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FIS 374 – 1.2021. Profa Sandra Nakamatsu Experimento 1. Pêndulo Simples Introdução O pêndulo simples é um sistema mecânico ideal constituído de uma partícula de massa m suspensa por um fio inextensível e sem massa de comprimento L, conforme mostrado na Figura 1. Quando o pêndulo está em repouso (Figura 1a), as duas forças que agem sobre a partícula, o seu peso (mg) e a tensão aplicada pelo fio (), se equilibram. Porém, se o pêndulo for afastado de sua posição de equilíbrio (Figura 1b), de modo que a direção do fio faça um ângulo θ com a vertical, o componente do peso perpendicular ao fio, de intensidade P⊥ = mgsenθ, agirá no sentido de restaurar o equilíbrio, fazendo o pêndulo oscilar, sob a ação da gravidade. Figura 1. Pêndulo Simples (a) em repouso; (b) em pequenas oscilações. Todo movimento oscilatório é caracterizado por um período T, que é o tempo necessário para se executar uma oscilação completa. Para pequenas amplitudes de oscilação, tais que senθ ≈ θ (θ < 5), o período de oscilação do pêndulo simples não depende do ângulo θ, e é dado pela equação: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 , (1) FIS 374 – 1.2021. Profa Sandra Nakamatsu onde g é a aceleração da gravidade. Esse resultado é facilmente obtido através da análise da equação de MHS (Movimento harmônico Simples) que o pêndulo simples realiza. Elevando ao quadrado os dois lados desta equação, obtemos a seguinte expressão: 𝑇2 = 4𝜋2 𝐿 𝑔 (2) O pêndulo simples é um sistema mecânico caracterizado pelo seu período T, e este, por sua vez, depende apenas dos parâmetros L e g, para pequenas oscilações. Além disso, outro fator que pode afetar o período do pêndulo é a amplitude (A) de sua oscilação. Esse último fator determina a condição inicial imposta à dinâmica do sistema mecânico, não sendo uma de suas características intrínsecas. Parte Experimental Objetivo Encontrar o valor da aceleração da gravidade, g, local. Procedimento Experimental Pesquisando mais sobre pêndulo simples, isto é, entendendo o modelo na qual a teoria foi escrita, monte um pêndulo simples na sua casa. (a) Faça uma lista dos materiais utilizados, (b) obtenha imagens do pêndulo simples montado, com destaque para os pontos onde o fio está preso ao corpo e do ponto de apoio (local onde o fio está amarrado), coloque tudo no mesmo arquivo e envie para o professor. Resumindo: no arquivo deverá ter as respostas de (a) e (b) mais três imagens, no mínimo: pêndulo montado e pendurado, detalhe do fio com a massa, detalhe do fio com o ponto de apoio. Enviar (a) e (b) dentro do prazo de uma semana. Após o professor autorizar continue os próximos passos. (c) Meça o comprimento do fio, L, e marque na Tabela 1 (em anexo). FIS 374 – 1.2021. Profa Sandra Nakamatsu (d) Desloque a massa suspensa pelo fio, como indicado na Figura 1b. Em seguida solte a massa suspensa fazendo o pêndulo oscilar. Meça o tempo gasto para que o mesmo efetue 10 oscilações. Repita essa medida mais duas vezes. (e) Refaça os passos (c) e (d) para mais 4 comprimentos diferentes, L, do fio e acabe de preencher as colunas de L e t da Tabela 1. (f) Por que pede-se para medir o tempo de 10 oscilações para depois obter o período ao invés de medir diretamente o tempo gasto em uma única oscilação? (g) Quais são os cuidados que você deve tomar para que o seu experimento se aproxime o máximo possível do modelo teórico de pêndulo simples? Cálculos e gráficos Parte I (h) Calcule a média, 𝑡̅, para cada comprimento do pêndulo. (i) Termine de completar a Tabela 1 calculando os valores de �̅� = �̅� 10 , do desvio padrão da média do período, 𝜎T , e de T2. (j) Utilizando a equação (1) calcule a aceleração da gravidade local média, 𝑔, em metros por segundo ao quadrado (m/s2) para cada comprimento do pêndulo. Determine o desvio padrão propagado do g experimental. Expresse o resultado final como 𝑔 = (𝑔 ± 𝜎𝑔)𝑚/𝑠 2. O comprimento do pêndulo influencia no valor da aceleração da gravidade? (k) O resultado mudaria se o experimento fosse realizado em outra localidade da Terra? Parte II (l) Construa um gráfico de T2 em função de L e determine o valor de g, através do coeficiente angular do mesmo. Observação: Como foi visto anteriormente, da equação (2) tem-se: 𝑇2 = 4𝜋2 𝐿 𝑔 que se pode identificar com uma equação da reta (y = a.x + b), onde y = T2 (ordenadas - eixo vertical) b = 0 (coeficiente linear da reta) a = 42/g (coeficiente angular da reta) x = L (elongação - abscissas, eixo horizontal) FIS 374 – 1.2021. Profa Sandra Nakamatsu Assim, obtendo o coeficiente angular da reta, graficamente, como: 𝑎 = ∆𝑇2 ∆𝐿 e sabendo-se que 𝑎 = 4𝜋2/𝑔, então, encontrado o valor de a pode-se encontrar g. (l) Preencha a Tabela 2 com os resultados dos cálculos da Parte I e II. Entregar, ao final, as respostas das perguntas digitadas em vermelho, as Tabelas 1 e 2 e o gráfico de T2 x L. Compare os resultados obtidos apenas na parte I, depois compare os resultados obtidos na parte I com a parte II. Escreva uma pequena conclusão sobre os seus resultados e se o seu experimento atingiu o objetivo proposto. (Coloque tudo no mesmo arquivo.)