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Marcelo Moraes • Denise Pinesso • Angela Rama
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
8
MANUAL DO PROFESSOR
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
8
MANUAL DO PROFESSOR
1a edição
São Paulo ∙ 2022
MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)
Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP).
Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental
e Médio das redes pública e particular de ensino.
DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso)
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino
e como professora no Ensino Fundamental da rede pública.
MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP).
Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Formadora de professores.
Atuou como professora no Ensino Fundamental e
Médio das redes pública e particular e na Educação Superior.
Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 8o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso,
Maria Angela Gomez Rama, 2022.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas
Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.),
Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.),
Carolina Machado
Gerência de produção e arte Ricardo Borges
Design Andréa Dellamagna (coord.),
Sérgio Cândido
Projeto de capa Andréa Dellamagna
Imagem de capa RobertChlopas/EyeEm/Getty Images, Tuul & BrunoMorandi/Getty Images
Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.)
Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)
Diagramação Aparecida Pimentel
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila
Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Sonia Vaz, Vespúcio Cartografia
Iconografia Jonathan Santos
Ilustrações Alex Argozino, Arthur França/Yancom, Erika Onodera, Getulio Delphim, Héctor Gómez, Ligia
Duque, Luis Moura, Luiz Rubio, Manzi, Mariana Coan, Mathias Townsend, Nilson Cardoso, Paulo Cesar
Pereira, Paulo Nilson, Rmatias, Sonia Vaz
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste
livro foram produzidas com fibras obtidas de
árvores de florestas plantadas, com origem
certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
CNPJ 61.186.490/0016-33
Avenida Antonio Bardella, 300
Guarulhos-SP – CEP 07220-020
Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375
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de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à
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central.relacionamento@ftd.com.br
Imagens de capa
Folhas secas de
chá preto.
Mulher queniana e outros
trabalhadores colhem folhas
de chá em Kericho, Quênia.
O país é o terceiro maior
produtor de chá do mundo
e o primeiro da África.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Paula, Marcelo Moraes
Geografia espaço & interação : 8o ano : ensino
fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula,
Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez
Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Geografia.
ISBN 978-85-96-03537-8 (aluno)
ISBN 978-85-96-03538-5 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso,
Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela
Gomez. III. Título.
22-114869 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Cara professora e caro professor,
Um livro didático de Geografia é muito mais que um con-
junto de textos, fotografias, mapas, gráficos... Por meio dele
abrem-se possibilidades de construção do conhecimento, su-
peração do senso comum, oportunidades de olhar para o mundo
de uma forma diferente, relacionar os lugares de vivências com
muitos outros lugares, perceber-se como cidadão e como ser
ativo na construção do espaço geográfico.
Essas possibilidades são efetivadas e ampliadas com a sua
mediação e o seu trabalho, pois você conhece cada um dos es-
tudantes, a comunidade e a região onde a escola se localiza.
Com este Manual do professor, esperamos contribuir para
o planejamento e a preparação das suas aulas e também para
sua formação contínua. Estaremos, assim, juntos nesta tra-
jetória tão importante, que é a jornada pela educação.
Bom trabalho!
Os autores
APRESENTAÇÃO
CONHEÇA SEU MANUAL
QUADRO DE CONTEÚDOS
Conteúdos, competências e habilida-
des, além de proposta de planejamento
bimestral, trimestral e semestral.
Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 8, os objetos de
conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados.
8o ANO
UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
E HABILIDADES
1.
Conhecer o espaço
mundial
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Educação Financeira
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
• Os continentes
• Antártida
• Região e regionalização
• Regionalizações do espaço
mundial
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4,
5, 6 e 7
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20 EF08GE21
1o
B
IM
ES
TR
E
1o
T
R
IM
ES
TR
E
1o
S
EM
ES
TR
E
2.
Dinâmicas da população
mundial
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Processo de Envelhecimento, Respeito e
Valorização do Idoso
• Educação em Direitos Humanos
• Vida Familiar e Social
• Diversidade Cultural
• População em números
• Origem e dispersão dos
grupos humanos
• Distribuição espacial
• Distribuição por idade
• Fluxos populacionais
• Indicadores sociais
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7,
9 e 10.
• Ciências Humanas: 2,
3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4,
5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE02 EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
3.
América
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Diversidade Cultural
• Educação em Direitos Humanos
• Ciência e Tecnologia
• Educação Ambiental
• Dimensão, localização e
regionalizações
• Ocupação e colonização
• Povos originários
• Organismos de integração
• Aspectos naturais
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7,
9 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4,
5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE02
• Corporações e organismos internacionais
e do Brasil na ordem econômica mundial
EF08GE05, EF08GE06 EF08GE12
• Os diferentes contextos e os meios técnico e
tecnológico na produção EF08GE13
• Transformações do espaço na sociedade
urbano-industrialna América Latina EF08GE15
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações
nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE23
2o
B
IM
ES
TR
E
2o
T
R
IM
ES
TR
E
4.
América Anglo-Saxônica
Temas Contemporâneos Trans-
versais:
• Processo de Envelhecimento. Respeito e
Valorização do Idoso
• Educação em Direitos Humanos
• Direitos da Criança e do Adolescente
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
• Educação para a Valorização do
Multiculturalismo nas Matrizes
Históricas e Culturais Brasileiras
• Canadá
• Estados Unidos
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 3, 4, 5,
6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
EF08GE11 EF08GE12
• Os diferentes contextos e os meios técnico e
tecnológico na produção EF08GE13
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO
E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME
6.1
LXV
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
• Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre, para compreender a origem e a distribui-
ção atual das terras emersas na superfície terrestre.
• Compreender o conceito de região e a existência de diversos critérios para regionalizar o espaço mundial,
reconhecendo as diferenças entre variadas propostas.
• Reconhecer que a região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, conside-
rando os cuidados no seu uso.
• Analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses
dos países no continente, para compreender a importância ambiental do continente como área destinada
à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
• Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
• Conhecer as principais características do imperialismo para entender as mudanças ocorridas no espaço
geográfico durante esse período.
• Compreender os motivos que levaram Estados Unidos e União Soviética a se tornarem potências mundiais
após a Segunda Guerra Mundial e como esse destaque geopolítico levou à Guerra Fria, identificando e com-
preendendo as principais características e os desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais.
• Conhecer as principais características da Nova Ordem Mundial (início dos anos 1990) para assim compre-
ender os principais eventos da ordem multipolar no início do século XXI, tendo como polos centrais os
Estados Unidos, a China, a União Europeia e a Rússia.
• Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China no cená-
rio internacional.
• Analisar dados sobre o comércio entre Estados Unidos, China e Brasil, destacando as dinâmicas de trocas
de produtos entre eles.
• Compreender que a Terra pode ser representada cartograficamente de diferentes formas, de acordo com
a projeção cartográfica adotada, compreendendo que a escolha da projeção adotada tem por objetivo
destacar alguma característica dos territórios representados.
UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial
• Identificar as rotas de dispersão da população humana pelo planeta, a partir da origem na África, e com-
preender que, hoje, a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre, para
entender que essa distribuição é motivada por fatores naturais e históricos que influenciaram na ocupa-
ção humana do planeta Terra.
• Analisar, por meio de cartograma, tendências de crescimento populacional entre regiões e países, possibi-
litando a interpretação de anamorfoses com informações sobre a população mundial.
• Diferenciar conceitos de populoso e povoado para que seja possível identificar as áreas mais populosas e
povoadas da Terra por meio de mapas.
• Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários.
• Identificar fatores que favorecem a existência na população mundial de jovens que nem trabalham e nem estu-
dam ("nem-nem"), identificando a importância das políticas voltadas para o atendimento da população jovem.
6.2
LXVII
• Identificar e analisar as causas de problemas sociais presentes no continente africano, reconhecendo a
existência de desigualdades sociais.
• Compreender as causas dos fluxos migratórios entre campo e cidade e os efeitos do crescimento urbano
desordenado, para identificar os fatores que contribuem para os elevados índices de pobreza e fome no
continente africano.
• Compreender o conceito de segurança alimentar e a situação do continente africano, identificando fato-
res que contribuem para a ocorrência da fome em muitos países, para conhecer iniciativas governamen-
tais e de organizações não governamentais que promovem a melhoria da qualidade de vida das popula-
ções mais vulneráveis e a importância dessas iniciativas.
• Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras
e eventos climáticos extremos, como as secas.
• Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do conti-
nente africano, para reconhecer a produção mineral na África e identificar os principais produtos, os des-
tinos da produção e dos lucros e as implicações socioambientais.
• Reconhecer a importância das atividades agropecuárias na produção do espaço geográfico africano, ana-
lisando diferentes formas de produção e problemas ambientais a elas relacionados.
• Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países
africanos, países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China.
• Conhecer os principais objetivos dos organismos de integração econômica na África e sua importância
para a inserção do continente no cenário global.
AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
1. A atual distribuição e configuração das terras emersas do planeta Terra é resultado:
a) do movimento das terras emersas devido aos agentes externos do planeta.
b) da fragmentação das terras que originam todas as fronteiras de países.
c) da fragmentação e do afastamento das terras a partir do movimento constante das placas tectônicas.
d) do desprendimento do grande bloco de terras que dá origem à América.
2. Caracterize o clima e a vegetação da Antártida.
3. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida. Explique três determinações contidas nesse tratado.
4. A preservação das condições ambientais naturais da Antártida é fundamental para o clima de todo o pla-
neta. Justifique essa afirmação.
5. O imperialismo, ocorrido no século XIX, também é conhecido como neocolonialismo. Por que ele recebe
essa denominação?
6. Explique como se organizava a regionalização do espaço mundial no imperialismo.
7. Caracterize a chamada Nova Ordem Mundial (período pós-Guerra Fria) sob os aspectos geopolítico e
econômico.
6.3
LXXI
AVALIAÇÕES
Nessa seção, apresentamos su-
gestões de avaliações (simples e
breves) que podem contribuir com
o processo de análise dos estudan-
tes para as práticas pedagógicas.
OBJETIVOS E
JUSTIFICATIVAS
Objetivos e justificativas de sua
pertinência para cada unidade
do volume.
IV
ORGANIZAÇÃO DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS
As Orientações específicas são apresentadas junto à reprodução reduzida das páginas do Livro do estudante. Há sugestões para
o desenvolvimentode conteúdos e ampliação, atividades complementares, textos de aprofundamento, sugestões de leitura, entre
outros elementos. Para auxiliar no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem e propor um melhor aproveitamento
desta obra, sugerimos que as consultas a essas orientações sejam feitas constantemente, em um movimento integrado com as
propostas do Livro do estudante.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Apresentam comentários, orientações
e sugestões para o desenvolvimento dos
conceitos e conteúdos, complementos
de atividades e outras informações im-
portantes para o encaminhamento do
trabalho em sala de aula.
AMPLIANDO HORIZONTES
Sugestões de sites, livros, artigos, ví-
deos, músicas e outros recursos para am-
pliar o trabalho do professor.
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Os temas que serão trabalha-
dos nesta Unidade estão vol-
tados para as diferenças entre
continente e bloco continental, a
identificação e o reconhecimento
dos continentes que constituem
a superfície terrestre, a regionali-
zação do espaço mundial em di-
ferentes épocas, bem como para
a compreensão dos conceitos de
Estado, nação, país e governo.
Encaminhar a leitura coletiva
do texto de abertura que trata
das diversidades existentes no
planeta Terra, assim como da
possibilidade de agrupar países
com características naturais, cul-
turais, econômicas e sociais se-
melhantes em regiões.
Se julgar pertinente, comentar
que há muitos países no mundo:
193 países são filiados à Organi-
zação das Nações Unidas (ONU).
No Comitê Olímpico Internacio-
nal (COI), há 206 países-mem-
bros, e na Federação Internacio-
nal de Futebol (Fifa), 209 países.
A seguir, solicitar aos estudantes que obser-
vem atentamente o planisfério produzido a partir
de imagens de satélite. Comentar que a divisão
do mundo em continentes, conteúdo que será
trabalhado nas páginas 14 e 15, é uma forma de
regionalizar o espaço mundial.
Utilizar as atividades 1 a 4 para explorar a aná-
lise, a leitura do planisfério e os conhecimentos
prévios dos estudantes sobre limites, territórios,
país e representações cartográficas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes
comentem que os únicos “limites” que podem
ser percebidos no planeta Terra, vistos de uma
imagem de satélite, são aqueles entre os blocos
continentais e os oceanos.
Na atividade 2, os estudantes deverão respon-
der que os limites entre os territórios dos países
que aparecem em imagens são linhas imaginárias
criadas pelos seres humanos, costumeiramente
traçadas em mapas políticos e globos terrestres.
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10
Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE03 • EF08GE05
• EF08GE07 • EF08GE08 • EF08GE09
• EF08GE14• EF08GE20 • EF08GE21
Arte: • EF69AR03 • EF69AR05
• EF69AR06 • EF69AR07 • EF69AR31
• EF69AR35
Ciências: • EF08CI16
História: • EF08HI06
Língua Portuguesa: • EF89LP01
• EF89LP03
BNCC NA UNIDADE
• EF08GE05 Com foco em aplicar
os conceitos de território e país
e o conhecimento prévio sobre
regionalizações do espaço geo-
gráfico mundial.
BNCC
Abertura da Unidade
1
UNI-
DADE
No planeta Terra há grande di-
versidade de países, povos, cul-
turas e paisagens. Mesmo assim,
é possível agrupá-los em regiões
quando apresentam características
semelhantes. Grande parte dessas
regiões é definida com base nos
contextos político e econômico pre-
dominantes, em diferentes épocas.
CONHECER O
ESPAÇO
MUNDIAL
IN
D
IA
N
S
U
M
M
E
R
/S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
.C
O
M
Planisfério produzido
com imagens de satélite.
12
12
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Esta dupla de páginas possi-
bilita o trabalho interdisciplinar
com Ciências por meio da ha-
bilidade EF08CI16. Se for possí-
vel, combinar com o professor
desse componente curricular o
momento mais apropriado para
desenvolverem juntos o conteú-
do proposto. Também é possível
desenvolver o tema contemporâ-
neo transversal Meio ambiente,
com destaque para a Educação
ambiental. Para isso, promover
a leitura coletiva do texto que
apresenta a importância da An-
tártida para o meio ambiente
global. Destacar a importância
do continente nas reservas de
água doce do planeta e explorar
o excerto que exemplifica o pro-
blema do derretimento de gelei-
ras provocado pelo aquecimento
global e a consequente elevação
do nível dos oceanos.
A seguir, chamar a atenção
dos estudantes para o mapa e as
imagens que mostram a locali-
zação e as dimensões da geleira
Thwaites. Se julgar conveniente,
ler para eles o excerto proposto
na seção Texto complemen-
tar, que aborda outros problemas ambientais
na Antártida: a poluição do oceano Glacial An-
tártico e o “buraco” na camada de ozônio so-
bre o continente.
Encaminhar as atividades 1 a 3 que permitem
sistematizar o conteúdo abordado.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes
expliquem que, com o aquecimento das águas
dos oceanos, a geleira está sendo derretida a
partir de sua base, tornando-a ainda mais instá-
vel. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob
a geleira se enche com água do mar, mais o gelo
que antes estava em contato com o leito mari-
nho derrete, criando um círculo vicioso.
Na atividade 2, entre as inúmeras conse-
quências do aumento do nível do mar, desta-
cam-se: inundações recorrentes da infraestru-
tura urbana; desaparecimento das pequenas
ilhas do Índico e do Pacífico e aumento do nú-
mero de refugiados climáticos; salinização dos
deltas dos rios; destruição de ecossistemas cos-
teiros, entre outras.
• Ao analisar o papel ambiental e
territorial da Antártica no con-
texto geopolítico, sua relevância
e seu valor como área destinada
à pesquisa e à compreensão do
ambiente global, atende-se à
habilidade EF08GE21.
Competências
• Gerais: 2, 4, 5, 7 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Interdisciplinaridade com...
Ciências:
• EF08CI16 Discutir iniciativas
que contribuam para restabele-
cer o equilíbrio ambiental a par-
tir da identificação de alterações
climáticas regionais e globais
provocadas pela intervenção
humana.
BNCC
Preservar a Antártida
A Antártida é a principal reguladora do clima na Terra, pois contribui para a formação das
massas de ar e das correntes marítimas. O continente também concentra 90% das reservas de
água doce do planeta sob a forma de geleiras e icebergs. Portanto, as mudanças climáticas globais
podem ter consequências desastrosas para o continente e para o planeta.
Pesquisas demonstram que o derretimento do gelo das calotas polares pode elevar em
60 metros o nível das águas dos oceanos. Isso é o suficiente para cobrir muitas ilhas e cidades
litorâneas de vários países.
Leia um trecho do texto a seguir. Depois, analise o mapa e os infográficos na página 19.
E AGIR
PENSAR
NÃO ESCREVA
NO LIVRO. com
CONEXÃO
CIÊNCIAS
A geleira Thwaites já responde por 4% da elevação do nível do mar
no mundo a cada ano — um número enorme para uma única geleira —
e os dados de satélite mostram que ela está derretendo cada vez mais
rapidamente.
Essa imensa massa de gelo concentra água suficiente para elevar o
nível do mar em mais de meio metro.
A Thwaites se localiza no chamado Manto de Gelo da Antártica
Ocidental, uma vasta bacia de gelo que poderia aumentar o nível dos
oceanos em três metros.
[...]
Ao contrário do leste, [A Antártida Ocidental] não está em uma alti-
tude elevada. De fato, praticamente toda a sua superfície está muito abaixo
do nível do mar. Se não fosse pelo gelo, seria um oceano profundo com
algumas ilhas.
[...]
A razão pela qual os cientistas estão tão preocupados com a geleira
Thwaites se deve ao declínio de seu leito submarino.
[...]
A Thwaites não desaparecerá da noite para o dia. Os cientistas dizem
que isso levará décadas, possivelmente mais de um século.
Mas não devemos nos tranquilizar com isso.
ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’,
ameaçada peloaquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 2 jun. 2022.
1. Espera-se que os estudantes expliquem que, com o aquecimento das
águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornan-
do-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob a geleira se
enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito
marinho derrete, criando um círculo vicioso.
18
18
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
O trabalho com o movimento
Black Lives Matter ou Vidas
Negras Importam possibilita
desenvolver o tema contempo-
râneo transversal Cidadania e
civismo, com destaque para a
Educação em direitos huma-
nos, e também a práticas de
pesquisa como análise de mídias
sociais, revisão bibliográfica,
observação, tomada de notas e
construção de relatórios (confe-
rir tópico Práticas de pesquisa
nas Orientações gerais deste
Manual). Outro aspecto impor-
tante do conteúdo desta dupla
é a interdisciplinaridade com
Língua Portuguesa ao aplicar a
habilidade EF89LP03, com foco
em analisar textos de opinião
(comentários, posts de blog e de
redes sociais, memes, gifs etc.)
e posicionar-se de forma crítica e
fundamentada, ética e respeito-
sa frente a fatos e opiniões rela-
cionados a esses textos. Se pos-
sível, convidar o professor desse
componente curricular para desenvolverem jun-
tos a temática proposta.
Promover a leitura compartilhada do texto da
página 122. Fazer paradas para comentários e
esclarecimentos de dúvidas. Destacar o contexto
do surgimento do movimento Black Lives Mat-
ter nos Estados Unidos e a repercussão dele entre
os movimentos sociais negros no Brasil. Se julgar
adequado, ler para os estudantes o excerto da
seção Texto complementar. Também ressaltar
a importância das mídias sociais na divulgação e
propagação desse e de outros movimentos pelo
mundo.
Encaminhar e orientar a pesquisa proposta
dos grupos ao longo do trabalho. Para a esco-
lha das redes sociais, sugerimos aquelas que são
mais utilizadas pelos estudantes, facilitando,
assim, o processo de pesquisa dos dados. É im-
portante garantir que os grupos trabalhem com
redes sociais diferentes, permitindo que, nas tro-
cas de mensagens entre os usuários, seja possível
comparar o tipo de abordagem do tema feito nas
diversas redes.
Em relação à amostra, é importante que todos
os grupos trabalhem com os mesmos parâmetros,
para tornar a comparação dos dados possível. Esse
momento, previsto na etapa 2, pode ser realizado
coletivamente com a mediação do professor.
Existem aplicativos gratuitos disponíveis na in-
ternet que montam nuvens de palavras. Solicitar
que os estudantes usem a imaginação e as ferra-
mentas digitais disponíveis ao longo da proposta.
No momento do debate, questionar os estu-
dantes a respeito do que puderam aprender so-
bre os movimentos negros no Brasil e, diante do
contexto estudado, por que esses movimentos
são importantes.
TEXTO
COMPLEMENTAR
Como três mulheres
criaram o movimento
global Black Lives Matter a
partir de uma hashtag
Das muitas causas pelas quais
o ano de 2020 será lembrado,
uma é a ascensão do movimen-
to Black Lives Matter (vidas ne-
gras importam) não apenas nos
Estados Unidos, mas em todo o
mundo.
Seus apoiadores lideraram
grandes manifestações e campa-
nhas notáveis contra o racismo e
a brutalidade policial contra pes-
soas negras.
Mas poucos sabem que o BLM,
em português “vidas negras im-
portam”, foi uma ideia criada por
três mulheres.
[...]
Alicia Garza, Patrisse Cullors e
Opal Tometi fundaram um movi-
mento baseado em uma hashtag
das redes sociais, transformando
a política. Uma hashtag é uma
forma de ressaltar ideias e juntar
publicações sobre um tópico.
Em 2013, quando George Zim-
merman, homem acusado de
matar o adolescente negro Tray-
von Martin, foi considerado ino-
cente na Justiça, Alicia Garza
fez uma postagem indignada no
Facebook. Seu texto, em que ela
dizia estar passando por um luto,
incluía a frase “black lives mat-
ter”. Foi uma faísca.
Sua amiga Patrice Cullors leu a
publicação e escreveu uma res-
posta, transformando a expres-
são de Garza em uma hashtag:
“#blacklivesmatter”.
Com a hashtag se popularizan-
do no Facebook e no Twitter, Gar-
za, Cullors e outra amiga ativista,
Opal Tometi, criaram uma rede
com o nome Black Lives Matter,
que logo foi adotada em protes-
tos pelos Estados Unidos. O mo-
vimento se espalhou no mundo
inteiro. O Brasil tem seu próprio
“Vidas Negras Importam”, por
exemplo.
[...]
COMO três mulheres criaram o movimento
global Black Lives Matter a partir de uma
hashtag. BBC News Brasil, São Paulo, 20
dez. 2020. Disponível em: https://www.bbc.
com/portuguese/geral-55387003.Acesso
em: 13 jul. 2022.
Competências
• Gerais: 1, 4, 5, 7 e 9
• Ciências Humanas: 1, 2, 5 e 6
• Geografia: 5, 6 e 7
Habilidades
• Atende-se à habilidade
EF08GE20 com foco em ana-
lisar características de países
(Estados Unidos) da América
no que se refere aos aspectos
populacionais (violência e discri-
minação racial).
Interdisciplinaridade com...
Língua Portuguesa:
• EF89LP03 Analisar textos de
opinião (artigos de opinião,
editoriais, cartas de leitores, co-
mentários, posts de blog e de
redes sociais, charges, memes,
gifs etc.) e posicionar-se de
forma crítica e fundamentada,
ética e respeitosa frente a fatos
e opiniões relacionados a esses
textos.
BNCC
As mídias sociais trazem muitas informações e opiniões sobre temas da atualidade. Em
grupos, vocês pesquisarão conteúdos relacionados ao movimento Black Lives Matter comparti-
lhados em redes sociais. Sigam as orientações.
Etapa 1:
Organizem-se em grupos. Depois, escolham uma rede social em que pelo menos
um dos membros do grupo seja usuário.
Etapa 2:
Depois de escolher a rede social, definam os critérios para selecionar os conteúdos.
Lembrem-se: os perfis e as postagens analisados devem ser em língua portuguesa,
de preferência de usuários brasileiros. Determinem um período para delimitar a
amostra (uma semana, uma quinzena do ano corrente ou de algum ano específico)
e o número de postagens que serão analisadas (25, 50, 100, 200 etc.).
Etapa 3:
Com os critérios de análise definidos, é hora de coletar os dados, tendo em vista
os seguintes aspectos:
• Quais são as principais hashtags associadas a #BlackLivesMatter e
#VidasNegrasImportam?
• Que tipos de imagens são mais recorrentes (selfies, fotografias jornalísticas, foto-
grafias de personalidades, montagens de texto e fotografia etc.)?
• Qual é o conteúdo dos vídeos de curta duração relacionados ao tema?
• Qual é o perfil das pessoas cujas postagens foram analisadas (gênero, idade,
onde moram, que atividades realizam)?
Etapa 4:
Organizem os dados. Sob orientação do professor, elaborem quadros, gráficos
ou outros recursos visuais para apresentar as informações. As principais hashtags,
por exemplo, podem ser apresentadas em forma de nuvem de palavras. Usem a
criatividade e os recursos disponíveis.
Etapa 5:
Analisem os dados organizados e respondam às questões:
• Qual é o perfil dos usuários que fazem postagens relacionadas ao movimento
Black Lives Matter e a outros movimentos ativistas negros?
• Quais são os principais temas relacionados a #BlackLivesMatter e
#VidasNegrasImportam?
• No entendimento de vocês, essas postagens se dirigem a que tipo de público?
• Nas postagens analisadas, o movimento Black Lives Matter e o ativismo negro
são mais apoiados ou criticados? Apresentem alguns exemplos extraídos das
postagens.
Etapa 6:
Elaborem um relatório com as principais conclusões do grupo, incluindo o material
organizado na etapa 3. Depois, com a mediação do professor, conversem com os
outros grupos, destacando os aspectos que mais chamaram a atenção de vocês.
Etapa 7:
Pensem em uma forma de divulgar o resultado da pesquisa na comunidade escolar
e nas redes sociais, usando as hashtags#BlackLivesMatter, #VidasNegrasImportam
e outras que vocês julgarem importantes para relacionar ao assunto.
123
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Movimentos negros nas mídias sociais
O movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras
Importam”) surgiu nos Estados Unidos em 2013 para denun-
ciar a violência policial, o racismo e a discriminação no país.
O slogan e a hashtag #BlackLivesMatter começaram a
ser amplamente usados nas redes sociais e nas manifestações
que protestavam contra a morte de afro-americanos por poli-
ciais. Em maio de 2020, a morte de George Floyd (1973-2020),
asfixiado por um policial branco, gerou uma onda de protes-
tos e manifestações nos Estados Unidos e em diversos países.
No Brasil, a violência policial também é um grave pro-
blema enfrentado pela população negra. Isso fez com que o
movimento Black Lives Matter ou Vidas Negras Importam
tivesse grande repercussão entre os movimentos ativistas
negros brasileiros.
E AGIR
PENSAR
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
Slogan: palavra, expressão ou frase de
fácil memorização, geralmente utilizada
em campanhas políticas e publicitárias.
Hashtag: palavra (ou conjunto de
palavras unidas) antecedida pelo símbolo
(#), usada geralmente para identificar
assuntos nas redes sociais e facilitar a
busca pelos usuários.
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Protesto pela
morte de
George FLoyd
em Miami,
EUA, 2020. No
cartaz, lê-se
"Justiça para
George Floyd".
122
com
CONEXÃO
LÍNGUA
PORTUGUESA
123122
BNCC NA UNIDADE
BNCC
Ao longo da unidade, o quadro indica a rela-
ção entre o conteúdo trabalhado e as habili-
dades. São apresentadas, ainda, as compe-
tências gerais, por área e específicas em des-
taque, assim como, no Interdisciplinaridade
com..., as habilidades e abordagens relacio-
nadas a outros componentes curriculares.
COMPETÊNCIAS
Relação das competências gerais,
competências específicas por área
(Ciências Humanas) e competências
específicas de Geografia trabalhadas
na unidade, de acordo com a BNCC.
HABILIDADES
Relação das habilidades, de acordo
com a BNCC, vinculadas aos conteú-
dos trabalhados na unidade.
TEXTOS
COMPLEMENTARES
Textos que visam aprofun-
dar conteúdos abordados
no Livro do estudante. São
textos variados que também
servem de leitura para am-
pliação de informações para
o professor.
ATIVIDADES
COMPLEMENTARES
Sugestões de atividades
extras, cujo objetivo é am-
pliar o estudo de conceitos
da unidade ou dos temas
abordados.
V
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A COLEÇÃO . . . . . . . . . . . . VII
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII
1. Mudanças no ensino de Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII
1.1 A BNCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX
1.1.1 Competências e habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
2. Proposta teórico-metodológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVIII
2.1 Expectativas de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX
2.2 Conceitos da Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX
2.3 Escalas de análise espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXII
2.4 A Cartografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIII
2.4.1 Cartografia e educação inclusiva . . . . . . . . .XXIV
2.4.2 Mapas digitais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXVI
2.4.3 Mapas digitais colaborativos . . . . . . . . . . . . . XXVII
2.5 Interdisciplinaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXIX
2.6 O trabalho com os temas contemporâneos
transversais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXI
2.7 O trabalho com a diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXII
3. Recursos e estratégias didáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII
3.1 Sugestões para o uso da obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIII
3.1.1 Como usar o livro em salas compostas
de grupos grandes de estudantes . . . . . . . XXXIV
3.2 Estudo do meio e trabalho de
campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXIV
3.2.1 Possíveis riscos para saídas de
campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVI
3.3 Geografia e a alfabetização contínua . . . . . . . . . XXXVII
3.3.1 Gêneros textuais e linguagens
diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XXXVII
3.4 Tecnologias digitais de comunicação
e informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XXXVIII
3.4.1 As “novas tecnologias” na escola . . . . . . . XXXIX
3.4.2 O pensamento computacional . . . . . . . . . . . . . XLI
3.5 Práticas de pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIII
3.6 Trabalhos em grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLIV
3.7 Jogos tradicionais e eletrônicos (games) . . . . . . . .XLIV
3.7.1 Games . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .XLV
3.8 Aprendizagem baseada em problemas . . . . . . . . . . XLVI
3.9 Aprendizagem baseada em projetos . . . . . . . . . . . . XLVII
3.10 Sala de aula invertida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVII
3.11 Inclusão em sala de aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XLVIII
3.11.1 O bullying e a saúde mental . . . . . . . . . . . XLVIII
3.11.2 A cultura de paz na escola . . . . . . . . . . . . . .XLIX
4. Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L
4.1 Mapa conceitual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LI
4.2 Portfólio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LII
4.3 Contrato didático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIII
4.4 Autoavaliação e ensino-aprendizagem . . . . . . . . . . . LIV
5. Referências bibliográficas consultadas e
recomendadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV
5.1 Livros e outras publicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LIV
5.2 Sites consultados e recomendados . . . . . . . . . . . . . . LXIII
6. Seleção dos conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXIV
6.1 Quadro de conteúdos, objetos de conhecimento
e habilidades da BNCC do volume . . . . . . . . . . . . . . . . LXV
6.2 Objetivos e justificativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXVII
Unidade 1 – Conhecer o espaço mundial
Unidade 2 – Dinâmicas da população mundial
Unidade 3 – América
Unidade 4 – América Anglo-Saxônica
Unidade 5 – América Latina: território e sociedade
Unidade 6 – América Latina: regiões e economia
Unidade 7 – África: território, imperialismo e conflitos
Unidade 8 – África: sociedade e economia
6.3 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXXI
Unidade 1 – Conhecer o espaço mundial
Unidade 2 – Dinâmicas da população mundial
Unidade 3 – América
Unidade 4 – América Anglo-Saxônica
Unidade 5 – América Latina: território e sociedade
Unidade 6 – América Latina: regiões e economia
Unidade 7 – África: território, imperialismo e conflitos
Unidade 8 – África: sociedade e economia
6.4 Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LXXIV
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
ESPECÍFICAS DO VOLUME 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .LXXX
VI
INTRODUÇÃO
Colegas professores, convidamos vocês a iniciar nosso diálogo com algumas perguntas que
nos fazem refletir sobre a Geografia na escolados dias atuais.
Como a Geografia contribui para a compreensão do mundo contemporâneo, relacionando-
-o com a vida cotidiana?
Que conteúdos, conceitos e categorias trabalhados na Geografia os estudantes devem
apreender para desvendar os acontecimentos do seu mundo?
Qual é o papel do professor de Geografia diante do jovem considerado um “nativo digital”?
As respostas passam pela concepção de estudante, de escola, de educação e de Geografia.
Nesta coleção, concebemos o estudante como sujeito das relações no processo de apren-
dizagem, e o professor como mediador entre o conhecimento e o estudante, no sentido
de promover situações de problematização dos fatos, de relação com os lugares de vivência,
de protagonismos em pesquisas e discussões, de superação do senso comum, entre outras.
Quanto à concepção de Geografia, é importante esclarecer que o objeto central de estudo é
o espaço geográfico que, associado aos saberes científicos da disciplina, deve contribuir para
a compreensão dos fatos e a busca por um mundo melhor para todos e todas.
Pode-se dizer que o papel da escola, sobretudo do professor de Geografia, nunca foi tão
desafiador, não só porque o mundo está em constante e veloz mudança, mas também porque
os mais diversos entendimentos sobre o mundo são divulgados em segundos e comentados
por milhões de pessoas instantaneamente.
O excessivo apelo ao consumo, aliado à facilidade na disseminação de opiniões e de notí-
cias – muitas vezes falsas –, estabelece, para o professor de Geografia, o desafio de romper
com a banalização dos acontecimentos e a indiferença da sociedade em relação aos problemas
humanos, sociais e ambientais.
Um dos caminhos é possibilitar ao estudante o trabalho com as “ferramentas” próprias
da Geografia e de outras ciências para analisar, refletir, emitir opiniões bem fundamentadas e
fazer uma leitura crítica do mundo e das vivências, o que significa compreender a realidade e
pensar possibilidades para um mundo melhor.
Ao mesmo tempo, devemos pensar na formação do cidadão1 , que convive com as diferen-
ças nos seus aspectos cultural, étnico-cultural, de gênero, etário, entre outras, contribuindo
para a promoção do respeito ao outro e à diversidade.
Enfim, são grandes os desafios que dependem de um conjunto de atores e forças, aos
quais nos unimos: docentes, pais, estudantes, gestores, políticas públicas, movimentos sociais
e todos aqueles comprometidos com um país melhor para todas as pessoas.
1 Para ampliar essa reflexão, sugerimos a leitura do livro O espaço do cidadão, de Milton Santos (2014).
ORIENTAÇÕES GERAIS
PARA A COLEÇÃO
VII
Ao conversar sobre as aulas de Geografia com pessoas que frequentaram a escola nas décadas de 1960
ou 1970, é comum ouvir relatos de experiências que não contribuíam efetivamente para a compreensão do
mundo, como decorar nomes de rios, países e capitais e reproduzir e pintar mapas. Embora não constituam
regra, esses exemplos ilustram práticas comuns em um momento no qual a Geografia era considerada uma
disciplina repleta de conteúdo para decorar. Já na década de 1970, o geógrafo francês Yves Lacoste, em seu
livro A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra (2008), estabelecia novos para-
digmas para a Geografia e para o seu ensino nas escolas. De modo geral, a obra representa um marco para
a ciência geográfica e, desde então, norteia o fazer e o pensar de geógrafos e professores de Geografia,
bem como fez faz críticas à Geografia que a precedeu2 , que se convencionou chamar Geografia tradicional.
Lacoste apontou a neutralidade científica, o aspecto descritivo e a compartimentação do conhecimento
da Geografia ensinada nas escolas e, também, daquela produzida nas instituições acadêmicas e de pesquisa.
Para a chamada Geografia tradicional, o conhecimento era um saber neutro, que não abordava as relações
sociais e as contradições que envolviam a produção do espaço geográfico. Na escola, a Geografia não tinha
a preocupação com os lugares de vivência nem incentivava os estudantes a se perceber como sujeitos de sua
realidade, podendo, portanto, transformá-la.
A questão do método passou a ser intensamente debatida na ciência geográfica, visando à superação de
uma ciência pautada no Positivismo, corrente que sustentava as Ciências Humanas. Esse movimento de dis-
cussão e renovação metodológica é o que passou a ser denominado Geografia crítica.
No Brasil, a partir da década de 1980, estudos acadêmicos fizeram críticas à chamada Geografia escolar
e buscaram meios para minimizar a compartimentação dos conteúdos e o distanciamento entre o ensino de
Geografia e a realidade social, política e econômica do país.
A busca pela renovação da Geografia escolar era parte do movimento de renovação curricular, que centrava
esforços na “melhoria da qualidade de ensino, a qual necessariamente passava por uma revisão dos conteúdos
e das formas de ensinar e aprender das diferentes disciplinas dos currículos da escola básica” (PONTUSCHKA;
CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 37). Um dos documentos que marcaram fortemente esse movimento de reno-
vação foi a proposta da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp), da Secretaria de Educação
do Estado de São Paulo, que inspirou propostas curriculares de outras Unidades da Federação, assim como o
Movimento de Reorientação Curricular promovido pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo em 1992.
Outro marco importante para o ato de repensar o currículo foi a publicação, em âmbito nacional, dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), nos anos 1990, que propunha conteúdos conceituais, temas trans-
versais e orientações didáticas específicas para as disciplinas escolares. Os PCN de Geografia pretendiam re-
forçar a importância social dessa disciplina, buscar um ensino para a conquista da cidadania, trabalhar meios
para os estudantes receberem informação e formação considerando conteúdos conceituais, atitudinais e
procedimentais. Outro aspecto importante era a intercessão da Geografia com outros campos do saber,
como a Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas, entre outros (BRASIL, 1997a).3
Nas décadas de 2000 e 2010, houve uma tendência das Unidades da Federação e dos municípios de ela-
borarem seus próprios documentos curriculares, valendo-se da autonomia garantida pelas legislações e reve-
lando diferentes possibilidades de organização curricular.
2 Lacoste (2008) faz críticas à Geografia a qual ele denominou “Geografia dos professores”, que caracterizava não só a escola de nível médio, mas também os cursos
universitários.
3 A proposta da Cenp e os PCN não ficaram livres de críticas, sendo que as principais delas foram, respectivamente, a de que não atingiu a prática da maior parte
dos professores das redes públicas e a pequena participação, na sua elaboração, dos professores da Educação Básica. Independentemente das críticas e das linhas
metodológicas, os dois documentos contribuíram imensamente para reflexões sobre a Geografia escolar, entendendo-a como uma disciplina que vai muito além da
memorização de conteúdos e da reprodução de mapas.
1 MUDANÇAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
VIII
Destaca-se também o aumento do número de pesquisas e de grupos de estudo nas universidades bra-
sileiras e a maior frequência dos encontros na área de didática da Geografia e da educação geográfica, re-
velando maior preocupação com o tema. Pesquisadores, docentes e autores de livros didáticos passaram a
repensar a função social da Geografia, apontando para a superação da chamada Geografia tradicional e en-
fatizando a importância de levar em conta os conhecimentos prévios dos estudantes para a construção dos
saberes geográficos e dos raciocínios espaciais.
A partir da segunda metade da década de 2010, educadores brasileiros, pesquisadores e a sociedade civil
se organizaram em movimentos que deram origem à criação uma base curricular nacional, que resultou na
publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2018. Grandeparte das discussões recentes so-
bre a Geografia escolar está contemplada na BNCC, sobre a qual nos detemos a seguir.
A BNCC
A BNCC teve suas primeiras versões publicadas na segunda metade da década de 2010, orientada pelos
princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e pelos marcos legais vigentes no Brasil. O documento
define as aprendizagens essenciais, indica conhecimentos e competências que se espera que os estudantes
desenvolvam ao longo da Educação Básica e explicita as especificidades e o papel das áreas do conhecimen-
to (no caso da Geografia, as Ciências Humanas) e dos componentes curriculares na formação do estudante
do Ensino Fundamental, na aplicação e no desenvolvimento de diferentes competências e habilidades.
Ao apresentar a Geografia, a BNCC aponta que a grande contribuição desse componente curricular aos
estudantes da Educação Básica é “desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico
para representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando componentes da
sociedade e da natureza” (BRASIL, 2018, p. 360). De acordo com a BNCC, o raciocínio geográfico, que
é uma maneira de exercitar o pensamento, envolve princípios para compreender aspectos fundamentais da
realidade, conforme expostos no quadro 1.
1.1
QUADRO 1 – DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO
Princípio Descrição
Analogia
Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos
geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre.
Conexão
Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, mas sempre em interação com outros fenômenos
próximos ou distantes.
Diferenciação*
É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima),
resultando na diferença entre áreas.
Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.
Extensão Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.
Localização
Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um
sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de relações espaciais topológicas ou
por interações espaciais).
Ordem**
Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Refere-se ao modo de
estruturação do espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o produziu.
FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016.
*MOREIRA, Ruy. A diferença e a geografia: o ardil da identidade e a representação da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n.
1, p. 41-58, 1999.
**MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (org.). Novos rumos da geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982. p. 35-49.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 360. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
IX
1.1.1 • Competências e habilidades
As competências referem-se à “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida coti-
diana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8).
Na BNCC, as competências apresentam-se em diversos níveis. No plano das competências gerais para
a Educação Básica, elas se inter-relacionam e perpassam todos os componentes curriculares.
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem
ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p.
9-10. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
X
No âmbito das Ciências Humanas, conforme exposto na BNCC, as competências devem propiciar aos
estudantes a capacidade de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e
culturais e de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais.
No âmbito da Geografia, as competências contribuem para a formação das identidades e para a leitura
de mundo. É imprescindível, para isso, desenvolver o pensamento espacial dos estudantes, estimulando seu
raciocínio geográfico.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma
sociedade plural e promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico-informacional com base nos
conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para
intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humanona natureza e na sociedade, exercitando a
curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de
modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes
culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento
e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos
em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender ideias
e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a
responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais
de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização,
distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p.
357. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em:
2 jul. 2022.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/natureza e exercitar o interesse e o
espírito de investigação e de resolução de problemas.
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos
objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza
ao longo da história.
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise
da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação,
distribuição, extensão, localização e ordem.
