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Organização do Sistema Nervoso


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Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
 
 
Sistema nervoso central 
➢ Dentro do neurocrânio 
➢ Aquele que está dentro do esqueleto axial (composto 
por crânio e coluna vertebral) 
➢ Formado pelo encéfalo (telencéfalo, diencéfalo e 
tronco cerebral, que por sua vez se subdivide em 
mesencéfalo, ponte e bulbo) e medula espinal (cordão 
que perpassa pelo canal vertebral, composto por 
vários feixes nervosos) 
 
➢ Os corpos celulares e dendritos se agrupam em áreas 
corticais e em núcleos, e os axônios se agrupam em 
estruturas que possuem nomes variados, sendo mais 
conhecido como trato 
Sistema nervoso periférico 
➢ Faz a comunicação com o meio externo através das 
terminações nervosas nos órgãos específicos 
sensoriais 
➢ Fora do esqueleto axial 
➢ Integrantes periféricos: Nervos e gânglios 
➢ Todo tecido nervoso, fora do SNC 
➢ Apresenta uma divisão funcional: Somática (aquela 
na qual envolvem o sistema motor e sensitivo) e 
autônomo (que engloba as divisões simpática, 
parassimpática e entérica) 
➢ Os corpos celulares se agrupam no SNP através de 
gânglios periféricos e os axônios se agrupam em 
nervos periféricos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ O ectoderma é o folheto embrionário responsável pelo 
surgimento dos neurônios 
➢ Ele forma a placa neural, acima da notocorda (que irá 
estimular a formação dessa placa) 
➢ A placa neural cresce, fica espessa e adquire o sulco 
neural. Esse sulco invagina, formando a goteira neural. 
Com a fusão dos lábios, forma-se então, o tubo neural 
A notocorda e o mesoderma paraxial induzem, via moléculas 
sinalizadoras que passam a secretar, como o SHH, o ectoderma 
sobrejacente a se diferenciar na placa neural 
➢ As células da crista neural sofrem uma transição de 
epitelial para mesenquimal e migram à medida que as 
pregas neurais se encontram e as margens livres do 
ectoderma de superfície (não neural) se fundem 
➢ O lúmen do tubo neural permanecerá oco e se tornará 
a cavidade central do SNC 
➢ A estimulação do fator de crescimento do fibroblasto 
(FGF) + inibição da atividade da proteína 
morfogenética óssea 4 (BMP4) promovem a indução 
da placa neural 
➢ A sinalização de FGF parece levar à ativação de genes 
que promovem o desenvolvimento neural por 
mecanismos ainda não completamente elucidados, 
Substância branca: Presente em toda extensão do SNC, é 
composta por fibras nervosas mielinizadas. A bainha de mielina, 
formada pelos oligodendrócitos, está presente nos axônios. É 
envolta pelo córtex cerebral (externamente) e pelos ventrículos 
(internamente). Possui três tipos de fibras: Fibras de projeção, 
fibras de associação e fibras comissurais. Na medula, 
corresponde a região por onde passam os tratos e fibras com 
diversas funções 
Substância cinza: Região onde se situam os corpos celulares, 
dendritos e algumas terminações axônicas. No encéfalo, 
responde pelo córtex cerebral e os núcleos da base, e na 
medula corresponde as porções mais externas, além de ser a 
região onde emerge ou por onde adentram neurônios dos 
gânglios espinais 
 
 
 
 
 
 
Organização 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
enquanto reprime a transcrição de BMP e aumenta a 
expressão de CHORDIN e NOGGIN, inibidores da 
atividade de BMP 
Tubo Neural 
➢ Responsável por se diferenciar e formar o sistema 
nervoso central 
➢ Com o tempo, formam-se dois orifícios: O neuróporo 
rostral e neuróporo caudal 
 
Antes do fechamento do neuróporos, a cavidade do tubo neural 
é preenchida por líquido amniótico. Com o fechamento dos 
neuróporos, a cavidade passa então a ser preenchida por 
líquido ependimário. O termo líquido cerebroespinhal só é 
usado quando surgem os plexos coroides 
➢ O fechamento dos neuroporos coincide com o 
estabelecimento de uma circulação vascular 
sanguínea no tubo neural. As paredes do tubo se 
espessam para formar o encéfalo e a medula espinhal 
Paredes do tubo neural 
➢ Ao crescer, forma duas lâminas alares e duas lâminas 
basais, uma do assoalho e uma do teto. Lâminas alares 
e basais são separadas pelo sulco limitante. 
➢ Das alares e das basais vem os neurônios ligados a 
sensibilidade e motricidade (respectivamente), 
situados na medula e no tronco encefálico 
➢ Todo grupamento de célula que forma a placa alar vai 
estar relacionado especificamente a informações 
sensoriais (entrada de informações vindas da 
periferia para o SN). Logo, ele participa do sistema 
aferente 
➢ O grupamento de células que forma a placa basal faz 
parte das estruturas motores, ou seja, dos neurônios 
que vão sair do SNC em direção a periferia 
➢ A lâmina do teto origina o epêndima e o plexo coroide, 
enquanto a lâmina do assoalho forma um sulco, se 
tornando o assoalho do IV ventrículo 
 
➢ As células mais superficiais, mais periféricas da 
estrutura das placas alares e basais são chamadas de 
camada do manto, seria o que chamamos de 
substância cinzenta (corpos das células) 
➢ Ao redor de todas as estruturas têm axônios 
futuramente mielinizados que vão formar a 
substância branca 
Dilatações do tubo neural 
➢ O Tubo neural é constituído por parte cranial e parte 
caudal 
➢ A porção cranial é responsável por formar o encéfalo 
do adulto, por meio do arquiencéfalo (ou encéfalo 
primitivo). 
➢ O Arquiencéfalo possui três dilatações, chamadas de 
vesículas encefálicas primordiais: Prosencéfalo, 
Mesencéfalo e Rombencéfalo (Forma o Metencéfalo, 
que gera cerebelo e ponte, e o Mielencéfalo, que gera 
o bulbo) 
 
