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Recursos no Processo Penal- UVA AA

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Sentença
Natureza jurídica: “É uma manifestação intelectual lógica e formal emitida pelo Estado, por meio de seus órgãos jurisdicionais, com a finalidade de encerrar um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida, mediante a aplicação do ordenamento legal ao caso concreto.”
Classificação:
I – SENTENÇA EM SENTIDO AMPLO (decisões), não julgam o mérito da causa:
01- Decisão interlocutória simples – soluciona um incidente no processo, questão relativa a regularidade ou marcha processual. Ex. Decisão que decreta prisão preventiva; que recebe a denúncia; etc...
02 - Decisão interlocutória mista – tem força definitiva, encerra uma fase do procedimento ou extingue o processo sem o julgamento do mérito. Divide-se em:
2.1 – Decisão interlocutória mista não terminativa - encerra uma fase do procedimento e da início a outra fase.
Ex: Decisão de pronúncia (art. 413).
2.2 - Decisão interlocutória mista terminativa – extingue o processo sem o julgamento do mérito.
Ex: Decisão que rejeita liminarmente a denúncia ou queixa (art. 395)
II – SENTENÇA EM SENTIDO ESTRITO: É a decisão definitiva que o juiz profere solucionando a causa (art. 403)
Despachos são movimentações administrativas necessárias para que o processo seja direcionado para atingir seu objetivo final: decidir o problema. São exemplos de despachos: designações de audiência, determinações de intimação etc. Por não se tratar de uma decisão, não cabem recursos ao despacho.
REQUISITOS FORMAIS DA SENTENÇA:
1º - Relatório (art. 381, I e II, CPP): é um resumo de tudo o que foi praticado no processo. Deve conter, resumidamente, as teses desenvolvidas pelas partes, sob pena de nulidade relativa. 
Obs. A Lei nº 9.099/95, dispensa o relatório.
 
