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Projeto de Pesquisa - TCC1_2023.1

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0 
 
GRUPO SER EDUCACIONAL 
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
TALIANE MIRANDA GUIMARÃES 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA – TCC1 
 
 
 
 
 
OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS ATUAREM NO PROCESSO DE 
ALFABETIZAÇÃO DOS FILHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Figueiredo/Am 
2023 
 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2 
1.1 Tema ..................................................................................................................... 4 
1.1.2 Delimitação do Tema . ........................................................................................ 5 
1.2 Problema de pesquisa ........................................................................................... 6 
1.3 Justificativa ............................................................................................................ 6 
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 6 
2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................ 7 
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 7 
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................... 7 
3.1 O para casa ou para os pais? ................................................................................ 8 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 10 
4.1 Caracterização do estudo .................................................................................... 10 
4.2 Universo pesquisado ........................................................................................... 11 
4.3 Instrumentos de coleta de dados ........................................................................ 12 
5 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Tendo em vista que a educação é uma aliada fundamental para que o 
cidadão tenha seu pleno crescimento particular e coletivo recorre-se a reincidência 
do tema relacionado as questões sobre alfabetização, propondo mais uma vez 
reflexões sobre essa permanente discussão que nos encaminha para estatísticas 
não tão esperançosas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua (PNAD Contínua) 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos 
ou mais idade foi estimada em 6,6% (11 milhões de analfabetos). (BRASIL, 2023). 
Este dado nos impacta de forma a repensar em que ponto falhamos, como família, 
responsáveis, educadores e sociedade de forma geral, pois são anos de lutas, de 
programas, leis e metas elaboradas, propostas de intervenções são estudadas, 
mudanças curriculares são efetivadas, e fatores analisados para combater tal 
desalinho e continuamos debilitados neste ponto, precisamos reconhecer que em 
dado momento ignoramos algum fator que interfere no sucesso desse momento 
único e de grande valia para o ser humano. 
Desta vez foca-se na questão das principais dificuldades da participação 
ativa da família no processo de alfabetização dos filhos, que iniciam essa jornada 
durante educação infantil, e continuam nos anos Iniciais do Ensino Fundamental, 
pois a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) “define que a alfabetização das 
crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental, com o objetivo 
de garantir o direito fundamental de aprender a ler e escrever” (BRASIL, 2017). A 
abertura desse estudo não propõe identificar culpados, mas sim reflexões para 
rever certas ações, nesse sentido observamos o muro que existe no relacionamento 
entre família e escola, de um lado a instituição relata a ausência e falta de apoio dos 
pais, e de outro a família responsabiliza a escola pelo baixo desempenho dos filhos, 
dado este cenário nos questionamos se a escola se propõe a conhecer e considerar 
as fases da vida que seus alunos enfrentam, as dificuldades educacionais que seus 
pais portam, e se os pais tem interesse na vida estudantil de seus filho como um 
todo, e se não tem, quais os motivos que os mantem a parte desta trajetória. 
 Nessa perspectiva trazemos a luz realidades comuns ao cotidiano das 
famílias brasileiras, como por exemplo, pais que ficam longos período fora de casa 
diante da necessidade de prover o sustento dos filhos, famílias numerosas, 
 
3 
 
terceirização da educação dos filhos, ausência de paciência na hora de intermediar 
a prática da alfabetização o que acaba gerando ações violentas, tanto físicas quanto 
verbais, causando traumas e criando barreiras no aprendizado do filho, reprodução 
do método que foi submetido lá na sua infância passada, o desconhecimento dos 
novos métodos, desconhecimento e a não identificação de transtornos de 
aprendizagens dos filhos e pais que não foram alfabetizados, rupturas na estrutura 
familiar e abandonos ou crianças que ajudam seus pais a conseguir o sustento 
familiar, Carvalho (1987) descreve estas realidades como fatores: 
Os fatores extraescolares são sociais e decorre da pobreza das 
famílias: ingresso tardio na escola, frequência irregular devido a 
doenças ou a condições de trabalho dos pais ou das crianças, falta 
de recursos para comprar material didático, ausência de livros e 
jornais no lar, pais analfabetos, pouca ou nenhuma cooperação entre 
escola e família. 
 