XI
Nos Anos Finais (6o ao 9o) do Ensino Fundamental, devem ser garantidas a continuidade e a progressão
das aprendizagens dos Anos Iniciais (1o ao 5o) em níveis crescentes de complexidade da compreensão.
Para garantir o desenvolvimento das competências propostas e da progressão das aprendizagens, a BNCC
apresenta um conjunto de habilidades que “expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asse-
guradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares” (BRASIL, 2018, p. 29). Essas habilidades estão
organizadas por componente curricular e ano, relacionadas a diferentes unidades temáticas e objetos de co-
nhecimento, entendidos como conteúdos, conceitos e processos. A numeração sequencial que identifica as
habilidades (por exemplo: EF06GE01) não indica uma ordem esperada das aprendizagens, tão somente indi-
ca a organização de determinada habilidade da etapa do ensino (EF – Ensino Fundamental), ano (06), com-
ponente curricular (Geografia) e, por fim, a habilidade indicada. Além disso, o agrupamento das habilidades
não é um modelo obrigatório para os currículos, como é esclarecido no documento.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes
gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural,
social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e
soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista
que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem
preconceitos de qualquer natureza.
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos,
democráticos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p.
366. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
A seguir, estão apresentados quadros com as unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilida-
des do componente curricular de Geografia, na BNCC para cada ano do Ensino Fundamental – Anos Finais.
Nas páginas LXV e LXVI, oferecemos um quadro dos conteúdos e conceitos trabalhados em cada volume
e os respectivos objetos de conhecimento e habilidades que estão relacionados a eles. Essas relações com as
competências e habilidades da BNCC também são sinalizadas no início de cada unidade das Orientações
específicas deste Manual.
[...] Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegu-
rar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os alunos
aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração
de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:
educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
XII
GEOGRAFIA • 6o ANO
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu
lugar no mundo
Identidade
sociocultural
• (EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência
e os usos desses lugares em diferentes tempos.
• (EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de
sociedade, com destaque para os povos originários.
Conexões e
escalas
Relações entre os
componentes físico-
naturais
• (EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a
circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.
• (EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento
superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais
componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua
localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.
• (EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e
formações vegetais.
Mundo do
trabalho
Transformação das
paisagens naturais e
antrópicas
• (EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas
pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do
processo de industrialização.
• (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a
partir do surgimento das cidades.
Formas de
representação
e pensamento
espacial
Fenômenos naturais e
sociais representados
de diferentes maneiras
• (EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e
numéricas dos mapas.
• (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis
topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e
estruturas da superfície terrestre.
Natureza,
ambientes e
qualidade de
vida
Biodiversidade e ciclo
hidrológico
• (EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de
terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos
(sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas
vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.
• (EF06GE11) Analisar distintasinterações das sociedades com a natureza,
com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as
transformações da biodiversidade local e do mundo.
• (EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das
principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as
transformações nos ambientes urbanos.
Atividades humanas e
dinâmica climática
• (EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das
práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
XIII
GEOGRAFIA • 7o ANO
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu
lugar no mundo
Ideias e concepções
sobre a formação
territorial do Brasil
• (EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de
comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação
territorial do Brasil.
Conexões e
escalas
Formação territorial do
Brasil
• (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais
na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os
conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.
• (EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades
dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de
quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras,
entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais
dessas comunidades.
Características da
população brasileira
• (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da população brasileira,
considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia
e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões
brasileiras.
Mundo do
trabalho
Produção, circulação
e consumo de
mercadorias
• (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas das alterações
ocorridas entre o período mercantilista e o advento do capitalismo.
• (EF07GE06) Discutir em que medida a produção, a circulação e o
consumo de mercadorias provocam impactos ambientais, assim como
influem na distribuição de riquezas, em diferentes lugares.
Desigualdade social e o
trabalho
• (EF07GE07) Analisar a influência e o papel das redes de transporte e
comunicação na configuração do território brasileiro.
• (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos de industrialização e
inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território
brasileiro.
Formas de
representação
e pensamento
espacial
Mapas temáticos do
Brasil
• (EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive
utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas
do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e
analogias espaciais.
• (EF07GE10) Elaborar e interpretar gráficos de barras, gráficos de setores e
histogramas, com base em dados socioeconômicos das regiões brasileiras.
Natureza,
ambientes e
qualidade de
vida
Biodiversidade
brasileira
• (EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no
território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas
Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).
• (EF07GE12) Comparar unidades de conservação existentes no Município
de residência e em outras localidades brasileiras, com base na organização
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
XIV
GEOGRAFIA • 8o ANO
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu
lugar no mundo
Distribuição da
população mundial
e deslocamentos
populacionais
• (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana
pelo planeta e os principais fluxos migratórios em diferentes períodos da
história, discutindo os fatores históricos e condicionantes físico-naturais
associados à distribuição da população humana pelos continentes.
Diversidade e dinâmica
da população mundial
e local
• (EF08GE02) Relacionar fatos e situações representativas da história
das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a
diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.
• (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica,
considerando características da população (perfil etário, crescimento
vegetativo e mobilidade espacial).
• (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina
(movimentos voluntários e forçados, assim como fatores e áreas de
expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
Conexões e
escalas
Corporações
e organismos
internacionais e
do Brasil na ordem
econômica mundial
• (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e
país para o entendimento de conflitos e tensões na contemporaneidade,
com destaque para as situações geopolíticas na América e na África e suas
múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
• (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais nos processos
de integração cultural e econômica nos contextos americano e africano,
reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas desses processos.
• (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e
geopolíticos da ascensão dos Estados Unidos da América no cenário
internacional em sua posição de liderança global e na relação com a China
e o Brasil.
• (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América
Latina e da África, assim como da potência estadunidense na ordem
mundial do pós-guerra.
• (EF08GE09) Analisar os padrões econômicos mundiais de produção,
distribuição e intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, tendo
como referência os Estados Unidos da América e os países denominados de
Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
• (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos movimentos sociais
brasileiros, no campo e na cidade, comparando com outros movimentos
sociais existentes nos países latino-americanos.
• (EF08GE11) Analisar áreas de conflito e tensões nas regiões de fronteira
do continente latino-americano e o papel de organismos internacionais e
regionais de cooperação nesses cenários.
• (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos
organismos de integração do território americano (Mercosul, OEA, OEI,
Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre outros).
XV
GEOGRAFIA • 8o ANO
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Mundo do
trabalho
Os diferentes contextos
e os meios técnico
e tecnológico na
produção
• (EF08GE13) Analisar a influência do desenvolvimento científico e
tecnológico na caracterização dos tipos de trabalho e na economia dos
espaços urbanos e rurais da América e da África.
• (EF08GE14) Analisar os processos de desconcentração, descentralização e
recentralização das atividades econômicas a partir do capital estadunidense
e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque para o Brasil.
Transformações do
espaço na sociedade
urbano-industrial na
América Latina
• (EF08GE15) Analisar a importância dos principais recursos hídricos da
América Latina (Aquífero Guarani, Bacias do rio da Prata, do Amazonas e
do Orinoco, sistemas de nuvens na Amazônia e nos Andes, entre outros) e
discutir os desafios relacionados à gestão e comercialização da água.
• (EF08GE16) Analisar as principais problemáticas comuns às grandes cidades
latino-americanas, particularmente aquelas relacionadas à distribuição,
estrutura e dinâmica da população e às condições de vida e trabalho.
• (EF08GE17) Analisar a segregação socioespacial em ambientes urbanos
da América Latina, com atenção especial ao estudo de favelas, alagados e
zona de riscos.
Formas de
representação
e pensamento
espacial
Cartografia:
anamorfose, croquis
e mapas temáticos da
América e África
• (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de representação
cartográfica para analisar as redes e as dinâmicas urbanas e rurais,
ordenamento territorial, contextos culturais, modo de vida e usos e
ocupação de solos da África e América.• (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e
anamorfoses geográficas com informações geográficas acerca da África e
América.
Natureza,
ambientes e
qualidade de
vida
Identidades e
interculturalidades
regionais: Estados
Unidos da América,
América espanhola e
portuguesa e África
• (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da
América e da África no que se refere aos aspectos populacionais, urbanos,
políticos e econômicos, e discutir as desigualdades sociais e econômicas e
as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração
na produção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
• (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto
geopolítico, sua relevância para os países da América do Sul e seu valor como
área destinada à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
Diversidade ambiental
e as transformações
nas paisagens na
América Latina
• (EF08GE22) Identificar os principais recursos naturais dos países da
América Latina, analisando seu uso para a produção de matéria-prima e
energia e sua relevância para a cooperação entre os países do Mercosul.
• (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por
meio da cartografia, aos diferentes povos da região, com base em aspectos
da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
• (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países
latino-americanos (como exploração mineral na Venezuela; agricultura
de alta especialização e exploração mineira no Chile; circuito da carne
nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba;
polígono industrial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centro-
oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
XVI
GEOGRAFIA • 9o ANO
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
O sujeito e seu
lugar no mundo
A hegemonia europeia
na economia, na
política e na cultura
• (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a hegemonia europeia
foi exercida em várias regiões do planeta, notadamente em situações de
conflito, intervenções militares e/ou influência cultural em diferentes tempos
e lugares.
Corporações
e organismos
internacionais
• (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações internacionais e das
organizações econômicas mundiais na vida da população em relação ao
consumo, à cultura e à mobilidade.
As manifestações
culturais na formação
populacional
• (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais de minorias
étnicas como forma de compreender a multiplicidade cultural na escala
mundial, defendendo o princípio do respeito às diferenças.
• (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos modos de viver de
diferentes povos na Europa, Ásia e Oceania, valorizando identidades e
interculturalidades regionais.
Conexões e
escalas
Integração mundial e
suas interpretações:
globalização e
mundialização
• (EF09GE05) Analisar fatos e situações para compreender a integração
mundial (econômica, política e cultural), comparando as diferentes
interpretações: globalização e mundialização.
A divisão do mundo em
Ocidente e Oriente
• (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo em Ocidente e
Oriente com o Sistema Colonial implantado pelas potências europeias.
Intercâmbios históricos
e culturais entre
Europa, Ásia e Oceania
• (EF09GE07) Analisar os componentes físico-naturais da Eurásia e os
determinantes histórico-geográficos de sua divisão em Europa e Ásia.
• (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, considerando o
movimento de fronteiras, tensões, conflitos e múltiplas regionalidades na
Europa, na Ásia e na Oceania.
• (EF09GE09) Analisar características de países e grupos de países
europeus, asiáticos e da Oceania em seus aspectos populacionais, urbanos,
políticos e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais e econômicas
e pressões sobre seus ambientes físico-naturais.
Mundo do
trabalho
Transformações do
espaço na sociedade
urbano-industrial
• (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de industrialização na
produção e circulação de produtos e culturas na Europa, na Ásia e na
Oceania.
• (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas decorrentes
do processo de industrialização com as transformações no trabalho em
diferentes regiões do mundo e suas consequências no Brasil.
Cadeias industriais e
inovação no uso dos
recursos naturais e
matérias-primas
• (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às transformações da
produção agropecuária, à expansão do desemprego estrutural e ao papel
crescente do capital financeiro em diferentes países, com destaque para o
Brasil.
• (EF09GE13) Analisar a importância da produção agropecuária na
sociedade urbano-industrial ante o problema da desigualdade mundial de
acesso aos recursos alimentares e à matéria-prima.
XVII
Com base nas recentes discussões sobre a Geografia escolar, na BNCC e em nossa experiência como educado-
res, a proposta teórico-metodológica desta coleção tem o espaço geográfico como objeto de estudo e os es-
tudantes como sujeitos, tanto nas relações socioespaciais quanto no processo de construção do conhecimento.
A coleção se aproxima, em muitos aspectos, da chamada Geografia crítica e, do ponto de vista pedagógico, da
corrente socioconstrutivista, com o professor como mediador no processo de ensino-aprendizagem.
Entendemos que a Geografia deve contribuir para que os estudantes compreendam o mundo e pensem
caminhos e atitudes propositivas, almejando uma sociedade mais justa. Deve, também, responder de que
formas e com quais objetivos os seres humanos produzem o espaço geográfico, revelando as contradições
presentes nesse processo, como, por exemplo, em sua relação com a natureza e na apropriação e no uso
dos recursos naturais. A busca por tais respostas é feita com o apoio das “ferramentas” e das “lentes” da
Geografia. Quando se usa as “lentes” da Geografia, vemos o que interessa à compreensão do espaço geo-
gráfico: que elementos o compõem, como esses elementos estão organizados e aparecem na paisagem, por
que estão organizados dessa forma, como o espaço geográfico é produzido, que agentes atuam em sua
GEOGRAFIA • 9o ANO
UNIDADES
TEMÁTICAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO HABILIDADES
Formas de
representação
e pensamento
espacial
Leitura e elaboração
de mapas temáticos,
croquis e outras formas
de representação para
analisar informações
geográficas
• (EF09GE14) Elaborar e interpretar gráficos de barras e de setores, mapas
temáticos e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas para
analisar, sintetizar e apresentar dados e informações sobre diversidade,
diferenças e desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais.
• (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões do mundo com base
em informações populacionais, econômicas e socioambientais representadas
em mapas temáticos e com diferentes projeções cartográficas.
Natureza,
ambientes e
qualidade de
vida
Diversidade ambiental
e as transformações
nas paisagens na
Europa, na Ásia e na
Oceania
• (EF09GE16) Identificar e comparar diferentes domínios morfoclimáticos da
Europa, da Ásia e da Oceania.
• (EF09GE17) Explicar as características físico-naturais e a forma de
ocupação e usos da terra em diferentes regiões da Europa, da Ásia e da
Oceania.
• (EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias industriais e de inovação e
as consequências dos usos de recursos naturais e das diferentes fontes
de energia (tais como termoelétrica, hidrelétrica, eólica e nuclear) em
diferentes países.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 384-395.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
2 PROPOSTA TEÓRICO-METODOLÓGICA
XVIII
produção, como ele pode ser transformado etc. Podemos dizer que as “lentes” da análise espacialou geo-
gráfica se referem aos conceitos usados pela ciência geográfica e ao modo como esses conceitos são usados
para a compreensão do espaço geográfico, conforme veremos no item 2.2. Muitas vezes, há a necessidade
de se usar outras “lentes”, de outras ciências, remetendo à interdisciplinaridade4.
Os saberes escolares trabalhados na coleção devem ser entendidos em diferentes dimensões: procedi-
mentos, atitudes e conceitos.
Os conteúdos procedimentais5, nesta coleção, estão integrados aos demais conteúdos e são traba-
lhados principalmente nas atividades e, particularmente, nas seções que fazem parte de cada unidade, in-
cluindo ações e dificuldades de acordo com o nível cognitivo dos estudantes. Habilidades como organizar,
relacionar, interpretar, justificar, aplicar, transferir, analisar situações-problema, pesquisar, concluir, opinar,
refletir etc. fazem parte do conteúdo procedimental, devendo ser entendidas como recursos cognitivos para
o desenvolvimento das competências6 necessárias para os estudantes atuarem com autonomia nos estudos e
na compreensão do espaço geográfico.
A preocupação com os conteúdos atitudinais, que se referem a valores, atitudes e normas (ZA-
BALA, 1998), faz-se presente em diversas temáticas trabalhadas na coleção (ações da sociedade
organizada em busca de melhores condições de vida, práticas sustentáveis na relação com o meio
etc.) e em propostas de atividades (cooperar com o grupo, responsabilizar-se por atividades etc.).
Vê-se, portanto, que os valores, ligados indissociavelmente aos conteúdos atitudinais, referem-se à
intervenção dos estudantes no seu espaço de vivência e na reflexão sobre si mesmos e sobre o outro
– sempre com base em um posicionamento teórico e ético que pressupõe o respeito aos direitos huma-
nos. Desse modo, os estudantes poderão posicionar-se frente àquilo que foi trabalhado em sala de aula
com base nesta obra, ocupando o lugar de sujeitos nos seus processos de aprendizagem e na operacio-
nalização dos instrumentos teóricos e analíticos que, agora, em sua posse, poderão servir para a cons-
trução de um mundo mais justo.
Por fim, reafirmamos a importância dos conteúdos conceituais, constituídos por conceitos, fatos, pro-
cessos históricos e naturais, que se articulam para a compreensão do espaço geográfico.
4 A interdisciplinaridade será tratada no item 2.5.
5 Por conteúdo procedimental, entende-se o “que inclui entre outras coisas as regras, as técnicas, os métodos, as destrezas ou habilidades, as estratégias, os procedimentos
– é um conjunto de ações ordenadas e com um fim, quer dizer, dirigidas para a realização de um objetivo. São conteúdos procedimentais: ler, desenhar, observar, calcular,
classificar, traduzir, recortar, saltar, inferir, espetar etc.” (ZABALA, 1998, p. 43-44).
6 Competência, aqui, é entendida como a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situação, como definida por Perrenoud (2000).
Assim, por exemplo, encontrar uma rua utilizando uma planta é uma situação que requer a competência de leitura de mapas, para a qual são mobilizados vários recursos
cognitivos, como decodificar os símbolos contidos na planta, realizar a leitura da legenda, aplicar noções de proporção e lateralidade etc.
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Relacionadas aos fundamentos teóricos e pedagógicos e ao desenvolvimento das competências e habi-
lidades envolvidas no processo de aprendizagem do Ensino Fundamental, explicitadas na BNCC, as expec-
tativas de aprendizagem desta coleção são:
• dominar ferramentas conceituais e procedimentais específicas da ciência geográfica para o entendimento do mundo em que se
vive, em diversas escalas espaciais e diversos aspectos, refletindo criticamente sobre problemas e contradições;
• compreender que o conhecimento científico pode contribuir para alcançar uma sociedade mais justa e democrática, construída
com a participação de diversos setores por meio de atitudes individuais e coletivas;
• compreender que as escalas local, regional, nacional e global se articulam e que essa articulação deve ser considerada na análise
dos fenômenos espaciais;
• compreender o mundo atual em sua diversidade, explicada pelas relações que as diferentes sociedades, no tempo e no espaço,
estabelecem com a natureza;
2.1
XIX
• reconhecer o papel dos diferentes agentes (naturais e humanos) na produção do espaço geográfico ao longo do tempo, avaliando
as consequências de suas ações e propondo soluções para os problemas;
• compreender que problemas socioespaciais, como as desigualdades e as más condições de vida, não são naturalmente estabe-
lecidos, mas sim produtos de processos históricos e estruturas econômicas que caracterizam a sociedade no tempo e no espaço;
• conhecer, produzir e/ou utilizar referenciais espaciais de localização e produtos cartográficos (mapas impressos e digitais, plantas,
maquetes, croquis) para encontrar lugares, localizar-se e deslocar-se no espaço, identificar e analisar fenômenos geográficos e
estabelecer relação entre eles;
• compreender que os fenômenos que ocorrem no espaço, sejam eles naturais, sociais, culturais, econômicos ou políticos, são
articulados;
• identificar elementos que compõem uma paisagem, utilizando procedimentos que permitam fazer sua leitura, como observação
e identificação, procurando compreender de que forma esses elementos se relacionam;
• reconhecer a diversidade de grupos sociais, desenvolvendo e enfatizando o respeito às diferenças e repudiando manifestações
de racismo e intolerância;
• valorizar e respeitar as relações que cada grupo social estabelece entre natureza e sociedade, reconhecendo o direito das manifes-
tações culturais dos diferentes povos;
• compreender que as redes e os fluxos do atual meio técnico-científico-informacional contribuíram para intensificar as relações
entre os espaços, em diferentes escalas, reconhecendo as desigualdades espaciais nessa intensificação;
• operar procedimentos de estudos e pesquisas de forma autônoma, relacionando conteúdos trabalhados com novos conheci-
mentos adquiridos em fontes diversas, reconhecendo o livro didático como um dos instrumentos de trabalho e consulta, e não
como o único;
• valorizar o conhecimento tradicional e a cultura popular, além de diferentes expressões artístico-culturais, analisando-as e relacio-
nando-as com o conhecimento científico produzido;
• utilizar procedimentos de leitura de textos e imagens, favorecendo competências linguísticas e de pensamento;
• reconhecer a importância de trabalhar em grupo, valorizando a convivência e a troca de ideias e conscientizando-se da importân-
cia do papel de cada um para que o grupo alcance os objetivos no processo de aprendizagem.
Mais adiante, apresentamos os objetivos de aprendizagem específicos para cada Unidade, seguidos de
suas justificativas.
CONCEITOS DA GEOGRAFIA
Para a sistematização do conhecimento, a Geografia se baseia em importantes conceitos. O mais amplo
deles é o espaço geográfico, entendido como fruto das relações entre o ser humano e a natureza ao longo
da história. Além dele, a Geografia se vale também dos conceitos de paisagem, lugar, região, território e
natureza, e de muitos outros importantes para o aprendizado.
A paisagem é um dos principais conceitos que aproximam o conhecimento prévio do estudante ao co-
nhecimento sistematizado. Aqui, no entanto, cabe uma advertência sobre as diferenças e as relações entre
paisagem e espaço, muitas vezes entendidos, equivocadamente, como sinônimos. Para isso, usamos as pala-
vras do geógrafo Milton Santos, que também faz referência ao conceito de configuração territorial.
2.2
Paisagem e espaço não são sinônimos. A paisagem é o conjunto de formas
que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessi-
vas relações localizadas entre homem e natureza. O espaço são essas formas
mais a vida que as anima.
XX
Tanto na ciência geográfica quanto na Geografia escolar, o uso do conceito paisagem vem sen-do retomado. Nas atividades escolares, a leitura da paisagem pode ocorrer de forma direta e indireta
(PANIZZA, 2014). A direta diz respeito ao que se encontra ao alcance da vista, quando se observa e se
analisa a paisagem em um trabalho de campo ou no cotidiano, nos arredores da escola ou do bairro,
por exemplo, identificando as mudanças que ocorrem ao longo do dia, de uma estação do ano para ou-
tra, entre outros aspectos. De forma indireta, a paisagem é observada quando se promove a leitura de
diversos tipos de imagens, como fotografias, vídeos, pinturas, histórias em quadrinhos ou, ainda, obras
literárias, poemas, relatos, músicas que remetam às características visíveis do espaço. A paisagem pode
ser ponto de partida para a “análise geográfica”.
Ao longo das unidades de cada volume, as imagens que retratam ou representam paisagens, sobretudo
as fotografias, são usadas para aproximar os estudantes do conteúdo ou do objeto de estudo. As diversas
atividades propostas ao longo do Livro do estudante proporcionam momentos privilegiados para o traba-
lho com habilidades necessárias à leitura da paisagem.
O conceito de lugar não deve ser confundido com a palavra “lugar”, ambos aparecendo em diferentes
momentos ao longo da obra. A palavra “lugar” remete à localização espacial, enquanto o conceito de lugar,
a uma dimensão relacionada aos vínculos afetivos com o espaço vivido que, com o avanço das tecnologias
de comunicação, está sendo ampliado – o que não significa dizer que está sendo desfrutado ou sendo alvo
de afetos, uma vez que crises estruturais do mundo contemporâneo e especialmente do mundo urbano
acabam por constituir espaços amnésicos (CARLOS, 2000). Portanto, está diretamente relacionado a espaços
com os quais os estudantes têm relação mais direta. Não podemos esquecer, ainda, que o lugar não se expli-
ca por si e, sempre que possível, deve ser relacionado a outros espaços (CAVALCANTI, 2003). Nesta coleção,
as atividades de levantamento dos conhecimentos prévios (que podem aparecer nas aberturas de unidades e
de temas) do boxe Investigar lugares e da seção Pensar e agir privilegiam a categoria lugar.
O conceito de região é muito utilizado no dia a dia das pessoas, apresentando diversos significados.
Na obra, região assume dois principais significados, que, em certos casos, estão integrados: o primeiro, de
localização e de extensão, como referência a um conjunto de áreas que apresentam semelhanças entre si
e que as distinguem de outras, por exemplo, a “região da indústria” ou a “região da soja”; o segundo, de
região administrativa, utilizada pelos governos federal, estadual e municipal para se referir a uma unidade
administrativa, como a Região Norte ou a Região Nordeste. Assim, trabalhamos a região como parte, subdi-
visão do espaço geográfico que apresenta, em sua extensão, características naturais, econômicas, históricas
e culturais comuns. Nesse contexto, regionalizar significa dividir o espaço geográfico de acordo com critérios
preestabelecidos. Devemos, no entanto, ressaltar que as regiões ou espaços no interior das regiões se inter-
-relacionam no âmbito nacional e mundial, considerando-se a complexidade das relações de produção em
um mundo cada vez mais globalizado, resultado do processo de expansão do capitalismo.
A palavra paisagem é frequentemente utilizada em vez da expressão con-
figuração territorial. Esta é o conjunto de elementos naturais e artificiais que
fisicamente caracterizam uma área. A rigor, a paisagem é apenas a porção da
configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Assim, quando se
fala em paisagem, há, também, referência à configuração territorial e, em muitos
idiomas, o uso das duas expressões é indiferente.
[...]
A paisagem existe através de suas formas, criadas em momentos históricos
diferentes, porém coexistindo no momento atual. No espaço, as formas de que se
compõe a paisagem preenchem, no momento atual, uma função atual, como respos-
ta às necessidades atuais da sociedade. [...]
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2006. p. 66-67.
XXI
O conceito de região é trabalhado principalmente do 7o ano em diante, de forma que os estudantes com-
preendam que não se trata de algo dado, estático e natural. Ao tratarmos das regiões brasileiras, no volume
do 7o ano, discutimos o fato de que a regionalização apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es-
tatística (IBGE) não constitui a única maneira de regionalizar o espaço brasileiro e que as regiões apresentam
diversidade em seu interior. Assim, não se trata de regiões dadas e estáticas em sua configuração territorial.
A categoria região ganha mais destaque no volume do 8o ano, quando o espaço geográfico mundial é es-
tudado com base em recortes regionais, estabelecendo-se relações com outras escalas sempre que se fizer
necessário, para o entendimento do conteúdo. No volume do 9o ano, encaminhamos uma discussão sobre
o conceito de região na escala mundial, destacando o fato de que a região é um produto da ação humana,
mesmo quando é usado um critério natural de regionalização.
O conceito de território se faz presente em toda a coleção. Além de ser trabalhado o conceito clássico liga-
do ao poder do Estado e aos limites legalmente estabelecidos, também são trabalhadas as ações sobre o terri-
tório procedentes de outras instâncias e outros atores, como organizações não governamentais e movimentos
da sociedade civil. Quando, por exemplo, trabalhamos com a organização do espaço em uma aldeia indígena,
tratamos de ações sobre o território, com suas “fronteiras” e seus “limites” construídos pelos atores que nes-
ses espaços agem e convivem. O texto a seguir trata dos diferentes atores que “produzem territórios”.
Do Estado ao indivíduo, passando por todas as organizações pequenas ou
grandes, encontram-se atores sintagmáticos que “produzem” o território. De
fato, o Estado está sempre organizando o território nacional por intermédio de
novos recortes, de novas implantações e de novas ligações. O mesmo se passa
com as empresas ou outras organizações [...]. O mesmo acontece com o indiví-
duo que constrói uma casa [...]. Em graus diversos, em momentos diferentes e
em lugares variados, somos todos atores sintagmáticos que produzem “territó-
rios”. Essa produção de território se inscreve perfeitamente no campo do poder
de nossa problemática relacional. Todos nós combinamos energia e informa-
ção, que estruturamos com códigos. Todos nós elaboramos estratégias de pro-
dução, que se chocam com outras estratégias em diversas relações de poder.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. 5. ed.
Campinas: Papirus, 2003. p. 108.
O conceito de natureza, na coleção, refere-se à natureza transformada, fruto da ação humana, e à dinâ-
mica própria dos elementos físico-naturais. De acordo com Cavalcanti (2003, p. 114), “é preciso construir no
ensino um conceito de natureza que seja instrumentalizador das práticas cotidianas dos estudantes, em seus
vários níveis, o que requer inserir esse conceito num quadro da problemática ambiental da atualidade”. Em
diversos momentos, problemáticas ambientais são tratadas na obra, principalmente no volume do 6o ano,
por conta dos temas físico-naturais, que se relacionam à dinâmica dos elementos da natureza e à relação
desta com os seres humanos na produção do espaço geográfico.
ESCALAS DE ANÁLISE ESPACIAL
As escalas de análise espacial devem ser entendidas como recortes do espaço estudado, como o bair-
ro, a comunidade, a aldeia indígena, o município, a Unidade da Federação, o país, a região, o mundo. Nesta
coleção, esses recortes espaciais auxiliam a estruturação de propostas de atividades e a distribuição dos con-
teúdos, possibilitando o trabalho com diversos temas e, inclusive, intervenções no lugar em que se vive.
2.3
XXII
[...] A capacidade de visualizar a organização espacial é um conhecimento
significativo para a participaçãoresponsável e consciente na resolução de pro-
blemas do sujeito pensante. Aquele que observa o espaço representa-o e tem
capacidade para ler as representações em diferentes escalas geográficas será
um sujeito cognoscitivo, que dará contribuições significativas na tomada de
decisões (2012, p. 39).
O “mundo em que os estudantes vivem” pode ser o bairro ou o município onde moram e onde se dão
as relações mais próximas e afetivas, até o espaço geográfico mundial, caracterizado, cada vez mais, pelas
ocorrências dos chamados “fenômenos globais”, sejam naturais, sejam relacionados à expansão do capital.
Em todos os volumes, principalmente nos dois primeiros, são propostas atividades de pesquisa para in-
vestigar, na escala local, conteúdos abordados em escalas mais amplas. As principais atividades que têm esse
objetivo são as que compõem o boxe Investigar lugares e a seção Conhecimento em ação.
No desenvolvimento dos conteúdos, é importante fazer a relação entre as escalas espaciais, pois elas não
existem de forma estanque na realidade. Essa importância se dá por vários motivos, como: intensificação
da relação do local com o global, em razão dos avanços técnicos no fluxo de pessoas, informações e mer-
cadorias; muitos fenômenos locais só podem ser entendidos plenamente quando se faz uma relação com
aspectos globais, nacionais ou regionais (por exemplo: para se estudar o clima no Brasil, é necessário trazer
a dimensão global, visualizando-se as zonas climáticas e a posição da Terra em relação ao Sol); o estudante
traz muitos conhecimentos prévios relacionados não só ao local mais próximo de vivência, como também
aos mais distantes, muitas vezes veiculados em notícias, programas de TV, filmes, sabedoria popular etc.
No volume do 6o ano, há a preocupação em variar e relacionar as escalas espaciais, do local (trabalhado
principalmente em atividades) ao global, de acordo com os temas trabalhados.
A escala espacial nacional ganha ênfase no volume do 7o ano, no qual tratamos de temáticas específicas
do espaço geográfico brasileiro, sem deixar de relacionar com outras escalas, na medida em que essas rela-
ções são necessárias para garantir a compreensão dos conteúdos.
Os volumes do 8o e 9o anos são estruturados principalmente com base na regionalização em conti-
nentes e grupos de países (regiões). Também são trabalhados temas como globalização e dinâmicas da
população mundial.
A CARTOGRAFIA
O trabalho com a Cartografia é fundamental para o entendimento da organização do espaço geográfi-
co, como afirma Passini,
2.4
A Cartografia deve ser explorada como uma linguagem com características específicas, sendo um impor-
tante instrumento para a leitura, apreensão e representação do espaço em suas diferentes escalas. Segundo
Joly, “uma vez que uma linguagem exprime, através do emprego de um sistema de signos, um pensamento
e um desejo de comunicação com outrem, a Cartografia pode, legitimamente, ser considerada como uma
linguagem” (2013, p. 11).
Na coleção, além de trabalharmos conteúdos de Cartografia, em uma unidade específica do volume do
6o ano, e na seção Interagir com mapas, em todos os volumes, produtos cartográficos (mapas, plantas,
croquis etc.) estão presentes na obra com diversos objetivos, como:
XXIII
• localizar fenômenos espaciais;
• obter informações sobre fenômenos possíveis de serem espacializados;
• analisar e correlacionar informações representadas;
• representar informações em croquis;
• conhecer ferramentas digitais para a busca de endereços etc.
Dessa maneira, portanto, dá-se continuidade ao processo de alfabetização cartográfica ou letramento car-
tográfico, iniciado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, buscando consolidar o conhecimento espacial e
cartográfico dos estudantes. Embora muitos estudantes cheguem aos Anos Finais do Ensino Fundamental com
noções apreendidas (de legenda, proporção, escala e orientação, por exemplo), alguns conhecimentos básicos
para a leitura de mapas são retomados na seção Interagir com mapas, explorados de acordo com o nível
cognitivo dos estudantes e relacionados ao tema tratado em determinado contexto. Assim, ao mesmo tempo
que se trabalha o fenômeno representado, exploram-se habilidades de leitura e análise de mapas.
2.4.1 • Cartografia e educação inclusiva
A inserção de estudantes com deficiência em classes de ensino regular é relativamente recente no sistema
de ensino brasileiro. Esse fato representa uma conquista para as pessoas com deficiência, assim como para
toda a comunidade escolar, que tem a oportunidade de lidar e trabalhar mais diretamente com a tolerância
e o respeito às diferenças.
Segundo a Política Nacional de Educação Especial7 , na perspectiva da educação inclusiva, a proposta pe-
dagógica da escola deve contemplar, no seu público-alvo, estudantes com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, garantindo, desse modo, seus direitos.
A educação especial deve, assim, articular-se com o ensino comum, cabendo à escola pesquisar, pensar,
materializar e colocar em prática estratégias e instrumentos que promovam a inserção no processo ensino-
-aprendizagem daqueles estudantes com deficiência. É necessário, pois, utilizar as tecnologias assistivas, de-
finidas a seguir.
[...] Tecnologia Assistiva é toda e qualquer ferramenta, recurso ou processo
utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e auto-
nomia à pessoa com deficiência. São consideradas Tecnologias Assistivas, por-
tanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada ou um lápis com
uma empunhadura mais grossa para facilitar a pressão, até sofisticados pro-
gramas especiais de computador que visam a acessibilidade.
GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes. Tecnologias Assistivas para autonomia do estudante
com necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 25-32,
jul. 2006. p. 26. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf.
Acesso em: 2 jul. 2022.
7 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF:
MEC: Seesp, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
As atividades desta coleção, que envolvem produção, leitura e análise de mapas e gráficos, podem ser
adaptadas para favorecer o trabalho com pessoas cegas ou com baixa visão, como a construção de maque-
tes e atividades com mapas e gráficos. Os próprios estudantes podem produzir materiais, substituindo cores
e símbolos por materiais de diferentes texturas, como lixa, plásticos, tecidos etc., e promovendo a realização
de atividades de forma tátil. Nesse contexto, os mapas táteis constituem tecnologias assistivas.
XXIV
Mapas como facilitadores na inclusão social de pessoas com
deficiência visual8
[...]
Se os mapas são importantes ou fazem parte da vida das pessoas normo-
visuais, para aquelas impossibilitadas de ver eles são igualmente importan-
tes para a compreensão geográfica do mundo; eles possibilitam a ampliação
da percepção espacial e facilitam a mobilidade. Para esses usuários, os mapas
precisam ser lidos com as mãos: eles não conseguem ler um mapa impresso
ou disposto na tela de um monitor de vídeo do computador ou do aparelho de
televisão.
Para serem lidos pelas pessoas cegas os mapas precisam ser transforma-
dos para a forma tátil, isto é, tudo que está em um mapa que é lido por quem
enxerga precisa de alguma maneira ser reelaborado para ser lido pelas mãos
do deficiente visual e compreendido por ele. Além disso, é preciso considerar
as limitações que a ausência da visão gera tanto na confecção quanto na leitu-
ra de mapas, assim como na forma própria de pessoas cegas organizarem e se
apropriarem do conhecimento.
[...]
O texto a seguir traz informações sobre mapas táteis. Instruções para elaboraçãode mapas táteis podem
ser acessadas no site indicado na referência do mesmo texto.
8 O uso dos termos “pessoa com deficiência visual”, “cego” e “pessoa com baixa visão”, ou a combinação desses termos, é uma opção amparada pelo consenso construído
em órgãos representativos das pessoas com deficiência e pela literatura especializada na área.
Exemplo de interação com globo terrestre tátil. Arizona, Estados Unidos, 2005.
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XXV
2.4.2 • Mapas digitais
Na Geografia, em especial no estudo cartográfico, é importante tratar das novas tecnologias (consultar os
itens 3.4 e 3.4.1) relacionadas à localização e à análise espacial, como sites específicos e games que simulam
lugares (o uso de games é tratado no item 3.7.1). Ao trabalhar o conteúdo cartográfico em sala de aula, é
possível apresentar aos estudantes diferentes formas de representação do espaço geográfico, relacionando
os atuais recursos digitais de localização com mapas impressos, atlas e guias de ruas. É possível que muitos
estudantes já tenham tido contato ou, até mesmo, já tenham utilizado mapas digitais e interativos em seu
dia a dia, pois esses recursos já são muito comuns e de larga utilização pela sociedade brasileira (mesmo se
considerarmos a grande desigualdade no acesso à internet entre os lares no Brasil). Por isso, ao trabalhar
com a Cartografia escolar, há uma oportunidade interessante para abordar o uso de recursos digitais.
O mapa é uma ferramenta de comunicação e linguagem tão antiga quanto
a escrita, e de tal importância que foi utilizado por praticamente todas as civi-
lizações. [...]
[...]
O uso dos mapas táteis
Consideramos que mapas padronizados podem jogar um importante
papel como veículo de informação espacial para deficientes visuais. Sem
os mapas esse grupo social fica limitado a receber informações do espaço
geográfico através de palavras e/ou precisam memorizar longas informa-
ções descritivas para acessar lugares. E, também, para pessoas cegas uma
imagem (formada na mente) vale mais que mil palavras. Portanto, os ma-
pas podem ser mais necessários para essas pessoas do que para aquelas
que podem ver. Eles podem proporcionar acesso à informação espacial para
que esse grupo de usuários possa organizar suas imagens espaciais internas
(estimar distâncias, localizar lugares e objetos), o que, consequentemente,
pode reverter em maior independência e autonomia na orientação, mobili-
dade e segurança dessas pessoas. Exemplos de mapas para mobilidade con-
feccionados no LabTATE e disponibilizados como imagem na internet [...].
[...]
[...] A mediação pedagógica no processo de ler um mapa é fator determi-
nante para o entendimento do que foi representado e para o seu significado na
realidade. Se eles, os deficientes visuais, não forem ensinados a usar mapas,
não saberão se apropriar da informação por eles veiculada, e isso não aconte-
ce em um só momento; é um processo ao longo do desenvolvimento espacial
do indivíduo [...]. Todavia, se ele não teve acesso aos mapas e já é um adulto,
precisa ser ensinado a usar esse recurso, pois um cidadão alfabetizado deve
ser capaz de ler mapas para acessar informações espaciais no intuito de tomar
decisões sobre o espaço.
NOGUEIRA, Ruth Emilia. Mapas como facilitadores na inclusão social de pessoas com deficiência visual.
ComCiência: revista eletrônica de jornalismo científico, Florianópolis, ed. 61, n. 123, 10 nov. 2010. Disponível em:
www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=61&id=767&print=true. Acesso em: 28 ago. 2022.
XXVI
Há inúmeros sites, de organizações nacionais e inter-
nacionais, como as agências da Organização das Nações
Unidas (ONU), que permitem acessar mapas, interagir com
eles e produzi-los de acordo com a informação que se pre-
tende representar. O momento de acessar cada site deve
ser definido pela temática que se quer estudar.
Muitos trabalhos podem ser feitos com a utilização de
recursos digitais e aplicativos. Assim, sugerimos que, sempre
que possível, o professor dê exemplos de usos desse tipo de
mapa, apresente versões digitais de mapas impressos, traba-
lhados no livro e em outros momentos da aula, e incorpore,
nas saídas de campo e no estudo do meio, a utilização de
recursos digitais cartográficos ou aplicativos de localização.
2.4.3 • Mapas digitais colaborativos
As novas tecnologias também abrem grande possibilida-
de de construção de mapas pelos próprios usuários ou por uma comunidade. Assim, os estudantes podem
utilizar aplicativos que permitem mapear elementos do lugar onde vivem, de acordo com o interesse do gru-
po. Além do conteúdo procedimental, atividades com esse tipo de recurso permitem e estimulam o exercício
da cidadania, uma vez que exprimem ações e reflexões sobre o espaço. O texto a seguir apresenta experiên-
cias de mapas colaborativos no Brasil.
Através dos avanços tecnológicos e da velocidade da informação, ocorreram
no século XXI, as transformações mais significativas no universo cartográfico,
sendo essa uma das áreas do conhecimento amplamente impactada com o de-
senvolvimento científico e tecnológico, principalmente em virtude da difusão dos
mapas digitais [...].
Diferente dos mapas em papel, com o desenvolvimento tecnológico, tornou-
-se possível armazenar, editar e representar esses dados em ambiente compu-
tacional, facilitando o uso integrado desses conceitos para análise e tomada de
decisões nas diversas áreas do conhecimento dando origem às geotecnologias,
que consiste numa área do conhecimento que abrange técnicas matemáticas e
computacionais, utilizadas para o tratamento da informação geográfica.
[...]
[...] o uso dessas novas tecnologias aplicadas ao ensino é uma das demandas
do programa oficial de educação, chamado “Os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs)”, sugerindo assim que durante o ensino fundamental, alunos sejam con-
templados com diversificadas fontes de informação e recursos tecnológicos, para
então, adquirir e garantir a construção do conhecimento.
Por conseguinte, a inclusão de geotecnologias nas aulas de Geografia pro-
porcionou novas perspectivas para as práticas docentes. Já que, além de cumprir
com os (PCNs), servem como ferramentas de ensino para ampliar e desenvolver o
pensamento espacial dos discentes.
FONSECA, Elisandra Hernandes da et al. Mapeamento digital da escola através do software GPS TrackMacker.
CaderNAU – Cadernos do Núcleo de Análises Urbanas, Rio Grande, v. 10, n. 1, p. 52-66, 2018. p. 53-54.
