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8 Marcelo Moraes • Denise Pinesso • Angela Rama ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA 8 MANUAL DO PROFESSOR COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA 8 MANUAL DO PROFESSOR 1a edição São Paulo ∙ 2022 MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes) Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP). Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular de ensino. DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso) Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino e como professora no Ensino Fundamental da rede pública. MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama) Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP). Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Formadora de professores. Atuou como professora no Ensino Fundamental e Médio das redes pública e particular e na Educação Superior. Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 8o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais) Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama, 2022. Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.), Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.), Carolina Machado Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Andréa Dellamagna (coord.), Sérgio Cândido Projeto de capa Andréa Dellamagna Imagem de capa RobertChlopas/EyeEm/Getty Images, Tuul & BrunoMorandi/Getty Images Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.) Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.) Diagramação Aparecida Pimentel Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Érica Brambila Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Sonia Vaz, Vespúcio Cartografia Iconografia Jonathan Santos Ilustrações Alex Argozino, Arthur França/Yancom, Erika Onodera, Getulio Delphim, Héctor Gómez, Ligia Duque, Luis Moura, Luiz Rubio, Manzi, Mariana Coan, Mathias Townsend, Nilson Cardoso, Paulo Cesar Pereira, Paulo Nilson, Rmatias, Sonia Vaz Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br Imagens de capa Folhas secas de chá preto. Mulher queniana e outros trabalhadores colhem folhas de chá em Kericho, Quênia. O país é o terceiro maior produtor de chá do mundo e o primeiro da África. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Paula, Marcelo Moraes Geografia espaço & interação : 8o ano : ensino fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022. Componente curricular: Geografia. ISBN 978-85-96-03537-8 (aluno) ISBN 978-85-96-03538-5 (professor) 1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso, Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela Gomez. III. Título. 22-114869 CDD-372.891 Índices para catálogo sistemático: 1. Geografia : Ensino fundamental 372.891 Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380 Cara professora e caro professor, Um livro didático de Geografia é muito mais que um con- junto de textos, fotografias, mapas, gráficos... Por meio dele abrem-se possibilidades de construção do conhecimento, su- peração do senso comum, oportunidades de olhar para o mundo de uma forma diferente, relacionar os lugares de vivências com muitos outros lugares, perceber-se como cidadão e como ser ativo na construção do espaço geográfico. Essas possibilidades são efetivadas e ampliadas com a sua mediação e o seu trabalho, pois você conhece cada um dos es- tudantes, a comunidade e a região onde a escola se localiza. Com este Manual do professor, esperamos contribuir para o planejamento e a preparação das suas aulas e também para sua formação contínua. Estaremos, assim, juntos nesta tra- jetória tão importante, que é a jornada pela educação. Bom trabalho! Os autores APRESENTAÇÃO CONHEÇA SEU MANUAL QUADRO DE CONTEÚDOS Conteúdos, competências e habilida- des, além de proposta de planejamento bimestral, trimestral e semestral. Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 8, os objetos de conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados. 8o ANO UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES 1. Conhecer o espaço mundial Temas Contemporâneos Transversais: • Educação Financeira • Educação Ambiental • Diversidade Cultural • Os continentes • Antártida • Região e regionalização • Regionalizações do espaço mundial • Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 • Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7 • Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 • Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE03 • Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09 • Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20 EF08GE21 1o B IM ES TR E 1o T R IM ES TR E 1o S EM ES TR E 2. Dinâmicas da população mundial Temas Contemporâneos Transversais: • Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso • Educação em Direitos Humanos • Vida Familiar e Social • Diversidade Cultural • População em números • Origem e dispersão dos grupos humanos • Distribuição espacial • Distribuição por idade • Fluxos populacionais • Indicadores sociais • Gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 9 e 10. • Ciências Humanas: 2, 3, 4, 5, 6 e 7 • Geografia: 1, 3, 4, 5, 6 e 7 • Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01 • Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE02 EF08GE03 EF08GE04 • Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE06 • Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE19 • Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20 3. América Temas Contemporâneos Transversais: • Diversidade Cultural • Educação em Direitos Humanos • Ciência e Tecnologia • Educação Ambiental • Dimensão, localização e regionalizações • Ocupação e colonização • Povos originários • Organismos de integração • Aspectos naturais • Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10 • Ciências Humanas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 • Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 • Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01 • Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE02 • Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05, EF08GE06 EF08GE12 • Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13 • Transformações do espaço na sociedade urbano-industrialna América Latina EF08GE15 • Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18 EF08GE19 • Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20 • Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina EF08GE22 EF08GE23 2o B IM ES TR E 2o T R IM ES TR E 4. América Anglo-Saxônica Temas Contemporâneos Trans- versais: • Processo de Envelhecimento. Respeito e Valorização do Idoso • Educação em Direitos Humanos • Direitos da Criança e do Adolescente • Educação Ambiental • Diversidade Cultural • Educação para a Valorização do Multiculturalismo nas Matrizes Históricas e Culturais Brasileiras • Canadá • Estados Unidos • Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10 • Ciências Humanas: 1, 2, 4, 5, 6 e 7 • Geografia: 3, 4, 5, 6 e 7 • Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais EF08GE01 • Diversidade e dinâmica da população mundial e local EF08GE03 EF08GE04 • Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05 EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09 EF08GE11 EF08GE12 • Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção EF08GE13 • Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África EF08GE18 EF08GE19 • Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África