São ocorrências que acontecem fora da escola, mas que interferem 
diretamente na atuação positiva do aluno, sendo necessário que a escola observe 
os ciclos de vida do educando da comunidade escolar para compreender as 
dificuldades e encontrar um meio para trabalha-las e despertar o interesse do aluno 
naquilo que lhe é proposto; desenvolver suas habilidades para a alfabetização. Não 
somente o interesse do aluno, mas também da família que mesmo com as 
adversidades não deixem o comprometimento a parte para cumprir o seu papel de 
cooperadora. 
Para a criança a família é a primeira referência no seu processo de formação 
social, naturalmente reproduz tudo aquilo que é vivenciado no seio familiar, e a 
família é legalmente responsável por viabilizar e garantir a educação para a criança, 
juntamente com o Estado e em colaboração com a sociedade, mas o que percebe-
se é uma inversão de papéis, a responsabilidade é entendida como a obrigação de 
efetuar uma matrícula na rede de ensino e responsabilizar a escola pela educação 
de uma forma geral, alegando que o tempo que o educando mantem na escola seja 
suficiente para a efetivação do processo de aprendizagem, sem necessitar do 
complemento da ação familiar, ignorando que estas ações devem ser interligadas e 
complementares. Em vista disso: 
Depois da família, é na escola que as crianças permanecem mais 
tempo [...] dessa forma, as relações entre esses dois sistemas são 
de fundamental importância para evitar dificuldades, crises e 
estresse de todos, ou seja não compete apenas à escola a função de 
educar, mas também a família (MACEDO, 1994, p. 196). 
 
4 
 
 
 E a escola como instituição por sua vez padroniza os saberes, como se todo 
aprendiz compartilhasse de uma realidade igual, por vezes ignorando as diferenças 
e a bagagem que aquele aluno carrega além da vida escolar. Neste viés delibera-se 
que: 
A escola não só interpreta erradamente a realidade das crianças, 
mas como também não se preocupa com que estas pensam dela e o 
que pretendem quando nela ingressam. Ela tem tudo pronto, tudo 
decidido por alguém que se desconhece. (Cagliari, 2009, p. 18). 
 
Neste sentindo salienta-se a necessidade da interação e investigação para 
conhecimento desse mundo além da escola que acompanha a criança,para então 
compreender os desafios das famílias atuarem no processo de alfabetização dos 
filhos, pois geralmente é no ambiente familiar que o interesse pelo mundo da leitura 
é incentivado. A diferença entre uma criança que teve contato com contação de 
história, lápis, borracha, livros e que os pais proporcionaram este tempo voltado para 
este momento é gritante com relação a uma criança que mal vê os pais depois de 
dois turnos de trabalho para garantia do sustento familiar, ou até mesmo daqueles 
pais que não tem recursos para proporcionar essas experiências, ou que não sabem 
como ensinar porque não teve acesso à educação possuindo o mínimo de 
escolaridade, e também infelizmente daqueles que até possui as condições mas 
priorizam o tempo com os filhos para outras atividades alegando que este é um 
papel somente da escola. 
A organização do estudo acontecerá por meio de pesquisa exploratória, a 
necessidade de ir mais a fundo para conhecer os fatores que impedem os pais de 
serem atuantes no processo de alfabetização dos filhos surgiu ainda nas práticas de 
estágio, observando a urgência da escola e família manterem um mesmo dialogo 
para com seus alunos/filhos. 
 
 
1.1 TEMA 
 
Ao matricular o filho em uma rede de ensino os pais ou responsáveis criam 
grandes expectativas, ali inicia a construção de uma possibilidade de um futuro 
melhor. Quantas vezes já ouvimos um genitor(a) dizer que o(a) filho(a) na escola é a 
garantia de que a sua história não se repita, que o estudo vai proporcionar uma vida 
 
5 
 
melhor. São esperanças que se limitam apenas na responsabilidade de efetivar essa 
matrícula, prover o material escolar, fardamentos e levar e buscar os filhos no portão 
da escola, comparecer nas reuniões bimestrais e assinar os boletins, 
responsabilizando a escola não somente a ofertar a educação formal, mas também 
algo a mais de sua real função. 
O presente tema nos direciona a explorar e compreender quais são os 
desafios das famílias atuarem em uma necessidade básica que repercutirá ao longo 
da vida dos filhos que é a alfabetização. Pode-se considerar a alfabetização com um 
dos principais elos tanto na vida escolar quanto social do estudante, o modo como a 
criança será inserida neste contexto de ser alfabetizada será marcado em suas 
memórias. A exemplo disso temos o autor Graciliano Ramos que relembra a 
tentativa de seu pai o ensinar a ler a força com base em ameaças, gritos e pancadas 
de vara, sendo que quando aprendeu as primeiras letras soube que o tormento não 
tinha chegado ao fim: 
Enfim consegui familiarizar-me com as letras quase todas. Aí me 
exibiram outras vinte e cinco, diferente das primeiras e com os 
mesmos nomes delas. Atordoamento, preguiça, desespero, vontade 
de acabar-me. Veio o terceiro alfabeto, veio quarto, e a confusão se 
estabeleceu, um horror de quiproquós. Quatro sinais com uma só 
denominação. Se me habituassem as maiúsculas, deixando as 
minúsculas para mais tarde, talvez não me embrutecessem. 
Jogaram-me simultaneamente maldades grandes e pequenas, 
impressas e manuscritas. Um inferno... (RAMOS,1953, p 102) 
 