Disponível em: https://periodicos.furg.br/cnau/article/download/8417/5660/25243. Acesso em: 2 jul. 2022.
Seguem algumas indicações:
• IBGE MAPAS. Rio de Janeiro, [20--]. Site.
Disponível em: https://portaldemapas.ibge.gov.br/.
O IBGE disponibiliza mapas, cartas topográficas e
imagens para visualização, criação e compartilha-
mento. A ferramenta de mapas interativos permite a
análise de dados espaciais e anotações. Também é
possível salvar mapas e tabelas com o resultado de
consultas.
• MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Brasília, DF,
[2022]. Site. Disponível em: https://www.gov.br/
mma/pt-br.
Nesse site, são apresentados mapas diversos sobre
questões ambientais.
• WORLD Digital Library. Library of Congress.
Washington, DC, [2022]. Disponível em: http://
www.wdl.org/. Acessos em: 2 jul. 2022.
Permite o acesso a mapas interativos, com imagens,
gravuras e manuscritos da história mundial.
XXVII
https://www.gov.br/mma/pt-br
https://www.gov.br/mma/pt-br
https://www.loc.gov/collections/world-digital-library/about-this-collection/
https://www.loc.gov/collections/world-digital-library/about-this-collection/
Em função da desigualdade de acesso à internet e aos meios de comunicação que comportam aplicativos
de localização ou que se valem de informações georreferenciadas, os mapas digitais estão cada vez mais
presentes no cotidiano das pessoas. Considerando-se, ainda, os games, os livros, as histórias em quadrinhose as séries e animações disponíveis nos canais de TV aberta ou plataformas de streaming, essa presença ga-
nha ainda mais amplitude entre as crianças e os jovens.
O uso desses mapas poderá ser trabalhado em sala de aula em momentos que incluam atividades práti-
cas do cotidiano e, também, a ludicidade, como traçar rotas mais curtas de um destino a outro pelo bairro,
observar, em tempo real, o deslocamento de veículos da frota do transporte público da cidade ou, então,
criar mapas e legendas de lugares fictícios – trabalho esse que pode, inclusive, ser realizado de modo inter-
disciplinar com os professores dos componentes curriculares de História e Língua Portuguesa, por exemplo.
Mapas colaborativos na web
[...]
Grupo de pessoas, mesmo sem grandes conhecimentos técnicos, passaram
a alimentar banco de dados virtuais e criar mapas sobre diferentes temas como
mobilidade urbana, atrações culturais, problemas de uma região ou comunida-
de. “A linguagem de mapas e dos dados geolocalizados são uma das principais
evoluções recentes da internet”, explica o jornalista Gustavo Faleiros, que estu-
da o papel dos mapas colaborativos na vida das pessoas. [...]
Mapas Coletivos
Faleiros criou uma ferramenta chamada Mapas Coletivos, permitindo que
qualquer pessoa possa criar seu próprio mapa colaborativo. “Com as ferramen-
tas atuais, fazer um mapa se tornou um processo simples. O mais complicado
é articular a rede que vai fazer esse mapeamento”, alerta. Além do Mapas Co-
letivos, o jornalista lembra que há outras ferramentas gratuitas na internet [...].
Mapa cultural das favelas
A facilidade técnica permitiu ao Observatório de Favelas do Rio de Janeiro
construir um mapa com informações de pontos culturais distribuídos em seis
comunidades pacificadas do Rio (Manguinhos, Alemão, Penha, Maré, Rocinha e
Cidade de Deus). Gilberto Vieira é um dos realizadores do projeto e considera
que o mapa, mesmo sendo uma tecnologia muito antiga, é bastante prático
e estimula a participação porque o usuário se identifica com aquela área ou
região representada. “A gente usa o mapa para tudo. Então, a favela também
precisa estar presente nesses mapas digitais”, aponta.
O mapa criado resultou na publicação do Guia Cultural de Favelas, que
reúne o mapeamento feito por jovens do Observatório de Favelas. [...]
Mobilidade urbana
O jornalista Gustavo Faleiros destaca que os mapas colaborativos podem
ser um recurso interessante para movimentos sociais apontarem problemas e
soluções em determinados locais. “Você pode, muito bem, mobilizar um grupo
para mapear ônibus que não possuem bancos e depois criar um mapa com
esses dados”, exemplifica.
PEDROSA, Leyberson. Conheça três experiências de mapas colaborativos na web.
EBC, Brasília, DF, 9 set. 2014. Disponível em: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2014/09/conheca-tres-
experiencias-de-mapas-colaborativos-na-web. Acesso em: 2 jul. 2022.
XXVIII
Desse modo, poderá ser potencializado o desenvolvimento do pensamento espacial com base no uso de
diversas linguagens cartográficas, inclusive, valendo-se dessas representações para a resolução de problemas
que envolvam informações geográficas, tal qual previsto na BNCC.
INTERDISCIPLINARIDADE
Na trajetória de cada uma das ciências (História, Matemática, Biologia, Sociologia, Geografia etc.), ao lon-
go dos séculos, ocorreu a sistematização de conceitos, categorias e o desenvolvimento de métodos próprios.
Na escola, o conhecimento científico foi organizado em torno das chamadas “disciplinas escolares”, que de-
veriam ajudar os estudantes a compreender o mundo com base nas perspectivas ou nas visões das diferentes
ciências, em um processo denominado “transposição didática”.
A compreensão de um fato em suas diversas dimensões, no entanto, requer a contribuição de conceitos e
métodos de várias disciplinas relacionadas, o que nos leva a buscar caminhos para a interdisciplinaridade. O
que se deve discutir, também, é como promover a interdisciplinaridade. Essa é uma pergunta que vem sendo
amplamente debatida com o objetivo de ser respondida ao longo do desenvolvimento das atividades em mui-
tas escolas das redes pública e particular; sua resposta pode ser encontrada em cada contexto e comunidade.
Podemos dizer que a Geografia, particularmente, sempre teve um grande potencial interdisciplinar, visto
que, para explicar a relação entre sociedade e natureza, faz-se necessário conhecer também conceitos e mé-
todos desenvolvidos por outras ciências, sobretudo as Ciências Humanas (História, Antropologia, Sociologia)
e as Ciências Naturais (Geologia, Biologia, Climatologia).
Na coleção, a interdisciplinaridade é trabalhada na medida em que, para desenvolver determinado
conteúdo, recorre-se a conceitos e métodos de outras disciplinas. Especificamente, a seção Integrando com
foi concebida para ser essencialmente interdisciplinar, apontando para um rompimento com o conhecimento
compartimentalizado. Além disso, várias atividades no Livro do estudante e neste Manual trazem propos-
tas e possibilidades de trabalho interdisciplinar.
Além das propostas de atividades no Livro do estudante e neste Manual, a interdisciplinaridade pode
ser trabalhada em projetos voltados a temas relevantes para os estudantes e o lugar onde eles vivem. Para
isso, é interessante planejar algumas ações e ter bem claro o que se almeja como resultado e os produtos
que podem fazer parte desses projetos, como: coleta seletiva para conscientização da importância de preser-
var o ambiente ou mesmo recuperá-lo em casos de locais muito degradados; trabalho voluntário para ajudar
pessoas ou grupos necessitados; observatório dos direitos; grupos de estudo; biblioteca aberta; campanhas
de saúde e utilidade pública voltados à comunidade; festival de artes (música, cinema, teatro, pintura, dança
etc.); produção de programas de rádio e de vídeos para divulgar acontecimentos e serviços da comunidade
escolar ou bairro; publicação de blogs e podcats temáticos; entre outras ações.
Há que se notar também que a interdisciplinaridade na escola requer o diálogo entre as disciplinas e os
professores das outras áreas em diversos momentos: na discussão e na concepção do Projeto Político-Peda-
gógico (PPP), no planejamento de conteúdos de disciplinas e áreas, nas ações pedagógicas integradas etc.
2.5
A área de Ciências Humanas contribui para que os alunos desenvolvam
a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contextualização marcada pelas
noções de tempo e espaço, conceitos fundamentais da área. Cognição e contex-
to são, assim, categorias elaboradas conjuntamente, em meio a circunstâncias
históricas específicas, nas quais a diversidade humana deve ganhar especial
destaque, com vistas ao acolhimento da diferença. O raciocínio espaço-tem-
poral baseia-se na ideia de que o ser humano produz o espaço em que vive,
apropriando-se dele em determinada circunstância histórica. [...]
XXIX
No Ensino Fundamental, a BNCC se concentra nos processos de tomada
de consciência do Eu, do Outro e do Nós, das diferenças em relação ao Outro
e das diversas formas de organização da família e da sociedade em diferentes
espaços e épocas históricas. Para tanto, prevê que os estudantes explorem co-
nhecimentos próprios da Geografia e da História: temporalidade, espacialidade,
ambiente e diversidade (de raça, religião, tradições étnicas etc.), modos de or-
ganização da sociedade e relações de produção, trabalho e poder, sem deixar de
lado o processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da comunidade
e do mundo.
A exploração dessas questões sob uma perspectiva mais complexa torna-
-se possível no Ensino Médio dada a maior capacidade cognitiva dos jovens,
que lhes permite ampliar seu repertório conceitual e sua capacidade de articu-
lar informações e conhecimentos. O desenvolvimento das capacidades de ob-
servação, memória e abstração permite percepções mais acuradas da realidade
e raciocínios mais complexos – com base em um número maior de variáveis–, além de um domínio maior sobre diferentes linguagens, o que favorece os
processos de simbolização e de abstração.
Portanto, no Ensino Médio, a BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas propõe que os estudantes desenvolvam a capacidade de estabelecer
diálogos – entre indivíduos, grupos sociais e cidadãos de diversas nacionali-
dades, saberes e culturas distintas –, elemento essencial para a aceitação da
alteridade e a adoção de uma conduta ética em sociedade. Para tanto, define
habilidades relativas ao domínio de conceitos e metodologias próprios dessa
[...]
Na análise geográfica, os espaços percebidos, concebidos e vividos não são
lineares. Portanto, é necessário romper com essa concepção para possibilitar
uma leitura geo-histórica dos fatos e uma análise com abordagens históricas,
sociológicas e espaciais (geográficas) simultâneas. Retomar o sentido dos es-
paços percebidos, concebidos e vividos nos permite reconhecer os objetos, os
fenômenos e os lugares distribuídos no território e compreender os diferentes
olhares para os arranjos desses objetos nos planos espaciais.
Embora o tempo, o espaço e o movimento sejam categorias básicas na área
de Ciências Humanas, não se pode deixar de valorizar também a crítica sis-
temática à ação humana, às relações sociais e de poder e, especialmente, à
produção de conhecimentos e saberes, frutos de diferentes circunstâncias his-
tóricas e espaços geográficos. [...]
[...]
O Ensino Fundamental – Anos Finais tem o compromisso de dar continui-
dade à compreensão dessas noções, aprofundando os questionamentos sobre
as pessoas, os grupos humanos, as culturas e os modos de organizar a socie-
dade; as relações de produção e de poder; e a transformação de si mesmos
e do mundo. O desenvolvimento das habilidades voltadas para identificação,
classificação, organização e comparação, em contexto local ou global, é impor-
tante para a melhor compreensão de si, do outro, da escola, da comunidade, do
Estado, do país e do mundo. [...]
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:
educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 353, 356. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
XXX
área. As operações de identificação, seleção, organização, comparação, análise,
interpretação e compreensão de um dado objeto de conhecimento são procedi-
mentos responsáveis pela construção e desconstrução dos significados do que
foi selecionado, organizado e conceituado por um determinado sujeito ou grupo
social, inserido em um tempo, um lugar e uma circunstância específicos.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:
educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 561-562. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
O TRABALHO COM OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS
TRANSVERSAIS
O trabalho com os chamados Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) não é novo na escola, no entan-
to, com a BNCC, houve a sistematização e a articulação das áreas do conhecimento, de suas competências
e seus componentes curriculares. Assim, os TCTs ganham importância e potência na contribuição para o
desenvolvimento de valores éticos e procedimentos caros a nós todos, como, por exemplo, a tolerância e o
respeito à diversidade e o planejamento e a construção de uma sociedade mais justa.
É preciso que se tenha em vista que o desenvolvimento dos TCTs atravessará todas as áreas do conheci-
mento e os componentes curriculares, atendendo à complexidade desses temas e à contribuição que cada
área pode e deve oferecer. É indispensável, ainda, levar em consideração que tais temas correspondem a
demandas contemporâneas da sociedade de modo geral e, particularmente, a demandas dos estudantes
na escola e em seus lugares de vivência, inclusive, possibilitando a análise em escala local, regional e global,
bem como possíveis intervenções.
Os TCTs aparecem organizados na BNCC em 6 macroáreas e 15 temas.
Ao apropriar-se dos TCTs, ficará evidente a necessidade do trabalho interdisciplinar e da participação ativa
dos estudantes no desenvolvimento desses momentos de discussão – podendo mesmo envolver as institui-
ções representativas da comunidade escolar. Os novos desafios do mundo contemporâneo poderão ser te-
mas de estudo: a degradação e a preservação dos biomas brasileiros; os princípios de economia doméstica e
financeirização do capital; a pandemia; a crise alimentar; a promoção e a garantia do Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA); o combate ao racismo; a robotização; a programação etc.
2.6
Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC:
proposta de práticas de implementação. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 7.
ECONOMIA
Trabalho
Educação Financeira
Educação Fiscal
SAÚDE
Saúde
Educação Alimentar
e Nutricional
MEIO AMBIENTE
Educação Ambiental
Educação para o Consumo
TEMAS CONTEMPORÂNEOS
TRANSVERSAIS
BNCC
CIDADANIA E CIVISMO
Vida Familiar e Social
Educação para o Trânsito
Educação em Direitos Humanos
Direitos da Criança e do Adolescente
Processo de envelhecimento,
respeito e valorização do Idoso
CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
Ciência e
Tecnologia
MULTICULTURALISMO
Diversidade Cultural
Educação para valorização
do multiculturalismo nas
matrizes históricas e
culturais brasileiras
E
D
IT
O
R
IA
D
E
A
R
T
E
XXXI
O TRABALHO COM A DIVERSIDADE
Um aspecto importante a ser considerado no Ensino Fundamental – Anos Finais é a fase de transição da
vida dos estudantes. A escola e todas as disciplinas devem, portanto, considerar os anseios e o contexto so-
cial em que os jovens estão inseridos, já que os aspectos cognitivo, afetivo e social estão integrados.
Pensar em estratégias e temáticas específicas para o público pré-adolescente e adolescente é de fun-
damental importância, o que inclui atividades em que os jovens possam expressar suas opiniões e desen-
volver a autonomia para refletir sobre as relações que estabelecem com o outro e com o espaço. Compre-
ender o desenvolvimento juvenil é essencial para que pais e professores possam interagir com os jovens,
contribuindo para refletir sobre questões que surgem com grande intensidade para eles e que se fazem
tão urgentes e importantes, como as mudanças corporais, os conflitos internos, a aceitação pelo grupo, a
necessidade de afirmação, a relação com a tecnologia, a sexualidade, e muitas outras.
É na adolescência que muitos conflitos afloram, especialmente aqueles ligados à diversidade de grupos
sociais, o que torna necessário o trabalho com conteúdos atitudinais relacionados ao respeito ao outro, à
ética, à cidadania, às diferenças e à pluralidade que marcam a sociedade brasileira em diversos aspectos: cul-
turais, sociais, étnico-raciais, etário, de gênero, econômicos etc.
A Geografia trabalha a diversidade sob o ponto de vista espacial, explicando como os grupos se relacio-
nam com a natureza, deixam marcas na paisagem, produzem o espaço geográfico e nele se organizam. Esse
trabalho, portanto, acontece considerando as ações sobre o espaço de diferentes grupos, como movimentos
sociais, povos indígenas, comunidades quilombolas, entre outros, em relação à garantia de direitos e valori-
zação cultural, o que envolve questões étnico-raciais etc.
É inegável o aumento, nos últimos anos, do reconhecimento em relação à importância das comunidades
tradicionais e afro-brasileiras na formação da sociedade de nosso país, fruto de movimentos pela valoriza-
ção cultural, de lutas pela garantia de direitos, de ações afirmativas, entre outros. Ao mesmo tempo, houve
o reconhecimento da existência do preconceito étnico-racial no país, revelando que não vivemos em uma
“democracia racial”, como muito se divulgou no passado. Assim, o racismo latente da sociedade brasileira
não pode mais ser tolerado como algo natural ou como brincadeira, e épapel da escola trabalhar conteúdos
sobre o tema, estar constantemente atenta a manifestações de racismo, para combatê-las e repudiá-las, e
ter como objetivo possibilitar às novas gerações o desenvolvimento da consciência de que todos têm direitos
iguais e devem ser tratados com respeito.
As questões de gênero e diversidade sexual também são demandas urgentes em nossa sociedade. É
cada vez maior a participação feminina no mercado de trabalho, nas universidades, em cargos de liderança
e como chefes de família. Embora a sociedade brasileira tenha avançado no que concerne ao respeito às
mulheres, elas ainda, comprovadamente, recebem salários menores que os dos homens e muitas delas são
vítimas de violência moral e física, inclusive no interior da própria família.
Os LGBTQIA+ são outro grupo que é vítima constante de violência e de atitudes preconceituosas. Faz-
-se urgente, portanto, ações na escola que desmistifiquem os papéis sociais relacionados ao gênero e que
combatam de maneira eficaz os estereótipos; é necessário combater e repudiar quaisquer manifestações de
homofobia e preconceito relacionado ao gênero, buscando sempre o diálogo com o objetivo de trabalhar,
estabelecer e solidificar atitudes de respeito ao outro e de tolerância.
A escola também deve estar atenta ao preconceito em relação à renda, muito recorrente entre os ado-
lescentes. Nesse contexto, afloram preconceitos em relação aos menos favorecidos economicamente ou aos
que vivem à margem da sociedade, como as pessoas em situação de rua. A escola deve repelir qualquer tipo
de preconceito contra os mais desfavorecidos, tendo claro que todos podem desenvolver suas potencialida-
des, dadas as devidas oportunidades e condições, e promovendo espaço, situações e atividades que inte-
grem estudantes de diferentes classes sociais, escolas e redes.
2.7
XXXII
Por fim, mas sem esgotar o assunto, há de se notar que, nas últimas dé-
cadas, ocorreram mudanças na estrutura etária da população brasileira, com
considerável acréscimo do número de idosos por causa da elevação da ex-
pectativa de vida. Esse aumento passou a demandar oportunidades de parti-
cipação dos idosos na sociedade e o reconhecimento e a valorização de suas
experiências. É importante que a escola contribua com essa demanda, por
meio de atividades que envolvam a participação de idosos e a integração
deles com os estudantes, como em rodas de conversa com avós e bisavós,
nas quais eles poderão dar depoimentos sobre suas experiências de vida, a
história do bairro ou da cidade etc. Também podem ser ministrados cursos e
oficinas em que os mais velhos expõem suas experiências ou determinadas
habilidades aos mais jovens, e vice-versa, os mais jovens podem ensinar os
mais velhos a, por exemplo, usar a tecnologia (smartphones, tablets, mídias
em geral); podem ser realizadas entrevistas sobre um tema específico etc.
3 RECURSOS E ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS
SUGESTÕES PARA O USO DA OBRA
O livro didático deve ser encarado como um dos diversos instrumentos que auxiliam professores e estu-
dantes no processo de ensino-aprendizagem. O papel do professor é fundamental na escolha e no uso do
livro didático, devendo fazê-los em consonância com o PPP da escola, sua orientação pedagógica, as com-
petências e as habilidades da BNCC e as expectativas de aprendizagem de seu planejamento, exercendo sua
autonomia no encaminhamento dos conteúdos propostos.
Qualquer que seja o livro didático escolhido, é imprescindível ampliar os conteúdos, acrescentando outros
textos, de diferentes gêneros, e atividades variadas, como sugerido no boxe #Fica a dica do Livro do estu-
dante e no boxe Ampliando horizontes deste Manual.
O uso desta obra, portanto, pode ser feito de diversas maneiras e em diferentes momentos da aula, des-
tacando-se as sugestões a seguir.
• Levantamento do conhecimento prévio e sensibilização: as aberturas de unidades e de temas são
momentos privilegiados para isso. As atividades propostas podem ser desenvolvidas em conversas com
toda a sala ou em grupos menores. Os estudantes também podem ser convidados a folhear a unidade e
a observar mapas, fotografias, títulos dos assuntos que serão estudados etc.
• Encaminhamento dos temas: pode ser explorado de diversas formas, como:
– pedir aos estudantes que observem apenas as imagens (mapas, fotografias, ilustrações etc.) e levantem
hipóteses sobre o significado e a importância que têm para o tema geral;
– solicitar aos estudantes que façam a leitura do capítulo e escrevam frases no caderno ou produzam es-
quemas ou desenhos que resumam a ideia central;
– pedir aos estudantes que, em duplas, anotem os termos que não conhecem ou verifiquem informações
ou conceitos que não ficaram claros. Depois, sugerir que se reúnam com outras duplas de colegas para
discutirem as dúvidas;
3.1
• Sobre o tema, sugerimos um
material de apoio bastante
rico, que contém propostas
de atividades diversas, como
debates e estudos de caso.
SÃO PAULO (Município).
Prefeitura Municipal de São
Paulo. Secretaria de Educação.
Cá entre nós: guia de edu-
cação integral e sexualidade
entre jovens. São Paulo:
SME, 2012. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/
ark:/48223/pf0000217096.
Acesso em: 28 jul. 2022.
XXXIII
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000217096
– solicitar aos estudantes que identifiquem como e se os temas apresentados se manifestam em seu cotidiano.
• Organização de conceitos e aprofundamento: após a leitura (individual e/ou coletiva) e o levanta-
mento de dúvidas, o professor poderá, de forma coletiva, organizar na lousa, por meio de esquemas,
mapas conceituais, desenhos ou quadros-síntese, os principais conceitos trabalhados na unidade, sempre
buscando ampliá-los, aplicá-los e relacioná-los à realidade dos estudantes. Os textos de aprofundamento
dos temas das unidades, inseridos nas Orientações específicas deste Manual, trazem subsídios para
isso. O professor poderá, ainda, valer-se de manifestações artísticas como textos literários, filmes e episó-
dios de séries para contextualizar e aprofundar os temas.
• Desenvolvimento das atividades: encaminhar as atividades propostas, ora individualmente, ora em
grupo, e verificar as respostas dos estudantes, valorizando a diversidade de experiências, opiniões e ideias
e promovendo o respeito à diversidade cultural, sem perder de vista o rigor conceitual.
As sugestões listadas devem sempre contar com a mediação do professor no processo de ensino-aprendi-
zagem, incentivando a autonomia dos estudantes para os estudos e a troca de ideias.
3.1.1 • Como usar o livro em salas compostas de grupos grandes de
estudantes
Além da diversidade que compõe a turma, devem-se considerar necessariamente estratégias que deem
conta de tal diversidade. Como professor, é preciso estar atento ao fato de que o número de estudantes pre-
sentes no agrupamento também influenciará nas suas escolhas para o trabalho em sala de aula.
Em função de estudantes que possuem diferenças significativas de conhecimentos, habilidades, atitudes
e valores, o debate mediado pelo professor em sala de aula e a organização da turma em grupos diversos
devem ser baseados em estratégias profícuas para o desenvolvimento integral da turma. O debate mediado
pode opor atitudes e valores e fazer com que eles sejam postos em destaque e analisados coletivamente,
testando, inclusive, a solidez e a confiabilidade dos argumentos mobilizados pelas partes que promoverão o
debate. No entanto, é preciso que o professor estabeleça como pressuposto para a discussão a apresenta-
ção e a defesa de argumentos que não ataquem os direitos humanos, tampouco exponham ou provoquem
constrangimentos a indivíduos ou ao grupo.
No que diz respeito aos grupos grandes, com turmas de 45 ou mais estudantes, a organização dos espa-
ços escolares e dos tempos de aula deve funcionar de modo a otimizar ao máximo os momentos de apren-
dizagem. Nesse sentido, o estabelecimento do contrato pedagógico e a organização da turmaem subgrupos
demonstram ser estratégias promissoras. No entanto, esteja atento para que a divisão da turma em subgrupos
não segregue os estudantes, mas sim promova integração e diversidade em favor da aprendizagem.
Para a programação de saídas pedagógicas, trabalhos de campo e estudos do meio, a estratégia de orga-
nização da turma em subgrupos também é bastante válida, inclusive, é desejável que, nesse momento, cada
grupo possa dedicar-se à observação e à reflexão de um subtema, escolhido anteriormente em sala de aula,
de modo a contribuir com o todo, junto aos outros grupos no retorno à escola. Para esses momentos, é im-
prescindível o apoio da gestão escolar e, se possível, dos outros colegas professores.
ESTUDO DO MEIO E TRABALHO DE CAMPO
Estudos do meio e trabalhos de campo não constituem uma novidade no ensino. Um dos educadores que
propôs esse tipo de atividade foi o francês Célestin Freinet (1896-1966), no seu conceito de “aula-passeio”.
Desde a proposta de Freinet até as mais atuais, estudos do meio sempre tiveram grande potencial interdiscipli-
nar, favorecendo a relação entre teoria e prática e o desenvolvimento de conteúdos dos diversos componentes
3.2
XXXIV
curriculares, em diversos níveis (da Educação Infantil ao Ensino Superior, observados os objetivos pretendidos),
e o envolvimento de vários professores e estudantes em um processo de pesquisa que se inicia na sala de aula.
É importante advertir que essas atividades não podem ser confundidas com excursões, que têm objetivo
único de lazer ou com passeios sem relação com o conteúdo que se desenvolve nas aulas. Ao contrário, de-
vem estar integradas a outras ações pedagógicas e precisam ser devidamente planejadas, constituindo-se em
um momento privilegiado, em uma etapa do planejamento pedagógico, e não uma totalidade em si, que
começa e termina no mesmo dia.
Embora sejam usados muitas vezes como sinônimos, estudo do meio e trabalho de campo apresentam
diferenças. O trabalho de campo, também chamado excursão geográfica ou estudo de campo, refere-se à
visita a um local predeterminado, para coletar informações sobre o que se quer pesquisar. O estudo do meio
envolve uma sequência de etapas, das quais o trabalho de campo é parte essencial (GUERRERO, 2008). O
estudo do meio é, portanto, mais abrangente que o trabalho de campo.
Nas Orientações específicas deste Manual, são feitas indicações de lugares que podem ser visitados de
acordo com a temática de cada unidade. Em geral, pode constituir um estudo do meio ou trabalho de cam-
po: o bairro ou o município; museus; órgãos governamentais, como prefeitura e câmara de vereadores; fá-
bricas; propriedades rurais; assentamentos; áreas de preservação, como parques municipais e estaduais etc.
Neste Manual, são apresentadas orientações de como conduzir grupos grandes de estudantes em saídas de
campo e orientações para prevenir possíveis riscos durante a realização dessas atividades.
A seleção dos locais a serem visitados depende dos objetivos pretendidos e do objeto de estudo, além
da “logística” que envolve o planejamento (lugares que podem ser visitados; como os estudantes serão
transportados; quais serão os custos etc.). Devemos lembrar também que cuidados com a segurança (meio
de transporte adequado, número de professores suficiente para acompanhar a turma etc.) e bem-estar dos
estudantes (alimentação, acessibilidade a banheiros etc.) são indispensáveis, além da autorização antecipada
dos pais ou responsáveis.
Os estudos do meio envolvem três etapas gerais:
• planejamento e preparação, realizados antes da ida ao campo;
• atividades de campo que serão realizadas durante a excursão ou o passeio;
• sistematização, que engloba compilação, análise e apresentação dos resultados. Pontuschka, Cacete e Pa-
ganelli (2009) detalharam as etapas descritas em alguns momentos e ações, apresentadas a seguir.
Encontro dos sujeitos sociais
Mobilização dos envolvidos para planejar o trabalho, pensando em possíveis ações interdisciplinares. Com
base nos objetivos e conteúdos disciplinares trabalhados, é definido o objeto principal da pesquisa e são dis-
cutidos os possíveis locais a serem visitados.
Visita preliminar e a opção pelo percurso
Feita geralmente pelos professores para verificar o tempo que será despendido no trajeto entre a escola
e o “campo”, o transporte necessário e os lugares que melhor atendem aos objetivos e permitem realizar o
trabalho de campo no tempo destinado; deve-se, ainda, levantar bibliografia para conhecer o objeto escolhi-
do; e, por fim, definir o lugar e o eixo norteador do trabalho.
Planejamento
Estudantes e professores devem planejar, em sala de aula, o trabalho de campo. Inicialmente, devem dis-
cutir as razões de escolha do roteiro de saída e levantar os objetivos do estudo do meio.
XXXV
Elaboração do caderno de campo – fonte de pesquisa
O ideal é que o caderno de pesquisa de campo seja elaborado por professores e estudantes, no qual po-
dem constar:
• capa: deve identificar o objeto de pesquisa;
• roteiro da pesquisa de campo: mapas e plantas do local pesquisado;
• textos: apresentam conteúdos variados, como orientações para a observação e informações sobre o local
visitado;
• entrevistas: questões abrangentes que funcionem como um roteiro para entrevistas a serem realizadas
no campo.
Pesquisa de campo reveladora da vida
No campo, são realizadas observações, entrevistas, registros. “É o momento do diálogo: com o espaço,
com a história, com as pessoas, com os colegas e seus saberes e com tantos outros elementos enriquecedo-
res de nossa prática e de nossa teoria” (PONTUSCHKA; CACETE; PAGANELLI, 2009, p. 180). O olhar e as de-
mais sensações do observador podem ser registrados de diversas maneiras. Sugerimos anotações, desenhos,
fotografias e gravações em áudio e vídeo.
Retorno à sala de aula
No retorno à sala de aula, inicia-se um processo de sistematização, constituído por dois momentos que,
muitas vezes, se entrelaçam:
• momento afetivo: deve-se perguntar ao grupo o que foi mais importante para cada um, seus sentimen-
tos mais significativos e suas preferências durante o processo, fortalecendo a integração do grupo;
• momento da cognição: constitui a coletivização e a análise do material coletado em campo, sendo rea-
lizadas as conexões entre as informações. É o momento também de divulgar os resultados dos trabalhos,
podendo-se usar diversos recursos e linguagens, tais como: jornal, vídeo, mural fotográfico, blogue etc.
3.2.1 • Possíveis riscos para saídas de campo
Para o bom andamento das saídas de campo e estudo do meio, e a fim de estar alerta para eventuais
riscos na realização dessas atividades, buscando evitá-los e garantindo a integridade física e moral dos estu-
dantes, professores e demais pessoas envolvidas no processo devem estar atentos para as situações e respec-
tivas prevenções apresentadas a seguir.
• Fragmentação do grupo: não é raro que grupos numerosos sejam fragmentados por motivos não in-
tencionais e que estudantes se distanciem em algum momento da saída. Para minimizar ou mesmo evitar
esses momentos, converse bastante com a turma sobre a importância de seguir a orientação dos respon-
sáveis; assegure que o número de responsáveis é o suficiente em função do número de estudantes; crie
formas de identificação individual para o estudante, como crachás com os nomes deles, da escola e um
telefone para emergências; estabeleça um canal de comunicação e uma rede de apoio para essas situa-
ções, como grupos em aplicativos de mensagens; e envolva outros membros da comunidade escolar nas
saídas de campo e estudo do meio, como os responsáveis dos estudantes que participam de grupos na
escola ou do conselho escolar.
• Constrangimentos dos estudantes e de pessoas em geral: a excitação com o momento fora da sala
de aula e a dimensão lúdica da sociabilidade de crianças e jovens podem passar dos limites e provocar
constrangimentos em pessoas do grupo ou estranhas a eles, como transeuntes doespaço público. Para
prevenir esses casos, não se esqueça de conversar com os estudantes, durante a preparação do trabalho
XXXVI
de campo, sobre como se deve proceder e quais os objetivos da saída, além de exaltar o respeito ao pró-
ximo, a promoção da diversidade e a tolerância. Esses são momentos privilegiados para as reflexões sobre
o respeito ao próximo e a construção de práticas de bom convívio e de cidadania.
• Rotina da escola: a saída de campo não planejada pode alterar a rotina da escola de modo prejudicial aos
outros profissionais e estudantes que não irão a campo. Nesse sentido, planeje antecipadamente as saídas,
junto aos colegas professores e à gestão escolar, de modo que todos estejam preparados para qualquer alte-
ração da rotina que possa acontecer, para que essa alteração não seja prejudicial a nenhuma parte da escola.
GEOGRAFIA E A ALFABETIZAÇÃO CONTÍNUA
O Programa Nacional de Alfabetização (PNA), de 2019, tem como objetivo elevar a qualidade da alfabe-
tização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro. De acordo com o PNA, não somente as
crianças do Ensino Fundamental – Anos Finais serão alvo, mas também jovens e adultos que demandem, em
qualquer idade, a consolidação e o aprimoramento de suas habilidades de escrita e leitura.
Por sua vez, a BNCC assume a linguagem como forma de interação entre os sujeitos e indica a importância
da função social dos textos utilizados no processo contínuo de alfabetização. O multiletramento também se faz
presente no documento apontado, com os gêneros clássicos trabalhados em sala de aula, como conto, crônica,
tirinha, receita etc., com outros gêneros, como posts em redes sociais, troca de mensagens por aplicativos e, ain-
da, com textos multimidiáticos, como fotos, gravuras, filmes, música etc. Esse entendimento contempla o pres-
suposto de que o mundo e o cotidiano dos estudantes estão repletos de formas diferentes de textos e cabe aos
professores acompanhar os estudantes no processo de desvendamento dessas informações ao seu redor.
Nesse sentido, a Geografia contribui para o processo de alfabetização do mesmo modo que todos os
outros componentes curriculares de todas as áreas, na medida em que se situa no campo do conhecimento
no qual a escrita e a leitura são indispensáveis e, de um modo particular, na medida em que oferecerá lentes
aos estudantes para que eles possam ler e compreender o espaço geográfico tal qual um texto disponível,
que se mostra ao sujeito para ser decifrado. Assim, ler a paisagem, valer-se de representações espaciais para
a localização e compreender os aspectos naturais e sociais do espaço como um texto, que está aberto à in-
terpretação, são chaves específicas da ciência geográfica para esse processo em uma relação dialógica com
as habilidades da escrita e da leitura.
No entanto, esse processo deverá ser pensado e trabalhado de acordo com as especificidades de cada si-
tuação. Nesta coleção, além dos textos teóricos e das atividades, é disponibilizada uma série de ilustrações e
fotografias que abrirão possibilidades de leituras com base no multiletramento e em diferentes plataformas.
Entre outros momentos de interação com a obra, é possível observar essas possibilidades em boxes e seções,
como #Fica a dica, na qual são sugeridos sites, livros e filmes sobre os conteúdos estudados, e as atividades
da seção Investigar lugares, que estimulam a observação e a análise dos lugares de vivência.
Assim, a compreensão do trabalho em torno da alfabetização, de modo amplo e continuado, e a utiliza-
ção de diferentes linguagens (verbal, corporal, visual, sonora e digital), para se expressar e partilhar informa-
ções, produzindo sentidos e estabelecendo diálogos, inclusive valendo-se de informações geográficas, fazem
parte dos pressupostos desta coleção e estão alinhados com os documentos oficiais do PNA.
3.3.1 • Gêneros textuais e linguagens diversas
Ao livro didático, podem ser integrados diversos recursos, como: textos literários, músicas, histórias em
quadrinhos, revistas e jornais impressos e digitais, sites com conteúdos educativos, filmes, documentários,
animações, programas de rádio, jogos eletrônicos e muitas outras produções.
3.3
XXXVII
Os recursos citados podem ser usados com diferentes objetivos, como:
• promover a sensibilização para o estudo de um tema;
• aprofundar a compreensão de um determinado tema;
• apresentar um mote para exploração de conhecimentos prévios, avaliação, debate ou reflexão;
• ilustrar uma situação relacionada a algum conceito;
• apoio ao multiletramento enquanto expressão de formas multimidiáticas de leitura.
Para selecionar e utilizar, em sala de aula, um determinando recurso, alguns cuidados são importantes e
devem ser observados, como:
• verificar se o conteúdo da produção é adequado à faixa etária e se atende aos objetivos da aula;
• selecionar trechos ou seções que serão utilizados ou destacados;
• procurar saber se os estudantes conhecem a produção e, em caso afirmativo, conversar sobre o contexto
em que será inserida, possibilitando despertar novos olhares;
• no caso de produções mais demoradas, como filmes de longa-metragem, verificar se o tempo da aula
será suficiente para a exibição;
• relacionar o conteúdo da produção aos conceitos ou fatos que se pretende trabalhar;
• promover atividades de análise, discussão e reflexão;
• verificar se há necessidade de equipamentos (projetor multimídia, rádio etc.) para exibição ou audição e
providenciá-los com antecedência.
Em todos os volumes da coleção, na seção #Fica a dica, são indicados recursos (sites, filmes, documentá-
rios, livros etc.) de acordo com a temática tratada.
É importante enfatizar que os próprios estudantes podem ser autores de produções, como a elaboração
de um vídeo curto, uma apresentação digital, um blogue ou um podcast, uma história em quadrinhos etc.
Em alguns casos, deve-se atentar para a disponibilidade e o acesso a alguns materiais e equipamentos, como
câmeras digitais, celulares com recurso de gravação (caso a escola permita o uso desses aparelhos), compu-
tadores com acesso à internet etc.
TECNOLOGIAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO E
INFORMAÇÃO
Uma das dez competências gerais apresentadas pela BNCC diz respeito ao uso das tecnologias digitais.
3.4
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comu-
nicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar infor-
mações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular:
educação é a base. Versão final. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
Atualmente, em razão dos avanços das tecnologias digitais e, também, pela integração de diretrizes mais
flexíveis ao planejamento escolar, é essencial contemplar o binômio autonomia/protagonismo de estudantes
e docentes. Surge, portanto, a demanda por novas competências que não podem ser encaradas como res-
XXXVIII
ponsabilidades “extras” nas tarefas atribuídas ao professor, e sim como aspectos da necessária atualização
das práticas pedagógicas no contexto de um mundo acelerado e conectado.
Ao livro didático, podem ser integrados diversos recursos digitais de comunicação e informação,
como aplicativos, jogos, sites e vídeos, usados com diferentes objetivos, como: promover a sensibiliza-
ção ou o aprofundamento para o estudo de um tema; apresentar motes para a exploração de conheci-
mentos prévios, avaliação, debate ou reflexão; ilustrar determinada situação relacionada a algum con-
ceito, entre outros.
Para selecionar e utilizar, em sala de aula, um determinado recurso, digital ou não, alguns cuidados im-
portantes devem ser observados, como:
• verificar se o conteúdo da produção é adequado àfaixa etária e se atende aos objetivos da aula;
• selecionar previamente trechos ou seções que serão utilizados ou destacados na aula;
• verificar se os estudantes conhecem a produção e, em caso afirmativo, conversar sobre o contexto em
que será inserida, possibilitando despertar novos olhares;
• no caso de produções mais demoradas, como filmes e animações de longa-metragem, verificar se o tem-
po da aula será suficiente para a exibição ou se é possível exibir trechos do material sem comprometer o
entendimento sobre ele;
• relacionar o conteúdo da produção aos conceitos ou fatos trabalhados;
• promover atividades de análise, discussão e reflexão.
Os mesmos cuidados citados no item 3.3.1 devem ser observados em relação aos recursos digitais, como
verificar a adequação à faixa etária e analisar o material antes de ser trabalhado com os estudantes, de for-
ma a selecionar trechos (se for o caso) e buscar a relação com os temas das aulas.
É importante também aproveitar a familiaridade que grande parte dos estudantes possui com os recursos
digitais, envolvendo-os na seleção do que pode ser aproveitado em aula, com a devida mediação do profes-
sor. Essa é uma ação que contribui para promover atitudes de colaboração e incentivar o protagonismo dos
estudantes, já que os mobiliza para o “pensar a aula”.
Algumas produções exigem equipamentos específicos para exibição ou audição. Deve-se, com antece-
dência, verificar a disponibilidade e a compatibilidade de tais equipamentos, como computador com acesso
à internet e projetor multimídia, por exemplo.
Destacamos também que os recursos citados podem envolver a produção dos próprios estudantes. Assim,
ao finalizar o conteúdo de uma unidade ou nos momentos de avaliação dos estudantes quanto às habili-
dades e às expectativas de aprendizagem, pode-se propor, por exemplo, a produção de um vídeo de curta
duração, a criação de um blogue ou de um podcast. Em alguns casos, deve-se atentar para a disponibilidade
de equipamentos, como câmeras digitais, celulares com recurso de gravação, computadores com acesso à
internet, entre outros.
3.4.1 • As “novas tecnologias” na escola
Após vários anos de discussão sobre o papel das chamadas “novas tecnologias” no âmbito da educação,
parece não haver mais dúvidas sobre a necessidade de a escola contextualizar as tecnologias digitais e as
mídias na atividade pedagógica, considerando que estão presentes em todas as esferas da vida social de es-
tudantes e professores.
Entretanto, em um mundo altamente virtualizado e conectado, é necessário tomar muitos cuidados na
seleção de recursos e no desenvolvimento de estratégias pedagógicas para utilizá-los em aula, com o obje-
tivo de evitar armadilhas e, assim, utilizar o que há de mais novo para promover uma educação considerada
ultrapassada.
XXXIX
O uso de recursos tecnológicos na educação, mais especificamente da in-
ternet, tem provocado grandes mudanças nas maneiras de se pensar o ensino
e a aprendizagem. Trata-se não apenas de enxergar a internet como uma fonte
de recursos e materiais úteis à educação, mas de ressignificar o processo edu-
cacional como um todo, uma vez que a comunicação, a pesquisa e a aprendiza-
gem assumem dimensões diferenciadas, diante da velocidade com que muitas
informações chegam aos estudantes.
