA criaram a NASA, órgão responsável pelo programa 
espacial norte-americano, e no mesmo ano lançou o Explorer 1. 
 Em 1961, a União Soviética saiu na frente: enviou o primeiro homem ao 
espaço, Iuri Gagarin na cápsula espacialVostok 1. 
 Em 1962, os norte-americanos enviaram John Glenn. Em 1969, os EUA 
enviaram o módulo lunar da nave Apollo 11, que pousou no solo do 
satélite lunar, e um de seus três tripulantes, Neil Armstrong, tornou-se 
o primeiro ser humano a pisar na superfície lunar. 
 
 
 A expansão do regime comunista ameaçava a democracia e a livre-
iniciativa; a influência do imperialismo norte-americano sobre outras 
nações ameaçava o sucesso da revolução socialista. Isso caracterizou uma 
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guerra ideológica, na qual foi utilizada a propaganda como arma pelos dois 
governos. 
 
Fonte: Gislaine Azevedo e Reinaldo Seriacopi – História em Movimento 3 
 
O processo de enfraquecimento da Guerra Fria - causas 
Esse processo se deu aos poucos, envolvendo a complexa situação 
internacional do período. 
 
 Anos de 1950 e 1960 
Fase que possibilitou o início de uma multipolarização internacional, com 
algumas mudanças: 
 Na década de 1950, dentro do processo de desestalinação e da 
Coexistência Pacífica na URSS, iniciaram-se uma série de reuniões de 
cúpula entre os dirigentes das duas potências, com acordos sobre 
armamentos. E a denúncia do que ocorria no governo de Stalin, pelo novo 
líder Kruschev, repercutiu nos países socialistas da Europa Oriental. 
 Pressões nos países aliados aos EUA – faziam surgir focos de resistências 
à política internacional. 
 O fim da unidade do bloco socialista – a China, que se tornou comunista 
em 1949, foi aos poucos se afastando das lideranças soviéticas, após a 
morte de Stalin, tornando-se concorrência com a URSS, como alternativa 
comunista para os países mais pobres. 
 Movimentos de independência e o agrupamento do “Terceiro Mundo” – 
com a Guerra Fria, os países que estavam sob domino imperialista (do 
século XIX) receberam auxílio econômico e militar para promover a 
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independência, e assim, diminuir a influência de um ou outro bloco sobre 
esses países. 
 Em 1955, na Conferência de Bandung na Indonésia, esses países 
denominados de Terceiro Mundo, independentes, mas subdesenvolvidos, 
criaram um novo bloco político de âmbito global com o objetivo de buscar 
o desenvolvimento econômico, sem se envolverem com a bipolarização 
dos EUA e URSS. 
 Recuperação econômica dos países europeus, como a França e a 
Inglaterra, desenvolvendo políticas independentes. 
 Pressão interna na URSS – com o descontentamento dos soviéticos com o 
Stalinismo, o modelo econômico e as perseguições políticas. 
 Questionamento interno nos EUA – no fim do período macarthista, a 
opinião pública passou a questionar os excessos cometidos em nome de 
uma disputa ideológica; e os movimentos civis nos quais o país se envolvia 
exigiam atenção dos governantes, em detrimento à população do seu 
próprio país. 
 
 Anos de 1970 e 1980 
 Política de distensão - em 1973, as superpotências concordaram em 
desacelerar a corrida armamentista por meio da Política da Détente – 
distensão, com a redução da tensão entre EUA e URSS. 
 O enfraquecimento da Guerra Fria – ocorreu, de fato, a partir de 1985, 
quando o líder soviético Mikhail Gorbatchev sobe ao poder, com reformas 
econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, acelerando o fim 
do socialismo no país e nos aliados. 
 
O fim da Guerra Fria – final da década de 1980 
O final da Guerra Fria é atribuído à queda do Muro de Berlim, em 1989, 
pois foi um símbolo do fim dos regimes socialistas nos países do leste europeu. 
Em 1990, a Alemanha é reunificada. 
Em 1991, foi decretado o fim da URSS e a criação da Comunidade dos 
Estados Independentes (CEI), reunindo as repúblicas que formaram a União 
Soviética. 
 
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(TJ-SC/2010 - TJ- SC - TÉCNICO JUDICIÁRIO – AUXILIAR) A 
bipolarização do poder mundial que vigorou desde o fim da Segunda 
Guerra Mundial até o final da década de 80 manteve o mundo em 
permanente tensão, embora sem provocar confrontos armados diretos 
entre EUA e URSS. Este período ficou conhecido como: 
a) Guerra Fria 
b) Perestroika 
c) Glasnost 
d) Holocausto 
e) Período Bipolar 
COMENTÁRIOS: 
 Após o final da Segunda Guerra Mundial, as duas superpotências, Estados 
Unidos e União Soviética iniciaram uma disputa pela hegemonia política, 
econômica e militar do mundo. Esse período foi marcado pela bipolarização do 
mundo em um enfretamento ideológico com a formação de dois blocos 
internacionais, o bloco socialista liderado pela URSS e o bloco capitalista 
liderado pelos EUA. O conflito, que não teve confrontos diretos entre os dois 
países, foi denominado Guerra Fria, e se estendeu até 1989, com a queda do 
Muro de Berlim, marco do fim dos regimes socialistas no leste europeu. 
 Gabarito: A 
 