 Nessa abordagem a família deveria ser a base que oferece segurança, 
compreensão para a constituição do processo de alfabetização e a escola deveria 
atentar para um contexto mais amplo diagnosticando a realidade do aluno não 
olhando somente pra pessoa dele, mas de quem o acompanha no cotidiano. 
 
1.1.1 Delimitação do Tema (título). 
 
Os principais fatores que dificultam a participação das famílias para 
acompanhar e incentivar o processo de alfabetização dos filhos. 
 
 
 
 
6 
 
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA 
 
Quais são os principais fatores que dificultam a participação ativa da 
família no processo de alfabetização dos filhos? 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
A ideia de elaborar o presente trabalho ainda surgiu durante o 
desenvolvimento do estágio II nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e na 
participação das reuniões de pais e metres exercendo o papel de responsável por 
um aluno matriculado na rede de ensino público, mediante a dificuldade da 
participação ativa dos pais e responsáveis, uma vez que os discentes se 
encontravam no processo de alfabetização. Esta participação caracteriza-se pelas 
ausências constante da sala de aula, retornos das atividades para casa “em 
branco”, o desinteresse dos alunos com relação a leitura, falta de zelo com os livros 
didáticos, a constante fala de alunos “professora a minha mãe não soube me 
ensinar a tarefa”, “ninguém tem tempo para me ensinar”, sendo repassada somente 
a escola a responsabilidade de alfabetização dos estudantes. 
Por meio dessa ausência considera-se quais fatores contribuem para que tal 
situação aconteça e as consequências que essas ações oferecem. Outro fator que 
impulsionou este caminhar é o papel de futura educadora e de mãe que também se 
insere na realidade de atuar no desempenho da vida escolar de um filho de sete 
anos de idade que está a desenvolver as habilidades para a alfabetização, e que 
refaz o caminho para ensinar sem reproduzir as experiencia traumáticas de ser 
alfabetizada no tempo em que o tema, meios e os métodos alfabetização ainda eram 
pouco explorados, uma vez que o direito à educação foi negado aos meus genitores. 
 
2 OBJETIVOS 
 
Observar a construção do relacionamento família/escola no processo de 
alfabetização dos discentes, e elencar os principais fatores que nos encaminham 
para este fenômeno persistente o fracasso no ato de alfabetizar. 
 
 
7 
 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Analisar a participação da família no processo de alfabetização dos 
filhos(as) e averiguar as principais dificuldades que impedem os pais de 
participarem do processo de alfabetização dos filhos. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
• Analisar como a participação da família interfere no processo de 
alfabetização. 
• Apresentar quais os principais desafios que os pais enfrentam para oferecer 
suporte na vida escolar do filho. 
• Observar as ações que a escola promove para fortalecer o vínculo no 
relacionamento com as famílias. 
 
3 REVISÃO DE LITERATURA OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Nos dias de hoje as relações sociais se iniciam muito cedo, a rotina escolar 
na vida de uma criança é uma possibilidade iminente, antes mesmo da educação 
familiar ser completada esta já se encontra matriculada em uma escola, assim 
misturando o ambiente escolar com o familiar, causando um conflito de 
responsabilidades entre família/escola. Tiba, (2007) corrobora sobre isto: 
A rigor, a educação escolar é diferente da familiar. Não há como uma 
substituir a outra, pois ambas são complementares. Não se pode 
delegar à escola parte da educação familiar, pois é única exclusiva 
voltada para formação do caráter e os padrões familiares. (TIBA, 
p.187. 2007). 
 
