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CUIDADOS NO MANEJO DE PACIENTES COM ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA MECÂNICA, ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS E HIGIENE ORAL

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CUIDADOS NO 
MANEJO DE PACIENTES 
COM ASSISTÊNCIA 
VENTILATÓRIA 
MECÂNICA, ASPIRAÇÃO 
DE VIAS AÉREAS E 
HIGIENE ORAL
Andréa Diogo Sala
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3
Andréa Diogo Sala
CUIDADOS NO 
MANEJO DE PACIENTES 
COM ASSISTÊNCIA 
VENTILATÓRIA 
MECÂNICA, ASPIRAÇÃO 
DE VIAS AÉREAS E 
HIGIENE ORAL
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Andréa Diogo Sala 
Autora
Supervisora da Fisioterapia da UTI do Hospital 
Alemão Oswaldo Cruz
5
 Andréa Diogo Sala – Supervisora da Fisioterapia da UTI do 
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
 A unidade de terapia Intensiva é o ambiente onde estão as ino-
vações tecnológicas em saúde, desenvolvidas para doentes críticos, 
recebendo assistência especializada 24 horas por dia, com monito-
ração contínua.
Dependendo da criticidade do paciente, a condição de restrição ao 
leito imposta pela necessidade terapêutica e todo o parque tecnoló-
gico, levará a uma série de complicações, que podem ser evitadas ou 
minimizadas por cuidados especializados.
 Esses cuidados devem ser mantidos também nos pacientes 
com diagnóstico de COVID-19, porém as abordagens com a bios-
segurança da equipe de saúde precisam ser ainda mais fortemente 
instituídas, considerando-se o risco de disseminação do vírus.
 Elencaremos, a seguir, recomendações para o manejo do pa-
ciente com diagnóstico de COVID-19 em assistência ventilatória.
20 - CUIDADOS NO MANEJO DE 
PACIENTES COM ASSISTÊNCIA 
VENTILATÓRIA MECÂNICA, 
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS E 
HIGIENE ORAL
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20.1 - CUIDADOS NO MANEJO DE PACIEN-
TES COM ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA 
MECÂNICA
20.1.1 - Equipamentos dedicados
Critérios úteis na escolha dos ventiladores mecânicos:
Em que população de pacientes será utilizado o ventilador: popula-
ção adulta, pediátrica, neonatal;
Em Unidade de Terapia Intensiva, recomenda-se que os ventiladores 
mecânicos tenham como prerrequisitos mínimos: (1) o controle de 
volume corrente expirado, (2) monitorização básica (no mínimo de 
pressão inspiratória e curvas, pelo menos pressão-tempo), (3) que 
tenha acoplado ao ventilador um misturador de gases (blender), evi-
tando a necessidade de oxigênio suplementar na via artificial, (4) 
alarmes (pelo menos de pressão de vias aéreas máxima e mínima, 
detecção de apneia e desconexão);
Equipamentos de ventilação mecânica não convencionais como os 
ventiladores para transporte de doentes e equipamentos de aneste-
sia podem ser usados nas situações de grande demanda para supor-
te ventilatório de doente crítico.
ATENÇÃO
Pacientes com suspeita ou diagnóstico de COVID-19:
Utilizar equipamento de circuito com ramo duplo e se-
guir as recomendações de uso de filtros bacterianos.
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DICAS
Se você não dispuser de um ventilador mecânico de ramo 
duplo, ou se os ventiladores mecânicos do seu hospital es-
tiverem todos em uso, você pode utilizar um equipamento 
para ventilação mecânica não invasiva, adaptando uma peça 
em T no circuito de ramo único, colocando um filtro HEPA 
(High Efficiency Particulate Arrestance) na peça em T onde 
o ar será exalado (Figura 1).
Figura 1. Foto do sistema de BIPAP com HEPA na saída exalatória desenvolvido na 
UTI do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Fonte: arquivo da autora.
20.1.2 - Equipamentos de proteção 
individual
 Considerando o elevado risco de contaminação dos profissio-
nais de saúde em ambientes infectados pelo COVID-19, recomenda-
-se a utilização de dispositivos ou equipamentos de proteção indivi-
dual (EPIs), segundo a recomendação do Ministério da Saúde.