➢ A porção caudal forma a medula. Permanecendo com 
um calibre uniforme 
➢ O telencéfalo compreende uma parte mediana, na qual 
se envaginam duas porções laterais, as vesículas 
telencefálicas laterais. 
➢ Essas vesículas crescem para formar os hemisférios 
cerebrais 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
➢ Na região do rombencéfalo vai ter a formação do 4º 
ventrículo cerebral. A zona marginal se desenvolve e 
terá migração de células para formar os núcleos 
contínuos, a camada granular externa que vai formar 
o cerebelo 
➢ A medida do desenvolvimento, o cerebelo vai se 
formando, ocasionando uma projeção na região do 
metencéfalo 
➢ Na região do mesencéfalo tem a formação de 
estruturas que estão relacionadas com a informação 
sensorial como os colículos superior e inferior, placa 
alar, e de estruturas motoras, como o núcleo rubro na 
substância negra. Tem o estreitamento do canal 
central que não é mais o canal medular e sim o 
aqueduto mesencefálico que faz ligação entre o 3º e 
4º ventrículo 
➢ No prosencéfalo se forma a parte mais complexa do 
SNC que provém do telencéfalo: Os hemisférios 
cerebrais (formam sulcos e giros devido à alta 
proliferação de células da camada da placa alar e 
basal pois não cabem na caixa craniana) 
➢ É neles que terá a formação dos ventrículos 
encefálicos laterais direito e esquerdo. Eles se 
comunicam com o lúmen do diencéfalo por meio de 
forames interventriculares de Monro 
 
Flexuras 
➢ Simultaneamente ao aparecimento das dilatações, 
forma-se duas flexuras 
➢ Flexura cervical: Na junção entre rombencéfalo e a 
medula 
➢ Flexura cefálica: Na região do mesencéfalo 
 
Cavidades do tubo neural 
➢ A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV 
ventrículo 
➢ As cavidades do diencéfalo e da parte mediana do 
telencéfalo formam o III ventrículo 
➢ A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o 
aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz 
das vesículas telencefálicas laterais forma, de cada 
lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo 
pelos dois forames interventriculares 
➢ Todas essas cavidades são revestidas por um epitélio 
cuboidal (epêndima) e contém LCR 
➢ Na 6ª semana, o lúmen do tubo neural começa 
aumentar, formando os ventrículos ocos do cérebro. A 
cavidade central do tubo neural também se torna o 
canal central da medula espinal 
Crista neural 
➢ Formará o sistema nervoso periférico➢ Se projetam no sentido craniocaudal 
➢ A medida que as pregas neurais se fundem, algumas 
células neuroectodérmicas situadas ao longo da 
margem interna de cada prega perdem a sua afinidade 
epitelial e a ligação das células vizinhas 
➢ A sinalização Wnt/beta-catenina ativa o gene 
homeobox GBX2 e é fundamental para o 
desenvolvimento da crista neural 
➢ A crista logo se separa em porção direita e esquerda, 
e estas se deslocam para os aspectos dorsolaterais 
do tubo neural. Nesse local, elas darão origem aos 
gânglios sensoriais dos nervos espinhais e cranianos 
➢ A crista neural desenvolve-se em íntima associação 
com o mesoderma subjacente. Nesse estádio, o 
mesoderma forma protuberâncias salientes de cada 
lado do tubo neural, chamadas somitos. A partir 
desses somitos, irá se desenvolver as 33 vértebras da 
coluna vertebral e os músculos esqueléticos 
relacionados. Os nervos que inervam esses músculos 
são chamados de nervos motores somáticos 
➢ Após a sua formação, as cristas são contínuas no 
sentido craniocaudal. Elas se dividem, dando origem a 
diversos fragmentos que geram os gânglios espinhais 
(na raiz dorsal). Neles se diferenciam os neurônios 
sensitivos, com prolongamentos se ligando ao tubo 
neural e a dermátomos dos somitos. 
➢ As células da crista migram e formam tecidos longe 
do SNC, que geram os gânglios sensitivos, gânglios do 
sistema nervoso autônomo, medula da suprarrenal, 
melanócitos, células de Schwann e células C (da 
tireoide) 
➢ As células da crista neural da região do tronco deixam 
o neuroectoderma após o fechamento do tubo neural e 
migram ao longo de duas vias: Via dorsal através da 
derme, de onde adentram o ectoderme para dar 
origem aos melanócitos da pele e dos folículos pilosos 
e uma via ventral através da metade anterior de cada 
somito para se tornarem gânglios sensoriais, 
neurônios simpáticos e entéricos, células de Schwann 
e células da medula suprarrenal 
➢ Emite dois prolongamentos: O periférico, com células 
que se dirigem para as terminações sensoriais do 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
corpo (somático e viscerais) e o central, que penetra 
a medula pela raiz dorsal dos nervos espinais 
➢ É na camada externa da crista que se forma a pia-
aracnoide (leptomeninge) e que, com o tempo, surge o 
espaço subaracnoide entre a pia-mater e a aracnoide, 
sendo preenchido por um líquido cerebroespinal 
 
