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GABRIELLA PACHECO – MED102 PRÁTICA P1 EMERGÊNCIA OFICINA DE TAQUIARRITMIAS Taquicardia: Qualquer ritmo em que FC esteja acima de 100 bpm. Taquicardias com complexo QRS estreito (indica alteração supraventricular): • Taquicardia sinusal: Ritmo cardíaco sinusal (onda P simétrica, posiHva em D1, D2 e AVF e negaHva em AVR, sempre antecedendo o complexo QRS) e regular com FC > 100 bpm. • Taquicardia supraventricular paroxísEca (TVSP): Ritmo cardíaco sinusal e regular. Na TVSP, a FC aumenta subitamente, e logo em seguida volta ao normal. • Síndrome de Wolff-Parkinson-White: Doença congênita, há uma conexão elétrica adicional entre os átrios e ventrículos, podendo haver baHmentos cardíacos muito acelerados. Ritmo cardíaco de reentrada, resultando em um entalhe no complexo QRS (‘’onda delta’’) que ocasiona um QRS > 90 ms e alterações secundárias do segmento ST e da onda T. • FluTer atrial: Ritmo cardíaco regular caracterizado pela presença de onda ‘’F’’ e com frequência atrial Hpicamente > 340 bpm. • Fibrilação atrial: Ritmo cardíaco irregular e ausência de onda P. Eventualmente, presença de ondas ‘’f’’. Taquicardias com complexo QRS alargado (indica alteração ventricular): • TV monomórfica: ≥ 3 contrações ventriculares prematuras (QRS alargado), que mantém mesma morfologia, com um ritmo > 100 bpm, geralmente regular. • TV polimórfica: ≥ 3 contrações ventriculares com morfologias diferentes e com ritmo cardíaco > 100 bpm. • TV polimórfica do Epo Torsades de pointes: Forma de TV polimórfica caracterizada por uma ‘’torção de pontas’’. • TSVAB: Presença de bloqueio ne ramo no ECG basal e via acessória. • Fibrilação ventricular: Ritmo cardíaco rápido e caóEco, sem diferenciação de onda P, QRS ou de onda T. Manejo Taquicardias Ventriculares: Varia de acordo com a estabilidade: • Paciente estável: Cardioversão química com Amiodarona IV. • Paciente instável: Cardioversão elétrica sincronizada. No entanto, a Amiodarona demora de 20 a 30 minutos só para acabar a dose de ataque. Além disso, as taquicardias ventriculares são muito imprevisíveis, pois em segundos, pode haver piora e evolução para PCR. Na práHca, ao diagnosHcar TV, sempre tratar como instável, ou seja, cardioversão elétrica. • PA muito baixa: uHlizar Noradrenalina e depois realiza a cardioversão, uma vez que a sedação já reduz a PA. • Manutenção do ritmo: Amiodarona. • TV refratária: Amiodarona. Lidocaína. Manejo Fibrilação atrial e flu_er atrial: • AnEcoagulação: risco de evento tromboembólico pelo CHA2DS2- VASC: - C: Insuficiência cardíaca (1 ponto). - H: Hipertensão (1 ponto). - A2: Idade ≥ 75 anos (2 pontos). - D: Diabetes mellitus (1 ponto). - S2: AIT ou AVC prévio (2 pontos). - V: Doença vascular (IAM prévio, doença arterial periférica ou placa aórHca) (1 ponto). - A: Idade (65 a 74 anos) (1 ponto). - SC: Sexo feminino (1 ponto). Em mulheres a parHr 2 pontos no Score, pode ser realizada a anHcoagulação. Em mulheres a parHr de 3 pontos no Score, deve ser feita a anHcoagulação. Em homens, faz-se anHcoagulação a parHr de 3 pontos. • Controle da FC: Betabloqueadores, BCCa e digitálicos. • Cardioversão: < 48h do começo até agora: Cardioversão elétrica ou Amiodarona. > 48h do começo até agora: - Paciente estável: Ecocardiograma transesofágico, descartada a presença de trombos, realiza-se a cardioversão. - Paciente instável: Cardioversão elétrica sincronizada. Flu_er atrial (50J), Fibrilação atrial (120J). Sinais de instabilidade (4Ds): Basta um • Dispneia: Sempre diferenciar de fadiga. • Dor torácica anginosa clássica. • Diminuição da PA: PAS < 90 mmHg não tem pulso radial. • Diminuição do nível de consciência. • Manutenção do ritmo: Amiodarona Manejo Taquicardia supraventricular de QRS estreito: Em pacientes estáveis: • 1ª tentaHva: Manobra vagal por no máximo 1 minuto, massagem no seio carondeo que causa uma resposta cardiodepressora (redução da FC). • 2ª tentaHva: Adenosina 6 mg em bolus no acesso periférico, se não houver melhora mais 12 mg, e se não houver melhora de novo, mais 12 mg. Deve avisar ao paciente que ele pode se senHr mal, pois alguns pacientes relatam ‘’sensação de morte iminente’’. • Controle da FC: Betabloqueadores (Metoprolol