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Karine Alves Ribeiro – MD2 Sistema nervoso central ➢ Dentro do neurocrânio ➢ Aquele que está dentro do esqueleto axial (composto por crânio e coluna vertebral) ➢ Formado pelo encéfalo (telencéfalo, diencéfalo e tronco cerebral, que por sua vez se subdivide em mesencéfalo, ponte e bulbo) e medula espinal (cordão que perpassa pelo canal vertebral, composto por vários feixes nervosos) ➢ Os corpos celulares e dendritos se agrupam em áreas corticais e em núcleos, e os axônios se agrupam em estruturas que possuem nomes variados, sendo mais conhecido como trato Sistema nervoso periférico ➢ Faz a comunicação com o meio externo através das terminações nervosas nos órgãos específicos sensoriais ➢ Fora do esqueleto axial ➢ Integrantes periféricos: Nervos e gânglios ➢ Todo tecido nervoso, fora do SNC ➢ Apresenta uma divisão funcional: Somática (aquela na qual envolvem o sistema motor e sensitivo) e autônomo (que engloba as divisões simpática, parassimpática e entérica) ➢ Os corpos celulares se agrupam no SNP através de gânglios periféricos e os axônios se agrupam em nervos periféricos ➢ O ectoderma é o folheto embrionário responsável pelo surgimento dos neurônios ➢ Ele forma a placa neural, acima da notocorda (que irá estimular a formação dessa placa) ➢ A placa neural cresce, fica espessa e adquire o sulco neural. Esse sulco invagina, formando a goteira neural. Com a fusão dos lábios, forma-se então, o tubo neural A notocorda e o mesoderma paraxial induzem, via moléculas sinalizadoras que passam a secretar, como o SHH, o ectoderma sobrejacente a se diferenciar na placa neural ➢ As células da crista neural sofrem uma transição de epitelial para mesenquimal e migram à medida que as pregas neurais se encontram e as margens livres do ectoderma de superfície (não neural) se fundem ➢ O lúmen do tubo neural permanecerá oco e se tornará a cavidade central do SNC ➢ A estimulação do fator de crescimento do fibroblasto (FGF) + inibição da atividade da proteína morfogenética óssea 4 (BMP4) promovem a indução da placa neural ➢ A sinalização de FGF parece levar à ativação de genes que promovem o desenvolvimento neural por mecanismos ainda não completamente elucidados, Substância branca: Presente em toda extensão do SNC, é composta por fibras nervosas mielinizadas. A bainha de mielina, formada pelos oligodendrócitos, está presente nos axônios. É envolta pelo córtex cerebral (externamente) e pelos ventrículos (internamente). Possui três tipos de fibras: Fibras de projeção, fibras de associação e fibras comissurais. Na medula, corresponde a região por onde passam os tratos e fibras com diversas funções Substância cinza: Região onde se situam os corpos celulares, dendritos e algumas terminações axônicas. No encéfalo, responde pelo córtex cerebral e os núcleos da base, e na medula corresponde as porções mais externas, além de ser a região onde emerge ou por onde adentram neurônios dos gânglios espinais Organização Karine Alves Ribeiro – MD2 enquanto reprime a transcrição de BMP e aumenta a expressão de CHORDIN e NOGGIN, inibidores da atividade de BMP Tubo Neural ➢ Responsável por se diferenciar e formar o sistema nervoso central ➢ Com o tempo, formam-se dois orifícios: O neuróporo rostral e neuróporo caudal Antes do fechamento do neuróporos, a cavidade do tubo neural é preenchida por líquido amniótico. Com o fechamento dos neuróporos, a cavidade passa então a ser preenchida por líquido ependimário. O termo líquido cerebroespinhal só é usado quando surgem os plexos coroides ➢ O fechamento dos neuroporos coincide com o estabelecimento de uma circulação vascular sanguínea no tubo neural. As paredes do tubo se espessam para formar o encéfalo e a medula espinhal Paredes do tubo neural ➢ Ao crescer, forma duas lâminas alares e duas lâminas basais, uma do assoalho e uma do teto. Lâminas alares e basais são separadas pelo sulco limitante. ➢ Das alares e das basais vem os neurônios ligados a sensibilidade e motricidade (respectivamente), situados na medula e no tronco encefálico ➢ Todo grupamento de célula que forma a placa alar vai estar relacionado especificamente a informações sensoriais (entrada de informações vindas da periferia para o SN). Logo, ele participa do sistema aferente ➢ O grupamento de células que forma a placa basal faz parte das estruturas motores, ou seja, dos neurônios que vão sair do SNC em direção a periferia ➢ A lâmina do teto origina o epêndima e o plexo coroide, enquanto a lâmina do assoalho forma um sulco, se tornando o assoalho do IV ventrículo ➢ As células mais superficiais, mais periféricas da estrutura das placas alares e basais são chamadas de camada do manto, seria o que chamamos de substância cinzenta (corpos das células) ➢ Ao redor de todas as estruturas têm axônios futuramente mielinizados que vão formar a substância branca