➢ O mesênquima que reveste a crista neural da origem a 
dura-mater 
 
Neurônio 
➢ É a célula que rege o sistema nervoso 
➢ Acredita-se que existam cerca de cem bilhões de 
neurônios num encéfalo humano adulto 
➢ Possui quatro regiões especializadas 
morfologicamente: dendritos, corpo celular, axônio e 
terminações axônicas 
➢ Dendritos são projeções do corpo celular, são 
responsáveis por receber informações de outros 
neurônios 
➢ Corpo celular contém o núcleo e organelas vitais 
para o neurônio. Além disso, funciona como porção 
integrativa do sinal captado com o sinal emitido 
➢ Axônio vai ser o local onde o sinal emitido irá 
perpassar. Outra projeção do corpo celular, conduz 
informações codificadas em potenciais de ação, que 
serão levados até as terminações axônicas 
➢ Terminações axônicas são as porções que se 
comunicam com as células alvo daquele sinal 
neuronal, seja uma célula muscular, uma glândula ou 
até mesmo um outro neurônio 
 
Classificação dos neurônios: 
Unipolar: Forma mais simples, somente com uma 
projeção do corpo celular, formando o axônio, que 
possui várias terminações. Recebe e integra 
informações aferentes, são os neurônios que atuam 
nas células musculares lisas e na secreção glandular. 
Bipolar: Possui dois processos que se originam de 
lados opostos do corpo celular. Um é o dendrito e o 
outro o axônio 
Pseudounipolar: No desenvolvimento, ambos os 
processos que emergem do corpo celular se fundem, 
formando um único que bifurca depois de sair do 
corpo celular. Muitos neurônios sensoriais 
correspondem a esse tipo. 
Multipolar: Possuem arranjo complexo de dendritos 
no corpo celular e um único axônio que depois se 
ramifica. Os que possuem axônios longos se chamam 
neurônios de projeção (medeiam a comunicação entre 
regiões do sistema nervoso e entre sistema nervoso e 
áreas periféricas) e os com axônios curtos são 
chamados de interneurônios, que ficam na mesma 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
região do sistema nervoso onde seu corpo celular 
está. 
 
Células da neuroglia 
➢ Maiores em número que os próprios neurônios 
➢ Importante suporte metabólico e estrutural aos 
neurônios 
➢ Se subdividem em micróglia e macróglia 
Micróglia 
➢ Possui a função de “arrumar a casa”, aparecem 
quando ocorre um problema. Responde a uma lesão ou 
processo infeccioso que afete a célula nervosa. 
Quando isso ocorre, ela rapidamente se desloca ao 
local em questão e regenera o tecido lesado, 
removendo detritos e destruindo microrganismos por 
fagocitose 
Macróglia 
➢ Se subdivide em: oligodendrócitos e células de 
Schwann, Astrócitos e células ependimárias, 
➢ Tanto oligodendrócitos quanto células de Schwann 
formam a bainha de mielina (responsável por 
aumentar a velocidade de condução do potencial de 
ação, são ricas em compostos lipídicos e proteicos 
que lhe conferem um aspecto esbranquiçado). A 
principal diferença entre esses dois é o local que vão 
originar a bainha de mielina. Enquanto os 
oligodendrócitos originam a bainha no sistema 
nervoso central, as células de Schwann as originam no 
sistema nervoso periférico. 
Astrócitos 
➢ Forma semelhante a uma estrela 
➢ Possuem funções metabólicas e estruturais, onde no 
desenvolvimento servem como “guia” para o 
crescimento axonal, além de monitorarem sinapses, 
atuando no feedback químico e compondo a barreira 
hematoencefálica 
➢ Sustentação e isolamento de neurônios 
➢ Riqueza em filamentos intermediários que são 
constituídos por proteínas específicas 
➢ Astrócitos protoplasmáticos: Localizados na 
substância cinzenta, com prolongamentos mais curtos 
e numerosos, com função de sustentação 
➢ Astrócitos fibrosos: Localizados na substância 
branca, com prolongamentos finos, longos e 
espaçados, funcionam realizando uma barreira 
➢ Possuem estruturas chamadas de “pés vasculares”, 
que, por meio deles, se apoiam em capilares 
➢ Possuem canais iônicos ativados por voltagem e 
receptores para neurotransmissores. Participam do 
controle dos níveis de potássio extraneuronal 
➢ A dopamina, serotonina e a noradrenalina são 
degradadas pelos astrócitos 
➢ Protegem os neurônios do estresse oxidativo 
Em casos de lesão no tecido, os astrócitos aumentam 
localmente e transformam-se em astrócitos reacionais, 
ocupando as áreas lesadas, contribuindo para sua cicatrização 
(gliose). Existem dois tipos de astrócitos reacionais: Um deles 
auxilia na recuperação e reparos e o outro promove a morte 
neuronal após um dano encefálico agudo 
Células ependimárias 
➢ Revestem as cavidades do sistema nervoso central 
cheias de líquido 
 
➢ O SNC é envolvido por membranas conjuntivas 
denominadas meninges 
➢ Situam-se entre os ossos e os tecidos do SNC, elas 
são importantes no papel de proteção dos centros 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
nervosos e ajudam a estabilizar o tecido neural e a 
protegê-lo do impacto contra os ossos 
Origem 
➢ Se desenvolvem das células da crista 
➢ O mesênquima que circunda o tubo neural se 
condensa para formar uma membrana primitiva 
denominada meninge primitiva 
➢ A camada externa dessa membrana se espessa e 
forma a dura-máter. A interna, pia-aracnoide, 
composta pela pia-máter e aracnoide (leptomeninge) 
é derivada das células da crista neural que migraram 
➢ Entre a pia e a aracnoide passam numerosas faixas 
delicadas de tecido conjuntivo, que são denominadas 
trabéculas aracnóides 
 