EF08GE20 QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME 6.1 LXV OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial • Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre, para compreender a origem e a distribui- ção atual das terras emersas na superfície terrestre. • Compreender o conceito de região e a existência de diversos critérios para regionalizar o espaço mundial, reconhecendo as diferenças entre variadas propostas. • Reconhecer que a região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, conside- rando os cuidados no seu uso. • Analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses dos países no continente, para compreender a importância ambiental do continente como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global. • Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões. • Conhecer as principais características do imperialismo para entender as mudanças ocorridas no espaço geográfico durante esse período. • Compreender os motivos que levaram Estados Unidos e União Soviética a se tornarem potências mundiais após a Segunda Guerra Mundial e como esse destaque geopolítico levou à Guerra Fria, identificando e com- preendendo as principais características e os desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais. • Conhecer as principais características da Nova Ordem Mundial (início dos anos 1990) para assim compre- ender os principais eventos da ordem multipolar no início do século XXI, tendo como polos centrais os Estados Unidos, a China, a União Europeia e a Rússia. • Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China no cená- rio internacional. • Analisar dados sobre o comércio entre Estados Unidos, China e Brasil, destacando as dinâmicas de trocas de produtos entre eles. • Compreender que a Terra pode ser representada cartograficamente de diferentes formas, de acordo com a projeção cartográfica adotada, compreendendo que a escolha da projeção adotada tem por objetivo destacar alguma característica dos territórios representados. UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial • Identificar as rotas de dispersão da população humana pelo planeta, a partir da origem na África, e com- preender que, hoje, a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre, para entender que essa distribuição é motivada por fatores naturais e históricos que influenciaram na ocupa- ção humana do planeta Terra. • Analisar, por meio de cartograma, tendências de crescimento populacional entre regiões e países, possibi- litando a interpretação de anamorfoses com informações sobre a população mundial. • Diferenciar conceitos de populoso e povoado para que seja possível identificar as áreas mais populosas e povoadas da Terra por meio de mapas. • Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários. • Identificar fatores que favorecem a existência na população mundial de jovens que nem trabalham e nem estu- dam ("nem-nem"), identificando a importância das políticas voltadas para o atendimento da população jovem. 6.2 LXVII • Identificar e analisar as causas de problemas sociais presentes no continente africano, reconhecendo a existência de desigualdades sociais. • Compreender as causas dos fluxos migratórios entre campo e cidade e os efeitos do crescimento urbano desordenado, para identificar os fatores que contribuem para os elevados índices de pobreza e fome no continente africano. • Compreender o conceito de segurança alimentar e a situação do continente africano, identificando fato- res que contribuem para a ocorrência da fome em muitos países, para conhecer iniciativas governamen- tais e de organizações não governamentais que promovem a melhoria da qualidade de vida das popula- ções mais vulneráveis e a importância dessas iniciativas. • Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras e eventos climáticos extremos, como as secas. • Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do conti- nente africano, para reconhecer a produção mineral na África e identificar os principais produtos, os des- tinos da produção e dos lucros e as implicações socioambientais. • Reconhecer a importância das atividades agropecuárias na produção do espaço geográfico africano, ana- lisando diferentes formas de produção e problemas ambientais a elas relacionados. • Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países africanos, países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China. • Conhecer os principais objetivos dos organismos de integração econômica na África e sua importância para a inserção do continente no cenário global. AVALIAÇÃO UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial 1. A atual distribuição e configuração das terras emersas do planeta Terra é resultado: a) do movimento das terras emersas devido aos agentes externos do planeta. b) da fragmentação das terras que originam todas as fronteiras de países. c) da fragmentação e do afastamento das terras a partir do movimento constante das placas tectônicas. d) do desprendimento do grande bloco de terras que dá origem à América. 2. Caracterize o clima e a vegetação da Antártida. 3. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida. Explique três determinações contidas nesse tratado. 4. A preservação das condições ambientais naturais da Antártida é fundamental para o clima de todo o pla- neta. Justifique essa afirmação. 5. O imperialismo, ocorrido no século XIX, também é conhecido como neocolonialismo. Por que ele recebe essa denominação? 6. Explique como se organizava a regionalização do espaço mundial no imperialismo. 7. Caracterize a chamada Nova Ordem Mundial (período pós-Guerra Fria) sob os aspectos geopolítico e econômico. 6.3 LXXI AVALIAÇÕES Nessa seção, apresentamos su- gestões de avaliações (simples e breves) que podem contribuir com o processo de análise dos estudan- tes para as práticas pedagógicas. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS Objetivos e justificativas de sua pertinência para cada unidade do volume. IV ORGANIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS As Orientações específicas são apresentadas junto à reprodução reduzida das páginas do Livro do estudante. Há sugestões para o desenvolvimentode conteúdos e ampliação, atividades complementares, textos de aprofundamento, sugestões de leitura, entre outros elementos. Para auxiliar no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e propor um melhor aproveitamento desta obra, sugerimos que as consultas a essas orientações sejam feitas constantemente, em um movimento integrado com as propostas do Livro do estudante. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Apresentam comentários, orientações e sugestões para o desenvolvimento dos conceitos e conteúdos, complementos de atividades e outras informações im- portantes para o encaminhamento do trabalho em sala de aula. AMPLIANDO HORIZONTES Sugestões de sites, livros, artigos, ví- deos, músicas e outros recursos para am- pliar o trabalho do professor. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Os temas que serão trabalha- dos nesta Unidade estão vol- tados para as diferenças entre continente e bloco continental, a identificação e o reconhecimento dos continentes que constituem a superfície terrestre, a regionali- zação do espaço mundial em di- ferentes épocas, bem como para a compreensão dos conceitos de Estado, nação, país e governo. Encaminhar a leitura coletiva do texto de abertura que trata das diversidades existentes no planeta Terra, assim como da possibilidade de agrupar países com características naturais, cul- turais, econômicas e sociais se- melhantes em regiões. Se julgar pertinente, comentar que há muitos países no mundo: 193 países são filiados à Organi- zação das Nações Unidas (ONU). No Comitê Olímpico Internacio- nal (COI), há 206 países-mem- bros, e na Federação Internacio- nal de Futebol (Fifa), 209 países. A seguir, solicitar aos estudantes que obser- vem atentamente o planisfério produzido a partir de imagens de satélite. Comentar que a divisão do mundo em continentes, conteúdo que será trabalhado nas páginas 14 e 15, é uma forma de regionalizar o espaço mundial. Utilizar as atividades 1 a 4 para explorar a aná- lise, a leitura do planisfério e os conhecimentos prévios dos estudantes sobre limites, territórios, país e representações cartográficas. Na atividade 1, espera-se que os estudantes comentem que os únicos “limites” que podem ser percebidos no planeta Terra, vistos de uma imagem de satélite, são aqueles entre os blocos continentais e os oceanos. Na atividade 2, os estudantes deverão respon- der que os limites entre os territórios dos países que aparecem em imagens são linhas imaginárias criadas pelos seres humanos, costumeiramente traçadas em mapas políticos e globos terrestres. Competências Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7 Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 Habilidades Geografia: • EF08GE03 • EF08GE05 • EF08GE07 • EF08GE08 • EF08GE09 • EF08GE14• EF08GE20 • EF08GE21 Arte: • EF69AR03 • EF69AR05 • EF69AR06 • EF69AR07 • EF69AR31 • EF69AR35 Ciências: • EF08CI16 História: • EF08HI06 Língua Portuguesa: • EF89LP01 • EF89LP03 BNCC NA UNIDADE • EF08GE05 Com foco em aplicar os conceitos de território e país e o conhecimento prévio sobre regionalizações do espaço geo- gráfico mundial. BNCC Abertura da Unidade 1 UNI- DADE No planeta Terra há grande di- versidade de países, povos, cul- turas e paisagens. Mesmo assim, é possível agrupá-los em regiões quando apresentam características semelhantes. Grande parte dessas regiões é definida com base nos contextos político e econômico pre- dominantes, em diferentes épocas. CONHECER O ESPAÇO MUNDIAL IN D IA N S U M M E R /S H U T T E R S T O C K .C O M Planisfério produzido com imagens de satélite. 12 12 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Esta dupla de páginas possi- bilita o trabalho interdisciplinar com Ciências por meio da ha- bilidade EF08CI16. Se for possí- vel, combinar com o professor desse componente curricular o momento mais apropriado para desenvolverem juntos o conteú- do proposto. Também é possível desenvolver o tema contemporâ- neo transversal Meio ambiente, com destaque para a Educação ambiental. Para isso, promover a leitura coletiva do texto que apresenta a importância da An- tártida para o meio ambiente global. Destacar a importância do continente nas reservas de água doce do planeta e explorar o excerto que exemplifica o pro- blema do derretimento de gelei- ras provocado pelo aquecimento global e a consequente elevação do nível dos oceanos. A seguir, chamar a atenção dos estudantes para o mapa e as imagens que mostram a locali- zação e as dimensões da geleira Thwaites. Se julgar conveniente, ler para eles o excerto proposto na seção Texto complemen- tar, que aborda outros problemas ambientais na Antártida: a poluição do oceano Glacial An- tártico e o “buraco” na camada de ozônio so- bre o continente. Encaminhar as atividades 1 a 3 que permitem sistematizar o conteúdo abordado. Na atividade 1, espera-se que os estudantes expliquem que, com o aquecimento das águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornando-a ainda mais instá- vel. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob a geleira se enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito mari- nho derrete, criando um círculo vicioso. Na atividade 2, entre as inúmeras conse- quências do aumento do nível do mar, desta- cam-se: inundações recorrentes da infraestru- tura urbana; desaparecimento das pequenas ilhas do Índico e do Pacífico e aumento do nú- mero de refugiados climáticos; salinização dos deltas dos rios; destruição de ecossistemas cos- teiros, entre outras. • Ao analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no con- texto geopolítico, sua relevância e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global, atende-se à habilidade EF08GE21. Competências • Gerais: 2, 4, 5, 7 e 10 • Ciências Humanas: 2, 3, 6 e 7 • Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 Interdisciplinaridade com... Ciências: • EF08CI16 Discutir iniciativas que contribuam para restabele- cer o equilíbrio ambiental a par- tir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana. BNCC Preservar a Antártida A Antártida é a principal reguladora do clima na Terra, pois contribui para a formação das massas de ar e das correntes marítimas. O continente também concentra 90% das reservas de água doce do planeta sob a forma de geleiras e icebergs. Portanto, as mudanças climáticas globais podem ter consequências desastrosas para o continente e para o planeta. Pesquisas demonstram que o derretimento do gelo das calotas polares pode elevar em 60 metros o nível das águas dos oceanos. Isso é o suficiente para cobrir muitas ilhas e cidades litorâneas de vários países. Leia um trecho do texto a seguir. Depois, analise o mapa e os infográficos na página 19. E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO. com CONEXÃO CIÊNCIAS A geleira Thwaites já responde por 4% da elevação do nível do mar no mundo a cada ano — um número enorme para uma única geleira — e os dados de satélite mostram que ela está derretendo cada vez mais rapidamente. Essa imensa massa de gelo concentra água suficiente para elevar o nível do mar em mais de meio metro. A Thwaites se localiza no chamado Manto de Gelo da Antártica Ocidental, uma vasta bacia de gelo que poderia aumentar o nível dos oceanos em três metros. [...] Ao contrário do leste, [A Antártida Ocidental] não está em uma alti- tude elevada. De fato, praticamente toda a sua superfície está muito abaixo do nível do mar. Se não fosse pelo gelo, seria um oceano profundo com algumas ilhas. [...] A razão pela qual os cientistas estão tão preocupados com a geleira Thwaites se deve ao declínio de seu leito submarino. [...] A Thwaites não desaparecerá da noite para o dia. Os cientistas dizem que isso levará décadas, possivelmente mais de um século. Mas não devemos nos tranquilizar com isso. ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’, ameaçada peloaquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 2 jun. 2022. 1. Espera-se que os estudantes expliquem que, com o aquecimento das águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornan- do-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob a geleira se enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito marinho derrete, criando um círculo vicioso. 