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Escusas Absolutorias

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→ Art. 181 c/c 183, CP;
Escusas absolutórias são situações em que o
legislador optou por tornar impuníveis, não
porque envolvam alguma exclusão de tipicidade
ou de antijuridicidade (exclusão do caráter ilícito
penal do fato) ou exclusão de culpabilidade
(exclusão do pressuposto de aplicação da pena
ao agente). A razão da escusa absolutória, assim,
não diz respeito à teoria geral do crime, se dando
unicamente por razão de política criminal
(simplesmente uma opção política do legislador).
→ Constitui excludente de punibilidade objetiva.
● Difere da condição objetiva de
punibilidade, porque, nesta, quando a
condição não ocorre, a punibilidade
inexiste. Ou seja, para haver punibilidade,
a condição deve ocorrer;
● Já, se ocorre escusa absolutória, a
punibilidade é excluída;
Resumindo:
→ se a escusa absolutória está presente no fato,
não há punibilidade;
→ se a condição objetiva de punibilidade está
presente no fato, há punibilidade.
Escusas Absolutórias em Crimes contra o
Patrimônio (art. 181):
→ Tem por objetivo evitar a intromissão do Direito
Penal em certas questões patrimoniais de cunho
familiar.
→ Levam em consideração as relações familiares
entre o autor do crime e a vítima.
1ª Escusa: Crime contra o Patrimônio do
cônjuge (inc. I):
→ A escusa absolutória, em sua literalidade,
refere-se apenas a cônjuge, portanto, quando há
um casamento civil entre autor e vítima;
→ O casal deve estar na constância da sociedade
conjugal, ou seja, não pode estar separado, nem
de fato, nem por decisão judicial (separação de
corpos, por exemplo);
→ Pensamos que, por analogia in bonam parten,
pode se estender às uniões estáveis, durante sua
constância.
2ª Escusa: Crime contra o Patrimônio de
Ascendente (inc. II):
→ A vítima, neste caso, é pai, mãe, avô, avó,
bisavô, bisavó etc. do autor;
→ O parentesco pode ser natural (biológico) ou
civil (adoção, paternidade ou
maternidade socioafetiva).
3ª Escusa: Crime contra o Patrimônio de
Descendente (inc. II):
→ A vítima, neste caso, é filho, filha, neto, neta,
bisneto, bisneta etc. do autor;
→ O parentesco pode ser natural (biológico) ou
civil (adoção, paternidade ou
maternidade socioafetiva).
Efeito da escusa absolutória: o agente fica isento
de pena.
Casos de inaplicabilidade - o agente continua
punível (art. 183):
→ Não se aplica a crimes:
● de roubo (CP, art. 157);
● de extorsão (CP, art. 158);
● sempre que houver emprego de violência
ou grave ameaça à pessoa, exemplos:
a. a extorsão mediante sequestro (CP, art.
159);
b. esbulho possessório com violência à
pessoa ou grave ameaça (CP, art. 161, §
1º, inc. I);
c. dano qualificado pela violência à pessoa
ou grave ameaça (CP, art. 163, p. ún., inc.
I);
→ Não se aplica ao coautor que participe do
crime e não tenha o mesmo parentesco com a
vítima (a escusa absolutória tem caráter
personalíssimo);
→ Não se aplica se a vítima é pessoa com 60
anos ou mais (idosa).

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