 
2. Globalização e as políticas neoliberais 
Quando pensamos em globalização, rapidamente imaginamos fluxos 
crescentes de bens, serviços e capitais permeando através das fronteiras 
nacionais. A globalização, porém, é um fenômeno bem mais complexo e 
multifacetado, que envolve aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais, 
institucionais e tecnológicos, todos eles inter-relacionados. 
Para entendermos a globalização, é preciso saber que o fenômeno em si 
começou há muito tempo. Os primeiros passos rumo à conformação de um 
mercado mundial e de uma economia global remontam aos séculos XV e XVI, 
com a expansão ultramarina europeia. A chegada de Cristóvão Colombo à 
América, em 1492, deu início ao que alguns historiadores chamam de primeira 
globalização. 
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O desenvolvimento do mercantilismo estimulou a procura de diferentes 
rotas comerciais da Europa para a Ásia e a África, gerando grande quantidade 
de riquezas para alguns países e a grande burguesia europeia. Esses lucros, 
somados ao ouro e à prata extraídos das minas do continente americano 
forneceram a base para a Revolução Industrial no fim do século XVIII. 
Por sua vez, a Revolução Industrial desenvolveu o trabalho assalariado e 
o mercado consumidor. As descobertas científicas e as invenções provocaram 
grande expansão dos setores industrializados e possibilitaram a exportação de 
produtos mundo afora. 
No fim do século XIX, começam a surgir as corporações multinacionais, 
industriais e financeiras, que vão se reforçar e crescer durante o século XX. O 
mercado mundial estava, então, atingindo todos os continentes. Porém, a 
interdependência econômica entre as nações vai ficar evidente com a depressão 
norte-americana de 1929 – quebra da Bolsa de Valores de Nova York - que teve 
consequências negativas no mundo todo. 
A partir dos anos 1990, acentua-se a integração da economia global por 
meio da revolução tecnológica, especialmente no setor de telecomunicações. A 
internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora tecnologia 
de comunicação e informação do planeta. As trocas de informações (dados, voz 
e imagens) tornaram-se quase instantâneas, o que acelerou em muito a 
integração das atividades econômicas. 
A revolução tecnológica possibilitou ao capital uma veloz circulação pelo 
globo, facilitando os investimentos diretos e os movimentos especulativos. As 
cadeias produtivas se espalharam pelo mundo, com empresas transferidas 
(relocalizadas) para países com menor custo de produção (salários, impostos, 
etc.). 
A globalização atual nãoé um processo acabado. É um processo em curso, 
trata-se de uma nova fase do capitalismo financeiro, comandada pelos 
países ricos e por grandes empresas transnacionais. O poder dessas empresas 
ultrapassa cada vez mais o poder das economias nacionais. 
A característica central desse período globalizante é a interdependência 
entre os atores econômicos globais – governos, empresas e movimentos sociais. 
Cabe destacar que o desmantelamento do sistema socialista foi importante 
fator que contribuiu para a globalização e a expansão mundial do capitalismo. A 
derrocada dos regimes comunistas, a partir de 1989, fez com que as antigas 
nações socialistas se integrassem ao mercado global capitalista nos anos 
subsequentes. 
Nas últimas décadas, a expansão do comércio global resultou na 
intensificação do fluxo de capitais entre os países. A busca de maior lucratividade 
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levou as empresas a investirem cada vez mais no mercado financeiro, que se 
tornou o centro da economia globalizada. 
A atual mobilidade do mercado mundial permite também que grandes 
empresas façam a relocalização de suas fábricas – nome que se dá ao 
fechamento de unidades de produção em um local e sua abertura em outra 
região ou outro país. Esse mecanismo é globalmente usado para cortar gastos 
com mão de obra, encerrando a produção em países nos quais os salários são 
maiores, para organizar a produção onde há menos custos – também de 
impostos e infraestrutura produtiva. À medida que as nações reduzem suas 
barreiras comerciais no contexto da globalização, a fabricação em qualquer 
ponto do mundo e a exportação para outros mercados tornam-se cada vez mais 
rentáveis. 
 
(FUB/CESPE/2015 – VÁRIOS CARGOS) Grécia e China: dois países que 
hoje encaram os reflexos da grande crise financeira de 2008. Na Grécia, 
o impacto do colapso nos mercados financeiros globais provocados pela 
quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 
2008, foi imediato. Assim como outros países muito endividados, a 
Grécia sofreu uma fuga de capitais, entrou em colapso em 2010 e iniciou 
seu longo calvário de pacotes de socorro, ajuste fiscal, desemprego e 
recessão. Na China, a crise de 2008 produziu um efeito colateral cujos 
riscos à economia são sentidos hoje. 
O Globo, 9/7/2015, p. 19 (com adaptações). 
Acerca do assunto abordado no texto anteriormente apresentado, 
julgue o item que se segue, considerando o cenário econômico global 
contemporâneo. 
No atual estágio da economia globalizada, crises surgidas em 
determinados locais, como a de 2008 nos Estados Unidos da América, 
tendem a se disseminar pelo mundo afora, haja vista, entre outros 
fatores, a forte interdependência dos mercados e a rápida circulação de 
bens e capitais. 
COMENTÁRIOS: 
A globalização atual ampliou a interdependência das economias nacionais. 
O extraordinário avanço das telecomunicações e da tecnologia propiciam uma 
veloz circulação de capitais e bens pelo planeta. Isso faz com que crises 
econômicas se disseminem pelo mundo afora, em maior ou menor escala, 
dependendo do tamanho da crise específica. Gabarito: Certo 
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Consequências da globalização 
A produção e o comércio mundial crescem com a globalização. Mas a 
riqueza concentra-se num pequeno grupo de países, e isso reforça a 
desigualdade entre as nações. 
A redução das tarifas de importação é um dos motivos que explicam essa 
concentração de renda, que beneficiou muito mais os produtos exportados pelos 
mais ricos. Os mais pobres têm dificuldades para exportar produtos agrícolas 
para os mais ricos, pois estes subsidiam a produção interna. 
Em períodos de crise econômica, os resultados da globalização são 
dramáticos para os países pobres, pois geram um custo social altíssimo. 
Ocorre o barateamento da mão de obra, o aumento do desemprego e da 
exclusão social. Outra consequência da globalização é o aumento da migração 
de pessoas dos países pobres para os países ricos. 
 
A globalização não beneficiou a todos. A riqueza concentra-se nas mãos 
de poucos. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-se muito mais 
ricos e as desigualdades sociais aumentaram. 
 
O gráfico abaixo mostra 58 anos de comércio mundial. Há um crescimento 
enorme das exportações dos EUA e da Europa em relação ao resto do mundo. O 
crescimento da Ásia é, sobretudo, do Japão e China. Note que a desigualdade 
se acentua com a globalização (anos 1990). Os países ricos concentram a venda 
de tecnologia de ponta, com alto valor agregado, e os países pobres, a venda 
de matérias-primas. 
 
