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AULA 1 FDUL Psiquiatria Forense 15.03.2022

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Introdução à Psiquiatria Forense
A perícia em Psiquiatria Forense: 
conceitos e procedimentos 
Disciplina Extra-curricular
Psiquiatria Forense e Medicina Legal
15/03/2022
A Realidade da Psiquiatria Forense
A Expectativa
A Realidade
Pequena Nota Histórica
Pequena Nota Histórica
Oscilações
Defesa e cuidado 
do Sujeito 
Indivual
Protecção da 
Sociedade
Psiquiatria
Lei
Renascimento Medicina mais determinista e causalista
Ouvir mais a Opinião Médica
Luta dos Médicos contra as superstições
Iluminismo Maior interesse na compreensão dos 
criminosos e psicologia dos desviantes
Pequena Nota Histórica
Problema inicial
Convencer os tribunais da doença mental na ausência de
– Deterioração intelectual evidente
– Alterações do comportamento
Progresso da psiquiatria è Maior frequência
Tradicionalmente Só era reconhecida a loucura completa
Declaração da 
Irresponsabilidade Excepcional
Pequena Nota Histórica
A Psiquiatria
Lei 27/03/1890 ACF
Atribuição ao “louco” do estatuto de doente
Verda
deira 
Revolu
ção
Lei 
30/06/1938 “Lei sobre os alienados”
Dimensão assistencial
Dimensão de Protecção
Pequena Nota Histórica
“Crimes sem 
mo*vo”
Crimes incoerentes
Crimes ininteligíveis
Reserva e 
suspeição
Pequena Nota Histórica
Psiquiatria Forense
Psiquiatria Forense
Etimologia:
• Psiquiatria: Deriva do Grego psykhè (alma) e íatros (médico) à Médico da 
alma
• Forense: Deriva da palavra latina forum, Praça pública, na antiga Roma 
(foro). Local destinando à discussão pública.
O que é a Psiquiatria
Ramo da Medicina: DiagnósMco/Tratamento/Prevenção
Especialidade médica
Formação Específica – Portaria 340/2016
Psiquiatria Forense
O que é a Psiquiatria Forense
subespecialidade da psiquiatria na qual a proficiência clínica e 
cien6fica é aplicada a temas e contextos legais, envolvendo 
assuntos criminais, civis, correcionais e legisla=vos
ajudar os doentes mentais com problemas legais a navegar (...) 
por 3 sistemas sociais: saúde mental, justiça e contextos 
correcionais
é a ciência auxiliar do direito”
ObjecAvos
=
L E G A I S
Psiquiatria Forense
14/11/2018: Definição de subespecialista em psiquiatria forense e Critérios para
admissão de candidatura à subespecialidade
09/01/2015: Criação da Subespecialidade de Psiquiatria Forense. 
Comissão instaladora
Admissão por consenso
1 Inscrição no Colégio de Psiquiatria 
E
2
Atividade Pericial em Psiquiatria Forense
(excluindo avaliação de dano)
E 
3
Formação Teórico-Prática em Psiquiatria Forense 
(recebida)
E UMA DAS SEGUINTES
4
Atividade Pericial
(na avaliação de dano)
OU
5
Atividade Clínica Assistencial 
em Estabelecimento Não Prisional para cumprimento de 
Medida de Segurança
OU
6
Atividade Clínica Assistencial 
em Estabelecimento Prisional (Internamento ou Ambulatório)
OU
7 Realização de Projeto de Investigação em Psiquiatria Forense
O valor probatório da prova perícial
O valor probatório da prova pericial - Civil
A força probatória é diferente de acordo com a jurisdição
Necessidade de Esclarecimento de uma dúvida
A quem detém conhecimentos específicos
Solicitação de uma prova pericial
Direito Civil
• Livremente fixada pelo juiz
• CPC art. 607º nº5
• CPC art. 489º
• CC art. 389º
“as respostas dos peritos não vinculam o tribunal, que 
deve decidir a matéria de facto fundado na sua própria 
convicção. Esta regra é absoluta: aplica-se tanto à 
percepção como à apreciação dos factos, não havendo 
que distinguir portanto, entre a verificação dos factos 
materiais feita pelos peritos e as conclusões que, com 
base nela, sejam levados a formular” 
O valor probatório da prova pericial - Civil
Direito Civil
Princípio de “judicialização”
O juiz é o “perito dos peritos”
Livre 
Aprec
iação Julgador pode discordar da 
Perícia
Pode decidir em sentido 
contrário ao do relatório pericial
Mesmo que não tenha conhecimentos 
Técnicos e científicos sobre a situação
O valor probatório da prova pericial - Penal
Direito Penal
• CPP art. 163º: “Subtraída à livre apreciação do julgador”
MAS
Pode não aceitar as conclusões do relatório pericial 
• Se, e só se, possuir conhecimentos técnicos próprios 
adequados ao caso concreto e fundamente:
• técnica, 
• cientifica 
• ou artisticamente
Atendendo à matéria
O valor probatório da prova pericial - Penal
Acórdão TRP
“o julgador está amarrado ao juízo pericial, sendo que
sempre que dele divergir deve fundamentar esse
afastamento exigindo-se um acrescido dever de
fundamentação”
Rosa Vieira 
Neves
a prova pericial estar legalmente subtraída à livre
apreciação do julgador é uma presunção júris tantum, que
pode ser afastada mediante prova em contrario de acordo
com razões válidas, técnicas e cien6ficas apresentadas pelo
julgador
Paulo Pinto de 