2º - Motivação ou fundamentação (art. 381, III): é o requisito pelo qual o juiz está obrigado a indicar os motivos de fato e de direito que o levaram a tomar a decisão. O juiz analisará todas as alegações das partes, sob pena de nulidade (art. 93, inciso IX da CF). 
3º - Decisão – Dispositivo - Conclusão ou Decisum (art. 381, IV e V, CPP): é a conclusão do juiz, decidindo a causa, julgando procedente ou improcedente a pretensão punitiva do Estado, absolvendo ou condenando o acusado. 
 Art. 387.  O juiz, ao proferir sentença condenatória:             
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer;
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;         
III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões;          
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;           
V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;
VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal).
§ 1o  O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. 
  Art. 389.  A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim.
Emendatio Libelli – art. 383 do CPP. - Mutatio Libelli – art. 394 do CPP.
Recurso é o pedido de reexame, reforma ou anulação de uma decisão, por erro in procedendo (anulação) ou erro in judicando (reforma).
Juízo a quo – É aquele que prolata a decisão recorrida e Juízo ad quem – É aquele a que se pede a reforma ou anulação da decisão.
Juízo de admissibilidade (juízo de prelibação). Juízo de delibação (análise do mérito do recurso).
Art. 574. OS RECURSOS SERÃO VOLUNTÁRIOS, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser interpostos, de ofício, pelo juiz: I - da sentença que conceder habeas corpus; II - da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411. 
Hipóteses de recurso de ofício:
Art. 574, I - Sentença concessiva de HC.
Art. 14, §1º da Lei 12.016/09 - Sentença concessiva de MS.
Art. 746 - Sentença concessiva de reabilitação criminal.
Art. 7 da Lei 1.521/51 - Sentença absolutória em crime contra economia popular ou saúde pública.
Art. 7 da Lei 1.521/51 - Decisão de arquivamento de IP em crime contra economia popular ou saúde pública.
Obs. Não cabe recurso de ofício da sentença que absolver desde logo o réu com fundamento na “existência de circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena”, cabendo somente a “APELAÇÃO”. O Art. 574, II foi tacitamente revogado pela lei nº 11.689/08 e atualmente, o art. 415 do CPP trata da absolvição sumária, mas não faz referência ao recurso de ofício
Pressupostos recursais objetivos:
1º Previsão legal - deve existir previsão legal de recurso para impugnar a decisão.
2º Adequação – deve ser utilizado o recurso adequado para impugnar a decisão. Obs. Princípio da Fungibilidade dos Recursos art. 579.
3º Unirrecorribilidade – em regra a decisão
 será impugnada por somente um recurso. Exceções: R.Esp e R.Ext. – Recurso necessário e RESE das sentença que conceder HC (art. 574 e 581, inciso X).
4º Interposição: art. 578 – por petição, termo nos autos, declaração oral ou manifestação inequívoca do desejo de recorrer.
5º Intimação – art. 789, §5º - a) da intimação; b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho. 
Precatória – Sumula 710 do STF: No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
STJ - EDIÇÃO N. 69: Na intimação pessoal do réu acerca de sentença de pronúncia ou condenatória, a ausência de apresentação do termo de recurso ou a não indagação sobre sua intenção de recorrer não gera nulidade do ato.
6º Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo.
7º Preparo – devem ser recolhidas as custas. Obs. Somente na ação penal privada o recurso não será conhecido se não forem antecipadas as custas para recorrer.
Pressupostos recursais subjetivos:
legitimidade (MP, querelante, o réu, o querelado e o seu defensor, o assistente da acusação e a vítima na apelação subsidiária, art. 598);
Interesse ou sucumbência - existência de gravame/interesse recursal. Art. 577, §único.
Regras Gerais:
→ Motivação: assim como as decisões, os recursos têm de ser motivados, fundamentados. 
→ Proibição da Reformatio in Pejus e a permissão da Reformatio in Mellius: art. 617 e Súmula 160 do STF. Está vedada a reforma para pior, ou seja, diante de exclusivo recurso da defesa, não pode o tribunal piorar a situação jurídica do imputado. Por outro lado, sempre será permitida a Reformatio in Mellius, reforma da decisão para melhorar a situação jurídica do réu, inclusive quando ele não recorre. 
→ Proibição da Reformatio in Pejus Indireta, quando o tribunal anula a sentença por recurso da defesa a nova sentença não pode ser mais gravosa que a sentença anulada.
REFORMATIO IN PEJUS INDIRETA NO JÚRI. Tratando-se de preceito decorrente da lei ordinária (CPP, art. 617), a vedação da "reformatio in pejus" indireta não se aplica às decisões do Tribunal do Júri, cuja soberania assenta na própria Constituição Federal (art. 5º, XXXVIII). Habeas Corpus nº 73367/MG, STF, Rel. Min. Celso De Mello, j. 12.03.96, Informativo STF, 15.03.96, nº 23).
→ Tantum devolutum quantum appellatum: tanto se devolve quanto se apela. É uma limitação imposta pelo efeito devolutivo. Mas, diante da autorização da reformatio in mellius, esse princípio acaba sendo uma limitação recursal ao acusador.
→ Indisponibilidadedo Recurso: na ação penal pública, o MP não está obrigado a recorrer, mas, uma vez interposto o recurso, não pode dele desistir (art. 576). Disponibilidade do Recurso na ação penal de iniciativa privada existe, o querelante poderá desistir a qualquer momento, pois disponível. Quanto ao recurso da defesa, recomendase que a desistência ou renúncia seja firmada pelo réu e seu defensor (Súmulas 705 e 708 do STF).
EFEITOS DOS RECURSOS:
1º Efeito devolutivo: é aquele que permite ao Judiciário reexaminar uma questão já decidida. Trata-se de decorrência natural da garantia do duplo grau de jurisdição.
Todo recurso possui efeito devolutivo. É um efeito inerente ao próprio direito de recorrer.
2º Efeito Suspensivo: é aquele que tem o condão de obstar a eficácia de decisão recorrida. Quando um recurso é dotado de efeito suspensivo, ele impedirá que a decisão produza seus efeitos enquanto ele não for definitivamente julgado.
Regra geral: os recursos não têm efeitos suspensivos.
Obs.: A apelação, quando interposta de sentença condenatória, terá sempre efeito suspensivo, mas não impede a prisão preventiva.
3º Efeito Regressivo, diferido ou iterativo: trata-se do efeito do recurso que autoriza o órgão prolator da sentença da decisão a se retratar. É aquele que confere à autoridade decidente o denominado “juízo de retratação.”
Em processo penal, trata-se de efeito singular de alguns recursos. A maioria dos recursos regulares não o tem.
Possuem efeito regressivo: RESE e todos os demais que seguem o seu rito procedimental, como o agravo em execução; a carta testemunhável (quando interposta da decisão que não conhece do RESE anteriormente interposto) e o agravo interposto da decisão que não conhecer recurso especial e recurso extraordinário.
4º Efeito Extensivo: Previsto no artigo 580 do CPP:
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.
A decisão proferida no recurso de um corréu beneficia aos demais que não recorreram, salvo quando fundado em motivos de ordem exclusivamente pessoal.
Regra: todos os recursos do processo penal são dotados de efeito extensivo. Aliás, não só os recursos, esse efeito se aplica também às ações autônomas de impugnação, como o habeas corpus, o mandado de segurança e a revisão criminal.
TEMPESTIVIDADE: Contagem do prazo (art. 798).
48 horas – CARTA TESTEMUNHÁVEL - Art. 640.  A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas. Ex. da decisão que denega apelação caberá RESE (art. 581, XV) e da decisão que denegar o RESE caberá Carta Testemunhável (640).
2 dias para EMBARGUINHOS e EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (382 e 619). Obs. No JECRIM os Embargos de Declaração tem prazo de 5 dias (art. 83 da L. 9.099/95)
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas, poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão.
Art. 382.  Qualquer das partes poderá, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentença, sempre que nela houver obscuridade, ambigüidade, contradição ou omissão.
Lei 9.099/95 - Art. 83.  Cabem embargos de declaração quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição ou omissão.                        
§ 1º Os embargos de declaração serão opostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
§ 2o Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso.
5 dias para interposição do RESE (Cabimento art. 581 / prazo 586) e 2 dias para juntada das Razões (art. 588). Obs. Da decisão que inclui o exclui jurado da lista geral cabe RESE no prazo de 20 dias (586, §único).
Art. 586.  O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único.  No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação definitiva da lista de jurados
Art. 588.  Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao recorrido por igual prazo.
Parágrafo único.  Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
        