 
Fonte: OMC 
 
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Neoliberalismo e Consenso de Washington 
O Consenso de Washington consiste em linhas gerais, em uma cartilha 
teórica que define as diretrizes que a globalização deve seguir, sob a ideologia 
neoliberal. O neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve ser 
entregue às leis de mercado. Segundo seus defensores, a presença do Estado 
na economia inibe o setor privado e freia o desenvolvimento. 
Entre os princípios formadores da ideologia neoliberal, detalhados no 
Consenso de Washington e presentes na globalização econômica, destacam-se: 
a) Liberdade de mercado: Consiste na eliminação de todos os 
dispositivos que atrapalhem o livre funcionamento dos investimentos e do 
comércio, tais como excesso de impostos, de leis e de regras que inibam as 
transações financeiras ou limitem fusões e incorporações de empresas. 
b) Mínima participação do Estado na economia: Traduz a crença de 
que o Estado é ineficiente, atrapalha o livre funcionamento dos mercados, 
administra mal os recursos e, ao não se modernizar no mesmo ritmo das 
empresas privadas, suas empresas geram menos lucros e ofertam produtos de 
pior qualidade. Por isso, essas empresas devem ser privatizadas (vendidas para 
particulares), incentivando a concorrência, barateando preços e melhorando a 
qualidade dos serviços e das mercadorias. 
c) Redução de subsídios e gastos sociais por parte dos governos: 
O Estado desperdiça muito dinheiro com direitos sociais, como saúde, 
educação, aposentadorias, amparo aos desempregados entre outros. 
Isto provoca aumento de impostos, que serão pagos pela sociedade, a 
fim de gerar recursos destinados à assistência aos mais pobres. Na visão 
neoliberal, a manutenção desses gastos do Estado significa premiar os 
fracassados e punir com impostos os competentes. 
 d) Livre circulação de capitais: Visa garantir a livre entrada e saída de 
capitais em qualquer país e permitir que o mesmo dinheiro seja aplicado e 
remunerado em operações financeiras, como, por exemplo, na bolsa de valores, 
e não somente na produção ou na geração de empregos. 
 e) Flexibilização do mercado de trabalho: A doutrina neoliberal 
entende que essa medida dinamiza a economia e possibilita que os empresários 
invistam na produção e ampliem a oferta de empregos. Com a flexibilização, 
pode-se contratar e demitir livremente os empregados e reduzir o dispêndio das 
empresas com seus funcionários. 
 f) Abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros: 
Significa a eliminação de qualquer protecionismo econômico. Em outras 
palavras, nenhum país deve coibir a livre concorrência, e a melhor maneira para 
garanti-la é preservar a competição entre as empresas, independentemente de 
sua origem, nacional ou estrangeira. Quem vai definir qual a melhor mercadoria 
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a ser adquirida é o próprio consumidor, que ainda será beneficiado com uma 
maior variedade de artigos ofertados e a preços cada vez mais baixos e 
acessíveis. 
 
