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Drogas - Quíncio Pinto Muniz

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS – APROFUNDAMENTO I
O QUE SÃO DROGAS?
As drogas são substâncias que ao serem introduzidas em um organismo vivo, modificam processos bioquímicos (processo químico que ocorre no organismo vivo).
O que vem à sua mente quando perguntam “o que são drogas?”
"Geralmente, quando se pergunta “O que são drogas?”, logo o que nos vem à mente são as substâncias proibidas por lei. No entanto, conforme a definição acima mostrou, os medicamentos (ou mais corretamente “fármacos”) também provocam mudanças fisiológicas no organismo, por isso, também são considerados como drogas, mas não são ilegais.
FARMACOLOGIA
"A farmacologia é o ramo que estuda os medicamentos e as drogas. Essa área do conhecimento define que os medicamentos são drogas usadas para fins terapêuticos e buscam, assim, ações benéficas ao organismo. As doenças provocam alterações em processos bioquímicos no organismo do indivíduo, e a administração de medicamentos serve para restabelecer o equilíbrio desses processos.
Cite exemplos de alterações no corpo humano causadas por remédios.
DROGAS LÍCITAS
O QUE SÃO DROGAS LÍCITAS?
EXEMPLOS DE DROGAS LÍCITAS
As bebidas alcoólicas e o cigarro são dois exemplos de drogas lícitas no Brasil, isto é, a venda desses produtos não é proibida por lei para maiores de 18 anos."
DROGAS ILÍCITAS
O QUE SÃO DROGAS ILÍCITAS?
EXEMPLOS DE DROGAS LÍCITAS.
As drogas ilícitas são substâncias psicoativas ou psicotrópicas cuja produção e comercialização constituem crime, como a maconha, inalantes/solventes, cocaína, crack, dentre outras.
PONTO IMPORTANTE
"Portanto, não é o fato de ser proibida ou não que caracteriza uma substância ou material como droga, mas sim a ação de provocar alterações fisiológicas e/ou comportamentais."
Aqui - PROPRIEDADES DAS DROGAS PSICOTRÓPICAS
"As drogas psicotrópicas apresentam três propriedades principais: 
1) o usuário desenvolve tolerância, precisando tomar doses da droga cada vez mais elevadas para sentir seus efeitos; 
2) causa dependência e 
3), com a interrupção do uso, há uma síndrome de abstinência — sintomas físicos e psiquícos muito desagradáveis e que dificultam a suspensão do uso da drogas.
1 - TOLERÂNCIA
Quando uma droga é administrada repetidamente e não provoca mais o mesmo efeito, ou é preciso aumentar a dose para ter a mesma sensação, diz-se que a pessoa está “tolerante” ao efeito da droga.
2 - DEPENDÊNCIA 
Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de forma contínua (sempre) ou periódica (frequentemente) para obter prazer. Alguns indivíduos podem também fazer uso constante de uma droga para aliviar tensões, ansiedades, medos, sensações físicas desagradáveis, etc.
3 - ABSTINÊNCIA 
As crises de abstinências são caracterizadas por um conjunto de sinais e sintomas decorrentes das reações provocadas pela ausência da droga. Esses eventos são parte natural do processo de desintoxicação, ou seja, ocorrem quando o organismo percebe a falta da substância geradora da dependência
CUIDADO!
"É por isso que até os medicamentos devem ser administrados sob orientação de um médico, pois se não forem ingeridos de modo adequado e nas doses corretas, podem levar à dependência e a sérios problemas de saúde, pois os fármacos não atuam somente sobre o processo bioquímico relacionado com a doença que se quer corrigir, mas também sobre outros processos do organismo, gerando efeitos colaterais
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1 – O que são drogas?
2 – O que são drogas lícitas?
3 – O que são drogas ilícitas?
4 – O que são farmacológicos?
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS – APROFUNDAMENTO I
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS
As drogas podem ser classificadas de acordo com seus efeitos.
As drogas psicotrópicas agem no sistema nervoso central, produzindo alterações de comportamento, humor e cognição. De acordo com a ação destas no organismo do indivíduo, um pesquisador francês, denominado Chaloult, classificou as drogas em três grandes grupos:
Drogas estimulantes do sistema nervoso central.