Uma grande e crescente quantidade de materiais educacionais é disponi-
bilizada na internet, no formato de softwares, jogos, simulações, imagens, ví-
deos, dentre outros. Há profissionais da Ciência da Computação e outras áreas
ligadas à informática e à educação tecnológica envolvidos com a produção e
disponibilização desses materiais. Por outro lado, há professores, pesquisado-
res e estudantes que os buscam e os utilizam para o ensino e a aprendizagem.
BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Introdução aos objetos de aprendizagem.
In: BRAGA, Juliana (org.). Objetos de aprendizagem: introdução e fundamentos.
Santo André: EdUFABC, 2014. p. 19.
Os mais recentes avanços tecnológicos, associados à pandemia de covid-19 a partir do final de 2019 em
alguns países do mundo e, no Brasil, a partir dos primeiros meses de 2020, trouxeram a concretização an-
tecipada de novas formas de escolarização. É o caso do ensino remoto (EAD) e do ensino híbrido (remoto e
presencial) utilizados como alternativas ao ensino presencial, isto é, a modalidade de ensino tradicional na
qual estudantes, professores e toda a comunidade escolar se encontram diariamente nas unidades escolares,
mas que foi interrompida durante a pandemia, a fim de conter o avanço do número de casos, de óbitos, en-
fim, para se preservar a vida.
O ensino remoto (EAD), já conhecido anteriormente em unidades de Ensino Superior, é uma modalidade
de ensino constituída de momentos síncronos e assíncronos nos quais os sujeitos envolvidos no processo de
ensino não se encontram presencialmente e podem estabelecer a relação remotamente, por exemplo, de
suas próprias casas. Já o ensino híbrido é uma modalidade que mescla momentos síncronos e assíncronos
remotamente com encontros presenciais.
Por um lado, as novas formas de ensino mostraram-se eficazes em relação à tradicional, isto é, a presen-
cial, no que diz respeito à otimização do tempo e à continuidade, pelo menos em alguma medida, do pro-
cesso de ensino-aprendizagem em situações nas quais os encontros presenciais precisaram ser interrompidos
– por exemplo, com o confinamento ou o fechamento parcial de unidades para frear o aumento de casos de
covid-19. Em comunidades de difícil acesso, essa modalidade de ensino também se mostra como uma possi-
bilidade real e concreta.
Por outro lado, a desigualdade socioeconômica da sociedade brasileira mostrou-se um fator definitivo
para o acesso a essas novas formas de ensino. Nos domicílios que não contavam com acesso à internet rápi-
da ou com equipamentos apropriados para a conexão, como, por exemplo, smartphones, tablets, notebooks
e computadores, os estudantes não puderam dar continuidade aos seus estudos ou o fizeram somente de
modo precário. Dessa maneira, milhões de estudantes tiveram seus estudos interrompidos e seu direito à
educação infringidos.
O texto a seguir apresenta alguns subsídios para o debate. As autoras esboçam o conceito de “objetos de
aprendizagem” como elementos tecnológicos e midiáticos de fácil integração na prática escolar.
XL
Ainda em relação ao ensino remoto (EAD), discute-se como a ausência dos encontros presenciais e em
espaços públicos pode desfavorecer a formação política dos sujeitos, na medida em que as interações com
outros sujeitos e em situações de uma esfera do mundo que não seja a da própria casa foram limitadas.
Por fim, é preciso que consideremos que estamos diante do seguinte fato: as novas tecnologias vieram
para ficar, não para substituir o trabalho do professor ou a importância da interação presencial com o outro
na escola e na sala de aula, e cabe aos profissionais da educação agir ativamente para utilizar da melhor ma-
neira os novos recursos disponíveis.
3.4.2 • O pensamento computacional
Nos dias atuais, nos quais vivemos em uma cultura digital, temos problemas cada vez mais desafiadores
e complexos que envolvem conhecimentos de diversas áreas para ser solucionados. As informações que te-
mos à disposição são diversas e são difundidas rapidamente nos meios digitais, de forma que, para qualquer
problema, sempre teremos diversos dados a ser analisados. Para não se perder nessa análise, é de grande
importância desenvolvermos um pensamento organizado.
Os jovens estudantes, nativos digitais, dos Anos Finais do Ensino Fundamental precisam lidar com essa
miríade de informações e se deparam com complexos problemas para resolver, seja na escola, seja em sua
vida particular. Para enfrentar isso, eles precisam desenvolver múltiplas competências e habilidades que os
auxiliem a filtrar essas informações, o que pode ser feito, por exemplo, por meio da identificação de padrões
que os ajudará a teresse pensamento organizado tão importante para a resolução de problemas, sendo
também necessário que abstraiam o resultado de um problema para que outros semelhantes sejam mais fa-
cilmente identificados e resolvidos.
A BNCC aponta para a necessidade do letramento nas diversas áreas, como o literário, o matemático e o
científico. Mas, em nossa época, outro tipo de letramento não poderia ficar de fora: o letramento computacional
– considerando-se ainda o aceleramento que a pandemia de covid-19 representou no que se refere aos usos de
tecnologias para as experiências de ensino-aprendizagem. Tal letramento, além de estar relacionado ao enten-
dimento do uso consciente das tecnologias digitais e da linguagem computacional (programação), tem relação
também com o próprio modo como o computador trabalha, muito organizada e pragmática, de onde é inspirado
o pensamento computacional aplicado na resolução de problemas e na identificação de situações diversas.
Aplicar o pensamento computacional na resolução de problemas ou simplesmente na análise de situações
diversas em nosso mundo contemporâneo não está, necessariamente, relacionado ao emprego de tecnolo-
gias digitais, como um computador ou celular, ou, ainda, à utilização de uma linguagem de programação,
mas sim à organização de ideias para identificar e analisar as situações, encontrando as soluções dos proble-
mas de forma criativa, mobilizando diversas áreas do conhecimento com as quais houve contato, tanto no
mundo acadêmico quanto ao longo da vida.
Nesse contexto, é justo reconhecer que o pensamento computacional é uma metodologia que considera
características da programação de computadores, mas não se restringe ao uso de tecnologias digitais. Esse
método apenas empresta tal “pensamento” organizado dos computadores para aplicar nas diversas situ-
ações escolares e cotidianas, que envolvam todas as áreas do conhecimento, não apenas as áreas exatas,
mas também as Linguagens e as Ciências Humanas e Sociais, pois dificilmente um problema contemporâneo
complexo não terá fatores humanos ou sociais envolvidos.
Para desenvolver o pensamento computacional, precisamos pensar em habilidades críticas, estratégicas e
abstrativas, sendo a criatividade um fator central nesse desenvolvimento. A aplicação do pensamento compu-
tacional não se limitará aos âmbitos escolares, pois é aplicável em situações triviais do nosso dia a dia. Utilizan-
do um pouco da lógica computacional, a pessoa com pensamento computacional organizará seu pensamento
com base no raciocínio lógico, podendo analisar uma situação ou um problema além do todo, vendo-os como
pequenas partes, reconhecendo padrões comuns, abstraindo os elementos mais importantes do problema e
buscando formas criativas de chegar às soluções considerando sua própria experiência escolar e de vida.
XLI
Nesse contexto, o pensamento computacional mostra-se como uma importante ferramenta de vivência
no mundo contemporâneo, tendo seu desenvolvimento com possibilidade de ser incentivado em todas as
áreas intelectuais estudadas na Educação Básica, deixando como responsabilidade da escola apresentar mo-
mentos nos quais os estudantes tenham oportunidade de desenvolver competências e habilidades que leva-
rão ao desenvolvimento do pensamento computacional.
Academicamente, segundo Brackmann (2017), podemos dividir o pensamento computacional em qua-
tro princípios fundamentais, que podem ser aplicados isoladamente ou em conjuntos, para o entendimen-
to de uma situação ou a solução de um determinado problema. Vamos entender como cada um se aplica
na educação:
• a decomposição: tem relação com a capacidade de decompor uma situação ou um problema em par-
tes menores, de forma que a resolução dessas partes poderá levar à solução do todo. Esse princípio tem
como principal função diminuir a complexidade do problema, pois resolver problemas menores será mais
fácil do que resolver o problema maior de uma só vez. Com a possibilidade de se fazer essa divisão, é
possível que se melhore a visão do todo. Como exemplo, podemos pensar em alguma situação em que
se apresente um determinado problema de ordem social qualquer. Nesse caso, para entender a situação,
podemos decompô-la pensando no seu histórico. Isso já aconteceu anteriormente? Com o passar do
tempo, o problema piorou ou melhorou? Como era há 5 anos? E há 2 anos? Quais são os grupos de pes-
soas por ele afetadas? Sempre afetou esses mesmos grupos? Afeta mais um grupo do que outro? E assim
por diante. Dessa forma, investigar as partes menores podem nos levar a entender como o problema sur-
giu e cresceu, facilitando a resolução de cada parte do problema. Esse princípio do pensamento compu-
tacional pode ajudar os estudantes a diminuir a ansiedade e o possível receio que tenham ao se deparar
com o problema que, em um primeiro momento, parece muito complexo para eles, pois, ao segmentá-lo,
eles conseguirão analisar parte por parte, avançando passo a passo ao conseguir responder os diversos
questionamentos;
• o reconhecimento de padrões: tem relação com a capacidade de, com base na análise de uma situ-
ação, identificar os padrões ou suas tendências por meio de características comuns. Com o reconheci-
mento desses padrões, o entendimento das situações que causam a repetição é facilitado, podendo levar
a soluções criativas e inovadoras sobre o problema analisado. O domínio dessa capacidade leva os estu-
dantes a identificar padrões já conhecidos em um problema ou em outro similar, conduzindo mais rapida-
mente às soluções possíveis. No exemplo do problema genérico de ordem social, é possível identificar, por
exemplo, se o mesmo problema já foi observado em outro momento ao longo da história e, em caso po-
sitivo, analisar o contexto social da época, buscando elementos em comum que ajudem tanto na identifi-
cação quanto na solução do problema. Com as informações do passado, nas quais se identifica padrões,
propõe-se soluções mais criativas e inovadoras ao problema atual. Nesse contexto, a capacidade de reco-
nhecer padrões será aprimorada de acordo com a quantidade de problemas semelhantes com os quais
os estudantes tiverem contato. Sendo assim, é muito importante que as diversas áreas do conhecimento
apresentem situações na quais os estudantes possam desenvolver a habilidade de reconhecer padrões;
• a abstração: tem relação com manter o foco nas partes ou nos processos que sejam de maior impor-
tância para o entendimento da situação ou a solução de um problema analisado, ignorando detalhes
que não afetarão o resultado em um primeiro momento. Assim, com o foco no que importa, pode-se
encontrar mais rápido a solução do problema. Os estudantes com essa capacidade de abstração são ca-
pazes de filtrar mais rápida e assertivamente os dados e as informações que têm à disposição, sendo uma
capacidade muito importante nos dias em que vivemos, em que as informações são facilmente acessadas
e divulgadas. Assim, eles poderão deixar em segundo plano o que não for importante, no momento, para
encontrar a solução de um problema. No exemplo do problema de ordem social, é possível que eles iden-
tifiquem diversos dados que são desconexos e não ajudam a entender nem o problema como um todo
XLII
nem as suas partes, então eles poderão descartar essas informações nesse momento e focar naquilo que
faz mais sentido e que poderá levar a uma solução;
• o pensamento algorítmico: tem relação com a organização do pensamento em uma espécie de passo a
passo que ajudará a entender uma situação ou um problema, podendo resultar na elaboração de uma estra-
tégia ou em um plano a ser seguido para atingir um objetivo ou solucionar um problema. Nesse caso, o de-
senvolvimento do pensando algorítmico está relacionado também à vivência de problemáticas semelhantes e
ao próprio desenvolvimento de outros princípios fundamentais do pensamento computacional, uma vez que,
para essa organização sistemática do pensamento, supõe-se que os estudantesjá saibam o suficiente sobre
a situação ou o problema analisado, mesmo que isso seja o produto de vivências anteriores. Pensando no
exemplo do problema de ordem social que comentamos anteriormente, nesse caso, com base na análise dos
padrões ou da repetição histórica do problema, poderia se pensar em etapas, como em um protocolo, para
resolver problemas semelhantes. Esse tipo de organização é muito comum em problemas públicos de ordem
sanitária, por exemplo, nos quais, de acordo com a situação, os agentes de saúde devem seguir um protocolo
que foi construído com base em experiências anteriores ou problemas semelhantes.
Assim, o pensamento computacional está diretamente relacionado ao desenvolvimento de formas racio-
nais de se pensar uma situação ou um problema com o qual nos deparemos, seja no mundo escolar, seja
em nosso cotidiano. O desenvolvimento do pensamento computacional tem o potencial de auxiliar os es-
tudantes na análise e na solução das problemáticas de seu tempo por meio da identificação de padrões, da
filtragem de informações mais relevantes e do uso da criatividade, que permitem aplicar esse pensamento de
forma organizada nas mais diversas situações.
PRÁTICAS DE PESQUISA
Nesta coleção, em diversos momentos – principalmente no boxe Investigar lugares, nas seções Pensar
e agir e Conhecimento em ação –, são sugeridas atividades de pesquisa que buscam atender a diferentes
objetivos, entre os quais se destacam:
• relacionar o conteúdo estudado à realidade mais próxima dos estudantes;
• aprofundar ou ampliar conteúdos estudados na unidade;
• desenvolver habilidades essenciais ao processo ensino-aprendizagem, como coletar, selecionar, analisar e
relacionar informações; sintetizar ideias; construir argumentos; elaborar conclusões; refletir etc.;
• desenvolver autonomia nos estudos;
• reconhecer a existência de fontes e ideias diversas sobre um tema ou objeto.
Vale notar que a pesquisa não se restringe ao “copiar e colar”. É importante discutir e encaminhar al-
gumas etapas de trabalho com o intuito de motivar os estudantes na análise e no método científico para a
busca de conhecimento e na resolução de problemas do cotidiano deles em seus locais de vivência, a saber:
• definição do objeto da pesquisa, por meio da tomada de decisão: na coleção, os temas e os objetos de
pesquisa são sugeridos; no entanto, professores e estudantes podem alterá-los de acordo com sua reali-
dade e seus objetivos;
• discussão e/ou esclarecimento sobre os objetivos da pesquisa, por meio do estudo de recepção: nas
Orientações específicas deste Manual, são indicados os objetivos das pesquisas sugeridas. Outros obje-
tivos podem ser traçados com os estudantes;
• busca e seleção de materiais, por meio da análise documental e da revisão bibliográfica: é importante au-
xiliar os estudantes na busca pelo material de pesquisa. Isso pode ser feito com a indicação de fontes e com a
orientação de que tipos de fonte consultar, podendo ou não ser bibliográficas. No caso de consultas a sites, su-
gerir aqueles de instituições ligadas ao tema de estudo e que sejam, reconhecidamente, idôneos (por exemplo:
oficiais, governamentais, ligados a fundações etc.). Além de fontes bibliográficas, dependendo do objetivo e
3.5
XLIII
do objeto, também podem constituir fonte ou material de pesquisa: entrevistas e depoimentos realizados com
familiares ou outras pessoas, documentários, fotografias antigas etc. Chamar a atenção dos estudantes para a
questão da autoria, orientando-os na citação das fontes, é de extrema importância;
• trabalho com o material coletado, por meio de observação, tomada de nota, construção de relatórios,
realização de entrevistas, análise de mídias sociais, entre outros. Diversas atividades podem ser realizadas
com as informações coletadas, como: analisar e confrontar ideias de diversos autores sobre determinado
tema para, em seguida, produzir um texto próprio ou debater o assunto com os colegas e o professor;
socializar informações com os colegas a fim de aprofundar ou ampliar um tema; analisar um problema no
lugar de vivência para, em seguida, divulgar informações na comunidade ou entrar em contato com depar-
tamentos ligados ao governo e reivindicar ações; entre muitas outras. Nesse momento, é fundamental traba-
lhar com a turma a importância do método científico para a realização de atividades acadêmicas e estudantis;
• divulgação do trabalho: nas atividades de pesquisa sugeridas na coleção, em alguns momentos, há in-
dicações para a apresentação dos resultados, como produção de mural, apresentação oral para a turma
etc. Cabe aos estudantes e ao professor definir como será apresentado o produto, analisando o público a
ser atingido, as condições materiais para a realização, o tempo disponível etc. Se as informações pesqui-
sadas são interessantes para a comunidade, podem ser elaborados folhetos ou produzidos jornais sobre o
assunto para ser distribuídos aos familiares e à comunidade.
As sugestões de pesquisa no Livro do estudante constituem momentos de trabalho mais sistematizados
e pontuais. No entanto, é importante esclarecer que a pesquisa na escola também deve ser encarada como
uma atitude cotidiana, na qual professor e estudantes interagem. A escola deve, ainda, ser evidenciada
como uma instituição na qual o conhecimento científico tem lugar central, afastando com fatos, provas, ve-
rificações e à luz da razão notícias falsas e teorias da conspiração sem fundamentos concretos.
TRABALHOS EM GRUPO
Propostas de trabalho ou atividades em grupo podem ser aplicadas em
qualquer nível de ensino, e no Ensino Fundamental – Anos Finais, sempre que
necessário, deve haver a intervenção do professor desde a organização e for-
mação dos grupos até a orientação para a confecção do produto. Lembramos,
porém, que “orientar” não é “mostrar o caminho a ser seguido”, mas apre-
sentar possibilidades para que os estudantes analisem situações, tomem deci-
sões e desenvolvam a autonomia. O papel do professor é, assim, de mediador.
Nesta coleção, os trabalhos em grupo são sugeridos em diversos momen-
tos com o objetivo de aprofundar ou problematizar um conteúdo específico
e de favorecer o desenvolvimento de aspectos definidos como:
• atitudinais e afetivos: expressar-se perante os colegas de turma, saber ou-
vir, respeitar diferentes opiniões, assumir compromissos com os colegas,
cooperar com o grupo, desenvolver confiança no outro etc.;
• procedimentais: “saber trabalhar em grupo”, envolvendo organização do trabalho e divisão de tarefas.
JOGOS TRADICIONAIS E ELETRÔNICOS (GAMES)
Usamos a expressão “jogos tradicionais” (jogos de tabuleiro, jogo da memória, bingo etc.) para diferen-
ciá-los dos jogos eletrônicos (games).
3.6
3.7
• Sobre a importância do tra-
balho em grupo, sugerimos o
artigo, a seguir.
MENEZES, Luis Carlos de.
O aprendizado do trabalho
em grupo. Nova Escola,
São Paulo, ed. 222, 1 maio
2009. Disponível em:
https://novaescola.org.br/
conteudo/605/o-aprendiza-
do-do-trabalho-em-grupo.
Acesso em: 2 jul. 2022.
XLIV
https://novaescola.org.br/conteudo/605/o-aprendizado-do-trabalho-em-grupo
Para saber mais sobre a aplicação de jogos nas aulas de Geografia, sugerimos consultar:
• ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história. Campinas: Papirus, 2001.
• CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Jogos, brincadeiras e resolução de problemas. In: CASTELLAR, Sonia
Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa. Ensino de geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010. p. 43-63.
• SILVA, Luciana Gonçalves. Jogos e situações-problema na construção das noções de lateralidade, referências e localização
espacial. In: CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella (org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto,
2005. p. 137-156.
• SOMMER, Jussara Alves Pinheiro. Formas lúdicas para trabalhar conceitos de orientação espacial: algumas reflexões. In:
REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe em suas mãos:geografizando em educação o local e o global. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2003. p. 123-130.
Os jogos constituem alternativas ou complementos às aulas expositivas, estimulando habilidades de
observar, relacionar, analisar, comparar, entre outras, além de trabalhar atitudes de trabalho em grupo. Os
jogos também tendem a tornar as aulas mais dinâmicas e motivadoras, podendo ser utilizados em diversos
momentos do processo de ensino-aprendizagem e com diferentes objetivos: no levantamento de conheci-
mentos prévios; na aplicação e no resgate de conceitos trabalhados; para compreender melhor um conte-
údo; para desenvolver a criatividade e a espontaneidade; além de considerá-los manifestações concretas da
produção cultural de um determinado povo – por exemplo, o jogo da onça –, como registros da cultura de
povos originários brasileiros e de povos africanos. Além disso, os jogos proporcionam maior aproximação
entre os estudantes e deles com o professor, estimulando a solidariedade, a cooperação e a troca de ideias.
Para elaboração e posterior utilização de um jogo, deve-se preparar o material necessário, selecionar o
conteúdo a ser explorado, estabelecer regras, organizar o espaço etc. O planejamento do jogo deve conter
os seguintes itens:
1. tema do jogo;
2. faixa etária;
3. duração;
4. objetivos;
5. desenvolvimento;
6. regras;
7. avaliação;
8. aplicação.
O estudante como produtor
Na perspectiva de uma educação para o protagonismo, convém que os próprios estudantes criem os jo-
gos ou parte deles, aumentando, assim, o envolvimento entre todos os integrantes da turma. Os jogos cria-
dos pelos estudantes poderão ser aplicados na turma da qual fazem parte ou em outras turmas do mesmo
ou de outros anos. Se os estudantes já dominam, por exemplo, conceitos de orientação e direções, o profes-
sor poderá propor que construam um jogo para ser aplicado em anos anteriores. Dessa forma, eles aplicarão
conceitos já consolidados.
3.7.1 • Games
Entre os games que favorecem o trabalho com conteúdos da Geografia, destacamos aqueles que simu-
lam ambientes e possibilitam a construção de diferentes espaços. No volume do 6o ano, na seção Pensar e
agir da Unidade 3, apresentamos um exemplo desse tipo de game, usado pela Organização das Nações Uni-
das (ONU) em uma experiência para estimular a participação de jovens na tomada de decisões em relação ao
lugar onde vivem. Além de simular o próprio lugar de vivência, representá-lo e analisá-lo, esse tipo de game
permite pensar a organização espacial. Assim, mesmo que de forma fictícia e imaginária, são desenvolvidos
raciocínios espaciais.
XLV
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS
A aprendizagem baseada em resolução de problemas tem sido utilizada em várias áreas do conhecimen-
to, como Administração, Arquitetura, Engenharia, Educação, entre outras. Essa metodologia tem ênfase no
método Problem Based Learning (PBL), ou Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP).
3.8
A resolução de problemas contribui para a aquisição de novos conheci-
mentos, possibilitando aos estudantes aprenderem de uma forma mais insti-
gante e desenvolverem um papel ativo na aprendizagem. Ao professor caberá a
criação e a mediação de situações, além da preparação das aulas com temas e
encaminhamentos que surjam a partir de situações trazidas pelos alunos.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016. p. 11.
Em qualquer área do conhecimento, utilizar uma abordagem baseada em resolução de problemas valori-
za a aprendizagem significativa e ativa, promove a interdisciplinaridade e permite o desenvolvimento de di-
versas competências e habilidades para propor estratégias e resoluções para problemas diferentes e de níveis
de complexidade gradativos. Os estudantes devem buscar soluções para resolver os problemas extraídos da
realidade de uma comunidade, por exemplo. As soluções podem ser apresentadas por meio de atividades
em grupo e individuais.
A resolução de problemas é uma metodologia que coloca o aluno como
protagonista do processo de aprendizagem, permitindo a ele mais autonomia
intelectual; as atividades propostas visam vincular o aluno ao processo, ou seja,
inseri-lo em situações reais, tais como um cenário do cotidiano, uma imagem,
um vídeo, entre outras situações, reforçando a ideia de que a aprendizagem
por descoberta promove significados.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas: sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016. p. 32.
Há momentos desta coleção nos quais a condução didática dos conteúdos e das atividades apoia uma
aprendizagem baseada em resolução de problemas, principalmente nas propostas das seções Pensar e agir
Games que fazem sucesso nos momentos de lazer de muitos jovens são ferramentas de aprendizagem
em muitas escolas em diversas disciplinas.
Para conhecer algumas experiências do uso de games integrados ao ensino, sugerimos acessar os textos a seguir.
• YAMAMOTO, Karina. Professor de SP usa Minecraft para estimular criatividade e cooperação. UOL, São Paulo, 12 mar. 2015.
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/noticias/2015/03/12/professor-de-sp-usa-minecraft-para-estimular
-criatividade-e-cooperacao.htm. Acesso em: 2 jul. 2022.
• PETRÓ, Gustavo. Alunos usam ‘Minecraft’ para recontar história de escola. G1, São Paulo, 28 maio 2013. Disponível em:
https://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2013/05/alunos-usam-minecraft-para-recontar-historia-de-escola.html.
Acesso em: 2 jul. 2022.
• MINECRAFT será parte do material escolar de alunos na Irlanda do Norte. Época Negócios, São Paulo, 9 abr. 2015. Disponível
em: https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/03/minecraft-sera-parte-do-material-escolar-de
-alunos-na-irlanda-do-norte.html. Acesso em: 2 jul. 2022.
XLVI
https://educacao.uol.com.br/noticias/2015/03/12/professor-de-sp-usa-minecraft-para-estimular-criatividade-e-cooperacao.htm
https://educacao.uol.com.br/noticias/2015/03/12/professor-de-sp-usa-minecraft-para-estimular-criatividade-e-cooperacao.htm
https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/03/minecraft-sera-parte-do-material-escolar-de-alunos-na-irlanda-do-norte.html
https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/03/minecraft-sera-parte-do-material-escolar-de-alunos-na-irlanda-do-norte.html
e Conhecimento em ação, nas quais os estudantes aprendem a aprender e se preparam para resolver pro-
blemas relativos a situações diversas em contextos de aprendizagem significativos, como relatos, discussões,
argumentações, questionamentos e explicações.
APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS
A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), ou Project Based Learning (PBL), propõe a construção de
conhecimentos por meio de um trabalho investigativo que responda a uma pergunta, resolva um problema
ou um desafio. Nessa aprendizagem, os estudantes são envolvidos em pesquisa, levantamento de hipóteses,
busca de recursos e aplicação prática da informação para obter uma solução ou um produto.
Por meio dos projetos, é possível desenvolver habilidades que envolvem atitudes colaborativas, pensa-
mento crítico e criativo e percepção de que existem várias maneiras de realizar uma mesma atividade, essen-
ciais para a vida em sociedade. Nesse processo, os estudantes são avaliados de acordo com o desempenho
durante a execução das etapas e na entrega dos projetos.
Existem diversos modelos de projetos, que variam desde projetos de curta duração (uma ou duas sema-
nas), restritos ao ambiente escolar e baseados em um assunto específico, até os mais complexos, que envol-
vem uma comunidade, um município, uma área industrial ou agrícola, com uma duração mais longa (semes-
tral ou anual).
Nesta coleção, a aprendizagem baseada em projetos pode ser aplicada com base nas propostas da seção
Conhecimento em ação, sempre ao final das unidades 4 e 8 de cada volume.
SALA DE AULA INVERTIDA
A metodologia da sala de aula invertida reorganiza a ordem de realizaçãodas atividades e o tempo e o
espaço do trabalho com os estudantes.
Nessa metodologia, os estudantes têm o primeiro contato com os conteúdos em casa ou em outro lugar
e estudam por meio de videoaulas, textos, games, podcasts, slides, e-books, filmes, notícias de jornais etc.
Nesse primeiro momento, os estudantes utilizam o recurso proposto pelo professor ou outro que julgarem
mais conveniente ao seu aprendizado: livro didático ou outros livros, celular, tablet, computador, jornais etc.
São os estudantes que decidem quando e como estudar, buscando o conhecimento da forma que acharem
mais adequada.
Na sala de aula, com a mediação do professor, há o momento de aprofundar o aprendizado por meio de
resolução das dúvidas, de projetos, de solução de situações-problema, de atividades em grupo etc. Para esse
momento, podem ser aproveitadas as atividades propostas no Livro do estudante, com destaque para as
da seção Interação. Por fim, ocorre a revisão do tema, a ampliação do aprendizado e a preparação para a
próxima aula.
Dessa maneira, permite-se uma maior interação entre estudantes e professor e pode-se fazer uso de dife-
rentes estratégias de aprendizagem para a construção do conhecimento.
Na sala de aula invertida, é relevante o uso de recursos tecnológicos e o ensino híbrido, que mescla
momentos de aprendizagem a distância e em sala de aula ou fazendo rodízio em laboratório, bibliote-
ca, pátio etc.
3.9
3.10
XLVII
INCLUSÃO EM SALA DE AULA
Professor, com base na obra que você tem em mãos, é possível construir estratégias associadas a diferen-
tes recursos didáticos que contemplem a inclusão e a acessibilidade em sala de aula. De acordo com a Políti-
ca Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008),
3.11
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de
longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em inte-
ração com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e
efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desen-
volvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações
sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades
restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autis-
mo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas
habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma
das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança,
psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande en-
volvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, dis-
grafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política nacional de educação
especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC: Seesp, 2008. p. 15. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 28 jul. 2022.
Apesar do progresso nas últimas décadas no que diz respeito à qualidade da educação inclusiva e da cres-
cente presença de estudantes com deficiências, transtornos do desenvolvimento e altas habilidades/superdo-
tação nas escolas, ainda há muito o que avançar. Garantir a participação e a aprendizagem dos estudantes
com deficiência é, portanto, garantir um direito previsto em lei, fruto de décadas de discussão teórica, po-
lítica e de lutas pela inclusão, mas, mais que tudo, é promover a possibilidade de que todos os sujeitos da
turma, sem distinção, compartilhem e cresçam com a convivência entre pessoas diferentes, mas que têm os
mesmos direitos e precisam ser acolhidas cada uma de acordo com suas especificidades.
Desse modo, diferentes atividades podem servir a esse fim na aula de Geografia. Os mapas táteis e as ma-
quetes, isto é, as representações do espaço que podem ser lidas por pessoas cegas ou com baixa visão, são
exemplos já mencionados neste Manual. Apesar de serem direcionados para esse grupo determinado de estu-
dantes, sua confecção e seus usos podem ser apropriados por toda a comunidade escolar, integrando, dessa
forma, organicamente os estudantes com deficiência aos processos de aprendizagem e ao espaço escolar.
No que diz respeito aos estudantes surdos, desde 2002, com a lei no 10.436, de 24 de abril de 2022, a Lín-
gua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão no país. Assim,
o professor de Geografia, com o auxílio de intérprete ou ele mesmo, poderá ensinar a todos os estudantes os
sinais de Geografia, promovendo, mais uma vez, a participação e a aprendizagem de estudantes com deficiên-
cia, ao mesmo tempo que integra toda a turma na construção de uma sociedade mais acolhedora e diversa.
Para cada estudante com deficiência, haverá estratégias para serem adotadas em sala de aula e que po-
dem tanto atender às suas demandas como integrar toda a turma.
3.11.1 • O bullying e a saúde mental
O mundo contemporâneo colocou novas questões na ordem do dia para o professor e a comunidade
escolar como um todo. No contexto da pandemia e dos avanços do uso de tecnologias no processo de en-
XLVIII
[...] 33% dos estudantes dizem hoje ter dificuldades de concentração sobre
o que é transmitido em sala de aula; outros 18,8% disseram se sentir “total-
mente esgotados e sob pressão”; 18,1% disseram “perder totalmente o sono de-
vido às preocupações” e 13,6% relataram “a perda da confiança em si mesmo”.
Além disso, 1/3 dos alunos se autoqualificou como “pouquíssimo focados”.
— É mais uma pesquisa que explicita que o desenvolvimento socioemocio-
nal é uma mola propulsora para a aprendizagem e outras conquistas ao longo
da vida. Deixa claro a importância direta das competências socioemocionais
para o aprendizado e seu impacto em outros aspectos que afetam a aprendiza-
gem indiretamente, como a saúde mental, violência e as estratégias de apren-
dizagem — explicou Silvia Lima.
PANDEMIA prejudicou condição psicológica dos estudantes, mostra pesquisa. Agência Senado, Brasília,
DF, 30 maio 2022. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/05/30/pandemia-
prejudicou-condicao-psicologica-de-estudantes-mostra-pesquisa. Acesso em: 28 jul. 2022.
sino-aprendizagem, a saúde mental dos estudantes foi afetada, havendo aumento do bullying e do cyber-
bullying. Assim, faz-se necessária a proposição de diferentes atividades que combatam os diversos tipos de
violência, especialmente a intimidação sistemática, presencial ou virtualmente, assim como atividades que
promovam a saúde mental dos estudantes.
Segundo pesquisa realizada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Insti-
tuto Ayrton Senna, dos 642 mil estudantes entrevistados (entre o 5o ano do Ensino Fundamental e a 3a série
do Ensino Médio), 70% relataram quadro de depressão e ansiedade. A pesquisa mostra ainda que
Desse modo, tais condições devem ser consideradas a priori no planejamento das atividades e do próprio
ano letivo. O professor ainda deverá desenvolver sua escuta atenta e propiciar a construção de um ambiente
de aprendizagem respeitoso, acolhedor e que reserve momentos para a discussão de relações desrespeitosas
e ofensivas de qualquer natureza a fim de resolvê-los por meio do diálogo. Nesse sentido, merecem atenção
especial os casos de cyberbullying, isto é, intimidações sistemáticas realizadas por meio de tecnologias digitais.
9 Cf. Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022), somente em 2021, foram registradas, no Brasil, 47 503 mortes violentas intencionais (MVI).
3.11.2 • A cultura de paz na escola
Infelizmente, a violência na escola não é um problema novo e o tema não causa estranhamento na socie-
dade brasileira, afinal convivemos sistematicamente com manifestações de violência simbólica e física, inclu-sive, figurando entre os líderes no vergonhoso ranking dos países mais violentos do mundo.9
No entanto, experiências que promovem a cultura de paz na escola e estreitam laços com base na comuni-
cação não violenta entre os membros da comunidade escolar e o seu entorno apresentam possibilidades de re-
versão desse quadro violento no que diz respeito ao papel da instituição escolar dentro da sociedade brasileira.
Vale destacar que, após o longo período de isolamento social por conta da pandemia de covid-19, faz-se,
ainda, indispensável a promoção de uma cultura de paz na escola em função da necessidade de ressocializa-
ção de crianças e jovens no ambiente escolar.
Entre práticas que podem contribuir para a construção de uma cultura de paz na escola, figuram: a
organização de rodas de conversa; a constituição de comissões de mediação de conflitos; a valorização da
comunicação não violenta; a negação do uso de procedimentos coercitivos, violentos, vexatórios, cons-
trangedores e de acusação; e o fortalecimento de instituições representativas e deliberativas, como o con-
selho escolar e o grêmio estudantil.
Para tanto, a Geografia pode contribuir considerando-se o currículo e as competências da área e do com-
ponente curricular, com base no desenvolvimento de habilidades para o agir pessoal e coletivo com respeito,
XLIX
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/05/30/pandemia-prejudicou-condicao-psicologica-de-estudantes-mostra-pesquisa
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/05/30/pandemia-prejudicou-condicao-psicologica-de-estudantes-mostra-pesquisa
Entendemos a avaliação como um processo contínuo, que se inicia no primeiro momento do processo de
ensino-aprendizagem e deve seguir no desenvolvimento dos conteúdos.
Na abertura das unidades e de temas de cada volume, tem-se a oportunidade de já realizar uma avaliação
diagnóstica, verificando o conhecimento prévio dos estudantes sobre determinado assunto, o posicionamento
da turma diante de algum questionamento ou, ainda, o domínio de conteúdos procedimentais. Esse primeiro
diagnóstico oferece alguns parâmetros para avaliar a necessidade de enfatizar determinados conteúdos.
As questões propostas ao longo do desenvolvimento dos temas permitem avaliar se os estudantes são
capazes de extrair informações de mapas, fotografias, gráficos, ilustrações e textos, usando habilidades e
procedimentos que envolvam observar, analisar, relacionar, comparar etc.
No encaminhamento dos conteúdos, é possível avaliar se os objetivos de aprendizagem estão sendo al-
cançados, por meio de aula dialogada, observações das atividades em grupo, verificação dos registros de
atividades propostas etc.
A seção Atividades é um momento privilegiado para avaliar o estudante. Essa seção constitui uma “pa-
rada avaliativa”, com atividades que possibilitam verificar, principalmente, conceitos e procedimentos ne-
cessários à compreensão da temática da unidade. É uma ocasião propícia para ponderar se os objetivos da
unidade foram alcançados.
Entendemos também que a avaliação é um ato inclusivo, no qual o estudante é integrado ao conteúdo, e
não um ato exclusivo que permite apenas o julgamento, como define Luckesi (1998):
Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de
que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para compre-
ender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato
que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A
avaliação tem por base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar
a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. A
avaliação, como ato diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a
inclusão e não a seleção (que obrigatoriamente conduz à exclusão). O diagnós-
tico tem por objetivo aquilatar coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista
tomar decisões no sentido de criar condições para a obtenção de uma maior
satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 172-173.
4 AVALIAÇÃO
baseado em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, levando em conta e respeitando as di-
ferenças entre os sujeitos e os direitos humanos.
Um processo de avaliação contínuo e inclusivo requer instrumentos diferenciados de verificação do conhe-
cimento. As atividades propostas no Livro do estudante e neste Manual permitem avaliar habilidades, con-
L
ceitos e atitudes por meio de instrumentos variados, como: atividades orais de leitura de imagens, questões de
interpretação de texto e localização das informações, leitura e análise de mapas, gráficos e tabelas, produção
textual, organização de quadro-síntese, confecção de croquis etc. Além dos instrumentos sugeridos na obra,
pode-se lançar mão da autoavaliação e de recursos como mapa conceitual e portfólio, explicitados a seguir.
MAPA CONCEITUAL
Mapa conceitual é um recurso gráfico que facilita a organização de ideias, conceitos e informações. O
conteúdo é classificado e hierarquizado, facilitando a compreensão do que está sendo estudado.
O mapa conceitual está de acordo com um modelo de educação que é centrado no estudante e não no
professor, desenvolvendo habilidades e atitudes de negociação. Seus principais elementos são: conceito, co-
nectivo e proposição.
O conceito é a imagem mental por meio da qual se representa um acontecimento ou um objeto e que
apresenta regularidade (as palavras são rótulos para os conceitos). Os conectivos são as palavras de enlace
ou de ligação (exemplo: são, onde, o, é, então, com), utilizadas, junto aos conceitos, para construir expres-
sões que têm significado, ou seja, as proposições.
O mapa conceitual deve apresentar algumas características:
• hierarquização: os conceitos são dispostos por ordem de importância ou grau de inclusão;
• seleção: escolha dos termos que devem fazer referência aos conceitos (que contêm o mais significativo de
uma mensagem);
• impacto visual: organização simples e vistosa (representação gráfica).
Para a introdução e a construção de um mapa conceitual, sugerimos algumas estratégias:
1. explicar o que é conceito e palavra de ligação;
2. selecionar o trecho de um texto e identificar os conceitos mais importantes;
3. ordenar os conceitos em uma lista (das menores às maiores generalidade e inclusividade);
4. elaborar o mapa com a utilização de palavras de ligação adequadas (podem ser escritas em recortes de
papel);
5. procurar ligações cruzadas entre conceitos;
6. refazer o mapa, se for o caso;
7. apresentação do mapa: leitura.
4.1
Há importantes materiais de apoio sobre o processo de avaliação, alguns deles dispo-
nibilizados pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), que podem respaldar a
discussão entre os professores, como as sugestões a seguir.
• PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens entre
duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
• HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à
universidade. Porto Alegre: Mediação, 2014.
• AQUINO, Julio Groppa (org.). Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e práticas.
São Paulo: Summus, 1997.
LI
Apresentamos, a seguir, um exemplo de mapa conceitual.
MAPAS CONCEITUAIS
auxiliamsão
na organizacão do
conhecimento
úteis
beneficiam ono
Processo de ensino-aprendizagem
Elaborado com base em: MAGALHÃES, Maurício; DIECKMAN, Adriana Gomes; LOBATO;
Wolney. O uso de mapas conceituais no ambiente escolar: cartilha para o professor.
Belo Horizonte: PUC Minas, [20--]. p. 1. Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/
documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf. Acesso em: 2 jul. 2022.
PORTFÓLIO
O portfólio é um instrumento cada vez mais usado no processo de ensi-
no-aprendizagem de crianças, jovens e adultos de vários países. Consiste no
conjunto das produções mais relevantesou dos produtos, elaborados pelos
estudantes em um determinado período, como um bimestre ou trimestre,
que favorece o aspecto contínuo da avaliação. Em geral, um portfólio é divi-
dido em seções, como as apresentadas a seguir.
1. Introdução: texto de apresentação do conteúdo.
2. Descrição do trabalho: breve texto sobre cada atividade apresentada.
3. Revisão: textos curtos com reflexões do estudante sobre a atividade rea-
lizada.
4. Autoavaliação: o estudante deverá avaliar, segundo critérios pré-combi-
nados, cada trabalho.
5. Comentários do professor.
4.2
• Sobre o portfólio e as experi-
ências significativas no seu
uso como instrumento de
avaliação na Educação Básica,
sugerimos o texto a seguir.
• SÁ, Ilydio Pereira de.
Avaliação por Portfólio
ou “nem só de provas vive
a Escola”. Rio de Janeiro:
UERJ: USS, 2007. Disponível
em: https://ilydio.files.
wordpress.com/2007/08/
portfolio.doc. Acesso em: 2
jul. 2022.
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LII
http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf
http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf
https://ilydio.files.wordpress.com/2007/08/portfolio.doc
https://ilydio.files.wordpress.com/2007/08/portfolio.doc
https://ilydio.files.wordpress.com/2007/08/portfolio.doc
CONTRATO DIDÁTICO
O contrato didático, também chamado de contrato pedagógico ou combinado, integra os estudantes
no processo de avaliação e no processo de ensino-aprendizagem como um todo. No texto a seguir, o autor
apresenta etapas desse instrumento.
4.3
Ao mesmo tempo em que constitui um instrumento integrador, que permite a legitimação das regras na
escola, o contrato didático possibilita a vivência dos estudantes em um processo democrático de participa-
ção, no qual eles se sentem sujeitos. Essa vivência é essencial na escola e tem como um dos objetivos formar
cidadãos que atuarão na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Estabelecer um plano contratual significa organizar conjuntamente as roti-
nas de trabalho pedagógico (“o que” será feito) e de convivência escolar (“como”
será feito). Mas não se trata de regras fixas. Elas devem estar sempre abertas à
revisão. No meio do caminho, é inevitável recordar, ou mesmo reformular, as
cláusulas. Isso porque o grupo-classe passa por diferentes etapas progressivas
no que se refere à validação e à tomada de consciência quanto às regras de ação
e de convívio: da imposição ao consentimento e, por fim, à autodisciplina [...].