Dilatações do tubo neural ➢ O Tubo neural é constituído por parte cranial e parte caudal ➢ A porção cranial é responsável por formar o encéfalo do adulto, por meio do arquiencéfalo (ou encéfalo primitivo). ➢ O Arquiencéfalo possui três dilatações, chamadas de vesículas encefálicas primordiais: Prosencéfalo, Mesencéfalo e Rombencéfalo (Forma o Metencéfalo, que gera cerebelo e ponte, e o Mielencéfalo, que gera o bulbo) ➢ A porção caudal forma a medula. Permanecendo com um calibre uniforme ➢ O telencéfalo compreende uma parte mediana, na qual se envaginam duas porções laterais, as vesículas telencefálicas laterais. ➢ Essas vesículas crescem para formar os hemisférios cerebrais Karine Alves Ribeiro – MD2 ➢ Na região do rombencéfalo vai ter a formação do 4º ventrículo cerebral. A zona marginal se desenvolve e terá migração de células para formar os núcleos contínuos, a camada granular externa que vai formar o cerebelo ➢ A medida do desenvolvimento, o cerebelo vai se formando, ocasionando uma projeção na região do metencéfalo ➢ Na região do mesencéfalo tem a formação de estruturas que estão relacionadas com a informação sensorial como os colículos superior e inferior, placa alar, e de estruturas motoras, como o núcleo rubro na substância negra. Tem o estreitamento do canal central que não é mais o canal medular e sim o aqueduto mesencefálico que faz ligação entre o 3º e 4º ventrículo ➢ No prosencéfalo se forma a parte mais complexa do SNC que provém do telencéfalo: Os hemisférios cerebrais (formam sulcos e giros devido à alta proliferação de células da camada da placa alar e basal pois não cabem na caixa craniana) ➢ É neles que terá a formação dos ventrículos encefálicos laterais direito e esquerdo. Eles se comunicam com o lúmen do diencéfalo por meio de forames interventriculares de Monro Flexuras ➢ Simultaneamente ao aparecimento das dilatações, forma-se duas flexuras ➢ Flexura cervical: Na junção entre rombencéfalo e a medula ➢ Flexura cefálica: Na região do mesencéfalo Cavidades do tubo neural ➢ A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo ➢ As cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o III ventrículo ➢ A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares ➢ Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio cuboidal (epêndima) e contém LCR ➢ Na 6ª semana, o lúmen do tubo neural começa aumentar, formando os ventrículos ocos do cérebro. A cavidade central do tubo neural também se torna o canal central da medula espinal Crista neural ➢ Formará o sistema nervoso periférico➢ Se projetam no sentido craniocaudal ➢ A medida que as pregas neurais se fundem, algumas células neuroectodérmicas situadas ao longo da margem interna de cada prega perdem a sua afinidade epitelial e a ligação das células vizinhas ➢ A sinalização Wnt/beta-catenina ativa o gene homeobox GBX2 e é fundamental para o desenvolvimento da crista neural ➢ A crista logo se separa em porção direita e esquerda, e estas se deslocam para os aspectos dorsolaterais do tubo neural. Nesse local, elas darão origem aos gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos ➢ A crista neural desenvolve-se em íntima associação com o mesoderma subjacente. Nesse estádio, o mesoderma forma protuberâncias salientes de cada lado do tubo neural, chamadas somitos. A partir desses somitos, irá se desenvolver as 33 vértebras da coluna vertebral e os músculos esqueléticos relacionados. Os nervos que inervam esses músculos são chamados de nervos motores somáticos ➢ Após a sua formação, as cristas são contínuas no sentido craniocaudal. Elas se dividem, dando origem a diversos fragmentos que geram os gânglios espinhais (na raiz dorsal). Neles se diferenciam os neurônios sensitivos, com prolongamentos se ligando ao tubo neural e a dermátomos dos somitos. ➢ As células da crista migram e formam tecidos longe do SNC, que geram os gânglios sensitivos, gânglios do sistema nervoso autônomo, medula da suprarrenal, melanócitos, células de Schwann e células C (da tireoide) ➢ As células da crista neural da região do tronco deixam o neuroectoderma após o fechamento do tubo neural e migram ao longo de duas vias: Via dorsal através da derme, de onde adentram o ectoderme para dar origem aos melanócitos da pele e dos folículos pilosos e uma via ventral através da metade anterior de cada somito para se tornarem gânglios sensoriais, neurônios simpáticos e entéricos, células de Schwann e células da medula suprarrenal ➢ Emite dois prolongamentos: O periférico, com células que se dirigem para as terminações sensoriais do Karine Alves Ribeiro – MD2 corpo (somático e viscerais) e o central, que penetra a medula pela raiz dorsal dos nervos espinais ➢ É na camada externa da crista que se forma a pia- aracnoide (leptomeninge) e que, com o tempo, surge o espaço subaracnoide entre a pia-mater e a aracnoide, sendo preenchido por um líquido