Albuquerque
o juiz mantém a sua faculdade de livremente apreciar o 
depoimento do perito quando tenha razões para acreditar 
que este não possui conhecimentos especializados sobre a 
matéria objecto de perícia, bem como nas situações em 
que acredita que o relatório do perito contém erros 
técnicos susceptíveis de induzir em erro quem sobre eles 
decide
O valor probatório da prova pericial - Penal
Direito Penal
Submissão do direito à Ciência
Na prá*ca
Juíz carece de conhecimentos técnicos
A prova pericial: Objecto, conteúdo, 
finalidade e alcance do conceito
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
Prova Pericial
(Prova por 
Arbitramento)
“A prova pericial tem por fim a percepção ou apreciação 
de factos por meio de peritos, quando sejam necessários 
conhecimentos especiais que os julgadores não 
possuem, ou quando os factos, relativos a pessoas, não 
devam ser objecto de inspecção judicial.”
Francisco Côrte-
Real
“a prova pericial não é mais do que a tradução para o tribunal, 
qualitativa ou quantitativa, do que só o perito tem 
conhecimento”
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
João Henriques 
Gomes de Sousa
meras opiniões, conselhos e recomendações não podem servir 
de base a uma decisão judicial, (...) quando quem as profere 
não possui os conhecimentos ou experiência adequada
O que pode ser
Uma prova 
pericial?
Opiniões = Perícias
Aceitável?
Art 388º do CC: “A prova pericial tem por fim a percepção ou 
apreciação de factos por meio de peritos, quando sejam 
necessários conhecimentos especiais que os julgadores não 
possuem, ou quando os factos, relativos a pessoas, não devam 
ser objecto de inspecção judicial.”
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
E na ausência de 
fundamentação 
das conclusões ?? “nem sequer temos perícias ou pareceres. Temos 
as conclusões apenas (...) temos opiniões
João Henriques 
Gomes de Sousa
Assim compete 
ao perito
Colheita factos 
relevantes
Posterior 
apreciação
Emitir juízos técnico-
científicos capazes de 
auxiliar na decisão
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
Requerimento
Indicação do objecto OU
CPC art. 475º è enunciar os quesitos
Rejeição
Objecto de Perícia é 
Limitado
Pela causa de pedir
Pelo requerimento
Resposta e conclusões apenas aos questionado
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
Ainda em relação 
ao objecto
CPC art. 477º
(juiz)
Qual o objecto
Pode ser proposto o alargamento 
do objecto
A Realidade
– Não objectivada
– Não exigida
Não é possível realizar 
perícia em abstracto
sem objecto
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
Perícia Análise pelo juiz
Conclusões devem ser 
apreciadas pelos 
intervenientes no 
processo judicial
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
Exclusiva competência do perito Leges artis
Não pode existir imposição
A interferência è enviesamento è afecta a validade
“Navegação”/orientação efectuada pelo:
- objecto
- quesitos
CPC 476º e 477º
CPP 154º
A prova pericial: Objecto, conteúdo, finalidade e 
alcance do conceito
Acessoa 
informação
fundamental
CPP, art. 156º, n.º 3
Lei 45/2004, art. 3º, n.º2
Lei 45/2004, art. 10º, n.º2
Organização e fluxo procedimental da 
actividade pericial psiquiátrica
Organização e fluxo procedimental da acLvidade
pericial psiquiátrica
Lei 45/2005 Regime jurídico das perícias médico-legais e forenses
DL 166/2012 
31/07
Lei Orgânica do INMLCF
Artigo 3.º - Missão e atribuições;
- nº1: “INMLCF, I. P., tem por missão assegurar a prestação de serviços periciais médico-
legais e forenses, a coordenação científica da atividade no âmbito da medicina legal e de outras 
ciências forenses, bem como a promoção da formação e da investigação neste domínio, 
superintendendo e orientando a atividade dos serviços médico-legais e dos profissionais contratados 
para o exercício de funções periciais. “
- nº2, al. b) “Cooperar com os tribunais e demais serviços e entidades que intervêm no 
sistema de administração da justiça, realizando os exames e as perícias médico-legais e forenses que 
lhe forem solicitados, nos termos da lei, bem como prestar-lhes apoio técnico e laboratorial 
especializado, no âmbito das suas atribuições;”
Organização e fluxo procedimental da acLvidade
pericial psiquiátrica
P.e. art. 159º, nº4
• Impossibilidade material
• Incompetência técnica
CPP artº 159º, nº4: “As perícias médico-legais e forenses solicitadas ao InsQtuto em que se
verifique a necessidade de formação médica especializada noutros domínios e que não
possam ser realizadas pelas delegações do InsQtuto ou pelos gabinetes médico-legais, por aí
não exisQrem peritos com a formação requerida ou condições materiais para a sua
realização, podem ser efectuadas, por indicação do InsQtuto, por serviço universitário ou de
saúde público ou privado
Distribuição?