Em primeira mão, deparamos com a não consciência do valor de determi-
nada regra. Os estudantes submetem-se a ela, mas desconhecem a razão de
sua legitimidade. É aí que entra o papel modulador do contrato. Sua função, por
ora, é mais demonstrativa e/ou argumentativa.
Uma vez ultrapassada a celebração inicial do contrato, o próximo passo re-
mete à implantação paulatina das rotinas de trabalho acordadas anteriormen-
te. É hora também de o professor antecipar-se aos estudantes, não devendo
esperar anuência imediata da parte deles. Eles farão sua parte se o professor
cumprir com o que foi acordado. Trata-se de um momento ainda marcado pela
reação às atitudes do professor. Também a relação com o campo de conheci-
mento será marcada pela forte presença docente, tida como fonte externa de
controle. Ou seja, os estudantes sabem o que deve ou não ser feito, mas quem
inicia a ação e supervisiona o cumprimento das regras ainda é o professor.
A terceira e última etapa do processo aponta para o consentimento volun-
tário e o engajamento efetivo dos estudantes em relação às regras de funciona-
mento do grupo-classe. Trata-se do auge da intervenção escolar, ou seja, o mo-
mento em que eles sabem o que deve ser feito e fazem-no por vontade própria,
encarando tais regras como parte de seu repertório pessoal e, por conseguinte,
dispensando o professor da função de supervisão coletiva.
No que diz respeito às cláusulas contratuais, é certo que diferentes com-
petências e habilidades compõem o quadro das exigências escolares. Não se
exigirão destrezas nem atitudes semelhantes em todas as disciplinas, já que se
trata de campos de conhecimento distintos. Isso significa que as rotinas de tra-
balho e de convivência não serão comuns a todos os momentos da vida escolar.
Por essa razão, é desejável que se possa propor, discutir e definir coletiva-
mente (mas em cada disciplina em específico) desde os itens programáticos, o
cronograma de atividades, as tarefas decorrentes, as escolhas metodológicas, os
critérios de avaliação, até, e principalmente, as regras comuns de conduta em sala
de aula. Sem tais regras devidamente acordadas, não haverá legitimação posterior.
AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina: o contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003. p. 70-72.
LIII
AUTOAVALIAÇÃO E ENSINO-APRENDIZAGEM
Além de contribuir no processo junto a outras formas de avaliação ao longo da sequência planejada, ou
seja, antes, durante e após, a autoavaliação oferece a possibilidade de fortalecer a autonomia dos sujeitos
em relação ao seu próprio processo de aprendizagem. Para tanto, o professor poderá escolher os momentos
mais propícios para essa forma de avaliação, que não deverá substituir outras formas, mas sim compor com
aquelas, e sugerir formatos e procedimentos que facilitem o processo de autoavaliação para os estudantes,
principalmente quando se tratar dos seus primeiros passos nesse quesito.
Primeiro, é preciso definir temas e dimensões da vida escolar que serão avaliados pelos próprios estudan-
tes, por exemplo: participação; aproveitamento dos estudos; colaboração com os colegas da turma; respeito
ao próximo etc. Deve-se escolher também marcadores para a avaliação, como: em uma escala de 0 a 5, in-
dique 0 para pouco satisfatório e 5 para plenamente satisfatório; ou simplesmente: sim e não. A essa etapa,
conteúdos atitudinais são associados (ZABALA, 1998).
Em relação aos conteúdos de Geografia propriamente ditos, que serão trabalhados em função do pla-
nejamento e das necessidades da turma com base nesta obra, especialmente os conteúdos conceituais (ZA-
BALA, 1998), a autoavaliação permitirá aos estudantes um momento de reflexão sobre seus pontos fortes
e sobre aquilo ao que precisam se dedicar ainda mais, inclusive propiciando ao professor a identificação de
pontos que, por algum motivo, precisarão ser trabalhados com mais diligência ou com outras estratégias.
Apesar de a seção Atividades constituir-se como momento privilegiado para a avaliação do processo
de ensino-aprendizagem, mas não o único, como já demonstrado, é possível propor, ainda, momentos de
autoavaliação de modo a retomar o que for preciso antes de prosseguir com os novos conteúdos e fazer
também da passagem de uma unidade a outra um momento privilegiado para a reflexão e a sistematiza-
ção do trabalho.
4.4
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Para consulta e debate entre docentes, sugerimos a bibliografia deste Manual, bem como outras publica-
ções e sites relacionados à Geografia escolar, às temáticas trabalhadas na coleção e à educação em geral.
LIVROS E OUTRAS PUBLICAÇÕES
ALMEIDA, Rosângela Doin de (org.). Cartografia escolar.
São Paulo: Contexto, 2007.
O objetivo do livro é fomentar a produção e o uso de
mapas com jovens e crianças na sala de aula. Renomados
especialistas tratam da metodologia, da teoria e da prática
na construção do espaço geográfico, assim como da
sistematização da cartografia temática. A obra é de grande
importância na formação de educadores.
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa:
iniciação cartográfica na escola. São Paulo: Contexto, 2001.
A obra, destinada aos professores de Geografia e aos
educadores em geral, revela os caminhos e descaminhos
da aquisição de uma visão do espaço, sendo de grande
utilidade não só para auxiliar os estudantes na leitura de
mapas, mas também para desenvolver sua capacidade de
localização para a própria vida.
5.1
LIV
ALMEIDA, Rosângela Doin de(org.). Novos rumos da
cartografia escolar: currículo, linguagem e tecnologia.
São Paulo: Contexto, 2011.
Contando com a contribuição de diversos especialistas na área,
o livro apresenta o “estado da arte” na busca sistemática por
novas práticas de ensino com base na seleção e na distribuição
do conhecimento no amplo espaço cultural. Trata-se de uma
ferramenta importante para educadores e responsáveis por
políticas públicas na área de educação.
ALMEIDA, Rosângela Doin de; PASSINI, Elza Yasuko. O
espaço geográfico: ensino e representação. São Paulo:
Contexto, 2002.
A proposta da obra se baseia numa trajetória de ensino
que se inicia com a apreensão espacial do próprio corpo da
criança e desemboca na boa leitura e eficiente elaboração
de mapas por parte dos estudantes. As autoras sugerem
uma série de atividades minuciosamente descritas, que
resgatam as vivências espaciais das crianças. Destina-se
principalmente aos professores do Ensino Fundamental.
ANTUNES, Celso. A sala de aula de Geografia e História.
Campinas: Papirus, 2001.
O autor analisa questões como a aprendizagem significativa, as
inteligências múltiplas e as competências de duas perspectivas
correlatas, seu uso prático no cotidiano do professor em sala
de aula e sua relação com os conteúdos e saberes inerentes
aos novos conceitos de geografia e de história.
ANTUNES, Celso; SELBACH, Simone. Geografia e didática.
Petrópolis: Vozes, 2010.
Para os autores, a aprendizagem que conquistamos e que
nos transforma jamais vem de fora pra dentro. Sendo
assim, o professor não deve apenas informar conceitos
geográficos, e sim ajudar os estudantes a se tornar agentes
de sua aprendizagem.
AQUINO, Júlio Groppa. Indisciplina: o contraponto das
escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2004.
O livro propõe um conjunto de reflexões sobre o universo
da indisciplina discente, considerada por muitos como o
principal desafio ético-profissional da atual geração de
educadores. Partindo da problematização de algumas
ideias frequentes sobre os eventos disciplinares, o autor
propõe estratégias democráticas para seu enfrentamento.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se
faz. São Paulo: Loyola, 2004.
O autor discute a forma superficial com a qual as pesquisas
escolares costumam ser conduzidas no ensino básico. Com
base em uma abordagem reflexiva, ele apresenta sugestões
para transformar a prática da pesquisa em sala de aula em
uma verdadeira fonte de aprendizagem.
BARBOSA, Liriane Gonçalves; GONÇALVES, Diogo Laercio.
A paisagem em Geografia: diferentes escolas e abordagens.
Éliseé: Revista de Geografia da UEG, Anápolis, v. 3 n. 2, p.
92-110, jul./dez. 2014. Disponível em: https://www.revista.
ueg.br/index.php/elisee/article/view/3122. Acesso em: 12
ago. 2022.
A paisagem pode ser definida como a transcrição e a
interpretação geográfica do arranjo espacial. Partindo
dessa premissa, esse artigo traz uma breve abordagem do
estudo da paisagem na Geografia, tendo como ênfase o
desenvolvimento das diversas concepções no âmbito das
escolas geográficas.
BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento
do pensamento computacional através de atividades
desplugadas na educação básica. Porto Alegre: Editora
da UFRGS, 2017.
O pensamento computacional é uma abordagem de
ensino que usa diversas técnicas oriundas da Ciência
da Computação. Ele vem gerando um foco educacional
inovador nas escolas mundiais, que o tratam como um
conjunto de competências para solução de problemas
que devem ser compreendidas por uma nova geração
de estudantes em conjunto com outras competências
essenciais da atualidade, como o pensamento crítico.
BRAGA, Juliana; MENEZES, Lilian. Introdução aos objetos
de aprendizagem. In: BRAGA, Juliana (org.). Objetos de
aprendizagem: introdução e fundamentos. Santo André:
EdiUFABC, 2014.
Dirigido aos professores de todas as áreas e níveis, aos
estudantes das licenciaturas e àqueles da pós-graduação
em Informática na Educação, o livro pretende ajudar
na compreensão dos diferentes tipos de objetos de
aprendizagem, seus repositórios específicos, a acessibilidade
e as estratégias pedagógicas em que eles podem ser
inseridos.
BRASIL. Decreto no 7.037, de 21 de dezembro de 2009.
Programa Nacional de Direitos Humanos. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 21 Aprova o Programa Nacional
de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências.
Diário Oficial da União, ano 146, n. 244, p. 17-36,
22 dez. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/cciviL_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm.
Acesso em: 12 ago. 2022.
O Programa Nacional de Direitos Humanos possui como papel
principal a tutela dos direitos humanos no Brasil. Para tanto,
ele se propõe a direcionar as ações governamentais – como,
por exemplo, a elaboração de projetos de lei e a criação de
programas sociais – sempre em prol dos direitos humanos.
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre
o ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
ano 128, n. 135, p. 13564-13577, 16 jul. 1990. Disponível
em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso
em: 28 ago. 2018.
Essa lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente, determinando que é dever da família, da
comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, entre
outros.
LV
https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/3122
https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/3122
BRASIL. Lei no 12.288, de 20 de julho de 2010. Institui o
Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5
de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347,
de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de
2003. Diário Oficial da União, Brasília, DF, ano 147, n.
138, p. 1-4, 21 jul. 2010. Disponível em: www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm. Acesso
em: 12 ago. 2022.
Essa lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a
garantir à população negra a efetivação da igualdade de
oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais,
coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais
formas de intolerância étnica.
BRASIL. Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003. Dispõe
sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, ano 140, n. 192, p. 1-6, 3
out. 2003. Disponível em: www.planalto.gov.br/ ccivil_03/
leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
Segundo essa lei, a pessoa idosa é aquela que tem idade
igual ou superior a 60 anos e que deve ter asseguradas
todas as oportunidades e facilidades, para preservação de
sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade
e dignidade, além de todos os direitos fundamentais
inerentes à pessoa humana.
BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília,
DF, ano 152, n. 127, p. 2-11, 7 jul. 2015. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/
Lei/L13146.htm. Acesso em: 12 ago. 2022.
Essa lei tem como objetivo assegurar e promover, em
condições de igualdade, o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando
à sua inclusão social e à sua cidadania.
BRASIL. Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe
sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional
de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, ano 137, n. 79, p. 1-3, 28
abr. 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9795.htm. Acesso em: 28 ago. 2018.
Essa lei institui a educação ambiental como um componente
essencial e permanente da educaçãonacional, devendo
estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e
não formal.
BRASIL. Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o
Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências.
Diário Oficial da União, ano 151, n. 120-A, p. 1-7, 26
jun. 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em:
12 ago. 2022.
O Plano Nacional de Educação para o decênio 2014/2024,
instituído pela lei no 13.005, de 25 de junho de 2014, definiu
10 diretrizes que devem guiar a educação brasileira nesse
período e estabeleceu 20 metas a serem cumpridas durante
a sua vigência.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum
Curricular: educação é a base. Versão final. Brasília, DF:
MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.
mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.
pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um
documento de caráter normativo que define o conjunto de
aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem
desenvolver ao longo das etapas e das modalidades da
Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, conforme
preceitua o Plano Nacional de Educação.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da
Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação
Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
da Educação Básica. Brasília, DF: MEC: SEB: DICEI,
2013. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.
php?option=com_docman&view=download&alias=13448-
diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192.
Acesso em: 28 ago. 2018.
Nesse documento, estão reunidas as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Básica, as quais estabelecem a
Base Nacional Comum Curricular, responsável por orientar a
organização, articulação, o desenvolvimento e a avaliação das
propostas pedagógicas de todas as redes de ensino brasileiras.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
História, Geografia. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997a.
O volume 5 dos Parâmetros Curriculares Nacionais apresenta
princípios, conceitos e orientações para atividades em
História e Geografia, que possibilitem aos estudantes
do Ensino Fundamental a realização de leituras críticas
dos espaços, das culturas, das histórias do seu cotidiano,
da compreensão do lugar onde vivem e de diferentes
paisagens.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília,
DF: MEC: SEF, 1997b.
Os PCNs buscam construir uma referência curricular
nacional para o Ensino Fundamental que possa ser discutida
e traduzida em propostas regionais nos diferentes estados
e municípios brasileiros, em projetos educativos nas escolas
e nas salas de aula.
BRASIL. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão. Orientações e Ações para
Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília, DF:
Secadi, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf. Acesso em:
12 ago. 2022.
LVI
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm
http://www.planalto.gov.br/%20ccivil_03/%20leis/2003/l10.741.htm
http://www.planalto.gov.br/%20ccivil_03/%20leis/2003/l10.741.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=30192
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/orientacoes_etnicoraciais.pdf
O texto procura cumprir o detalhamento de uma política
educacional, que reconhece a diversidade étnico-racial, e
trabalha em correlação com a faixa etária e com situações
específicas de cada nível de ensino. A publicação se destina
a gestores e educadores, como um importante subsídio
para o tratamento da diversidade na educação.
BREDA, Thiara Vichiado. O uso de jogos no processo
de ensino-aprendizagem na Geografia escolar.
Dissertação (Mestrado em Ensino e História das Ciências
da Terra) – Instituto de Geociências, Universidade Estadual
de Campinas, 2013.
Essa dissertação tem como objetivo o estudo dos jogos no
ensino de Geociências. Para isso, com base no referencial
teórico de definições, contribuições e dificuldades de
jogos no ensino, foram analisados jogos confeccionados
especificamente para trabalhar conteúdos da Geografia
escolar, como Educação Ambiental e Cartografia.
CAIADO, Katia Regina Moreno. Estudante deficiente
visual na escola: lembranças e depoimentos. Campinas:
Autores Associados, 2006.
O objetivo da autora é debater a questão: quais são as
possibilidades que os estudantes com deficiência visual têm
para estudar no ensino regular? Desenvolvendo um estudo
que considerou o indivíduo imerso nas relações sociais, a
autora realizou seis entrevistas com adultos com deficiência
visual, alfabetizados em braile e que estudaram em escolas
regulares em algum momento da vida escolar.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo:
a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Cadernos Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 227-247,
maio/ago. 2005.
O artigo analisa a possibilidade e a importância de
se aprender Geografia nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, com base na leitura do mundo, da vida e
do espaço vivido. Para tanto, discute o papel da Geografia
nesse nível de ensino e a necessidade de se iniciar, nessa
fase, um processo de alfabetização cartográfica.
CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). A Geografia na sala
de aula. São Paulo: Contexto, 2000.
A obra reúne textos de diversos geógrafos no intuito
de debater caminhos teóricos e práticos para melhorar
a qualidade do ensino da Geografia. Nesse sentido, são
abordados temas como a construção da cidadania, a
história do pensamento geográfico, a visão da metrópole e
as linguagens convencionais utilizadas na Geografia, como
a Cartografia.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Educação geográfica:
formação e didática. In: MORAIS, Eliana Marta Barbosa;
MORAES, Loçandra Borges (org.). Formação de
professores: conteúdos e metodologias no ensino de
Geografia. Goiânia: Nepeg, 2010. p. 49-50.
Esse artigo aborda a educação geográfica com base na
formação docente, no papel da didática e na cultura
escolar, com o intuito de provocar uma reflexão sobre a
qualidade da educação pública.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas:
resolução de problemas. São Paulo: FTD, 2016.
Essa obra aborda a resolução de problemas como uma
metodologia ativa para que os professores possam
incorporar às suas aulas estratégias mais desafiadoras e
que proporcionem aos estudantes maiores benefícios no
processo de aprendizagem.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Metodologias ativas:
sala de aula invertida. São Paulo: FTD, 2016.
Nesse livro, a autora analisa os seguintes temas: os métodos
de ensino, a tecnologia educacional, a prática de ensino,
o ensino fundamental, a formação de professores e o
trabalho em grupo.
CASTELLAR,Sonia Maria Vanzella; CAVALCANTI, Lana
de Souza; CALLAI, Helena Copetti (org.). Didática da
Geografia: aportes teóricos e metodológicos. São Paulo:
Xamã, 2012.
A obra reúne diversas reflexões e resultados de pesquisas
que se traduzem em um compromisso fundamental de seus
autores: superar o ensino de uma Geografia notadamente
teórica e de memorização, passando para uma Geografia
experiencial, em que a pesquisa formativa se converte
em um componente básico do processo de aplicação dos
conteúdos geográficos.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella; VILHENA, Jerusa.
Ensino de Geografia. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
O livro aborda a metodologia do ensino e propõe mudanças
em relação às atuais concepções teórico-metodológicas da
ciência geográfica e daquelas relativas à aprendizagem.
Nesse sentido, ele sugere situações de aprendizagem que
superam o senso comum e que ainda perduram no ensino
de Geografia.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. Geografia em sala
de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Editora da
UFRGS: AGB, 2003.
A obra reúne artigos de especialistas ligados à área do
Ensino e da Geografia. Ela traz um registro dos desafios
que eles encontraram em seu cotidiano e faz um convite
para que o ensino e a aprendizagem em Geografia sejam
repensados, aproximando-se das transformações que estão
presentes na sociedade.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et al. (org.).
Movimentos para ensinar Geografia: oscilações. Porto
Alegre: Letra 1, 2016.
Essa coletânea reúne trabalhos sobre o ensino de Geografia,
que buscam refletir sobre a educação num mundo
globalizado. O objetivo é demonstrar que a educação é um
ato político, que a escola é fundamental para o acesso ao
conhecimento e à justiça social e que o ensino de Geografia
pode contribuir significativamente para isso.
LVII
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e
construção de conhecimentos. 5. ed. Campinas: Papirus,
2003.
A obra discute a ação docente no desenvolvimento do
pensamento geográfico dos estudantes. A Geografia ajuda
os estudantes a pensar a realidade e a atuar sobre ela do
ponto de vista da espacialidade, dimensão cada vez mais
valorizada pela ciência geográfica dada a complexidade do
mundo atual.
CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de Geografia na
escola. Campinas: Papirus, 2012.
Nesse livro, a autora analisa a formação e a prática
do professor de Geografia, na busca por um ensino
efetivamente voltado à aprendizagem dos estudantes,
considerados como sujeitos ativos na construção de seus
conhecimentos. Ao professor, cabe o papel de mediador
entre os estudantes e os conteúdos geográficos.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Temas da Geografia na
Escola Básica. Campinas: Papirus, 2013.
Trata-se de uma coletânea de artigos escritos por
especialistas na didática da Geografia, que tem por objetivo
orientar os docentes do Ensino Fundamental, debatendo
temas e práticas do ensino de Geografia, como relevo, solo,
rochas, população, globalização, espaço, entre outros.
CAZZETA, Valéria; OLIVEIRA JR, Wenceslao (org.).
Grafias do espaço: imagens da educação geográfica
contemporânea. Campinas: Alínea, 2013.
Essa coletânea reúne textos de pesquisadores brasileiros
e estrangeiros que têm se dedicado a estudar as relações
que se estabelecem entre a cultura, a imagem e a educação
geográfica, com o intuito de ampliar as reflexões acerca
da educação pelas imagens e os pensamentos espaciais
sugeridos por elas.
COOL, César et al. O construtivismo na sala de aula.
São Paulo: Ática, 1999.
O livro discute a empregabilidade dos conceitos teóricos
do construtivismo nas práticas educacionais, trazendo à
tona discussões sobre os elementos que podem favorecer
a aprendizagem por meio dos significados, a função dos
conhecimentos prévios e outros pontos relevantes que
diferenciam o construtivismo dos outros métodos de
aprendizagem.
DIESEL, Aline; BALDEZ, Alda Leila Santos; MARTINS, Silvana
Neumann. Os princípios das metodologias ativas de ensino:
uma abordagem teórica. Revista Thema, Lajeado, RS, v. 14,
n. 1, p. 263-288, fev. 2017. Disponível em: http://revistathema.
ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295. Acesso
em: 12 ago. 2022.
Esse artigo tem como objetivo buscar pontos de convergência
entre as metodologias ativas de ensino e outras abordagens
já consagradas do âmbito da (re)significação da prática
docente. Para tanto, realizou-se um estudo bibliográfico das
principais abordagens teóricas voltadas para os processos
de ensino e de aprendizagem.
DUARTE, Paulo Araújo. Fundamentos de Cartografia. 3.
ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2006.
O objetivo da obra é enfocar a Cartografia de modo
diferente do apresentado em obras do gênero, com uma
nova perspectiva da história dos mapas, fugindo da visão
eurocêntrica. Estaria certo um mapa que apresentasse
o Hemisfério Sul no lado de cima? Todos os temas são
tratados com linguagem simples e objetiva.
FONSECA, Fernanda Padovesi; OLIVA, Jaime. Cartografia.
São Paulo: Melhoramentos, 2013.
O livro propõe uma releitura do uso do mapa no Ensino
Fundamental – Anos Finais, com destaque para os seguintes
temas: desnaturalização do mapa; expressão cartográfica
das novas espacialidades; interpretação de mapas da
ordem cultural (por exemplo, mapas históricos, midiáticos
e artísticos); e interpretação das imagens produzidas por
satélites.
FREITAS, Maria Isabel Castreghini de; VENTORINI, Silvia
Elena (org.). Cartografia tátil: orientação e mobilidade às
pessoas com deficiência visual. Jundiaí: Paco Editorial, 2011.
A obra aborda experiências em Cartografia Tátil, divulgando
as mais recentes pesquisas nessa área para professores de
Educação Básica, estudantes de licenciatura, professores
universitários, pais e estudantes que tenham interesse no
uso da Cartografia para a representação espacial destinada
a pessoas com deficiência visual.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA. Anuário brasileiro
de segurança pública 2022. São Paulo: FBSP, 2022. (Ano
16). Disponível em: https://forumseguranca.org.br/anuario-
brasileiro-seguranca-publica/. Acesso em: 23 jul. 2022.
Reúne informações fornecidas pelas secretarias de
segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e
federal, entre outras fontes oficiais, compondo um amplo
panorama da segurança pública brasileira.
FUNARI, Pedro Paulo; PIÑÓN, Ana. A temática indígena
na escola: subsídios para os professores. São Paulo:
Contexto, 2014.
Essa obra é voltada aos professores das escolas não indígenas,
que muitas vezes não têm informações suficientes ou bem
fundamentadas sobre os indígenas. Acreditando no papel
da escola como importante polo de difusão cultural, o livro
traz informações, análises e reflexões sobre as inquietações
recorrentes dos professores a respeito da temática indígena.
GALVÃO FILHO, Teófilo Alves; DAMASCENO, Luciana Lopes.
Tecnologias assistivas para autonomia do estudante com
necessidades educacionais especiais. Inclusão: Revista da
Educação Especial, Brasília, DF, v. 1, n. 1, p. 25-32, jul. 2006.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
revistainclusao2.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Esse artigo busca apresentar e discutir o uso de diferentes
tecnologias assistivas, disponibilizadas para a construção
da autonomia, do aprendizado, do desenvolvimento
e da inclusão social de estudantes com necessidades
educacionais especiais.
LVIII
http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295
http://revistathema.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/viewFile/404/295
https://forumseguranca.org.br/anuario-brasileiro-seguranca-publica/
https://forumseguranca.org.br/anuario-brasileiro-seguranca-publica/
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revistainclusao2.pdf
GUERRERO, Ana Lúcia de A. Práticas interdisciplinares de
estudo do meio na cidade de São Paulo no processo de
formação docente em Geografia. In: FERREIRA, Ricardo
Vicente; REZENDE,Eduardo Coelho Morgado. A Geografia
fora da sala de aula. São Paulo: Necrópolis, 2008. p.
123-138.
O artigo discute o processo de formação dos professores
do Ensino Básico de Geografia, considerando as práticas
interdisciplinares aplicadas ao estudo do meio, tendo como
cenário do estudo a cidade de São Paulo (SP).
JOLY, Fernand. A Cartografia. 15. ed. Campinas: Papirus,
2013.
A obra traz uma revisão das características da linguagem
cartográfica, da Cartografia Descritiva da superfície
terrestre, da análise cartográfica do espaço geográfico e
do papel da Cartografia na gestão do meio ambiente.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz (org.). Diversidade sexual
na educação: problematizações sobre a homofobia nas
escolas. Brasília, DF: MEC: Secadi: Unesco, 2009.
Esse livro reúne artigos de vários especialistas no tema, que
buscam contribuir para a ampliação e o aprofundamento
desse debate e, também, para uma melhor compreensão
da homofobia, seus efeitos e suas relações com outros tipos
de discriminação.
LACOSTE, Yves. A Geografia: isso serve, em primeiro
lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, 2008.
Para que serve a Geografia e qual é a sua função social?
Esse livro procura responder a tais questões e alertar para
as consequências sofridas pelas populações atingidas pela
“organização” de seus espaços, conclamando os geógrafos
a assumir uma posição contra a instrumentalização da
Geografia pelos interesses estatais ou privados.
LEÃO, Vicente de Paula; LEÃO, Inêz de Carvalho Leão.
Ensino de Geografia e mídia: linguagens e práticas
pedagógicas. 2. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.
A obra traz reflexões sobre a utilização de textos midiáticos
no ensino de Geografia, com base em uma pesquisa de
campo realizada com professores de escolas públicas
e privadas nos estados de Minas Gerais e São Paulo,
avaliando as vantagens e as desvantagens desse recurso
em sala de aula.
LEGAN, Lucia. A escola sustentável: eco-alfabetizando
pelo ambiente. 2. ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado
de São Paulo; Pirenópolis: IPEC, 2007.
Esse livro foi concebido como um guia para educadores
interessados na ecoalfabetização para um futuro
sustentável. É uma espécie de manual que oferece
informações e atividades, combinando a sabedoria
das culturas tradicionais e indígenas com tecnologias e
informações da ciência moderna.
LIMA, Adriana de Oliveira. Avaliação escolar: julgamento
ou construção? 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
Nessa obra, a autora analisa os processos e as formas de
avaliação de aprendizagem adotados frequentemente
na prática docente e propõe novas formas de se encarar
esse procedimento, no sentido de incorporá-lo como uma
ferramenta de aprendizagem, e não de exclusão.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem
escolar. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
Destinado a educadores e a estudantes dos cursos de
Pedagogia e demais licenciaturas, esse livro aborda diversos
estudos críticos sobre a avaliação da aprendizagem escolar,
assim como traz proposições para torná-la mais viável e
construtiva.
MAGALHÃES, Maurício; DIECKMAN, Adriana Gomes;
LOBATO; Wolney. O uso de mapas conceituais no
ambiente escolar. Belo Horizonte: PUC Minas, [20--].
Disponível em: http://www1.pucminas.br/imagedb/
documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.
pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma cartilha produzida com base em uma
dissertação defendida na PUC-Minas, cujo propósito é
dar suporte e direcionamento para o professor que deseje
utilizar a técnica de construção de mapas conceituais com
seus alunos, por meio do programa Cmap Tools.
MORAIS, Eliana Marta Barbosa; MORAES, Loçandra
Borges (org.). Formação de professores: conteúdos e
metodologias no ensino de Geografia. Goiânia: NEPEG,
2010.
A coletânea é resultado das discussões ocorridas no IV
Fórum Nepeg (2008) e reúne textos de diversos especialistas
da área de ensino de Geografia. As temáticas envolvem
questões relacionadas aos conteúdos, às didáticas e às
metodologias da área.
MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias
ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa
Torres (org.). Mídias contemporâneas: convergências
midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens.
Ponta Grossa: UEPG: Proex, 2015. p. 15-33. Disponível
em: http: //www2.eca.usp.br/moran/wp-content /
uploads/2013/12/mudando_moran.pdf. Acesso em: 12
ago. 2022.
Segundo o autor, a educação formal está em um impasse
diante de tantas mudanças na sociedade e, portanto, os
processos de organização do currículo, as metodologias,
os tempos e os espaços precisam ser revistos.
MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo
na escola. Brasília, DF: MEC: Secadi, 2005. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_
escola.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
Nessa obra coletiva, os autores se desdobraram em produzir
artigos ricos em sugestões sobre possibilidades de ação,
todos atentos à tensão entre o papel que a escola tem
desempenhado na reprodução do racismo e o papel que
deveria desempenhar no seu combate.
LIX
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_escola.pdf
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_escola.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf
http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf
http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf
http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf
http://www1.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20160317142256.pdf
NOGUEIRA, Ruth Emilia (org.). Motivações hodiernas para
ensinar geografia: representações do espaço para visuais
e invisuais. Florianópolis: Nova Letra, 2009.
Essa coletânea mostra experiências e estudos de um grupo
de pesquisa no ensino da Geografia e na representação do
espaço, que inclui também o ensino aos deficientes visuais,
aqui denominados de invisuais.
NOGUEIRA, Valdir; CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato.
Educação geográfica e formação da consciência
espacial. Curitiba: Editora da UFPR, 2013.
O livro discute os fundamentos geográficos, com base
nos aportes teóricos de Milton Santos, de Edgar Morin
e de Paulo Freire, abrindo espaço para uma orientação
epistêmica inovadora das práticas de ensinar e aprender
Geografia, com o objetivo central de contribuir para a
formação de cidadãos críticos e participativos.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino; CARLOS, Ana Fani
Alessandri. Reformas no mundo da educação:
parâmetros curriculares e geografia. São Paulo: Contexto,
1999.
A coletânea reúne textos de diversos autores, que tratam
de temas como: reformas no Ensino Básico e os Parâmetros
Curriculares Nacionais; os cursos de graduação em
Geografia e a formação do geógrafo; Geografia e saúde;
as relações entre pesquisa e ensino, entre outros.
OLIVEIRA JUNIOR, Wenceslao Machado de; GIRARDI,
Gisele; PAES, Maria Tereza (org.). Número temático: imagens,
fotografias e educação. Educação Temática Digital (ETD),
Campinas, v. 11, n. 2, 2010. Disponível em: https://periodicos.
sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/issue/view/89. Acesso em:
12 ago. 2022.
Esse dossiê temático reúne artigos que apresentam reflexões
sobre as conexões que se estabelecem entre a imagem,
a Geografia e a educação. Cada artigo toma as imagens
sob um aspecto diferente e nos propõe um olhar para o
mundo da educação. Além disso, trazem a Geografia como
maneira de pensar o espaço, um lugar, uma escola.
OLIVEIRA, Simone Santos de. Desenho e cartografia escolar
no ensino de Geografia. Revista Geografia, Ensino
& Pesquisa, Santa Maria, v. 20, n. 3, p. 78-86, 2016.
Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/
view/19821/pdf. Acesso em: 28 ago. 2018.
Esse artigo discute a importância do desenho no ensino
de Geografia, sobretudo articulado com a Cartografia
Escolar. Trata-se do relato de uma experiência formativa
desenvolvida no curso de Licenciatura em Geografia da
Universidade doEstado da Bahia (Uneb), baseada no
desenho como linguagem.
PANIZZA, Andrea de Castro. Paisagem. São Paulo:
Melhoramentos, 2014.
O que compõe uma paisagem? O que ela nos conta sobre as
transformações ocorridas em um local? Como usar imagens
de satélites, fotografias e obras de arte para educar o olhar
dos estudantes? Esse livro se propõe a responder a essas
questões, despertando nos estudantes a curiosidade sobre
o mundo que os rodeia.
PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e a
aprendizagem da Geografia. São Paulo: Cortez, 2012.
A proposta da obra é abordar a alfabetização cartográfica
como sendo uma metodologia que estuda os processos de
construção de conhecimentos conceituais e procedimentais
que permitem aos estudantes fazer as leituras do mundo
por meio de suas representações.
PASSINI, Elza Yasuko (org.). Prática de ensino de Geografia
e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
Esse livro aborda a prática de ensino em Geografia e
pretende contribuir para um maior aprofundamento do
conhecimento geográfico no cotidiano escolar. Ele revela
como a articulação teoria-prática-teoria e as discussões
sobre aulas planejadas e dadas nos estágios geram
diferentes níveis de emoção e responsabilidade.
PEREIRA, Diamantino. Paisagens, lugares e espaços:
a Geografia no ensino básico. Boletim Paulista de
Geografia, São Paulo, n. 79, p. 9-22, 2003. Disponível em:
https://publicacoes.agb.org.br/index.php/boletim-paulista/
article/view/818/702. Acesso em: 18 ago. 2022.
O texto discute a noção de alfabetização geográfica,
especificamente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
mostrando que ela significa que o espaço geográfico
pode ser lido e compreendido pelos estudantes, com
base em um determinado instrumental a ser construído
pedagogicamente.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para
ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.
A obra analisa as práticas inovadoras e as competências
emergentes, aquelas que devem orientar as formações
iniciais e contínuas, aquelas que contribuem para a luta
contra o fracasso escolar e, por fim, aquelas que enfatizam
a prática reflexiva e desenvolvem a cidadania.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino
de (org.). Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto,
2002.
Reunindo textos de um conjunto de especialistas, essa
coletânea discute as pesquisas de geógrafos conceituados
sobre problemas e temáticas da disciplina. Dividido em
cinco partes, o livro apresenta diversos ensaios sobre temas
emergentes na Geografia.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; CACETE, Núria Hanglei;
PAGANELLI, Tomoko Iyda. Para ensinar e aprender
Geografia. São Paulo: Cortez, 2009.
A obra tem por principal objetivo discutir como a Geografia,
enquanto componente curricular, pode construir um
saber escolar com base nos conhecimentos produzidos
na academia e nos conhecimentos prévios trazidos pelos
estudantes.
LX
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/issue/view/89
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/issue/view/89
https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/view/19821/pdf
https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/view/19821/pdf
https://publicacoes.agb.org.br/index.php/boletim-paulista/article/view/818/702
https://publicacoes.agb.org.br/index.php/boletim-paulista/article/view/818/702
PORTILHO, Maria de Fátima Ferreira. Sustentabilidade
ambiental, consumo e cidadania. São Paulo: Cortez,
2005.
Essa obra trata de uma transformação recente na questão
ambiental: o deslocamento da análise do impacto da
produção para o consumo. Essa maneira de perceber a
questão ambiental pode ser explicada pela tendência, na
teoria social contemporânea, de considerar a cultura de
consumo como central para a análise das sociedades.
PORTUGAL, Jussara Fraga (org.). Educação geográfica:
temas contemporâneos. Salvador: Editora da UFBA, 2017.
O livro traz reflexões sobre o ensino de Geografia,
apresentando investigações e inovações metodológicas
com base em temáticas da contemporaneidade. Os textos
que compõem a coletânea se dividem em três partes:
educação geográfica na contemporaneidade; educação
e aprendizagens geográficas; educação geográfica e
Geografia escolar.
PUNTEL, Geovane. A paisagem no ensino da geografia.
Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 13, n. 1, p. 283-298, 2007.
Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/agora/
article/view/130. Acesso em: 12 ago. 2022.
O artigo apresenta reflexões sobre a importância da
paisagem no ensino da Geografia, retomando a evolução
do conceito de paisagem na abordagem de vários teóricos
em diferentes épocas, observando que o método de análise
e os paradigmas foram sendo revistos.
RAMOS, Cristhiane da Silva. Visualização cartográfica
e Cartografia multimídia: conceitos e tecnologias. São
Paulo: Editora Unesp, 2005.
Essa obra é indicada para cartógrafos e geógrafos por
apresentar subsídios para a aplicação das novas mídias
no desenvolvimento de ferramentas de Cartografia. Ela
traz, ainda, uma reflexão conceitual sobre a visualização
cartográfica e sua aplicação nos desenvolvimentos recentes
da Cartografia Digital.
RAMOS, Marise Nogueira; ADÃO, Jorge Manoel; BARROS,
Graciete Maria Nascimento (coord.). Diversidade na
educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMTEC, 2003.
Disponível em: http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/
publicacoes/diversidade_universidade.pdf. Acesso em: 12
ago. 2022.
O livro reúne uma série de textos produzidos por
especialistas e militantes das áreas da educação e da
diversidade étnico-racial no Brasil, por ocasião do I Fórum
Nacional Diversidade na Universidade, realizado em 2002,
em Brasília (DF).
REGO, Nelson et al. (org.). Um pouco do mundo cabe nas
mãos: geografizando em educação o local e o global. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
A coletânea apresenta textos que refletem sobre as práticas
de ensino de Geografia, as quais, por sua vez, estabelecem
um diálogo interdisciplinar com as temáticas do cotidiano,
buscando reinventar a experiência escolar como sendo uma
experiência social de inserção no mundo.
RIBEIRO, Dionara Soares et al. (org.). Agroecologia na
educação básica: questões propositivas de conteúdo e
de metodologia. São Paulo: Expressão Popular, 2017.
O livro aborda uma nova forma de organizar a escola,
comprometida com a defesa do direito à vida e de ensinar
a produzir alimentos saudáveis, livres de veneno, de forma
autônoma, responsável e comprometida com um mundo
melhor para todos.
ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. Almanaque
pedagógico afro-brasileiro. Belo Horizonte: Mazza, 2011.
Essa obra, direcionada aos professores do Ensino Básico,
traz uma proposta para a inserção dos conteúdos afro-
brasileiros na sala de aula, de maneira planejada e contínua.
Há várias atividades, jogos, ilustrações e um calendário
com as datas mais importantes relativas aos temas
afro-brasileiros.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo,
razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2004. (Coleção Milton
Santos).
Para o autor, o espaço é um conjunto indissociável de
sistemas de objetos e de sistemas de ações e, com base
nessa ideia e nas noções de técnica, tempo, razão e emoção,
ele propõe a construção de um sistema de pensamento
que busca entender o espaço geográfico no contexto do
processo de globalização.
SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo:
Edusp, 2014. (Coleção Milton Santos).
A obra se propõe a analisar a questão da cidadania pelo
ângulo geográfico, mostrando como a atividade econômica
e a herança social distribuem os homens desigualmente no
espaço, fazendo com que noções como rede urbana ou
sistema de cidades não tenham validade para a maioria das
pessoas.
SILVA, Maria Lúcia Batista da. O estudo da paisagem
urbana com a utilização de fotografias por estudantes
do 6o ano do ensino fundamental. Monografia
(Licenciatura em Geografia) – Instituto de Ciências Humanas,
Universidade de Brasília, Posse, 2012. Disponível em: http://
bdm.unb.br/handle/10483/5317.Acesso em: 12 ago. 2022.
O texto tem como objetivo trabalhar o conceito de
paisagem urbana com base na utilização de imagens por
estudantes do 6o ano do Ensino Fundamental. O trabalho
buscou demonstrar que o uso de imagens possibilita aos
estudantes o desenvolvimento de um conhecimento mais
amplo, já que os aproxima de conteúdos teóricos do seu
cotidiano.
SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de
comunicações cartográficas: implicações no ensino de
Geografia do 1o grau. Tese (Doutorado em Geografia)
– Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987.
LXI
https://online.unisc.br/seer/index.php/agora/article/view/130
https://online.unisc.br/seer/index.php/agora/article/view/130
http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/diversidade_universidade.pdf
http://etnicoracial.mec.gov.br/images/pdf/publicacoes/diversidade_universidade.pdf
https://bdm.unb.br/handle/10483/5317
https://bdm.unb.br/handle/10483/5317
Nesse estudo pioneiro sobre Cartografia Escolar, a
autora discute e elabora aproximações e reflexões sobre
a confecção e o uso de mapas no ensino de Geografia,
para estudantes do antigo primeiro grau, atual Ensino
Fundamental.
SIMIELLI, Maria Elena Ramos. O mapa como meio de
comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA,
Rosangela Doin de (org.). Novos rumos da cartografia
escolar: currículo, linguagens e tecnologia. São Paulo:
Contexto, 2011. p. 71-94.
Esse texto discute o mapa como elemento transmissor
de informação e avalia sua eficácia. Considerando que o
processo de comunicação em Cartografia coloca a criação
ou a produção de mapas e a leitura pelo usuário no mesmo
nível de preocupação, o trabalho foi desenvolvido de modo
que essas duas etapas sejam evidenciadas.
STRAFORINI, Rafael. Ensinar Geografia: o desafio da
totalidade-mundo nas séries iniciais. São Paulo: Annablume,
2004.
O objetivo do livro é refletir sobre a viabilidade de se
trabalhar, com estudantes dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, uma Geografia que permita ler o mundo da
vida e consiga entendê-lo no interior do mundo global,
partindo (ou chegando) das singularidades do cotidiano.
STRAFORIN, Rafael (ed.). Dossiê Cartografia Escolar.
Revista Brasileira de Educação em Geografia,
Campinas, v. 7, n. 13, jan./jun. 2017. Disponível em: http://
www.revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/
issue/view/17. Acesso em: 12 ago. 2022.