Dura-máter 
➢ Forma um saco consistente e não extensível que 
rodeiao encéfalo e a medula espinhal 
➢ Mais superficial, espessa e resistente 
➢ Formada por tecido conjuntivo denso não modelado, 
rico em fibras colágenas 
➢ Associada a veias que drenam o sangue do encéfalo 
através de vasos ou cavidades, chamadas de seios 
➢ Folheto externo adere intimamente aos ossos do 
crânio e comporta-se como periósteo desses ossos. 
No entanto, não tem capacidade osteogênica, o que 
dificulta a consolidação de fraturas no crânio e torna 
impossível a regeneração de perdas ósseas na 
abóbada craniana 
➢ Muito vascularizada 
No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a 
artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar interna 
➢ O espaço epidural não é um espaço real como ocorre 
na medula espinal, mas sim, um espaço potencial 
entre os ossos do crânio e a camada periosteal 
externa da dura-máter 
➢ Em certos traumas ocorre o deslocamento do folheto 
externo da dura-máter da face interna do crânio e a 
formação de hematomas epidurais 
➢ É ricamente inervada 
Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, 
toda sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter que é 
responsável pela maioria das dores de cabeça 
➢ O folheto interno destaca-se do externo para formar 
pregas que dividem a cavidade craniana em 
compartimentos que se comunicam amplamente 
➢ As principais pregas são: A foice do cérebro (separa 
os dois hemisférios), a foice do cerebelo (separa 
dois hemisférios do cerebelo), tenda do cerebelo 
(separa o cérebro, lobo occipital, do cerebelo) e 
diafragma da sela 
 
➢ Em determinada área, os dois folhetos da dura-máter 
separam-se, delimitando cavidades. Uma delas é o 
cavo trigeminal (de Meckel) que contém o gânglio 
trigeminal 
➢ Outras cavidades são revestidas de endotélio e 
contém sangue, constituindo os seios da dura-máter, 
que se dispõem principalmente ao longo da inserção 
das pregas da dura-máter 
➢ O sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo 
ocular é drenado para os seios da dura-máter e 
destes para as veias jugulares internas 
➢ Na medula espinhal, o espaço epidural é composto por 
um coxim de gordura e tecido conjuntivo 
Aracnoide 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
➢ Possui aparência e consistência de teia de aranha 
➢ Arranjo delicado de fibras colágenas e algumas 
elásticas 
➢ Avascular 
➢ Muito delicada, justaposta à dura-máter, da qual se 
separa por um espaço virtual, o espaço subdural 
(contém pequena quantidade de líquido necessário à 
lubrificação das superfícies de contato das duas 
membranas) 
➢ A membrana aracnoide é frouxamente ligada à 
membrana mais interna, deixando um espaço 
subaracnóideo entre as duas camadas 
➢ A aracnoide separa-se da pia-máter pelo espaço 
subaracnóideo, que contém o líquido cérebro 
espinhal (liquor) havendo ampla comunicação entre o 
espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula 
➢ Se os vasos que passam através da dura-máter são 
rompidos, o sangue pode ficar retido e formar um 
hematoma subdural. O acúmulo de líquido neste 
espaço pode causar disfunção cerebral pela 
compressão de partes do SNC. O tratamento do 
distúrbio é feito mediante a realização de um orifício 
no crânio e de drenagem do sangue 
➢ As trabéculas aracnóideas, delicadas e numerosas 
fibras de tecido conjuntivo, que atravessam o espaço 
para se ligar à pia-máter 
➢ A profundidade do espaço aracnoide é variável, sendo 
pequena no cume dos giros e grande nas áreas onde 
parte do encéfalo se afasta da parede craniana. 
Nessas áreas se formam as dilatações do espaço 
subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas, que 
contém muito líquor 
➢ Em alguns pontos, a aracnoide forma pequenos tufos 
que penetram no interior dos seios da dura-máter, 
constituindo as granulações aracnóideas. Essas 
granulações levam pequenos prolongamentos do 
espaço nos quais o liquor está separado do sangue 
apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada 
da aracnoide 
➢ A passagem do liquor através da parede das 
granulações se faz por meio de grandes vacúolos, que 
o transportam de dentro para fora 
Pia-máter 
➢ Membrana fina transparente de tecido conjuntivo 
➢ Nela correm vasos sanguíneos que penetram no SNC 
subjacente, as artérias que suprem o encéfalo estão 
associadas a essa camada 
➢ Mais interna das meninges 
➢ Sua porção mais profunda recebe numerosos 
prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, 
constituindo a membrana pio-glial 
➢ Consiste em células escamosas a cúbicas dentro de 
feixes entrelaçados de fibras colágenas e algumas 
elásticas 
➢ Vascularizada, com vasos sanguíneos que fornecem 
oxigênio e nutrientes para a medula espinhal e 
encéfalo 
➢ Dá resistência aos órgãos nervosos, uma vez que o 
tecido nervoso é de consistência muito mole 
➢ Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso 
a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede 
externa dos espaços perivasculares 
➢ Nesses espaços existem prolongamentos do espaço 
subaracnóideo, contendo liquor, que forma um 
manguito protetor em torno dos vasos, muito 
importante para amortecer o efeito da pulsação das 
artérias ou picos de pressão sobre o tecido 
circunvizinho (o fato de as artérias estarem imersas 
em liquor no espaço subaracnóide também reduz o 
efeito da pulsação) 
➢ Os espaços perivasculares envolvem os vasos mais 
calibrosos até uma pequena distância e terminam por 
fusão da pia com a adventícia do vaso 
Meningite 
Uma inflamação das meninges. A maioria dos casos é provocada 
por vírus ou bactérias, mas também pode ser transmitida por 
fungos. Dentre outros fatores que podem desencadear um 
quadro de meningite são alergias a determinados 
medicamentos, alguns tipos de câncer e inflamações. A viral é a 
forma mais comum e menos perigosa, pois muitas vezes nem 
exige tratamento. Podem ser transmitidos via alimentos, água e 
objetos contaminados e são mais comuns entre o fim do verão e 
o começo do outono. Meningite bacteriana é a mais grave de 
todas. Ocorre quando a bactéria entra na corrente sanguínea e 
migra até o cérebro. Pode acontecer da doença ser 
desencadeada após uma infecção no ouvido, fratura ou após 
alguma cirurgia (mais raro). O diagnóstico pode ser feito pelo 
especialista tendo como base o histórico, um exame físico e 
alguns exames específicos (cultura de sangue, raio-x e 
tomografias). Dentre os sinais clássicos, tem-se: Rigidez na 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
nuca, sinal de Brudzinski (flexão involuntária dos membros 
inferiores à flexão cervical com o objetivo de aliviar a dor) e 
sinal de Kernig (dificuldade de estender, por dor, a perna após 
fletir o quadril em 90°) 
 