18 18 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O trabalho com o movimento Black Lives Matter ou Vidas Negras Importam possibilita desenvolver o tema contempo- râneo transversal Cidadania e civismo, com destaque para a Educação em direitos huma- nos, e também a práticas de pesquisa como análise de mídias sociais, revisão bibliográfica, observação, tomada de notas e construção de relatórios (confe- rir tópico Práticas de pesquisa nas Orientações gerais deste Manual). Outro aspecto impor- tante do conteúdo desta dupla é a interdisciplinaridade com Língua Portuguesa ao aplicar a habilidade EF89LP03, com foco em analisar textos de opinião (comentários, posts de blog e de redes sociais, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeito- sa frente a fatos e opiniões rela- cionados a esses textos. Se pos- sível, convidar o professor desse componente curricular para desenvolverem jun- tos a temática proposta. Promover a leitura compartilhada do texto da página 122. Fazer paradas para comentários e esclarecimentos de dúvidas. Destacar o contexto do surgimento do movimento Black Lives Mat- ter nos Estados Unidos e a repercussão dele entre os movimentos sociais negros no Brasil. Se julgar adequado, ler para os estudantes o excerto da seção Texto complementar. Também ressaltar a importância das mídias sociais na divulgação e propagação desse e de outros movimentos pelo mundo. Encaminhar e orientar a pesquisa proposta dos grupos ao longo do trabalho. Para a esco- lha das redes sociais, sugerimos aquelas que são mais utilizadas pelos estudantes, facilitando, assim, o processo de pesquisa dos dados. É im- portante garantir que os grupos trabalhem com redes sociais diferentes, permitindo que, nas tro- cas de mensagens entre os usuários, seja possível comparar o tipo de abordagem do tema feito nas diversas redes. Em relação à amostra, é importante que todos os grupos trabalhem com os mesmos parâmetros, para tornar a comparação dos dados possível. Esse momento, previsto na etapa 2, pode ser realizado coletivamente com a mediação do professor. Existem aplicativos gratuitos disponíveis na in- ternet que montam nuvens de palavras. Solicitar que os estudantes usem a imaginação e as ferra- mentas digitais disponíveis ao longo da proposta. No momento do debate, questionar os estu- dantes a respeito do que puderam aprender so- bre os movimentos negros no Brasil e, diante do contexto estudado, por que esses movimentos são importantes. TEXTO COMPLEMENTAR Como três mulheres criaram o movimento global Black Lives Matter a partir de uma hashtag Das muitas causas pelas quais o ano de 2020 será lembrado, uma é a ascensão do movimen- to Black Lives Matter (vidas ne- gras importam) não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Seus apoiadores lideraram grandes manifestações e campa- nhas notáveis contra o racismo e a brutalidade policial contra pes- soas negras. Mas poucos sabem que o BLM, em português “vidas negras im- portam”, foi uma ideia criada por três mulheres. [...] Alicia Garza, Patrisse Cullors e Opal Tometi fundaram um movi- mento baseado em uma hashtag das redes sociais, transformando a política. Uma hashtag é uma forma de ressaltar ideias e juntar publicações sobre um tópico. Em 2013, quando George Zim- merman, homem acusado de matar o adolescente negro Tray- von Martin, foi considerado ino- cente na Justiça, Alicia Garza fez uma postagem indignada no Facebook. Seu texto, em que ela dizia estar passando por um luto, incluía a frase “black lives mat- ter”. Foi uma faísca. Sua amiga Patrice Cullors leu a publicação e escreveu uma res- posta, transformando a expres- são de Garza em uma hashtag: “#blacklivesmatter”. Com a hashtag se popularizan- do no Facebook e no Twitter, Gar- za, Cullors e outra amiga ativista, Opal Tometi, criaram uma rede com o nome Black Lives Matter, que logo foi adotada em protes- tos pelos Estados Unidos. O mo- vimento se espalhou no mundo inteiro. O Brasil tem seu próprio “Vidas Negras Importam”, por exemplo. [...] COMO três mulheres criaram o movimento global Black Lives Matter a partir de uma hashtag. BBC News Brasil, São Paulo, 20 dez. 2020. Disponível em: https://www.bbc. com/portuguese/geral-55387003.Acesso em: 13 jul. 2022. Competências • Gerais: 1, 4, 5, 7 e 9 • Ciências Humanas: 1, 2, 5 e 6 • Geografia: 5, 6 e 7 Habilidades • Atende-se à habilidade EF08GE20 com foco em ana- lisar características de países (Estados Unidos) da América no que se refere aos aspectos populacionais (violência e discri- minação racial). Interdisciplinaridade com... Língua Portuguesa: • EF89LP03 Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de leitores, co- mentários, posts de blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses textos. BNCC As mídias sociais trazem muitas informações e opiniões sobre temas da atualidade. Em grupos, vocês pesquisarão conteúdos relacionados ao movimento Black Lives Matter comparti- lhados em redes sociais. Sigam as orientações. Etapa 1: Organizem-se em grupos. Depois, escolham uma rede social em que pelo menos um dos membros do grupo seja usuário. Etapa 2: Depois de escolher a rede social, definam os critérios para selecionar os conteúdos. Lembrem-se: os perfis e as postagens analisados devem ser em língua portuguesa, de preferência de usuários brasileiros. Determinem um período para delimitar a amostra (uma semana, uma quinzena do ano corrente ou de algum ano específico) e o número de postagens que serão analisadas (25, 50, 100, 200 etc.). Etapa 3: Com os critérios de análise definidos, é hora de coletar os dados, tendo em vista os seguintes aspectos: • Quais são as principais hashtags associadas a #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam? • Que tipos de imagens são mais recorrentes (selfies, fotografias jornalísticas, foto- grafias de personalidades, montagens de texto e fotografia etc.)? • Qual é o conteúdo dos vídeos de curta duração relacionados ao tema? • Qual é o perfil das pessoas cujas postagens foram analisadas (gênero, idade, onde moram, que atividades realizam)? Etapa 4: Organizem os dados. Sob orientação do professor, elaborem quadros, gráficos ou outros recursos visuais para apresentar as informações. As principais hashtags, por exemplo, podem ser apresentadas em forma de nuvem de palavras. Usem a criatividade e os recursos disponíveis. Etapa 5: Analisem os dados organizados e respondam às questões: • Qual é o perfil dos usuários que fazem postagens relacionadas ao movimento Black Lives Matter e a outros movimentos ativistas negros? • Quais são os principais temas relacionados a #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam? • No entendimento de vocês, essas postagens se dirigem a que tipo de público? • Nas postagens analisadas, o movimento Black Lives Matter e o ativismo negro são mais apoiados ou criticados? Apresentem alguns exemplos extraídos das postagens. Etapa 6: Elaborem um relatório com as principais conclusões do grupo, incluindo o material organizado na etapa 3. Depois, com a mediação do professor, conversem com os outros grupos, destacando os aspectos que mais chamaram a atenção de vocês. Etapa 7: Pensem em uma forma de divulgar o resultado da pesquisa na comunidade escolar e nas redes sociais, usando as hashtags#BlackLivesMatter, #VidasNegrasImportam e outras que vocês julgarem importantes para relacionar ao assunto. 