Esse dossiê reúne textos de diferentes pesquisadores que
participaram do Colóquio de Cartografia para Crianças e
Escolares (2016) e contempla temas como: atlas escolares,
a Cartografia Escolar na formação docente, nos espaços de
educação não formal e na inclusão.
TONINI, Ivaine Maria et al. (org.). O ensino de Geografia e
suas composições curriculares. Porto Alegre: Mediação,
2011.
Essa coletânea reúne diversos estudiosos para refletir
acerca de questões que permeiam o cotidiano do Ensino
Fundamental, nas aulas de Geografia, tais como a seleção
de conteúdos, de práticas pedagógicas adequadas e a
escolha de livros didáticos nas escolas.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação
sobre necessidades educativas especiais. Brasília, DF:
Unesco, 1998. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/
images/0013/001393/139394por.pdf. Acesso em: 12 ago.
2022.
A declaração é um documento internacional que resultou
de uma conferência organizada pela Unesco em 1994,
na cidade de Salamanca, na Espanha, que serviu de
base para a defesa da escola inclusiva, na qual todas as
crianças deveriam aprender juntas, independentemente de
quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter.
VENTORINI, Silvia Elena. A experiência como fator
determinante na representação espacial de pessoas
com deficiência visual. São Paulo: Editora Unesp, 2008.
O movimento de inclusão de crianças com deficiência visual
na rede regular de ensino suscitou, nos últimos anos, uma
série de discussões, que esse livro procura abordar com o
objetivo de contribuir com as necessidades específicas do
ensino de estudantes com deficiência visual.
VESENTINI, José William (org.). Geografia e ensino: textos
críticos. Campinas: Papirus, 2006.
Essa coletânea reúne textos de diversos especialistas para
discutir a metodologia e a prática da Geografia, buscando
elucidar suas origens e suas contradições. Tais estudos
apontam o papel ideológico da Geografia escolar, sua falsa
neutralidade e sua eficácia na reprodução da dominação.
VESENTINI, José William O ensino de Geografia no
século XXI. Campinas: Papirus, 2005.
A obra reúne a contribuição de autores brasileiros e
estrangeiros, traçando um panorama do ensino da
Geografia em cinco países (França, Estados Unidos,
Portugal, Espanha e México), além do Brasil, examinando
as rápidas transformações na atividade educativa, a fim
de estimular a reflexão sobre os motivos para se ensinar
Geografia hoje.
VON, Cristina. Cultura da paz: o que os indivíduos, grupos,
escolas e organizações podem fazer pela paz no mundo.
São Paulo: Peirópolis, 2013.
O livro apresenta reflexões teóricas e práticas sobre
princípios que garantem a dignidade humana, levando em
conta o respeito às diferenças, a superação das situações de
exclusão, a rejeição à violência, propondo ferramentas para
sua aplicação nas escolas, nas empresas e na sociedade
civil.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar.
Porto Alegre: Artmed, 1998.
A obra aborda as relações interativas que se estabelecem
na sala de aula, os papéis de professores e estudantes,
a distribuição do tempo e a organização dos conteúdos.
Analisando e refletindo sobre a prática educativa, o autor
propõe pautas e orientações para melhorá-la.
LXII
https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo
https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo
https://revistaedugeo.com.br/revistaedugeo
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394
SITES CONSULTADOS E RECOMENDADOS
COMCIÊNCIA REVISTA ELETRÔNICA DE JORNALISMO
CIENTÍFICO. Campinas, [20--]. Site. Disponível em: www.
comciencia.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma revista digital do Laboratório de Estudos
Avançados em Jornalismo, da Universidade de Campinas,
em parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência. Editada desde 1999, é organizada em
dossiês temáticos e, excepcionalmente, publica artigos,
reportagens, resenhas ou entrevistas avulsas.
CONSELHO INDIGENISTA MISSIONÁRIO. Brasília, DF, [20--].
Site. Disponível em: www.cimi.org.br. Acesso em: 12 ago.
2022.
Criado em 1972, o Cimi é um organismo vinculado à
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que, em sua
atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho
da Igreja Católica junto aos povos indígenas.
FUNDAÇÃO DORINA NOWILL PARA CEGOS. São Paulo,
[20--]. Site. Disponível em: www.fundacaodorina.org.br.
Acesso em: 12 ago. 2022.
Criada há mais de 70 anos, é uma organização sem fins
lucrativos, de caráter filantrópico, que se dedica à inclusão
social de pessoas cegas e com baixa visão.
FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO. Recife, [20--]. Site.
Disponível em: www.fundaj.gov.br. Acesso em: 12 ago.
2022.
Trata-se de uma fundação vinculada ao Ministério da
Educação. Sediada no Recife, em Pernambuco, foi fundada
em 1949 com o propósito de preservar o legado histórico-
cultural de Joaquim Nabuco, com ênfase nas regiões Norte
e Nordeste.
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO. Brasília, DF, [20--]. Site.
Disponível em: www.funai.gov.br. Acesso em: 12 ago.
2022.
Órgão indigenista oficial do Estado brasileiro, a Funai foi
criada em 1967, está vinculada ao Ministério da Justiça e
Segurança Pública e é a coordenadora e principal executora
da política indigenista do Governo Federal. Sua missão
institucional é proteger e promover os direitos dos povos
indígenas no Brasil.
GUARANI ÑANDUTI ROGUE: CULTURA PARAGUAYA DE
EXPRESIÓN GUARANÍ. Mainz, [2009]. Site. Disponível em:
www.staff.uni-mainz.de/lustig/guarani/portugues.htm.
Acesso em: 12 ago.2022.
Site de divulgação da língua e da cultura guarani do
Paraguai, que defende a sua transformação em uma das
línguas oficiais do Mercosul, ao lado do português e do
espanhol.
IBGE. Rio de Janeiro, [2022]. Site. Disponível em: www.ibge.
gov.br. Acesso em: 28 ago. 2018.
O IBGE é o principal provedor de dados e informações
do país, que atendem às necessidades dos mais diversos
segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das
esferas governamentais federal, estadual e municipal.
INSTITUTO ALANA. [São Paulo], [20--]. Site. Disponível em:
http://alana.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Fundada em 2012, nos Estados Unidos, a Alana Foundation
é uma organização filantrópica familiar que atua nos
setores de meio ambiente, educação inclusiva e pesquisas
na área de saúde por meio de parcerias e coinvestimento.
A organização também se articula com redes relacionadas
a esses temas e movimentos globais.
INSTITUTO AKATU. São Paulo, [20--]. Site. Disponível em:
www.akatu.org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se do site de um instituto sem fins lucrativos, que se
propõe a educar e comunicar em escala, atuando como
ativista de um novo modelo de comportamento que leve as
pessoas a adotar estilos sustentáveis de vida, refletidos na
prática do consumo consciente e na produção responsável.
INSTITUTO SAÚDE E SUSTENTABILIDADE. São Paulo,
c2015. Site. Disponível em: www.saudeesustentabilidade.
org.br. Acesso em: 12 ago. 2022.
Trata-se de uma organização da sociedade civil que promove
a saúde por meio do desenvolvimento de conhecimento e
de pesquisas, de sua comunicação para a sociedade e de
seu uso em políticas públicas. O foco principal do instituto
são os impactos da poluição atmosférica na saúde das
pessoas.
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. São Paulo, c2020. Site.
Disponível em: www.socioambiental.org. Acesso em: 12
ago. 2022.
O ISA atua desde 1994 ao lado de comunidades indígenas,
quilombolas e extrativistas, para desenvolver soluções que
protejam seus territórios, fortaleçam sua cultura e saberes
tradicionais, elevem seu perfil político e desenvolvam
economias sustentáveis.
LABORATÓRIO DE CARTOGRAFIA TÁTIL E ESCOLAR.
Florianópolis, 2010. Site. Disponível em: http://www.labtate.
ufsc.br/cartografia_tatil.html. Acesso em: 12 ago. 2022.
O site reúne diversos materiais cartográficos educativos
para o trabalho com a Cartografia Tátil que podem ser
utilizados por pessoas cegas e com baixa visão.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Brasília, DF, [20--]. Site.
Disponível em: www.portal.mec.gov.br. Acesso em: 12
ago. 2022.
Órgão da administração federal direta, ele tem como área
de competência os seguintes assuntos: a política nacional
de educação, a Educação Infantil, o Ensino Fundamental,
o Ensino Médio, o Ensino Superior, a Educação de Jovens
e Adultos, a educação profissional, a educação especial e
a educação a distância.
5.2
LXIII
https://www.comciencia.br/
https://www.comciencia.br/
https://www.ibge.gov.br/
https://www.ibge.gov.br/
https://www.labtate.ufsc.br/cartografia_tatil.html
https://www.labtate.ufsc.br/cartografia_tatil.html
https://saudeesustentabilidade.org.br/
https://saudeesustentabilidade.org.br/
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Brasília, DF, [2022]. Site.
Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 12 ago.
2022.
Criado em novembro de 1992, o ministério tem como
missão formular e implementar políticas públicas ambientais
nacionais de forma articulada e pactuada com os atores
públicos e a sociedade para o desenvolvimento sustentável
e a proteção do meio ambiente.
MUSEU DA PESSOA. São Paulo, [2022]. Site. Disponível em:
www.museudapessoa.org. Acesso em: 12 ago. 2022.
Fundado em 1991, é um museu virtual e colaborativo de
histórias de vida aberto à participação de todas as pessoas.
Nele, é possível contar sua história, organizar suas próprias
coleções e conhecer histórias de pessoas de todas as idades,
raças, credos e profissões do Brasil.
MUSEU DO ÍNDIO. Rio de Janeiro, [20--]. Site. Disponível
em: http://www.museudoindio.gov.br/. Acesso em: 12 ago.
2022.
Além de abrigar acervos de grande relevância histórica e
etnográfica, o museu conserva, pesquisa, documenta e
promove o patrimônio cultural dos povos indígenas, o que
exige uma atuação integrada entre as etapas de preservação
e de divulgação, especialmente junto ao público escolar.
6 SELEÇÃO DOSCONTEÚDOS
Os conteúdos foram selecionados, distribuídos e produzidos contemplando-se a progressão de apren-
dizagem dos estudantes e a importância das temáticas para a compreensão do espaço geográfico atual.
Também foram consideradas as expectativas e as necessidades do professor e dos estudantes de localizar e
identificar claramente o que será estudado em cada ano, ou seja, temas e conjuntos espaciais.
No volume do 6o ano, o foco é a relação entre sociedade e natureza na produção do espaço geográfico.
São trabalhados conceitos e habilidades importantes para o estudo da Geografia que, muitas vezes, serão
necessários para a compreensão e o aprofundamento de conteúdos nos volumes seguintes da coleção.
No volume do 7o ano, o olhar se dirige mais particularmente para o espaço geográfico brasileiro, sendo
estudadas as dinâmicas e características de sua produção.
No 8o o ano, o foco é as dinâmicas da população e inicia-se com uma abordagem pautada na regionaliza-
ção mundial, sendo estudados os espaços geográficos da América, África e Antártida.
No 9o ano, quando os estudantes já apreenderam diversos conceitos relacionados à dinâmica do espaço
geográfico mundial, são trabalhadas temáticas envolvendo aspectos da globalização e é dada continuidade
ao estudo de aspectos particulares da Europa, da Ásia e da Oceania.
LXIV
Nos quadros a seguir, são apresentados os principais conteúdos trabalhados no volume 8, os objetos de
conhecimento e as habilidades da BNCC que a eles estão relacionados.
8o ANO
UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
E HABILIDADES
1.
Conhecer o espaço
mundial
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Educação Financeira
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
• Os continentes
• Antártida
• Região e regionalização
• Regionalizações do espaço
mundial
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4,
5, 6 e 7
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20 EF08GE21
1o
B
IM
ES
TR
E
1o
T
R
IM
ES
TR
E
1o
S
EM
ES
TR
E
2.
Dinâmicas da população
mundial
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Processo de Envelhecimento, Respeito e
Valorização do Idoso
• Educação em Direitos Humanos
• Vida Familiar e Social
• Diversidade Cultural
• População em números
• Origem e dispersão dos
grupos humanos
• Distribuição espacial
• Distribuição por idade
• Fluxos populacionais
• Indicadores sociais
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7,
9 e 10
• Ciências Humanas: 2,
3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4,
5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE02 EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
3.
América
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Diversidade Cultural
• Educação em Direitos Humanos
• Ciência e Tecnologia
• Educação Ambiental
• Dimensão, localização e
regionalizações
• Ocupação e colonização
• Povos originários
• Organismos de integração
• Aspectos naturais
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7,
9 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia:1, 2, 3, 4,
5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE02
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE12
• Os diferentes contextos e os meios técnico e
tecnológico na produção EF08GE13
• Transformações do espaço na sociedade
urbano-industrial na América Latina EF08GE15
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações
nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE23
2o
B
IM
ES
TR
E
2o
T
R
IM
ES
TR
E
4.
América Anglo-Saxônica
Temas Contemporâneos Trans-
versais:
• Processo de Envelhecimento, Respeito e
Valorização do Idoso
• Educação em Direitos Humanos
• Direitos da Criança e do Adolescente
• Educação Ambiental
• Diversidade Cultural
• Educação para Valorização do
Multiculturalismo nas Matrizes
Históricas e Culturais Brasileiras
• Canadá
• Estados Unidos
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 9 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 3, 4, 5,
6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
EF08GE11 EF08GE12
• Os diferentes contextos e os meios técnico e
tecnológico na produção EF08GE13
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
QUADRO DE CONTEÚDOS, OBJETOS DE CONHECIMENTO
E HABILIDADES DA BNCC DO VOLUME
6.1
LXV
8o ANO
UNIDADES CONTEÚDOS PRINCIPAIS COMPETÊNCIAS
OBJETOS DE
CONHECIMENTO
E HABILIDADES
5.
América Latina: território
e sociedade
Temas Contemporâneos Trans-
versais:
• Trabalho
• Educação em Direitos Humanos
• Ciência e Tecnologia
• Explorando a América Latina
• Espaço urbano e rural
• Movimentos sociais na cidade
e no campo
• Migrações na América Latina
• Conflitos e tensões
• Recursos naturais
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7 e 9
• Ciências Humanas: 1,
2, 3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3,
4, 5 e 7
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE03 EF08GE04
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE07 EF08GE08 EF08GE10 EF08GE11
• Os diferentes contextos e os meios técnico e
tecnológico na produção EF08GE13
• Transformações do espaço na sociedade
urbano-industrial na América Latina EF08GE15
EF08GE16 EF08GE17
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações
nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE24
3o
B
IM
ES
TR
E
2o
T
R
IM
ES
TR
E
2o
S
EM
ES
TR
E
6.
América Latina: regiões e
economia
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Trabalho
• Ciência e Tecnologia
• Educação Ambiental
• Educação para o Consumo
• Diversidade Cultural
• México
• América Central
• América Andina
• Guianas
• América Platina
• Brasil
• Gerais: 1, 2, 4, 5, 7,
9 e 10
• Ciências Humanas: 2,
3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3,
5, 6 e 7
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE02
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
EF08GE10
• Os diferentes contextos e os meios técnico
e tecnológico na produção EF08GE13
EF08GE14
• Transformações do espaço na sociedade
urbano-industrial na América Latina EF08GE15
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
• Diversidade ambiental e as transformações
nas paisagens na América Latina EF08GE22
EF08GE24
3o
T
R
IM
ES
TR
E
7.
África: território,
imperialismo e conflitos
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Diversidade Cultural
• Educação Ambiental
• Trabalho
• Dimensão, localização e
regionalizações
• Aspectos naturais
• Ocupação, escravidão e
colonização
• Descolonização e conflitos
• Gerais: 1, 2, 4, 7, 9
e 10
• Ciências Humanas: 2,
3, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4,
5, 6 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
4
o B
IM
ES
TR
E
8.
África: sociedade e
economia
Temas Contemporâneos
Transversais:
• Ciência e Tecnologia
• Diversidade Cultural
• Educação em Direitos Humanos
• Direitos da Criança e do Adolescente
• Educação Ambiental
• Trabalho
• Produção do conhecimento
• Condições de vida
• Atividades econômicas
• Investimentos, inovação e
cooperação
• Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7,
9 e 10
• Ciências Humanas: 1,
2, 3, 4, 5, 6 e 7
• Geografia: 1, 3, 4,
5 e 7
• Distribuição da população mundial e
deslocamentos populacionais EF08GE01
• Diversidade e dinâmica da população mundial
e local EF08GE02 EF08GE03
• Corporações e organismos internacionais e do
Brasil na ordem econômica mundial EF08GE05
EF08GE06 EF08GE07 EF08GE08 EF08GE09
• Os diferentes contextos e os meios técnico
e tecnológico na produção EF08GE13
EF08GE14
• Cartografia: anamorfose, croquis e mapas
temáticos da América e África EF08GE18
EF08GE19
• Identidades e interculturalidades regionais:
Estados Unidos da América, América espanhola
e portuguesa e África EF08GE20
LXVI
OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
• Identificar os continentes que constituem a superfície terrestre, para compreender a origem e a distribui-
ção atual das terras emersas na superfície terrestre.
• Compreender o conceito de região e a existência de diversos critérios para regionalizar o espaço mundial,
reconhecendo as diferenças entre variadas propostas.
• Reconhecer que a região constitui importante ferramenta para o estudo do espaço geográfico, conside-
rando os cuidados no seu uso.
• Analisar o papel ambiental e territorial da Antártida no contexto geopolítico, identificando os interesses
dos países no continente, para compreender a importância ambiental do continente como área destinada
à pesquisa e à compreensão do ambiente global.
• Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.
• Conhecer as principais características do imperialismo para entender as mudanças ocorridas no espaço
geográfico durante esse período.
• Compreender os motivos que levaram Estados Unidos e União Soviética a se tornarem potências mundiais
após a Segunda Guerra Mundial e como esse destaque geopolítico levou à Guerra Fria, identificando e com-
preendendo as principais características e os desdobramentos na economia e na geopolítica mundiais.
• Conhecer as principais características da Nova Ordem Mundial (início dos anos 1990) para assim compre-
ender os principais eventos da ordem multipolar no início do século XXI, tendo como polos centrais os
Estados Unidos, a China, a União Europeia e a Rússia.
• Analisar os aspectos que contribuem para o declínio dos Estados Unidos e a ascensão da China no cená-
rio internacional.
• Analisar dados sobre o comércioentre Estados Unidos, China e Brasil, destacando as dinâmicas de trocas
de produtos entre eles.
• Compreender que a Terra pode ser representada cartograficamente de diferentes formas, de acordo com
a projeção cartográfica adotada, compreendendo que a escolha da projeção adotada tem por objetivo
destacar alguma característica dos territórios representados.
UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial
• Identificar as rotas de dispersão da população humana pelo planeta, a partir da origem na África, e com-
preender que, hoje, a população mundial está distribuída de forma irregular pela superfície terrestre, para
entender que essa distribuição é motivada por fatores naturais e históricos que influenciaram a ocupação
humana do planeta Terra.
• Analisar, por meio de cartograma, tendências de crescimento populacional entre regiões e países, possibi-
litando a interpretação de anamorfoses com informações sobre a população mundial.
• Diferenciar conceitos de populoso e povoado para que seja possível identificar as áreas mais populosas e
povoadas da Terra por meio de mapas.
• Analisar a distribuição da população mundial de acordo com os diferentes grupos etários.
• Identificar fatores que favorecem a existência, na população mundial, de jovens que nem trabalham e nem estu-
dam (“nem-nem”), identificando a importância das políticas voltadas para o atendimento da população jovem.
6.2
LXVII
• Conhecer os impactos socioeconômicos causados pelo grande número de jovens ou de idosos na compo-
sição etária.
• Identificar características dos fluxos imigratórios no século XXI, aprendendo a diferenciar migrante de re-
fugiado e compreendendo a importância dessa distinção para a aplicação dos direitos dos refugiados.
• Verificar a influência dos fluxos migratórios da população mundial em seu cotidiano, com ênfase na histó-
ria do município onde a escola está situada.
• Entender a distribuição desigual da riqueza como um dos fatores responsáveis pela existência de desigual-
dades sociais.
• Compreender a importância dos indicadores sociais para mostrar as desigualdades no mundo.
• Identificar efeitos da covid-19 no desenvolvimento humano e as possíveis ações de governos para minimi-
zar os efeitos da pandemia.
UNIDADE 3 • América
• Conhecer as principais regionalizações do continente americano, compreendendo os critérios que as defi-
nem e identificando os países e/ou grupo de países que constituem o continente americano.
• Identificar características comuns nos países que constituem a América Latina e a América Anglo-Saxônica.
• Analisar os processos de colonização europeia na América como um dos fatores da produção do espaço
geográfico, reconhecendo marcas desse processo nos países americanos.
• Identificar os povos nativos que ocuparam a América pré-colombiana e as consequências sofridas no con-
tato com os europeus.
• Reconhecer a influência cultural dos povos originários na formação do espaço geográfico americano para
identificar e reconhecer a legitimidade da luta das comunidades indígenas por melhores condições de
vida e de seus direitos no continente americano.
• Conhecer os objetivos dos principais organismos de integração do continente americano.
• Identificar elementos naturais do espaço geográfico americano para compreender os processos e iden-
tificar características dos elementos naturais do continente americano, relacionando-os às atividades
humanas.
• Identificar características do continente americano por meio da leitura e interpretação de mapas temáticos.
UNIDADE 4 • América Anglo-Saxônica
• Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos do Canadá, para compreender quais são
as atividades econômicas, as áreas de produção e ocupação humana no território canadense.
• Compreender aspectos da relação entre sociedade e natureza no espaço geográfico do Canadá, reconhe-
cendo atividades econômicas desenvolvidas.
• Identificar aspectos territoriais, populacionais e socioeconômicos dos Estados Unidos, para compreender a
formação e a organização territorial e política do país.
• Identificar as principais etapas, doutrinas e políticas do processo de expansão territorial dos Estados Uni-
dos, para compreender o papel dos imigrantes europeus na ocupação dos territórios conquistados no
oeste do país.
• Conhecer a composição da população estadunidense para identificar as minorias étnicas e compreender
as lutas enfrentadas pela população negra nos séculos XX e XXI.
LXVIII
• Identificar os fatores que explicam a consolidação do papel hegemônico dos Estados Unidos no âmbito
econômico e militar no espaço geográfico mundial, analisando aspectos da política externa no século XXI,
relacionando-a ao envolvimento em conflitos externos e à chamada “Guerra ao terror”.
• Identificar as principais rupturas na política externa estadunidense entre os governos Obama e Trump, para
compreender as tensões políticas e sociais na transição do governo Trump para Joe Biden.
UNIDADE 5 • América Latina: território e sociedade
• Conhecer os critérios físicos e históricos utilizados na regionalização da América Latina, para compreen-
der aspectos populacionais e socioeconômicos do continente.
• Analisar aspectos relacionados à perpetuação da grande desigualdade social que caracteriza a região,
para identificar e compreender os mecanismos utilizados pelos Estados Unidos para exercer influência na
região em diversos momentos históricos.
• Analisar as principais dinâmicas dos espaços urbano e rural latino-americano, marcado pela segregação
socioespacial e pela concentração fundiária.
• Identificar os principais problemas dos centros urbanos latino-americanos, analisando aspectos da segre-
gação socioespacial, com destaque para o estudo de favelas.
• Analisar os impactos socioambientais da inserção massiva de tecnologias diversas no campo, para com-
preender os principais movimentos sociais latino-americanos, suas reivindicações e formas de atuação.
• Conhecer as principais causas e tendências dos fluxos migratórios na América Latina, para compreender a
influência das áreas de tensão e conflito nas fronteiras dos países dos continentes, identificando suas cau-
sas e consequências econômicas, sociais, políticas e ambientais.
• Conhecer as características naturais do território latino-americano, analisando a distribuição dos recursos
e as principais formas de exploração, para assim avaliar os impactos relacionados à exploração dos recur-
sos naturais do ponto de vista ambiental e social.
• Analisar a importância do Canal do Panamá como ponto estratégico para inserção da América Latina no
comércio internacional.
UNIDADE 6 • América Latina: regiões e economia
• Analisar o espaço geográfico de alguns países latino-americanos, com base em aspectos culturais, polí-
ticos e socioeconômicos específicos, para identificar as principais características da economia de regiões
como a América Central, a América Andina e a América Platina.
• Analisar a distribuição dos recursos naturais no território latino-americano para compreender as principais
formas de exploração.
• Avaliar os impactos socioambientais relacionados às atividades econômicas desenvolvidas na América La-
tina, principalmente nos setores extrativista e agropecuário, para compreender a importância dessas ativi-
dades na economia do continente e como o dano ambiental causado afeta essas atividades.
• Analisar os principais impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento da economia regional para
analisar as atuais crises econômicas pelas quais passa o continente.
• Conhecer as principais características das maquiladoras no México, para entender as condições de traba-
lho dos operários e sua distribuição no território.
• Identificar as causas do declínio da atividade canavieira em Cuba e analisar como esse processo permitiu
certa diversificação da economia no país.
LXIX
• Analisar o papel histórico do petróleo na economia venezuelana e ascausas da crise no setor e, conse-
quentemente, no país.
• Conhecer as características do Triângulo do Lítio (formado por Chile, Bolívia e Argentina), para compreen-
der a importância estratégica dessa região para a matriz energética mundial.
• Analisar aspectos da agricultura e do extrativismo no Chile, considerando a questão da privatização das
águas, para compreender os impactos socioambientais e a crise hídrica pela qual o país passa.
• Conhecer as principais características produtivas das Guianas e a importância da descoberta de jazidas de
petróleo na região, para entender a relevância desse recurso natural para a economia dos países.
• Conhecer aspectos da produção agropecuária argentina, com destaque para a criação de gado bovino,
para entender a importância dessa atividade para a economia do país.
• Elaborar um mapa coletivo, analisando as principais atividades econômicas desenvolvidas no município
onde a escola está localizada, para indicar os principais impactos socioambientais na área do entorno.
• Analisar o papel da soja na economia brasileira e os aspectos da parceria comercial com a China e os
Brics, para entender a importância dessa commodity para a economia do país.
UNIDADE 7 • África: território, imperialismo e conflitos
• Conhecer aspectos relacionados à dimensão, localização, regionalização e divisão político-territorial da
África, para compreender a diversidade étnica e cultural das populações africanas como elemento de afir-
mação da identidade de grupos culturalmente distintos.
• Conhecer aspectos relacionados aos elementos físico-naturais que caracterizam o espaço geográfico do
continente africano, para identificar as influências dos elementos físico-naturais na distribuição das popu-
lações pelo continente.
• Identificar e relacionar os climas predominantes no continente africano às principais formações vegetais
originais a eles associadas, para reconhecer o processo de desertificação como um problema que afeta
áreas em todo o mundo, em especial a África.
• Conhecer características das organizações sociais e dos modos de vida da África pré-colonial, para relacio-
nar aspectos da reorganização do espaço geográfico do continente africano ao processo de colonização
na América.
• Relacionar a colonização da América ao aumento do fluxo do tráfico de escravizados originários do conti-
nente africano.
• Identificar desdobramentos do imperialismo europeu e da partilha da África no século XIX na organização
política, social e territorial atual do continente.
• Compreender como os processos de colonização e descolonização na África contribuíram para a frag-
mentação de etnias, gerando conflitos por diversos países no continente.
• Identificar os fatores que colaboraram no processo de independência dos países africanos, com a desco-
lonização ocorrendo após a Segunda Guerra Mundial, para perceber que o processo de descolonização
e independência das nações africanas não solucionou os problemas socioeconômicos nos novos Estados.
• Compreender as causas específicas e as consequências de alguns dos conflitos ocorridos no continente
africano após o processo de descolonização.
UNIDADE 8 • África: sociedade e economia
• Conhecer a produção do conhecimento e as expressões artísticas tradicionais de alguns grupos étnicos
africanos e suas contribuições para diferentes áreas do conhecimento.
LXX
• Identificar e analisar as causas de problemas sociais presentes no continente africano, reconhecendo a
existência de desigualdades sociais.
• Compreender as causas dos fluxos migratórios entre campo e cidade e os efeitos do crescimento urbano
desordenado, para identificar os fatores que contribuem para os elevados índices de pobreza e fome no
continente africano.
• Compreender o conceito de segurança alimentar e a situação do continente africano, identificando fato-
res que contribuem para a ocorrência da fome em muitos países, para conhecer iniciativas governamen-
tais e de organizações não governamentais que promovem a melhoria da qualidade de vida das popula-
ções mais vulneráveis e a importância dessas iniciativas.
• Analisar os fluxos de refugiados e deslocados no território africano, relacionando-os aos conflitos, guerras
e eventos climáticos extremos, como as secas.
• Conhecer e analisar aspectos das atividades econômicas desenvolvidas no espaço geográfico do conti-
nente africano, para reconhecer a produção mineral na África e identificar os principais produtos, os des-
tinos da produção e dos lucros e as implicações socioambientais.
• Reconhecer a importância das atividades agropecuárias na produção do espaço geográfico africano, ana-
lisando diferentes formas de produção e problemas ambientais a elas relacionados.
• Compreender aspectos da inserção da África no mundo globalizado, analisando as relações entre países
africanos, países desenvolvidos e os chamados “emergentes”, especialmente a China.
• Conhecer os principais objetivos dos organismos de integração econômica na África e sua importância
para a inserção do continente no cenário global.
AVALIAÇÃO
UNIDADE 1 • Conhecer o espaço mundial
1. A atual distribuição e configuração das terras emersas do planeta Terra é resultado:
a) do movimento das terras emersas devido aos agentes externos do planeta.
b) da fragmentação das terras que originam todas as fronteiras de países.
c) da fragmentação e do afastamento das terras a partir do movimento constante das placas tectônicas.
d) do desprendimento do grande bloco de terras que dá origem à América.
2. Caracterize o clima e a vegetação da Antártida.
3. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida. Explique três determinações contidas nesse tratado.
4. A preservação das condições ambientais naturais da Antártida é fundamental para o clima de todo o pla-
neta. Justifique essa afirmação.
5. O imperialismo, ocorrido no século XIX, também é conhecido como neocolonialismo. Por que ele recebe
essa denominação?
6. Explique como se organizava a regionalização do espaço mundial no imperialismo.
7. Caracterize a chamada Nova Ordem Mundial (período pós-Guerra Fria) sob os aspectos geopolítico e
econômico.
6.3
LXXI
UNIDADE 2 • Dinâmicas da população mundial
1. Entre 1800 e 2021, a população cresceu intensamente, saindo de 1 bilhão de habitantes (em 1800) e
chegando a quase 8 bilhões (em 2021). Quais são os principais fatores que influenciaram o aumento po-
pulacional nesse período?
2. Em relação à densidade demográfica mundial, responda.
a) Quais os continentes com maiores densidades demográficas?
b) Relacione as áreas menos densas com características físico-naturais do território.
3. Assinale a alternativa que faz a correspondência correta entre as variáveis.
a) As regiões com maiores expectativas de vida são as com menores rendas per capita.
b) A taxa de alfabetização se relaciona diretamente com a renda per capita.
c) Quanto maior a expectativa de vida, menor a taxa de mortalidade infantil.
d) A taxa de alfabetização é inversamente proporcional à taxa de mortalidade infantil.
UNIDADE 3 • América
1. A regionalização física da América coincide com a divisão segundo a regionalização histórico-cultural?
Explique.
2. As colônias que se estabeleceram na América foram classificadas em dois tipos: colônias de exploração e
colônias de povoamento. Assim, responda às questões a seguir.
a) Apresente as características das colônias de povoamento.
b) Em quais países da América prevaleceu esse tipo de colonização?
3. Sobre o relevo da América do Sul, assinale a alternativa correta.
a) A cordilheira dos Andes, apesar de sua grande extensão, apresenta altitude média.
b) O Planalto Central do Brasil está entre 2 000 e 2 500 metros de altitude.
c) Os Pampas são planaltos de altitude média, podendo alcançar 1 000 metros de altitude em alguns trechos.
d) Nas regiões centrais, predominam planícies e planaltos.
4. Por apresentar grande extensão latitudinal, o continente americano possuiterras em climas muito distin-
tos, desenvolvendo grande variedade de vegetação.
a) Caracterize duas formações vegetais típicas de climas mais frios.
b) Apresente as características de dois climas quentes do continente.
UNIDADE 4 • América Anglo-Saxônica
1. Explique a relação entre os aspectos naturais do Canadá com:
a) os recursos minerais encontrados na região;
b) a utilização de energia hidrelétrica.
2. Segundo o Destino Manifesto, os estadunidenses teriam direito divino para formar uma grande nação.
De que forma isso influenciou o extermínio indígena?
3. A influência exercida pelos Estados Unidos sobre o mundo foi acentuada após as duas Guerras Mundiais
e se consolidou ao final da Guerra Fria. Anterior a isso, entretanto, o país já criava políticas externas para
atender aos próprios interesses.
LXXII
a) Cite políticas ou ações externas dos Estados Unidos no século XX e explique como influenciavam dire-
tamente outros países.
b) Explique uma política externa atual dos Estados Unidos que coloque outros países sob sua dominação.
UNIDADE 5 • América Latina: território e sociedade
1. A América Latina forma um subcontinente dentro da América. Identifique a característica histórica que dá
unidade a esse subcontinente.
2. Os efeitos da globalização na América Latina impulsionam os governos de seus países a formar blocos
econômicos. No entanto, essas alianças não alcançam os resultados esperados. Explique por que os blo-
cos econômicos latino-americanos não são bem-sucedidos.
3. Braceros são:
a) empresas mexicanas que estabelecem relações econômicas próximas com os Estados Unidos.
b) trabalhadores de indústrias multinacionais estadunidenses no México.
c) imigrantes mexicanos que vivem nas grandes cidades, como Nova York, trabalhando na construção
civil.
d) trabalhadores mexicanos que atuam nas colheitas de produtos agrícolas no sul dos Estados Unidos.
UNIDADE 6 • América Latina: regiões e economia
1. De um modo geral, a economia da América Central baseia-se em:
a) extrativismo mineral e vegetal.
b) exportação de produtos industrializados desenvolvidos por multinacionais estadunidenses.
c) agroexportação de produtos tropicais e turismo.
d) turismo e atividades bancárias.
2. Caracterize a história recente cubana sob os seguintes aspectos:
a) Revolução Cubana;
b) relação com os Estados Unidos;
c) relação com a União Soviética.
3. Classificado como país andino, o Chile apresenta características socioeconômicas diferentes dos demais
países da região. Destaque o aspecto principal que diferencia o Chile da região a que pertence.
4. Nos últimos anos, a Venezuela vem passando por momentos políticos delicados. Caracterize esse mo-
mento.
UNIDADE 7 • África: território, imperialismo e conflitos
1. Sobre a regionalização do continente africano em Norte da África e África Subsaariana, responda.
a) Cite o nome de três países da África Subsaariana.
b) Quais são a etnia e a religião predominantes no Norte da África?
2. Ao observar os mapas de clima e vegetação da África, é possível identificar o que chamamos de “efeito
espelho”. O efeito espelho é a semelhança entre os climas e, consequentemente, as vegetações ao norte
e ao sul do equador. Explique por que isso ocorre.
LXXIII
3. O continente africano apresenta fronteiras artificiais, baseadas na partilha da África que respeitou os inte-
resses europeus, e não as divisões étnicas e culturais dos povos do continente.
a) De que forma a divisão étnica do continente facilitava a dominação europeia?
b) Como o estabelecimento das atuais fronteiras dos países africanos ajuda a explicar os conflitos e guer-
ras civis existentes no continente hoje?
UNIDADE 8 • África: sociedade e economia
1. Por que o processo de urbanização da África impulsionou o surgimento de favelas?
2. Explique duas razões pelas quais esse continente ainda enfrenta grave situação de subnutrição.
3. Assinale a alternativa correta.
a) Os imigrantes africanos são bem-vindos na Europa.
b) A Europa tem políticas anti-imigração.
c) Apenas africanos podem se refugiar na Europa.
d) A entrada de refugiados na Europa é permitida pela Ásia.
4. Sobre a exploração do petróleo da África, assinale a alternativa correta.
a) A produção de petróleo é a terceira fonte de energia mais explorada no continente africano.
b) A África do Sul é a maior produtora de petróleo do continente.
c) A África Subsaariana concentra a produção de petróleo no continente.
d) A produção de petróleo nos países africanos é utilizada principalmente para consumo interno.
5. Sobre o conceito de plantation, assinale a alternativa correta.
a) Plantations são grandes plantações familiares voltadas para a sobrevivência.
b) A característica principal de uma plantation é a monocultura, ou seja, a produção de uma espécie ve-
getal em larga escala.
c) As plantations são de propriedade das populações pobres e, por isso, possuem pouca tecnologia.
d) As plantations foram extintas com a independência política dos países colonizados na América e na África.
GABARITO
UNIDADE 1
1. Alternativa C.
Competência específica de Geografia 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das lingua-
gens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução
de problemas que envolvam informações geográficas.
2. A Antártida apresenta clima polar, tipo de clima bastante frio e seco. No verão, a temperatura média é de
0 °C e, no inverno, ultrapassa os -40 °C. A vegetação da Antártida, a Tundra, é composta por musgos e
liquens e só aparece em alguns trechos e apenas alguns meses do ano.
Habilidade (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua
relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão
do ambiente global.
6.4
LXXIV
3. O Tratado da Antártida proíbe a exploração econômica do continente antártico; proíbe a colonização do
continente; e proíbe ações militares no continente.
Habilidade (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua
relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão
do ambiente global.
4. A manutenção das condições naturais da Antártida garante a circulação das massas de ar e das correntes
marítimas formadas no continente, ou seja, a Antártida funciona como um regulador do clima mundial.
Habilidade (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Antártica no contexto geopolítico, sua
relevância para os países da América do Sul e seu valor como área destinada à pesquisa e à compreensão
do ambiente global.
5. Porque, na primeira fase da colonização, o colonialismo foi a ocupação da América pelos europeus. De-
pois da independência das ex-colônias americanas, no século XIX, os europeus passaram a colonizar a
África e o sul da Ásia, no processo conhecido como neocolonialismo.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades so-
ciais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
6. Durante o imperialismo, o que determinava o poder e a riqueza de um país era principalmente sua indus-
trialização. Nessa ordem mundial, o mundo era dividido em países centrais, que eram industrializados e
exerciam forte dominação tecnológica, econômica, militar etc.; e em países periféricos, agroexportadores
ou exportadores de matéria-prima, com economia muito dependente.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades so-
ciais e econômicas e as pressões sobre a naturezae suas riquezas (sua apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
7. Geopoliticamente, a Nova Ordem Mundial classificava-se como multipolar, com o mundo dividido nas zonas de
influência dos Estados Unidos (América), Europa (África) e Japão (Ásia). Economicamente, o mundo caracteri-
zava-se pela expansão do capitalismo, com maior integração entre os países, formando blocos econômicos.
Habilidade (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África,
assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
UNIDADE 2
1. O aumento populacional no período está ligado, entre outros fatores, às melhorias nos setores da saúde
e do saneamento, que, consequentemente, reduziram a mortalidade, aumentando a expectativa de vida
da população mundial.
Habilidade (EF08GE03) Analisar aspectos representativos da dinâmica demográfica, considerando carac-
terísticas da população (perfil etário, crescimento vegetativo e mobilidade espacial).
2. a) Ásia e Europa.
b) As áreas menos densas são, em geral, as que têm climas mais rigorosos, sejam quentes (como os de-
sérticos) ou frios (como os climas frio, polar e de montanha).
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os princi-
pais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionan-
tes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
LXXV
3. Alternativa C.
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os princi-
pais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionan-
tes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
UNIDADE 3
1. A regionalização física divide a América em América do Norte, América Central e América do Sul, segun-
do a configuração do seu território. A regionalização histórico-cultural leva em consideração o processo
de colonização e os idiomas falados. Por isso, a América Anglo-Saxônica, que fala principalmente o inglês
e o francês, é composta apenas por Estados Unidos e Canadá, e o restante do continente, que fala princi-
palmente o espanhol e o português, compõe a América Latina.
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os princi-
pais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionan-
tes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
2. a) As colônias de povoamento eram formadas por pequenas propriedades, com trabalhadores livres, e fo-
mentavam a produção para o mercado interno da colônia.
b) Estados Unidos e Canadá.
Habilidade (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e
forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
3. Alternativa D.
Habilidade (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos
diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
4. a) Tundra e Taiga. A Tundra é composta por vegetação rasteira, de musgos e liquens, e a Taiga é formada
por espécies coníferas.
b) Floresta Tropical e Savana. As Florestas Tropicais apresentam árvores de grande porte e precisam de mui-
ta umidade para sobreviver; a Savana é formada por vegetação variada, com áreas de vegetação densa e
outras com árvores de pequeno porte e vegetação rasteira, resistentes à estação seca do clima tropical.
Habilidade (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e associá-las, por meio da cartografia, aos
diferentes povos da região, com base em aspectos da geomorfologia, da biogeografia e da climatologia.
UNIDADE 4
1. a) O Planalto Canadense e as Montanhas Rochosas apresentam estrutura geológica cristalina, favorável à
ocorrência dos minerais encontrados no país, como ferro, cobre, níquel, chumbo e prata.
b) O Canadá realiza um grande aproveitamento dos rios na geração de energia, principalmente por apre-
sentar um relevo favorável à construção de hidrelétricas, apesar do congelamento das águas dos rios du-
rante parte do ano.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades so-
ciais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
2. A partir dessa premissa, os Estados Unidos iniciaram a expansão territorial e, aliados à ideologia de supre-
macia anglo-saxã, exterminaram diversos povos indígenas, que eram vistos como inferiores, e suas terras,
que eram vistas como direito dos Estados Unidos.