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 Ao manipular pacientes COVID-19 positivos ou suspeitos em 
ventilação mecânica, recomenda-se utilizar os seguintes EPIs: 
Gorro: deve permanecer no profissional até o final do plantão;
Máscara de proteção respiratória para aerossóis (N95 ou equiva-
lente): recomenda-se utilizar sobre a máscara N95/PFF2 o protetor 
facial, reduzindo assim o risco de contaminação da máscara, aumen-
tando sua vida útil (se estiver íntegra, pode ser utilizada por até 30 
dias);
Óculos de proteção ou protetor facial (face shield): recomenda-se 
realizar a desinfecção do mesmo após finalizar a manipulação do 
paciente;
Avental impermeável de mangas longas: deve ser descartado em 
local apropriado após finalizar a manipulação do paciente;
Luvas de procedimento: devem ser descartadas em local apropria-
do após finalizar a manipulação do paciente;
Sempre realizar os 5 momentos de higienização das mãos (Figura 2).
Figura 2. Os 5 momentos para higienização das mãos
Fonte: Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higieniza-
cao_oms/5%20momentos %20A3.pdf.
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20.1.3 - Isolamento
 Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser rea-
lizados, preferencialmente, em uma unidade de isolamento respira-
tório com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency Particulate 
Arrestance). Na ausência desse tipo de unidade, deve-se colocar o 
paciente em um quarto com portas fechadas (com janelas abertas) 
e restringir o número de profissionais durante estes procedimentos. 
 Na ausência de boxes fechados, recomenda-se delimitar fisi-
camente, por exemplo, com sinalização no chão, a área de entrada 
dos boxes ou a área de coorte COVID-19, caso a UTI não seja exclu-
siva para o atendimento de pacientes com COVID-19. É fundamental 
que seja mantida uma distância mínima de 1 metro entre os leitos 
dos pacientes e deve haver uma preocupação de se restringir ao 
máximo o número de acessos a essa área.
 Os profissionais de saúde que permanecerem nesta área ou 
por ela forem circular, devem permanecer o tempo todo com más-
cara N95 ou equivalente.
20.1.4 - Pressão de cuff
 O cuff é um balonete situado na extremidade distal do tubo 
orotraqueal que tem a finalidade de assegurar a eficiência do supor-
te ventilatório, evitando o escape aéreo, e proteger a via aérea infe-
rior da aspiração de secreções infectadas da orofaringe.
 A pressão de cuff deve ser monitorada diariamente, e seu valor 
deve permanecer entre 20 e 30 cmH2O. Para realizar esta medida, 
o ideal é utilizar um manômetro de pressão específico, denominado 
medidor de pressão de cuff ou cuffômetro.
 Deve-se tentar manter a pressão do cuff no valor mínimo re-
comendado para preservar a perfusão da mucosa traqueal, preve-
nindo lesões do epitélio colunar, edema, perda ciliar, ulceração, san-
gramento, estenose traqueal e até mesmo fístula traqueoesofágica; 
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e ser alta o suficiente para prevenir o vazamento de ar, que poderá 
gerar aerossolização, perda do volume corrente, microaspirações de 
secreções com risco de pneumonia associada à ventilação mecânica. 
Evitar ultrapassar o valor de 30 cmH2O.
DICAS
Se seu hospital não dispuser do equipamento para mensu-
rar a pressão do cuff, você pode insuflá-lo com uma seringa 
com ar, até gerar a pressão aproximada de 20 a 30 cmH2O 
(Quadro 1)
Quadro 1. Distribuição da quantidade de ar a ser insuflada no cuff 
diâmetro da cânula mL/ar insuflado
Pressão exercida na 
mucosa da traqueia 
(cmH2O)
7,0 4,0 29,4
7,5 4,0 25,0
8,0 4,0 21,4
8,5 5,0 24,2
9,0 5,0 27,3
Fonte: Adaptado de Barbosa PMK e Santos BMO, 1996.
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20.1.5 - Fixação da cânula orotraqueal
 Logo após o procedimento de intubação e a checagem do 
correto posicionamento do tubo, deve-se realizar a sua fixação, ano-
tando em que número foi fixado na rima labial, para que periodica-
mente este posicionamento seja verificado e corrigido, se necessá-
rio.