IV, Atenolo, Propanolol, Bisoprolol, Carvedilol), bloqueadores de canal de cálcio (Verapamil IV, DilHazem) ou digitálicos (Cedilanide, Digoxina). Em pacientes instáveis: • Cardioversão elétrica sincronizada a parHr de 100J. • Sem resposta: aumentar a carga progressivamente, no máximo 3 vezes. GABRIELLA PACHECO – MED102 PRÁTICA P1 EMERGÊNCIA OFICINA DE BRADIARRITMIAS Definição: Qualquer ritmo em que a frequência cardíaca é menor do que 60 bpm. Diferentemente das taquiarritmias, nem toda bradiarritmia é preocupante. Por exemplo, pacientes jovens ou atletas comumente apresentam frequência cardíaca reduzida por bradicardia sinusal, sem qualquer repercussão clínica. Exemplos de bradiarritmias: 1. Bradicardia sinusal: Ritmo cardíaco regular no qual a única alteração é a redução da frequência cardíaca < 60 bpm. 2. Paula sinusal ou paragem sinusal: Ritmo cardíaco, à princípio normal, e que em algum momento ocorre um atraso da despolarização atrial, o nó sinusal ‘dormiu do nada’. 3. Bloqueio atrioventricular (BAV): • BAV de 1º grau: Ritmo cardíaco regular, há alargamento do intervalo PR sempre constante. Arritmia normalmente tolerável. • BAV de 2º grau: - Mobitz I ou Wenckebach: Ritmo cardíaco irregular, há alargamento do intervalo PR de forma progressiva. Chega um momento no qual a onda P não consegue mais anteceder o complexo QRS, formando uma imagem de duas ondas Ps. Arritmia normalmente tolerável. - Mobitz II: Ritmo cardíaco, à princípio regular, e ocorre uma onda P bloqueada (sem complexo QRS). Requer marcapasso definiEvo. - Tipo 2:1: Ocorrência de duas ondas Ps para um complexo QRS. Todos os intervalos PR são iguais. Requer marcapasso definiEvo. - Tipo 3:1 ou BAV avançado: Ocorrência de três ondas Ps para um complexo QRS. Significa que há conexão entre os átrios e ventrículos, mas que há dificuldade elétrica de passagem para os ventrículos. Requer marcapasso definiEvo. • BAV de 3º grau ou BAV total (BAVT) ou BAV completo: Consiste em intervalos PR totalmente diferentes entre si. Significa que há dissociação dos átrios e ventrículos, havendo disparos automáHcos. Requer marcapasso definiEvo. Manejo das bradiarritmias: 1. Monitorização e oxigênio, se necessário. 2. Classificar se a arritmia é estável ou instável. Os critérios da instabilidade são os 4 Ds: dispneia, dor torácica, diminuição da PA (PAM < 60 mmHg, PAS < 60 mmHg ou PAD < 40 mmHg) ou diminuição da consciência. OBS: A FC do paciente está baixa, é esperado que a PA esteja aumentada. Não se deve agir na PA do paciente nesse momento. 3. Paciente estável: Não precisa de qualquer intervenção, mas não deve ser liberado. Deve ficar por um tempo em observação. 4. Paciente instável: Atropina 0,5 mg até 6 vezes (até 3 g), intervalo de pelo menos 3 minutos entre doses. Na práHca, só se realiza, no máximo, por 3x. 5. Após a tentaHva com a Atropina, há duas opções: • Marcapasso transcutâneo: Desacopla-se os fios do desfibrilador, e então, acopla os fios das pás adesivas no desfibrilador. As pás adesivas devem ser colocadas no tórax do paciente com o desfibrilador na função de marcapasso. É necessária a sedação do paciente, e então configura o aparelho para uma FC > 60 bpm e começa com uma corrente de 30 A, aumenta progressivamente até 50 a 60 A, até ocorrer uma espícula de baHmento no monitor. É a opção mais segura para caso o paciente precise ser transferido para realizar um marcapasso transvenoso. • Dopamina, Adrenalina e Dobutamina (2 mcg/kg/min) em infusão cononua. OBS: A Dobutamina e a Dopamina aumentam a passagem elétrica de todo o coração, aumentando riscos de taquiarritmias. No entanto, a Noradrenalinatem maior efeito nos receptores α, e o objeHvo é a atuação nos receptores β. 6. Marcapasso transvenoso provisório (melhor opção, uma vez que é capaz de esHmular somente o ventrículo): Colocado a parHr de um procedimento estéril. Realizado na jugular interna direita ou subclávia esquerda, e inserido até 40 cm. O cabo age esHmulando o ramo direito do feixe de Hiss, e então, posteriormente, esHmula o ramo esquerdo, ou seja, é aceitável um atraso caracterizado no ECG como um BRE. 7. Após 7 a 10 dias, realiza-se um procedimento cirúrgico para o marcapasso definiEvo (pode demorar até 3 meses) ou troca o síEo de punção