Neste ensejo o ideal seria que a escola e a família utilizarem uma parceira 
criada desde o aquele primeiro momento de inserção da criança na instituição de 
ensino, fazendo uso de uma mesma linguagem para que não haja atrito e a criança 
entenda que tem um lado a escolher. Sobre isto Tiba nos reforça que: 
Quando a escola, o pai e mãe usam a mesma linguagem e tem 
valores semelhantes, os dois principais contextos da criança, a 
família e a escola, demonstram uma segurança e coerência 
extremamente favorável ao seu desenvolvimento. Ao mesmo tempo, 
 
8 
 
a escola assume para a criança um lugar de aliada, como mais uma 
interessada em seu bem-estar. Quando há conflitos entre família e 
escola, as crianças tendem acompanhar quem mais lhe agradar, e os 
adolescentes em geral tentam tirar vantagens pessoais. (TIBA, p. 
190. 2007). 
 
 Quanto a prática da alfabetização na escola tem se caracterizado como uma 
atividade essencial nos anos Iniciais do Ensino Fundamental, e está relacionado ao 
sucesso não só escolar, mas também social. Esta ação necessita envolvimento de 
outros agente além daquelesque a escola oferece, neste caso a família. Macedo 
(1994, p.199) afirma que “é superimportante assumir-se a postura de que a 
produção da criança é resultado da inter-relação de toda essa rede que constitui o 
contexto de sua vida”. Levando em consideração que cada um desses agentes 
exerça sua devida função é valido questionar até que ponto a família pode oferecer 
o suporte para a tal aquisição. Segundo Magda Soares (2010) “a alfabetização em 
seu sentido próprio, específico é o processo de aquisição do código escrito, das 
habilidades de leitura e escrita”, e analisando a realidade dos alunos esse processo 
é entendido de forma fragmentada pelas suas famílias limitando a possibilidade de 
oferecer uma rede de apoio mais estruturada. 
Por outro lado Russo, acredita que os pais podem formar uma parceria com 
o professor mesmo: 
que não entendam causas e consequências dos modos de seu filho 
ler e escrever, quando sabem o que esperar e confirmaram as 
informações nas escritas e leituras da criança, valorizam o papel do 
professor ao adquirir maior confiança em seu trabalho, diminuem sua 
ansiedade e valorizam o esforço do filho, incentivando-o. Saber que 
a criança, durante o processo de alfabetização, pode ler e escrever 
desta ou daquela maneira, muito diferente do modo convencional, na 
maioria das vezes altera o entendimento dos pais sobre esse 
conhecimento, tornando-os mais adequado. (RUSSO, p.261. 2012). 
 
Contudo essa vivência e troca de experiencias entre a família e a escola 
deveria ser pautada no comum acordo de apresentar as realidades do aluno, a 
família não deveria se omitir, dando uma abertura para um dialogo sincero sobre 
suas reais condições, ainda hoje encontramos pais que culpam o professor porque 
seus filhos não sabem ler ou escrever, se isentando de suas responsabilidades. 
 
3.1 O PARA CASA OU PARA OS PAIS? 
 
 
9 
 
A lição para casa na maioria das vezes é pensada como uma forma de 
envolver a família no mundo escolar de seus filhos para sanar a problemática de que 
a família é ausente neste momento. O que poderia ser uma interseção entre as duas 
entidades por vezes acaba gerando controvérsias na ação, o objetivo da lição que é 
enviada para o aluno realizar em casa as vezes fica implícito para a família daquela 
criança, que só o acompanha a distância sua vida estudantil, ou que auxilia, mas 
não sabem como proceder. 
Para alguns pais, as tarefas podem parecer muito complicadas perto 
das que tinham com a mesma idade, mas é necessário entender que 
a maneira como acontece o aprendizado vem mudando radicalmente 
nos últimos anos. (TIBA, p. 196, 2007). 
 
 Apresentando-se como uma prática corriqueira, notamos que no decorrer da 
efetivação do para casa, as crianças necessitam da atenção de alguém da família. 
Nesta brecha a criança pode encarar como uma forma positiva, para demonstrar o 
que está aprendendo, ou de forma negativa, denotar suas angústias, dificuldades e 
conflitos. Ou Caracterizar um momento de aflição, por medo da reação negativa dos 
responsáveis ao demonstrar suas dúvidas, por falta de paciência com o tempo que o 
filho a leva a compreender e realizar as atividades sem contratempos. E para a 
escola deveria ser vista como uma forma de avaliação, na visão de sondagem em 
relação ao desenvolvimento da criança, não de erros e acertos das crianças, mas 
sim uma análise daquilo que o aluno consegue realizar com autonomia. Porque em 
devidas situações a criança relata para a escola o que se passa no momento de 
fazer as atividades e o porque que as tarefas retornam por fazer. 
O Para Casa tem característica de interagir com os dois espaços, 
escola e família, de comunicar e operar nesses dois mundos, o que o 
torna um material rico e significativo no âmbito da avaliação do 
planejamento escolar e da progressão do desenvolvimento do 
educando. (RIOS e LIBÂNIO. p 36, 2009). 
 
