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Tecnologia da informação e sua influência na contabilidade geral_ uma revisão sistemática

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Ciências Sociais 
Faculdade de Administração e Finanças 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rebeca Corrêa Gomes Marques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia da Informação e sua Influência na Contabilidade Gerencial: 
Uma Revisão Sistemática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017
 
Rebeca Corrêa Gomes Marques 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia da Informação e sua Influência na Contabilidade Gerencial: 
Uma Revisão Sistemática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada, como requisito 
parcial para obtenção do título de Mestre, 
ao Programa de Pós-Graduação em 
Ciências Contábeis, da Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro. Área de 
concentração: Controle de Gestão. 
 
 
 
 
 
 
 
 Orientador: Prof. Dr. Jorge de Abreu Soares 
Coorientador: Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Júnior 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017
 
 
 
 
 
 
 
 
 CATALOGAÇÃO NA FONTE 
UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CCS/B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta 
dissertação. 
 
 
___________________________ ____________________ 
 Assinatura Data 
 
 
 
 
 
 
 
M357 Marques, Rebeca Corrêa Gomes. 
Tecnologia da informação e sua influência na Contabilidade 
Gerencial: uma revisão sistemática / Rebeca Corrêa Gomes Marques. 
– 2017. 
 110 f. 
 
 Orientador: Prof. Dr. Jorge de Abreu Soares. 
 Coorientador: Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Júnior. 
Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado do Rio de 
Janeiro, Faculdade de Administração e Finanças. 
Bibliografia: f.101-104. 
 
1. Contabilidade gerencial – Teses. 2. Sistemas de informação 
gerencial – Teses. 3. Tecnologia da informação – Teses. 4. Processo 
decisório – Teses. I. Soares, Jorge de Abreu. II. Silva Júnior, Dércio 
Santiago. III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de 
Administração e Finanças. III. Título. 
 
 CDU 657.011.56 
 
Rebeca Corrêa Gomes Marques 
 
 
 
 
Tecnologia da Informação e sua Influência na Contabilida Gerencial: 
uma Revisão Sistemática 
 
 
 
Dissertação apresentada, como requisito parcial 
para obtenção do título de Mestre, ao Programa 
de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da 
Faculdade de Administração e Finanças, da 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área 
de concentração: Controle de Gestão. 
 
 
 
Aprovada em 10 de agosto de 2017. 
 
Banca Examinadora: 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Dr. Jorge de Abreu Soares (Orientador) 
Departamento de Informática – CEFET/RJ 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva Junior (Coorientador) 
Faculdade de Administração e Finanças – UERJ 
 
_______________________________________________________ 
Profa. Dra. Andréa Paula Osório Duque 
Faculdade de Administração e Finanças – UERJ 
 
_______________________________________________________ 
Profa. Dra. Elizabeth Freitas Rodrigues 
Departamento de Educação e Administração – CEFET/RJ 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Dr. Gladstone Moisés Arantes Júnior 
 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2017
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este importante trabalho aos meus 
queridos pais, Alexandre e Marcia, que sempre 
me incentivaram a crescer nessa fascinante 
trajetória do conhecimento. Além de darem 
suporte e todo apoio que era necessário para eu 
chegar até esta conquista indescritível. 
 
Dedico a eles, pois sem eles eu não teria 
realizado muitos dos meus sonhos e não teria me 
tornado a pessoa e profissional que me tornei. 
Sempre recebi deles o melhor que um filho pode 
receber dos pais, em todas as áreas, mas 
principalmente o amor. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 Palavras são pequenas para agradecer a todos e principalmente a Deus, por 
caminharem junto comigo esse caminho de dedicação e perseverança. 
Agradeço ao meu querido e dedicado esposo, Caleb Gomes Marques, que nunca 
mediu esforços para me ajudar e incentivar em todos os momentos. Foi incansável em tantas 
viagens, tantas horas me esperando nas aulas, tanta paciência em situações complicadas e 
sempre um doce auxílio ao meu lado. Agradeço por acreditar em mim, sonhar os meus sonhos 
e ser companheiro de forma inexplicável. 
Ofereço meus agradecimentos à minha querida tia Heloisa e sua família, por todo 
carinho e dedicação ao longo da minha vida, assim como a compreensão da minha ausência 
na elaboração deste estudo. Assim como agradeço às minhas sobrinhas, Mariah e Alexia, meu 
querido amigo Gustavo por tanto empenho em me ajudar e toda minha família e amigos. 
Agradeço ao querido Prof. Dr. Jorge Abreu Soares que me direcionou desde o início 
para a concretização desta inovadora pesquisa e me apoiou como um verdadeiro amigo. 
Os meus mais sinceros agradecimentos à querida Profa. Dra. Andrea Paula Osório 
Duque que foi apoio e incentivo nessa trajetória da dissertação. Agradeço por ter sido 
estímulo e pessoa tão prestativa e amorosa. Acreditou em mim, quando passei por momentos 
tão difíceis e me mostrou que era possível. 
Agradeço a disponibilidade e atenção dos queridos Prof. Dr. Dércio Santiago da Silva 
Júnior, do Prof. Dr. Gladstone Moisés Arantes Júnior e Profa. Dra. Elizabeth Freitas 
Rodrigues, além dos demais professores e todos funcionários que fazem parte do PPGCC 
UERJ. 
Agradeço aos meus queridos superiores da Secretaria Municipal de Fazenda de Cabo 
Frio, Clésio Guimarães Faria, Paulo César de Souza e Tiago Garcia Fernandes que me 
forneceram importante compreensão no processo de escrita desta pesquisa, além de todo 
apoio e incentivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai 
brilhando, brilhando até se tornar dia perfeito. 
 
Provérbio Bíblico 
 
RESUMO 
 
 
MARQUES, Rebeca Côrrea Gomes. Tecnologia da informação e sua influência na 
contabilidade gerencial: uma revisão sistemática, 2017. 110 f. Dissertação (Mestrado em 
Ciências Contábeis) - Faculdade de Administração e Finanças, Universidade do Estado do 
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017. 
 
 
 
 A relação entre a Tecnologia da Informação e a Contabilidade Gerencial tem sido cada 
vez mais evidenciada, principalmente pelos relevantes benefícios que os Sistemas de 
Informação (SI) geram para os negócios empresariais. Esta dissertação objetiva evidenciar a 
importância dos Sistemas de Informação para a Contabilidade Gerencial. Nesta pesquisa 
utilizou-se de uma Revisão Sistemática (RS) para que fossem selecionados documentos que 
versem sobre os impactos dos SIs no Planejamento, Controle e Tomada de Decisão de uma 
entidade. Foram delimitados critérios de inclusão e exclusão que fossem capazes de direcionar 
esta RS. A partir destas determinações, na última etapa de aplicação do Protocolo de Revisão 
Sistemática, foram selecionados 19 trabalhos que estavam dentro do período de 2010 a 2016. 
Através dos estudos selecionados, realizou-se análise criteriosa, capaz de extrair os principais 
dados que fundamentassem esta dissertação. Concluiu-se que para que os SIs, amplamente 
representados pelo ERP, gerassem benefícios significantes para as entidades é necessário 
adequada implementação, adaptação, estrutura e instalações, além de correta atitude pessoal 
por parte dos usuários da TI. Por fim, entende-se que os impactos causados pela utilização dos 
SIs nas principais atividades contábeis gerenciais possuem efeito positivo e vital para que a 
empresa seja bem-sucedida. 
 
 
Palavras-chave:Contabilidade Gerencial. Controle de Gestão. Tecnologia da Informação. 
Sistemas de Informação. ERP. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
MARQUES, Rebeca Côrrea Gomes. Information technology and its influence on management 
accounting: a sistematic review, 2017. 110 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) - 
Faculdade de Administração e Finanças, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de 
Janeiro, 2017. 
 
 
 
The relationship between Information Technology and Management Accounting has 
been increasingly highlighted, mainly due to the significant benefits that Information Systems 
(SI) generate for business. This dissertation aims to highlight the importance of Information 
Systems, specifically Enterprise Resource Planning (ERP), for Managerial Accounting. In this 
research, a Systematic Review (SR) was used to select documents that deal with the impacts 
of ISs on Planning, Control and Decision-making in an entity. Inclusion and exclusion criteria 
that were able to direct this RS were delimited. From these determinations, in the last step of 
applying the Systematic Review Protocol, only 19 papers were selected within the period 
from 2010 to 2016. Through the selected studies, a careful analysis was carried out, capable 
of extracting the main data that supported this dissertation. It was concluded that in order for 
ISs, broadly represented as ERPs, to generate broad benefits for entities, adequate 
implementation, adaptation, structure and facilities, as well as correct personal attitude by IT 
users are necessary. Finally, it is understood that the impacts caused by the use of ISs in the 
main accounting activities have a positive and vital effect for the company to be successful. 
 