cerebroespinal ➢ O mesênquima que reveste a crista neural da origem a dura-mater Neurônio ➢ É a célula que rege o sistema nervoso ➢ Acredita-se que existam cerca de cem bilhões de neurônios num encéfalo humano adulto ➢ Possui quatro regiões especializadas morfologicamente: dendritos, corpo celular, axônio e terminações axônicas ➢ Dendritos são projeções do corpo celular, são responsáveis por receber informações de outros neurônios ➢ Corpo celular contém o núcleo e organelas vitais para o neurônio. Além disso, funciona como porção integrativa do sinal captado com o sinal emitido ➢ Axônio vai ser o local onde o sinal emitido irá perpassar. Outra projeção do corpo celular, conduz informações codificadas em potenciais de ação, que serão levados até as terminações axônicas ➢ Terminações axônicas são as porções que se comunicam com as células alvo daquele sinal neuronal, seja uma célula muscular, uma glândula ou até mesmo um outro neurônio Classificação dos neurônios: Unipolar: Forma mais simples, somente com uma projeção do corpo celular, formando o axônio, que possui várias terminações. Recebe e integra informações aferentes, são os neurônios que atuam nas células musculares lisas e na secreção glandular. Bipolar: Possui dois processos que se originam de lados opostos do corpo celular. Um é o dendrito e o outro o axônio Pseudounipolar: No desenvolvimento, ambos os processos que emergem do corpo celular se fundem, formando um único que bifurca depois de sair do corpo celular. Muitos neurônios sensoriais correspondem a esse tipo. Multipolar: Possuem arranjo complexo de dendritos no corpo celular e um único axônio que depois se ramifica. Os que possuem axônios longos se chamam neurônios de projeção (medeiam a comunicação entre regiões do sistema nervoso e entre sistema nervoso e áreas periféricas) e os com axônios curtos são chamados de interneurônios, que ficam na mesma Karine Alves Ribeiro – MD2 região do sistema nervoso onde seu corpo celular está. Células da neuroglia ➢ Maiores em número que os próprios neurônios ➢ Importante suporte metabólico e estrutural aos neurônios ➢ Se subdividem em micróglia e macróglia Micróglia ➢ Possui a função de “arrumar a casa”, aparecem quando ocorre um problema. Responde a uma lesão ou processo infeccioso que afete a célula nervosa. Quando isso ocorre, ela rapidamente se desloca ao local em questão e regenera o tecido lesado, removendo detritos e destruindo microrganismos por fagocitose Macróglia ➢ Se subdivide em: oligodendrócitos e células de Schwann, Astrócitos e células ependimárias, ➢ Tanto oligodendrócitos quanto células de Schwann formam a bainha de mielina (responsável por aumentar a velocidade de condução do potencial de ação, são ricas em compostos lipídicos e proteicos que lhe conferem um aspecto esbranquiçado). A principal diferença entre esses dois é o local que vão originar a bainha de mielina. Enquanto os oligodendrócitos originam a bainha no sistema nervoso central, as células de Schwann as originam no sistema nervoso periférico. Astrócitos ➢ Forma semelhante a uma estrela ➢ Possuem funções metabólicas e estruturais, onde no desenvolvimento servem como “guia” para o crescimento axonal, além de monitorarem sinapses, atuando no feedback químico e compondo a barreira hematoencefálica ➢ Sustentação e isolamento de neurônios ➢ Riqueza em filamentos intermediários que são constituídos por proteínas específicas ➢ Astrócitos protoplasmáticos: Localizados na substância cinzenta, com prolongamentos mais curtos e numerosos, com função de sustentação ➢ Astrócitos fibrosos: Localizados na substância branca, com prolongamentos finos, longos e espaçados, funcionam realizando uma barreira ➢ Possuem estruturas chamadas de “pés vasculares”, que, por meio deles, se apoiam em capilares ➢ Possuem canais iônicos ativados por voltagem e receptores para neurotransmissores. Participam do controle dos níveis de potássio extraneuronal ➢ A dopamina, serotonina e a noradrenalina são degradadas pelos astrócitos ➢ Protegem os neurônios do estresse oxidativo Em casos de lesão no tecido, os astrócitos aumentam localmente e transformam-se em astrócitos reacionais, ocupando as áreas lesadas, contribuindo para sua cicatrização (gliose). Existem dois tipos de astrócitos reacionais: Um deles auxilia na recuperação e reparos e o outro promove a morte neuronal após um dano encefálico agudo Células ependimárias ➢ Revestem as cavidades do sistema nervoso central cheias de líquido ➢ O SNC é envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges ➢ Situam-se entre os ossos e os tecidos do SNC, elas são importantes no papel de proteção dos centros Karine Alves Ribeiro – MD2 nervosos e ajudam a estabilizar o tecido neural e a protegê-lo do impacto contra os ossos Origem ➢ Se desenvolvem das células da crista ➢ O mesênquima que circunda o tubo neural se condensa para