Organização e fluxo procedimental da actividade
pericial psiquiátrica
Perícias Médico-Legais
Psiquiátricas
Psicológicas
Lei 45/2005 artº 24º, nº2: “sempre que a delegação não disponha de especialistas nestas
áreas em número suficiente para assegurar a resposta às solicitações, pode deferir os exames
e perícias a serviços especializados do Serviço Nacional de Saúde.”
Lei 45/2005 artº 2º, nº2: “Excepcionalmente, perante manifesta impossibilidade dos serviços, 
as perícias referidas no número anterior poderão ser realizadas por enQdades terceiras, 
públicas ou privadas, contratadas ou indicadas para o efeito pelo InsQtuto.”
Para o direito
O que é uma actividade pericial
Para o direito
O que é uma actividade pericial
Regras técnicas Regras jurídicas
Dizem o que existe
Dizem o que fazer perante uma situação para atingir um
fim (para ter X, fazer Y)
Conjunto de dados de natureza técnica
Dizem o que se deve fazer e que se deve agir de
determinada maneira (faz Y)
Imperativo incondicional
... ArMculação ...
Juridificação das normas 
técnicas
Juridificação de 
normas técnicas que 
passam a ser normas 
jurídicas
Remissão 
para normas 
técnicas
Para o direito
O que é uma actividade pericial
Acdvidade Privada
Actividade Pública
Perícia = Acdvidade técnica
Acto médico Qualidade jurídica
Médico
Funções privadas
Funções Públicas
Exercício
MAS Perícia
É sempre uma função pública
Para o direito
O que é uma actividade pericial
Código Deontológico OM
Regulamento 707/2016O Médico Perito - Art 100º e seguintes 
Art 100º- O médico perito deve submeter-se aos preceitos deontológicos, não podendo aceitar que sejam 
postos em causa esses preceitos. 
Art 101º- Independência do médico perito- deve manter total independência face à en?dade que o ?ver 
mandatado, bem como das pessoas que es?ver a examinar, recusando-se a examinar qualquer pessoa com 
quem tenha relações susceDveis de influenciar na liberdade dos seus juízos. Tem o dever de se recusar! 
Art 102º- Incompa6bilidades do médico perito- as funções de médico assistente e médico perito são
incompaDveis, não devendo ser exercidas pela mesma pessoa. 
Art 103º- Limites de Atuação- A atuação do médico perito deve circunscrever-se à a?vidade pericial, que não é
uma a?vidade clínica. Se o perito encontrar na sua atuação erro ou sintoma que não tenha sido ?do em 
consideração pelo médico assistente, deve comunica-lo ao médico assistente. 
Art 104º- Deveres do Médico Perito- O examinando da perícia deve ser informado das funções do perito e da 
sua obrigação de comunicar à en?dade mandante os resultados. 
Para o direito
O que é uma actividade pericial
Art 105º- Exames a realizar pelo perito médico- o médico perito deve usar sempre só os meios complementares 
de diagnós6co estritamente necessários à sua função e não prejudiciais ao examinando, abstendo-se de realizar a 
perícia sempre que este se recuse a ser examinado. 