 
 
 
Keywords: Management accounting. Management Control. Information Technology. 
Information systems. ERP 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
 
Quadro 1 - Tipos de dados............................................................................................ 21 
Quadro 2 - Dados, conhecimento e informação............................................................ 21 
Quadro 3 - Qualidade de decisões e processos de tomada de decisão.......................... 53 
Quadro 4 - Periódicos selecionados.............................................................................. 61 
Quadro 5 - Estudos incluídos na análise....................................................................... 65 
Quadro 6 - Periódicos selecionados.............................................................................. 69 
Quadro 7 - Metodologia utilizada nos estudos.............................................................. 70 
Quadro 8 - Impacto de efeito positivo do SI na CG ..................................................... 88 
Quadro 9 - Impacto de efeito neutro do SI na CG........................................................ 90 
Quadro 10 - Impacto de efeito negativo do SI na CG..................................................... 91 
Quadro 11 - Influência do SI na CG............................................................................... 94 
Quadro 12 - Fator profissional........................................................................................ 96 
Quadro 13 - Protocolo de Revisão Sistemática............................................................... 105 
Quadro 14 - Estudos selecionados para análise.............................................................. 106 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Funções dos Sistemas de Informação ......................................................... 25 
Figura 2 - Entrada, processamento, armazenamento e saída ....................................... 26 
Figura 3 - Atributos da qualidade da informação ........................................................ 27 
Figura 4 - Componentes da Tecnologia da Informação ............................................... 29 
Figura 5 - Componentes da infraestrutura de TI .......................................................... 32 
Figura 6 - Componentes do Sistema de Informação .................................................... 35 
Figura 7 - Sistemas de Informação são mais do que computadores ............................ 37 
Figura 8 - Funcionamento dos Sistemas Integrados .................................................... 40 
Figura 9 - Análise dos Sistemas de Recursos Empresarias ......................................... 45 
Figura 10 - Fluxograma da aplicação do Protocolo de Revisão Sistemática ................. 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1 - Distribuição da abordagem das pesquisas .................................................. 72 
Gráfico 2 - Distribuição das publicações por ano no período de 2010 a 2016 ............. 73 
Gráfico 3 - Distribuição das publicações por país de origem dos autores .................... 75 
Gráfico 4 - Efeito dos impactos do SI na CG ................................................................ 91 
Gráfico 5 - Influência do SI na CG................................................................................ 95 
Gráfico 6 - Evidenciação do Fator Profissional ............................................................ 97 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Distribuição das publicações por ano no período de 2010 a 2016 ............. 73 
Tabela 2 - Distribuição das publicações por país de origem dos autores ..................... 74 
Tabela 3 - Efeito dos impactos do SI na CG ................................................................ 92 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
CF Contabilidade Financeira 
CG Contabilidade Gerencial 
CRM Customer Relationship Management 
CVM Comissão de Valores Mobiliários 
ERP Enterprise Resource Planning 
FP Fator Profissional 
ISSN International Standard Serial Number 
MAIS Management Accounting Information Systems 
PRS Protocolo de Revisão Sistemática 
RAM Random Access Memory 
RS Revisão Sistemática 
RBV Resource Based View 
SI Sistemas de Informação 
SIG Sistemas Integrados de Gestão 
TI Tecnologia da Informação 
TIC Tecnologia da Informação para Comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 INTRODUÇÃO......................................................................................... 15 
1 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................... 18 
1.1 Tecnologia da Informação ....................................................................... 18 
1.1.1 Tecnologia .................................................................................................. 18 
1.1.2 Informação .................................................................................................. 20 
1.1.2.1 Classificação das informações .................................................................... 22 
1.1.3 Tecnologia da Informação .......................................................................... 28 
1.2 Sistemas de Informação ........................................................................... 33 
1.2.1 Sistemas Integrados .................................................................................... 39 
1.2.1.1 Sistemas Integrados de Gestão ................................................................... 40 
1.2.1.2 Enterprise Resource Planning (ERP) .......................................................... 42 
1.3 Contabilidade Gerencial .......................................................................... 46 
1.3.1 Planejamento .............................................................................................. 48 
1.3.2 Controle ...................................................................................................... 50 
1.3.3 Tomada de Decisão .................................................................................... 52 
2 METODOLOGIA ....................................................................................55 
2.1 Método ....................................................................................................... 55 
2.2 Protocolo de Revisão Sistemática ........................................................... 56 
2.3 Etapas da Revisão Sistemática ................................................................ 60 
2.3.1 Metodologia utilizada nos estudos ............................................................. 69 
2.3.2 Distribuição das publicações por ano ......................................................... 73 
2.3.3 País de origem dos autores ......................................................................... 74 
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................. 76 
3.1 Levantamento dos Resultados por Pesquisa .......................................... 76 
3.2 Análise e Discussão dos Resultados por Nivelamento ........................... 87 
3.2.1 Aspectos Positivos ...................................................................................... 88 
3.2.2 Aspectos Neutros ........................................................................................ 89 
3.2.3 Aspectos Negativos .................................................................................... 90 
3.3 
Análise e Discussão dos Resultados por Segmento da Contabilidade 
Gerencial .................................................................................................... 92 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 98 
 REFERÊNCIAS......................................................................................... 101 
 APÊNDICE A – Protocolo de Revisão Sistemática .................................. 105 
 APÊNDICE B – Quadro dos Estudos Selecionados para Análise............. 106 
 
15 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A otimização do desempenho das empresas está diretamente atrelada ao planejamento 
e controle que se desenvolve a partir de suas atividades operacionais e financeiras. O 
planejamento protege a organização de inúmeros imprevistos além de proporcionar segurança 
como diretriz para o controle de todo o fluxograma do desenvolvimento empresarial. A 
Contabilidade Gerencial é constituída de três pilares: planejamento, controle e tomada de 
decisão. 
A informação é o limiar para a Contabilidade Gerencial, pois os Sistemas de 
Informação (SI) as direcionam para que a alta administração obtenha embasamento real e 
correto para coordenar e decidir os pressupostos que nortearam toda a atividade da entidade. 
SIM 
 Segundo Freitas e Lesca (1992, p. 93): “A informação transformou-se em recurso 
fundamental de qualquer organização. Essa afirmação é feita por diferentes dirigentes ao 
analisarem profundamente essa questão: a empresa contemporânea fabrica secundariamente 
produtos e principalmente informação”. 
A administração de todo e qualquer corpo organizacional necessita que as 
informações, que estão sendo evidenciadas através dos Sistemas de Informação, sejam 
capazes de sanar quaisquer pendências e lacunas que existam dentro do panorama empresarial 
que é levantado para uma correta tomada de decisão. Por consequência dessa característica 
vital para os mecanismos funcionais das organizações, a Tecnologia da Informação (TI) 
passou por grande evolução nas últimas décadas, além de ser fortemente atrelada a 
Contabilidade Gerencial (CG). 
Segundo Turban e Volonino (2013, p. 11) “A TI desenvolveu-se de um foco pequeno 
no processamento de dados e relatórios de rotina, nos anos 1970, para uma função que cada 
vez mais dá apoio aos processos de negócio e gestão [...]”. Em especial entende-se a 
magnitude da importância da TI, assim como dos Sistemas Integrados de Gestão (SIG), como 
capazes de assegurar informações confiáveis e tempestivas aos controladores e tomadores de 
decisão. O Planejamento de Recursos Empresariais (Enterprise Resource Planning - ERP) é 
uma ferramenta amplamente eficaz e com alta demanda nas organizações, para propiciar 
instrumentos palpáveis com intuito de alcançar um planejamento coeso e abrangente. 
Conforme conceituam She e Thuraisingham (2007), o ERP é um Sistema de Informação 
Integrado que planeja, gerencia, simplifica e incorpora os processos e a utilização de todos os 
16 
 
recursos da empresa. Os autores afirmam ainda que este sistema pode automatizar os 
mecanismos de negócios fundamentais e reduzir a complexidade e custo de suas atividades. 
O objetivo da Ciência Contábil é fornecer informação aos seus usuários; porém, para 
que seja atingido este objetivo faz-se necessário o manuseio correto destes Sistemas de 
Informação e que atendam as prerrogativas que fluem da entidade. Em muitos casos as 
informações contábeis podem não ser geradas de maneira segura e eficaz, comprometendo 
assim a base principal para o processo de planejamento, execução e controle de uma entidade. 
O controle interno, o setor de Tecnologia da Informação, além do pessoal responsável 
em lançar os dados nos sistemas das organizações podem não desempenhar suas funções junto 
ao processo de informação, pela ausência de delimitação e organização do percurso que um 
simples dado percorre até ser transformado em uma informação útil para a tomada de decisão. 
De acordo com Laundon e Laundon (2014, p. 12) 
 
Muitos administradores trabalham às cegas, sem nunca poder contar com a 
informação, certa na hora certa para tomar uma decisão informada. Também há 
aqueles que se apoiam em previsões, palpites ou na sorte. O resultado é a produção 
insuficiente ou excessiva de bens e serviços, a má alocação de recursos e tempos de 
resposta ineficientes. Essas deficiências elevam os custos e geram perda de clientes. 
Nos últimos dez anos, as tecnologias e os sistemas de informação têm permitido 
que, ao tomar uma decisão, os administradores façam uso de dados em tempo real, 
oriundos do próprio mercado. 
 