Blocos Econômicos 
A globalização ampliou largamente a formação de blocos econômicos. São 
organizações criadas por países, para promover a integração econômica, o 
crescimento e a competitividade internacional dos países-membros. Sob a 
economia globalizada, ajudam a abrir as fronteiras de cada nação ao livre fluxo 
de capitais, ao reduzir barreiras alfandegárias, práticas protecionistas e 
regulamentações nacionais. 
Existem quatro modelos básicos de bloco econômico: 
- Área de livre-comércio – Um grupo de países concorda em 
eliminar os impostos, tarifas ou taxas de importação, quotas e preferências 
que recaem sobre a maior parte dos (ou todos os) bens importados e exportados 
entre aqueles países. Exemplo: NAFTA 
- União aduaneira – É uma área de livre comércio, na qual, além de 
abrir o mercado interno, os países-membros definem regras para o 
comércio com nações de fora do bloco. Uma tarifa externa comum é 
adotada para boa parte – ou a totalidade – dos serviços e mercadorias 
provenientes de outros países, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, 
taxas e tarifas de importação de terceiros. 
- Mercado comum - É uma união aduaneira na qual, além de mercadorias 
e serviços, capital e trabalhadores também podem circular livremente e se 
engajar em atividades econômicas em qualquer dos países-membros. 
- União econômica e monetária – É o estágio final de integração 
econômica entre países. Além do livre-comércio, da tarifa externa comum e da 
livre circulação de capitais e trabalhadores, os países-membros adotam uma 
moeda comum e a mesma política de desenvolvimento. A União 
Europeia é o único bloco a atingir esse estágio de integração. 
A formação de blocos econômicos acelerou o comércio mundial. Antes, 
qualquer produto importado chegava ao consumidor com valor 
significativamente mais alto, em razão das taxações impostas ao cruzar a 
alfândega. Os acordos entre os países reduziram, e em alguns casos acabaram, 
com essas barreiras comerciais, processo conhecido como liberalização 
comercial. 
Vejamos os principais blocos econômicos regionais, ou melhor, aqueles 
que caem nas provas.  
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União Europeia 
A União Europeia (UE) representa o estágio mais avançado do processo de 
formação de blocos econômicos no contexto da globalização. Constitui-se em 
uma união econômica e monetária, com 28 países membros. 
As suas origens remontam a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço 
(CECA), criada em 1951, por Alemanha Ocidental (na época, a atual Alemanha 
estava dividida em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental), França, Itália, 
Bélgica, Holanda e Luxemburgo. Em 1957, esses países criaram a Comunidade 
Econômica Europeia (CEE). Nos anos que se seguiram, o território da UE foi 
aumentando de dimensão através da adesão de novos Estados membros, ao 
mesmo tempo que aumentava a sua esfera de influência através da inclusão de 
novas competências políticas. O Tratado de Maastricht instituiu a União Europeia 
com o nome atual em 1993. 
O Euro, moeda única do bloco, não é adotada por todos os países. Zona 
do Euro – 19 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, 
Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Letônia, 
Lituânia, Luxemburgo, Malta e Portugal. O Reino Unido NÃO faz parte da Zona 
do Euro, a sua moeda é a libra esterlina. 
A União Europeia tem uma Política Externa e de Segurança Comum, o que 
demonstra que o bloco avançou para a esfera política, para além da união 
econômica e monetária. Em todo o mundo, tem missões diplomáticas 
permanentes, estando representada nas ONU, OMC, G8 e G-20. 
A livre circulação de pessoas ocorre no Espaço Schengen, não em todos 
os países-membros. Compõe essa zona 22 Estados-membros e 4 estados não 
membros da UE. Nele foram abolidos os controles de passaporte. Na prática, no 
interior do Espaço Schengen, os cidadãos da União Europeia, assim como os 
nacionais de terceiros países, podem viajar livremente sem ter que se submeter 
a controles nas fronteiras. 
O fim dos controles das fronteiras internas de Schengen foi acompanhado 
por um reforço das fronteiras externas: os Estados membros que se localizam 
na linha de frente têm a responsabilidade de realizar rigorosos controles em suas 
fronteiras e fornecer, dependendo do caso, vistos de curta permanência. 
A crise econômica mundial de 2008, trouxe enormes desafios à integridade 
do bloco econômico. A Grécia, envolvida em uma grave crise econômica, 
ameaçou sair da União Europeia. O grande afluxo de migrantes vindo da África 
e da Ásia, a partir de 2014, em direção à Europa também tenciona as relações 
internas. Vários países resistem a receber e dar asilo à parcela desses migrantes. 
Neste ambiente de crise – econômica e migratória - cresceu o discurso de 
partidos eurocéticos, com resistências a várias das políticas comuns do bloco. 
Alguns defendem a saída de seus países do bloco. São partidos de extrema 
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esquerda e direita. Em vários países europeus, a extrema direita cresce nas 
eleições parlamentares e presidenciais. 
O Reino Unido é um dos países onde a permanência no bloco é 
fortemente questionada. É um país formado por quatro países: Inglaterra, 
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Os britânicos – como são chamados - 
não fizeram parte das origens da União Europeia. Foi somente em 1973 que o 
Reino Unido ingressou na Comunidade Econômica Europeia (CEE). Dois anos 
depois, em 1975, renegociou as condições de participação e realizou um 
referendo sobre a permanência na CEE. Na época, os britânicos votaram por 
continuar na Comunidade Econômica. 
Quatro décadas após o referendo, no último dia 23 de junho, em um 
plebiscito, os britânicos decidiram sair da União Europeia, o que está sendo 
chamado de “Brexit”. É uma abreviação das palavras “British” (britânico, em 
inglês) e “exit” (saída). 
Na votação, os eleitores tinham de responder a apenas uma pergunta: 
"Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da 
União Europeia? 52% dos eleitores votaram por sair, 48% por permanecer. 
A vitória apertada do sair mostrou um país dividido, o que já estava 
demonstrado na campanha do plebiscito. O partido Conservador, que está no 
poder, do primeiro-ministro David Cameron, teve defensores das duas posições 
– sair e permanecer na União Europeia. Já no Partido Trabalhista, a defesa do 
permanecer foi amplamente majoritária. A vitória do sair também fortaleceu os 
nacionalistas britânicos, cujo principal expoente é o UKIP – Partido da 
Independência do Reino Unido, do líder Nigel Farage. 
O voto por sair foi majoritário no País de Gales e no interior da Inglaterra, 
nos redutos eleitorais do Partido Trabalhista, nas regiões mais pobres e nas 
zonas industriais. Em Londres, Escócia e Irlanda do Norte, o voto por 
permanecer foi majoritário. Os mais velhos votaram pela saída, os mais jovens 
por permanecer. 
Os defensores da saída alegaram que o crescimento da União Europeia 
diminuiu a importância e a soberania britânica. O país tem que seguir regulações 
nas áreas de economia, política, migrações, entre outras, decididas pelo bloco 
econômico. Não pode tomar decisões diferentes. Contudo, há que se dizer que 
não existe imposição da União Europeia. Todos os acordos, tratados e 
convenções são decididos por todos os países membros, precisam da 
concordância de todos. 
O Reino Unidotambém enviaria mais dinheiro para a União Europeia, do 
que recebe de volta em investimentos. Saindo, sobraria mais dinheiro para ser 
investido no país. 
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A questão da migração de cidadãos europeus ao Reino Unido foi um dos 
temas polêmicos. Três milhões de migrantes de países do bloco do leste europeu 
residem e trabalham no país. O argumento utilizado pelos defensores da saída 
é de que esses migrantes tiram o emprego dos britânicos e tem acesso ao 
sistema de seguridade social, prejudicando a qualidade dos serviços para os 
nacionais. 
Os defensores da permanência argumentaram que sair do bloco vai trazer 
prejuízos econômicos, como a exigência de novas tarifas, regulações e acordos 
comerciais. Exemplo: O Reino Unido terá que fazer acordos comerciais com cada 
país ou blocos econômicos separadamente, inclusive com a União Europeia. 
A vitória do sair, levou a renúncia de David Cameron. Thereza May é a 
nova primeira-ministra. Um novo primeiro-ministro conservador será escolhido. 
É a primeira mulher a assumir o cargo em 25 anos, ou seja, desde o fim da era 
Margareth Thatcher, conhecida como “A Dama de Ferro”. 
A Escócia quer permanecer na União Europeia e já se movimenta pela 
realização de um novo plebiscito por sua independência. Em 2014, um plebiscito 
acabou decidindo pela permanência dos escoceses no Reino Unido, e um dos 
argumentos principais da campanha contra a independência era o acesso à União 
Europeia via Reino Unido. 
A saída do Reino Unido não será automática. Vai demorar até dois anos, 
após a notificação à União Europeia de que pretende sair do bloco. David 
Cameron já disse que caberá ao novo primeiro-ministro encaminhar a 
notificação. 
A saída do Reino Unido alimenta temores sobre a estabilidade e o futuro 
da União Europeia. Politicamente, os partidos nacionalistas crescem em vários 
países. Uma de suas bandeiras é a saída ou maior soberania nacional sobre a 
regulação europeia. A saída dos britânicos serviria como mais um estímulo para 
a defesa dessas ideias nos seus países. 
 
 
Margaret Thatcher governou o Reino Unido de 1979 a 1990. Foi a primeira 
mulher a ser eleita primeira-ministra no Reino Unido e em toda a Europa. 
Governou com pulso firme, ganhando o apelido de "Dama de Ferro" por suas 
posturas inflexíveis. Fez um governo de orientação liberal com a redução da 
intervenção do estado na economia, privatizações de empresas estatais e o corte 
de gastos sociais. 
 
 ALCA 
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A Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) foi proposta pelos 
Estados Unidos, em 1994. Seria integrada por todos os países americanos, 
exceto Cuba. Não chegou a se constituir como um bloco econômico. Após 
sucessivas discussões em torno da formação do bloco econômico, a Cúpula das 
Américas de 2005, realizada na Argentina, marca o fracasso do acordo, deixando 
as negociações em suspenso. 
 
 NAFTA 
O bloco é uma área de livre comércio, criada em 1994, integrada por 
Estados Unidos, Canadá e México. 
 