LXXVI
Habilidade (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o enten-
dimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na
América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
3. a) Os estudantes podem citar a política do Big Stick, em que os Estados Unidos concediam às Forças Ar-
madas o direito de invadir países da América Latina como forma de garantir seus interesses. Além disso,
podem destacar o apoio às ditaduras militares na América Latina como forma de evitar o avanço do so-
cialismo. Podem, também, citar a bipolarização do mundo com a Guerra Fria e a influência econômica,
política e cultural sobre os países.
b) Os estudantes podem citar a chamada “Guerra ao Terror”, em que os Estados Unidos realizam ataques
militares a outros países, sob a justificativa de combater o terrorismo.
Habilidade (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, geoestratégicos e geopolíticos da ascen-
são dos Estados Unidos da América no cenário internacional em sua posição de liderança global e na rela-
ção com a China e o Brasil.
UNIDADE 5
1. Historicamente, a América Latina foi colonizada por espanhóis e portugueses e passou por um processo
de colonização de exploração e de extermínio de muitos povos nativos.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades so-
ciais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
2. Os blocos econômicos latino-americanos não alcançam o pleno sucesso devido à dependência econômica
que ocorre na maioria dos países do subcontinente em relação aos Estados Unidos e outras grandes po-
tências estrangeiras.
Habilidade (EF08GE12) Compreender os objetivos e analisar a importância dos organismos de integra-
ção do território americano (Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina, Aladi, entre
outros).
3. Alternativa D.
Habilidade (EF08GE04) Compreender os fluxos de migração na América Latina (movimentos voluntários e
forçados, assim como fatores e áreas de expulsão e atração) e as principais políticas migratórias da região.
UNIDADE 6
1. Alternativa C.
Habilidade (EF08GE24) Analisar as principais características produtivas dos países latino-americanos
(como exploração mineral na Venezuela; agricultura de alta especialização e exploração mineira no Chile;
circuito da carne nos pampas argentinos e no Brasil; circuito da cana-de-açúcar em Cuba; polígono indus-
trial do sudeste brasileiro e plantações de soja no centro-oeste; maquiladoras mexicanas, entre outros).
2. a) Cuba tornou-se socialista em 1959, em uma revolução liderada por Fidel Castro.
b) Desde a adoção do socialismo, os Estados Unidos impuseram um embargo econômico a Cuba,o que
manteve o país isolado e em graves problemas econômicos, por ter perdido relações comerciais com mui-
tos países.
LXXVII
c) Durante toda a Guerra Fria, a União Soviética apoiou Cuba, fornecendo industrializados a baixos pre-
ços e comprando o açúcar da ilha superfaturado.
Habilidade (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros países da América Latina e da África,
assim como da potência estadunidense na ordem mundial do pós-guerra.
3. O Chile caracteriza-se pelo elevado padrão de vida e pela economia mais estável em relação aos outros
países andinos.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades so-
ciais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
4. A Venezuela passou por uma série de mudanças socioeconômicas a partir de 1998, com o governo de
Hugo Chávez. Atualmente, o governo do presidente Nicolás Maduro é acusado de medidas antidemocrá-
ticas e o país mergulhou em uma grave crise político-econômica, entre outras razões, pela queda do valor
do barril do petróleo.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades so-
ciais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
UNIDADE 7
1. a) Os estudantes deverão indicar o nome de qualquer país identificado como África Subsaariana, tais
como: Mali, Chade, Etiópia, Angola, África do Sul etc.
b) Etnia árabe e religião islâmica.
Habilidade (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o enten-
dimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na
América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
2. O efeito espelho ocorre porque o continente africano é cortado pela linha do equador ao centro. Essa é a
faixa intertropical, que se desenvolve do equador para norte e para sul. Em seguida, para norte, ocorre a
zona temperada do Norte e, para sul, a zona temperada do Sul, proporcionando características climáticas
similares conforme afastamento do equador para norte ou para sul. Os climas influenciam a vegetação,
reproduzindo efeito parecido nela.
Habilidade (EF08GE19) Interpretar cartogramas, mapas esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográfi-
cas com informações geográficas acerca da África e América.
3. a) A separação de povos facilitava o domínio, pois os colonizadores poderiam usar as rivalidades para ali-
ciar grupos. Além disso, a divisão considerou uma distribuição dos recursos a serem explorados por cada
país europeu, conforme acordo entre eles.
b) O apagamento das territorialidades existentes, a partir da união de povos historicamente rivais sob
mesmo território e da separação de povos amigos ou um único povo em territórios distintos, acirrou ain-
da mais as rivalidades internas. Como as fronteiras criadas pela Europa foram praticamente mantidas nos
processos de independência, essas rivalidades perduram até hoje.
Habilidade (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o enten-
dimento de conflitos e tensões na contemporaneidade, com destaque para as situações geopolíticas na
América e na África e suas múltiplas regionalizações a partir do pós-guerra.
LXXVIII
UNIDADE 8
1. A urbanização ocorreu de maneira rápida e sem planejamento, levando à segregação de parte da população.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades
sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na pro-
dução e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
2. Ocupação das terras mais férteis pelas grandes propriedades monocultoras voltadas para a exportação,
restando disponíveis as terras improdutivas para a produção de alimentos voltados à população local, e a
diminuição da oferta de alimentos em razão dos conflitos armados que destroem plantações e rebanhos.
Também podem ser citados a desertificação e os longos períodos de seca, que destroem plantações e re-
banhos, e o uso de técnicas agrícolas que não favorecem a produtividade e a conservação do solo.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades
sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na pro-
dução e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
3. Alternativa B.
Habilidade (EF08GE01) Descrever as rotas de dispersão da população humana pelo planeta e os princi-
pais fluxos migratórios em diferentes períodos da história, discutindo os fatores históricos e condicionan-
tes físico-naturais associados à distribuição da população humana pelos continentes.
4. Alternativa C.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades
sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na pro-
dução e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
5. Alternativa B.
Habilidade (EF08GE20) Analisar características de países e grupos de países da América e da África no
que se refere aos aspectos populacionais, urbanos, políticos e econômicos, e discutir as desigualdades
sociais e econômicas e as pressões sobre a natureza e suas riquezas (sua apropriação e valoração na pro-
dução e circulação), o que resulta na espoliação desses povos.
LXXIX
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS ESPECÍFICAS
DO VOLUME 8
MARCELO MORAES PAULA (Marcelo Moraes)
Bacharel e licenciado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharel em Ciências Econômicas pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP).
Atuou como professor em cursos pré-vestibulares e no Ensino Fundamental
e Médio das redes pública e particular de ensino.
DENISE CRISTINA CHRISTOV PINESSO (Denise Pinesso)
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Atuou como coordenadora de Geografia na rede particular de ensino
e como professora no Ensino Fundamental da rede pública.
MARIA ANGELA GOMEZ RAMA (Angela Rama)
Bacharela e licenciada em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Licenciada em Pedagogia pela Universidade de Franca (UNIFRAN-SP).
Especialista em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Mestra em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP).
Formadora de professores.
Atuou como professora no Ensino Fundamental e
Médio das redes pública e particular e na Educação Superior.
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA
8
1a edição
São Paulo ∙ 2022
1
Geografia: Espaço & Interação – Geografia – 8o ano (Ensino Fundamental – Anos Finais)
Copyright © Marcelo Moraes Paula, Denise Cristina Christov Pinesso,
Maria Angela Gomez Rama, 2022.
Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira
Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas
Diretor editorial adjunto Luiz Tonolli
Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva
Edição Deborah D' Almeida Leanza (coord.),
Fábio Bonna Moreirão, Carlos Zanchetta de Oliveira
Preparação e revisão de textos Maria Clara Paes (coord.),
Carolina Machado
Gerência de produção e arte RicardoBorges
Design Andréa Dellamagna (coord.),
Sérgio Cândido
Projeto de capa Andréa Dellamagna
Imagem de capa RobertChlopas/EyeEm/Getty Images, Tuul & BrunoMorandi/Getty Images
Arte e Produção Vinicius Fernandes dos Santos (coord.)
Juliana Signal, Jacqueline Nataly Ortolan (assist.)
Diagramação Aparecida Pimentel
Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga
Licenciamento de textos Érica Brambila
Cartografia Allmaps, DaCosta Mapas, Sonia Vaz, Vespúcio Cartografia
Iconografia Jonathan Santos
Ilustrações Alex Argozino, Arthur França/Yancom, Erika Onodera, Getulio Delphim, Héctor Gómez, Ligia
Duque, Luis Moura, Luiz Rubio, Manzi, Mariana Coan, Mathias Townsend, Nilson Cardoso, Paulo Cesar
Pereira, Paulo Nilson, Rmatias, Sonia Vaz
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste
livro foram produzidas com fibras obtidas de
árvores de florestas plantadas, com origem
certificada.
Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD
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Imagens de capa
Folhas secas de
chá preto.
Mulher queniana e outros
trabalhadores colhem folhas
de chá em Kericho, Quênia.
O país é o terceiro maior
produtor de chá do mundo
e o primeiro da África.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Paula, Marcelo Moraes
Geografia espaço & interação : 8o ano : ensino
fundamental : anos finais / Marcelo Moraes Paula,
Denise Cristina Christov Pinesso, Maria Angela Gomez
Rama. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022.
Componente curricular: Geografia.
ISBN 978-85-96-03537-8 (aluno)
ISBN 978-85-96-03538-5 (professor)
1. Geografia (Ensino fundamental) I. Pinesso,
Denise Cristina Christov. II. Rama, Maria Angela
Gomez. III. Título.
22-114869 CDD-372.891
Índices para catálogo sistemático:
1. Geografia : Ensino fundamental 372.891
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
2
APRESENTAÇÃO
Caro estudante,
A Geografia nos ajuda a buscar respostas para diversas questões,
como: por que um grande número de pessoas se concentra em determi-
nado lugar? De que forma indústrias e comércios decidem onde se insta-
lar? Por que, em alguns lugares, há melhores condições de vida que em
outros? Como usar recursos naturais sem causar impactos ambientais?
Por que alguns países exercem influência ou domínio sobre outros? Por
que há conflitos e guerras no mundo?
Muitas dessas perguntas não têm respostas definitivas, pois o mundo
está em constante mudança e o conhecimento sobre ele também. Porém,
iniciar uma reflexão a partir delas é um dos primeiros passos para tro-
car ideias, agir conscientemente em busca de mudanças e compreender
o lugar, o país e o mundo em que vivemos. Por isso, convidamos você a
estudar Geografia!
Esperamos que este livro possa ajudá-lo a melhor entender o Brasil e o
mundo, e também a querer transformá-los para melhor e torná-los mais
justos para todos!
Bom estudo!
Os autores
3
Trópico de Capricórnio
Equador
0°
60° O
Tróp
ico d
e Câ
nce
r
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
C
írculo Polar Ártico
ALASCA
(EUA)
C A N A D Á
E S TA D O S U N I D O S
EQUADOR
PERU
BOLÍVIA
PARAGUAI
CHILE
URUGUAI
ARGENTINA
B R A S I L
GROENLÂNDIA
(DIN)
América Central
América do Norte
América do Sul
0 1 342
1 DIMENSÃO,LOCALIZAÇÃO EREGIONALIZAÇÕES
A extensão territorial do continente americano permite distinguir
duas grandes porções de terras: a América do Norte e a América do
Sul. Essas “duas Américas” estão ligadas por um istmo que, com as
ilhas próximas, forma a América Central. Esta se subdivide em América
Central continental (constituída pelo istmo) e América Central insular
(constituída pelas ilhas).
A América Latina foi colonizada principalmente por portugueses e espanhóis. Por esse
motivo, a língua oficial da maioria dos países latino-americanos é o espanhol. Já a América
Anglo-Saxônica, colonizada principalmente por ingleses, tem o inglês como língua predominante.
Apesar das semelhanças quanto à língua oficial, é preciso tomar cuidado com as generali-
zações. Ao analisarmos as línguas faladas na América, podemos identificar algumas exceções. Na
América Latina, o espanhol divide o posto de língua oficial com o português, o inglês, o francês,
o holandês e outras línguas indígenas, como o quíchua, o aimará e o guarani. Na América Anglo-
-Saxônica, o francês é a segunda língua oficial do Canadá.
Responda às questões em seu caderno.
1 De acordo com a regionalização física, onde está localizado o Brasil? E o México?
2 E de acordo com a regionalização histórico-cultural, onde esses países estão localizados?
Brasil: América do Sul; México: América do Norte.
Ambos estão situados na América Latina.
Istmo: estreita faixa de
terra localizada entre
dois mares, que faz
a ligação entre duas
grandes porções de
terra.
Com área territorial de mais de 42 milhões de quilômetros quadrados, o continente ame-
ricano é o segundo mais extenso do mundo, superado apenas pelo continente asiático.
A América está totalmente localizada no Hemisfério Ocidental, sendo banhada ao norte pelo
oceano Glacial Ártico, a leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacífico e, ao sul, pelo
oceano Glacial Antártico. É cortada por quatro paralelos principais: Círculo Polar Ártico, Trópico
de Câncer, linha do equador e Trópico de Capricórnio.
O território é bastante alongado no sentido norte-sul: há uma distância de quase 16 mil
quilômetros entre o extremo norte (a 83° de latitude norte, na Groenlândia) e o extremo sul (a
56° de latitude sul, na Terra do Fogo). Essa grande extensão é um dos fatores que explicam a
diversidade natural de paisagens encontradas na América.
As regionalizações mais conhecidas e utilizadas do continente americano são:
• regionalização física, baseada na distribuição das terras do continente no sentido norte-sul;
• regionalização histórico-cultural, baseada no processo de colonização, no idioma e em outros aspec-
tos relacionados à cultura das nações colonizadoras do continente e dos diversos povos originários.
Analise os mapas.
S
O
N
IA
V
A
Z
Fonte: CALDINI, Vera; ÍSOLA,
Leda. Atlas geográfico
Saraiva. São Paulo: Saraiva,
2013. p. 96.
América: regionalização física
Trópico de Capricórnio
OCEANO
PACÍFICO
MÉ XICO
GUATEMALA
BELIZE
NICARÁGUA
HONDURAS
COLÔMBIA
VENEZUELA
GUIANA
COSTA RICA
PANAMÁ
EL SALVADOR
GUIANA
FRANCESA (FRA)
SURINAME
BAHAMAS
CUBA
HAITI
REP.
DOMINICANA
JAMAICA
PORTO RICO
(EUA)
SANTA LÚCIA
GRANADA
TRINIDAD E TOBAGO
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS
SÃO VICENTE
E GRANADINAS
BARBADOS
ANTÍGUA E BARBUDA
OCEANO
ATLÂNTICO
60° O
Trópico de Câncer
DOMINICA
Trópico de Capricórnio
Equador
Tróp
ico d
e Câ
nce
r
60° O
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
0°
ALASCA
(EUA)
CANADÁ
ESTADOS UNIDOS
EQUADOR
PERU
BOLÍVIA
PARAGUAI
CHILE
URUGUAI
ARGENTINA
B R A S I L
GROENLÂNDIA
(DIN)
I. Malvinas
(RUN)
C
írculo Polar Ártico
América Anglo-Saxônica
América Latina
0 1 375
S
O
N
IA
V
A
Z
Elaborado com base em: GIRARDI, Gisele; ROSA, Jussara Vaz. Atlas
geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2016. p. 124.
América: regionalização
histórico-cultural
Trópico de Capricórnio
OCEANO
PACÍFICO
MÉ XICO
GUATEMALA
BELIZE
NICARÁGUA
HONDURAS
COLÔMBIA
VENEZUELA
GUIANA
COSTA RICA
PANAMÁ
EL SALVADOR
GUIANA
FRANCESA (FRA)
SURINAME
BAHAMAS
CUBA
HAITI
REP.
DOMINICANA
JAMAICA
PORTO RICO
(EUA)
SANTA LÚCIA
GRANADA
TRINIDAD E TOBAGO
SÃO CRISTÓVÃO E NÉVIS
SÃO VICENTE
E GRANADINAS
BARBADOS
ANTÍGUA E BARBUDA
OCEANO
ATLÂNTICO
60° O
Trópico de Câncer
DOMINICA
76 77Festa do Sol, evento no qual se
reverencia o Sol, Peru, 2022.
5
A América Latina, antes da che-
gada dos europeus, era ocupada
por diversos povos originários que
muito influenciaram a formação
da cultura latino-americana. A re-
gião também é formada por países
que tiveram processos de coloni-
zação semelhantes e que, ao longo
da história, se caracterizaram por
apresentar aspectos políticos, cul-
turais e socioeconômicos comuns.
Converse com os colegas e o profes-
sor sobre as questões a seguir.
1 Que características os países da
América Latina compartilham?
2 Que aspectos da cultura latino-
-americana podem ser relaciona-
dos aos povos pré-colombianos?
Considere em sua análise o caso
do Brasil.
UNI-
DADE
Consultar respostas em Orientações didáticas.
AMÉRICA
LATINA:
TERRITÓRIO E
SOCIEDADE
LEONARDO FERNANDEZ/GETTY IMAGES
140140 141
ABERTURA
DE UNIDADE
Imagens e atividades
despertam a curiosidade
e convidam você a con-
versar sobre o que sabe
e a contar experiências
com os temas aborda-
dos pela Geografia.
O seu livro é constituído por 8 Unidades, estruturadas da seguinte maneira:
CONHEÇA SEU LIVRO
TEMAS
Você estuda os temas
com textos, fotografias,
mapas, ilustrações, gráfi-
cos e outros recursos, ex-
plorados com atividades.
4
INTERAGIR COM MAPAS
Nesta seção, você lê, interpreta e produz diversos tipos
de mapa, que vão ajudá-lo a melhor localizar-se no
espaço e a analisar a distribuição e a dinâmica dos ele-
mentos naturais e humanos nos territórios.
PENSAR E AGIR
Nesta seção, você desen-
volve atividades sobre
temas como cidadania,
sustentabilidade e plurali-
dade, pensando sobre eles
e sugerindo ações e solu-
ções para problemas.
D
A
C
O
S
T
A
M
A
P
A
S
Anamorfose
Analise o mapa.
Analise esta outra anamorfose.
MAPAS
INTERAGIR COM
53
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
Mundo: população – 2020
Fonte: WORLDMAPPER. Population year 2020. Worldmapper. Oxford,
c2022. Disponível em: https://worldmapper.org/maps/grid-population-2020/.
Acesso em: 28 mar. 2022.
1
FICA A DICA
Worldmappe.
Disponível em:
https://worldmapper.
org/. Acesso em: 23
mar. 2022.
O site traz uma cole-
tânea de anamorfoses
que representam temas
variados, como popula-
ção mundial, mortes por
covid-19 entre janeiro
de 2020 e novembro
de 2021, turistas pelo
mundo, número de
adultos não alfabetiza-
dos, risco de terremotos,
entre outros.
#
A representação acima é chamada de mapa em anamorfose.
Nas anamorfoses, as superfícies das áreas são deformadas, variando proporcionalmente de
acordo com a informação que está sendo representada.
As anamorfoses facilitam a comparação entre países ou entre regiões, em relação a diversos
temas, como população, emissão de poluentes, taxas de natalidade e de mortalidade, entre outros.
Observe novamente a anamorfose acima, que representa a população mundial. Quando
comparamos a anamorfose ao mapa de referência (em miniatura), podemos perceber que a
localização e o contorno dos territórios foram mantidos, porém estão dilatados ou contraídos,
de acordo com o número de habitantes.
Note que os territórios da China e da Índia, países mais populosos do mundo, aparecem
bastante distorcidos e dilatados. Os territórios de alguns países com áreas extensas, como Canadá
e Austrália, aparecem bastante contraídos, pois apresentam menor população absoluta.
América Latina
América do Norte
África
Europa e Rússia
Ásia
Oceania
A
L
L
M
A
P
S
Mundo: projeção da população – 2100
Fonte: WORLDMAPPER. Population year 2020. Worldmapper. Oxford, c2022. Disponível em:
https://worldmapper.org/maps/population-year-2100/?sf_action=get_data&sf_data=results&_sft_product_cat=language.
Acesso em: 28 mar. 2022.
2
Compare as anamorfoses 1 e 2 e responda às questões em seu caderno.
1 O que aconteceu com os territórios nos mapas 1 e 2?
2 Que países têm maior área nas anamorfoses? Por que isso aconteceu? Para identificar
os países, consulte o planisfério político da página 268.
3 Quais regiões apresentarão aumento populacional significa-
tivo até 2100? E qual apresentará redução acentuada?
4 Quais são as projeções para a população da América?
5 Qual era o país mais populoso da África em 2020? Consulte
o planisfério político da página 268.
6 Quais são as projeções para as populações de Japão e Brasil?
7 A Rússia e o Canadá são os países com maior área do mundo.
Localize-os nos mapas 1 e 2 e explique as razões para eles
terem sido representados dessa forma.
8 Compare a proporção entre as áreas do México e dos Estados
Unidos nos mapas 1 e 2. Segundo a projeção da população
para 2100, que mudanças ocorrerão? Elabore hipóteses que
expliquem por que isso vai acontecer.
Consultar comentários em Orientações didáticas.
China e
Índia. Isso aconteceu porque esses países são os mais populosos do mundo.
Aumento: África e Ásia; redução: Europa.
A população da América apresentará redução até 2100.
Nigéria.
A proporção que o território
dos EUA ocupa no mapa vai diminuir e a do México vai aumentar. Isso acontecerá
porque o crescimento vegetativo do México será maior que o dos EUA.
A
L
L
M
A
P
S
7. Os dois países aparecem muito reduzidos, pois a popula-
ção total é muito pequena quando comparada ao tamanho
de seus territórios.
6. Orientar os estudantes na análise das anamorfoses e na elaboração da resposta. Consultar comentá-
rios em Orientações didáticas.
52
O Triângulo do Lítio
O lítio é um metal muito leve, ótimo condutor de energia térmica e com grande capacidade
de armazenar energia elétrica. Por todas essas características, vem sendo cada vez mais utilizado
na produção de baterias para carros elétricos, computadores, telefones
celulares e outros equipamentos eletrônicos, pilhas, ligas metálicas para
aviões, vidros e cerâmicas de alta resistência ao calor e alguns medica-
mentos. Em 2001, apenas 5% de todo o lítio produzido era usado na
fabricação de baterias. Em 2021, esse percentual atingiu 74%.
No contexto de transição energética, a indústria vem estimulando
a fabricação e o uso de carros elétricos, o que aumenta a demanda
por lítio, que está adquirindo importante papel na economia mundial.
Diversos países têm buscado garantir seus suprimentos do metal, gerando
uma corrida pela descoberta de novas áreas de exploração e de técnicas
de extração e transformação do produto. Analise o infográfico.
O lítio é extraído de uma substância
aquosa rica em minerais (salmoura) que é
bombeada para a superfície e armazenada
em piscinas de evaporação durante meses,
para que o lítio se concentre.
O processo de extração do lítio utiliza
grandes volumes de água em uma das regiões
mais áridas do mundo, causando impactos
ambientais nos ecossistemas dos salares.
E AGIR
PENSAR
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
183
Transição energética:
passagem de uma
matriz energética para
outra. Atualmente,
estamos vivendo a
transição de uma
matriz baseada no
uso de combustíveis
fósseis para uma matriz
baseada em fontes
renováveis, com baixa
ou zero emissão de
carbono.
Bolívia, Argentina e Chile detêm 56% das reservas
mundiais de lítio, sendo o Chile o segundo maior pro-
dutor do mundo. Os depósitos situam-se em salares na
fronteira entre os três países. Analise o mapa.
Mundo 100% Bolívia 23,59% China 5,73%Austrália 8,20%Argentina 21,34% Chile 11,01% EUA 10,22%
Mundo: principais reservas de lítio – 2021
Fonte: UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY. Mineral Commodity
Summaries. Lithium. Virginia: USGS, 2022. Disponível em:
https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2022/mcs2022-lithium.pdf.
Acesso em: 4 jul. 2022. Triângulo do Lítio
Salar: grande lago sem saída para o mar que contém
elevadas concentrações de sais e outros minerais.
Fonte: ESNAULT, Marion. Batteries: la ruée
vers le lithium a commencé. Reporterre,
Paris, 25 nov. 2021. Disponível em:
https://reporterre.net/Batteries-la-ruee-
vers-le-lithium-a-commence-23992.
Acesso em: 4 jul. 2022.
Faça as atividades em dupla.1 Expliquem por que o lítio é chamado de “petróleo branco”.
2 Leiam a manchete.
Auxiliar os estudantes durante as atividades. Consultar comentários em Orientações didáticas.
• Vocês concordam com a afirmação feita? Apresentem argumentos que justifiquem sua
resposta.
3 Analisem a quantidade de lítio presente nos objetos a seguir.
Aposta na COP26, lítio e carros elétricos podem
ser falsa solução climática
SCHMIDT, Thales; PAIXÃO, Fernanda. Aposta na COP26, lítio e carros
elétricos podem ser falsa solução climática. Brasil de Fato, São Paulo, 12
nov. 2021 Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2021/11/12/
aposta-na-cop26-litio-e-carros-eletricos-podem-ser-falsa-solucao-climatica.
Acesso em: 5 jul. 2022.
COP: sigla para
“Conferência das
Partes”, reunião anual
entre países-membros
da ONU voltada às
mudanças climáticas.
a) Pesquisem sobre atitudes que podemos tomar para diminuir a exploração dos recursos
minerais.
b) Criem uma campanha de conscientização para o lugar onde vivem, explicando o que
podemos fazer para reduzir a demanda por recursos não renováveis. A campanha pode ser
divulgada por meio de cartazes e folhetos ou, se for possível, digitalmente, com a produção
de audiovisuais e posts nas redes sociais.
A oferta de água doce para uso das comunidades
locais é reduzida, afetando também a produção
agropastoril realizada em terras próximas dos
salares. A fauna local também é impactada.
C
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M
A
G
E
S
Carros elétricos
(10-63 kg)
Baterias de smartphones
(2-3 gramas)
Baterias de tablets
(20-30 gramas)
Baterias de laptops
(30-40 gramas)
B
E
N
T
IN
H
O
OCEANO
PACÍFICO
Trópico de Capricórnio
70° O
ARGENTINA
Salar de
Coipasa
Salar de
Uyuni
Salar de
Atacama
Salar de
Arizaro
Salar do
homem morto
PERU
BOLÍVIA
CHILE
C
O
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0 158
D
A
C
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A
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A
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A
S
Piscinas de evaporação para a extração
de lítio em Calama, Chile, 2021.
B
E
N
T
IN
H
O
182
Glossário
É composto de termos e expressões
explicados próximos ao texto em
que aparecem.
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
Este livro é reutilizá-
vel. Faça as ativida-
des no caderno ou
em folhas avulsas.
5
INTEGRANDO COM
Para o estudo de alguns temas, a Geogra-
fia é integrada a outros componentes cur-
riculares, como Ciências, História, Língua
Portuguesa, entre outros.
Jovens que nem estudam nem trabalham
No Brasil, e em outros países, há jovens entre 18 e 24 anos que nem
estudam nem trabalham. Essa parcela da população mundial é chamada
por pesquisadores de geração “nem-nem”. A maioria desses jovens não
está nessa situação porque deseja. Fatores como crises econômicas, falta
de acesso à escola e gravidez precoce ajudam a explicar o problema.
Em 2020, de acordo com o relatório Educação em resumo 2021,
divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), 35,9% dos brasileiros entre 18 e 24 anos faziam parte dos “nem-
nem”, percentual bem distante da média dos países ricos, que foi de 15,1%.
Analise a tabela 1.
Agora, analise a tabela 2.INTEGRANDO
comMATEMÁTICA com
CONEXÃO
MATEMÁTICA
57
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
OCDE: organização
internacional cujo
objetivo principal
é promover
políticas públicas
para melhorar a
qualidade de vida
da população,
principalmente
nos países em
desenvolvimento.
Pandemia: quando
uma doença atinge
muitas pessoas no
mundo ao mesmo
tempo.
O relatório da OCDE destaca que a pandemia de covid-19 impactou
a educação e as perspectivas de emprego para os jovens em vários países,
com destaque para o Brasil, que já alcançava taxas acima da média de
"nem-nem" em anos anteriores à pandemia.
Países selecionados: percentual de jovens de 20 a 24 anos
que nem estudam nem trabalham – 2015-2020
2015 2016 2017 2018 2019 2020
África do Sul 47,1 48,6 48,1 48,8 50,9 52
Brasil 27 28,5 30,1 30 28,9 35,9
Chile 20,7 - 21,7 - - -
Colômbia 24,7 24,5 25 26,3 27,4 34,8
Espanha 27,2 25,5 23,2 22 21,9 21,7
Itália 33,8 32,2 30 28,2 28,4 27,4
México 25,2 24,8 23,7 23,1 22,9 24,8
Noruega 10,1 10,9 10 10,2 8,7 10
Turquia 33,2 32,9 32,8 31,2 33,3 -
Fontes dos dados: ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT.
Education at a glance 2021: OECD Indicators. Paris: OECD Publishing, 2021. Disponível em:
https://read.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2021_b35a14e5-en#page1.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Youth not in employment,
education or training (NEET) (indicator). OECD. [S. l.], 2022. Disponível em:
https://data.oecd.org/youthinac/youth-not-in-employment-education-or-training-neet.htm. Acessos em: 24 mar. 2022.
Fonte: NOVELLA, Rafael et al. (ed.). Millennials na
América Latina e no Caribe: trabalhar ou estudar? [S. l.]:
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), c2018.
(Sumário executivo). Disponível em: https://publications.
iadb.org/publications/portuguese/document/Millennials-na-
Am%C3%A9rica-Latina-e-no-Caribe-trabalhar-ou-estudar-
Sum%C3%A1rio-executivo.pdf. Acesso em: 24 mar. 2022.1
Principais atividades realizadas pelos " nem-nem " (em %)
América
Latina e
Caribe
Brasil Chile Colômbia
El
Salvador
Haiti México Paraguai
Procurando
trabalho
31 36 43 62 44 38 18 36
Cuidados
familiares
64 44 59 54 56 64 70 54
Negócios/
trabalhos
domésticos
95 79 83 94 96 89 98 96
Pessoa com
deficiência
3 4 4 1 1 12 3 3
Nenhuma dessas
atividades e sem
deficiências
3 12 10 2 1 2 1 1
2
BID: organização internacional, cujo objetivo
principal é financiar projetos de desenvolvimento
socioeconômico e promover a integração comercial
na América Latina.
Responda às atividades em seu caderno.
1 O papel que os jovens desempenham em seus domicílios também influencia a pos-
sibilidade de estudar e buscar trabalho. Considerando os itens cuidados familiares
e trabalhos domésticos na tabela 2, que país apresenta maior percentual de jovens
"nem-nem" exercendo essas atividades? México.
2 Os dados de uma tabela podem ser organizados em gráficos. Em uma folha avulsa ou
utilizando uma ferramenta digital, elabore dois gráficos:
a) com base na tabela 1, produza um gráfico de linhas com a evolução do percentual de
"nem-nem" nos países selecionados. Represente dois países que apresentam tendências opostas.
b) com base na tabela 2, elabore um gráfico de barras verticais com o percentual de
"nem-nem" que estão procurando trabalho nos países selecionados.
3 Em grupos, organizem um roteiro de entrevista a jovens de 18 a 24 anos, para identificar
quantos são "nem-nem" e os motivos dessa situação. Em sala de aula, conversem sobre
como os dados coletados deverão ser tabulados, compartilhados e discutidos.
4 Imagine que vocês fazem parte de uma equipe de governo que tem o objetivo de
reduzir o percentual de “nem-nem” no Brasil. Discutam e proponham ações para atingir
esse objetivo.
Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas.
Respostas pessoais. Consultar comentários em Orientações didáticas.
Auxiliar os estudantes no debate, cuidando para que não
reforcem preconceitos e apresentem ideias de acordo
com a realidade em que vivem.
56
ATIVIDADES
Você interage com os
temas abordados em
cada Unidade por meio de
atividades contextualiza-
das e diversificadas, que
resgatam, sistematizam e
ampliam conteúdos estu-
dados.
ATIVIDADES
1 Que característica serviu de critério para agrupar os países da América Central, Andina
e Platina? E as Guianas?
2 Analise o mapa e responda às questões.
3 Analise o mapa e responda às questões em seu caderno.NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
Todas as respostas das atividades desta
seção estão no MP, com orientações e
encaminhamentos.
América: Índice de Desenvolvimento
Humano – 2019
Fonte: UNITED NATIONS DEVELOPMENT
PROGRAMME. Human development
report 2020: the next frontier: human
development and the anthropocene.New York: UNDP, c2020. p. 343-346.
Disponível em: http://hdr.undp.org/en/
content/download-data. Acesso em:
8 jul. 2022.
a) Dos países da América do Norte, qual apresenta o menor IDH? Além de características
socioeconômicas, que outros aspectos o diferenciam do restante da América do Norte?
b) Cite países da América Latina que se encontram na mesma faixa de IDH que o Brasil.
c) Dos países da América Latina, quais apresentam IDH muito elevado?
d) Em que região da América Latina se localizam o Suriname e a Guiana? Qual é o IDH desses
países? No seu entendimento, a descoberta de importantes reservas de petróleo nesses países
poderá fazer com o que o IDH deles se eleve nos próximos anos? Justifique sua resposta.
e) Que países fazem parte da América Platina? Comente sobre o IDH dessa região.
a) Quais são as duas sub-regiões da América Central? Que critério foi utilizado nessa divisão?
b) A América Central Insular é subdividida em Grandes Antilhas e Pequenas Antilhas. Que
critério foi utilizado nessa subdivisão?
4 Cuba faz parte do grupo de países com IDH elevado. Entre os indicadores que colaboram
para que o país tenha essa posição no ranking estão a elevada expectativa de vida –
uma das maiores da América Latina – e a média de anos de estudo no país, a maior
da região. Com base no que você estudou, explique uma possível relação entre esses
indicadores e a Revolução Cubana.
5 Analise a fotografia e responda às questões.
B
A
H
A
M
A
S
PANAMÁ
EL SALVADOR
GUATEMALA
BELIZE
HONDURAS
NICARÁGUA
JAMAICA
HAITI
DOMINICA
SANTA LÚCIA
BARBADOS
GRANADA
COSTA RICA
MARTINICA (FRA)
GUADALUPE (FRA)
TRINIDAD
E TOBAGO
SÃO VICENTE
E GRANADINAS
ANTÍGUA E
BARBUDA
SÃO CRISTÓVÃO
E NEVIS
PORTO RICO
(EUA)
I. Montserrat (RUN)
Is. Virgens
(EUA)
Is. Virgens
(RUN) Anguilla
(RUN) San
Martin
(FRA)
REPÚBLICA
DOMINICANA
TURKS E
CAICOS (RUN)
ARUBA (PBS)
CURAÇAO (HOL)
CUBA
G R A N D E S A N T I L H A S
AMÉRICA DO SUL
AMÉRICA
DO NORTE
Basse-Terre
Fort-de-France
San Juan
São Salvador
Guatemala
Manágua
Kingstown
Castres
Tegucigalpa
Kingston
Nassau
Bridgetown
Belmopán
São José
Havana
Roseau
St. George's
Saint John´s
Panamá
Is. Turks
Port of Spain
Basseterre
Porto
Príncipe
São
Domingo
Willemstad
Oranjestade
Mar do Caribe
Estreito
de Iucatã
OCEANO
PACÍFICO
10° N
80° O
Trópico de Câncer
Canal do
Panamá
Golfo do México OCEANO
ATLÂNTICO
América Central
Continental
Insular
0 250
D
A
C
O
S
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A
M
A
P
A
S
América Central: divisão política e sub-regiões
Elaborado com base em: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 39.
a) A cordilheira dos Andes é a mais
extensa cadeia de montanhas do
mundo. Cite os nomes dos outros
países andinos, além do Chile.
b) No seu entendimento, como a presença
da cordilheira dos Andes influencia o
desenvolvimento de atividades econô-
micas e o modo de vida da população
da região?
Cidade de Santiago, no Chile, com a cordilheira dos
Andes ao fundo. Foto de 2019.
R
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V
A
Z
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ATLÂNTICO
Equador
0°
90° O
Trópico de Capricórnio
Trópico de Câncer
Círculo Polar Ártico
Baixo
Desenvolvimento
humano
Médio
Elevado
Muito elevado
Sem dados
0 1 416
198 199
Selo interdisciplinar
Esse selo indica o trabalho interdisci-
plinar com outros componentes curri-
culares em momentos específicos de
cada volume.
com
CONEXÃO
MATEMÁTICA
6
CONHECIMENTO EM AÇÃO
Ao final da Unidade 4 e da Unidade 8, há um proje-
to de pesquisa que retoma e relaciona conteúdos
estudados. É um importante momento para colo-
car em ação o que aprendeu!
Investigar lugares
São atividades que o convidam a
observar e a analisar com mais de-
talhes os lugares de vivência.
Os sites indicados nesta
obra podem apresen-
tar imagens e textos
variáveis, os quais não
condizem com o obje-
tivo didático dos con-
teúdos citados. Não
temos controle sobre
essas imagens nem so-
bre esses textos, pois
eles estão estritamente
relacionados ao históri-
co de pesquisa de cada
usuário e à dinâmica
dos meios digitais.
#Fica a dica
Com o objetivo de enriquecer ou ampliar
os assuntos estudados, há sugestões de
diferentes publicações, como livros e re-
vistas, sites, documentários e filmes.
Cores e
proporções não
correspondem à
realidade.
Para representar
melhor certos
conceitos, algu-
mas ilustrações
podem alterar
a proporção de
tamanho entre
os elementos ou
empregar cores
artificiais. Quando
isso acontecer, a
ilustração apre-
sentará este selo.
CORES E PROPORÇÕES NÃO
CORRESPONDEM À REALIDADE.
Organizem-se em grupos e façam as atividades no caderno.
1 Escrevam um pequeno texto explicando o processo de derretimento da geleira Thwaites.
2 Pesquisem na internet, nos livros, em revistas científicas e em bibliotecas físicas ou virtuais,
os principais estudos acerca dos impactos do derretimento das geleiras sobre o equilíbrio
climático mundial.
3 Criem um texto com informações sobre a importância de preservar a Antártida para ser
postado nas mídias digitais da escola. Caso não seja possível, produzam um cartaz. Para
a produção, pesquisem e busquem inspiração em cartazes de campanhas já realizadas
por organizações não governamentais que atuam na defesa do ambiente.
2. Entre as inúmeras consequências
do aumento do nível do mar, desta-
cam-se: inundações recorrentes da
infraestrutura urbana; desapareci-
mento das pequenas ilhas do Índico e
do Pacífico, e consequente aumento
do número de refugiados climáti-
cos; salinização dos deltas dos rios;
destruição de ecossistemas costeiros;
entre outras.
Como a geleira Thwaites está derretendo?
Fluxo de gelo
A geleira permanece estável
quando está em contato com
o leito marinho.
fluxo de gelo
Mudanças nos ventos e nas correntezas fazem com
que água mais quente passe por debaixo do gelo
Pedaços de gelo se
desprendem.
Nova linha de conexão
à superfície da Terra.
Fonte do mapa e do infográfico: ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim
do mundo’, ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 25 mar. 2022.
19
A geleira Thwaites tem
uma área aproximada-
mente três vezes maior
que o estado do Rio de
Janeiro.
C í
rc
u lo
Po
lar A
ntár t ico
Mar de
Weddel l
Mar de Ross
Mar de
Amundsen
0 760
Polo Sul
A N TÁ R T I D A
Geleira
Thwaites
Manto de Gelo
da Antártida
Ocidental
Estação McMurdo
Manto de Gelo da
Antártida Oriental
0º
90º L90º O
180º
O
C
E AN O G L AC I A L A N TÁ
RT I
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A
Z
A
L
E
X
A
R
G
O
Z
IN
O
geleira
Thwaites
fluxo de
água quente
O gelo se torna menos
estável, uma vez que fica
mais exposto.
A geleira recua mais
rapidamente após
perder sustentação
do leito marinho.
3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes apresentem os principais aspectos discutidos sobre o tema.
Incentivar os estudantes a compartilhar suas produções com a comunidade escolar.
CORES E PROPORÇÕES NÃO
CORRESPONDEM À REALIDADE.
O ramo da cartografia que estuda mapas elaborados por qualquer pessoa ou
comunidade recebe o nome de cartografia social, que usa conhecimentos e expe-
riências vividas no cotidiano das pessoas para gerar mapas mais significativos com o
auxílio de profissionais. O processo de produção envolve tanto mapas esquemáticos,
feitos à mão (como a representação da página anterior), quanto mapas digitais feitos
com outras tecnologias, como GPS e softwares de mapeamento.
A cartografia social tem sido usada por comunidades tradicionais para defesa
e manutenção dos direitos e reconhecimento dos modos de vida.
No Brasil, esse movimento se fortaleceu com o Projeto Nova Cartografia
Social da Amazônia (PNCSA), que visava,na década de 1990, mapear a área onde
se implantava um projeto de exploração de minério que desconsiderava os usos
tradicionais da terra no espaço demarcado.
Esse projeto cresceu – apesar de estar concentrado na Amazônia Legal,
onde comunidades indígenas são ameaçadas pelo avanço do agronegócio e de
empreendimentos no setor energético – e, atualmente, há iniciativas de mapea-
mento social em todas as regiões brasileiras.
Faça as atividades em seu caderno.
1 Qual é a importância da cartografia social para comunidades e povos
tradicionais?
2 Analise a representação realizada pelos ikpeng na página anterior. Quais
elementos representados não apareceriam em um mapa elaborado, por
exemplo, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)? Justifique
sua resposta.
3 Imagine que você é membro de um grupo indígena que vai discutir pro-
blemas ocorridos nas terras onde vive. Com base no que você sabe sobre
os modos de vida de povos indígenas no Brasil e sobre os problemas que
eles enfrentam, crie um mapa esquemático para apresentar na discussão e
defender o direito à terra.
Constituem um instrumento de luta pelos direitos e de reconhecimento de seus modos de vida.
Orientar a observação do mapa pelos estudantes. Consultar sugestão de resposta em Orientações didáticas.
Orientar a produção dos estudantes, verificando se a representação
mostra o que eles almejam. Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
89
• INVESTIGAR LUGARES
Organizem pequenos grupos de trabalho.