para evitar infecção. Tem os mesmos riscos de um acesso venoso central, como pneumotórax, infecções, hematomas e tamponamento cardíaco. OBS: Também serve como via de administração de medicamentos. GABRIELLA PACHECO – MED102 PRÁTICA P1 EMERGÊNCIA TAQUIARRITMIAS a) IdenEficar taquicardia de QRS estreito e largo ao monitor mulEparamétrico; -Largo > 2 quadradinhos: Fazer cardioversão (Taqui Ventricular) -Estreito < 2: Estável - Manobra vagal, Adenosina (6, 12, 12), Betabloqueador, Amiodarona. Instável- cardioversão (analisar pulso carondeo ou femoral) (Taqui sinusal, FA, flu_er) b) Buscar aEvamente critérios de instabilidade x estabilidade; Dor torácica anginosa Dispneia Diminuição da PA Diminuição da consciência c) Sequência de tratamento recomendado para paciente estável; Taq. Ventricular Estável: Cardioversão química com Amiodarona IV. Na praHca, trataria como instável: Cardioversão elétrica. PA baixa: Noradrenalina antes da cardioversão. Manutenção do ritmo: Amiodarona. Taq. Ventricular Refratária: Amiodarona, Lidocaína. Flu_er e FA: AnEcoagulação, Betabloqueador. <48h: Cardioversão elétrica ou Amiodarona. >48h: Ecocardiograma transesofágico, descartar trombos, então cardioversão. Manutenção do ritmo: Amiodarona. Taq. Supraventricular de QRS estreito: Manobra vagal (máx. 1 min), Adenosina 6 mg em bolus periférico (6, 12, 12), Betabloqueador. d) Indicar e preparar cardioversão elétrica sincronizada para pacientes instáveis Taq. Ventricular Instável: Cardioversão elétrica sincronizada. PA baixa: Noradrenalina antes. Flu_er e FA: AnHcoagulação, Betabloqueador. <48h: Cardioversão elétrica ou Amiodarona. >48h: Cardioversão elétrica sincronizada. FluTer 50J, FA 120J. Sinais de instabilidade (4Ds). Taq. Supraventricular de QRS estreito: Cardioversão elétrica sincronizada a parHr de 100J. Sem resposta: Aumentar carga, no máximo 3 vezes. e) Reconhecer casos em que a anEcoagulação se faz necessária. C: Insuficiência cardíaca (1 ponto). H: Hipertensão (1 ponto). A2: Idade ≥ 75 anos (2 pontos). D: Diabetes mellitus (1 ponto). S2: AIT ou AVC prévio (2 pontos). V: Doença vascular (IAM prévio, doença arterial periférica ou placa aórHca) (1 ponto). A: Idade (65 a 74 anos) (1 ponto). SC: Sexo feminino (1 ponto). Mulheres a parHr 2 pontos: Pode ser realizada a anHcoagulação. Mulheres a parHr de 3 pontos: Deve ser feita a anHcoagulação. Homens a parHr de 3 pontos: Faz-se anHcoagulação. BRADIARRITMIAS a) IdenEficar o ritmo como uma bradiarritmia ao monitor mulEparamétrico; FC < 60 bmp b) Buscar aEvamente critérios de instabilidade x estabilidade; Dor torácica anginosa Dispneia Diminuição da PA Diminuição da consciência c) Direcionar a abordagem de suporte do paciente estável; Observar e monitorar d) InsEtuir sequência de tratamento recomendado para paciente instável 1o: Atropina 0,5mg até 6x, intervalo de 3 min entre as doses 2o: Marcapasso transcutâneo: sedar o paciente, corrente de 30 A até 50 A 3o: Considerar Marcapasso transvenoso provisório, colocar na jugular interna direita ou subclávia esquerda e) Indicar o uso de marcapasso transvenoso no paciente instável refratário. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL a) Reconhecer indicações de IOT; Proteger via aérea G < 8 PCR parada cardiorespiratória Eleição centro cirúrgico, antecipar piora (queimados) Suporte venHlatório (Hipoxemia, Hipercapnia, IRA) b) InsEtuir medidas de venElação pré-procedimento 3-5 minutos com O2 a 100% sob uso de máscara. c) Caso de falha da IOT A intubação deve ocorrer no máximo em 60 segundos, mais que isso é considerado falha. Ao intubar conferir técnica através: Ausculta, RX de tórax (3- 4 cm carina), Labio (n 18-24), POCUS (capnografo). Se não conseguir, usar mascara para venHlar: Máscara laríngea 24-48h, bouquie, videolaringoscopia, traqueostomia, cricoHreotomia d) Indicar a finalidade de possíveis drogas uElizadas para o procedimento Pré medicação: Fentanil, Lidocaína. Indutor: Etomidato 0,3mg/kg, Midazolam. Bloqueador neuromuscular: Succinilcolina 1,5mg/kg. e) Posicionar adequadamente os instrumentos de acordo com o referencial anatômico. Cabeça do paciente: Na cintura do médico, coxim occiptal, horizontal orelha esterno.
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