5 dias para interposição da APELAÇÃO (Cabimento art. 593 / prazo 586) e 8 dias para juntada das Razões (art. 600). 
Art. 586.  O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Art. 600.  Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
§ 1o  Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o Ministério Público.
§ 2o  Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior.
§ 3o  Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão comuns.
§ 4o  Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.    
10 dias para EMBARGOS INFINGENTES e de NULIDADE (art. 609, §único).  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu.     
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária.                
Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.           
15 dias para interposição, com as razões em anexo, do RECURSO ESPECIAL para o STJ e RECURSO EXTRAORDINÁRIO. para o STF, dos acórdãos dos Tribunais (TJ ou TRF). (art. 1.029 a 1.041 do CPC, 105, III e art. 102, III da CF.
Obs. Exige-se que o cordão ventile a matéria constitucional, admite-se o prequestionamento através de Embargos de Declaração.
Obs. Não se admite Recurso Especial de acórdão do JECRIM, mas se admite Recurso Extraordinário.
SÚMULA 279 do STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
SÚMULA 7 do STJ: A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
        
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. (Cabimento art. 30 da Lei 8.038/90 /prazo Sumula 319 STF) 
Caberá Recurso Ordinário Constitucional – contra decisão denegatória de habeas corpus ou mandado de segurança, proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior. Portanto, poderá ser interposto perante o STJ ou perante o STJ.
A interposição do recurso deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal que a proferiu a decisão denegatória, com as razões recursais em anexo endereçadas ao STJ ou ao STF, conforme o caso.
O recurso ordinário constitucional é interposto no tribunal recorrido, mas o exame de sua admissibilidade ocorrerá somente no tribunal que irá julgá-lo, sob pena de usurpação de competência.
Da decisão que denega habeas corpus o prazo é de 5 dias.
Da decisão que denega mandado de segurança o prazo é de 15 dias (art. 1.003, caput e §5º do CPC).
Da decisão denegatória de Habeas Corpus do Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, cabe recurso ordinário para o STJ. 
O ROC para o STF caberá das decisões denegatórias de HC, MS (individual ou coletivo), Habeas Data, Mandado de Injunção (individual ou coletivo) decididos em única instânciapelos Tribunais Superiores ( STJ, STM, TSE e TST).
O processamento está disposto na Lei n. 8.038/90, nos arts. 30 a 32, estes dispositivos não foram revogados pelo novo CPC (art. 1.072, IV, do CPC). 
CUIDADO - Súmula 319-STF: O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em "habeas corpus" ou mandado de segurança, é de cinco dias. 
Obs. A súmula 319 do STF é anterior ao CPC/2015 e, portanto, em se tratando de mandado de segurança o prazo é de 15 dias na forma do art. 1.003, caput e §5º do CPC.
        