Encefalite 
Processo inflamatório no parênquima encefálico. O principal 
agente causador é o vírus da dengue. Em geral, inicia-se com 
quadro de infecção pelo local de entrada e alcançam o SNC por 
duas vias: Hematogênica (quando atravessam a barreira 
hematoencefálica via plexo coroide e se difundem para o espaço 
subaracnoide) e neural (sentido oposto ao fluxo axonal). Levam 
a um processo inflamatório em células neuronais. Quanto aos 
sintomas, além de febre, cefaleia, paresia e alterações nos 
reflexos profundos. 
 
➢ Solução salina, fluido aquoso e incolor que ocupa o 
espaço subaracnóideo, as cavidades ventriculares e o 
canal central da medula 
➢ Renova-se completamente a cada 8 horas 
➢ Formado por água, cloreto de sódio, potássio, glicose, 
ácido lático, enzimas, leucócitos, proteínas, ureia, 
cálcio, magnésio 
➢ Começa a se formar durante a 5ª semana, produzido 
pela tela corióide dos ventrículos laterais (IV e III 
ventrículo). Através das aberturas mediana e lateral. 
O liquor passa para o espaço subaracnóide. É 
absorvido pelas vilosidades aracnóideas, que são 
protusões da aracnóide nos seios venosos da dura-
máter 
➢ Serve para proteção física/mecânica e química 
➢ Possibilitando ao encéfalo e a medula, quando nos 
movimentamos abruptamente,não se chocarem 
contra a dura-mater ou coluna vertebral 
Produção 
➢ O plexo coróide, ou coroide, é o principal local de 
produção do líquor. São vilosidades que se estendem 
da parede ventricular para a cavidade. Essas 
vilosidades são capilares envoltos em estroma de 
tecido conjuntivo, envoltos por células ependimárias 
➢ Esse tecido conjuntivo é uma prega formada 
basicamente pela pia-mater, que adentra a cavidade 
➢ As células ependimárias estão interligadas por junção 
íntimas que promovem uma barreira eficaz à 
passagem de substâncias dos vasos sanguíneos para 
o líquor (barreira hematoliquórica) 
➢ Os capilares são recobertos por células ependimárias, 
que formam o liquor a partir do plasma sanguíneo. 
Essas células são unidas por junções oclusivas, os 
materiais que entram no liquor, provenientes dos 
capilares, não vazam entre as células 
➢ Produção diária chega aos 500 ml 
➢ Para manter o equilíbrio e não permitir o acúmulo do 
líquor, o que poderia provocar sérios danos ao 
funcionamento do sistema nervoso, o próprio plexo 
coroide também tem função reabsortiva, podendo 
remover elementos introdutórios nos ventrículos, 
além de drenar o próprio líquor excedente, servindo 
como meio de reciclar o sistema 
➢ O principal local de reabsorção do LCR pelo sistema 
venoso é através das vilosidades, granulações 
aracnóideas especializadas na membrana aracnoide, 
que penetram nos seios venosos intracranianos 
➢ A taxa de renovação é de cerca de 4 a 5 vezes ao dia 
➢ Possui volume de aproximadamente 140 ml 
➢ A pressão intraventricular gira em torno de 10 a 15 
mmHg em condições normais 
Composição 
➢ É um filtrado do plasma 
➢ Tem componente vindo de um processo de difusão, 
que é um processo passivo, e um transporte ativo 
➢ Um destaque para a concentração de sódio, que está 
em maior quantidade que no plasma sanguíneo, e é 
utilizado para estabilização do ph 
➢ A concentração de potássio é constante e não é 
afetada com mudanças de PH sanguíneo ou do líquor. 
Isso se deve a sua importância na condução nervosa 
➢ Glicose e alguns aminoácidos conseguem chegar ao 
líquor por meio de canais específicos 
➢ A entrada de glicose, por exemplo, é mediada pelo 
transportador GLUT-1 
➢ Já macromoléculas, como proteínas plasmáticas, são 
impedidas de entrar pelo plexo coroide precisando de 
transporte mediado por receptores específicos que 
promove entrada por vesículas 
➢ Basicamente ele é composto por água, o principal 
componente, proteínas (cerca de 15 a 45 mg/dl) que 
aumentam em processos patológicos inflamatórios ou 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
hemorrágicos, possui glicose (com cerca de 2/3 da 
quantidade de sanguíneo) que diminui em processos 
inflamatórios, tem células, com destaque para 
linfócitos, que aumentam em processos infecciosos 
➢ Não costumam apresentar hemácias, sua presença 
sugere lesão traumática 
Em casos de hemorragia subaracnoide, as células são 
degradadas e liberam bilirrubina, dando ao líquor aspecto 
amarelo 
➢ Eletrólitos são componentes importantes também, 
como sódio, potássio, cloreto, magnésio. Em geral, 
possuem concentração maior no líquor do que no 
plasma (exceto potássio e cálcio) 
➢ Alguns peptídeos podem ser encontrados, como a 
colecistocinina, angiotensina II, somatostatina 
Função 
➢ Proteção mecânica do SNC, formando um coxim 
líquido entre este e o estojo ósseo 
➢ Qualquer pressão que é exercida em um ponto deste, 
irá se distribuir igualmente a todos os pontos 
➢ Constitui em um eficiente mecanismo amortecedor 
dos choques que frequentemente atingem o SNC 
➢ Em virtude da disposição do espaço subaracnóideo, 
ele fica totalmente submerso e, assim, o encéfalo e a 
medula flutuam na camada do líquido e, de acordo 
com o princípio de Arquimedes, torna-se muito mais 
leve, o que reduz o risco de traumatismos do encéfalo 
resultantes do contato com os ossos do crânio. 
Menos peso implica menos pressão sobre os vasos 
sanguíneos e os nervos conectados ao SNC 
➢ Quando ocorre um choque na cabeça, o liquor deve 
ser comprimido antes que o encéfalo bata na parte 
interna do crânio (pancadas fariam com que os 
tecidos do encéfalo e da medula atingissem as 
paredes ósseas do canal vertebral e das cavidades do 
crânio) 
➢ Manutenção de um meio químico estável no sistema 
ventricular, por meio de troca de componentes 
químicos com os espaços intersticiais, permanecendo 
estável a composição química do liquor, mesmo 
quando ocorrem grandes alterações na composição 
química do plasma 
➢ Fornece uma rota pela qual os resíduos podem ser 
removidos 
➢ Defesa do SNC de agentes infecciosos 
➢ Excreção de produtos tóxicos do metabolismo das 
células do tecido nervoso que passam aos espaços 
intersticiais de onde são lançados no liquor e deste 
para o sangue 
Pesquisas recentes mostraram que o volume do espaço 
intersticiais aumentam 60% durante o sono, facilitando a 
eliminação de metabólitos tóxicos acumulados durante a vigília 
➢ Veículo de comunicação entre diferentes áreas do 
SNC. Exemplo: Os hormônios produzidos no 
hipotálamo são liberados no sangue, mas também 
no liquor, podendo agir sobre regiões distantes 
do sistema ventricular 
➢ O liquor cria um meio extracelular rigidamente 
regulado para os neurônios. O plexo coroide é 
seletivo para as substâncias que transporta aos 
ventrículos, resultando em uma composição do 
liquor diferente do plasma 
Punção Lombar 
É feito retirando líquido do espaço subaracnóideo entre as 
vértebras, na extremidade inferior da medula espinal. A 
presença de proteínas ou células sanguíneas no liquor sugere 
uma infecção 
 