Drogas estimulantes do sistema nervoso central:
Estas substâncias aumentam a atividade cerebral, uma vez que imitam ou cooperam com os neurotransmissores estimulantes do organismo do indivíduo, como a epinefrina e dopamina. Assim, dão sensação de alerta, disposição e resistência, mas que, ao fim de seus efeitos, conferem cansaço, indisposição e depressão, devido à sobrecarga que o organismo se expôs.
EXEMPLOS
	NICOTINA	CAFEÍNA	COCAÍNA	CRACK	MERLA
					
Drogas depressoras do sistema nervoso central.
Drogas depressoras do sistema nervoso central:
Tais drogas apresentam uma diminuição das atividades cerebrais de seu usuário, deixando-o mais devagar, desligado e alheio; menos sensível aos estímulos externos.
	ÁLCOOL	SONÍFEROS	ANTIDEPRESSIVOS	INALANTES/SOLVENTES	MORFINA
					
EXEMPLOS
Drogas perturbadoras do sistema nervoso central: aqui
DEFINIÇÃO
São aquelas drogas cujos efeitos são relativos à distorção das atividades cerebrais, podendo causar perturbações quanto ao espaço e tempo; distorções nos cinco sentidos e até mesmo alucinações. Grande parte destas substâncias é proveniente de plantas, cujos efeitos foram descobertos por culturas primitivas, associando as experiências vivenciadas a um contato com o divino.
EXEMPLOS
	ÁLCOOL	SONÍFEROS	ANTIDEPRESSIVOS	INALANTES/SOLVENTES	MORFINA
					
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO
1 – O que são drogas?
2 – O que são drogas lícitas?
3 – O que são drogas ilícitas?
4 – O que são farmacológicos?
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS – APROFUNDAMENTO I
Funções oxigenadas:
 De bem com a vida, sem álcool, sem violência!
O álcool é consumido há muito tempo. Porém, antes do processo de destilação, as bebidas tinham um teor de álcool mais baixo, pois sofriam a fermentação. Eram elas a cerveja e o vinho. O álcool é uma bebida psicotrópica. Além de causar dependência, causa também mudanças no comportamento. Inicia-se com uma alteração no humor acompanhada de uma euforia, depois vem o momento da sonolência, onde o indivíduo não possui mais sua coordenação motora e apresenta comportamento depressivo. Isso acontece devido ao fato de o álcool agir diretamente no sistema nervoso central.
O ÁLCOOL é considerado uma droga depressora:
O álcool compromete partes do cérebro responsáveis pela memória, aprendizagem, motivação e autocontrole. É considerada uma droga depressora, ou seja, causa efeitos semelhantes aos da depressão como sonolência, tonturas, distúrbios no sono, náuseas, vômitos, fala incompreensível, reflexos comprometidos e ressaca.
PRINCIPAIS TIPOS:
	CERVEJA	VINHO	LICOR	CACHAÇA	UISQUE
					
O PERIGOSO INCENTIVO DA MÍDIA:
Segundo pesquisas, os jovens de 13 a 21 anos têm facilidade em adquirir bebidas alcoólicas, as quais muitas vezes são permitidas ou providenciadas pelos próprios pais. O etanol (veja ao final de Alcoóis) é o álcool mais utilizado em bebidas, combustíveis, produtos de limpeza, etc. Sua fórmula é: CH3CH2OH. Ele atinge também outros órgãos do corpo, como o coração, a corrente sangüínea, o fígado, etc. A bebida alcoólica é consumida apenas por via oral, e dentro da sociedade atual há um estímulo muito grande ao seu consumo. Independentemente desse fator, é importante a conscientização da sociedade em relação aos perigos que o uso da droga acarreta para quem a consome.