formar uma membrana primitiva denominada meninge primitiva ➢ A camada externa dessa membrana se espessa e forma a dura-máter. A interna, pia-aracnoide, composta pela pia-máter e aracnoide (leptomeninge) é derivada das células da crista neural que migraram ➢ Entre a pia e a aracnoide passam numerosas faixas delicadas de tecido conjuntivo, que são denominadas trabéculas aracnóides Dura-máter ➢ Forma um saco consistente e não extensível que rodeiao encéfalo e a medula espinhal ➢ Mais superficial, espessa e resistente ➢ Formada por tecido conjuntivo denso não modelado, rico em fibras colágenas ➢ Associada a veias que drenam o sangue do encéfalo através de vasos ou cavidades, chamadas de seios ➢ Folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e comporta-se como periósteo desses ossos. No entanto, não tem capacidade osteogênica, o que dificulta a consolidação de fraturas no crânio e torna impossível a regeneração de perdas ósseas na abóbada craniana ➢ Muito vascularizada No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar interna ➢ O espaço epidural não é um espaço real como ocorre na medula espinal, mas sim, um espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter ➢ Em certos traumas ocorre o deslocamento do folheto externo da dura-máter da face interna do crânio e a formação de hematomas epidurais ➢ É ricamente inervada Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter que é responsável pela maioria das dores de cabeça ➢ O folheto interno destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente ➢ As principais pregas são: A foice do cérebro (separa os dois hemisférios), a foice do cerebelo (separa dois hemisférios do cerebelo), tenda do cerebelo (separa o cérebro, lobo occipital, do cerebelo) e diafragma da sela ➢ Em determinada área, os dois folhetos da dura-máter separam-se, delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal (de Meckel) que contém o gânglio trigeminal ➢ Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituindo os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter ➢ O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é drenado para os seios da dura-máter e destes para as veias jugulares internas ➢ Na medula espinhal, o espaço epidural é composto por um coxim de gordura e tecido conjuntivo Aracnoide Karine Alves Ribeiro – MD2 ➢ Possui aparência e consistência de teia de aranha ➢ Arranjo delicado de fibras colágenas e algumas elásticas ➢ Avascular ➢ Muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural (contém pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das duas membranas) ➢ A membrana aracnoide é frouxamente ligada à membrana mais interna, deixando um espaço subaracnóideo entre as duas camadas ➢ A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo, que contém o líquido cérebro espinhal (liquor) havendo ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula ➢ Se os vasos que passam através da dura-máter são rompidos, o sangue pode ficar retido e formar um hematoma subdural. O acúmulo de líquido neste espaço pode causar disfunção cerebral pela compressão de partes do SNC. O tratamento do distúrbio é feito mediante a realização de um orifício no crânio e de drenagem do sangue ➢ As trabéculas aracnóideas, delicadas e numerosas fibras de tecido conjuntivo, que atravessam o espaço para se ligar à pia-máter ➢ A profundidade do espaço aracnoide é variável, sendo pequena no cume dos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Nessas áreas se formam as dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas, que contém muito líquor ➢ Em alguns pontos, a aracnoide forma pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas. Essas granulações levam pequenos prolongamentos do espaço nos quais o liquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada da aracnoide ➢ A passagem do liquor através da parede das granulações se faz por meio de grandes vacúolos, que o transportam de dentro para fora Pia-máter ➢ Membrana fina transparente de tecido conjuntivo ➢ Nela correm vasos sanguíneos que penetram no SNC subjacente, as artérias que suprem o encéfalo estão associadas a essa camada ➢ Mais interna das meninges ➢ Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo a membrana pio-glial ➢ Consiste em células escamosas a cúbicas dentro de feixes entrelaçados de fibras colágenas e algumas elásticas ➢ Vascularizada, com vasos sanguíneos que fornecem oxigênio e nutrientes para a medula espinhal e encéfalo ➢ Dá resistência aos órgãos nervosos, uma vez que o tecido nervoso é de consistência muito mole ➢ Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares ➢ Nesses espaços existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo liquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias ou picos de pressão sobre o tecido circunvizinho (o fato de as artérias estarem imersas em liquor no espaço