 Para a fixação do tubo são necessários dois profissionais: um 
ficará responsável por segurá-lo e o outro, por fixá-lo, reduzindo as-
sim o risco de extubação acidental.
 Existem algumas formas de fixação do tubo e a escolha de-
penderá da rotina de cada serviço:
Fitas adesivas: são aplicadas à face de diversas maneiras; a fita (de 
preferência hipoalergênica) deve ser recortada de forma a envolver 
o tubo e fixá-la à face do paciente, realizando a limpeza da pele an-
tes da aplicação da fita;
Cadarço: o tubo é fixado por diversos tipos de nós e o cadarço re-
manescente envolve a cabeça do paciente. Deve-se proteger as ore-
lhas,nuca e rima labial, para evitar lesões cutâneas; recomendada 
a troca a cada 48 horas e, neste momento, mudar a lateralidade de 
fixação do tubo, mantendo o mesmo número na rima labial;
Fixadores comerciais: requerem formas específicas de fixação, de 
acordo com a maneira preconizada pelo fabricante. Os cuidados a 
serem tomados são os mesmos que o do cadarço, porque também 
podem provocar lesões cutâneas; deve-se monitorar periodicamen-
te se a fixação não afrouxou.
CURIOSIDADES
Estudos recentes comprovaram que tanto as fitas adesivas 
quanto os cadarços são igualmente seguros para prevenir a 
extubação acidental e manter a integridade da mucosa oral 
e da pele facial.
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ATENÇÃO
Visto que, para realizar o reposicionamento da cânula, é 
necessário desinsuflar o cuff, o que pode gerar aerossó-
is, é extremamente importante que a fixação seja feita 
de forma adequada e segura.
20.1.6 - Umidificação das vias aéreas e 
filtros de barreira
 A umidificação necessária para evitar complicações no pa-
ciente intubado depende de inúmeros fatores, incluindo a doença 
respiratória de base, parâmetros ventilatórios, aspecto e quantida-
de da secreção pulmonar e tempo de ventilação mecânica. Tanto a 
umidificação insuficiente quanto a excessiva são inadequadas para a 
manutenção da integridade da via aérea.
 A função de condicionamento do ar inspirado pode ser reali-
zada de forma ativa, pelos umidificadores aquecidos (passagem do 
ar seco e frio por uma câmara preenchida parcialmente com água 
aquecida); ou de forma passiva, pelos trocadores de calor e umidade 
(HME).
 As principais desvantagens associadas à utilização do sistema 
aquecido são: condensação de vapor d’água no circuito do ventila-
dor, aumentando o risco de contaminação bacteriana, necessidade 
de fonte de energia elétrica e suprimento constante de água. Nos 
pacientes com COVID-19 positivo ou suspeito, deve-se evitar este 
sistema, devido à demanda de maior cuidado pela equipe multidisci-
plinar e risco de disseminação do vírus.
 Considerando a dispersão de aerossóis nas Unidades de Tera-
pia Intensiva e Unidade de Pronto Atendimento com pacientes intu-
bados e submetidos à ventilação mecânica invasiva, recomenda-se 
o uso de trocadores de calor e umidade (HME), filtros trocadores de 
calor e umidade (HMEF) e filtros de barreira (HEPA) nas seguintes 
situações:
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Ventiladores Mecânicos com filtro HEPA acoplado à válvula exala-
tória: utilizar trocador de calor e umidade (HME) conectado à peça 
Y do circuito de ventilação mecânica (Figura 3);
Ventiladores Mecânicos sem filtro HEPA acoplado à válvula exala-
tória: utilizar filtro trocador de calor e umidade (HMEF) com capaci-
dade de barreira bacteriana e viral maior ou igual a 99,99) conecta-
do à peça Y do circuito de ventilação mecânica.
DICAS
Utilizar preferencialmente HME, evitar umidificação ati-
va, devido ao risco de disseminação pelos aerossóis.
Figura 3. Ventilador mecânico com f iltro HEPA e HME
Fonte: arquivo da autora.
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20.1.7 - Troca dos filtros e sistema 
de aspiração
 A obstrução do tubo orotraqueal deverá ser feito com pinça 
ou oclusão, antes da desconexão para troca do sistema de aspiração 
ou do filtro; ou troca de ventilador de transporte para ventilador da 
unidade e vice-versa (Figura 4).
