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Questionário Sistema Renal e Urinário_Clínica de Caninos e Felinos

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UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA- ALEGRETE 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA DE CLÍNICA DE CANINOS E FELINOS 
Prof. M.V. Msc. Fernanda Porcela dos Santos 
Kássia Martins Machado 
190923 
Abril/2023 
Estudo dirigido SISTEMA RENAL/URINÁRIO 
1. Defina nefropatia e insuficiência renal. 
A nefropatia é caracterizada por uma lesão morfológica ou funcional em um ou ambos os rins. 
A insuficiência renal é quando os rins perdem a capacidade de depurar adequadamente o 
sangue, podendo ser por uma diminuição abrupta e persistente da TFG, gerando a azotemia, 
ou por comprometimento crônico de 75% dos néfrons por sobrecarga renal a longo prazo. 
2. Defina os tipos de azotemia e uremia. 
Azotemia é caracterizada pelo aumento dos níveis de creatinina e ureia sérico, podendo 
ocorrer por causas pré-renais (como o aumento da PA), renais (lesão renal) e pós-renais 
(obstrução de uretra). Já a uremia é o aumento dos níveis de creatinina e ureia do sangue, 
associados a sinais clínicos urêmicos. 
3. Quais sinais clínicos caracterizam a síndrome urêmica? 
Os sinais clínicos que caracterizam a síndrome urêmica são: inapetência/anorexia, 
êmese/hematoêmese, diarreia (melena), fraqueza, debilidade/depressão, halitose, demência 
a coma profundo, hemorragias e convulsões em casos extremos da doença. 
4. Diferencie a insuficiência renal aguda e crônica. 
A insuficiência renal aguda se dá por mecanismos tóxicos, isquêmicos e inflamatórios, com 
sinais clínicos que aparecem de forma repentina. A insuficiência renal crônica é uma 
destruição progressiva dos néfrons, que acomete o rim de forma irreversível. 
5. Quais alterações laboratoriais são observadas na IRA e IRC? 
IRA: hematócrito normal ou aumentado, hipercalemia, azotemia. Na urinálise, observa-se 
densidade urinária normal ou hiperestenúrica, com proteinúria leve a moderada e cilindrúria 
por cilindros hialinos (em níveis permitidos) e cilindros granulosos de células de pelve renal. 
IRC: anemia normocítica normocrômica arregenerativa, normocalemia ou hipocalemia, 
hiperfosfatemia e aumento nos níveis de magnésio sérico. Na urinálise, observa-se 
hipostenúria, proteinúria e aumento da relação proteína:creatinina urinária. 
6. Qual tratamento é instituído em casos de IRA e IRC? 
Na insuficiência renal aguda, se trata a causa base que desencadeou a crise aguda, 
monitorando os níveis de produção urinária, peso corporal, hidratação, PA e sinais 
gastroentéricos e neurológicos. A fluidoterapia é a base do tratamento, com o objetivo de 
manter o equilíbro hidro-eletrolítico e ácido-básica e diminuir os níveis de creatinina e ureia 
do sangue. Além disso, para reduzir os níveis de potássio sanguíneo, com insulina associada a 
glicose, gluconato de cálcio 10% ou bicarbonato de sódio, reavaliando a cada 40 minuto os 
níveis de K. Também faz-se a conversão da oligúria/anúria com hidratação e diuréticos, como 
a furosemida, a conversão da êmese com antieméticos (ondasentrona, metoclopramida ou 
maropitant), utiliza-se de antiácidos (omeprazol, ranitidina ou cimetidina) e protetor de 
mucosa (sucralfato) para evitar e tratar danos em mucosa do trato digestório causado pelos 
efeitos toxêmicos da ureia e creatinina. 
Na insuficiência renal crônica, se opta por manter a qualidade de vida do paciente, com 
correção hidro-eletrolítica e ácido-básica do sangue com fluidoterapia. Para retirar o animal 
da crise urêmica, controla-se a êmese, com antieméticos (plasil, ondasentrona, maropitant, 
ranitidina, omeprazol), para o controle da anemia, pode se optar pelo uso de eritropoietina 
recombinante humana, sulfato ferroso e transfusão sanguínea. Em casos de animais 
hipertensos, se utiliza de vasodilatadores para o controle da PA, como o enalapril (cães) e 
anlodipino (gatos). Recomenda-se a dieta hipossódica e com baixo fósforo e monitoração dos 
níveis de cálcio, fósforo, ureia e creatinina séricos. 
