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HPV

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HPV 
• Trata-se de um grupo de mais de 200 vírus relacionados. Para cada variante de um grupo é atribuído um número. 
• Esse vírus tem atração pelas células epiteliais escamosas, por isso, se instala na superfície da pele e de superfícies 
úmidas (vagina, ânus, colo uterino, vulva, cabeça do pênis, boca, garganta, traqueia, brônquios e pulmões). 
• É uma das IST mais comuns do mundo, em grande parte, sendo autolimitada e transitória, sem causar danos. 
• Envolvido em praticamente 100% dos casos de câncer de colo uterino, com % menor em outros locais (85% dos 
cânceres de ânus, 40% de vulva, 70% de vagina, 50% de pênis, 35% de orofaringe, 10% de laringe, 23% de boca). 
• O tempo médio entre a infecção e a lesão oncogênica é de 20 anos, de acordo com o tipo, carga e capacidade de 
persistência viral, e o estado imunológico. 
• A infecção por um genótipo de HPV não impede a infecção por outros tipos. 
• Os tipos de HPV que infectam o trato genital se dividem em 2 grupos, segundo risco oncogênico e o tipo de lesão: 
» Baixo risco oncogênico: detectados em lesões anogenitais benignas e lesões intraepiteliais de baixo grau. 
o Tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81 e CP6108. = Condilomas 
» Alto risco oncogênico: detectados e lesões intraepiteliais de alto grau e, especialmente, nos carcinomas. 
o Tipos 16, 18, 31, 33, 35, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. = Câncer 
SINTOMAS: 
» Apresentação latente: 
o Assintomática, condição que pode ser durante toda a vida. 
o Alguns pacientes podem desenvolver depois de 10-20 anos os condilomas ou alterações celulares do colo. 
o Nenhuma manifestação clínica, citológica ou histológica, apenas podendo a infecção ser demonstrada por 
meio de exames de biologia molecular (detecção do DNA viral). 
» Apresentação subclínica: 
o A lesão subclínica ocorre quando as microlesões pelo HPV são diagnosticadas por meio de exames de 
Papanicolau e/ou colposcopia (lesões acetobrancas), com ou sem biópsia. 
o Os tipos oncogênicos de HPV podem resultar em lesões precursoras do carcinoma escamoso da cérvice 
uterina, divididas em: lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (NIC I/displasia leve) e lesão intraepitelial 
escamosa de alto grau (NIC II/NIC III/ Ca in situ). 
» Apresentação clínica (lesão macroscópica): 
o Verruga genital ou condiloma acuminado. 
o Manifesta-se pela presença de lesões exofíticas, com superfície granulosa, únicas ou múltiplas, restritas ou 
disseminadas, da cor da pele, eritematosas ou hiperpigmentadas e de tamanho variável. 
o As lesões maiores assemelham-se a “couve flor” e as menores possuem aparência de pápula ou placa. 
 
Colposcopia: bissulfito, iodo e ácido acético. 
Lara Mattar | Ginecologia | Medicina UFR 
DIAGNÓSTICO: primordialmente clínico, podendo ser confirmado por biópsia = colpocitologia oncótica de colo 
(Papanicolau), citologia oncótica anal, colposcopia, anuscopia, histopatologia (coilócitos) ou captura híbrida. 
QUANDO FAZER BIÓPSIA? 
• Presença de lesão suspeita de neoplasia (lesões pigmentadas, endurecidas, fixas ou ulceradas) 
• Ausência de resposta ao tratamento convencional 
• Aumento das lesões durante o tratamento 
• Pacientes com imunossupressão (HIV, uso de imunossupressores e corticoides) 
 
REMOÇÃO DAS LESÕES CLÍNICAS 
• Podofilina 9, solução 10-25%: usar 1x/semana até o desaparecimento das lesões. 
• Ácido tricloroacético (ATA): aplicar pequena quantidade somente nos condilomas e deixar secar, quando a lesão 
esbranquiçar. Usar 1x/semana até 8-10 semanas. 
• Imiquimode: medicação que a própria paciente pode usar em casa (lesões menores, orientada sobre acidentes). 
• Eletrocauterização: lesões extensas. 
• Crioterapia: útil quando há poucas lesões ou em lesões muito queratinizadas. 
• Exérese cirúrgica: poucas lesões, quando é desejável exame histopatológico do espécime. Os condilomas podem 
ser retirados por meio de incisão tangencial com tesoura delicada, bisturi ou cureta. 
PREVENÇÃO 
• Preservativos 
• Vacinação: Consegue parar progressão e induzir regressão ou até erradicar neoplasia residual pós tratamento! 
» Iniciada em 2014. Bivalente: subtipos 16 e 18 x Quadrivalente: subtipos 6, 11, 16 e 18 
» Quem deve vacinar: meninas 9-14 anos e meninos 11-14 anos (Esquema 0, 2, = imunizado, 6 meses) 
» Anvisa: mulheres podem ser vacinadas até 45 anos e homens até 26 anos

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