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Potencial de Ação Potencial de Ação no Cardiomiócito — rápido Introdução O miócito não apresenta automatismo, pois suas células são menos permeáveis aos íons de cálcio e sódio. Ao receber um potencial de ação, essa fibra sofre rápida despolarização. Repouso (Fase 4) Em repouso, a membrana plasmática da célula é mais permeável ao K+, pois há mais canais de potássio abertos. Assim, o potencial de repouso é determinado pelo potencial de equilíbrio de K+. O potencial de repouso dessa célula é de -80 a -90 mV. Despolarização rápida (Fase 0) O estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação. Os canais de Na+ são ativados e ocorre o feedback positivo (o aumento do estímulo), onde mais canais de sódio de abrem, elevando o potencial de membrana para um pico de cerca de +40 mV. Com a despolarização, os canais de Na+ mudam de conformação para inativados, nessa conformação, não são capazes de responder a outro estímulo. Repolarização parcial rápida (Fase 1) Rápida e curta despolarização causada pela abertura de um canal de K+, que é ativado pela despolarização. O canal inativa-se rapidamente, sem causar muitas alterações no potencial de membrana. Platô (Fase 2) É a estabilização do potencial de membrana. Nesta fase, há certa permeabilidade ao K+ que sai da célula. A despolarização abre canais de Ca+2, que permite o influxo de cálcio, mantendo o potencial de membrana positivo e provocando a contração muscular. O influxo de Ca+2 é limitado pelo fechamento gradual dos canais, quando a concentração de cálcio aumenta muito. O influxo de cálcio, além de manter o platô no potencial de membrana, participa do processo de contração miocárdica, liberando mais cálcio do retículo sarcoplasmático. Repolarização rápida (Fase 3) O término do potencial de ação depende da abertura de canais de K+, que se abrem de maneira lenta pela despolarização. Com a ativação desses canais e a inativação de canais iônicos responsáveis pela despolarização, o potencial de membrana volta para os níveis do repouso. Período Refratário Absoluto A fibra muscular não é capaz de responder a um novo potencial de ação. • Acontece entre a fase 0 e a fase 3. Período Refratário Relativo A fibra muscular só responde com potencial de ação a estímulos mais intensos. • Acontece entre a fase 3 e o início da fase 4. LARA MELO – ITPAC Palmas Potencial de ação no tecido de condução — lento Células marca-passo Introdução Os tecidos de condução do coração são células especializadas que tem capacidade de automatismo e condução. A excitação elétrica é ditada pelo nó sinusal, pois ele apresenta uma maior frequência de disparos que as demais células do sistema de condução. Caminho do potencial elétrico Caminho detalhado: O potencial de ação se distribui pelos átrios ao mesmo tempo que é conduzido para o nó atrioventricular (onde o potencial de ação é atrasado, devido a menor quantidade de junções GAP nessas células), e passa para as células do feixe de His, que se dividem nos ramos esquerdo e direito através do septo interventricular em direção ao ápice do coração, onde o potencial elétrico vai as fibras de Purkinje, que são ramificações que levam o potencial elétrico até os miócitos em si. 1. Nó sinoatrial. 2. Átrios e Nó atrioventricular. 3. Células do feixe de His. 1. Direito. 2. Esquerdo. 4. Septo Interventricular. 5. Fibras de Purkinje. 6. Miócitos. A automaticidade do sistema de condução Nó sinusal é responsável pela frequência de disparos do coração em uma situação fisiológica. As células do nó sinusal possuem maior permeabilidade aos íons Ca+2 e Na+, assim, seu potencial de membrana é pouco mais positivo, em torno de -55 a -60 mV. Os canais de sódio que permanecem abertos permitem um fluxo pequeno de sódio para o interior da célula, devido ao gradiente de concentração do sódio, que eleva o potencial de repouso da membrana gradativamente. Quando esse potencial de membrana atinge cerca de -40 mV, canais sódio-cálcio são ativados, gerando o potencial de ação. É o vazamento inerte dos íons do sódio para dentro da célula que faz com que exista o automatismo, pois esse aumento gradativo que leva ao potencial de ação. A despolarização pelos canais de sódio- cálcio ocorre de maneira mais lenta, de forma que a curva de despolarização se mostra mais