subaracnóide também reduz o efeito da pulsação) ➢ Os espaços perivasculares envolvem os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso Meningite Uma inflamação das meninges. A maioria dos casos é provocada por vírus ou bactérias, mas também pode ser transmitida por fungos. Dentre outros fatores que podem desencadear um quadro de meningite são alergias a determinados medicamentos, alguns tipos de câncer e inflamações. A viral é a forma mais comum e menos perigosa, pois muitas vezes nem exige tratamento. Podem ser transmitidos via alimentos, água e objetos contaminados e são mais comuns entre o fim do verão e o começo do outono. Meningite bacteriana é a mais grave de todas. Ocorre quando a bactéria entra na corrente sanguínea e migra até o cérebro. Pode acontecer da doença ser desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou após alguma cirurgia (mais raro). O diagnóstico pode ser feito pelo especialista tendo como base o histórico, um exame físico e alguns exames específicos (cultura de sangue, raio-x e tomografias). Dentre os sinais clássicos, tem-se: Rigidez na Karine Alves Ribeiro – MD2 nuca, sinal de Brudzinski (flexão involuntária dos membros inferiores à flexão cervical com o objetivo de aliviar a dor) e sinal de Kernig (dificuldade de estender, por dor, a perna após fletir o quadril em 90°) Encefalite Processo inflamatório no parênquima encefálico. O principal agente causador é o vírus da dengue. Em geral, inicia-se com quadro de infecção pelo local de entrada e alcançam o SNC por duas vias: Hematogênica (quando atravessam a barreira hematoencefálica via plexo coroide e se difundem para o espaço subaracnoide) e neural (sentido oposto ao fluxo axonal). Levam a um processo inflamatório em células neuronais. Quanto aos sintomas, além de febre, cefaleia, paresia e alterações nos reflexos profundos. ➢ Solução salina, fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo, as cavidades ventriculares e o canal central da medula ➢ Renova-se completamente a cada 8 horas ➢ Formado por água, cloreto de sódio, potássio, glicose, ácido lático, enzimas, leucócitos, proteínas, ureia, cálcio, magnésio ➢ Começa a se formar durante a 5ª semana, produzido pela tela corióide dos ventrículos laterais (IV e III ventrículo). Através das aberturas mediana e lateral. O liquor passa para o espaço subaracnóide. É absorvido pelas vilosidades aracnóideas, que são protusões da aracnóide nos seios venosos da dura- máter ➢ Serve para proteção física/mecânica e química ➢ Possibilitando ao encéfalo e a medula, quando nos movimentamos abruptamente,não se chocarem contra a dura-mater ou coluna vertebral Produção ➢ O plexo coróide, ou coroide, é o principal local de produção do líquor. São vilosidades que se estendem da parede ventricular para a cavidade. Essas vilosidades são capilares envoltos em estroma de tecido conjuntivo, envoltos por células ependimárias ➢ Esse tecido conjuntivo é uma prega formada basicamente pela pia-mater, que adentra a cavidade ➢ As células ependimárias estão interligadas por junção íntimas que promovem uma barreira eficaz à passagem de substâncias dos vasos sanguíneos para o líquor (barreira hematoliquórica) ➢ Os capilares são recobertos por células ependimárias, que formam o liquor a partir do plasma sanguíneo. Essas células são unidas por junções oclusivas, os materiais que entram no liquor, provenientes dos capilares, não vazam entre as células ➢ Produção diária chega aos 500 ml ➢ Para manter o equilíbrio e não permitir o acúmulo do líquor, o que poderia provocar sérios danos ao funcionamento do sistema nervoso, o próprio plexo coroide também tem função reabsortiva, podendo remover elementos introdutórios nos ventrículos, além de drenar o próprio líquor excedente, servindo como meio de reciclar o sistema ➢ O principal local de reabsorção do LCR pelo sistema venoso é através das vilosidades, granulações aracnóideas especializadas na membrana aracnoide, que penetram nos seios venosos intracranianos ➢ A taxa de renovação é de cerca de 4 a 5 vezes ao dia ➢ Possui volume de aproximadamente 140 ml ➢ A pressão intraventricular gira em torno de 10 a 15 mmHg em condições normais Composição ➢ É um filtrado do plasma ➢ Tem componente vindo de um processo de difusão, que é um processo passivo, e um transporte ativo ➢ Um destaque para a concentração de sódio, que está em maior quantidade que no plasma sanguíneo, e é utilizado para estabilização do ph ➢ A concentração de potássio é constante e não é afetada com mudanças de PH sanguíneo ou do líquor. Isso se deve a sua importância na condução nervosa ➢ Glicose e alguns aminoácidos conseguem chegar ao líquor por meio de canais específicos ➢ A entrada de glicose, por exemplo, é mediada pelo transportador GLUT-1 ➢ Já macromoléculas, como proteínas plasmáticas, são impedidas de entrar pelo plexo coroide precisando de transporte