Infecções bacterianas diminuem a quantidade de oxigênio no 
liquor devido à utilização destes pelo microorganismo. Essa 
medida é tirada por meio da punção (geralmente lombar o 
occipital devido ao espaço subaracnóide maior nesses locais) 
 
Circulação 
➢ A circulação do líquor é extremamente lenta 
➢ A produção do líquor em uma extremidade e sua 
absorção em outra, já são o suficiente para causar 
sua movimentação 
➢ Os ventrículos laterais com o maior contingente 
liquórico, que passa ao III ventrículo através dos 
forames interventriculares e daí para o IV 
ventrículo através do aqueduto cerebral 
➢ Através das aberturas medianas e laterais do IV 
ventrículo, o líquor passa para o espaço 
subaracnóideo, sendo reabsorvido pelas 
granulações aracnoideas que se projetam para o 
interior da dura-máter 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
 
Sistema ventricular 
➢ Os espaços e canais preenchidos de fluido dentro do 
encéfalo constituem o sistema ventricular 
➢ Por onde o liquor circula 
➢ Formado por quatro cavidades: Ventrículos laterais 
(direito e esquerdo), o terceiro ventrículo (cavidade 
do diencéfalo) e o quarto (na frente do cerebelo) 
➢ Entre os ventrículos laterais e o terceiro ventrículo, 
há os chamados forames interventriculares, ou 
forame de Monro 
➢ Entre o terceiro e o quarto ventrículo há o aqueduto 
do mesencéfalo, ou aqueduto cerebral, ou aqueduto de 
Sylvius 
 
