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EMBRIOLOGIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO • 1ª etapa: fase da determinação sexual através da fertilização (sexo cromossômico). • 2ª etapa: fase indiferenciada: gônadas feminina e masculina idênticas. • 3ª etapa: fase da diferenciação sexual através dos efeitos dos genes do cromossomo Y. • A diferenciação sexual é um processo complexo, que envolve muitos genes. A chave é o cromossomo Y, o qual, a partir da gônada indiferenciada, dá origem ao testículo (presença do Y) e ao ovário (ausência do Y). FORMAÇÃO DAS GÔNADAS • 5ª semana: na região lombar forma-se um par de cristas longitudinais, as cristas gonadais (ou genitais), que são formadas pela proliferação do epitélio e condensação do mesênquima sobrejacente. Esse processo ocorre a partir da diferenciação do mesoderme intermediária. • Origem das células germinativas primordiais (gonócitos): 4ª semana de gestação (24º dia) na camada endodérmica da parte posterior do saco vitelino. • Migração das células germinativas primordiais (gonócitos): chegam às gônadas primitivas e invadem a crista gonadal. Região caudal posterior do saco vitelínico tem proliferação de células -> migram para mesentério dorsal do intestino posterior -> povoam crista gonadal. • Com a chegada dos gonócitos nas cristas gonadais, o epitélio da crista se espessa, formando cordões irregulares, os cordões sexuais primitivos (onde se alojam os gonócitos). • 5ª e 6ª semana: formação dos ductos genitais. • Formação dos ductos paramesonéfricos (de Muller): Ao final da 4ª semana do desenvolvimento, ocorre a invaginação do epitélio celomático. • Os ductos paramesonéfricos tem sua extremidade cranial aberta na cavidade peritoneal e na região caudal se confluem na região próxima à bexiga. Lara Mattar | Embriologia | Medicina UFR Origem das células germinativas primordiais / gonócitos na endoderme posterior do saco vitelínico (4ª sem) → Diferenciação da mesoderme intermediária, formando as cristas gonadais pela proliferação do mesênquima sobrejacente às cristas longitudinais (5ª sem) → Gonócitos migram para mesentério dorsal do intestino posterior → Gonócitos invadem as cristas gonadais → Epitélio das cristas gonadais se espessa, formando cordões sexuais primitivos que alojam os gonócitos → Formação dos ductos genitais (5ª e 6ª sem) RESUMO • A gônada indiferenciada possui córtex e medula. » XY: córtex regride e medula origina o testículo. (O cromossomo Y implica na regressão cortical). » XX: córtex origina o ovário e medula regride. • Gônada indiferenciada: » Testículo: desenvolvimento cordões medulares, degeneração cordões corticais, t. albugínea espessada. » Ovário: degeneração cordões medulares, desenvolvimento cordões artificiais, t. albugínea delgada. DIFERENCIAÇÃO GONADAL DO SEXO MASCULINO • Braço curto do cromossomo Y = pY11 = gene SRY codifica o fator de determinação testicular -> Inicia a sequencia de eventos para formação do testículo no embrião. • Com a codificação do FDT, os cordões sexuais primitivos proliferam, penetram profundamente a medula da gônada formando os cordões testiculares (túbulos seminíferos). No hilo da gônada os cordões testiculares formam a rede do testículo (rede testis). • O epitélio superficial da gônada dá origem às células de Sertoli (produzem hormônio anti-mulleriano) e o mesênquima da crista gonadal dá origem às células de Leydig (produzem testosterona). • Densa camada de TC fibroso que envolve essa gônada se diferencia em t. albugínea e separa os cordões testiculares do epitélio superficial. • As células de Sertoli, na 6ª e 7ª semana, produzem hormônio antimulleriano ou substancia inibidora mulleriana. Assim, os ductos paramesonéfricos degeneram. • Na 8ª semana, as células de Leydig produzem testosterona, e o ducto mesonéfrico (De Wolff) formam o epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal. Assim, ocorre a masculinização da genitália externa. • O epitélio do mesoderma ducto deferente origina a vesícula seminal e o epitélio do endoderma da uretra se diferencia em próstata e glândula bulbouretral. Tudo isso dependente de testosterona e di-hidrotestosterona. DIFERENCIAÇÃO DOS DUCTOS SEXUAIS NO SEXO FEMININO • Diferenciação gonadal no sexo feminino: cordões sexuais primitivos do córtex se dissociam, e se quebram, originando grupos de gonócitos envoltos por células agora chamadas foliculares. Assim, formam-se os folículos primordiais. O desenvolvimento sexual feminino no período fetal não depende de ovários ou hormônios, diferente do masculino (depende de testosterona e fator antimulleriano). » Ducto mesonéfrico (de Wolff): regride » Ducto paramesonéfrico (de Muller): origina tubas, útero e parte superior da vagina. DUCTO MESONÉFRICO (WOLFF) DUCTO PARAMESONÉFRICO (MULLER) XX Degeneram Origina tubas, útero e parte superior da vagina XY Origina epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal Degeneram • A porção caudal dos ductos paramesonéfricos forma o útero e a vagina. • Anomalias do útero e vaginal decorrem de anomalias na fusão ou regressão da porção caudal do ducto paramesonéfrico. • Genitália externa: indiferenciada até 7ª semana. Formada pela migração de células mesenquimais pela linha primitiva e ficam em torno da membrana cloacal. No SEXO MASCULINO, a genitália é dependente de testosterona das células de Leydig. » Pregas uretrais → corpo do pênis » Tubérculo genital → glande » Saliências labioescrotais → escroto » Mesênquima do falo → corpos cavernosos e espojosos No SEXO FEMININO, o desenvolvimento depende do estrógeno. » Pregas uretrais → pequenos lábios » Tubérculo genital → clitóris » Saliências labioescrotais → grandes lábios » Falo primordial → diminui
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