7. Defina DTUIF. 
A DTUIF é uma afecção do trato urinário inferior dos felinos, com característica clínica variável 
e etiologias diversificadas, capaz de provovar polaciúria, hematúria, disúria-estrangúria, 
micção inapropriada e obstrução uretral. Diversos distúrbios foram indicados como causas de 
DTUIF, como cistite intersiticial, urolitíase, tampões uretrais, anomalia anatômica, neoplasia, 
infecção e problemas comportamentais. A causa mais comum é cistite intersiticial (55 a 65% 
dos casos). A urolitíase acomete cerca de 15 a 20% dos gatos levados a exame com DTUIF. 
Problemas comportamentais e anomalias anatômicas podem contribuir para cerca de 10% dos 
casos. Neoplasia (1 a 2%) e infecções do trato urinário (ITU) (1 a 8%) são as etiologias menos 
comuns. 
8. Quais as principais etiologias da DTUIF? 
Diversos distúrbios foram indicados como causas de DTUIF, como cistite intersticial, urolitíase, 
tampões uretrais, anomalia anatômica, neoplasia, infecção e problemas comportamentais. A 
causa mais comum é cistite intersticial (55 a 65% dos casos). A urolitíase acomete cerca de 15 
a 20% dos gatos levados a exame com DTUIF. Problemas comportamentais e anomalias 
anatômicas podem contribuir para cerca de 10% dos casos. Neoplasia (1 a 2%) e infecções do 
trato urinário (ITU) (1 a 8%) são as etiologias menos comuns. 
9. Caracterize a síndrome de pandora/ cistite intersticial. 
A síndrome de pandora/cistite intersticial é caracterizada por um conjunto de sinais clínicos e 
distúrbios do trato inferior, acometendo o sistema endócrino e nervoso dos felinos, através 
da liberação de hormônios de estresse. Os animais obesos e sedentários com alimentação 
restritamente seca e em ambientes com muitos gatos são os mais predispostos. 
10. Cite os sinais clínicos de DTUIF não-obstrutiva e obstrutiva. 
Os sinais clínicos da DTUIF não-obstrutiva incluem: hematúria, polaciúria, disúria-estrangúria, 
vocalização, lambedura, periúria, noctúria, dor a palpação vesical e presença de cálculos 
palpáveis. 
Na DTUIF obstrutiva, pode se apresentar inicialmente de forma não obstrutiva, evoluindo para 
incapacidade de urinar, tenesmo, pênis congesto, bexiga distendida, azotemia, acidose, 
hipercalemia, que resultarão em depressão, anorexia, êmese, desidratação, hipotermia, 
bradicardia e morte súbita, além disso, o aumento dos níveis de potássio causarão arritmias 
ventriculares severas. 
11. Como é realizado o diagnóstico de DTUIF? 
O diagnóstico da DTUIF é baseado principalmente no exame clínico, com informações de 
anamnese e exame físico, além disso, os exames complementares que nos auxiliam no 
diagnóstico incluem: urinálise, urocultura, radiografia simples e contrastada, ultrassonografia, 
onde se observa o espessamento da parede vesical, urólitos e neoplasias, e também, 
uretroscopia. 
12. Em casos de urolitíase, quais os principais tipos observados? 
Os principais tipos observados são: oxalato de cálcio, precipitados em pH ácidos e estruvita, 
precipitados em pH alcalino. 
13. Como ocorre a formação dos urólitos? 
A formação dos urólitos ocorrem por aumento dos níveis de sais na urina e o seu tempo 
prolongado no TU, promovendo um pH favorável, que reduzem a concentração dos inibidores 
da cristalização, ocorrendo então a precipitação do núcleo e acúmulo dos cristais ao redor 
deste núcleo. O aumento do aporte de proteínas e minerais na dieta irão favorecer a produção 
de uma urina concentrada, favorecendo a formação de urólitos.