MERCOSUL 
Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) completa 25 anos 
em 2016. Como o nome diz, o bloco econômico almeja ser um mercado comum. 
No entanto, ainda não alcançou este estágio. Está na fase da união aduaneira, 
mas com algumas características de mercado comum, como o passaporte 
padrão e livre circulação e moradia de pessoas nos países do bloco. 
Tem como Estados membros o Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e 
Venezuela. A Bolívia é o mais novo membro do Mercosul, no entanto para a sua 
integração definitiva falta ainda a ratificação do seu ingresso por alguns 
parlamentos nacionais. 
Uma das críticas ao MERCOSUL são os poucos acordos de livre-comércio 
com outros países ou blocos econômicos. Só possui três acordos, com Egito, 
Israel e Palestina. 
O bloco negocia há mais de uma década um acordo de livre comércio com 
a União Europeia. As negociações enfrentam impasse principalmente devido à 
resistência da Argentina em reduzir as tarifas de importação. Isso porque existe 
o receio de que a abertura do mercado aos manufaturados europeus enfraqueça 
as indústrias nacionais. Por outro lado, há quem defenda que os ganhos no 
médio prazo com o aumento das exportações podem compensar essas eventuais 
perdas iniciais. 
 
Comunidade Andina 
Tem como objetivo ser um mercado comum. Os Estados membros são 
Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. 
 
 Aliança do Pacífico 
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Associação formada em 2012, por México, Peru, Colômbia e Chile para 
estabelecer gradualmente o livre comércio entre seus membros e entre eles e 
os países asiáticos banhados pelo Oceano Pacífico. 
 
 Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TTP) 
Em outubro de 2015, 12 países – Estados Unidos, Austrália, Brunei, 
Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura e Vietnã 
chegaram a um acordo de livre comércio que pode resultar no maior bloco 
econômico da história. O Tratado ainda precisa ser aprovado pelos parlamentos 
nacionais. Os países do TTP reúnem 40% do PIB mundial e tem 793 milhões de 
consumidores. Para os Estados Unidos e Japão, o Tratado é uma oportunidade 
de ficarem à frente da China (que não participa do TTP) e criar uma zona 
econômica na bacia do Pacífico capaz de contrabalançar o peso econômico dos 
chineses na região. 
 
(CESPE/TJDFT/2015 – ANALISTA JUDICIÁRIO) A parceria transpacífica 
(TPP) — peça central da estratégia dos Estados Unidos da América 
(EUA) de fortalecer sua influência na Ásia — vai muito além da abertura 
comercial, visto que ela avalia a liderança de Washington na definição 
de regras que poderão ditar um novo capítulo da integração econômica 
mundial, com a regulação dos investimentos, o funcionamento da 
Internet e a atuação de empresas estatais. 
O Estado de S.Paulo, 11/10/2015, p. B8 (com adaptações). 
Considerando o fragmento de texto precedente como referência inicial, 
julgue o item seguinte acerca do cenário econômico mundial 
contemporâneo. 
É possível inferir que a criação da TPP obedece a uma lógica 
essencialmente mercantil, o que afasta qualquer pretensão de 
hegemonia política e de hegemonia estratégica por parte dos EUA. 
COMENTÁRIOS: 
Propositalmente, a China não foi convidada a participar do TTP. Por trás 
dos objetivos econômicos de livre comércio, há também objetivos geopolíticos. 
Para os Estados Unidos e Japão, o Tratado é uma oportunidade de ficarem 
à frente da China e criar uma zona econômica na bacia do Pacífico capaz de 
contrabalançar o peso econômico dos chineses na região. 
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Formalmente, a Parceria Transpacífica é uma iniciativa econômica, mas, 
é, sobretudo, um elemento crucial na nova estratégia norte-americana para a 
Ásia e o Pacífico. O “giro estratégico para a Ásia” anunciado pelo governo Obama 
destina-se a contrabalançar o poderio chinês por meio de uma série de acordos 
de cooperação política, militar e econômica. É nessa moldura que deve ser 
examinado o macrobloco de comércio e investimentos. 
Gabarito: Errado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS: 
 
(CESPE/ABIN/2008 –ANALISTA DE INTELIGÊNCIA) O mercado é a 
instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é 
a evidência de que o mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer 
que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos protecionismos, 
mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As 
barreiras estabelecidas pelos blocos nacionais ou pelos acordos 
comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses 
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, 
pois, no mercado e nas expectativas de consumo que ele propicia que 
se materialize a globalização. 
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações). 
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue 
o item a seguir. 
 
01) A globalização econômica produziu a segmentação do espaço 
econômico mundial, expressa por meio da formação de blocos 
econômicos regionais como o MERCOSUL. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Antes da atual fase da globalização mundial já existiam blocos econômicos, 
porém poucos, com menos países e com um estágio menor de integração 
econômica. 
 Na globalização atual os blocos econômicos cresceram muito em número 
de países, novos blocos e estágios de integração. Os blocos econômicos 
segmentam o espaço econômico mundial. Em escalas diferentes, os países 
acabam tendo menos liberdade de negociarem acordos entre si, pois o espaço 
de negociação se dá entre os diferentes blocos. 
 Gabarito: Certo 
 
02) A globalização é um fenômeno puramente econômico-financeiro, 
fundamentado no alcance mundial do mercado, que aumentou os fluxos 
comerciais entre países e blocos de países. 
 
COMENTÁRIOS: 
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 A globalização é hegemonizada pelo capital econômico-financeiro. Porém, 
não é somente um fenômeno comercial, de mundialização dos mercados e do 
aumento dos fluxos de comercio entre países e blocos de países. 
 A globalização também é um fenômeno cultural, social, político e científico. 
Gabarito: Errado 
 