Dentro deste contexto, percebe-se que as empresas dependem, cada vez mais, da 
Tecnologia da Informação para obter uma gestão de negócios bem-sucedida. Esta pesquisa 
será norteada pela seguinte questão: Como os Sistemas de Informação impactam as atividades 
da Contabilidade Gerencial nas organizações? 
Em um contexto de mercado cada vez mais competitivo e complexo, a Tecnologia da 
Informação têm sido um segmento essencial para o desenvolvimento das atividades das 
organizações. Os gestores necessitam cada vez mais de embasamento consolidado para seus 
planejamentos e decisões. 
 Desta forma, torna-se imprescindível o estudo e análise das diversas formas que os 
Sistemas Integrados de Gestão têm impactado as operações e decisões empresariais, bem 
como identificar os benefícios que esses sistemas geram na realização do controle 
desempenhado através da tomada de decisão dos gestores. 
Esta pesquisa levantou artigos e um editorial, através de uma Revisão Sistemática 
(RS), que evidenciaram dados passíveis de fornecer argumentações para a referida questão. 
 
 
17 
 
OBJETIVO GERAL 
 
 
 
 Evidenciar a importância dos Sistemas de Informação para o controle e 
planejamento de uma entidade, principalmente no processo de tomada de 
decisão. 
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 
 Investigar conceitos atuais da Tecnologia da Informação dentro de um corpo 
organizacional. 
 Investigar os desdobramentos da contabilidade gerencial face aos facilitadores e 
dificultadores dos Sistemas de Informação. 
 Identificar o reflexo do impacto do fator profissional mediado pela Tecnologia 
da Informação nas atividades organizacionais. 
 
 
A estrutura deste estudo está dividida em três seções, além desta introdução, das 
considerações finais e das referências. O referencial teórico consiste na primeira seção, 
apontando conceitos e definições acerca dos seguintes itens: Tecnologia da Informação; 
Sistemas de Informação e Contabilidade Gerencial. Em sequência, a segunda seção apresenta 
os aspectos metodológicos utilizadosnesta pesquisa, que foram direcionados por uma revisão 
sistemática de literatura. Já na terceira e última seção foram expostas as análises dos dados e 
discussão dos resultados obtidos no desenvolvimento deste presente estudo. Posteriormente, 
as considerações finais são apontadas e nas referências, os autores consultados para a 
concretização desta dissertação. No apêndice encontra-se o Protocolo de Revisão Sistemática 
(PRS). 
18 
 
1 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
Esta seção traça as delimitações da fundamentação teórica que dá embasamento ao 
presente estudo. Divide-se em subseções que destacam o conceito, contextualização, 
características e outros dos seguintes pontos: Tecnologia da Informação; Sistemas de 
informação e Contabilidade Gerencial. 
 
 
1.1 Tecnologia e informação 
 
 
Nesta subseção conceitua-se separadamente os termos tecnologia e informação. 
Posteriormente, estuda-se o conceito Tecnologia da Informação de forma mais abrangente. 
 
 
1.1.1 Tecnologia 
 
 
Desde os primórdios a tecnologia está presente na forma de criações, inovações e 
modificações advindas da inteligência do homem. Conforme afirma Kenski (2015, p. 15): 
 
As tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana. Na verdade, foi a 
engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais diferenciadas 
tecnologias. O uso do raciocínio tem garantido ao homem um processo crescente de 
inovações. Os conhecimentos daí derivados, quando colocados em prática, dão origem 
a diferentes equipamentos, instrumentos, recursos, produtos, processos, ferramentas, 
enfim, a tecnologias. Desde o início dos tempos, o domínio de determinados tipos de 
tecnologias, assim como o domínio de certas informações, distingue os seres 
humanos. Tecnologia é poder. 
 
O cotidiano dos seres humanos e principalmente das organizações sofreu modificação 
drástica a partir de meados do século XX, com a criação do computador. Iniciou-se uma 
revolução silenciosa, conforme explanação de Eleuterio (2015). Como vertentes da chamada 
revolução da informação, os ambientes corporativos foram definitivamente transformados 
através da criação dos novos modelos organizacionais e do novo desenho do cenário de 
competição das entidades. Muitos autores salientam que atualmente vive-se na “sociedade 
tecnológica”. Desta forma conceituar e compreender a tecnologia é imprescindível para 
19 
 
utilizar essa ferramenta como fonte de benefícios nos mais diversos âmbitos da atualidade. 
Dentro deste contexto, Kenski (2015, p. 24) define “Ao conjunto de conhecimentos e 
princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um 
equipamento em um determinado tipo de atividade, chamamos de `tecnologias’”. 
Segundo Veraszto et al. (2017, p. 75): 
 
O conhecimento tecnológico não é algo que pode ser facilmente compilado e 
categorizado da mesma forma como o conhecimento científico. A tecnologia poderia 
ser apresentada como uma disciplina, mas sabemos que é mais bem qualificada como 
uma forma de conhecimento, e por isso adquire formas e elementos específicos da 
atividade humana. Dessa forma podemos dizer que o caráter da tecnologia pode ser 
definido pelo seu uso. 
 
O conceito de tecnologia para Barreto (2012) vai além do produto, não sendo apenas o 
hardware, mas consiste na construção e operacionalização do conhecimento. Para o autor, a 
tecnologia se refere a um conglomerado de conhecimentos científicos, empíricos e intuitivos, 
no qual o produto pode ser modificado, assim como seu processo de transformação e 
comercialização. 
O mercado voltado para a tecnologia obteve crescimento expressivo nas últimas 
décadas, segundo Davenport (1998 a, p. 15): “A tecnologia - incluindo computadores, redes 
de comunicação e softwares - tornou-se não apenas uma ferramenta para administrar a 
informação, mas também um setor vigoroso em si mesmo”. 
Embasados em uma revisão bibliográfica realizada através de pesquisa, Veraszto et al. 
(2017, p. 75) consideram a tecnologia “[...] como um corpo sólido de conhecimentos que vai 
muito além de servir como uma simples aplicação de conceitos e teorias científicas, ou do 
manejo e reconhecimento de modernos artefatos”. 
A tecnologia tem gerado inúmeras mudanças no ambiente empresarial, porém a 
mudança inevitável flui da necessidade de adequação as novas ferramentas de Sistemas de 
Informações para se manter competitivamente no mercado. Laundon e Laundon (2014, p. 6) 
afirmaram que “Novos negócios e setores aparecem enquanto os antigos desaparecem, e 
empresas bem-sucedidas são aquelas que aprendem como usar as novas tecnologias”. 
O avanço tecnológico nas últimas décadas tem sido caracterizado como um marco na 
história, de forma que a tecnologia integra o cotidiano dos seres humanos de maneira tão 
contundente que dificilmente consegue-se delimitá-la. Deve-se considerar que a tecnologia é 
arquitetada em função de novas demandas e interesses sociais, desta forma é inevitável a 
modificação das tradições e costumes no que tange a sociedade. Ou seja, a tecnologia agrega-
se à cultura (VERASZTO et al., 2017). 
20 
 
1.1.2 Informação 
 
 
Dentro da revolução das ferramentas utilizadas para se trabalhar, na era do avanço e 
do fascínio tecnológico, esqueceu-se o objetivo primordial da informação: informar. Todo o 
aparato tecnológico não será eficiente se os usuários não estiverem atentos na informação que 
esses hardwares podem gerar (DAVENPORT, 1998a). 
A importância da informação se estabelece no seu próprio conceito, tendo em vista 
que nenhum sistema consegue ser mantido sem que haja sua contribuição. De acordo com 
Cassarro (2011, p. 34) “Informação é ao mesmo tempo matéria-prima e produto acabado das 
atividades de sistemas. E sabe-se também que a informação -adequadamente estruturada – 
contribui para que a empresa se torne mais e mais dinâmica”. 
Para Laundon e Laundon (2014), a informação se refere a um dado que sofreu 
conversões e desempenha utilidade substancial para os seres humanos. Desta forma, a 
informação exerce função de volumosa valorização em todos os âmbitos sociais, não está 
limitada ao ambiente empresarial, uma vez que possui tal amplitude nos sistemas como um 
todo. 
Conforme Cassarro (2011, p. 34) “Informação é um fato, um evento, comunicado”. 
Porém, segundo Stair e Reynolds (2015), a informação possui uma valorização adicional, 
perante um simples fato, pois ela é estabelecida conforme um conjunto de fatos categorizados 
com expressiva relevância. 
A informação é o pressuposto primordial em todo e qualquer sistema sua definição 
comumente é distorcida por ser substituída pela definição de um dado. Segundo Laundon e 
Laundon (2014, p. 12), dado consiste em sequências de fatos que não sofreram 
transformações nem passaram por análise. Anteriormente esses acontecimentos não foram 
organizados nem classificados de maneira que se possa obter entendimento e utilidade no que 
tange estes fatos. 
Conforme Caiçara (2012, p. 24) conceitua: 
A informação pode ser entendida como a medida da redução da incerteza sobre um 
determinado estado de coisas por intermédio de uma mensagem. Muitas vezes, os 
conceitos de dado e informação são confundidos. Dado é o fato bruto e, por si só, 
pode ou não ser relevante. Informação vem do latim informare, que significa “dar 
forma”. Podemos concluir, então, que a informação usa como matéria-prima os dados. 
 
Para O´Brien (2004), as definições de informação e dado estão diretamente 
interligadas, pois para o autor a informação consiste em dados que foram modificados de 
21 
 
forma que são capazes de oferecer ampla utilidade para os usuários. Ao passo que Cassarro 
(2011, p. 35) conceitua “tecnicamente, dados são os itens básicos da informação, antes de 
serem processados por um sistema, enquanto informações são os relatórios, os resultados do 
processamento de dados”. 
Conforme Stair e Reynolds (2015, p. 5) os dados, de formaisolada, fora de seus 
contextos, sem sofrerem as modificações necessária, englobam baixo valor adicional, além de 
sua simples existência. Os fatos do mundo real são representados pelos dados, eles podem ser 
de diversos tipos, descritos no Quadro 1: 
 
Quadro 1 – Tipos de dados 
 
 Fonte: STAIR; REYNOLDS, 2015, p. 5. 
 
