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APG 01 HAS OBJETIVOS 1. Compreender funcionamento do sistema neuro-hormonal para a HA sistêmica 2. Pesquisar a propedêutica que possibilite o diagnóstico da Hipertensão Arterial Sistêmica 3. Entender os fatores de risco da HAS HSA: A pressão arterial (PA) é definida como a pressão que o sangue exerce sobre os vasos sanguíneos, podendo levar a complicações em órgãos-alvo como rins, cérebro, olho, coração, especialmente artérias, durante a sístole e diástole. Dentro desse contexto, alguns mecanismos estão envolvidos com o aumento da pressão arterial, como por exemplo, níveis elevados de colesterol, obesidade, diabetes e um aumento da resistência vascular periférica (RVP). Este estado é definido como hipertensão arterial sistêmica SISTEMA NEURO-HORMONAL: ● A manutenção dos níveis hormonais da pressão arterial é necessária para que ocorra a perfusão sanguínea necessária nos tecidos ● A hipertensão se manifesta quando ocorre uma disfunção dos mecanismos controladores da p.a, o que pode acarretar em falência do organismo ● O controle da p.a é feito por meio dos sistemas hormonais e neurais do corpo ● Neural: é feito por meio de referências do sistema nervoso autônomo, atuando sobre o coração e os vasos. ● No coração, modulam o débito cardíaco por meio do enchimento dos ventrículos e da atividade inotrópica e cronotrópica; nos vasos, atuam sobre a resistência periférica. ● Os principais mecanismos reflexos que atuam na regulação da pressão arterial são o barorreflexo, os reflexos cardiopulmonares, o quimiorreflexo e o reflexo renorrenal. ● O controle neural tem como função adequar as funções globais cardíacas, redistribuindo o fluxo sanguíneo e aumentando a velocidade de bombeamento , pode controlar rapidamente os níveis da p.a SNautonomo responsável pela parte do controle neural, tem velocidade ● Sna-simpático: faz a maior parte, inerva o coração, as artérias e as arteríolas. ● A inervação das pequenas artérias e arteríolas permite que a estimulação simpática aumente a resistência e reduza o fluxo de sangue para os tecidos. ● Nas veias, a estimulação simpática promove diminuição na complacência, o que leva à diminuição da capacidade de armazenamento de sangue, alterando assim, o volume de sangue do sistema circulatório periférico. ● No coração, o sistema simpático atua aumentando a frequência cardíaca e a força de contração ● O sistema nervoso parassimpático desempenha um pequeno papel na regulação da circulação. Seu efeito se caracteriza pela redução da frequência cardíaca e a contratibilidade do miocárdio através de fibras parassimpáticas levadas até o coração pelo nervo vago ● Reflexo barorreceptor: O reflexo barorreceptor é o mais conhecido dos mecanismos nervosos de controle da pressão arterial sendo o principal responsável pela regulação momento a momento da pressão arterial. ● Os barorreceptores são pressorreceptores do tipo terminações nervosas livres que se situam na adventícia, próximo à borda médio-adventicial de grandes vasos sistêmicos. ● Estes estão estrategicamente localizados na aorta e na bifurcação das carótidas, apesar de existirem também em todas as grandes artérias da região torácica e cervical ● Os barorreceptores aumentam a frequência de impulsos a cada sístole e diminuem novamente a cada diástole. ● Esses impulsos chegam de modo aferente em centros superiores localizados no bulbo. ● Em casos de aumento da pressão arterial, sinais secundários inibem o centro vasoconstritor bulbar e excitam o centro parassimpático vagal, resultando em vasodilatação das veias e arteríolas em todo o sistema circulatório periférico e diminuição da frequência cardíaca e da força de contração cardíaca, com o objetivo final de promover a diminuição reflexa da pressão nas artérias. ● Caso a pressão arterial diminua, os impulsos dos receptores diminuem frequência e, de modo paradoxal, a premissa contrária se desencadeia promovendo aumento na pressão arterial ● Quimiorreceptores: O reflexo quimiorreceptor atua da mesma maneira que o barorreflexo. ● Porém, este é estimulado por células sensíveis à falta de oxigênio e ao excesso de dióxido de carbono. ● Quando a pressão arterial cai, os receptores são estimulados pelo aumento de CO2 e diminuição de O2; os sinais transmitidos chegam até os centros vasomotores excitando-os, levando a efeitos semelhantes àqueles provocados pela ativação do barorreflexo. ● Hormonal: envolve, principalmente, o sistema renina-angiotensina. Os estudos sobre esses mecanismos de controle têm procurado elucidar os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na gênese e manutenção da hipertensão arterial, visando minimizar seus efeitos deletérios. ● SRAA: regula funções essenciais do organismo como a manutenção da p.a, balanço hídrico e dos níveis de sódio ● Atua contra a hipotensão causando contração arteriolar periférica e aumento na volemia por meio da retenção de sódio e água ● Rim libera a renina, que vai ativar a ECA (enzima conversora de angiotensina) que vai transformar a angiotensina I (a qual não tem poder de expressividade no organismo) em angiotensina II que consegue se ligar a receptores específicos e regulam as funções dos órgãos alvos ● Acaba por promover no corpo a liberação de aldosterona que vai aumentar os níveis hídricos no corpo e aumentando a diurese e a sede ● Está claro que à hiperatividade desse sistema, contribuiu expressivamente na fisiopatologia da hipertensão arterial e em outras patologias cardiovasculares. Os fármacos conhecidos como inibidores da ECA – o Dr Sergio Henrique Ferreira de Ribeirão Preto-SP foi pioneiro ao descrever o Fator Potencializador da Bradicinina, sendo assim, o precursor deste grupo de drogas – realizam bloqueio reversível da enzima conversora de angiotensina, reduzindo a formação de AII. Sabe-se que a AII é um potente peptídeo vasoconstritor e estimulante da secreção adrenal de aldosterona. ● O bloqueio da ECA promove, diretamente, um efeito hipotensor causado pela inibição dos efeitos vasoconstritores e estimulantes da secreção de aldosterona e, indiretamente, previnem doença isquêmica cardíaca, doença aterosclerótica, nefropatia diabética e hipertrofia ventricular esquerda. ● PROPEDÊUTICA HAS: ● A avaliação inicial do paciente com hipertensão inclui história clínica e exame físico para confirmar a elevação da pressão arterial e identificar os fatores de risco associados, alguma possível causa secundária e avaliar o risco cardiovascular. ● Cerca de 90% dos pacientes são assintomáticos. Alguns podem apresentar cefaléia e tontura, que nem sempre estão associados a HAS. É fundamental a pesquisa de lesão de órgãos alvo (LOA), como os rins, os vasos e o coração e pesquisa de causas secundárias da hipertensão arterial. ● ● Exames complementares: sumário de urina, potássio plasmático, creatina sérica, glicemia de jejum, colesterol total e frações, ácido úrico plasmático e eletrocardiograma ● FATORES DE RISCOS HAS ● Os principais fatores de risco para HAS são: ● Idade principalmente acima de 50 anos; ● Prevalência parecida entre ambos os sexos, sendo mais comum em homens até 50 anos, invertendo esta relação nas décadas subsequentes; ● Indivíduos não brancos; ● Excesso de peso; ● Sedentarismo; ● Ingesta aumentada de sal e álcool; ● Fatores socioeconômicos e genéticos
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