(CESPE/TCU/2008 – AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Ao 
apresentar a perspectiva local como inferior à perspectiva global, como 
incapaz de entender, de explicar e, em última análise, de tirar proveito 
da complexidade do mundo contemporâneo, a concepção global 
atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de 
um único código unificador de comportamento humano, e abre o 
caminho para a realização do sonho definitivo de economias globais de 
escala. Como resultado deste processo, o "modelo econômico" alcança 
sua perfeição, que não é somente descrever o mundo, mas efetivamente 
governá-lo. E esta é a essência mesma do paradigma moderno de 
desenvolvimento e de progresso, cujo estágio supremo de perfeição a 
globalização representa. 
Fica claro que a escala não poderia ser melhor ou maior do que sendo 
global e é somente neste nível que a sua primazia e universalidade são 
finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir 
alguma alternativa viável ao sistema ideologicamente dominante 
fundado no livre mercado, dada a ausência de qualquer cultura ou 
sistema de pensamento alternativo. 
Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz, creio que não 
poderemos escapar da conclusão de que o processo é totalmente 
coerente com as premissas da ideologia econômica que têm se afirmado 
como a forma dominante de representação do mundo ao longo dos 
últimos 100 anos, aproximadamente. 
A globalização não é, portanto, um acontecimento acidental ou um 
excesso extravagante, mas uma extensão simples e lógica de um 
"argumento". Parece realmente muito difícil conceber um resultado 
final que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as bases 
ideológicas sobre as quais está fundado. Em suma, a globalização 
representa a realização acabada e a perfeição do projeto de 
modernidade e de seu paradigma de progresso. 
G. Muzio. A globalização como o estágio de perfeição do paradigma 
moderno: uma estratégia possível para sobreviver à coerência do 
processo. 
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Trad. Luís Cláudio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Célia Paoli (Org.). 
Os sentidos da democracia. Políticas do dissenso e hegemonia global. 
2.ª ed. Petrópolis - RJ: Vozes; Brasília: NEDIC, 1999, p. 138-9 (com 
adaptações). 
Tendo o texto apresentado como referência inicial e considerando 
aspectos marcantes da realidade econômica e política mundial 
contemporânea, julgue o item que se segue. 
 
03) Sob o ponto de vista econômico, a globalização dos dias atuais é 
decorrência de um longo processo histórico, impulsionado, a partir da 
Revolução Industrial, pela expansão imperialista e neocolonialista 
iniciada em meados do século XIX. 
 
COMENTÁRIOS: 
O atual período de globalização, no qual vivemos, possui raízes na 
Revolução Industrial, na expansão imperialista e neocolonialista iniciada em 
meados do século XIX. 
A industrialização do continente Europeu marcou um intenso processo de 
expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de 
capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa 
buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades 
de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Nesse contexto, a partir do século 
XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África, Ásia e Oceania, 
dominando povos e territórios, implantando colônias, em um processo conhecido 
como neocolonialismo. 
O imperialismo nada mais é do que a política de expansão e dominação 
territorial, econômica e cultural de um país sobre outros ou sobre uma ou várias 
regiões geográficas. O imperialismo contemporâneo pode também ser 
denominado de neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o 
colonialismo dos séculos XV a XIX. O fim da Segunda Guerra Mundial (1945) 
marca o início da descolonização da África, Ásia e Oceania e o início da 
globalização moderna. 
Gabarito: Certo 
 
04) O expressivo desenvolvimento científico-tecnológico verificado na 
segunda metade do século XX foi decisivo para a ampliação da 
capacidade produtiva e para a circulação de mercadorias e de capitais, 
características essenciais da economia global do tempo presente. 
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COMENTÁRIOS: 
 A segunda metade do século XX conheceu um expressivo desenvolvimento 
científico-tecnológico, que possibilitou um rápido avanço da globalização. As 
novas tecnologias desenvolvidas permitem rapidez no processamento e na 
transmissão de informações. O que antes levava dias, ou semanas, para ir de 
um continente a outro, passou a chegar instantaneamente. A produção passou 
a conhecer expressivos aumentos da produtividade e da quantidade de bens, 
resultado dos avanços tecnológicos como a informática, robótica e automação. 
 Esses avanços foram decisivos para a circulação de mercadorias e de 
capitais pelo mundo, características essenciais da economia global atual. 
Gabarito: Certo 
 
05) A eliminação do espaço de manobra dos Estados nacionais, 
acompanhada da dissolução dos organismos multilaterais, é a mais 
evidente característica política da atualidade, razão pela qual as 
grandes corporações econômicas ditam as regras e monopolizam o 
poder mundial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa questão foi presente! Alguém por acaso ouviu falar que a ONU ou a 
Organização Mundial do Comércio (OMC) foram dissolvidas? 
De fato, as grandes corporações econômicas aumentaram o seu poder de 
influência nas decisões dos organismos internacionais e nos posicionamentos 
dospaíses-sede. O que há é uma inter-relação entre os interesses dos Estados 
nacionais e os interesses das grandes corporações originárias de cada país. 
Porém, os Estados nacionais permanecem com o seu espaço de manobra e de 
negociação perante os organismos multilaterais, que continuam ativos, não 
foram dissolvidos. 
Gabarito: Errado 
 
06) A força avassaladora da globalização destruiu as manifestações 
nacionalistas que sempre caracterizaram a história contemporânea. 
Assim, movimentos separatistas ou de independência nacional 
deixaram de existir, e os próprios governos nacionais se veem impelidos 
a acatar decisões vindas do exterior. 
 
COMENTÁRIOS: 
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A globalização acentuou a desigualdade econômica e social entre países, 
regiões e indivíduos, fator que aumenta as tensões sociais e agrava o risco de 
conflitos. A maior parte dos atuais conflitos armados ocorre no interior dos 
países, sob a forma de guerras civis de independência nacional ou separatistas. 
Exemplo disso são as disputas por riquezas naturais em países africanos, que 
opõe grupos de diversas origens, que se enfrentam militarmente. 
Gabarito: Errado 
 
07) (CESPE/ABIN/2008 – AGENTE DE INTELIGÊNCIA) A permeabilidade 
das fronteiras, as modificações operadas pela globalização e a 
porosidade das relações entre economia internacional e Estado nacional 
geraram novos desafios para a defesa e a segurança do Estado. 
A respeito desse tema, julgue o item. 
A globalização econômica trouxe consigo a possibilidade de aumento da 
interação entre os processos produtivos e o consumo, mas também a 
presença estratégica de grandes empresas globais vinculadas, direta ou 
indiretamente, ao aparelho político e estratégico de Estados nacionais 
que utilizam a internacionalização para a realização de seus interesses 
nacionais e para reforçar suas capacidades decisórias. 
 