mediado por receptores específicos que promove entrada por vesículas ➢ Basicamente ele é composto por água, o principal componente, proteínas (cerca de 15 a 45 mg/dl) que aumentam em processos patológicos inflamatórios ou Karine Alves Ribeiro – MD2 hemorrágicos, possui glicose (com cerca de 2/3 da quantidade de sanguíneo) que diminui em processos inflamatórios, tem células, com destaque para linfócitos, que aumentam em processos infecciosos ➢ Não costumam apresentar hemácias, sua presença sugere lesão traumática Em casos de hemorragia subaracnoide, as células são degradadas e liberam bilirrubina, dando ao líquor aspecto amarelo ➢ Eletrólitos são componentes importantes também, como sódio, potássio, cloreto, magnésio. Em geral, possuem concentração maior no líquor do que no plasma (exceto potássio e cálcio) ➢ Alguns peptídeos podem ser encontrados, como a colecistocinina, angiotensina II, somatostatina Função ➢ Proteção mecânica do SNC, formando um coxim líquido entre este e o estojo ósseo ➢ Qualquer pressão que é exercida em um ponto deste, irá se distribuir igualmente a todos os pontos ➢ Constitui em um eficiente mecanismo amortecedor dos choques que frequentemente atingem o SNC ➢ Em virtude da disposição do espaço subaracnóideo, ele fica totalmente submerso e, assim, o encéfalo e a medula flutuam na camada do líquido e, de acordo com o princípio de Arquimedes, torna-se muito mais leve, o que reduz o risco de traumatismos do encéfalo resultantes do contato com os ossos do crânio. Menos peso implica menos pressão sobre os vasos sanguíneos e os nervos conectados ao SNC ➢ Quando ocorre um choque na cabeça, o liquor deve ser comprimido antes que o encéfalo bata na parte interna do crânio (pancadas fariam com que os tecidos do encéfalo e da medula atingissem as paredes ósseas do canal vertebral e das cavidades do crânio) ➢ Manutenção de um meio químico estável no sistema ventricular, por meio de troca de componentes químicos com os espaços intersticiais, permanecendo estável a composição química do liquor, mesmo quando ocorrem grandes alterações na composição química do plasma ➢ Fornece uma rota pela qual os resíduos podem ser removidos ➢ Defesa do SNC de agentes infecciosos ➢ Excreção de produtos tóxicos do metabolismo das células do tecido nervoso que passam aos espaços intersticiais de onde são lançados no liquor e deste para o sangue Pesquisas recentes mostraram que o volume do espaço intersticiais aumentam 60% durante o sono, facilitando a eliminação de metabólitos tóxicos acumulados durante a vigília ➢ Veículo de comunicação entre diferentes áreas do SNC. Exemplo: Os hormônios produzidos no hipotálamo são liberados no sangue, mas também no liquor, podendo agir sobre regiões distantes do sistema ventricular ➢ O liquor cria um meio extracelular rigidamente regulado para os neurônios. O plexo coroide é seletivo para as substâncias que transporta aos ventrículos, resultando em uma composição do liquor diferente do plasma Punção Lombar É feito retirando líquido do espaço subaracnóideo entre as vértebras, na extremidade inferior da medula espinal. A presença de proteínas ou células sanguíneas no liquor sugere uma infecção Infecções bacterianas diminuem a quantidade de oxigênio no liquor devido à utilização destes pelo microorganismo. Essa medida é tirada por meio da punção (geralmente lombar o occipital devido ao espaço subaracnóide maior nesses locais) Circulação ➢ A circulação do líquor é extremamente lenta ➢ A produção do líquor em uma extremidade e sua absorção em outra, já são o suficiente para causar sua movimentação ➢ Os ventrículos laterais com o maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral ➢ Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido pelas granulações aracnoideas que se projetam para o interior da dura-máter Karine Alves Ribeiro – MD2 Sistema ventricular ➢ Os espaços e canais preenchidos de fluido dentro do encéfalo constituem o sistema ventricular ➢ Por onde o liquor circula ➢ Formado por quatro cavidades: Ventrículos laterais (direito e esquerdo), o terceiro ventrículo (cavidade do diencéfalo) e o quarto (na frente do cerebelo) ➢ Entre os ventrículos laterais e o terceiro ventrículo, há os chamados forames interventriculares, ou forame de Monro ➢ Entre o terceiro e o quarto ventrículo há o aqueduto do mesencéfalo, ou aqueduto cerebral, ou aqueduto de Sylvius Ventrículos laterais ➢ Possuem forma arqueada ➢ Cada um é subdividido em Corno frontal: O corpo caloso forma o teto, e o fórnice e o septo pelúcido compõem sua parede medial. O núcleo caudado forma uma saliência na parede lateral. E é essa saliência que desaparece em doenças degenerativas do núcleo, como a coreia de Huntington Parte central: Parte mais dilatada do ventrículo. Essa é a área de confluência da parte central do ventrículo lateral com os cornos occpital e temporal Corno