Ventrículos laterais 
➢ Possuem forma arqueada 
➢ Cada um é subdividido em 
Corno frontal: O corpo caloso forma o teto, e o 
fórnice e o septo pelúcido compõem sua parede 
medial. O núcleo caudado forma uma saliência na 
parede lateral. E é essa saliência que desaparece em 
doenças degenerativas do núcleo, como a coreia de 
Huntington 
Parte central: Parte mais dilatada do ventrículo. Essa 
é a área de confluência da parte central do ventrículo 
lateral com os cornos occpital e temporal 
Corno occiptal: Quem mais varia de tamanho e forma. 
O sulco calcarino produz uma impressão na parede 
medial, conhecida como calcar avis 
Terceiro ventrículo 
➢ Se situa entre os dois tálamos e hipotálamos 
➢ Limitado pela lâmina terminal anteriormente e pela 
comissura anterior 
➢ Possui o recesso pineal, o recesso supra óptico e o 
recessodo infundíbulo 
Quatro ventrículo 
➢ Se encontra entre a face anterior do cerebelo e as 
faces posteriores da ponte e do bulbo 
➢ Se comunica com o espaço subaracnoide através de 
três aberturas em seu teto: Dois forames laterais de 
Luschka e o forame medial de Magendie 
Cisternas 
➢ Servem de local de fluxo do liquor 
➢ Estão no espaço subaracnóideo, principalmente na 
base do cérebro (Cisternas da base) 
➢ Cisterna Magna (cerebelobulbar posterior): Está 
entre o bulbo, cerebelo e osso occiptal. Se comunicam 
com o quarto ventrículo através dos forames de 
Luschka e Magendia e a cisterna Pontocerebelar. É a 
maior e mais importante, sendo às vezes utilizada 
para obtenção do líquor através de punções 
➢ Cisterna Cerebelobulbar Lateral: Destaca-se pela 
presença das artérias vertebrais, se estende anterior 
e lateral ao bulbo 
➢ Cisterna Ponto-Cerebelar: Se situa à frente da 
ponte. Destaca-se por ser a localização da extensão 
da artéria basilar e do nervo abducente 
➢ Cisterna Interpeduncular: Entre os dois pedúnculos 
cerebrais. O nervo oculomotor emerge do 
mesencéfalo por essa região 
➢ Cisterna Quiasmática: Acima da cela turca e se 
comunica com a cisterna interpeduncular. Sua 
importância se deve pela proximidade com o quiasma 
óptico 
➢ Cisterna Colicular: Posterior ao mesencéfalo, tem 
como destaque a passagem da veia cerebral magna 
➢ Cisterna Lombar: Cisterna subaracnoide e se 
destaca por ser o local da inserção da agulha para a 
punsão lombar 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
 
➢ O fluxo sanguíneo cerebral é muito elevado, sendo 
superado apenas pelo do rim e do coração 
➢ O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito 
elevado, o que requer um fluxo sanguíneo intenso 
➢ A suspensão do fluxo sanguíneo ao encéfalo é tolerada 
por um período muito curto 
➢ A parada de circulação cerebral por mais de 7 
segundos leva o indivíduo à perda da consciência. Após 
cerca de 5 minutos, começam a aparecer lesões que 
são irreversíveis, pois como se sabe, as células 
nervosas não se regeneram 
Vascularização Arterial 
➢ Do coração, sai a aorta que se ramifica em um ramo 
na direita e dois na esquerda 
➢ Na direita vem o tronco braquiocefálico, que vai se 
ramificar em subclávia e carótida comum 
➢ Na esquerda, se ramificam direto em subclávia e 
carótida comum 
➢ A artéria carótida comum se ramifica em carótida 
externa (supre os tecidos moles do pescoço e da face) 
e interna 
 
Sistema Carotídeo 
➢ Artéria carótida interna é um ramo de bifurcação da 
carótida comum 
➢ Após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, 
penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do 
osso temporal 
➢ Entra no seio cavernoso. Nele, se curva para cima e 
para trás, formando uma alça (sifão carotídeo). Nessa 
região ele emite ramos que irrigam a cavidade 
timpânica e a hipófise 
➢ Quando adentra o espaço subaracnóide, a nível do 
processo clinóide, surge a artéria oftálmica. Entra na 
orbita junto com o nervo óptico, irrigando não só o 
conteúdo da órbita, mas também mucosa nasal, testa 
e pálpebras 
➢ Em seguida, sai a artéria coroidal anterior. Corre 
em paralelo ao trato óptico e entra na fissura 
coroidal, para suprir o plexo coroide no corno 
temporal do ventrículo lateral. 
➢ Após ela, surge a artéria comunicante posterior. Ela 
termina na junção ao segmento proximal da artéria 
cerebral posterior. Supre os corpos mamilares, 
núcleos talâmicos rostrais e parte da capsula interna 
➢ Perfura a dura-máter e a aracnóide e no início do 
sulco lateral divide-se em dois ramos, as artérias 
cerebrais média e anterior 
➢ A artéria cerebral anterior irriga a porção ântero-
medial do cérebro 
➢ As artérias cerebrais anteriores se comunicam 
através de um ramo entre elas que é artéria 
comunicante anterior 
➢ A artéria cerebral média é o maior ramo da carótida 
interna. Segue pela fissura sylviana. No percurso, 
emite ramos perfurantes para os núcleos da base e a 
porção anterior da capsula interna, externa e o 
claustro 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
➢ Chegando na cisterna insular, se divide em ramos 
corticais, irrigando grandes áreas dos lobos parietal, 
frontal e temporal, incluindo nessas regiões boa parte 
do córtex somatossensorial e motor, áreas de 
linguagem e córtex auditivo 
➢ Seus principais ramos são: Artéria orbitofrontal, pré-
rolândicas, rolândicas, parietais anteriores e parietais 
posteriores 
➢ A artéria cerebral anterior é uma bifurcação da 
carótida interna. Em seu trajeto, emite ramos que 
irrigam o corpo caloso e porções mediais dos 
hemisférios cerebrais 
Quando bloqueada artéria carótida interna pode levar a morte 
cerebral irreversível 
 