COMENTÁRIOS: 
A competição no mundo globalizado se dá entre países e entre empresas. 
Nos mecanismos internacionais de governança, a decisão cabe aos países. 
Porém, as decisões tomadas influenciam de alguma forma as companhias 
globalizadas. Assim, ocorre uma interação de interesses entre os países e as 
suas empresas nacionais. 
Por outro lado, há o interesse dos países de que as empresas nacionais se 
expandam pelo mundo, conquistem novos mercados, o que traz retornos 
econômicos às nações e aumenta a sua capacidade de influenciar nas decisões 
internacionais. 
Desta forma, há uma vinculação direta ou indireta de grandes empresas 
globais ao aparelho político e estratégico dos Estados nacionais. 
Gabarito: Certo 
 
08) (IDECAN/UFPB/2016 – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO) A 
ocorrência do processo de globalização tem seu primórdio a partir das 
grandes navegações empreendidas por Portugal e Espanha no século 
XV. É fato que atualmente a globalização representa um profundo 
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antagonismo na realidade mundial. Acerca da afirmativa que ilustra o 
exposto, analise. 
I. Ao mesmo tempo que se cria possibilidades de um mundo unificado, 
agravam-se as velhas desigualdades, bem como surgem novas. 
Beneficia os países, grupos e pessoas mais ricas em detrimento dos 
pobres. 
II. Reorganização do sistema financeiro internacional, de acordo com as 
exigências dos grandes complexos empresariais e dos países 
desenvolvidos, bem como o rápido deslocamento de imensas somas de 
dinheiro e a interdependência de praticamente todas as bolsas de 
valores. 
III. Uso do inglês como língua universal, facilitando as trocas de 
informações entre diferentes pessoas, grupos e povos. 
IV. A revolução da informática influencia os mais diversos setores da 
vida social, acelerando os transportes e os fluxos de informações, 
encurtando o tempo e o espaço. 
Está correta apenas a afirmativa 
A) I. B) II. C) III. D) IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
I – Correta. A globalização cria possibilidades para um mundo unificado. No 
entanto, na globalização atual, as desigualdades se ampliaram e surgiram novas 
formas de desigualdade entre países e pessoas. Os países ricos e as pessoas 
ricas são quem mais se beneficia com a globalização. 
II – Incorreta. A reorganização do sistema financeiro internacional se dá de 
acordo com as exigências e necessidades do capital financeiro e das grandes 
corporações financeiras internacionais. 
III – Incorreta. O inglês é a língua mais utilizada nos negócios e nas relações 
internacionais. É a língua amplamente majoritária na internet. No entanto, a 
menor parte das pessoas no mundo fala, escreve e compreende o inglês. Neste 
contexto, a língua é uma barreira para a integração entre diferentes pessoas, 
grupos e povos. 
IV – Incorreta. De fato, a revolução da informática influencia os mais diversos 
setores da vida social, acelerando os transportes e os fluxos de informações, 
encurtando o tempo, mas não o espaço. As distâncias entre os lugares não 
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diminuíram. Exemplo: a distância entre São Paulo e Londres, continua a mesma, 
não diminuiu. Com a evolução tecnológica, o que diminui é o tempo de 
deslocamento entre os lugares, mas não a distância entre eles. 
Gabarito: A 
 
(CESPE/TJDFT/2015 – ANALISTA JUDICIÁRIO) A parceria transpacífica 
(TPP) — peça central da estratégia dos Estados Unidos da América 
(EUA) de fortalecer sua influência na Ásia — vai muito além da abertura 
comercial, visto que ela avalia a liderança de Washington na definição 
de regras que poderão ditar um novo capítulo da integração econômica 
mundial, com a regulação dos investimentos, o funcionamento da 
Internet e a atuação de empresas estatais. 
O Estado de S.Paulo, 11/10/2015, p. B8 (com adaptações). 
Considerando o fragmento de texto precedente como referência inicial, 
julgue o item seguinte acerca do cenário econômico mundial 
contemporâneo. 
 
09) A TPP insere-se no amplo contexto de uma economia 
crescentemente globalizada, realidade que, alimentada pela contínua 
ampliação da capacidade produtiva e alicerçada nas inovações 
tecnológicas que o desenvolvimento científico tem propiciado 
constantemente, é assinalada, entre outros elementos, pela 
extraordinária expansão do comércio e pelo elevado grau de 
competitividade. 
 
COMENTÁRIOS: 
O TTP se insere no amplo contexto da economia crescentemente 
globalizada, em que, uma de suas características é a formação de novos blocos 
econômicos. 
A globalização tem como algumas de suas características o crescimento 
da produção e do comércio mundial e o elevado grau de competitividade. O 
extraordinário desenvolvimento das telecomunicações foi um dos motores que 
impulsionaram a globalização atual, também marcada pela inovação tecnológica 
contínua. 
Gabarito: Certo 
 
10) De acordo com o ponto de vista norte-americano, a TPP garante 
continuidade aos passos estratégicos realizados anteriormente pelo 
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país com a criação do NAFTA — que integrou as economias dos EUA, do 
México e do Canadá — e da ALCA, voltada para o conjunto das Américas, 
ambos de inegável êxito político e econômico. 
 
COMENTÁRIOS: 
O NAFTA é um tratado de livre comércio que integrou as economias dos 
EUA, Canadá e México. A Área de Livre Comércio para as Américas – ALCA, 
proposta pelos Estados Unidos, em 1994, não chegou a se constituir em bloco 
econômico. As negociações estãosuspensas desde 2005. Ou seja, não há o 
inegável êxito político e econômico. Como bloco econômico, a ALCA continua no 
plano das intenções. 
Gabarito: Errado 
 
11) A crescente importância econômica de países como China e Índia, 
somada ao protagonismo do Japão na economia mundial após a 
Segunda Grande Guerra, cria a perspectiva de que a Ásia se torne cada 
vez mais influente no cenário econômico global. 
 
COMENTÁRIOS: 
A China é a segunda maior economia do mundo, respondendo por mais de 
10% do PIB mundial. O Japão é a terceira maior economia do mundo. E, a Índia 
é um dos principais países emergentes do mundo. Sua economia cresce a passos 
largos. É uma das dez maiores economias do mundo e nos próximos anos vai 
ganhar posições, ultrapassando, inclusive o Brasil. No futuro, de acordo com 
previsões, será uma das cinco maiores economias do mundo. 
Neste cenário, a Ásia que já é um continente influente no cenário 
econômico global, será mais ainda, nos anos vindouros. 
Gabarito: Certo 
 
12) O Brasil, nação simpatizante à ALCA e com objetivo de aderir ao TPP, 
suscitou desentendimentos entre seus parceiros de MERCOSUL, 
sobretudo com a Argentina, ao unir-se com o Chile e com o Peru. 
 