5 dias para AGRAVO EM EXECUÇÃO . (Cabimento art. 197 da Lei de Execuções Penais – L. 7.210/84 / prazo Sumula 319 STF) 
Lei 7.210/84 - Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
Súmula 700 do STF - É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da
execução penal.
Obs. O art. 197 da LEP revogou tacitamente os incisos do art. 581 (RESE) que tratam de execução penal.
Obs. DEFENSORIA PÚBLICA – Prazo em dobro. Art. 5º, §5º da Lei 1.060/50
Art. 5º. O juiz, se não tiver fundadas razões para indeferir o pedido, deverá julgá-lo de plano, motivando ou não o deferimento dentro do prazo de setenta e duas horas.
§ 5° Nos Estados onde a Assistência Judiciária seja organizada e por eles mantida, o Defensor Público, ou quem exerça cargo equivalente, será intimado pessoalmente de todos os atos do processo, em ambas as Instâncias, contando-se-lhes em dobro todos os prazos.      
        
REVISÃO CRIMINAL: é uma ação de impugnação, de natureza desconstitutiva, não submetida a prazos e que se destina a rescindir uma sentença transitada em julgado, estando prevista nos arts. 621 a 631. 
CABIMENTO: contra acórdão ou sentença condenatória ou absolutória imprópria, com trânsito em julgado, nos casos previstos no art. 621: 
a) contrária ao texto expresso da lei penal, processual penal ou da Constituição; b) contrária à prova dos autos, contrariedade frontal, completamente divorciada do contexto probatório (polêmica aplicação do in dubio pro societate); c) decisão que se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos, sendo que esta prova deve ser pré-constituida (pode ser usada a produção antecipada da prova, arts. 381 e s. do CPC). d) quando após a sentença se descobrirem novas provas de inocência ou circunstância que autorize a diminuição da pena, sendo que essa “prova nova” pode ser tanto a que surgiu após o processo, como também a preexistente que não ingressou nos autos (excepcionalmente pode ser uma prova que estava no processo, mas não foi valorada na decisão). 
Pode ser utilizada a produção antecipada da prova para coleta. É polêmica a aplicação do in dubio pro societate. 
→ Prazo: art. 622, não tem prazo para interposição, podendo ser feita até mesmo após o cumprimento integral da pena ou a morte do réu (art. 623). 
→ Legitimidade: art. 623 – próprio réu, seu defensor, ou em caso de morte, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Não se exige capacidade postulatória podendo ser requerida pelo próprio réu ou seus sucessores. Obs. O Ministério Público não tem legitimidade para pedir a revisão criminal.
→ Competência: A competência para julgar a revisão é do respectivo tribunal (estadual, federal etc.), seja para rescindir sentença dos juízes a ele vinculados, seja para revisar os acórdãos proferidos pelo próprio tribunal.. 
→ Limites: arts. 626-627. 
→ É possível requerer o reconhecimento do direito a indenização (art. 630). 
        
	- hipóteses de cabimento (art. 621, CPP): 
I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
II – quando a sentença condenatória fundar-se em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstâncias que determine ou autorize diminuição da pena.
  - procedimento: interessado dirigirá requerimento ao presidente do tribunal competente  o pedido será distribuído a um relator que não tenha proferido decisão em qualquer fase do processo  o relator poderá indeferir liminarmente o pedido, se o julgar insuficientemente instruído e entender inconveniente para o interesse da justiça o apensamento aos autos principais, cabendo recurso nos termos do que preceituar o regimento interno  não havendo deferimento liminar, os autos irão ao órgão de 2ª instância do MP, que oferecerá parecer em 10 dias  os autos retornarão ao relator, que apresentará relatório em 10 dias e, após, ao revisor, que terá prazo idêntico para análise; pedirá, por fim, designação de data para julgamento  a decisão será tomada pelo órgão competente.
  - efeitos: se julgada procedente, poderá acarretar a alteração da classificação da infração, a absolvição do réu, a modificação da pena (redução) ou a anulação do processo; se julgada improcedente, só poderá ser repetida se fundada em novos motivos. 
        