O Quadro 2 esclarece as definições de dados, informação e conhecimento, porém 
como Davenport (1998a) afirma, há grande dificuldade em se fazer essas conceituações. 
Ainda de acordo com ponderações feitas pelo autor, tais distinções são estabelecidas há 
muitos anos, apesar de considerá-las imprecisas. A informação desenvolve associação entre os 
dados brutos e o conhecimento, ou seja, é um termo que faz referência aos dois outros termos. 
 
Quadro 2 – Dados, informação e conhecimento 
Dados Informação Conhecimento 
Simples observações sobre o 
estado do mundo facilmente 
estruturado 
Dados dotados de 
relevância e propósito 
Informação valiosa da mente humana, 
inclui reflexão, síntese, contexto 
Facilmente obtido por máquinas Requer unidade de análise De difícil estruturação 
Frequentimente quantificado 
Exige consenso em 
relação ao significado 
De difícil captura em máquinas 
Facilmente transferível 
Exige necessariamente a 
 mediação humana 
Freqüentemente tácito 
Fonte: DAVENPORT, 1998a, p. 18. 
 
 
 
22 
 
O conhecimento é resultado de certa compreensão da informação que percorre um 
dado Sistema de Informação alimentado por registros de fatos. Conforme afirma Barreto 
(2012, p. 5) “À toda tecnologia se associa urna considerável quantidade de informação. Esta 
informação, quando assimilada pelo indivíduo, grupo ou sociedade, gera um conhecimento 
que permite a adoção ou a rejeição de uma determinada técnica”. Para Rezende e Abreu 
(2003, p. 59) a associação desses conceitos acontece dessa forma: 
Os dados, as informações e os conhecimentos permitem que os gestores tomem as 
decisões, que são atos mentais. As decisões permitem que os gestores possam executar 
as ações, que são os atos físicos. Todas essas atividades geram novos dados, 
informações e conhecimentos num ciclo retroalimentado, a fim de contribuir com a 
inteligência empresarial das organizações. 
 
A diferenciação dos termos dado, informação e conhecimento é primordial para a 
correta compreensão das funções dos Sistemas de Informações e suas características que 
posteriormente irão ser detalhadas nesta seção. 
 
 
1.1.1.1 Classificação das Informações 
 
 
Dentro das definições que cercam os Sistemas de Informações existem diversas 
classificações sobre os mais variados pressupostos. Dessa forma, expõe-se algumas das 
divisões do termo informação de acordo com a perspectiva de Eleuterio (2015) e Cassarro 
(2011) respectivamente: 
Eleuterio (2015, p. 33, grifo nosso) afirma que as informações são divididas em dois 
grandes grupos: 
Informações quantitativas - são dados que foram analisados e interpretados, 
ganharam relevância e posteriormente podem ser mensurados e expressos em 
números. 
Informações qualitativas - têm natureza subjetiva e são representadas de forma 
descritiva, normalmente expressando julgamentos de valor ou opiniões. Elas são 
especialmente úteis para expressar opiniões sobre produtos ou serviços. 
 
Cassarro (2011, p. 41, grifo nosso) classifica as informações como operacionais e 
gerenciais: 
 
Informação operacional ou operativa - é necessária para realização de uma função, 
de uma operação. 
Informação gerencial – consiste em todo resumo de informações operativas que 
chega até um gerente, pondo-o a par de algo de sua competência, de sua 
responsabilidade e permitindo-lhe tomar uma decisão. 
 
23 
 
Atualmente as informações representam expressivo volume nas organizações e de 
maneira geral podem ser expostas através de diversos meios de comunicação. Se faz 
necessário alto grau de comprometimento com a seleção, organização e planejamento das 
informações, para que elas de fato alcancem sua plena utilidade (REZENDE; ABREU, 2003). 
De acordo com Eleuterio (2015, p. 21): 
[...] as informações são úteis apenas quando chegam, até as pessoas e são utilizadas 
por elas. Por isso, o segundo avanço importante da revolução da informação foi a 
criação das redes de comunicação digitais. Com elas, os computadores e 
os softwares se interconectam, o que faz com que as informações circulem com 
rapidez e segurança, percorrendo grandes distâncias quase instantaneamente. Agora, 
temos os três pilares tecnológicos da revolução da informação: 
computadores, softwares e redes de comunicação. 
 
A identificação das informações que permeiam as atividades empresarias é de suma 
importância para cada entidade, sejam essas informações internas ou externas (CAIÇARA 
JUNIOR, 2012). Percebe-se que a referida identificação deve ser realizada anteriormente a 
fase que consiste no tratamento das informações nas organizações. As informações devem ser 
tratadas da mesma maneira que as empresas tratam outros produtos que são disponibilizados 
para o consumo. As informações possuem atributos que consistem em uma sequência de 
pressupostos, de forma que o resultado informacional deve ser desejado para que seja 
necessário. Porém para que seja necessário primeiramente deve conter utilidade significativa 
(PADOVEZE, 2010). 
A devida seleção, organização, tratamento e gerenciamento das informações possui 
capacidade de proporcionar agilidade e efetividade para que as empresas sejam bem-
sucedidas em seus negócios e decisões. Caso os dados não obtenham os adequados 
processamentos e não se tornem informações úteis e efetivas, o desempenho organizacional 
pode ser drasticamente afetado. Desta forma, não é suficiente que as entidades zelem por seu 
patrimônio tangível. É necessário que elas zelem também pelo seu capital intelectual 
(ELEUTERIO, 2015). 
Segundo Cassarro (2011, p. 34) “Tanto mais dinâmica será uma empresa quanto 
melhores e mais adequadas forem as informações de que os gerentes dispõem para suas 
tomadas de decisões”. Dado que a parcela de intervenção pessoal dos gestores e 
colaboradores em todo o percurso percorrido pelos dados é de elevada significância, o 
crescimento das organizações tem associação direta com o conjunto de efetividade dos 
Sistemas de Informações e a atitude mental e pessoal dos administradores. 
 
 
24 
 
De acordo com Rezende e Abreu (2003, p. 97): 
 
À medida que se sedimenta uma informação, qualquer atividade pode ser elaborada 
com um custo menor, com menos recursos, em reduzido tempo e com um resultado 
melhor. Atualmente, existem mais computadores, periféricos e tecnologias gerando 
informações úteis, precisas, oportunas, a um custo menor, em menos tempo, usando 
menos recursos e gerando riquezas. 
 
A informação para ser útil e valiosa para o embasamento nas decisões tomadas pelos 
gestores das entidades, necessita passar por um processo de modificação. Este processamento 
pode ser feito mental, manualmente ou com a utilização de um computador. Porém a 
procedência e o caminho que percorrem os dados, é menos relevante do que o resultado em si. 
Ou seja, no final do processo o resultado é significativo somente se o dado foi transformado 
em uma informação de valor para os tomadores de decisões alcançarem os objetivos 
organizacionais. Uma vez que este referido valor informacional está diretamente ligado com o 
auxílio e aparato que o resultado do processamento de dados gera (STAIR; REYNOLDS, 
2015). 
As informações assim como todos os processos que as permeiam estão presentes em 
todo e qualquer pressupostos da vida humana. Desta forma, torna-se imprescindível estudá-las 
e compreendê-las. Diversas informações são recolhidas e apreendidas, durante todo o período 
de vida de uma pessoa ou de uma organização. Tais informações após sofrerem um processo 
sistemático, podem adquirir elevado valor (REZENDE; ABREU, 2003). 
Um Sistema de Informação é capaz de gerarinformações valiosas para as empresas no 
que tange principalmente seu processo decisório. Dentro do SI, três atividades consistem no 
processamento das informações que auxiliam os gestores a controlarem as operações, 
solucionar problemas e criar novos produtos ou serviços. Essas atividades básicas consistem 
em entrada, processamento e saída, como corroboram Laudon e Laundon (2014, p. 12): 
 
A entrada captura ou coleta dados brutos de dentro da organização ou de seu ambiente 
externo. O processamento converte esses dados brutos em uma forma mais 
significativa. A saída transfere as informações processadas às pessoas que as utilizarão 
ou às atividades nas quais serão empregadas. Os sistemas de informações também 
requerem um feedback, que é uma resposta à ação adotada à determinados membros 
da organização para ajudá-los a avaliar ou corrigir o estágio de entrada. 
 
 
A Figura 1 expõe o processamento da informação nas funções de um Sistema de 
Informação: 
 
 
 
 
25 
 
 Figura 1 – Funções dos Sistemas de Informação 
 
 Fonte: LAUDON; LAUDON, 2014, p. 14. 
 