A vontade do examinando é primordial! Não pode ser obrigado a ser examinado. Não pode ser exercida coação
sobre a pessoa, nem usar métodos que lhe re6rem a capacidade de decidir, como fica explícito no número
seguinte
105o-2- Não pode usar métodos ou substâncias farmacodinâmicas que tenham como efeito privar o examinando 
da faculdade da livre determinação. 
105o-3- O relatório final não deve conter elementos alheios às questões postas pela en6dade requerente. 
Art 106º- Perícias Colegiais 
1. A perícia pode ser realizada por mais que um médico
2. O médico, em perícias colegiais que integrem não médicos, deve assegurar clara separação de funções e 
assegurar os princípios da é6ca médica , restringindo o acesso de elementos clínicos e outros sujeitos a segredo 
médico apenas a médicos. 
3. Caso não seja possível assegurar essa separação, os médicos devem recusar-se a integrar estas perícias, exceto 
se houver disposição expressa na lei que o imponha, ou se for dada ordem nesse sen6do por autoridade 
competente para esse efeito, 
prévia à perícia. 
4. As circunstâncias que levarem à par6lha de elementos sujeitos a segredo médico com não médicos, devem 
constar no relatório final da perícia. 
5. Divergências dos membros da perícia colegial devem ficar registadas no relatório final da perícia. 
Qual o Valor Jurídico do resultado da perícia
e da sua fundamentação
Se 1 única 
consequência 
possível
Não há margem de manobra
Uma paleta de hipóteses
Actuação
Vinculada
Se Poder 
Discricionário
Legitimidade
Perante a lei à 
Discricionariedade
Então se existe discricionariedade, quer dizer que a decisão arbitrária do órgão
competente é que define a solução legal?
Não
Qual o Valor Jurídico do resultado da perícia
e da sua fundamentação
Discricionariedade
Não é a possibilidade de escolha de uma hipótese
É a escolha da melhor solução para o interesse público
Existe perante procedimento com forte componente técnico 
Discricionariedade 
Técnica MAS
Erro Manifesto 
de Apreciação
Dever de 
Fundamentação
CPA: art. 152º
A produção do relatório pericial
A produção do relatório pericial
Perícia Médico Legal
Relatório
Recolha sistemáMca
Avaliação Clínica completa
Interpretação dos dados
Integração com o objecto / quesitos
Comunicação em linguagem adequada
A produção do relatório pericial
Relatório
É a materialização do trabalho
Deve reflectir o trabalho todo e não o 
alegado
É uma janela da ciência psiquiátrica
A produção do relatório pericial
Não há Fórmula perfeita
Materializa a prestação do serviço
Deve comunicar numa linguagem perceptível
Deve esclarecer as dúvidas
Não é medido aos palmos?! ...
A produção do relatório pericial
A produção do relatório pericial
A produção do relatório pericial
A produção do relatório pericial
A produção do relatório pericial
- Opiniões técnicas sem fundamentação clínica suficiente
- Objecto e quesitos ausentes ou insuficientemente apresentados
- Organização deficiente
- Existência de informação ou opinião técnica irrelevante
- Não consideração de hipóteses alternativas na discussão quando a informação o permitia
- Ausência de elementos informativos considerados relevantes
- Mistura de informação e opinião na mesma secção
- Confiança excessiva numa única fonte de informação
- Problemasna linguagem (e.g., uso de jargão, comentários fortuitos)
- Uso inapropriado de testes
As perícias Médico-legais psiquiátricas 
nas diversas áreas do Direito
As perícias no âmbito do Direito Penal
Direito 
Penal
Inimputabilidade
(Art.º 159º do C.P.P.)
Personalidade
(Art.º 160º e 160º-A do C.P.P.)
Toxicodependência
(D.L. 15/93, art.º 52 - Lei n.º 77/2014, 11/11)
Testemunho e menores
(Art.º 131º do C.P.P.)
Dano em direito penal
(Art.º 143-144º do C.P.)
As perícias no âmbito do Direito Civil
Direito 
Civil
Interdições
(Art.º 138º do C.C.)
Inabilitações
(Art.º 152º do C.C.)
Av. Capacidade Testamentária
(Art.º 2188-2191º do C.C.)
Av. Dano 
(Art.º 562-564º do C.C.)
R. M. A
Lei 49/2018
As perícias no âmbito do Direito do Trabalho
Direito 
Trabalho
Reparação do Dano
(Art.º 328º do C.T.)