HABEAS CORPUS: Art. 5º, LXVIII, da CF e arts. 647 a 667. 
→ É uma ação autônoma de impugnação, de natureza mandamental e com status constitucional. Possui procedimento sumário e cognição limitada (impossibilidade de dilação probatória, mas está autorizada a análise de prova pré-constituída independentemente da complexidade da questão jurídica tratada). 
→ Pode ser preventivo ou liberatório. 
CABIMENTO: arts. 647 a 648. 
a) quando não houver justa causa para a prisão (ou ação penal): não houver suficiente fumus commissi delicti ou periculum libertatis para justificar a prisão. Excepcionalmente o HC pode ser usado para trancar o processo (e não a ação), quando manifestamente não houver condição da ação penal; 
b) excesso de prazo da prisão cautelar; 
c) prisão cautelar decretada por autoridade incompetente; 
d) quando houver cessado o motivo que autorizou a coação: desaparecimento do periculum libertatis, ou da situação fática que justificava a prisão preventiva; 
e) quando não for concedida fiança, nos casos em que a lei autoriza; 
f) processo manifestamente nulo: neste caso o objeto do HC não é uma prisão ilegal, mas um processo ilegal, onde se busca o reconhecimento da ilicitude (de uma prova, por exemplo) ou nulidade de ato. Típica utilização do HC como instrumento de ataque processual (collateral attack), que não se restringe aos casos de prisão ilegal; 
g) quando estiver extinta a punibilidade, cabendo o HC inclusive para trancamento de inquérito policial ou processo penal. 
        
→ Admite-se HC contra ato de particular quando a ilegalidade da restrição da liberdade não for manifesta a ponto de autorizar a imediata intervenção policial. 
→ O HC é sempre impetrado a uma autoridade judiciária superior, com poder para desconstituir o ato coator (Princípio da hierarquia). 
→ Dever de corrigir o endereçamento: art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora.
→ Juizados Especiais Criminais: Súmula 690 do STF ESTÁ SUPERADA - A atual orientação é no sentido de que ESTA SÚMULA NÃO DEVE SER MAIS APLICADA, sendo considerada superada. Com a superação desse entendimento, para o STF a competência para julgamento de habeas corpus impetrado contra acórdão de Turma Recursal pertence aos Tribunais de Justiça e aos Tribunais Regionais Federais (HC 86.834 de 2007).
→) Autoridade Coatora for Promotor ou Procurador da República: competência do TJ ou TRF. 
→ Legitimidade para interpor: qualquer pessoa, em seu benefício ou de terceiro, sem restrições. 
→ Pessoa Jurídica pode impetrar? Há divergência, havendo julgados admitindo somente Mandado de Segurança. Contudo, como já decidido pelo STF, entendemos que, se a pessoa jurídica pode ser acusada pela prática de um crime ambiental, poderá utilizar o HC como instrumento de ataque processual. 
        
→ Os juízes e tribunais podem conceder HC de ofício – art. 654, § 2º. 
→ Momentos decisórios: 
a) decisão liminar (restrição do uso de HC contra liminar- Súmula 691 do STF – Não compete ao supremo tribunal federal conhecer de "habeas corpus" impetrado contra decisão do relator que, em "habeas corpus" requerido a tribunal superior, indefere a liminar.
b) decisão final.
Obs. Da decisão de 1º grau que concede o habeas corpus é cabível recurso em sentido estrito (art. 581, inc. X, do CPP) e recurso de ofício (art. 574, inc. I, do CPP). Da decisão que nega a ordem, também é cabível o recurso strictu juris. A doutrina e jurisprudência admitem que, ao invés de se valer de tal recurso, o interessado ingresse com outro habeas corpus (chamado substitutivo), diretamente no Tribunal, aparecendo, agora, o juiz de 1º grau na qualidade de coator. Isso porque o writ impetrado no Tribunal terá maior eficácia, com prioridade sobre os demais pedidos, merecendo, assim, um julgamento mais célere, se comparado àquele reservado ao recurso em sentido estrito.
Obs. Caberá Recurso Ordinário Constitucional da decisão que denega Habeas Corpus proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior. Portanto, poderá ser interposto perante o STJ ou perante o STF, no prazo é de 5 dias (Súmula 319-STF). É erro grosseiro a utilização de recurso Especial.
        