Problemas causados pelo uso do álcool:
	ÁLCOOL	SONÍFEROS	ANTIDEPRESSIVOS	INALANTES/SOLVENTES	MORFINA
					
EXEMPLOS
1 – DOENÇA NO FÍGADO
.Estima-se que entre 90% e 100% dos bebedores pesados crônicos desenvolvam doença hepática gordurosa (acúmulo de gordura no fígado) como consequência precoce e ainda reversível. Mas, com a continuidade do consumo, o álcool pode causar a hepatite alcoólica. Até 40% desses casos podem evoluir para cirrose, inflamação crônica irreversível do fígado que altera sua capacidade de funcionar adequadamente. Os sintomas da insuficiência hepática, como náuseas e vômitos, redução de apetite, amarelamento da parte branca dos olhose da pele, e maior propensão a sangramentos
ÚLCERAS E GASTRITE
Problemas gastrointestinais
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar lesões e inflamação no aparelho digestivo, como esôfago e estômago, provocando sangramentos, vômitos e sintomas de refluxo, como azia e dor na porção superior do abdômen. Além disso, o álcool interfere na secreção do suco gástrico produzida pelo estômago e no tempo de esvaziamento estomacal, interferindo na digestão e levando ao risco de desenvolvimento de úlceras.
PANCREATITE AGUDA
Pancreatite aguda é um quadro inflamatório grave que, muitas vezes, exige atendimento médico emergencial para controle dos sintomas, como dor abdominal intensa. A repetição de quadros de pancreatite aguda pode levar à pancreatite crônica, com mau funcionamento do pâncreas de forma irreversível, o que causa outros problemas para a saúde. O abuso de álcool é a principal causa de pancreatite. Em geral, ocorre com o passar de 5 a 10 anos de consumo pesado e mantido. Como consequência, sabe-se que a taxa de mortalidade de pacientes com pancreatite alcoólica é cerca de 36% mais elevada do que para a população geral.
PROBLEMAS CARDÍACOS
O uso pesado de álcool aumenta a liberação de hormônios relacionados ao estresse que atuam na contração de vasos sanguíneos e influenciam na pressão arterial, podendo causar hipertensão. 
Além disso, o consumo pesado por período prolongado de álcool também leva ao aumento da fração nociva do colesterol (conhecido como LDL) e triglicerídeos, e à alteração no funcionamento de plaquetas. Assim, eventos como arritmias, inflamação do músculo cardíaco (miocardiopatia) e infartos agudos são consequências possíveis do alcoolismo. Assim como as artérias do coração são prejudicas pelo beber pesado e crônico, artérias de outros órgãos do corpo também podem ser afetadas, como as do cérebro, aumentando o risco para o acidente vascular cerebral (AVC).
PREJUÍZOS CEREBRAIS
O álcool atua como depressor do sistema nervoso central, interferindo diretamente em mecanismos cerebrais. Seu uso excessivo pode causar dificuldades no raciocínio, como resolução de problemas simples, além de alterar o senso de perigo e o comportamento. Problemas de insônia e má qualidade do sono, com sensação de um sono “fragmentado”, são queixas comumente associadas ao uso abusivo de bebidas alcoólicas. O uso pesado e crônico pode prejudicar ainda o equilíbrio e a coordenação motora, devido ao seu efeito tóxico no cerebelo, além da diminuição dos reflexos, aumentando as chances de acontecerem quedas. Ainda, em indivíduos alcoolistas existe o risco de quadros de demência. Deficiências vitamínicas, como a da vitamina B1 (tiamina), contribuem para o risco de demência alcoólica, um quadro grave e irreversível.
OSTEOPOROSE
O consumo crônico de álcool ao longo da vida pode influenciar na saúde dos ossos, especialmente no processo de mineralização óssea, aumentando o risco de desenvolvimento de osteoporose em idades mais avançadas e o de fraturas. Sabe-se ainda que o álcool pode interferir no equilíbrio metabólico do cálcio e na produção de vitamina D, o que pode contribuir para complicações ósseas. Para as mulheres, o consumo excessivo de álcool está relacionado ao maior aumento da perda óssea em todas as idades.
CÂNCER
O consumo pesado de álcool está associado a vários tipos de câncer, como de boca, esôfago, laringe, estômago, fígado, colón, reto e de mama. Os agentes causadores não são todos conhecidos, mas sabe-se que, especificamente, o acetaldeído - um produto do metabolismo do álcool - pode ter efeitos cancerígenos.
O ALCOLISMO E A VIOLÊNCIA
Um problema de saúde que também é caso de polícia. O alcoolismo, que na última semana foi apontado pelo Ministério da Saúde como um dos principais responsáveis pelas mortes decorrentes de doenças do aparelho circulatório, aparece também associado a histórias de violência. Um estudo inédito da Universidade Federal de São Paulo, realizado em 7.939 domicílios de 108 cidades brasileiras, revela que houve violência em 35% das residências. Em 17,4% dos casos, o abuso do álcool estava presente.