Também é vista com um exagero, pelo fato de que a criança ou a família já 
considera o tempo que passa na escola extenso, tirando a oportunidade de realizar 
outras coisas, como ajudar nos afazeres de casa, assistir televisão, jogar 
virtualmente, da mesma forma ocorre aquelas situações que os pais na intenção de 
poupar os filhos ou o seu tempo e paciência que acabam por fazer a tarefa em vez 
da criança, pensando que está ajudando de forma positiva, ignorando a capacidade 
dos filhos em construírem seus aprendizados, e mais ainda, não consideram as 
consequências que a falta dessa base com relação a alfabetização fará adiante. 
 
10 
 
 São situações que acontecem com regularidade no ensino público, e o 
professor no seu papel de observador vai conhecendo essas realidades, na 
ausência do retorno da família se faz necessário reavaliar suas propostas do para 
casa, todavia esse processo deve ser acompanhado não somente pelo professor, e 
sim com toda rede de apoio da escola e com a família, para que possam enfrentar 
essas barreiras entre o ensino escolar e informal. 
 
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
O ensejo da pesquisa exploratória tem como ponto de partida a retomada das 
observações no estágio supervisionado II nos Ano Iniciais do Ensino Fundamental 
na rede de ensino público. Para seguimento do presente trabalho será realizado a 
revisão bibliográfica sobre o tema com base em livros, artigos e teses de autores 
que discutem sobre o mesmo. 
A propósito se solicitará apoio da comunidade escolar que deverá ser 
aplicada a pesquisa, esclarecendo a proposta do que o estudo nos propõe levando 
em consideração e de forma ética toda a sua caracterização, limites e 
possibilidades. 
A pesquisa atrai diferentes tipos de personalidades. A formação de 
uma comunidade de pesquisa requer diversas personalidades. O 
excesso de comprometimento em promover mudanças ou excesso 
de ceticismo na comunidade irão talhar o escopo e o ritmo da 
pesquisa. (STAKE, p. 27,2011). 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
Para exploração da pesquisa opta-se por trabalhar em campo, através de 
observações dos alunos em sala de aula, e estende-se para pesquisa exploratória 
qualitativa. Sendo que as pesquisas qualitativas se constituem ainda em lógica e em 
uma laboração indutiva (buscar e discorrer, e depois gerar expectativas teóricas). 
Neste sentido, o pesquisador qualitativo utiliza técnicas para coletar 
dados, como a observação não estruturada, entrevistas abertas, 
revisão de documentos, discussão em grupo, avaliação de 
experiências pessoais, registro de história de vida, e interação e 
introspecção com grupos ou comunidade. (SAMPIERI et al. p 34. 
2013). 
 
 Para isto serão propostas as entrevistas abertas e informais, assim 
alcançando professores (as), as famílias e responsáveis dos envolvidos no 
 
11 
 
dinamismo, pois nota-se que estes sentem-se mais à vontade para se expressar 
sobre suas dificuldades quando tornamos o diálogo simples, não encarando o 
assunto como pressão ou cobrança. 
A entrevista qualitativa fornece dados básicos para a compreensão 
das relações entre os atores sociais e o fenômeno, tendo como 
objetivo a compreensão detalhada das crenças, atitudes, valores e 
motivações, em relação aos comportamentos das pessoas em 
contextos específicos. (SILVA et al. p. 247. 2006). 
 
4.2 UNIVERSO PESQUISADO 
 
A pesquisa direciona-se para os alunos dos Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental, 1° e 2° anos da rede de ensino público municipal, haja vista que o 
foco tem maior direcionamento para a construção do alfabetizar, a faixa etária de 6 a 
8 anos. Também se estende aos familiares ou responsáveis que os acompanham, 
professores e pedagogos que se fazem presentes nesta ação de ensino. Vergara 
(1997), define universo da pesquisa como: 
O universo, ou população, é o conjunto de elementos que possuem 
as características que serão objetos do estudo, e a amostra, ou 
população amostral, é uma parte do universo escolhido selecionada 
a partir de um critério de responsabilidade. (Vergara,1997).12 
 
4.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 
Instrumento de 
coleta de 
dados 
Universo pesquisado Finalidade do Instrumento 
Entrevista Pais, professores (as) e o ambiente 
escolar. 
Conhecer e descrever os motivos 
pelos quais os pais não 
acompanham de forma 
participativa a ação de alfabetizar 
os filhos. 
 
