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Quando fizemos as análises de flexão até o momento, trabalhamos com seções específicas, ou seja, já tínhamos uma seção definida para fazer o dimensionamento. Agora vamos nos aproximar mais das estruturas reais através da análise e do projeto. Em resumo, a partir de um carregamento faremos a determinação dos esforços e, após isso, vamos fazer o dimensionamento. O que são vigas e diagramas de força cortante e momento fletor PROJETOS DE VIGAS EM FLEXÃO RESUMO | RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Uma viga é um elemento estrutural alongado que é projetado para resistir a cargas aplicadas, transmitindo-as para os apoios ou suportes. Elas são geralmente projetadas para suportar momentos fletores, que causam uma curvatura na viga, e cisalhamento. O QUE SÃO VIGAS? As vigas podem ser classificadas de acordo com os vínculos. As estaticamente determinadas, que tem o número de reações de apoio igual ao número de equações de equilíbrio, e as estaticamente indeterminadas, que possuem mais reações de apoio do que equações. Para cada uma dessas vigas, teremos uma distribuição diferente dos esforços. DIAGRAMAS DE FORÇA CORTANTE E MOMENTO FLETOR Determinar os diagramas de força cortante e momento fletor (esforços solicitantes) são os pontos principais para conseguirmos analisar e projetar as vigas em flexão. Os diagramas de força cortante e momento fletor são representações gráficas que mostram as variações das forças cortantes e dos momentos fletores em uma viga ao longo de seu comprimento. Esses diagramas são essenciais porque fornecem informações importantes sobre as condições de carga e a resistência da viga. Os esforços solicitantes na flexão podem ser verificados fazendo o método das seções. Veja, no caso ao lado quando cortamos a viga em uma posição x, surge um esforço cortante para equilibrar o somatório das forças e o momento fletor que faz o equilíbrio dos momentos naquele ponto. Para fazermos o dimensionamento da viga, temos que encontrar onde está ocorrendo o esforço solicitante máximo. Então é necessário uma maneira de chegar na cortante e no momento máximo. Para isso usamos os diagramas de momentos fletores e forças cortantes. RELEMBRANDO: CONVENÇÃO DE SINAIS FORÇA CORTANTE MOMENTO FLETOR DIAGRAMA DE ESFORÇO CORTANTE: DEC Observe a partir de qual lado você está analisando a seção para não errar no diagrama e na análise! DIAGRAMA DE MOMENTO FLETOR: DMF O diagrama de momento fletor é desenhado no sentido da tração, por isso ele é invertido! RELAÇÕES ENTRE CARREGAMENTO, FORÇA CORTANTE E MOMENTO FLETOR; Veja ao lado a seção de uma viga após um corte. Definimos na posição x um esforço cortante Vx. Na seção infinitesimalmente ao lado, a direita, a cortante vale Vx+dX. Se não tivéssemos posse do diagrama, teríamos que ir verificando seção por seção ao longo de toda a viga para procurar os esforços máximos. Logo, o diagrama mostra todas as seções. Pelo somatório de esforços podemos concluir que o Vx é dado pela relação ao lado, assim como o Vx+dX. Em relação à isso sabemos que a diferença entre o Vx+dX e o Vx é a variação do esforço cortante, ou seja, dV. Subistituindo as equações, chegamos no 1° Teorema de Mohr ou 1° Teorema Fundamental da Flexão que nos diz que a inclinação do esforço cortante ao longo do comprimento é igual a -q, sendo q o valor do carregamento distibuído. Observe então que, se derivarmos a curva de força cortante em relação à posição x, encontramos o valor do carregamento q com sinal trocado. CARREGAMENTO E FORÇA CORTANTE CARREGAMENTO E MOMENTO FLETOR Fazendo a mesma analogia, para a mesma seção anterior. Definimos na posição x um momento fletor Mx. Na seção infinitesimalmente ao lado, a direita, o momento fletor vale Mx+dX. Pelo somatório de momentos encontramos a relação para Mx e para Mx+dX. Da mesma forma, fazendo a variação de momentos chegamos à uma relação de derivada. Onde a derivada do momento em relação à posição x de corte nos dá a força cortante. Esse resultado é o 2° Teorema de Mohr ou 2° Teorema Fundamental da Flexão. REFERÊNCIAS DE ESTUDO: BEER, F. P., JOHNSTON, E. R., DEWOLF, J. T. e MAZUREK, D. F. Mecânica dos Materiais. 5ª ed. Porto Alegre: McGrawHill, 2011. HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. 7ª ed. São Paulo: Pearson, 2009. Observe então que, se derivarmos a curva de momento fletor em relação à posição x, encontramos o valor da cortante. EM RESUMO: INTEGRA INTEGRA DERIVA DERIVA NÃO CONFUNDA! A flexão pura vai ocorrer quando tivermos um momento de forma que a cortante seja igual a zero. No caso das vigas teremos isso apenas quando tivermos só momento sendo aplicado, por exemplo vigas em balanço. Já a flexão simples é quando temos momento e cortante diferentes de zero.
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