occiptal: Quem mais varia de tamanho e forma. O sulco calcarino produz uma impressão na parede medial, conhecida como calcar avis Terceiro ventrículo ➢ Se situa entre os dois tálamos e hipotálamos ➢ Limitado pela lâmina terminal anteriormente e pela comissura anterior ➢ Possui o recesso pineal, o recesso supra óptico e o recessodo infundíbulo Quatro ventrículo ➢ Se encontra entre a face anterior do cerebelo e as faces posteriores da ponte e do bulbo ➢ Se comunica com o espaço subaracnoide através de três aberturas em seu teto: Dois forames laterais de Luschka e o forame medial de Magendie Cisternas ➢ Servem de local de fluxo do liquor ➢ Estão no espaço subaracnóideo, principalmente na base do cérebro (Cisternas da base) ➢ Cisterna Magna (cerebelobulbar posterior): Está entre o bulbo, cerebelo e osso occiptal. Se comunicam com o quarto ventrículo através dos forames de Luschka e Magendia e a cisterna Pontocerebelar. É a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção do líquor através de punções ➢ Cisterna Cerebelobulbar Lateral: Destaca-se pela presença das artérias vertebrais, se estende anterior e lateral ao bulbo ➢ Cisterna Ponto-Cerebelar: Se situa à frente da ponte. Destaca-se por ser a localização da extensão da artéria basilar e do nervo abducente ➢ Cisterna Interpeduncular: Entre os dois pedúnculos cerebrais. O nervo oculomotor emerge do mesencéfalo por essa região ➢ Cisterna Quiasmática: Acima da cela turca e se comunica com a cisterna interpeduncular. Sua importância se deve pela proximidade com o quiasma óptico ➢ Cisterna Colicular: Posterior ao mesencéfalo, tem como destaque a passagem da veia cerebral magna ➢ Cisterna Lombar: Cisterna subaracnoide e se destaca por ser o local da inserção da agulha para a punsão lombar Karine Alves Ribeiro – MD2 ➢ O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração ➢ O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo intenso ➢ A suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo é tolerada por um período muito curto ➢ A parada de circulação cerebral por mais de 7 segundos leva o indivíduo à perda da consciência. Após cerca de 5 minutos, começam a aparecer lesões que são irreversíveis, pois como se sabe, as células nervosas não se regeneram Vascularização Arterial ➢ Do coração, sai a aorta que se ramifica em um ramo na direita e dois na esquerda ➢ Na direita vem o tronco braquiocefálico, que vai se ramificar em subclávia e carótida comum ➢ Na esquerda, se ramificam direto em subclávia e carótida comum ➢ A artéria carótida comum se ramifica em carótida externa (supre os tecidos moles do pescoço e da face) e interna Sistema Carotídeo ➢ Artéria carótida interna é um ramo de bifurcação da carótida comum ➢ Após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal ➢ Entra no seio cavernoso. Nele, se curva para cima e para trás, formando uma alça (sifão carotídeo). Nessa região ele emite ramos que irrigam a cavidade timpânica e a hipófise ➢ Quando adentra o espaço subaracnóide, a nível do processo clinóide, surge a artéria oftálmica. Entra na orbita junto com o nervo óptico, irrigando não só o conteúdo da órbita, mas também mucosa nasal, testa e pálpebras ➢ Em seguida, sai a artéria coroidal anterior. Corre em paralelo ao trato óptico e entra na fissura coroidal, para suprir o plexo coroide no corno temporal do ventrículo lateral. ➢ Após ela, surge a artéria comunicante posterior. Ela termina na junção ao segmento proximal da artéria cerebral posterior. Supre os corpos mamilares, núcleos talâmicos rostrais e parte da capsula interna ➢ Perfura a dura-máter e a aracnóide e no início do sulco lateral divide-se em dois ramos, as artérias cerebrais média e anterior ➢ A artéria cerebral anterior irriga a porção ântero- medial do cérebro ➢ As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é artéria comunicante anterior ➢ A artéria cerebral média é o maior ramo da carótida interna. Segue pela fissura sylviana. No percurso, emite ramos perfurantes para os núcleos da base e a porção anterior da capsula interna, externa e o claustro Karine Alves Ribeiro – MD2 ➢ Chegando na cisterna insular, se divide em ramos corticais, irrigando grandes áreas dos lobos parietal, frontal e temporal, incluindo nessas regiões boa parte do córtex somatossensorial e motor, áreas de linguagem e córtex auditivo ➢ Seus principais ramos são: Artéria orbitofrontal, pré- rolândicas, rolândicas, parietais anteriores e parietais posteriores ➢ A artéria cerebral anterior é uma bifurcação da carótida interna. Em seu trajeto, emite ramos que irrigam o corpo caloso e porções mediais dos hemisférios cerebrais Quando bloqueada artéria carótida interna pode levar a morte cerebral irreversível Sistema Vértebro-basilar ➢ Supre todo o tronco cerebral, cerebelo e porção posterior do encéfalo humano ➢ A partir das artérias subclávias, as artérias vertebrais