COMENTÁRIOS: 
Nas negociações para a formação do bloco econômico, suspensas desde 
2005, o Brasil teve muitas divergências com as propostas norte-americanas. O 
Brasil não tem sido uma nação simpatizante à ALCA. Por enquanto, o Brasil não 
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tem objetivos de aderir ao TTP e não suscitou nenhum desentendimento sobre 
o tema com os demais países do Mercosul. 
Gabarito: Errado 
 
13) (CESPE/2011/ CORREIOS - ANALISTA DE CORREIOS) Julgue os 
itens a seguir, relativos à Europa moderna e 
contemporânea. 
A queda do Muro de Berlim, em 1989, foi uma manifestação 
emblemática do colapso do socialismo real na Europa. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Muro de Berlim foi construído em 1961 para evitar a intensa migração 
dos berlinenses para o lado ocidental, região que passou pela reestruturação 
econômica com o Plano Marschall, onde buscavam empregos e ascender 
economicamente. A queda do Muro de Berlim, em 1989, ocorreu com o colapso 
do socialismo, marcando o fim desse período, o que culminou também com o 
fim da URSS, em 1991. O Muro de Berlim significou o fim do bloco socialista e a 
exaustão da Guerra Fria. 
Gabarito: Certo 
 
14) (CESPE/2010 - INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA) Com 
relação à evolução da Guerra Fria, julgue C ou E. 
Desde sua criação, o bloco comunista consolidado no Pacto de Varsóvia 
mantave-se coeso, sem crises internas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 O Pacto de Varsóvia foi uma aliança militar entre os países aliados ao bloco 
comunista, estabelecida em 1955, como resposta à criação da Otan. A URSS 
enfrentou cisões importantes no bloco de aliados, que comprometeram sua 
capacidade de domínio imperial sobre esses países, mudando sua integração 
com os mesmos. A Europa do Leste iniciou esse processo com a agitação política 
contra o sistema soviético - uma crise de lealdade dos partidos comunistas na 
região, após a morte de Stalin. A partir daí, países aliados ao bloco comunista, 
a Tchecoslováquia, a Romênia e a Albânia, reformularam o modelo nacional de 
comunismo. Desse modo, o bloco comunista não se manteve coeso, desde sua 
criação, portanto a afirmativa está incorreta. 
Gabarito: Errado 
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15) (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/2014 – DIPLOMATA) O termo 
Terceiro Mundo designa, a partir da Guerra Fria, o conjunto de países 
que se afastam dos blocos ocidental e soviético. Preocupados em passar 
da independência jurídica ao desenvolvimento autônomo, os países que 
saíram há pouco da condição de colônia reúnem-se, logo depois da 
Segunda Guerra, em grupos de solidariedade. 
Serge Berstein; Pierre Milza. História do século XX, 1945-1973. Rio de 
Janeiro: Companhia Editora Nacional, v. 2. 
A respeito das características e consequências da realidade expressa no 
texto acima, julgue (C ou E) os itens subsequentes. 
A Conferência de Bandung em 1955, composta de nações afro- asiáticas, 
propôs a implementação, pelos EUA, de um Plano Marshall para todos 
os países em desenvolvimento. 
 
COMENTÁRIOS: 
Em 1955, na Conferência de Bandung na Indonésia se reuniram países 
africanos e asiáticos, que foram chamados de países do “Terceiro Mundo”. Eram 
independentes, mas ainda subdesenvolvidos. Na Conferência criaram um novo 
bloco político de âmbito global. A afirmativa está incorreta, pois o Plano Marshall 
teve como objetivo a reconstrução das economias dos principais países 
capitalistas europeus, no pós-Segunda Guerra. Diferente dos países que 
pertenciam ao bloco capitalista, onde foi implantado o Plano Marschall pelos 
Estados Unidos, os países do Terceiro Mundo não queriam se envolver com a 
bipolarização dos EUA e da URSS. Portanto, não foi implantado o Plano Marschall 
em suas economias. 
Gabarito: Errado 
 
16) (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/2014 – DIPLOMATA) Os projetos 
de Bretton Woods se mostraram irrelevantes perto do objetivo urgente 
de reconstruir as economias das nações que estiveram em guerra. O pior 
conflito do mundo foi mais destrutivo para economias e sociedades do 
que o previsto. No pós-guerra, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita 
dos aliados europeus — URSS, França, Bélgica, Holanda e outros — 
correspondia a menos de 4/5 do que valia em 1939; na maioria desses 
países, os índices de 1946 estavam bem menores que os do início da 
década de 20. As condições nos países derrotados eram muito piores. 
A mudança de posição da Europa ocidental na economia internacional 
dificultaria a recuperação. Para se reconstruir, o continente precisava 
importar alimentos, matérias-primas e equipamentos tecnológicos. No 
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entanto, boa parte da capacidade europeia de ganhar dinheiro para 
financiar as importações havia se esgotado. Com a Guerra Fria, a Europa 
Ocidental passou a não ter mais acesso aos mercados das partes 
oriental e central do continente. Enquanto isso, os EUA e o restante do 
hemisfério ocidental desfrutavam de prosperidade. 
Jeffry A. Frieden. Capitalismo global: história econômica e política do 
século XX. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 283-4 (com 
adaptações). 
Tendo ainda o texto de J.A. Frieden acima como referência, julgue (C ou 
E) os itens subsequentes, relativos ao quadro histórico europeu e 
mundial do pós-Segunda Guerra. 
A expressão “Cortina de Ferro”, utilizada por Winston Churchill em 
discurso tido como ato inaugural da Guerra Fria, correspondia aos 
países do Leste europeu que se tornaram “democracias populares”, 
denominação por eles adotada ao se proclamarem marxistas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 O fragmento de texto apresenta aspectos da polarização no mundo que 
ocorreu na Guerra Fria, que resultou na formação de dois blocos de países 
liderados pelos EUA e a URSS. Fizeram parte do bloco comunista países do Leste 
e do Centro da Europa, que haviam sido libertados pelos soviéticos do jugo do 
nazismo pelo Exército Vermelho. Conforme a afirmativa que está correta, os 
países do Leste da Europa tornaram-se “democracias populares” e fizeram parte 
da “Cortina de Ferro”, expressão utilizada por Churchill, ex-primeiro-ministro 
britânico, pois eram regimes autoritários e isolados. 
Gabarito: Certo 
 
17) (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/2013 – DIPLOMATA) A Guerra 
Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História 
Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E)

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