MANDADO DE SEGURANÇA NA JUSTIÇA CRIMINAL – Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 209 - LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências.
- considerações gerais: embora seja uma ação constitucional de natureza civil, pode ser utilizado, em determinadas hipóteses, contra ato jurisdicional penal.
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público” (art. 5°, LXIX, da CF).
- legitimidade: 
- ativa – o titular do direito líquido e certo violado ou ameaçado, havendo necessidade de o impetrante fazer representar-se por advogado habilitado; o promotor de justiça é parte legítima para impetrá-lo contra ato jurisdicional, inclusive perante os tribunais.
- passiva – autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
- competência: é definida de acordo com a categoria da autoridade coatora, bem assim em razão de sua sede funcional; no caso do MS voltar-se contra decisão judicial, competente será o tribunal incumbido de julgar os recursos relativos à causa; a competência para julgar os MS contra ato jurisdicional do Juizado Especial Criminal é do tribunal de 2ª instância e não da turma recursal. 
        
	– art. 23- prazo para impetração : 120 dias, a contar da cientificação acerca do teor do ato impugnado (exclui o dia inicial); ele é decadencial, insusceptível de interrupção ou suspenção.
procedimento: impetração, se urgente, por via de telegrama, radiograma, fac-símile etc. 
 o juiz ou relator poderá, ao despachar a inicial, caso haja pedido de liminar, determinar a suspensão do ato, se presentes o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora” 
 a autoridade coatora será notificada para prestar informações no prazo de 10 dias (idêntico prazo será conferido ao litisconsorte necessário, que deverá ser citado, para oferecer contestação) 
 prestadas ou não as informações, os autos irão ao MP, que se manifestará em 5 dias 
 o juiz decidirá no prazo de 5 dias.
Obs. Caberá Recurso Ordinário Constitucional da decisão que denega mandado de segurança proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior. Portanto, poderá ser interposto perante o STJ ou perante o STF, no prazo é de 15 dias (art. 1.003, caput e §5º do CPC). É erro grosseiro a utilização de recurso Especial.
        
  
	- CORREIÇÃO PARCIAL - conceito: é instrumento de impugnação de decisões que importem em inversão tumultuária de atos do processo e em relação às quais não haja previsão de recurso específico.
  - natureza jurídica: há divergência, para alguns, trata-se de providência administrativo-disciplinar, destinada a provocar a tomada de medidas censórias contra o juiz, que, secundariamente, produz efeitos no processo; outra corrente afirma que, nada obstante originariamente a correição ostentasse caráter disciplinar, não se pode, atualmente, negar-lhe a natureza de recurso, uma vez que tem por finalidade a reforma pelos tribunais de decisão que tenha provocado tumulto processual.
  - legitimidade: o acusado, o MP ou o querelante, bem como o assistente de acusação.
  	- hipóteses de cabimento: 
- quando o juiz não remeter os autos de IP já findo à polícia para a realização da diligência requeridas pelo promotor de justiça; 
- quando o juiz, nada obstante haver promoção de arquivamento lançada no IP, determinar o retorno dos autos à polícia, para prosseguimento das investigações;
- de decisão que indeferir a oitiva de testemunha tempestivamente arrolada;
- da decisão que, por ocasião do recebimento da denúncia, altera a classificação jurídica da infração etc.
- prazo para interposição: 5 dias.
  - processamento: interposição mediante petição dirigida ao tribunal competente e conterá a exposição do fato e do direito, bem assim as razões do pedido de reforma; será instruída com cópia da decisão impugnada, da certidão de intimação do recorrente e das procurações outorgadas aos advogados  o relator, a pedido do interessado, poderá conferir efeito suspensivo à correição, bem como requisitar informações ao juiz e, após, determinará a intimação da parte adversa, para que apresente resposta diretamente ao tribunal  a correição será julgada, desde que não tenha havido reforma da decisão pelo juiz no juízo de retratação, hipótese em que o recurso restará prejudicado.

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