123 T V E R D O K H L IB // S H U T T E R S T O C K .C O M Movimentos negros nas mídias sociais O movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”) surgiu nos Estados Unidos em 2013 para denun- ciar a violência policial, o racismo e a discriminação no país. O slogan e a hashtag #BlackLivesMatter começaram a ser amplamente usados nas redes sociais e nas manifestações que protestavam contra a morte de afro-americanos por poli- ciais. Em maio de 2020, a morte de George Floyd (1973-2020), asfixiado por um policial branco, gerou uma onda de protes- tos e manifestações nos Estados Unidos e em diversos países. No Brasil, a violência policial também é um grave pro- blema enfrentado pela população negra. Isso fez com que o movimento Black Lives Matter ou Vidas Negras Importam tivesse grande repercussão entre os movimentos ativistas negros brasileiros. E AGIR PENSAR NÃO ESCREVA NO LIVRO. Slogan: palavra, expressão ou frase de fácil memorização, geralmente utilizada em campanhas políticas e publicitárias. Hashtag: palavra (ou conjunto de palavras unidas) antecedida pelo símbolo (#), usada geralmente para identificar assuntos nas redes sociais e facilitar a busca pelos usuários. T O N Y 4 U R B A N /S H U T T E R S T O C K .C O M Protesto pela morte de George FLoyd em Miami, EUA, 2020. No cartaz, lê-se "Justiça para George Floyd". 122 com CONEXÃO LÍNGUA PORTUGUESA 123122 BNCC NA UNIDADE BNCC Ao longo da unidade, o quadro indica a rela- ção entre o conteúdo trabalhado e as habili- dades. São apresentadas, ainda, as compe- tências gerais, por área e específicas em des- taque, assim como, no Interdisciplinaridade com..., as habilidades e abordagens relacio- nadas a outros componentes curriculares. COMPETÊNCIAS Relação das competências gerais, competências específicas por área (Ciências Humanas) e competências específicas de Geografia trabalhadas na unidade, de acordo com a BNCC. HABILIDADES Relação das habilidades, de acordo com a BNCC, vinculadas aos conteú- dos trabalhados na unidade. TEXTOS COMPLEMENTARES Textos que visam aprofun- dar conteúdos abordados no Livro do estudante. São textos variados que também servem de leitura para am- pliação de informações para o professor. ATIVIDADES COMPLEMENTARES Sugestões de atividades extras, cujo objetivo é am- pliar o estudo de conceitos da unidade ou dos temas abordados. V ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO . . . . . . . . . . . . VII Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII 1. Mudanças no ensino de Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII 1.1 A BNCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX 1.1.1 Competências e habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . X 2. Proposta teórico-metodológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII 2.1 Expectativas de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX 2.2 Conceitos da Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX 2.3 Escalas de análise espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXII 2.4 A Cartografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIII 2.4.1 Cartografia e educação inclusiva . . . . . . . . .XXIV 2.4.2 Mapas digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXVI 2.4.3 Mapas digitais colaborativos . . . . . . . . . . . . . XXVII 2.5 Interdisciplinaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIX 2.6 O trabalho com os temas contemporâneos transversais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXI 2.7 O trabalho com a diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXII 3. Recursos e estratégias didáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII 3.1 Sugestões para o uso da obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII 3.1.1 Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de estudantes . . . . . . . XXXIV 3.2 Estudo do meio e trabalho de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIV 3.2.1 Possíveis riscos para saídas de campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVI 3.3 Geografia e a alfabetização contínua . . . . . . . . . XXXVII 3.3.1 Gêneros textuais e linguagens diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVII 3.4 Tecnologias digitais de comunicação e informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXVIII 3.4.1 As “novas tecnologias” na escola . . . . . . . XXXIX 3.4.2 O pensamento computacional . . . . . . . . . . . . . XLI 3.5 Práticas de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIII 3.6 Trabalhos em grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIV 3.7 Jogos tradicionais e eletrônicos (games) . . . . . . . .XLIV 3.7.1 Games . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLV 3.8 Aprendizagem baseada em problemas . . . . . . . . . . XLVI 3.9 Aprendizagem baseada em projetos . . . . . . . . . . . . XLVII 3.10 Sala de aula invertida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVII 3.11 Inclusão em sala de aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVIII 3.11.1 O bullying e a saúde mental . . . . . . . . . . . XLVIII 3.11.2 A cultura de paz na escola . . . . . . . . . . . . . .XLIX 4. Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L 4.1 Mapa conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LI 4.2 Portfólio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LII 4.3 Contrato didático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIII 4.4 Autoavaliação e ensino-aprendizagem . . . . . . . . . . . LIV 5. Referências bibliográficas consultadas e recomendadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV 5.1 Livros e outras publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV 5.2 Sites consultados e recomendados . . . . . . . . . . . . . . LXIII 6. Seleção dos conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXIV 6.1 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC do volume . . . . . . . . . . . . . . . . LXV 6.2 Objetivos e justificativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXVII Unidade 1 – Conhecer o espaço mundial Unidade 2 – Dinâmicas da população mundial Unidade 3 – América Unidade 4 – América Anglo-Saxônica Unidade 5 – América Latina: território e sociedade Unidade 6 – América Latina: regiões e economia Unidade 7 – África: território, imperialismo e conflitos Unidade 8 – África: sociedade e economia 6.3 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXXI Unidade 1 – Conhecer o espaço mundial Unidade 2 – Dinâmicas da população mundial Unidade 3 – América Unidade 4 – América Anglo-Saxônica Unidade 5 – América Latina: território e sociedade Unidade 6 – América Latina: regiões e economia Unidade 7 – África: território, imperialismo e conflitos Unidade 8 – África: sociedade e economia 6.4 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXXIV ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS ESPECÍFICAS DO VOLUME 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXXX VI INTRODUÇÃO Colegas professores, convidamos vocês a iniciar nosso diálogo com algumas perguntas que nos fazem refletir sobre a Geografia na escolados dias atuais. Como a Geografia contribui para a compreensão do mundo contemporâneo, relacionando- -o com a vida cotidiana? Que conteúdos, conceitos e categorias trabalhados na Geografia os estudantes devem apreender para desvendar os acontecimentos do seu mundo? Qual é o papel do professor de Geografia diante do jovem considerado um “nativo digital”? As respostas passam pela concepção de estudante, de escola, de educação e de Geografia. Nesta coleção, concebemos o estudante como sujeito das relações no processo de apren- dizagem, e o professor como mediador entre o conhecimento e o estudante, no sentido de promover situações de problematização dos fatos, de relação com os lugares de vivência, de protagonismos em pesquisas e discussões, de superação do senso comum, entre outras. Quanto à concepção de Geografia, é importante esclarecer que o objeto central de estudo é o espaço geográfico que, associado aos saberes científicos da