Sistema Vértebro-basilar 
➢ Supre todo o tronco cerebral, cerebelo e porção 
posterior do encéfalo humano 
➢ A partir das artérias subclávias, as artérias 
vertebrais seguem em sentido superior em direção 
ao encéfalo 
➢ Passam através dos forames transversos perfuram a 
membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a 
aracnóide penetrando no crânio pelo forame Magno 
➢ Percorrem a face ventral do bulbo e ao nível do suco 
bulbo pontinho, fundem-se para construir um tronco 
único, a artéria basilar 
As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais 
(supre a medula espinal pela espinhal anterior) e 
cerebelares inferiores posteriores (nutre a porção 
dorsolateral do tronco e face inferior do cerebelo, plexo 
coroideo do quarto ventrículo) 
➢ Artéria basilar surge da união da artéria vertebral 
esquerda e à direita, próximo ao nível inferior da 
ponte. 
➢ Percorre o sulco basilar da ponte e termina 
anteriormente 
➢ Se bifurca para formar as artérias cerebrais 
posteriores direita e esquerda 
➢ Seu primeiro grande ramo é a artéria cerebelar 
inferior anterior. ele irriga a porção do lobo 
floculonodular e a porção anterior dos hemisférios 
cerebelares 
➢ Ela emite a artéria labiríntica que irriga estruturas 
do ouvido interno 
➢ A artéria cerebelar superior irriga a porção rostral 
do hemisfério cerebelar e a porção superior do 
vermis. Emite ramos que irrigam o tegmento 
mesencefálico durante seu curso. 
➢ Na sua porção final, a artéria basilar, se divide em 2 
artérias cerebrais posteriores. Ela recebe sangue 
tanto da circulação anterior quanto da posterior 
(maior parte). Irriga a porção posterior medial 
➢ As artérias cerebrais posteriores se comunicam com 
as artérias carótidas internas através das artérias 
comunicantes posteriores 
➢ As artérias coroidais posteriores irrigam os 
núcleos geniculados, talâmicos e o plexo coroide do 
terceiro ventrículo. 
➢ A cerebral posterior segue se curvando para trás, 
contornando o mesencéfalo, adentrando a cisterna 
ambiens. 
 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
 
Polígono de Willis 
➢ De onde saem as principais artérias para 
vascularização cerebral 
➢ Se deve pela existência das artérias comunicantes 
anterior e comunicante posterior. Elas são 
responsáveis por interligar as artérias cerebrais, 
unindo a circulação anterior e posterior 
 Suprimento sanguíneo da medula espinal 
➢ A medula recebe sangue de artérias espinhais e 
radiculares 
➢ As artérias espinhais posterior e anterior são ramos 
das artérias vertebrais 
➢ As artérias radiculares são ramos de vasos 
segmentares, como cervicais, intercostais e 
lombares. Cada segmento medular recebe sangue de 
ambas as artérias 
 
 
Vascularização Venosa 
➢ São maiores e mais calibrosas que as artérias 
➢ Suas veias não possuem válvulas e, com isso, o fluxo 
pode ser bidirecional 
➢ Drenam para os seios da dura-máter, de onde o 
sangue converge para as veias jugulares internas, 
que recebem praticamente todo o sangue venoso 
encefálico 
➢ As veias jugulares externa e interna são as duas 
principais veias que drenam o sangue da cabeça e do 
pescoço 
➢ As externas são mais superficiais, e drenam para asveias subclávias o sangue da região posterior do 
pescoço e da cabeça 
➢ Veias internas profundas drenam a porção anterior 
da cabeça, face e pescoço. São responsáveis pela 
drenagem da maior parte do sangue dos vários seios 
venosos do crânio 
➢ As veias jugulares internas de cada lado do pescoço, 
juntam-se com as veias subclávias para formar as 
veias braquiocefálicas, que transportam o sangue 
para a veia cava superior. 
Karine Alves Ribeiro – MD2 
 
 
➢ As veias do cérebro são divididas em dois sistemas 
Sistema venoso superficial 
➢ Drenam o córtex e a substância branca subjacente 
➢ O sangue venoso é drenado do parênquima por veias 
que passam pelo espaço subaracnoide, como: veia 
anastomótica, veia cerebral dorsal superior, veia 
cerebral média superficial, veia anastomótica inferior 
➢ Grupo cerebral superior: contém veias que drenam 
as superfícies dorso lateral e dorso medial dos 
hemisférios cerebrais, e entram no seio sagital 
superior contra o fluxo sanguíneo. A veia mais 
importante é a veia anastomótica superior (Trolard). 
Cursam sobre as superfícies dos hemisférios 
cerebrais, normalmente seguindo os sucos, cruzam o 
espaço subaracnoide, e adentram a aracnoide e a 
dura máter, antes de entrar no seio sagital superior 
➢ Grupo cerebral médio: composto de veias que se 
estendem pelo sulco lateral, e drenam a face 
inferiolateral dos hemisférios e se abrem no seio 
➢ cavernoso. Tem como destaque a veia cerebral média 
superficial, que se origina na fissura sylviana 
➢ Grupo cerebral inferior: possui veias que drenam a 
superfície inferior dos hemisférios e se abrem nos 
seios cavernoso e transverso. Se conecta com o 
grupo cerebral médio pela veia anastomótica inferior 
(labbé). Drena a maior parte dos lobos frontais 
inferiores e os polos temporais. Tem como destaque a 
veia cerebral média profunda, que recebe vasos da 
ínsula, núcleos da base e do giro parahipocampal 
Sistema venoso profundo 
➢ Drena o sangue de regiões situadas mais 
profundamente no cérebro, como corpo estriado, 
cápsula interna, diencéfalo, grande parte do centro 
branco medular. Cuja veia mais importante é a veia 
cerebral magna, para a qual converge todo o sangue 
do sistema venoso profundo do cérebro

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