Conforme conceituam Turban e Volonino (2013, p. 8), a coleta, o processamento, o 
armazenamento, a análise e a disseminação das informações a fim de alcançar objetivos 
específicos dentro de uma organização são vertentes que direcionam as funções básicas do 
SI, as quais são listadas a seguir: 
Entrada: dados e informações sobre as transações de negócios são capturados ou 
coletados por escâneres em pontos de venda e sites, os quais são recebidos por 
dispositivos de entrada; 
Processamento: os dados são transformados, convertidos e analisados para o 
armazenamento ou transferência para um dispositivo de saída; 
Saída: dados, informações, relatórios e outros elementos são disseminados para telas 
digitais ou em papel, enviados como áudio ou transferidos para outros SIs por redes 
de comunicação; 
Feedback: um mecanismo de retorno monitora e controla essas operações. 
 
O feedback pode ser evidenciado como parte integrante do processamento de dados, 
porém se trata de uma fase de retorno importante no processo das funções de um SI em 
transformar o dado em uma informação relevante para a organização. A interação entre 
fatores dos ambientes externos é realizada através do feedback, que propicia comunicação 
com clientes, fornecedores, empresas rivais, acionistas entre outros. 
O ciclo que a informação percorre dentro dos Sistemas de Informações é detalhado na 
Figura 2. 
 
 
 
 
26 
 
Figura 2 – Entrada, processamento, armazenamento e saída 
 
Fonte: TURBAN; VOLONINO, 2013, p. 8. 
 
Conforme Laundon e Laundon (2014, p. 14) “Feedback é a saída retornada de 
determinadas pessoas e atividades da organização para análise e refinamento da entrada”. 
A relevância do processo que as informações percorrem dentro de um SI, são 
explicitadas por Turban e Volonino (2013, p. 36): 
 
O processamento melhora a qualidade dos dados, o que é importante porque relatórios 
e decisões são tão bons quanto os dados em que se baseiam. Conforme os dados são 
coletados ou capturados, vão sendo validados a fim de se detectar e corrigir erros mais 
óbvios e omissões. 
 
A importância da informação no processo de planejamento, controle e tomada de 
decisão de toda e qualquer organização é inegável. O sucesso da empresa e, 
consequentemente, de seus administradores está diretamente associado com a utilização de 
informações oportunas, que sejam fornecidas pelos Sistemas de Informação que auxiliam e 
embasam as empresas em suas atividades operacionais e gerenciais (CASSARRO, 2011). 
Segundo Caiçara Júnior (2012, p. 28), “É de fundamental importância para uma 
organização a qualidade da informação adquirida e/ou processada, pois esse aspecto reflete na 
efetividade do processo de tomar decisões em uma empresa”. 
Os usuários finais das informações necessitam que as mesmas sejam relevantes, para 
que seja propiciado um embasamento seguro e tempestivo para as atividades e decisões mais 
significantes da empresa. Para Eleuterio (2015, p. 35) “Em relação ao nível de relevância ou 
importância, as informações podem ser classificadas em quatro categorias: irrelevantes, 
potenciais, mínimas e críticas”. 
Para que a informação seja relevante na tomada de decisão, ela não pode ser inexata, 
antiquada, nem de difícil compreensão. Os gestores desejam informações de alta qualidade, 
ou seja, informações que possuam características e atributos que as tornem valiosas. 
27 
 
Para O´Brien (2004, p. 15), a informação é dotada de três dimensões: tempo, conteúdo e 
forma. E destaca a Figura 3 que resume os atributos importantes da informação e os agrupa 
nessas três dimensões: 
 Figura 3 – Atributos da qualidade da informação 
 
 
 Fonte: O´BRIEN, 2004, p. 15. 
 
Nos dias atuais a informação tem um valor elevado e tem a possibilidade de 
representar abrangente poder para a pessoa ou organização que a possui. O valor das 
informações consiste na sua ampla abrangência que envolve pessoas, processos, sistemas, 
recursos financeiros, tecnologia e outros (REZENDE; ABREU, 2003). 
As informações valiosas, conforme afirmam Stair e Reynolds (2015), podem auxiliar 
os gerentes e organizações a desempenhar suas atividades de forma eficaz e eficiente. 
Para Eleuterio (2015, p. 34) o valor da informação está atrelado à afetação nos 
negócios da empresa: 
Embora se trate de um recurso intangível, podemos afirmar que maior será o valor de 
uma informação quanto maior for seu potencial em afetar o negócio da empresa. Esse 
valor potencial de uma informação pode ser estimado pelo nível de atenção que ela 
provoca nas pessoas e pelo quanto as empresas estão dispostas a pagar pra ela. 
 
Conforme Stair e Reynolds (2015, p. 7) existem características que tornam a 
informação mais valiosa para a organização. Contudo, caso o processamento de dados 
realizado pelos Sistemas de Informação não produzam informações precisas e completas, os 
administradores podem ser levados ao erro. Problemas desta amplitude no contexto de uma 
empresa podem custar milhões de dólares. A seguir, são elencadas tais características: 
 
 Acessível: a informação deve ser facilmente acessada pelos usuários 
autorizados; 
 Precisa: livre de erros; 
 Completa: contém todos os fatos importantes; 
 Econômica: relação do custo de produção com o valor da informação; 
28 
 
 Flexível: pode ser usada para diversas finalidades; 
 Relevante: consiste em uma informação importante para o tomador de decisões; 
 Confiável: capaz de fornecer confiança ao usuário; 
 Segura: informação que usuários não autorizados tenham acesso; 
 Simples: não complexa; 
 Atualizada: fornecida quando necessária; 
 Verificável: passível de averiguações por meio de outras fontes. 
 
A informação exerce extensa importância no que diz respeito a todos os mecanismos 
de operacionalização de uma organização e suas diretrizes orçamentárias, além de ser o 
principal objeto da TI e suas ramificações. Contudo, para oferecer tamanho aparato e 
consolidar suas funções, necessita estar de acordo com os atributos e pressupostos listados 
nesta subseção. 
 
 
1.1.3 Tecnologia da Informação 
 
 
Nos dias atuais, a TI exerce um papel significativo dentro de todo corpo 
organizacional, de forma que para que uma entidade seja bem-sucedida em suas atividades, 
operações e tomadas de decisões necessita ter sua infraestrutura baseada na TI. Conforme 
Laundon e Laudon (2014, p. 13) definem “Por Tecnologia da Informação, entenda-se todo 
hardware e todo software de que uma empresa necessita para atingir seus objetivos 
organizacionais”. 
A Tecnologia da Informação pode ser estudada como um conjunto de sistemas 
computacionais, os quais comumente são chamados de Sistema de Informação, segundo 
conceituam Turban e Volonino (2013). Ainda de acordo comos referidos autores, define-se 
como TI basicamente a parte tecnológica de um Sistema de Informação. 
A Tecnologia da Informação é definida como computadores e tecnologias que são 
usados para criação, processamento e utilização da informação. Ou seja, pode-se conceituar a 
TI como todo e qualquer dispositivo que realize tratamento de dados e informações 
(REZENDE; ABREU, 2003). 
Stair e Reynolds (2015, p. 12) esclarecem: “A Tecnologia da Informação (TI) refere-se 
a hardware, software, bancos de dados e telecomunicações”. Para os autores, a infraestrutura 
da TI também possui embasamento nas pessoas e procedimentos que coletam, manipulam, 
armazenam e transformam dados em informações. Desta forma, entende-se que o fundamento 
de um Sistema de Informação consiste no conjunto de recursos compartilhados. 
29 
 
A definição de Tecnologia da Informação é constituída dos seus principais 
componentes, dentro dos quais são destacados e delimitados a seguir por Laundon e Laundon 
(2014, p. 16): 
 Hardware é o equipamento físico usado para atividades de entrada, 
processamento e saída de um Sistema Informação. Consiste em computadores 
de vários tipos e formatos; diversos dispositivos de entrada, saída e 
armazenamento; e os dispositivos de telecomunicações que interligam todos 
esses elementos. 
 Software consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que controlam e 
coordenam os componentes de hardware de um Sistema de Informação. 
 Tecnologia de comunicações e de redes, composta por dispositivos físicos e 
software, interliga os diversos equipamentos de computação e transfere dados 
de uma localização física para outra. 
 
Para Rezende e Abreu (2003, p. 76), além dos componentes da Tecnologia da 
Informação elencados abaixo, existe um outro componente que possui elevada relevância para 
a eficácia e utilização da tecnologia, o chamado recurso humano; 
 Hardware e seus dispositivos e periféricos; 
 Software e seus recursos; 
 Sistemas de telecomunicações; 
 Gestão de dados e informações. 
 
Na Figura 4 pode-se observar como os componentes da TI interagem entre si: 
 
 Figura 4 - Componentes de Tecnologia da Informação 
 
 Fonte: ALBERTIN, 2003, p. 23. 
 
 
30 
 
De acordo com Albertin (2003, p. 23) os componentes de TI são conceituados da 
seguinte forma: 
 Pessoas: se refere a um “direcionador de indivíduo e os procedimentos na 
administração de TI”; 
 Hardware: atualmente é caracterizado por sua praticidade, custo menor e aumento 
da capacidade; 
 Software: também é caracterizado por sua praticidade e elevado aumento de 
capacidade. 
A importante ascensão e evolução da TI traz consigo a utilização intensa desses três 
componentes listados a cima, fenômeno que se denomina computação universal. A 
compreensão da computação universal se dá basicamente através do acesso abrangente a toda 
infraestrutura da Tecnologia da Informação. A interação entre a empresa e o indivíduo 
consolida este termo, assim como a camada de informação e comunicação. 
O arcabouço tecnológico que se refere nessa subseção não se trata apenas de 
equipamentos e sistemas de informática. Refere-se, também, a uma poderosa fonte de 
benefícios no desenvolvimento empresarial e na estruturação do controle gerencial. 
Segundo Caiçara Júnior (2012, p. 35): 
A TI abrange, sim, a informática e seus conceitos mais usuais 
como hardware e software, no entanto sua amplitude é bem maior. Com o advento da 
telemática (a união das telecomunicações à informática), esse conceito se amplificou e 
hoje tem papel estratégico em muitas empresas, pois inclui, além da telemática, os 
componentes de hardware, software, banco de dados e rede de computadores. 
 