seguem em sentido superior em direção ao encéfalo ➢ Passam através dos forames transversos perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnóide penetrando no crânio pelo forame Magno ➢ Percorrem a face ventral do bulbo e ao nível do suco bulbo pontinho, fundem-se para construir um tronco único, a artéria basilar As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais (supre a medula espinal pela espinhal anterior) e cerebelares inferiores posteriores (nutre a porção dorsolateral do tronco e face inferior do cerebelo, plexo coroideo do quarto ventrículo) ➢ Artéria basilar surge da união da artéria vertebral esquerda e à direita, próximo ao nível inferior da ponte. ➢ Percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente ➢ Se bifurca para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda ➢ Seu primeiro grande ramo é a artéria cerebelar inferior anterior. ele irriga a porção do lobo floculonodular e a porção anterior dos hemisférios cerebelares ➢ Ela emite a artéria labiríntica que irriga estruturas do ouvido interno ➢ A artéria cerebelar superior irriga a porção rostral do hemisfério cerebelar e a porção superior do vermis. Emite ramos que irrigam o tegmento mesencefálico durante seu curso. ➢ Na sua porção final, a artéria basilar, se divide em 2 artérias cerebrais posteriores. Ela recebe sangue tanto da circulação anterior quanto da posterior (maior parte). Irriga a porção posterior medial ➢ As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as artérias carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores ➢ As artérias coroidais posteriores irrigam os núcleos geniculados, talâmicos e o plexo coroide do terceiro ventrículo. ➢ A cerebral posterior segue se curvando para trás, contornando o mesencéfalo, adentrando a cisterna ambiens. Karine Alves Ribeiro – MD2 Polígono de Willis ➢ De onde saem as principais artérias para vascularização cerebral ➢ Se deve pela existência das artérias comunicantes anterior e comunicante posterior. Elas são responsáveis por interligar as artérias cerebrais, unindo a circulação anterior e posterior Suprimento sanguíneo da medula espinal ➢ A medula recebe sangue de artérias espinhais e radiculares ➢ As artérias espinhais posterior e anterior são ramos das artérias vertebrais ➢ As artérias radiculares são ramos de vasos segmentares, como cervicais, intercostais e lombares. Cada segmento medular recebe sangue de ambas as artérias Vascularização Venosa ➢ São maiores e mais calibrosas que as artérias ➢ Suas veias não possuem válvulas e, com isso, o fluxo pode ser bidirecional ➢ Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico ➢ As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço ➢ As externas são mais superficiais, e drenam para asveias subclávias o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça ➢ Veias internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. São responsáveis pela drenagem da maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio ➢ As veias jugulares internas de cada lado do pescoço, juntam-se com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior. Karine Alves Ribeiro – MD2 ➢ As veias do cérebro são divididas em dois sistemas Sistema venoso superficial ➢ Drenam o córtex e a substância branca subjacente ➢ O sangue venoso é drenado do parênquima por veias que passam pelo espaço subaracnoide, como: veia anastomótica, veia cerebral dorsal superior, veia cerebral média superficial, veia anastomótica inferior ➢ Grupo cerebral superior: contém veias que drenam as superfícies dorso lateral e dorso medial dos hemisférios cerebrais, e entram no seio sagital superior contra o fluxo sanguíneo. A veia mais importante é a veia anastomótica superior (Trolard). Cursam sobre as superfícies dos hemisférios cerebrais, normalmente seguindo os sucos, cruzam o espaço subaracnoide, e adentram a aracnoide e a dura máter, antes de entrar no seio sagital superior ➢ Grupo cerebral médio: composto de veias que se estendem pelo sulco lateral, e drenam a face inferiolateral dos hemisférios e se abrem no seio ➢ cavernoso. Tem como destaque a veia cerebral média superficial, que se origina na fissura sylviana ➢ Grupo cerebral inferior: possui veias que drenam a superfície inferior dos hemisférios e se abrem nos seios cavernoso e transverso. Se conecta com o grupo cerebral médio pela veia anastomótica inferior (labbé). Drena a maior parte dos lobos frontais inferiores e os polos temporais. Tem como destaque a veia cerebral média profunda, que recebe vasos da ínsula, núcleos da base e do giro parahipocampal Sistema venoso profundo ➢ Drena o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, como corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo, grande parte do centro branco medular. Cuja veia mais importante é a veia cerebral magna, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro