Buscar

CALCIFICAÇÃO E OSSIFICAÇÃO DOS TECIDOS MOLES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CALCIFICAÇÃO E OSSIFICAÇÃO DOS TECIDOS MOLES
Mecanismos da doença
A deposição de sais de cálcio, principalmente fosfato e cálcio, geralmente ocorre no esqueleto. Quando afeta de forma desorganizada os tecidos moles, é referida como calcificação heterotópica. 
As calcificações heterotrópicas podem se dividir em: calcificação distrófica, calcificação idiopática e calcificação metastática.
Características da imagem 
· As imagens radiopacas nos tecidos moles são comuns e podem estar presentes em cerca de 4% das imagens panorâmicas;
· Importância do diagnóstico é indicar o tratamento ou não;
· Conhecimento da anatomia.
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA 
· Formada no interior do tecido degenerado, doente, necrosado;
· Níveis sorológicos normais de cálcio e fosfato;
· Locais mais comuns: gengiva, língua, gânglios linfáticos e bochecha;
· Sem sinais ou sintomas;
· Os sais de cálcio precipitados podem ser palpados.
Nódulos linfáticos calcificados 
Mecanismo da doença: a calcificação distrófica ocorre nos linfonodos cronicamente inflamados, e o tecido linfoide é substituído por sais de cálcio semelhantes a hidroxiapatita, apagando quase toda a arquitetura nodal.
Características clínicas: os nódulos linfáticos geralmente são assintomáticos.
Exame físico. 
Características da imagem:
· Os linfonodos mais comumente envolvidos estão localizados dentro das cadeias cervicais submandibulares;
· As calcificações nos linfonodos podem afetar um único linfonodo ou uma série linear de linfonodos em um fenômeno conhecido como “em cadeia” dos linfonodos;
· Imagem radiopaca;
· A periferia é bem definida e geralmente irregular. Ocasionalmente, o nódulo calcificado pode ter uma aparência lobulada semelhante a uma couve-flor;
· Localizados na borda inferior da mandíbula, ou abaixo dela, próximo ao ângulo onde a imagem do nódulo calcificado é às vezes sobreposta à porção inferior do ramo.
Diagnóstico diferencial: sialólito – teste de salivação, se tem alguma sintomatologia, se teve alguma infecção. 
Calcificação trófica nas amígdalas
Mecanismo da doença: os tonsilólitos são formados quando episódios repetidos de inflamação aumentam as criptas tonsilares. 
Características clínicas: dor, inchaço, mau cheiro, dificuldade de deglutição. 
Exame clínico. 
Características da imagem:
· Em uma imagem panorâmica, tonsilólitos aparecem como entidades radiopacas mal definidas de tamanhos variados, únicas ou múltiplas que são sobrepostas à porção média do ramo mandibular.
Cisticercose 
Mecanismo da doença: quando os seres humanos inconscientemente ingerem ovos ou proglotes gravídicos do parasito Taenia solium (tênia da carne de porco), a casca dos ovos é digerida no estômago e a forma larval (Cysticercus cellulosae) do parasito é liberada. As larvas penetram na mucosa, entram nos vasos sanguíneos e linfáticos e são distribuídas como cisticercos nos tecidos de todo o corpo – preferencialmente cérebro, músculo, pele, fígado, pulmões, tecidos subcutâneos e coração. 
Características clínicas: casos leves de cisticercose são completamente assintomáticos. Já, os casos mais graves – distúrbios gastrointestinais, epilepsia, dor de cabeça, distúrbios visuais. 
Características de imagem:
· Enquanto estiverem vivas, as larvas não são visíveis radiograficamente. A morte dos parasitos e o desenvolvimento de calcificações nos locais subcutâneos e musculares ocorrem anos após a infecção inicial;
· Múltiplas radiopacidades elípticas bem definidas que se assemelham a grãos de arros.
Placa aterosclerótica calcificada 
Mecanismo da doença: formação de placas dentro do revestimento interno do vaso sanguíneo envolvido. Principal causa de AVC. 
Fatores de risco: obesidade, tabagismo, alcoolismo, doença cardiovascular.
A deposição de sais de cálcio sobre as placas de aterosclerose induz a calcificação das mesmas transformando-as em ateroma que promovem a obliteração da luz dos vasos resultando em isquemia. 
Com a obliteração ocorre acúmulo de sangue que promove dilatações (aneurismas) ocasionando pressão na parede dos vasos e então se rompem facilmente. 
Características de imagem:
· Acima ou abaixo do corno maior do osso hióide (onde a artéria carótida comum se bifurca nas artérias carótidas externa e interna) e adjacente às terceira e quarta vértebras cervicais, ou no espaço intervertebral entre elas. 
CALCIFICAÇÃO IDIOPÁTICA 
A calcificação idiopática resulta na deposição de cálcio no tecido normal, apesar dos níveis séricos normais de cálcio e fosfato. 
Sialolito 
São calcificações encontradas nos ductos das glândulas salivares. 
Deposição de sais de cálcio ao redor de restos orgânicos acumulados no interior do ducto, que por sua vez podem resultar de fatores como infecções, traumas, presença de corpos estranhos, medicamentos. 
Flebólito
Mecanismo da doença: trombos calcificados encontrados nas veias. 
Na região de cabeça e pescoço, os flebólitos quase sempre sinalizam a presença de um hemangioma.
Múltiplas imagens arredondadas, aparência de olho de boi ou alvo (lâminas concêntricas), uma área central radiolúcida (porção remanescente do vaso) e radiopaca ao redor. 
Cartilagem laríngea 
Mecanismo da doença: a calcificação endocondral e a ossificação das cartilagens hialinas da laringe começam na idade da maturidade esquelética e progride em seguida como um processo fisiológico. 
Características clínicas: cartilagens laríngeas calcificadas são achados incidentais em imagens panorâmicas, e as cartilagens tritícea e tireóidea calcificadas são as cartilagens laríngeas mais frequentemente vistas. 
A cartilagem tritícea é encontrada centralmente dentro da extremidade posterior livre do ligamento tireohioideo; são estruturas ovoides, medindo aproximadamente 2 a 4 mm de comprimento e 7 a 9 mm de largura.
Tanto o ateroma quanto a cartilagem tritícea calcificada apresentam imagens radiográficas semelhantes em uma radiografia panorâmica de rotina. 
Massas nodulares radiopacas ou linhas verticais radiopacas (1,5-4 cm abaixo do ângulo da mandíbula) e adjacente ao espaço intervertebral das vértebras C3 e C4.
Rinolito / antrolito 
· São calcificações que ocorrem na cavidade nasal (rinolito) ou seio maxilar (antrolito). 
· Deposição de sais de cálcio em corpos estranhos. 
· Assintomático – principalmente quando em seio maxilar. 
· Dor, congestão, ulceração, sinusite, epistaxe, mau cheiro. 
· Etiologicamente, a maioria dos antrolitos/rinolitos é formada quando sangue, pus e/ou muco são retidos na cavidade sinusal, fazendo com que os sais de cálcio se acumulem em camadas concêntricas. 
· Fatores predisponentes: infecção crônica, infecção fúngica e reações a corpos estranhos. Esses fatores são semelhantes àqueles que fundamentam a formação de sialolitos em glândulas salivares. 
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA 
· Precipitação de minerais no interior do tecido normal. 
· Altos níveis sorológicos de cálcio ou fosfato. 
· Calcificações metastáticas geralmente ocorrem bilateral e simetricamente e são extremamente raras. 
· Exemplo: hiperparatireoidismo. 
Hiperparatireoidismo 
Excesso de hormônio paratormônio - hormônio responsável pela modulação das quantidades de cálcio, vitamina D e fósforo.
O hiperparatireoidismo é uma anormalidade endócrina em que há excesso de hormônio paratireóideo circulante (PTH). Esse excesso favorece a reabsorção osteoclástica do osso, que mobiliza o cálcio do esqueleto. Essa alteração pode transformar a morfologia normal das trabéculas ósseas. O resultado dessas mudanças é um aumento nos níveis séricos de cálcio. 
OSSIFICAÇÃO HETEROTÓPICA 
· Deposição dos minerais de forma organizada e com aspecto ósseo. 
· Causas: ossificação pós-traumática, ossificação causada por alterações patológicas. 
Ossificação do ligamento estilóide 
Comumente ocorre bilateralmente e na maioria das vezes é assintomático, quando há sintomatologia pode estar associado a síndrome de Eagle e síndrome estilóide. 
Síndrome de Eagle 
· Dor ao deglutir, girar a cabeça ou abrir a boca (bocejar). 
· História recente de trauma na região do pescoço.Síndrome estilóide 
· Alongamento do processo estiloide.
· Compressão do nervo glossofaríngeo. 
· Dores no ouvido, zumbido, dor de cabeça na região temporal, vertigem. 
Osteoma cutâneo 
Osteoma cutâneo é uma rara ossificação de tecidos moles na pele ou tecidos subcutâneos que se manifesta como desenvolvimento focal de osso dentro da derme fisicamente removida de qualquer tecido ósseo original.

Continue navegando