 Se o paciente estiver traqueostomizado, procure já deixar o fil-
tro conectado ao sistema de aspiração fechado, para agilizar a troca, 
visto que não há como realizar o pinçamento (pode ser feita oclusão 
da cânula). 
 Evitar as desconexões para não aumentar a geração de aeros-
sóis.
DICAS
Apesar dos fabricantes recomendarem a troca a cada 
24h, podemos nos basear em alguns estudos que reco-
mendam a troca dos filtros HME/HMEF a cada 48-72h, 
ou antes disso, em casos de presença de obstruções 
(água, sangue ou secreções); filtro de barreira a cada 15 
dias e sistema de aspiração a cada 48-72 h para evitar 
despressurizações do sistema e fazer um uso mais ra-
cional dos recursos.
ATENÇÃO
A paramentação recomendada quando há risco de ge-
ração de aerossóis deve ser colocada para realizar as 
trocas do sistema.
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Figura 4. Pinçamento da cânula orotraqueal
Fonte: Disponível em: https://www.amib.org.br/f ileadmin/user_upload/amib/2020/mar-
co/28/VJS_280320_21H40.
20.1.8 - Monitoração respiratória
 A monitoração respiratória, fator decisivo na qualidade da 
atenção ao paciente, permite aos profissionais seguirem a evolução 
da doença, ajustar a terapêutica e prevenir ou detectar o desenvolvi-
mento de complicações. Recomendamos que os pacientes recebam 
as monitorações descritas a seguir.
Oximetria de pulso
 Monitoração contínua da saturação periférica de oxigênio, que 
fornece uma estimativa da saturação arterial de oxigênio, reduzindo 
a necessidade de coleta de amostras de sangue para análise dos ga-
ses sanguíneos.
 Alguns fatores podem interferir neste método de monitora-
ção: movimentação e presença de fonte luminosa próxima ao sensor, 
má perfusão periférica, presença de carboxihemoglobinas ou me-
tahemoglobinas, azul de metileno, esmalte nas unhas e cor da pele.
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Capnometria e capnografia
 A capnometria é uma técnica não invasiva que mensura o CO2 
ao final da expiração (ETCO2), é uma medida contínua e indireta da 
PaCO2.
 A capnografia é uma tecnologia que permite ter uma imagem 
gráfica e uma medida objetiva do estado ventilatório de um doente. 
Qualquer alteração na forma da onda na capnografia pode ser de-
tectada perante uma alteração de metabolismo, perfusão sanguínea 
ou ventilação.
 As principais aplicações clínicas são o acompanhamento da 
ventilação alveolar e do espaço morto, detecção de intubação eso-
fágica, ajuste ventilatório durante o desmame e transporte intra-hos-
pitalar.
Mecânica Respiratória
Pico de pressão inspiratório (PPI): resistência das vias aéreas de con-
dução somada à resistência alveolar. Evitar acima de 40 a 45 cmH20;
Pressão platô (Ppl): resistência alveolar (elástica). Deve ser mantida 
no valor menor ou igual a 30 cmH20;
Driving Pressure (DP): é a pressão de platô menos a PEEP. Também 
pode ser expressa como a razão entre o volume corrente e a com-
placência do sistema respiratório, indicando a diminuição do tama-
nho funcional do pulmão observado em pacientes com SDRA. Pode 
ser um forte preditor de mortalidade em pacientes com SDRA e 
sugere-se mantê-la abaixo de 13–15 cmH2O
DP = Ppl – PEEP
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Complacência estática do sistema respiratório (Cst): reflete as modi-
ficações sofridas pelo parênquima pulmonar no desenvolvimento e 
evolução de uma doença respiratória; pode estar associada a altera-
ções de comportamento da caixa torácica. É o inverso da elastância. 
É calculada dividindo-se o volume corrente pela pressão de platô 
menos a PEEP. Valor de referência 75mL/cmH2O
Cst = VC / Ppl - PEEP
Resistência das vias aéreas (RVA): é a impedância não elástica do 
tecido pulmonar e consiste na oposição à passagem do fluxo aéreo. 
Aproximadamente 20 a 30% da resistência total se encontra nas vias 
aéreas superiores, sendo que a porção mais periférica da árvore brô-
nquica contribui com 10 a 20% deste valor. Calculada dividindo-se 
a pressão de pico menos a pressão de platô pelo fluxo inspiratório. 
Valor de referência 2- 4cmH2O/L/s
RVA = PPI – Ppl / Fluxo
Autopeep ou PEEP intrínseca: é o resultado do esvaziamento incom-
pleto dos pulmões ao final da expiração, promovendo represamento 
de ar. O método da oclusão da válvula exalatória ao final de uma 
pausa expiratória prolongada é mais simples de ser utilizado para 
sua mensuração.
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20.1.9 - Medicamentos com 
Aerossol dosimetrado 
 Devem ser evitados os dispositivos de nebulização geradores 
de aerossóis. Usar medicação broncodilatadora em puff administra-
do por dispositivo que acompanha o sistema de aspiração fechado. 
 Se seu hospital não possuir sistema de aspiração frechado, uti-
lizar a aerocamâra retrátil ou o conector para medicação inalatória, 
porém antesde realizar o puff, o HME precisará ser retirado evitando 
que o medicamento fique represado nele (Figura 5).
 Caso não possua nenhum dos sistemas, deve ser avaliado o 
risco versus benefício de realizar a medicação inalatória.
DICAS
Se for necessária a medicação inalatória, utilizar prefe-
rencialmente spray através do dispositivo que acompa-
nha o sistema de aspiração fechado
Sistema de Aerocâmara
Conector para medicação 
inalatória
Figura 5. Etapas do processo para administração da medicação inalatória
Fonte: arquivo da autora; https://www.dormed.com.br; https://www.amib.org.br.
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20.1.10 - Mobilização do paciente no leito
 O decúbito elevado no leito, acima de 30º, deve ser mantido 
sempre que não houver contraindicação.
 As mudanças de decúbito do paciente no leito têm por obje-
tivo reduzir a pressão nas proeminências ósseas e partes moles, e 
reduzir a incidência de Lesão por Pressão (LP). Deve ser realizada 
com cuidado para não haver desconexão do ventilador mecânico 
nem extubação não programada.
 Cabe destacar que portadores de COVID-19 podem apresen-
tar quadros clínicos que possibilitam a ocorrência de lesões de pele. 
Entre eles pode-se citar desnutrição, deficiência sensorial, idade aci-
ma de 65 anos, doença crônica ou terminal, presença de dermatite 
associada à incontinência, uso de medicamentos que podem alteram 
a fisiologia da pele. Ainda, fatores extrínsecos como pressão, cisa-
lhamento e fricção em áreas que não sejam proeminências ósseas, e 
que possam estar relacionados à dispositivo médico e/ou umidade.
Entendo a criticidade deste paciente, sua mobilização e alternância 
do decúbito deve ser realizada a cada duas horas. Caso o paciente 
apresente descompensação clínica durante a mobilização deve-se 
aliviar a pressão nas áreas de maior risco, minimizando a mobilização 
do paciente.
 No entanto, nos pacientes com diagnóstico de COVID-19, tem 
sido relatado que um subgrupo com comprometimento unilateral, 
ou com um lado pulmonar com maior comprometimento (Figura 6).
 Esses pacientes podem se beneficiar do posicionamento no 
leito, com o lado pulmonar com maior comprometimento para cima 
(não dependente), para melhorar a ventilação-perfusão.
Figura 6. Imagem de tomo-
graf ia torácica com compro-
metimento maior no pulmão 
esquerdo
Fonte: arquivo da autora
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 Mobilização precoce e fisioterapia respiratória e motora, como 
é feito no protocolo regular para pacientes em UTI, também devem 
ser seguidos nos casos COVID-19.
 Um dos fatores favoráveis à implementação de uma interven-
ção sistematizada fisioterapêutica em pacientes com COVID-19, resi-
de no fato de que o manejo intensivo, incluindo a ventilação mecânica 
prolongada, sedação e utilização de bloqueadores neuromusculares, 
aumentará significativamente o risco do desenvolvimento da fraque-
za muscular adquirida na UTI.
 Recomenda-se a realização de mobilização e intervenções aos 
pacientes com COVID-19, a fim de prevenir a deficiência muscular 
e possibilitar um retorno funcional ao lar. Portanto, é fundamental 
antecipar a Fisioterapia precoce após a fase aguda para a rápida re-
cuperação funcional.
 Devem ser observados todos os critérios de segurança e qua-
dro clínico do paciente antes da prescrição da intervenção terapêu-
tica.
 Realizar atividades de cunho progressivo (Quadro 2) visando 
à funcionalidade, representando as principais atividades funcionais 
baseadas no desenvolvimento neuropsicomotor funcional, e que de-
verão ser contempladas em qualquer protocolo adotado para mobi-
lização precoce em pacientes com COVID-19.
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Quadro 2. Sequência da progressão de atividades 
para a mobilização
Mudança de decúbitos e posicionamento funcional
Mobilização passiva 
Exercícios ativo-assistidos e ativos 
Cicloergometria na cama 
Sedestação na beira do leito 
Ortostatismo 
Caminhada estática 
Transferência da cama para a poltrona 
Caminhada
Fonte: Adaptado de Franca e Cols, 2012.
DICAS
Avaliar os exames de imagem do paciente, e em caso de 
comprometimento maior em um dos lados do pulmão, 
EVITAR posicionar o paciente sobre este lado.
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20.1.11 - Transporte do paciente 
em ventilação mecânica
 A necessidade de todos os procedimentos que requeira o 
transporte do paciente deve ser revisada caso a caso e, se não for 
urgente, deve ser remarcada com base nas prioridades clínicas.
 Havendo a necessidade de realizar o transporte do paciente, 
utilizar preferencialmente equipamento de circuito com ramo duplo 
e seguir as recomendações de uso de filtros bacterianos.
 Garantir que toda a equipe esteja paramentada durante a tro-
ca de ventiladores, e que os demais pacientes estejam protegidos.
 Pausar o ventilador mecânico, clampear o tubo com pinça, co-
nectar ao ventilador de transporte em stand by – previamente ajus-
tado nos parâmetros que o paciente está utilizando (aumentando a 
FiO2 em 20%), descamplear o tubo, tirar o VM do stand by, manter 
o HME/HMEF e o HEPA (quando houver), levar o ambu ou maleta de 
transporte.
20.1.12 - Realização de 
broncoscopia
 Decidir a necessidade de broncoscopia durante a pandemia 
de COVID-19 requer que a relação risco versus benefício cuidadosa-
mente avaliada. A broncoscopia, sendo um procedimento gerador 
de aerossol, tem o potencial de transmitir infecção a outras pesso-
as. Minimize a equipe para todos os procedimentos broncoscópicos; 
todo o pessoal deve usar kits de EPI padrão durante a broncoscopia. 
Recomenda ser feita em leito de pressão negativa.
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20.1.13 - Desinfecção equipamentos 
de ventilação mecânica
 Recomenda-se que a limpeza dos equipamentos ocorra ime-
diatamente após o uso com substância alcoólica à 70% ou a base de 
cloro, como no caso do ventilador mecânico de transporte.
 Para o ventilador mecânico do leito, manter a rotina de limpe-
za concorrente preconizada pela instituição. 
20.2 - ASPIRAÇÃO DE 
VIAS AÉREAS
 A aspiração é a retirada passiva de secreções endotraqueais e 
pode ser feita via tubo endotraqueal, cânula de traqueostomia e via 
nasotraqueal; através de um sistema de sucção (vácuo), e consiste 
em um procedimento gerador de aerossóis. 
 Para que isso que ocorra de uma forma segura em pacien-
tes com diagnóstico de COVID-19, o colaborador deve estar com os 
Equipamentos de Proteção Individidual (EPIs) necessários para este 
tipo de procedimento que são: touca, avental impermeável (no caso 
de utilizar o sistema aberto), máscara N95, luvas e face shield. Na 
escassez da N95, a máscara cirúrgica poderá ser usada com a viseira 
ou face shield, devendo ser descartada após o procedimento. 
 A aspiração da via aérea artificial com desconexão do ven-
tilador deve ser evitada para que não ocorra perda da pressão no 
sistema respiratório, atelectasia e disseminação de aerossóis no am-
biente.