Regime Especial de Trabalho
Estatuto Disciplinar dos Funcionários 
e Agentes – Medidas Disciplinares
Reforma por Incapacidade
Regulamento de Disciplina Militar
– Medidas Disciplinares
As perícias no âmbito do Direito de Famíia e Menores
Direito 
Família e 
Menores
Processo de Regulação do 
Exercício da 
Responsabilidade Parental
Processo de Promoção e 
Proteção
Processo de Adopção
O que o perito pode e não pode 
responder
O que o perito pode e não pode responder
Sistema médico Sistema jurídico
A dicotomia solicitada não é o 
raciocínio clínico habitual
O que o perito pode e não pode responder
Respo
stas
Não deve
Deve
Responder a questões fora dos limites técnico-cienjficos
Opinar
Fundamentar lógica e empiricamente
Obrigação da função de perito
e da submissão à perícia
Obrigação da função de perito e da submissão à perícia
A questão da 
“Obrigatoriedade”
“Ninguém pode eximir-se a ser submeQdo a qualquer exame médico-legal 
quando este se mostrar necessário ao inquérito ou à instrução de qualquer 
processo e desde que ordenado pela autoridade judiciária competente, nos 
termos“
Lei 45/2004
Art. 6º, n.º 1
A Realidade
Não é plausível avaliar sem colaboração
Em caso 
de recusa
Informar autoridade requisitante
Se possível parecer documental
Do Examinando
Obrigação da função de perito e da submissão à perícia
A questão da 
“Obrigatoriedade” Do Perito
“O perito é obrigado a desempenhar a função para que Qver sido 
competentemente nomeado, sem prejuízo do disposto no arQgo 47.º e no 
número seguinte.”
CPP
Art. 153º, n.º 1
Excepções
CPP
Art. 47º
CPC
Art. 470º, nº 1
aplicável aos peritos o regime de 
impedimentos e suspeições que vigora 
para os juízes com as necessárias 
adaptações
C. Deontológico
Art. 102º, nº 1
Incompatibilidades
Sugestões para Baralhar os peritos
Sugestões para baralhar os peritos
• Leve o psiquiatra / psicólogo a admitir que a
sua ciência não é exacta.
• Leve a admitir que geralmente um única
observação é inferior a uma série de
observações, e que os peritos por vezes
mudam de opinião no decurso de várias
observações sobre um doente.
• Tenha em conta que a maior parte dos
dados do psiquiatra provêm da entrevista
com o arguido, e nem sempre o afirmado
por este, corrobora com outras fontes
exteriores.
• Force o Perito a clarificar os termos
técnicos e a base da conclusão.
Sugestões para baralhar os peritos
Sugestões para baralhar os peritos (USA)
• Não tente convencer o perito que ele está
enganado, exponha antes, se as houver, as
fraquezas, os viezes ou a falta da
razoabilidade.
• Deixe o perito falar, elogie a eloquência,
reforce o orgulho, que assim ele poderá
entrar em dificuldades, ir longe demais e dar
opiniões pessoais, não científicas.
• Obtenha dos peritos muitas respostas de
"sim", pois isso dará a sensação que ele
concorda com os seus outros pontos de
vista.
• Se o psiquiatra usar as classificações
internacionais ( C.I.D. - 10 ou D.S.M. - 5 )
falar das múltiplas revisões e mudanças
com o tempo dos diagnósticos. Se o
psiquiatra não usar as classificações,
perguntar e insinuar que usa os seus
próprios diagnósticos.
Sugestões para baralhar os peritos
Sugestões para baralhar os peritos (USA)
• Perguntar se seria ou não preferível ter
o perito visto o arguido na altura do
crime. Se a resposta for “sim”,
confrontar com a possibilidade de erro.
• Se for “não”, confrontar com a
prepotência e o viez relativo à
certeza da doença que foi
diagnosticada já quando o paciente
estava melhorado.
Sugestões para baralhar os peritos
Sugestões para baralhar os peritos (USA) – Perguntas!!!!!
• Como psiquiatra o seu exame limitou-se a entrevistar
o doente e eventualmente a família, para fazer o
diagnóstico?
• Não é incomum mentir pois não Doutor?
Especialmente quando se ganha com isso.
• Como sabe que o examinado não lhe mentiu?.
• Já algum doente lhe mentiu? (se sim, questionar a
certeza, se não questionar a ingenuidade que nem soube
quando aconteceu).
• Há muitas correntes na psiquiatria / psicologia não
há!? E todas têm diferentes ideias sobre o que se passa
realmente na mente de uma pessoa, não é Doutor?
• É ou não verdade que vários clínicos, mesmo que
muito bons, podem chegar a conclusões e diagnósticos
diferentes com base nos mesmos dados?
Obrigado pela vossa atenção
Susana Pinto Almeida

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