A maioria absoluta dos agressores alcoolizados (90%) são homens, e 65% das vítimas, mulheres. Um quarto dos registros foi de violência física e 5%, de agressões com armas."O álcool é a droga mais associada à violência. Favorece a violência, rebaixa a crítica e aumenta a agressividade", diz a professora Ana Regina Noto, coordenadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).
ALCOOLISMO 
O QUE É ALCOOLISMO?
Embora o consumo de bebidas alcoólicas faça parte da vida social de muitas pessoas, os excessos podem trazer muitas complicações para a saúde. Cerca de 10% da população brasileira sofre com esse problema. O álcool pode trazer consequências físicas e psicológicas, e muito se engana quem pensa que elas se restringem ao dependente alcoólico em si. Também podem afetar familiares, amigos e todos aqueles que fazem parte do círculo social da pessoa dependente. Mas o que é alcoolismo e como entender a linha tênue entre a dependência e o ato de “beber socialmente”? Saiba compreender a diferença, conheça os tratamentos disponíveis e outras questões relacionadas.
Dependência alcoólica x “beber socialmente”
Uma das principais dúvidas que podem passar pela cabeça de quem consome bebidas alcoólicas é se o ato de beber representa a definição de alcoólatra. Para responder a isso, precisamos compreender, antes de mais nada, o que é alcoolismo. Podemos caracterizar o alcoolismo como a necessidade de ingerir bebidas alcoólicas e a dificuldade de entender “a hora de parar”. A pessoa alcoólatra também costuma ter tolerância ao álcool e, por esse motivo, consome maiores quantidades para experimentar os efeitos das bebidas. Sendo assim, a diferença entre o consumidor de álcool e o alcoólatra é a relação com a bebida e a capacidade de se controlar ao beber.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ETILISMO E ALCOOLISMO?
Além de entender o que é alcoolismo, é importante saber que essa palavra é um sinônimo de “etilismo”. Muitas pessoas acreditam que são coisas diferentes, mas são apenas nomes distintos para a mesma condição. O etilista — ou alcoólatra — é o indivíduo que possui essa relação de necessidade do álcool e falta de controle com a bebida. Consequentemente, consome grandes quantidades de bebidas alcoólicas em um curto espaço de tempo. Ele poderá ser considerado um etilista social ou crônico, a depender dos seus sintomas. Mas, independentemente do grau de etilismo ao qual se encontra o indivíduo, buscar ajuda é fundamental para combater o alcoolismo e os efeitos negativos que ele provoca na vida do paciente e daqueles que convivem com ele.
COMO IDENTIFICAR A DEPENDÊNCIA DE ÁLCOOL?
Assim como outras doenças, existem vários graus de alcoolismo: ele pode ser classificado como leve, moderado ou grave. Essas categorias são, em parte, sobre a quantidade de álcool consumida pelo etilista, mas também refletem o nível de dependência de álcool. Outro fato a ser considerado é o quanto a necessidade da substância e o seu consumo afeta a vida e a rotina do alcoólatra. Em cada um desses “níveis”, os sintomas do alcoolismo são diferentes:
ETILISTA SOCIAL: TRANSTORNO DO USO DE ÁLCOOL LEVE.
Conhecida também como “etilista social”, a pessoa com transtorno do uso de álcool leve não necessariamente bebe com tanta frequência. Nem tem tanta necessidade do álcool no organismo. O alcoolismo em grau leve pode ser identificado em pessoas que: Lutam para controlar o ato de beber assim que o iniciam. Apresentam dificuldades em saber a hora de parar. Ao consumir as bebidas, apresentam comportamento problemático.
ETILISTA CRÔNICO: TRANSTORNO POR USO DE ÁLCOOL MODERADO A GRAVE.