Considerando a realidade do bairro onde a escola está
situada, pensem em temas que poderiam ser cartografados
levando em conta as mudanças que poderiam ser feitas para
melhorar a relação dos moradores com esse espaço.
Registrem as sugestões e troquem informações com os
outros grupos. Depois, escolham um tema para elaborar um
mapa coletivo e sigam as orientações que serão dadas pelo
professor.
FICA A DICA
Projeto Nova Cartografia
Social da Amazônia.
Disponível em: http://
novacarto grafiasocial.
com.br/. Acesso em: 12
jul. 2022.
Para mais informações
sobre o projeto ou para
fazer pesquisas com essa
temática, acesse o site.
#
Sugerimos acompanhar a escolha dos temas e auxiliar os estudantes na
determinação dos objetivos do trabalho de pesquisa e na confecção do mapa.
Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
EM AÇÃO
CONHECIMENTO
Influências dos Estados Unidos no Brasil
Existe uma forte influência estadunidense no campo cultural. Hábitos alimentares, idioma,
moda e outros aspectos próprios do modo de vida estadunidense são difundidos por todo o
mundo pelos meios de comunicação, seguindo a produção padronizada das multinacionais.
Essas empresas fabricam e vendem mercadorias semelhantes às consumidas nos Estados Unidos
e incorporam aspectos da cultura estadunidense ao setor de serviços. Analise as imagens e leia
as informações.
1 O trecho é de uma música que faz uma crítica ao uso de palavras estrangeiras. Pesquise
o significado das palavras estrangeiras e dos nomes próprios que encerram cada verso,
no contexto usado na música.
2 Faça uma lista de palavras da língua inglesa que costumam ser usadas pelos brasileiros.
Pesquise o significado delas de acordo com o contexto em que são usadas.
3 Em grupos, pesquisem aspectos variados da influência estadunidense no Brasil. Sigam
as orientações.
NÃO ESCREVA
NO LIVRO.
A influência estadunidense também pode ser observada na introdução de palavras da língua
inglesa no nosso vocabulário. Em textos escritos, palavras de língua estrangeira costumam ser
grafadas em itálico, exceto os nomes próprios. Leia o trecho da música e faça as atividades.
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash.
SAMBA do approach. Intérprete: Zeca Baleiro. Compositor: Zeca Baleiro.
In: VÔ IMBOLÁ. Rio de Janeiro: MZA, 1999. 1 CD, faixa 13.
Produtos para a festa de Halloween (Dia das Bruxas)
à venda em loja brasileira, São Paulo (SP), 2021.
A salsicha, de origem alemã, popularizou-se nos
Estados Unidos como ingrediente do hot dog
(cachorro-quente). A partir dos anos 1950, o hot
dog começou a se tornar um sucesso mundial. Na
fotografia, pessoas comendo hot dogs em Osasco
(SP), 2020.
Definição do tema
Cada grupo deverá se dedicar à pesquisa de um tema. Seguem algumas
possibilidades:
Pesquisa do tema
Uma vez escolhido o tema,
pesquisem as informações necessá-
rias para responder:
• Quando os Estados Unidos pas-
saram a influenciar esse setor no
Brasil?
• De que forma essa influência
pode ser observada no cotidiano
dos brasileiros?
• Vocês consideram essa influência
positiva ou negativa? Por quê?
Organização dos dados
e elaboração do produto
final
Anotem as informações em
um arquivo digital e organizem uma
apresentação que pode ser feita por
vídeo, infográfico, música, desenho,
pintura, história em quadrinhos,
slides etc.
A divulgação pode acontecer
por meio das mídias sociais da escola
ou de grupos de familiares e amigos.
EETTAAPPAA
1
EETTAAPPAA
2
EETTAAPPAA
3
Política: a política brasileira recebe
influência da política estadunidense?
Como? Buscar exemplos relacionados à
história dos dois países.
Economia: de que forma a economia brasileira
está relacionada à economia estadunidense?
Quais são as relações comerciais estabelecidas
entre os dois países?
Entretenimento: pesquisem, entre suas preferências, produções estadunidenses.
• Música: escutamos músicas feitas nos Estados Unidos? E a música brasileira, é influenciada
pela produção estadunidense? Quais são essas influências?
• Cinema: assistimos às produções estadunidenses? Quais características do cinema
estadunidense percebemos nas produções nacionais?
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LÍNGUA
PORTUGUESA
LÍNGUA INGLESA
ARTE
CONEXÃO:
e
Consultar comentários para as atividades em Orientações didáticas.
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138 139
7
1. Os continentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2. Antártida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Pensar e agir • Preservar a Antártida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. Estado, nação e Estado-nação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4. Região e regionalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5. Regionalizações do espaço mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Imperialismo e regionalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Das grandes guerras mundiais à Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Regionalização na Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Integrando com Arte e Língua Portuguesa •
Heróis e vilões na Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Regionalização pós-Guerra Fria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Ordem mundial contemporânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Interagir com mapas • Projeção cartográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1
UNIDADE
CONHECER O ESPAÇO MUNDIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12DINÂMICAS DA POPULAÇÃO MUNDIAL . . . . . . . . . . . . . . . . 42
1. População em números . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
2. Origem e dispersão dos grupos humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3. Distribuição espacial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
No campo ou na cidade? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Interagir com mapas • Anamorfose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
4. Distribuição por idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Integrando com Matemática • Jovens que nem estudam
nem trabalham .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Envelhecimento da população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
5. Fluxos populacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Origem e destino dos migrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Pensar e agir • Diversidade e fluxos migratórios no município . . . . . 64
6. Indicadores sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Índice de Desenvolvimento Humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Covid-19 e desenvolvimento humano .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
2
UNIDADE
8
AMÉRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
1. Dimensão, localização e regionalizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
2. Ocupação e colonização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Integrando com Arte e História • A emergência dos
Estados americanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
3. Povos originários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Astecas, incas e maias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Pensar e agir • Direitos dos povos originários na América . . . . . . . . . . 86
Interagir com mapas • Cartografia social dos
povos indígenas na América . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
4. Organismos de integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
5. Aspectos naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Hidrografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Relevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Vegetação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
3
UNIDADE
AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
1. Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Território e população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Aspectos socioeconômicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Relações internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
2. Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Organização territorial e política . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Distribuição da população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Formação do território . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
Expansão para o Oeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Composição étnica da população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Interagir com mapas • Negros e hispânicos nos
Estados Unidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Lei anti-imigração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Pensar e agir • Movimentos negros nas mídias sociais . . . . . . . . . . . . . . 122
Potência mundial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Influência global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Integrando com Arte • Música americana ou
afro-americana? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Relações internacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
De Trump a Biden . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
Conhecimento em ação • Influências dos
Estados Unidos no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
4
UNIDADE
9
AMÉRICA LATINA: TERRITÓRIO E SOCIEDADE . . . . . . . . . . . . . .140
1. Explorando a América Latina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Divisão regional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Território e população . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
Aspectos socioeconômicos e políticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
2. Espaço urbano e rural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Urbanização desordenada e desigual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Pensar e agir • Favelas na América Latina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Áreas rurais: pobreza e concentração de terras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
3. Movimentos sociais na cidade e no campo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
4. Migrações na América Latina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
Fluxos intrarregionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Interagir com mapas • Fronteira Estados Unidos-México . . . . . . . . . . . . 158
5. Conflitos e tensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160
6. Recursos naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162
Recursos hídricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164
Integrando com História • O canal do Panamá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
5
UNIDADE
AMÉRICA LATINA: REGIÕES E ECONOMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
1. México . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
2. América Central . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Cuba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
3. América Andina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Venezuela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Pensar e agir • O Triângulo do Lítio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182
Chile . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
Integrando com Matemática • Machu Picchu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
4. Guianas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188
5. América Platina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Argentina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191
6. Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
Setor agropecuário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
Atividade industrial no Sudeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
Interagir com mapas • Mapas coletivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
Atividades .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
6
UNIDADE
10
ÁFRICA: TERRITÓRIO, IMPERIALISMO
E CONFLITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
1. Dimensão, localização e regionalizações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
Norte da África e África Subsaariana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
2. Aspectos naturais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Relevo e hidrografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 208
Clima e vegetação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210
Solos e desertificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212
Pensar e agir • Florestas remanescentes na África . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
3. Ocupação, escravidão e colonização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
Imperialismo e partilha da África . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
Integrando com História • Exploração colonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
4. Descolonização e conflitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
Ruanda e Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Nigéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
República Democrática do Congo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225
Sudão e Sudão do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
Chifre da África . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
Interagir com mapas • Conflitos pós-independências . . . . . . . . . . . . . . 228
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230
7
UNIDADE
ÁFRICA: SOCIEDADE E ECONOMIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 234
1. Produção do conhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236
Integrando com Arte • Artes africanas tradicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
2. Condições de vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
Pobreza e fome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
Pensar e agir • Segurança alimentar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
Migrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 246
3. Atividades econômicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
Recursos minerais e energéticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
Atividades agropecuárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 252
Indústria e serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
Interagir com mapas • PIB e setores econômicos na África . . . . . . . 256
4. Investimentos, inovação e cooperação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
Presença chinesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Integrações africanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260
Atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Conhecimento em ação • Problemas socioambientais na
América Latina e na África . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266
Planisfério político . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMENTADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
8
UNIDADE
11
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Os temas que serão trabalha-
dos nesta Unidade estão vol-
tados para as diferenças entre
continente e bloco continental, a
identificação e o reconhecimento
dos continentes que constituem
a superfície terrestre, a regionali-
zação do espaço mundial em di-
ferentes épocas, bem como para
a compreensão dos conceitos de
Estado, nação, país e governo.
Encaminhar a leitura coletiva
do texto de abertura que trata
das diversidades existentes no
planeta Terra, assim como da
possibilidade de agrupar países
com características naturais, cul-
turais, econômicas e sociais se-
melhantes em regiões.
Se julgar pertinente, comentar
que há muitos países no mundo:
193 países são filiados à Organi-
zação das Nações Unidas (ONU).
No Comitê Olímpico Internacio-
nal (COI), há 206 países-mem-
bros, e na Federação Internacio-
nal de Futebol (Fifa), 209 países.
A seguir, solicitar aos estudantes que obser-
vem atentamente o planisfério produzido a partir
de imagens de satélite. Comentar que a divisão
do mundo em continentes, conteúdo que será
trabalhado nas páginas 14 e 15, é uma forma de
regionalizar o espaço mundial.
Utilizar as atividades 1 a 4 para explorar a aná-
lise, a leitura do planisfério e os conhecimentos
prévios dos estudantes sobre limites, territórios,
país e representações cartográficas.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes
comentem que os únicos “limites” que podem
ser percebidos no planeta Terra, vistos de uma
imagem de satélite, são aqueles entre os blocos
continentais e os oceanos.
Na atividade 2, os estudantes deverão respon-
der que os limites entre os territórios dos países
que aparecem em imagens são linhas imaginárias
criadas pelos seres humanos, costumeiramente
traçadas em mapas políticos e globos terrestres.
Competências
Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10
Ciências Humanas: 1, 2, 3, 5, 6 e 7
Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Habilidades
Geografia: • EF08GE03 • EF08GE05
• EF08GE07 • EF08GE08 • EF08GE09
• EF08GE14 • EF08GE20 • EF08GE21
Arte: • EF69AR03 • EF69AR05
• EF69AR06 • EF69AR07 • EF69AR31
• EF69AR35
Ciências: • EF08CI16
História: • EF08HI06
Língua Portuguesa: • EF89LP01
• EF89LP03
BNCC NA UNIDADE
• EF08GE05 Com foco em aplicar
os conceitos de território e país
e o conhecimento prévio sobre
regionalizações do espaço geo-
gráfico mundial.
BNCC
Abertura da Unidade
1
UNI-
DADE
No planeta Terra, há grande di-
versidade de países, povos, cul-
turas e paisagens. Mesmo assim,
é possível agrupá-los em regiões
quando apresentam características
semelhantes. Grande parte dessas
regiões é definida com base nos
contextos político e econômico pre-
dominantes, em diferentes épocas.
CONHECER O
ESPAÇO
MUNDIAL
IN
D
IA
N
S
U
M
M
E
R
/S
H
U
T
T
E
R
S
T
O
C
K
.C
O
M
Planisfério produzido
com imagens de satélite.
12
12
Na atividade 3, a resposta esperada é África,
América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor e o estudante
• GOOGLE EARTH. [S. l.], [20--].
Site. Disponível em: https://
earth.google.com/web/. Acesso
em: 10 jun. 2022.
Site interativo que disponibiliza
um mosaico de imagens de satéli-
te que apresenta um modelo tridi-
mensional do globo terrestre.
Converse com os colegas e o professor
sobre as questões a seguir.
1 Quais são os limites percebidos
no planeta Terra quando visto por
uma imagem de satélite?
2 Por que os limites entre os países
não aparecem na imagem? Em
que tipos de representações
cartográficas esses limites cos-
tumam ser traçados?
3 Os territórios de quais continen-
tes aparecem representados na
imagem?
Consultar respostas em Orientações didáticas.
13
13
https://earth.google.com/web/
https://earth.google.com/web/
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Solicitar aos estudantes que
observem atentamente os mapas
da página 14. Questioná-los so-
bre as principais diferenças entre
eles, verificando suas hipóteses.
Se julgar pertinente, questio-
nar a turma sobre o critério de
regionalização utilizado em cada
um dos mapas. É importante des-
tacar que na regionalização por
continentes (mapa 1) foram con-
siderados, principalmente, as-
pectos relacionados à ocupação
do território.
Na regionalização por blocos
de terras emersas, com destaque
para a Afro-Eurásia (mapa 2), o
critério considerado foi apenas o
geológico, que define continentes
como grandes porções de terras
emersas limitadas pelas águas de
oceanos e mares. Assim, Europa,
Ásia e África formam um único
bloco continental, chamado bloco
tríplice. Destacar que, nesse bloco,
África e Ásia são separadas por um
canal artificial, o Canal de Suez,
construído entre 1859 e 1869 para
ligar o Mar Vermelho ao mar Me-
diterrâneo e facilitar a navegação,
encurtando distâncias.
Citar alguns casos que ajudem
os estudantes a diferenciar as
duas propostas. Comentar que
a América, por exemplo, além de
constituir um único bloco de ter-
ras emersas cercado por águas,
também é um continente, assim
como a Antártida. Já a Oceania
é um continente, porém não
constitui um bloco único de ter-
ras emersas, por se tratar de um
grande arquipélago.
As características e a dinâmi-
ca dos territórios da Antártida,
América e África serão aborda-
das neste volume. Europa, Ásia
e Oceania serão abordadas no
volume do 9o ano.
Na página 15, trabalhar a for-
mação dos blocos continentais.
Comentar que a superfície ter-
restre é dinâmica e se modifica permanentemen-
te. Essas modificações, na maior parte das vezes,
não são facilmente percebidas pelos seres huma-
nos, pois ocorrem lentamente em processos que
podem durar milhões ou bilhões de anos. Se jul-
gar necessário, retomar conteúdos sobre tectô-
nica de placas estudados no volume do 6o ano.
Comentar que o cientista alemão Alfred We-
gener foi o primeiro a formular uma teoria so-
bre a fragmentação da Pangeia (Teoria da Deriva
Continental), baseada na semelhança observada
entre os contornos atuais da América do Sul e da
África, onde foram identificadas ocorrências de
alguns fósseis de animais e plantas da mesma es-
pécie, evidências que ajudaram a confirmar que
essas massas de terras emersas já estiveram uni-
das em algum momento da evolução da Terra.
Estudos mais recentes demonstram que os
continentes continuam se movimentando. A
parte sul do continente americano e a África
afastam-se cerca de 10 centímetros por ano, am-
pliando o leito do oceano Atlântico.
• Competências Gerais: 1 e 4
• Ciências Humanas: 7
• Geografia: 3 e 4
BNCC
Analise os mapas atentamente.
Os continentes são grandes porções de terra emersas (que não estão cobertas por água),
limitadas pelas águas dos oceanos e mares. Considerando essa definição, a África, a Ásia e a Europa
não são continentes distintos, pois formam uma única massa de terras emersas, denominada con-
tinente Euro-Afro-Asiático, também chamado de Afro-Eurásia, como podemos notar no mapa
2. Porém, a ocupação do território e as características históricas e culturais da África, da Ásia e da
Europa permitem que sejam considerados continentes diferentes, como verificamos no mapa 1.
1 OS CONTINENTES
OCEANO
ATLÂNTICO
OCEANO
PACÍFICOEquador
Trópico de Câncer
Círculo Polar Antártico
Trópico de Capricórnio
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
0°
0°
OCEANO GLACIAL
ANTÁRTICO
M
e
ri
d
ia
n
o
d
e
G
re
e
n
w
ic
h
Círculo Polar Ártico OCEANO GLACIAL ÁRTICO
América
Europa
Ásia
Oceania
África
Antártida
Continentes
0 3 873
A
L
L
M
A
P
S
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34.
Mundo: continentes
1
OCEANO
ATLÂNTICOOCEANO
PACÍFICOEquador
Trópico de Câncer
Círculo Polar Ártico
Círculo Polar Antártico M
e
ri
d
ia
n
o
d
e
G
re
e
n
w
ic
h
Trópico de Capricórnio
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
0°
0°
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
0 3 529
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 34.
Mundo: Afro-Eurásia
2
A
L
L
M
A
P
S
14
14
Solicitar aos estudantes que analisem a sequên-
cia de mapas com as diferentes fases da Deriva
Continental e o processo de formação dos con-
tinentes e que resolvam as atividades de 1 a 4.
ATIVIDADE
COMPLEMENTAR
A deriva continental e o
futuro dos continentes
1. Solicite aos estudantes que
façam pesquisas na internet
sobre estudos científicos que
preveem como será a configu-
ração dos continentes no futu-
ro. Sugerimos a leitura do arti-
go publicado na Revista Pes-
quisa Fapesp sobre o super-
continente “Amásia” (dis-
ponível em: https://revista
pesquisa. fapesp.br /am%
C 3 % A 1 s i a - o - f u t u r o -
supercontinente/, acesso
em: 24 ago. 2022).
2. Leia a afirmação a seguir e res-
ponda às questões.
Fósseis de Mesosaurus, um
pequeno réptil, foram encon-
trados no continente africano
e no Brasil.
a) Qual teoria ligada à forma-
ção dos continentes essa infor-
mação ajuda a comprovar?
Resposta: Espera-se que os
estudantes respondam que
a informação reforça a teoria
da Deriva Continental.
b) Cite outro argumento que
ajudou Alfred Wegener a ela-
borar sua teoria.
Resposta: Além de fósseis
de animais e vegetais que
viveram na mesma época en-
contrados dos dois lados do
oceano Atlântico (América e
África), outro argumento é
o fato de que os contornos
dos continentes se encaixam.
Exemplo: o leste do conti-
nente americano se encaixa
na costa oeste da África e da
Europa.
A atual distribuição e configuração dos continentes é resultado da fragmentação de uma
gigantesca massa de terra que existiu há aproximadamente 225 milhões de anos, chamada
Pangeia, palavra grega que significa “toda a Terra”.
O processo de fragmentação e afastamento das terras da Pangeia foi originado pelos movimen-
tos das placas tectônicas (tectonismo). Analise as imagens a seguir e compare-as aos mapas 1 e 2.
Em seu caderno, responda às questões.
1 Há cerca de 200 milhões de anos, o atual território brasileiro fazia parte de qual bloco
continental? Gondwana.
2 A fragmentação do Gondwana deu origem a quais blocos de terras emersas? E a frag-
mentação da Laurásia?
3 Que massa de terra se juntou à Afro-Eurásia para que ela chegasse a sua forma atual?
4 A Austrália integra atualmente qual continente? Oceania.
Índia.
Origem dos continentes
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 12.
Gondwana: América do Sul, Antártida, Índia e Austrália; Laurásia: América do Norte, Eurásia e África.
A
L
L
M
A
P
S
Há cerca de 65 milhões de anos, a Índia
AMÉRICA
DO NORTE EURÁSIA
AMÉRICA
DO SUL
ÁFRICA
Índia
Austrália
ANTÁRTIDA
AMÉRICA
DO NORTE
AMÉRICA
CENTRAL
EURÁSIA
AMÉRICA
DO SUL
ÁFRICA Índia
Austrália
ANTÁRTIDA
Em um processo que durou milhões de anos,
AMÉRICA
DO NORTE EURÁSIA
AMÉRICA
DO SUL
ÁFRICA
Índia
Austrália
ANTÁRTIDA
Há 225 milhões de anos, existia na Terra uma
PANGEIA
Há 225 milhões de anos,
existia na Terra uma única
e gigantesca massa de terra
emersa, a Pangeia.
Há cerca de 200 milhões de anos, a Pangeia
LAURÁSIA
GONDWANA
Há cerca de 200 milhões de anos, a
Pangeia se dividiu em dois grandes
blocos: Laurásia e Gondwana.
Esses blocos foram lentamente
se afastando um do outro.
Em um processo que durou milhões
de anos, Laurásia e Gondwana dividi-
ram-se em várias partes. Acredita-se
que, há aproximadamente 135
milhões de anos, a superfície terres-
tre tinha essa aparência.
De 60 milhões de anos atrás
até os dias de hoje, os blocos
continentais terrestres
encontram-se nessa posição.
Há cerca de 65 milhões de anos,
a Índia aproximou-se da Ásia, a
Austrália e a Antártida separaram-
-se, e a América afastou-se da África.
15
15
https://revistapesquisa.fapesp.br/am%C3%A1sia-o-futuro-supercontinente/
https://revistapesquisa.fapesp.br/am%C3%A1sia-o-futuro-supercontinente/
https://revistapesquisa.fapesp.br/am%C3%A1sia-o-futuro-supercontinente/
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Promover a leitura coletiva do
texto da página 16, que apre-
senta a localização, a dimensão
do território e as características de
naturais como clima, relevo, vege-
tação e fauna da Antártida. Co-
mentar que, durante o inverno, a
camada de gelo que cobre o solo
continental se estende, em razão
do congelamento das águas do
oceano próximas ao litoral (ban-
quisa). No verão, grandes blocos
de gelo (icebergs) se desprendem
do continente e flutuam no oce-
ano. Rajadas de vento gelado fa-
zem esses blocos se deslocarem
perigosamente, dificultando ou
inviabilizando a navegação.
Se julgar conveniente, pergun-
tar que fator climático contribui
para que a Antártida apresente
clima com predomínio de baixas
temperaturas durante todo o
ano. Espera-se que os estudantes
indiquem a latitude, lembrando
que, quanto mais distante da li-
nha do equador (altas latitudes),
mais as temperaturas diminuem,
em função da inclinação com
que os raios solares atingem a su-
perfície terrestre.
Destacar que, em virtude das
condições naturais extremas, a
ocupação humana se torna pra-
ticamente inviável na Antártida.
Comentar que o continente é o
único do planeta que não está di-
vidido em países.
Aproveitar a oportunidade para auxiliar os es-
tudantes na análise do mapa “Antártida: prin-
cipais estações científicas e territórios reivindica-
dos – 2021”. Questioná-los se conhecem o tipo
de projeção usada, permitindo o levantamento
de hipóteses sobre as projeções azimutais, que
serão estudadas na seção Interagir com ma-
pas, páginas 36 e 37 nesta Unidade.
Comentar que sete países reivindicam a pos-
se definitiva de territórios na Antártida sob dife-
rentes argumentos: Chile, Argentina, Austrália
e Nova Zelândia alegam a proximidade com o
continente, e Reino Unido, Noruega e França,
o “descobrimento” do continente por meio de
expedições exploradoras entre o final do século
XVIII e o início do século XIX.
A China vem aumentando a presença na An-
tártida e pretende se igualar aos Estados Unidos,
com cinco bases de pesquisa no continente. Com
equipamentos adaptados ao clima extremo, ela
• Atende-se à habilidade
EF08GE05 com foco em apli-
car os conceitos de território e
país para o entendimento de
conflitos e tensões na contem-
poraneidade, com destaque para
as situações geopolíticas na
Antártida.
• Atende-se também à habilidade
EF08GE21 com foco em ana-
lisar o papel territorial da An-
tártida no contexto geopolítico,
sua importância para o Brasil e
seu valor como área destinada à
pesquisa.
BNCC
1
Miznho (JAP)
Asuka
(JAP)
Law Base
(AUS)
Kohnen
(ALE)
Aboa (FIN)
Kuniun (CHN)
Dôme Fuji
(JAP)
Mario Zuchelli (ITA)
Jang Bogo (COR)
Terra Nova Bay (CHN)
(em construção)
Princesse Elisabeth (ALE)
Wasa (SUE)
F
R
A
AMÉRICA
DO SUL
Orcadas (ARG)
Signy (RUN)
Halley (RUN)
Syowa JAP)
Mawson (AUS)
Molodezhnaya (RUS)
Zhong Shan (CHN)
Davis (AUS)
Progress (RUS)
Soyuz (RUS)
Mirny (RUS)Amundsen-Scott
(EUA)
POLO
SUL
Vostok (RUS)
Concordia
(ITA/FRA) Casey (AUS)
Law Dome (AUS)
McMurdo (EUA)
Base Scott (NZL)
Dumont D’Urville (FRA)
140º160º180º
50º
40º160º
60º
40º 20º 0º 20º 40º
60º
80º
100º
120º
Oeste de Greenwich Leste de Greenwich
OCEANO
PACÍFICO
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
70º
80º
140º
120º
80º
60º
C
írc
u
lo
P
o
la
r A
n
tártico
0 670
Maldonado (EQU) Luis Rispatron (CHI)
Arturo Prat (CHI)
Esperanza (ARG)
Marambio (ARG)
Gregor Mendel (CHE)
O’Higgings (CHI)
Camara (ESP)
Primero (ESP)
Orhidski (BUL)
Gabriel de Castilla (ESP)Melchior (ARG)
Palmer (EUA)
Rothera (RUN)
San Martin (ARG)
Vernadsky (UCR)
Península
Antártica
6
0º
N O R U E G A
A
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S
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T
E
N
D
ID
O
P
E
L
O
C
H
IL
E
Sobral (ARG)
Novolazarevskaya (RUS)
Maitri (IND)
C
ír
c
u
lo
P
o
la
r
A
n
tá
rt
ic
o
Tor (NOR)
Troll (NOR)
E-Base (RAS)
Neumayer
(ALE)
Sanae IV (RAS)
Belgrano II (ARG)
Estações científicas por país
1 A Ilha Rei George abriga dez bases científicas: duas
chilenas, uma brasileira,
uma peruana, uma uruguaia,
uma argentina, uma polonesa,
uma russa, uma chinesa e
uma sul-coreana
Com uma área territorial de 14,1 milhões de quilômetros quadrados, a Antártida está
localizada no extremo sul do planeta.
No verão, a temperatura média é de 0 °C; no inverno, ultrapassa os 40 °C negativos. O clima
é frio e seco, com precipitações principalmente de neve. A vegetação predominante é a Tundra e
o relevo é montanhoso e coberto por uma camada de gelo, que pode atingir 4 km de espessura.
Há importantes reservas de recursos naturais na Antártida, como cobre, urânio, minério
de ferro e petróleo.
A Antártida não tem povos nativos ou cidades. Ela é ocupada por exploradores e cien-
tistas que não moram no continente de modo permanente.
A exploração da Antártida teve início no século XVIII, mas foi no século XX que o
interesse pelo continente aumentou. Em 1959, foi assinado o Tratado da Antártida. O
documento estabelece que esse território deve servir como base para pesquisas científicas,
sendo proibidas ações militares e quaisquer tipos de exploração econômica ou apropriação
territorial até o fim do tratado, em 2048.
Analise o mapa.
2 ANTÁRTIDA
Antártida: principais estações científicas e territórios reivindicados – 2021
Elaborado com base
em: LES PRINCIPALES
bases scientifiques
en Antarctique.
Diplomatie, [s. l.],
n. 109, maio/jun.
2021. Disponível
em: https://
www.areion24.
news/produit/
diplomatie-n-109/.
Acesso em:
14 mar. 2022.SO
N
IA
V
A
Z
16
16
https://www.areion24.news/produit/diplomatie-n-109/
https://www.areion24.news/produit/diplomatie-n-109/
pretende se tornar uma potência polar na área
de pesquisas na Antártida.
Reforçar que o Tratado da Antártida determi-
na que nenhum recurso natural do continente
pode ser explorado. A única atividade econômi-
ca permitida é a pesca, que já ocorria antes da
assinatura do tratado, com destaque para o krill,
pequenos crustáceos muito ricos em proteínas.
Outra atividade que vem crescendo na Antárti-
da é o ecoturismo, com destaque para as visitas às
bases científicas e as escaladas ao Monte Wilson.
A atividade já preocupa os ambientalistas e os paí-
ses signatários do tratado, que temem pelos im-
pactos ambientais (vazamentos de combustíveis
de embarcações, destruição da fauna marinha)
e pela segurança dos turistas, pois a navegação
próxima ao continente é muito perigosa em razão
dos icebergs, que se deslocam pela região.
Na página 17, destacar os interesses do Brasil
na Antártida e como o país se faz presente no
continente. Se possível, acessar
com os estudantes o site indica-
do na seção #Fica a dica, para
ampliar as informações sobre o
Programa Antártico Brasileiro
(Proantar). Encaminhar as ativi-
dades 1 e 2.
Na atividade 1, Reino Unido,
Argentina, Chile, Noruega, Aus-
trália, França e Nova Zelândia.
Esses países não podem declarar
posse aos territórios reivindica-
dos, pois o Tratado da Antártida
impede qualquer tipo de apro-
priação territorial, embora os
países instalem suas bases cien-
tíficas para justificar, ao final da
vigência do Tratado, o direito à
posse de porções do continente.
Na atividade 2, há possibili-
dade da ocorrência de conflitos
no final da vigência do Tratado
da Antártida, pois há países que
reivindicam as mesmas porções
territoriais, como o Reino Unido,
a Argentina e o Chile; a França e
a Austrália. Provavelmente esses
e outros países que instalaram
bases científicas no continente
entrarão em disputa para explo-
rar os recursos naturais da região.
AMPLIANDO HORIZONTES
Para o professor
• A MARCHA dos pinguins. Dire-
ção: Luc Jacquet. França: Lumière,
2005. Vídeo (85 min).
Documentário sobre a reprodu-
ção do pinguim imperador.
Em 1975, o Brasil aderiu ao Tratado da Antártida. Entre os principais fatores que incentivaram
essa adesão, destacam-se:
• a proximidade do continente antártico;
• os interesses geopolíticos, econômicos e ambientais (fazer-se presente e ter influência nas
decisões sobre o futuro da Antártida);
• o desenvolvimento de pesquisas em várias áreas.
Em 1982, foi criado o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e, no mesmo ano, o
navio oceanográfico Barão de Teffé realizou a primeira expedição oficial brasileira à Antártida,
com o objetivo de fazer o reconhecimento oceanográfico e meteorológico, e selecionar o local
onde seria instalada uma estação de pesquisa.
Em fevereiro de 1984, a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) foi instalada na
Ilha Rei George, no arquipélago Shetland do Sul. Em 2012, um incêndio destruiu grande parte da
estação. As obras de reconstrução começaram em 2016, e, até a inauguração da nova base, em
15 de janeiro de 2020, os cientistas trabalharam em instalações provisórias.
Responda às questões no caderno.
1 Quais países reivindicam territórios na Antártida? Por que eles não podem assumir a
posse desses territórios?
2 Há possibilidade de conflitos por territórios ao final do Tratado da Antártida? Por quê?
Orientar os estudantes na leitura do mapa e na elaboração das respostas.
Consultar comentários adicionais em Orientações didáticas.
Orientar os estudantes na leitura do mapa e na elaboração das respostas. Consultar comentários adicio-
nais em Orientações didáticas.
FICA A DICA
Programa Antártico
Brasileiro. Publicado
por: Comissão
Interministerial para
os Recursos do Mar.
Disponível em: https:
//www.marinha.mil.
br/secirm/proantar.
Acesso em: 14 mar.
2022.
Site com informações
sobre a Antártida, o
Tratado da Antártida e
a presença brasileira
no continente.
#
2106-GEO-V8-U1-LA-F002 Pesquisar fotografia recente da
Estação Antártica Comandante Ferraz, inaugurada em 2020.
Referência: https://www.marinha.mil.br/secirm/proantar/
nova-estacao
https://img.lemde.fr/2020/02/21/0/0/4000/2250/630/0/7
5/0/7800f44_NRyI3vfmYCSwazM4XGG0Zhe4.jpeg
novo iconografia
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Nova estação científica do Brasil na Antártida, inaugurada em 2020.
Foto de 2020.
17
17
https://www.marinha.mil.br/secirm/proantar
https://www.marinha.mil.br/secirm/proantar
ORIENTAÇÕES
DIDÁTICAS
Esta dupla de páginas possi-
bilita o trabalho interdisciplinar
com Ciências por meio da ha-
bilidade EF08CI16. Se for possí-
vel, combinar com o professor
desse componente curricular o
momento mais apropriado para
desenvolverem juntos o conteú-
do proposto. Também é possível
desenvolver o tema contemporâ-
neo transversal Meio ambiente,
com destaque para a Educação
ambiental. Para isso, promover
a leitura coletiva do texto que
apresenta a importância da An-
tártida para o meio ambiente
global. Destacar a importância
do continente nas reservas de
água doce do planeta e explorar
o excerto que exemplifica o pro-
blema do derretimento de gelei-
ras provocado pelo aquecimento
global e a consequente elevação
do nível dos oceanos.
A seguir, chamar a atenção
dos estudantes para o mapa e as
imagens que mostram a locali-
zação e as dimensões da geleira
Thwaites. Se julgar conveniente,
ler para eles o excerto proposto
na seção Texto complemen-
tar, que aborda outros problemas ambientais
na Antártida: a poluição do oceano Glacial An-
tártico e o “buraco” na camada de ozônio so-
bre o continente.
Encaminhar as atividades 1 a 3 que permitem
sistematizar o conteúdo abordado.
Na atividade 1, espera-se que os estudantes
expliquem que, com o aquecimento das águas
dos oceanos, a geleira está sendo derretidaa
partir de sua base, tornando-a ainda mais instá-
vel. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob
a geleira se enche com água do mar, mais o gelo
que antes estava em contato com o leito mari-
nho derrete, criando um círculo vicioso.
Na atividade 2, entre as inúmeras conse-
quências do aumento do nível do mar, desta-
cam-se: inundações recorrentes da infraestru-
tura urbana; desaparecimento das pequenas
ilhas do Índico e do Pacífico e aumento do nú-
mero de refugiados climáticos; salinização dos
deltas dos rios; destruição de ecossistemas cos-
teiros, entre outras.
• Ao analisar o papel ambiental e
territorial da Antártica no con-
texto geopolítico, sua relevância
e seu valor como área destinada
à pesquisa e à compreensão do
ambiente global, atende-se à
habilidade EF08GE21.
Competências
• Gerais: 2, 4, 5, 7 e 10
• Ciências Humanas: 2, 3, 6 e 7
• Geografia: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7
Interdisciplinaridade com...
Ciências:
• EF08CI16 Discutir iniciativas
que contribuam para restabele-
cer o equilíbrio ambiental a par-
tir da identificação de alterações
climáticas regionais e globais
provocadas pela intervenção
humana.
BNCC
Preservar a Antártida
A Antártida é a principal reguladora do clima na Terra, pois contribui para a formação das
massas de ar e das correntes marítimas. O continente também concentra 90% das reservas de
água doce do planeta sob a forma de geleiras e icebergs. Portanto, as mudanças climáticas globais
podem ter consequências desastrosas para o continente e para o planeta.
Pesquisas demonstram que o derretimento do gelo das calotas polares pode elevar em
60 metros o nível das águas dos oceanos. Isso é o suficiente para cobrir muitas ilhas e cidades
litorâneas de vários países.
Leia um trecho do texto a seguir. Depois, analise o mapa e os infográficos da página 19.
E AGIR
PENSAR
NÃO ESCREVA
NO LIVRO. com
CONEXÃO
CIÊNCIAS
A geleira Thwaites já responde por 4% da elevação do nível do mar
no mundo a cada ano — um número enorme para uma única geleira —
e os dados de satélite mostram que ela está derretendo cada vez mais
rapidamente.
Essa imensa massa de gelo concentra água suficiente para elevar o
nível do mar em mais de meio metro.
A Thwaites se localiza no chamado Manto de Gelo da Antártica
Ocidental, uma vasta bacia de gelo que poderia aumentar o nível dos
oceanos em três metros.
[...]
Ao contrário do leste, [a Antártida Ocidental] não está em uma altitude
elevada. De fato, praticamente toda a sua superfície está muito abaixo
do nível do mar. Se não fosse pelo gelo, seria um oceano profundo com
algumas ilhas.
[...]
A razão pela qual os cientistas estão tão preocupados com a geleira
Thwaites se deve ao declínio de seu leito submarino.
[...]
A Thwaites não desaparecerá da noite para o dia. Os cientistas dizem
que isso levará décadas, possivelmente mais de um século.
Mas não devemos nos tranquilizar com isso.
ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim do mundo’,
ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 2 jun. 2022.
1. Espera-se que os estudantes expliquem que, com o aquecimento das
águas dos oceanos, a geleira está sendo derretida a partir de sua base, tornan-
do-a ainda mais instável. Quanto mais esse grande “vazio” criado sob a geleira
se enche com água do mar, mais o gelo que antes estava em contato com o leito
marinho derrete, criando um círculo vicioso.
18
18
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164
TEXTO COMPLEMENTAR
Poluição dos oceanos
Detritos nas águas marinhas fazem mais do
que poluir o Oceano Austral e sujar as praias.
Eles matam e ferem milhares de aves e mamífe-
ros marinhos todos os anos. [...]
Em resposta aos crescentes problemas de de-
tritos marinhos, leis internacionais têm sido
criadas para proibir a descarga de plásticos, óleo,
materiais nocivos, esgoto e lixo em geral nos oce-
anos. Entre esses estão incluídos:
cordas sintéticas, redes de pesca
sintética e linhas, sacos plásticos
de lixo e tiras plásticas, produtos
de papel, vidro, metal, garrafas,
cinza de incinerador e material
de empacotamento.
Ozônio e radiação UV
Gases de origem artificial, como
a maioria dos clorofluorcarbo-
netos (CFCs), introduzidos na at-
mosfera, contribuem para a des-
truição da camada de ozônio. O
ozônio tem a propriedade de ab-
sorver fortemente a radiação so-
lar na faixa do ultravioleta, a qual
tem efeito danoso sobre os seres
vivos. Em quantidade adequada,
a radiação ultravioleta que passa
pela atmosfera e atinge a superfí-
cie da Terra é benéfica aos seres
vivos. Acima de determinadas
doses, a radiação pode, contudo,
ser letal para organismos unice-
lulares, provocando a diminuição
do fitoplâncton, microalgas que
formam a base da cadeia ali-
mentar. Afetam também células
superficiais de plantas e animais,
acarretando o aparecimento de
queimaduras de pele, catarata e
até câncer de pele.
O aumento do “buraco” de ozô-
nio, durante a primavera austral,
permite maior penetração de ra-
diação ultravioleta nas camadas
superficiais do oceano, coincidin-
do com a fase de reprodução de
muitos peixes e outros animais
aquáticos produtores de ovos
flutuantes, sensíveis à ação des-
sa radiação. A destruição dessas
fases sensíveis do ciclo de vida
desses organismos pode causar
efeitos abrangentes em outros
animais maiores do ecossistema,
devido à redução de recursos na
cadeia alimentar. Mudanças na
concentração de ozônio podem
ainda ter consequências clima-
tológicas, pelas alterações que
provocam no perfil de tempera-
tura da atmosfera.
MACHADO, Maria Cordélia Soares.; BRITO,
Tânia. Antártica: ensino fundamental e
ensino médio. Brasília, DF: Ministério da
Educação: Secretaria de Educação Básica,
2006. p. 107-108. (Coleção explorando o
ensino, v. 9).
Organizem-se em grupos e façam as atividades no caderno.
1 Escrevam um pequeno texto explicando o processo de derretimento da geleira Thwaites.
2 Pesquisem na internet, nos livros, em revistas científicas e em bibliotecas físicas ou virtuais,
os principais estudos acerca dos impactos do derretimento das geleiras sobre o equilíbrio
climático mundial.
3 Criem um texto com informações sobre a importância de preservar a Antártida para ser
postado nas mídias digitais da escola. Caso não seja possível, produzam um cartaz. Para
a produção, pesquisem e busquem inspiração em cartazes de campanhas já realizadas
por organizações não governamentais que atuam na defesa do ambiente.
2. Entre as inúmeras consequências
do aumento do nível do mar, desta-
cam-se: inundações recorrentes da
infraestrutura urbana; desapareci-
mento das pequenas ilhas do Índico e
do Pacífico, e consequente aumento
do número de refugiados climáti-
cos; salinização dos deltas dos rios;
destruição de ecossistemas costeiros;
entre outras.
Como a geleira Thwaites está derretendo?
Fluxo de gelo
A geleira permanece estável
quando está em contato com
o leito marinho.
fluxo de gelo
Mudanças nos ventos e nas correntezas fazem com
que água mais quente passe por debaixo do gelo
Pedaços de gelo se
desprendem.
Nova linha de conexão
à superfície da Terra.
Fonte do mapa e do infográfico: ROWLATT, Justin. Derretimento da Antártida: uma viagem à ‘geleira do fim
do mundo’, ameaçada pelo aquecimento global. BBC News Brasil, São Paulo, 29 jan. 2020. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51269164. Acesso em: 25 mar. 2022.
19
A geleira Thwaites tem
uma área aproximada-
mente três vezes maior
que o estado do Rio de
Janeiro.
C í
rc
u lo
Po
lar A
ntár t ico
Mar de
Weddel l
Mar de Ross
Mar de
Amundsen
0 760
Polo Sul
A N TÁ R T I D A
Geleira
Thwaites
Manto de Gelo
da Antártida
Ocidental
Estação McMurdo
Manto de Gelo da
Antártida Oriental
0º
90º L90º O
180º
O
C
E AN O G L AC I A L A N TÁ
RT I
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