disciplina, deve contribuir para a compreensão dos fatos e a busca por um mundo melhor para todos e todas. Pode-se dizer que o papel da escola, sobretudo do professor de Geografia, nunca foi tão desafiador, não só porque o mundo está em constante e veloz mudança, mas também porque os mais diversos entendimentos sobre o mundo são divulgados em segundos e comentados por milhões de pessoas instantaneamente. O excessivo apelo ao consumo, aliado à facilidade na disseminação de opiniões e de notí- cias – muitas vezes falsas –, estabelece, para o professor de Geografia, o desafio de romper com a banalização dos acontecimentos e a indiferença da sociedade em relação aos problemas humanos, sociais e ambientais. Um dos caminhos é possibilitar ao estudante o trabalho com as “ferramentas” próprias da Geografia e de outras ciências para analisar, refletir, emitir opiniões bem fundamentadas e fazer uma leitura crítica do mundo e das vivências, o que significa compreender a realidade e pensar possibilidades para um mundo melhor. Ao mesmo tempo, devemos pensar na formação do cidadão1 , que convive com as diferen- ças nos seus aspectos cultural, étnico-cultural, de gênero, etário, entre outras, contribuindo para a promoção do respeito ao outro e à diversidade. Enfim, são grandes os desafios que dependem de um conjunto de atores e forças, aos quais nos unimos: docentes, pais, estudantes, gestores, políticas públicas, movimentos sociais e todos aqueles comprometidos com um país melhor para todas as pessoas. 1 Para ampliar essa reflexão, sugerimos a leitura do livro O espaço do cidadão, de Milton Santos (2014). ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO VII Ao conversar sobre as aulas de Geografia com pessoas que frequentaram a escola nas décadas de 1960 ou 1970, é comum ouvir relatos de experiências que não contribuíam efetivamente para a compreensão do mundo, como decorar nomes de rios, países e capitais e reproduzir e pintar mapas. Embora não constituam regra, esses exemplos ilustram práticas comuns em um momento no qual a Geografia era considerada uma disciplina repleta de conteúdo para decorar. Já na década de 1970, o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu livro A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (2008), estabelecia novos para- digmas para a Geografia e para o seu ensino nas escolas. De modo geral, a obra representa um marco para a ciência geográfica e, desde então, norteia o fazer e o pensar de geógrafos e professores de Geografia, bem como fez faz críticas à Geografia que a precedeu2 , que se convencionou chamar Geografia tradicional. Lacoste apontou a neutralidade científica, o aspecto descritivo e a compartimentação do conhecimento da Geografia ensinada nas escolas e, também, daquela produzida nas instituições acadêmicas e de pesquisa. Para a chamada Geografia tradicional, o conhecimento era um saber neutro, que não abordava as relações sociais e as contradições que envolviam a produção do espaço geográfico. Na escola, a Geografia não tinha a preocupação com os lugares de vivência nem incentivava os estudantes a se perceber como sujeitos de sua realidade, podendo, portanto, transformá-la. A questão do método passou a ser intensamente debatida na ciência geográfica, visando à superação de uma ciência pautada no Positivismo, corrente que sustentava as Ciências Humanas. Esse movimento de dis- cussão e renovação metodológica é o que passou a ser denominado Geografia crítica. No Brasil, a partir da década de 1980, estudos acadêmicos fizeram críticas à chamada Geografia escolar e buscaram meios para minimizar a compartimentação dos conteúdos e o distanciamento entre o ensino de Geografia e a realidade social, política e econômica do país. A busca pela renovação da Geografia escolar era parte do movimento de renovação curricular, que centrava esforços na “melhoria da qualidade de ensino, a qual necessariamente passava por uma revisão dos conteúdos e das formas de ensinar e aprender das diferentes disciplinas dos currículos da escola básica” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 37). Um dos documentos que marcaram fortemente esse movimento de reno- vação foi a proposta da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, que inspirou propostas curriculares de outras Unidades da Federação, assim como o Movimento de Reorientação Curricular promovido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 1992. Outro marco importante para o ato de repensar o currículo foi a publicação, em âmbito nacional, dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos anos 1990, que propunha conteúdos conceituais, temas trans- versais e orientações didáticas específicas para as disciplinas escolares. Os PCN de Geografia pretendiam re- forçar a importância social dessa disciplina, buscar um ensino para a conquista da cidadania, trabalhar meios para os estudantes receberem informação e formação considerando conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais. Outro aspecto importante era a intercessão da Geografia com outros campos do saber, como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, entre outros (BRASIL, 1997a).3 Nas décadas de 2000 e 2010, houve uma tendência das Unidades da Federação e dos municípios de ela- borarem seus próprios documentos curriculares, valendo-se da autonomia garantida pelas legislações e reve- lando diferentes possibilidades de organização curricular. 2 Lacoste (2008) faz críticas à Geografia a qual ele denominou “Geografia dos professores”, que caracterizava não só a escola de nível médio, mas também os cursos universitários. 3 A proposta da Cenp e os PCN não ficaram livres de críticas, sendo que as principais delas foram, respectivamente, a de que não atingiu a prática da maior parte dos professores das redes públicas e a pequena participação, na sua elaboração, dos professores da Educação Básica. Independentemente das críticas e das linhas metodológicas, os dois documentos contribuíram imensamente para reflexões sobre a Geografia escolar, entendendo-a como uma disciplina que vai muito além da memorização de conteúdos e da reprodução de mapas. 1 MUDANÇAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA VIII Destaca-se também o aumento do número de pesquisas e de grupos de estudo nas universidades bra- sileiras e a maior frequência dos encontros na área de didática da Geografia e da educação geográfica, re- velando maior preocupação com o tema. Pesquisadores, docentes e autores de livros didáticos passaram a repensar a função social da Geografia, apontando para a superação da chamada Geografia tradicional e en- fatizando a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos estudantes para a construção dos saberes geográficos e dos raciocínios espaciais. A partir da segunda metade da década de 2010, educadores brasileiros, pesquisadores e a sociedade civil se organizaram em movimentos que deram origem à criação uma base curricular nacional, que resultou na publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. Grandeparte das discussões recentes so- bre a Geografia escolar está contemplada na BNCC, sobre a qual nos detemos a seguir. A BNCC A BNCC teve suas primeiras versões publicadas na segunda metade da década de 2010, orientada pelos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e pelos marcos legais vigentes no Brasil. O documento define as aprendizagens essenciais, indica conhecimentos e competências que se espera que os estudantes desenvolvam ao longo da Educação Básica e explicita as especificidades e o papel das áreas do conhecimen- to (no caso da Geografia, as Ciências Humanas) e dos componentes curriculares na formação do estudante do Ensino Fundamental, na aplicação e no desenvolvimento de diferentes competências e habilidades. Ao apresentar a Geografia, a BNCC aponta que a grande contribuição desse componente curricular aos estudantes da Educação Básica é “desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da sociedade e da natureza” (BRASIL, 2018, p. 360). De acordo com a BNCC, o raciocínio geográfico, que é uma maneira de exercitar o pensamento, envolve princípios para compreender aspectos fundamentais da realidade, conforme expostos no quadro 1. 