 Para O´Brien (2004) a Tecnologia da Informação não é evidenciada de forma isolada, 
mas sim de maneira ampla e através de utilização de uma multiplicidade de componentes de 
hardware, software, processamento de dados e tecnologias de redes de telecomunicações. 
 Segundo Atkinson et al. (2015, p. 27) a importância que a TI obtém nas atividades de 
negócios e na disponibilidade de informação estratégia, é explícita no conceito de 
processamento informacional: “Os Sistemas de Informação e as aplicações de conhecimento 
da empresa contribuem para a execução da estratégia ao facilitar melhorias dos processos e 
melhorar os vínculos com fornecedores e clientes”. 
Atualmente, vários profissionais que atuam em diversas áreas, utilizam a Tecnologia 
da Informação como um termo que possui elevada abrangência para o tratamento de soluções 
tecnológicas é considerado como um componente forte e consistente para o desenvolvimento 
de toda e qualquer atividade empresarial. O conceito de TI é tão amplo que comumente é 
confundido com o conceito de Sistemas de Informação (CAIÇARA JÚNIOR, 2012). 
31 
 
Conforme evidenciado, a TI tem sido difundida amplamente nas empresas, de forma 
que os processos informacionais não alcançam eficácia se não estiverem fundamentados nos 
elementos que a compõem. A Tecnologia da Informação consiste no componente empresarial 
de elevada significância em todas as organizações e está diretamente associado às diversas 
ações das entidades, quer sejam elas internas ou externas (ALBERTIN, 2005). 
De acordo com Rezende e Abreu (2006, p. 164), “A Tecnologia da Informação deve 
desempenhar um papel estratégico e agregar valores a seus produtos e/ou serviços, 
promovendo vantagem competitiva sobre seus concorrentes”. 
A relevância da Tecnologia da Informação dentro das organizações também está 
atrelada às decisões tomadas pelos administradores. Conforme Laundon e Laundon (2014, p. 
16) “A Tecnologia da Informação é uma das muitas ferramentas que os gerentes utilizam para 
enfrentar mudanças e complexidade”. 
Para se atender as exigências de um mercado cada vez mais competitivo, as 
organizações necessitam obter a Tecnologia da Informação como um aliado importante nas 
estratégias empresariais, Albertin (2003, p. 27) afirma: 
O papel da TI tornou-se imprescindível para os objetivos e aplicações de uma 
organização, e conseqüentemente como forma de atuação e vantagem competitiva. As 
organizações começaram a alinhar seus esforços em TI de acordo com as estratégias 
de negócio, buscando uma utilização cada vez mais adequada às suas necessidades e 
uma relação de custo e benefício mais satisfatória. 
 
A vantagem competitiva da organização crescerá à medida que a mesma invista na 
implementação e na correta utilização da Tecnologia da Informação em diversas áreas, 
principalmente nas atividades geridas pelos mecanismos dos Sistemas de Informação. Porém, 
caso a informação não seja utilizada de forma correta ou as atividades que estão em torno dela 
não forem desempenhadas corretamente, a entidade será amplamente afetada de forma 
negativa (REZENDE; ABREU, 2003). 
O contexto em que as entidades estão inseridas possui grande importância na definição 
de utilização da Tecnologia da Informação. O correto uso da TI é guiado pelos chamados 
direcionadores, que permitem a identificação adequada desta utilização, levando em 
consideração as particularidades e tipo de aplicação deste importante componente. O 
desempenho das organizações é amplamente afetado pelo uso da TI, entretanto é necessário 
que a relação entre a entidade e a TI esteja fundamentada de forma adequada, ou seja a 
empresa pode considerar a Tecnologia da Informação como uma ferramenta de grande valor 
para estratégia de inovação e negócios da empresa ou pode considerar simplesmente como um 
mecanismo decorrente de diretrizes organizacionais. A utilização da TI nas empresas se 
32 
 
relaciona diretamente com as necessidades estratégicas e operacionais da organização 
(ALBERTIN, 2003, 2005). 
A infraestrutura de TI que a organização utiliza para alcançar seus objetivos de 
desempenho é constituída de tecnologias e de pessoas que se fazem necessárias para acionar 
essastecnologias. As organizações devem administrar e zelar detalhadamente cada vertente 
da infraestrutura de TI, pois a mesma pode ser a base em que a empresa fundamenta os 
Sistemas de Informação. Esta infraestrutura deve ser capaz de disponibilizar o conjunto de 
operações tecnológicas de que a empresa necessita para realizar corretamente a utilização de 
diversos benefícios que a TI pode gerar para as entidades (LAUNDON; LAUNDON, 2014). 
Para Albertin (2003, p. 12): 
O uso de TI por si só não determina o sucesso e o bom desempenho de uma 
organização. As características do mercado em que as organizações atuam devem ser 
consideradas para a definição do uso de TI como parte de suas estratégias e 
operacionalização. Os modelos, cultura, políticas, estruturas, processos 
organizacionais, incluindo suas evoluções, devem ser considerados na utilização de 
TI, seja por que são afetados ou afetam esse uso. As habilidades, capacitações e 
comportamento, entre outros fatores, dos indivíduos, como colaboradores das 
organizações, influenciam no valor que a TI agrega aos negócios. Finalmente, as 
características da própria TI influenciam as decisões sobre o seu uso pelas 
organizações. 
 
 Na Figura 5, Laundon e Laundon (2014) esclarecem os elementos que compõem o 
conjunto que fundamenta a TI e viabiliza a utilização dos mecanismos tecnológicos gerados 
por ela. 
 
 Figura 5 - Componentes da infraestrutura de TI 
 
 Fonte: LAUDON; LAUNDON, 2014, p. 147. 
 
Os profissionais que utilizam a TI determinam o valor do mesmo nos negócios da 
empresa, assim como as atividades operacionais e a cultura da organização. Ou seja, o valor 
da Tecnologia da Informação, dos Sistemas de Informação e a da própria informação é 
33 
 
definido pela relação entre eles, as pessoas e os processos de negócios (TURBAN; 
VOLONINO, 2013). 
Segundo Laurindo (2001, p. 161), o valor da TI está implícito no fato de a Tecnologia 
da Informação ter evoluído ao ponto de não ser considerada mais como uma simples 
orientação tradicional de suporte administrativo para um importante papel estratégico nos 
negócios das entidades. O autor afirma ainda que “a visão da TI como arma estratégica 
competitiva tem sido discutida e enfatizada, pois não só sustenta as operações de negócios 
existentes, mas também permite que se viabilizem novas estratégias empresariais”. 
 
 
1.2 Sistemas de Informação 
 
 
Para operacionalizar o processamento informacional ou qualquer outro processo que 
exista é necessário um sistema que organize a “matéria-prima” e os transforme em um 
produto acabado. Sistema pode ser definido como um complexo de elementos em interação 
ou um todo organizado ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo 
(PADOVEZE, 2010). 
Um sistema também pode ser definido como uma formação organizada de funções, 
que têm como finalidade o atendimento de objetivos específicos (CASSARRO, 2011). Para 
O´Brien (2004, p. 7) ”Um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que 
trabalham rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um 
processo organizado de transformação”. 
Os sistemas podem ser divididos em: sistemas abertos - executam interação com o 
ambiente externo e sistemas fechados - não interagem com o ambiente externo (PADOVEZE, 
2010). 
Segundo Laundon e Laundon (2014, p. 13), os sistemas possuem informações sobre 
indivíduos, locais e elementos relevantes para a organização ou para o ambiente que está em 
seu redor. Os autores definem Sistemas de Informação tecnicamente como: 
 
Um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), 
processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de 
decisão, a coordenação e o controle de uma organização. Além de dar apoio a tomada 
de decisão, à coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os gerentes e 
trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos 
produtos. 
 
34 
 
Para Ulukan e Ucuncuoglu (2010, p. 233), a origem dos estudos de Sistemas de 
Informações consiste em uma subdisciplina da ciência da computação como uma 
racionalização da gestão das tecnologias nos processos e atividades organizacionais. O 
Sistema de Informação pode englobar sistemas de pessoas, dados, registros que percorrem 
todo o trajeto de processos dos dados até serem transformados em informações. Os SIs 
ocuparam um espaço significativo nas atividades operacionais, financeiras e administrativas, 
além de serem considerados vitais nos processos decisórios vivenciados pelos administradores 
e na gestão empresarial. 
O processo de modificação de dados em informações que compõem os relatórios que 
são utilizados na estrutura decisória da entidade e que fornecem sustentação nos processos 
administrativos, são considerados Sistemas de Informação. Estes proporcionam a otimização 
dos resultados esperados dos negócios da empresa (REZENDE; ABREU, 2003). 
Conforme evidenciam Stair e Reynolds (2015, p. 9), os Sistemas de Informações 
consistem em “um conjunto de elementos ou componentes inter-relacionados que coleta 
(entrada), armazena e dissemina dados (saída) e informações, e fornece reação corretiva 
(mecanismo de realimentação) para alcançar um objetivo. ” 
Segundo O´Brien (2004, p. 6) : 
 
Sistema de Informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, 
redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina 
informações em uma organização. As pessoas têm recorrido aos Sistemas de 
Informação para se comunicarem, utilizando, desde a alvorada da civilização, uma 
diversidade de dispositivos físicos (hardware), instruções e procedimentos de 
processamentos de informação (software), canais de comunicações (redes) e dados 
armazenados (recursos de dados). 
 