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 Está recomendado o uso de sistema de aspiração fechado em 
todos os casos de intubação e ventilação mecânica invasiva. Contu-
do, ao final da aspiração endotraqueal, se faz necessário a aspiração 
de vias aéreas superiores e cavidade oral para prevenir infecção de 
vias aéreas superiores e pneumonia associada à ventilação mecâni-
ca.
 A técnica para aspiração com sistema fechado está esquema-
tizada no Fluxograma 1.
 Sistema de aspiração fechado
Fluxograma 1. Técnica para aspiração endotraqueal com sistema fechado
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 Na impossibilidade do uso do sistema de aspiração fechado, 
avaliar a necessidade de aspiração, através de ausculta pulmonar 
(roncos), analisando a curva de fluxo do ventilador mecânico (se es-
tiver serrilhada), em caso de alta pressão de pico na ventilação me-
cânica (descartar broncoespasmo).
Sistema de aspiração aberto
ATENÇÃO
Somente aspirar o paciente se, após sua avaliação, você 
detectar que existe realmente necessidade. EVITAR 
DESCONEXÕES DESNECESSÁRIAS DO VENTILADOR 
PARA NÃO GERAR AEROSSÓIS.
 Antes de desconectar o ventilador mecânico para realizar a 
aspiração, colocar o equipamentoem sistema stand by, não utilizar 
o dispositivo de aspiração assistida do ventilador mecânico, para mi-
nimizar a disseminação de aerossóis. Lembrar que para realizar a 
aspiração endotraqueal com o sistema aberto, é obrigatório o uso 
de luva estéril na mão que irá manipular a sonda de aspiração.
 A técnica para aspiração com sistema aberto está esquemati-
zada no Fluxograma 2. 
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Fluxograma 2. Técnica para aspiração endotraqueal com sistema aberto
20.3 - HIGIENE ORAL
 A formação de biofilme bucal é um processo natural, no en-
tanto, fatores como idade, qualidade da higiene oral, tabagismo e 
etilismo podem alterar a sua composição microbiológica. Realizar hi-
giene com produto antisséptico, aspirar secreções da cavidade oral 
e atentar para lesões de mucosas são cuidados importantes para 
a redução das infecções respiratórias entre pacientes sob cuidados 
intensivos.
 Entre outros cuidados, recomenda-se a manutenção da hidra-
tação das mucosas peribucal e bucal, o controle da formação do 
biofilme por meio de fricção de gaze seca ou umedecida em água 
destilada na cavidade oral e superfície externa do tubo orotraqueal. 
Caso seja evidenciado biofilme lingual visível, este deve ser removido 
mecanicamente com gaze e pinça depois da hidratação da matéria 
orgânica aderida (evitar raspadores linguais – risco para lesão teci-
dual e quebra de barreira). 
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 Segundo a diretriz do Society for Healthcare Epidemiology of 
America (SHEA) a realização de higienização oral com clorexidina 
0,12% está associada à redução da incidência de pneumonia asso-
ciada à ventilação mecânica. O cuidado oral deve ser realizado, no 
mínimo, uma vez por plantão. Este cuidado deve ser mantido nos pa-
cientes com COVID-19, recomendamos seguir o protocolo da AMIB 
(Figura 7, fluxogramas 3 e 4).
EPIs: óculos de proteção, luvas, máscara cirúrgica, avental descartável 
Água  destilada  estéril  (pacientes  em  ventilação  mecânica)  ou  filtrada
Espátula  abaixadora  de  língua
Gaze  estéril
Sistema  de  aspiração  montado:  sugador  odontológico (preferencialmente)  ou   
sondas  de  aspiração  (nº  10,  12  ou  14)
15  mL  de  solução  aquosa  de  digluconato  de  clorexidina  a  0,12%  ou 10  mL  se   
a  concentração  for  a  0,2%  (dose- dependente)
Copo/recipiente  descartável
Cuffômetro
Lubrificante  bucal  (extra  e  intrabucal):  óleo  de  origem  vegetal  comestivelcomo   
o  óleo  de  coco  ou  similar 
Figura 7. Materiais, medicamentos, equipamentos e instrumentais básicos
Fonte: adaptado do POP Higiene Bucal da AMIB.