1.1 QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO Princípio Descrição Analogia Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre. Conexão Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos próximos ou distantes. Diferenciação* É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas. Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço. Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico. Localização Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais). Ordem** Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu. FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016. *MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999. **MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 360. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. IX 1.1.1 • Competências e habilidades As competências referem-se à “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida coti- diana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8). Na BNCC, as competências apresentam-se em diversos níveis. No plano das competências gerais para a Educação Básica, elas se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares. COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9-10. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. X No âmbito das Ciências Humanas, conforme exposto na BNCC, as competências devem propiciar aos estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais. No âmbito da Geografia, as competências contribuem para a formação das identidades e para a leitura de mundo. É imprescindível, para isso, desenvolver o pensamento espacial dos estudantes, estimulando seu raciocínio geográfico. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos. 2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. 3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humanona natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social. 4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. 6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 357. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas. 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história. 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem. XI Nos Anos Finais (6o ao 9o) do Ensino Fundamental, devem ser garantidas a continuidade e a progressão das aprendizagens dos Anos Iniciais (1o ao 5o) em níveis crescentes de complexidade da compreensão. Para garantir o desenvolvimento das competências propostas e da progressão das aprendizagens, a BNCC apresenta um conjunto de habilidades que “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asse- guradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2018, p. 29). Essas habilidades estão organizadas por componente curricular e ano, relacionadas a diferentes unidades temáticas e objetos de co- nhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos e processos. A numeração sequencial que identifica as habilidades (por exemplo: EF06GE01) não indica uma ordem esperada das aprendizagens, tão somente indi- ca a organização de determinada habilidade da etapa do ensino (EF – Ensino Fundamental), ano (06), com- ponente curricular (Geografia) e, por fim, a habilidade indicada. Além disso, o agrupamento das habilidades não é um modelo obrigatório para os currículos, como é esclarecido no documento. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas. 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia. 6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza. 7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 366. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. A seguir, estão apresentados quadros com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilida- des do componente curricular de Geografia, na BNCC para cada ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. Nas páginas LXV e LXVI, oferecemos um quadro dos conteúdos e conceitos trabalhados em cada volume e os respectivos objetos de conhecimento e habilidades que estão relacionados a eles. Essas relações com as competências e habilidades da BNCC também são sinalizadas no início de cada unidade das Orientações específicas deste Manual. [...] Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegu- rar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os alunos aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. XII GEOGRAFIA • 6o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo Identidade sociocultural • (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos. • (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários. Conexões e escalas Relações entre os componentes físico- naturais • (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos. • (EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal. • (EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais. Mundo do trabalho Transformação das paisagens naturais e antrópicas • (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização. • (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades. Formas de representação e pensamento espacial Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras • (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas. • (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre. Natureza, ambientes e qualidade de vida Biodiversidade e ciclo hidrológico • (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares. • (EF06GE11) Analisar distintasinterações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo. • (EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos. Atividades humanas e dinâmica climática • (EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.). XIII GEOGRAFIA • 7o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil • (EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil. Conexões e escalas Formação territorial do Brasil • (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas. • (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades. Características da população brasileira • (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras. Mundo do trabalho Produção, circulação e consumo de mercadorias • (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo. • (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares. Desigualdade social e o trabalho • (EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e comunicação na configuração do território brasileiro. • (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território brasileiro. Formas de representação e pensamento espacial Mapas temáticos do Brasil • (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais. • (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras. Natureza, ambientes e qualidade de vida Biodiversidade brasileira • (EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária). • (EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no Município de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). XIV GEOGRAFIA • 8o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais • (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes. Diversidade e dinâmica da população mundial e local • (EF08GE02) Relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial. • (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando características da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial). • (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região. Conexões e escalas Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial • (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra. • (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano, reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos. • (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China e o Brasil. • (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra. • (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção, distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). • (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos sociais existentes nos países latino-americanos. • (EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira do continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e regionais de cooperação nesses cenários. • (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros). XV GEOGRAFIA • 8o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Mundo do trabalho Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológico na produção • (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos espaços urbanos e rurais da América e da África. • (EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil. Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial na América Latina • (EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da América Latina (Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do Amazonas e do Orinoco, sistemas de nuvens na Amazônia e nos Andes, entre outros) e discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água. • (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição, estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho. • (EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas, alagados e zona de riscos. Formas de representação e pensamento espacial Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáticos da América e África • (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais, ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação de solos da África e América.• (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e América. Natureza, ambientes e qualidade de vida Identidades e interculturalidades regionais: Estados Unidos da América, América espanhola e portuguesa e África • (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos. • (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global. Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina • (EF08GE22) Identificar os principais recursos naturais dos países da América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul. • (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia. • (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centro- oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros). XVI GEOGRAFIA • 9o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O sujeito e seu lugar no mundo A hegemonia europeia na economia, na política e na cultura • (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos e lugares. Corporações e organismos internacionais • (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao consumo, à cultura e à mobilidade. As manifestações culturais na formação populacional • (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças. • (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e interculturalidades regionais. Conexões e escalas Integração mundial e suas interpretações: globalização e mundialização • (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes interpretações: globalização e mundialização. A divisão do mundo em Ocidente e Oriente • (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias. Intercâmbios históricos e culturais entre Europa, Ásia e Oceania • (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia. • (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e na Oceania. • (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas e pressões sobre seus ambientes físico-naturais. Mundo do trabalho Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial • (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na Oceania. • (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes do processo de industrialização com as transformações no trabalho em diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil. Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos naturais e matérias-primas • (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o Brasil. • (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima. XVII Com base nas recentes discussões sobre a Geografia escolar, na BNCC e em nossa experiência como educado- res, a proposta teórico-metodológica desta coleção tem o espaço geográfico como objeto de estudo e os es- tudantes como sujeitos, tanto nas relações socioespaciais quanto no processo de construção do conhecimento. A coleção se aproxima, em muitos aspectos, da chamada Geografia crítica e, do ponto de vista pedagógico, da corrente socioconstrutivista, com o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem. Entendemos que a Geografia deve contribuir para que os estudantes compreendam o mundo e pensem caminhos e atitudes propositivas, almejando uma sociedade mais justa. Deve, também, responder de que formas e com quais objetivos os seres humanos produzem o espaço geográfico, revelando as contradições presentes nesse processo, como, por exemplo, em sua relação com a natureza e na apropriação e no uso dos recursos naturais. A busca por tais respostas é feita com o apoio das “ferramentas” e das “lentes” da Geografia. Quando se usa as “lentes” da Geografia, vemos o que interessa à compreensão do espaço geo- gráfico: que elementos o compõem, como esses elementos estão organizados e aparecem na paisagem, por que estão organizados dessa forma, como o espaço geográfico é produzido, que agentes atuam em sua GEOGRAFIA • 9o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Formas de representação e pensamento espacial Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras formas de representação para analisar informações geográficas • (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade, diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais. • (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas. Natureza, ambientes e qualidade de vida Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia e na Oceania • (EF09GE16) Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania. • (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania. • (EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em diferentes países. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 384-395. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022. 2 PROPOSTA TEÓRICO-METODOLÓGICA XVIII produção, como ele pode ser transformado etc. Podemos dizer que as “lentes” da análise espacial
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