Segundo Padoveze (2010, p. 48), pode-se definir Sistemas de Informações como um 
conjunto de: “recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo 
uma sequência lógica”. Esses sistemas são capazes de gerar informações, que inicialmente 
eram simples dados e com seus resultados fornecem às empresas direcionamentos para 
cumprir os principais objetivos organizacionais. 
A integração de dois subsistemas básicos pode ser vista como um Sistema de 
Informação. Os subsistemas consistem em produtores de informação, os quais operam, 
administram, controlam, armazenam e recuperam as informações que são utilizadas 
imediatamente ou futuramente, dependendo das necessidades organizacionais (BARRETO, 
2012). Consoante à Caiçara Júnior (2012) um sistema pode ser fracionado em pequenas partes 
que continuam com as mesmas particularidades do todo, que são definidos com subsistemas, 
ou seja, um conjunto de subsistemas pode compor um Sistema de Informação. 
35 
 
Os componentes e dispositivos de tecnologia de rede que são utilizados para 
desempenhar algumas ou até mesmo todas as atividades dos Sistemas de Informação segundo 
Turban e Volonino (2013, p. 9) são definidos da seguinte forma: 
 
Hardware é um conjunto de dispositivos com processador, monitor, teclado e 
impressora. 
Software é um conjunto de aplicativos ou programas que instruem o hardware a 
processar os dados ou outros insumos. 
Dados são uma parte essencial processada pelo sistema e, se necessário, armazenados 
em um banco de dados. 
Rede é um sistema de telecomunicação que conecta o hardware por fio, sem fio ou por 
uma combinação dos dois. 
Procedimentos são uma série de instruções sobre como combinar os componentes 
citados de modo a processar informação e gerar a saída desejada. 
Pessoas são os indivíduos que trabalham com o sistema, interagem com ele ou 
utilizam sua saída. 
 
Observa-se a constituição da divisão e organização dos componentes do Sistema de 
Informação e a maneira que eles interagem entre si, através da Figura 6. 
Segundo Turban e Volonino(2013, p. 10), a interação dos componentes do Sistema de 
Informação acontece da seguinte forma: 
 
Os blocos de construção de SI que suportam processos de negócio são dispositivos de 
alto desempenho (hardware); seus aplicativos (software e processamento); 
conectividade (redes) com dados; conteúdo compartilhado, listas de contato e assim 
por diante (informação); e usuários (pessoas). Muitos dos SI de hoje funcionam em 
redes sem fio, mídias sociais e dispositivos de alto desempenho, tornando mais rápido 
e mais fácil alcançar os outros e fazer o trabalho usando pouco tempo e esforço. 
 
Um sistema de informação pode ser dividido em componentes, conforme Figura 6. 
 
 Figura 6 - Componentes dos Sistemas de Informação 
 
 Fonte: TURBAN; VOLONINO, 2013, p. 9. 
36 
 
Um questionamento frequente no ambiente empresarial que Laundon e Laundon 
(2014, p. 9) responderam consiste em “Porque as empresas estão investindo tanto em 
tecnologias e Sistemas de Informação? ”. As entidades, através da utilização dos Sistemas de 
Informação, desejam alcançar seis objetivos importantes no desempenho organizacional: 
“excelência operacional; novos produtos, serviços e modelos de negócio; relacionamento mais 
estreito com clientes e fornecedores; melhor tomada de decisões; vantagem competitiva; 
sobrevivência”. 
Conforme Rezende e Abreu (2003, p. 114) “O papel que os Sistemas de Informação 
exercem nas empresas é fundamental, e sua relação é inexorável. Eles exercem impactos na 
estrutura organizacional, influenciando a cultura, as filosofias, as políticas, os processos e os 
modelos de gestão”. 
 Os Sistemas de Informações são de elevada importância para todas atividades e 
resultados empresariais. Para isso, eles devem propiciar o alcance de objetivos 
organizacionais. Para Barreto (2012, p. 5) a finalidade básica de um Sistema de Informação é 
“produzir conhecimento e assim alterar para melhor a realidade, promovendo o 
desenvolvimento desta realidade, levando-a a um melhor estágio de bem-estar de seus 
membros”. 
Dentre as principais finalidades dos SIs se destaca a eliminação de pontos cegos, ou 
seja, o sistema em tempo real propicia acesso tempestivo e satisfatório aos seus usuários, não 
dando margem para grandes intervalos entre a identificação do problema e a obtenção da 
solução empresarial (TURBAN; VOLONINO, 2013). 
Pode-se observar na Figura 7 que Sistemas de Informações possuem abrangência 
maior do que simples dispositivos tecnológicos. De acordo com Laundon e Laundon (2014) 
para usar os Sistemas de Informação com eficiência e clareza é necessário o entendimento das 
dimensões organizacional, humana e tecnológica que formam os SIs e os seus mecanismos. E 
a propiciação de solução para problemas significativos e desafios no ambiente organizacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 Figura 7 – Sistemas de Informação são mais do que computadores 
 
 Fonte: LAUNDON; LAUNDON, 2014, p. 15. 
 
Em conformidade com Caiçara Júnior (2012) existe uma função principal que norteia 
o Sistema de Informação, a qual é definida como o processo de modificação dos dados até que 
se tornem informações completas, desejáveis e úteis para os gestores das organizações e para 
o desempenho das mais diversas atividades empresariais. Para o referido autor o Sistema de 
Informação tem como conceito e vertente primordial este processo de transformação. 
O´Brien (2004, p. 07) define as três funções básicas que estão em interação são 
listadas a seguir: 
 Entrada: envolve a captação e reunião de elementos que ingressam no sistema 
para serem processados. 
 Processamento: envolve processos de transformação que convertem insumo 
(entrada) em produto. 
 Saída: envolve a transferência de elementos produzidos por um processo de 
transformação até seu destino final. 
 
Porém, para Turban e Volonino (2013, p. 8), “as funções básicas de um SI que coleta, 
processa, armazena, analisa e dissemina informações para resultados específicos, consistem 
em quatro mecanismos: entrada, processamento, saída e feedback”. Este último obtém a 
capacidade de retroalimentar os Sistemas de Informações, fornecendo auxílio para que as 
empresas alcancem satisfatório desempenho (STAIR; REYNOLDS, 2015). 
Os Sistemas de Informação são um importante campo de estudo em administração e 
gerenciamento de organizações. Desta forma, torna-se imprescindível que os gerentes e 
administradores obtenham uma compreensão básica deste campo de atuação. Da mesma 
forma, para que uma empresa alcance um ótimo desempenho e sucesso em suas atividades, 
ela necessita atribuir aos SIs relevância vital para o funcionamento dos seus mecanismos 
(O´BRIEN, 2004). 
 
38 
 
De acordo com Cassarro (2011, p. 26): 
 
 [...] os Sistemas de Informação compõem um dos maiores e mais valiosos ativos da 
empresa. Podemos afirmar que uma empresa será mais dinâmica, mais agressiva, mais 
inovadora e mais atuante no mercado do que suas concorrentes, na medida em que 
possua melhores Sistemas de Informações e, evidentemente, conte com pessoas na 
alta e média administração capacitadas e motivadas a se utilizar destas informações 
para as suas tomadas de decisões. 
 
A relação entre os Sistemas de Informação e a cultura das empresas é o pressuposto 
que define o valor da Tecnologia da Informação, as condições de utilização e o seu 
desempenho em meio as mais diversas atividades e operações organizacionais. Para que uma 
entidade obtenha um crescimento satisfatório em seus resultados, é necessário a observação 
da capacidade dos funcionários e gestores, ou seja, uma empresa é tão eficaz quanto as 
pessoas que trabalham e a administram. Da mesma forma acontece com os Sistemas de 
Informação, que são considerados inúteis sem funcionários e gestores qualificados para 
alimentá-los e conservá-los. Esses gestores devem ser capazes também de gerarem uma base 
para tomar as decisões de maneira correta e eficaz, através das informações obtidas nos SIs 
(LAUNDON; LAUNDON, 2014). 
Observa-se a significância da análise do contexto e de todos os fatores dos ambientes 
que interagem com os Sistemas de Informação. Para que os SIs sejam plenamente úteis, deve-
se considerar a estrutura e história do corpo organizacional. De acordo com Rezende e Abreu 
(2003, p. 62) os Sistemas de Informação devem ser analisados e/ou desenvolvidos dentro da 
perspectiva: “sócio técnica, em que tecnologia e organização (ou empresa) devem ser 
ajustadas entre si, até que se obtenha uma harmonização perfeita entre os dois domínios, 
gerando um terceiro estado organizacional conjunto”. 
Para Padoveze (2010, p. 498), a Gestão Baseada em Recursos (Resource Based View-
RBV) integra os mecanismos de Sistemas de Informação dentro de uma entidade, conforme 
afirma abaixo: 
A RBV tem como referência a abordagem sistêmica. A empresa é um sistema que 
processa os recursos (entradas) que são introduzidos na etapa do processamento. Os 
recursos são processados e as saídas correspondem aos produtos e serviços que as 
empresas entregam aos consumidores no ambiente externo do sistema. 
 