Observação 
Direta ou dos 
participantes 
Alunos do 2° ano do Ensino 
Fundamental da rede de Ensino 
Público. 
Observar os impactos causados 
pela ausência da participação dos 
pais no processo de alfabetização. 
Observar as ações que a escola 
adota para fortalecer o vínculo 
participativo dos pais no processo 
de alfabetização dos filhos. 
 
Documentos 
 
Da escola para casa: Alfabetização. 
RIOS, Zoé e LIBÂNIO Márcia. RHJ 
Livros. Belo Horizonte, 2009. 
Alfabetização: Um processo em 
construção. RUSSO, Maria de 
Fátima. Ed. Saraiva,2012. 
Retratos da Leitura no Brasil. 
FAILLA, Zoara. GMT Editores Ltda, 
2021. 
Alfabetização e letramento. 
SOARES, Magda. 6ª ed. São Paulo, 
2010. 
 
Revisão bibliográfica de autores 
que já discutiram sobre a temática 
para fundamento e suporte do que 
o presente trabalho trata. 
Comparação de situações já 
descritas por estes autores. 
 Quadro 1- Instrumento de coleta de dados. 
Fonte: CAVALCANTI e MOREIRA (2008) 
 
 
 
 
13 
 
5 REFERÊNCIAS 
 CAGLIARI, Carlos Luiz. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione,2009. 
(Coleção Pensamento e ação na sala de aula) 
CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a pratica. 
Petrópolis, RJ; Vozes,2005. 
Freitas Silva, Grazielle Roberta, de Freitas Macêdo, Kátia Nêyla, Brasil de Almeida 
Rebouças, Cristiana y Alves e Souza Ângela Maria. Entrevista como técnica de 
pesquisa qualitativa. Revista Brasileira de Enfermagem Online. 2006;5(2):246-257. 
Acessado em 21 de maio de 2023. Disponível em: 
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=361453972028 
IBGE- INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua. IBGE educa jovens, 2023. 
Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-
educacao.html>. Acesso em: 17 de março de 2023. 
MACEDO, Rosa Maria Stefanini. A família diante das dificuldades escolares dos 
filhos. Em: OLIVEIRA, V. B. e BOSSA, N.A. Avaliação Psicopedagógica da Criança 
de 0 a 6 anos. Petrópolis: Vozes, 1994. 
MEC- Ministério da Educação. Base Nacional determina alfabetização até o 
segundo ano do ensino fundamental. GOV.BR, 2017. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/> Acesso em: 17 de março de 2023. 
RAMOS, Graciliano. Infância. 3ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1953. 
RIOS; Zoé e LIBÂNIO; Márcia. Da escola para casa: Alfabetização. RHJ Livros Ltda. 
Belo Horizonte, 2009. 
ROBERT E. Stake. Pesquisa Qualitativa; estudando como as coisas funcionam. 
Tradução: Carla Reis. Ed. ARTEMED. S.A, 2011. 
RUSSO, Maria de Fatima. Alfabetização: um processo em construção. Ed Saraiva. 
São Paulo, 2012. 
SAMPIERI; Dr. Roberto Hernández: COLLADO; Dr. Carlos Fernández: LUCIO; Dr. 
Maria del Pilar Baptista. Metodologia de Pesquisa. 5ª ed. Tradução: Daisy Vaz de 
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VERGARA, Sylvia Constant. Métodos da Pesquisa em Administração. São Paulo: 
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SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6ªed. São Paulo: Contexto 2010. 
TIBA, Içami. Quem ama educa! Formando cidadãos éticos. Ed. Atual, São Paulo, 
2007. 
 
https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18317-educacao.html
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http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/
	1 INTRODUÇÃO
	1.1 tEMA
	1.1.1 Delimitação do Tema (título).
	1.2 PROBLEMA de pesquisa
	1.3 JUSTIFICATIVA
	2 OBJETIVOS
	2.1 Objetivo Geral
	2.2 Objetivos Específicos
	3 REVISÃO DE LITERATURA OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	3.1 o para casa ou PARA os PAIS?
	4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
	4.1 Caracterização do estudo
	4.2 universo pesquisado
	4.3 Instrumentos de coleta de dados
	5 REFERÊNCIAS

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