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Fluxograma 3. Cuidados prévios à higiene bucal
Fonte: adaptado do POP Higiene Bucal da AMIB.
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Fluxograma 4. Descrição dos 6 passos da higiene bucal
Fonte: adaptado do POP Higiene Bucal da AMIB.
30
 Para todos os pacientes, sugere-se o uso de peróxido de hi-
drogênio de 0,5% a 1% ou povidona a 0,2% (caso o paciente não seja 
alérgico), por 30 segundos, prévio à aplicação do protocolo de higie-
ne bucal, através de embrocação da solução sobre as estruturas bu-
cais. Manter aspiração contínua da saliva residual e sobrenadantes. 
 
 A utilização de agentes oxidantes, como o peróxido de hidro-
gênio, está sendo recomendada na expectativa de se obter redução 
de carga viral, prévia aos procedimentos odontológicos. É importan-
te ressaltar que, não há na literatura até o momento, outro agente 
antimicrobiano que demonstre ação comprovada e que possa ser 
aplicado às estruturas bucais.
31
REVISÃO DOS PONTOS IMPORTANTES
PROCEDIMENTO 
EQUIPAMENTO
RECOMENDAÇÃO OPÇÃO
Equipamentos dedicados
Circuito de ramo duplo com 
filtros recomendados.
Circuito ramo único com filtro 
HEPA na saída exalatória.
Equipamentos de proteção 
individual
Gorro, máscara N95, máscara 
cirúrgica, face shield, avental, 
luvas, óculos.
Mesmos EPIs, na falta de N95, 
usar máscara cirúrgica com 
face shield.
Isolamento
Leito com pressão negativa ou 
boxe individual.
Distância de 1m entre os leitos 
com demarcação.
Pressão de cuff
20-30 cmH2O mensurado 
com cuffômetro.
20-30 cmH2O – seringa com 
4 a 5 mL de ar.
Fixação da cânula 
orotraqueal
Cadarço, fita adesiva, produto 
comercial
Cadarço, fita adesiva, produto 
comercial
Umidificação das vias aéreas 
e filtros de barreira
HME + Filtro de Barreira. HMEF.
Troca dos filtros e sistema de 
aspiração
HME/HMEF: 48 a 72 horas ou 
se houver presença de obstru-
ções; filtro de barreira: 15 dias; 
sistema aspiração: 48 a 72 
horas. Pinçamento da COT.
HME/HMEF: 48 a 72 horas ou 
se houver presença de obs-
truções; filtro de barreira: 15 
dias; sistema aspiração: 7 dias. 
Oclusão da COT.
Monitoração respiratória
Oximetria, capnografia/metria, 
PPI, Ppl, DP, Cst, RVA, PEEP 
intrínseca
Oximetria, PPI, Ppl, DP.
Medicamentos com aerossol 
dosimetrado
Dispositivo do sistema de as-
piração fechado.
Aerocâmara retrátil ou o co-
nector para medicação inala-
tória.
Mobilização do paciente no 
leito
Mudança de decúbito a cada 
2 horas, mobilização precoce.
Alívio nos pontos de pressão, 
mobilização precoce.
Transporte do paciente em 
ventilação mecânica
Sistema de ramo duplo com 
filtros bacterianos.
Sistema ramo único: avaliar 
risco/benefício do transporte.
Realização de broncoscopia Em leito de pressão negativa.
Leito sem pressão negativa: 
Avaliar risco/benefício.
Desinfecção equipamentos 
de ventilação mecânica
Substância alcoólica a 70% ou 
a base de cloro.
Substância alcoólica a 70% ou 
a base de cloro.
Aspiração de vias aéreas Sistema de aspiração fechado.
Sistema aberto: avaliar neces-
sidade de aspiração.
Higiene oral
A cada 6 horas com clorexidi-
na.
1 vez por dia com clorexidina.
32
Anotações
33
Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica – 2013 Disponível em: :///E:/DIRE-
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Referências
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35
CUIDADOS NO 
MANEJO DE PACIENTES 
COM ASSISTÊNCIA 
VENTILATÓRIA 
MECÂNICA, ASPIRAÇÃO 
DE VIAS AÉREAS E 
HIGIENE ORAL
Andréa Diogo Sala

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