Os Sistemas de Informação disponibilizam para a gestão empresarial informações 
(feedback) sobre as operações do sistema para sua direção e manutenção (controle), enquanto 
ele troca entradas e saídas com seu ambiente. Conforme O´Brien (2004), esses mecanismos 
perpassam os fundamentos dos Sistemas de Informações. 
 
39 
 
Padoveze (2010, p. 48) classifica os Sistemas de Informação da seguinte forma: 
 
Os Sistemas de Apoio às Operações têm como objetivo auxiliar os departamentos e 
atividades e executarem suas funções operacionais; 
Os Sistemas de Apoio à Gestão preocupam-se basicamente com as informações 
necessárias para gestão econômico-financeira da empresa.Segundo Ulukan e Ucuncuoglu (2010, p. 234), os Sistemas de Informação estão 
associados a diferentes áreas de trabalho dentre elas estão a estratégia de SI, o gerenciamento 
de SI e o desenvolvimento de SI. Tais campos de atuação possuem ramificações em várias 
subdisciplinas, conforme pesquisas anteriores e experiências obtidas nas práticas do uso da TI 
os Sistemas de Informação estão classificados como: 
• Sistemas de Processamento de Transações 
• Sistemas de Gerenciamento de Informação 
• Sistemas de Suporte à Decisão 
• Sistemas Especializados 
Dentro do contexto da Tecnologia da Informação e seus mecanismos, os Sistemas de 
Informações são alocados em quatro grandes grupos de aplicativos. Os quais consistem em: 
sistemas integrados, sistemas de gestão da cadeia de suprimentos, sistemas de gestão do 
relacionamento com o cliente e sistemas de gestão do conhecimento. Com a finalidade de 
obter um desempenho satisfatório dentro das empresas, esses aplicativos formam um conjunto 
que mantém relação com os processos e funções dos negócios das entidades (LAUNDON; 
LAUNDON, 2014). 
 
 
1.2.1 Sistemas Integrados 
 
 
Conforme Laundon e Laundon (2014, p. 296), os Sistemas Integrados funcionam da 
seguinte forma: “Os Sistemas Integrados apresentam um conjunto de módulos de software 
integrados e um banco de dados central; este permite que os dados sejam compartilhados 
pelos diferentes processos de negócios e áreas funcionais de toda a empresa”. 
A integração de Sistemas de Informação e banco de dados é fundamental para o 
embasamento das decisões tomadas pelos gestores. Milhares de informações que não 
sofreram consolidação não são capazes de propiciar fundamento necessário para que as 
empresas alcancem seus objetivos e sejam bem-sucedidas na correta utilização das 
40 
 
informações. Relatórios gerados isoladamente tornam-se obsoletos, pois a todo instante as 
informações nos mais diversos setores das empresas são atualizadas e necessitam de 
integração entre si. Desta forma torna-se imprescindível que os diversos sistemas que 
compõem a empresa se comuniquem e propiciem relatórios consolidados oportunamente. 
Essa integração é concretizada através dos Sistemas Integrados (LAUNDON; LAUNDON, 
2014). 
Na Figura 8, Laundon e Laundon (2014) mostram a forma do funcionamento dos 
Sistemas Integrados. 
 Figura 8 - Funcionamento dos Sistemas Integrados 
 
 Fonte: LAUNDON ; LAUNDON, 2014, p. 296. 
 
 O funcionamento dos Sistemas Integrados é direcionado pelo banco de dados central, 
o qual divide as quatro principais atividades de uma organização. 
 
 
1.2.1.1 Sistemas Integrados de Gestão 
 
 
Os sistemas que unem as informações contidas nos diversos subsistemas sejam eles 
operacionais ou de apoio à gestão, são chamados de Sistemas de Informações Gerenciais 
(SIG). Os referidos sistemas têm como objetivo principal a aglomeração e consolidação de 
todas as informações necessárias para a segura análise dos relatórios demonstrativos e gestão 
41 
 
eficiente. A Tecnologia de Informação é o mecanismo utilizado pelas empresas para a 
realização dessa importante integração dos subsistemas empresariais, desta maneira todos os 
processos e negócios organizacionais podem ser visualizados como um todo, constituindo um 
fluxo dinâmico de todas as informações da empresa (PADOVEZE, 2010). 
Define-se como Sistemas de Informações Gerenciais, os sistemas que proporcionam 
aos gerentes e à administração da empresa relatórios sobre o desenvolvimento organizacional. 
Por meio das informações obtidas nos SIGs, os administradores podem planejar, organizar, 
monitorar e controlar as atividades empresariais, assim como fazer previsões acerca das 
operações e resultados futuros da entidade (LAUNDON; LAUNDON, 2014). 
Segundo Caiçara Júnior (2012), um Sistema de Informação Gerencial proporciona aos 
administradores embasamento necessários para suas decisões através de relatórios que 
demonstrem o desempenho passado e atual da organização. A previsão do desempenho futuro 
da empresa também pode ser evidenciada através dos Sistemas de Informações Gerenciais. 
Dentro das características dos SIGs, Cassarro (2011, p. 41) destaca: “Os Sitemas de 
Informações Gerenciais são, portanto, muito pessoais, enquanto os operativos não”. Com suas 
várias particularidades, a que se destaca é o fato de os SIGs dependerem da intuição de cada 
gerente para a tomada de decisão, o que os torna sistemas associados diretamente com o valor 
de pessoal. 
O sistema que fornece informações para a tomada de decisões e planejamento das 
organizações, através de um conjunto organizado de banco de dados, equipamentos, pessoas e 
procedimentos é chamado de Sistema de Informação Gerencial. Os SIGs têm como 
pressuposto primordial a eficiência nas operações das empresas. Todas áreas das entidades 
são apoiadas pelo Sistema de Informação Gerencial que são interligados por meio de um 
único banco de dados (STAIR; REYNOLDS, 2015). Para Cassarro (2011, p. 40): “Sistemas 
Gerenciais de Informações são aqueles sistemas que permitem adequado planejamento, 
organização, realização, coordenação e controle do ciclo gerencial”. 
Laundon e Laundon (2014, p. 15) salientam sobre o contexto que envolve os Sistemas 
de Informações Gerenciais: 
 
O campo dos Sistemas de Informação Gerenciais tenta proporcionar aquela 
capacitação mais ampla em Sistemas de Informação. Os SIG lidam com as questões 
tanto comportamentais quanto técnicas que cercam o desenvolvimento, o uso e o 
impacto dos Sistemas de Informação adotados por administradores e funcionários em 
uma empresa. 
42 
 
A importância dos Sistemas Informações Gerencias são dieratemente associados ao 
comportamento e decisão dos gestores que administram os negócios da empresa, os quais se 
embasam nas informações geradas pelos SIGs. 
 
 
1.2.1.2 Enterprise Resource Planning (ERP) 
 
 
O ERP consiste em um sistema de planejamento dos recursos da empresa e pode 
substituir outros sistemas, como aplicativos. Seu desempenho integrativo está relacionado 
com o fato de ser composto por um aglomerado de programas, permitindo que haja facilidade 
e eficiência em sua utilização organizacional. Os relatórios disponibilizados através do ERP 
são gerados de forma eficaz e tempestiva. Nos dias atuais, os gestores têm acesso às 
informações relevantes imediatamente e por meio até mesmo de smarthphones e dispositivos 
móveis (STAIR; REYNOLDS, 2015). 
Ao longo dos últimos anos os Sistemas de Planejamento de Recursos Empresariais 
têm sido amplamente difundidos nas organizações. Tais sistemas possuem características 
vitais para os negócios da empresa e sua evolução tem obtido grandes proporções no meio 
tecnológico devido a importante integração das informações. Para Caiçara Júnior (2012) o 
advento tecnológico do ERP foi expandido a partir da década de 1990, com o principal 
precursor o bug do milênio. 
Laundon e Laundon (2014, p. 50) conceituam a respeito dos Sistemas de Planejamento 
de Recursos Empresariais da seguinte forma: 
 
[...] são utilizados para integrar processos de negócio nas áreas de manufatura e 
produção, finanças e contabilidade, vendas e marketing e recursos humanos em um 
único sistema de software. Com isto, a informação, anteriormente fragmentada em 
sistemas distintos, é armazenada em um único repositório de dados abrangente, a 
partir do qual pode ser utilizada por muitas partes diferentes da empresa. 
 
Os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial são comumente chamados de 
Enterprise Resource Planning (ERP), além de serem associados com a total integração de rede 
e outras tecnologias aqui listadas (PADOVEZE, 2010): 
- Customer Relationship Management - CRM (Gerenciamento de Relações com 
Clientes); 
- Cadeia de Suprimentos; 
43 
 
- Workflow; 
- Data Warehousing. 
Define-se ERP como “um conjunto de programas integrados que gerencia as 
operações vitais de negócios

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