Diferentemente do etilista social, o “etilista crônico” já apresenta diversos problemas relacionados ao consumo excessivo de álcool. Pessoas com transtorno por uso de álcool moderado a grave geralmente têm relacionamentos e atividades como trabalho, escola ou compromissos comprometidos pelabebida. É comum apresentar até mesmo problemas jurídicos, decorrentes dos excessos. Na saúde física, o uso regular do álcool pode ocasionar danos em longo prazo ao fígado, ao pâncreas, ao coração, ao cérebro e a outros órgãos. Podem ocorrer convulsões, tanto pelo excesso de álcool chegando ao cérebro quanto pela falta dele, o que já sugere comprometimento dos neurônios pelos efeitos da bebida. Tremores, confusão mental, sudorese excessiva e batimento cardíaco acelerado são comuns. Eles representam sintomas de abstinência — o que sugere dependência das células do corpo pelos efeitos do álcool.
COMO PARAR DE BEBER? TRATAMENTOS PARA O ALCOOLISMO.
Muitas pessoas podem não perceber sozinhas que o seu consumo de bebidas é um problema. Outras até podem saber, no fundo, que possuem distúrbios com álcool, mas nunca conversaram com ninguém que pudesse ajudar e, por isso, não sabem como parar de beber. A boa notícia é que existe tratamento para alcoolismo. Ele depende de quão severamente se é afetado pelo transtorno por uso de álcool.
TRATAMENTO PARA ALCOOLISMO LEVE
Pessoas com transtorno por uso de álcool leve ou apenas disfunções ocasionais, causadas ​​por esse tipo de bebida podem buscar como primeira alternativa uma conversa com um médico e um psicólogo. Durante a consulta, é importante expor a preocupação com os danos que esse está causando. Depois da primeira abordagem sobre o assunto, as sessões regulares com os profissionais devem continuar. Como parte dessa estratégia, um plano poderá ser desenvolvido em conjunto, com o objetivo de reduzir ou parar definitivamente com o uso de bebidas. Para algumas pessoas, essas discussões são o estímulo que precisam para começar a repensar sobre seu comportamento. Esse tipo de diálogo com profissionais de saúde poderia se dar em consultas de rotina. Mas, na maioria das vezes, acontecem porque os pacientes acabam nos serviços de emergência, por causa dos problemas causados ​​pelo álcool.
TRATAMENTO PARA ALCOOLISMO MODERADO A GRAVE.
Casos de transtorno por consumo de álcool moderado a grave carecem de outras estratégias aliadas ao aconselhamento de profissionais da saúde. Além de avaliação e aconselhamento médico e psicológico, o tratamento para alcoolismo moderado a grave pode incluir desintoxicação, reabilitação e medicamentos.
 DESINTOXICAÇÃO
Desintoxicar significa deixar o corpo sem álcool e ajudá-lo a superar quaisquer sintomas de abstinência. Algumas pessoas precisam permanecer no hospital para essa fase do tratamento. 
MEDICAMENTOS
Alguns medicamentos podem ajudar algumas pessoas a não beber. Essas drogas funcionam de várias maneiras — reduzindo o desejo pelo álcool, minimizando o prazer obtido com o consumo do álcool ou acarretando mal-estar ao beber. Como qualquer outro medicamento, eles podem causar efeitos colaterais. A avaliação e indicação dessas drogas como parte do tratamento deverá ser feita pelo médico, bem como as orientações acerca de efeitos adversos — especialmente se o paciente usar qualquer droga recreativa. Algumas substâncias podem ter interação perigosa, se utilizadas junto a esses medicamentos. 
ALCOOLISMO TEM CURA? 
Agora que você entendeu o que é alcoolismo, quais são seus níveis e tratamentos, cabe responder a uma pergunta: afinal de contas, existe cura? Interromper a dependência alcoólica não é um processo simples, mas, com a ajuda de profissionais habilitados, a chance de obter sucesso é muito maior do que sozinho. Esses especialistas vão apoiá-lo e incentivá-lo ao máximo. Entretanto, o tratamento para o transtorno por uso de álcool não é uma cura. Ficar longe do álcool é uma luta ao longo da vida para muitas pessoas. Muitos precisam de várias tentativas e de ajuda, antes de parar de beber definitivamente. Manter seu seguimento regular e seguir as orientações é muito importante. Compartilhar esse momento com outras pessoas que vivem ou viveram processos semelhantes é interessante. Para isso, pode ser útil obter apoio de AA ou de um dos outros grupos de apoio ao alcoólatra. Seu médico pode recomendar a você um profissional da área, ou você pode encontrá-lo on-line, ou por indicação de outras pessoas.

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