inclinada. • Por isso que esse potencial é conhecido como potencial de ação de resposta lenta. Despolarização diastólica lenta (Fase 4) A repolarização da membrana ativa um canal iônico chamado de canal marca-passo, por LARA MELO – ITPAC Palmas onde flui uma corrente despolarizante de Na+ (principalmente). Ao atingir o limiar de excitabilidade, essa lenta despolarização dispara o potencial de ação nas células do Nó. Pelos canais funny. Despolarização rápida (Fase 0) A despolarização rápida é causada por um influxo rápido de Ca+2 abertos pela despolarização diastólica. Os canais se inativam, limitando a despolarização. Repolarização lenta (Fase 2) A despolarização causa a abertura de canais lentos de K+, produzindo uma polarização lenta. Repolarização rápida (Fase 3) A repolarização se acentua pelo efluxo de K+, até hiperpolarizar a célula. Comparação dos diferentes de tecidos Ao comparar a curva do nodo atrioventricular com a do nó sinusal, é percebido que o potencial de repouso ascendente no nó sinusal tem curva mais inclinada, ou seja, atinge mais rápido o limiar de despolarização. Isso explica porque o automatismo do coração tem sua frequência ditada pelo nó sinusal. Diferença nas fibras do modo sinusial e fibras ventriculares Contração cardíaca Adicionar actina e miosina. 1. Contração ventricular isovolumétrica. 2. Ejeção ventricular rápida. 3. Ejeção ventricular reduzida. 4. Relaxamento ventricular isovolumétrico. 5. Enchimento ventricular rápido. 6. Enchimento ventricular reduzido. 7. Sístole atrial. • 1, 2 e 3 correspondem a sístole (saída do sangue do coração) • 4, 5, 6 e 7 correspondem a diástole (enchimento das câmaras). Isovolumétrico só ocorre quando todas as valvas estão fechadas. 1. Contração ventricular isovolumétrica. Quando as duas alvas estão fechadas, a atrioventricular e a semilunar. Assim, não há refluxo de sangue. Por isso, a pressão aumenta e as valvas aórtica e pulmonar se abrem, ocorrendo a sístole. Contração ventricular com um volume pré- definido. Quando todas as valvas estão fechadas. 2. Ejeção ventricular rápida. Com o aumento da pressão, o sangue sai rapidamente dos ventrículos. 3. Ejeção ventricular reduzida. LARA MELO – ITPAC Palmas O sangue sendo escoado e a velocidade de ejeção diminui. Todas as valvas se fecham. 4. Relaxamento ventricular isovolumétrico. O ventrículo se relaxa e os átrios começam a se encher com sangue proveniente das veias. Ocorre o aumento da pressão atrial, uma vez que o sangue começa a se acumular. As valvas tricúspide e mitral se abrem e o sangue passa para os ventrículos. 5. Enchimento ventricular rápido. Os ventrículos se enchem de sangue de forma rápida (já que os átrios estavam cheios de sangue e havia pressão), porem passiva, porque não precisou ter uma contração atrial para que o sangue saísse do átrio ate o ventrículo, diferente do que ocorre na ejeção ventricular. 6. Enchimento ventricular reduzido. O sangue sai com menos pressão. Também chamado de diástase → passagem mais lenta do sangue passivo dos átrios para os ventrículos. 7. Sístole atrial. Ocorre o potencial de ação no no sinoatrial, que está o resto de sangue que sobra nos átrios, aumentando a pressão nos ventrículos. Neste ponto, as valvas estão abertas. Bulhas cardíacas • A primeira bulha corresponde a diástole ventricular. É o fechamento das valvas tricúspide emitral. • A segunda bulha corresponde a sístole ventricular. É o fechamento das valvas aórtica e tronco pulmonar. Eletrocardiograma Registro da atividade elétrica do coração. Onda P: despolarização atrial. Precede a sístole atrial. Complexo QRS: despolarização ventricular. Onda T: repolarização ventricular. LARA MELO – ITPAC Palmas Potencial de Ação no Cardiomiócito — rápido Introdução Repouso (Fase 4) Despolarização rápida (Fase 0) Repolarização parcial rápida (Fase 1) Platô (Fase 2) Repolarização rápida (Fase 3) Período Refratário Absoluto Período Refratário Relativo Potencial de ação no tecido de condução — lento Introdução Caminho do potencial elétrico A automaticidade do sistema de condução Despolarização diastólica lenta (Fase 4) Despolarização rápida (Fase 0) Repolarização lenta (Fase 2) Repolarização rápida (Fase 3) Comparação dos diferentes de tecidos Contração cardíaca Bulhas cardíacas Eletrocardiograma
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