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Diagnóstico Oral
III
Apostila I
1
Sumário
Cirurgia de dentes Inclusos ou Impactados.........9
Conceito........................................................................................................9
Causas........................................................................................................10
Indicação de remoção.................................................................................10
Prevenção de doença periodontal.................................................................................................10
Prevenção de pericoronarite.........................................................................................................10
Prevenção de reabsorção radicular...............................................................................................11
Prevenção de cistos e tumores odontogênicos..............................................................................11
Dentes impactados sob próteses dentárias...................................................................................11
Facilitação do tratamento ortodôn?co..........................................................................................11
Contraindicação de remoção......................................................................11
Extremos de idade........................................................................................................................11
Condição médica comprome?da...................................................................................................11
Sistema de classificação de dentes impactados em mandíbula.............12
1. Angulação.................................................................................................................................12
2. Relação com a margem anterior do ramo..................................................................................12
3. Relação com o plano oclusal.....................................................................................................12
Classificação de dentes impactados em mandíbula pela angulação 
(Classificação de Winter).........................................................................12
Classificação de dentes impactados com relação a margem anterior do 
ramo (Classificação de Pell e Gregory)....................................................13
Classificação com relação ao plano oclusal (Pell e Gregory)..................14
2
Método de Clark para identificação de dentes inclusos..........................15
O que é a técnica de Clark.............................................................................................................15
Técnicas cirurgicas...................................................................................16
Farmacologia aplicada à cirurgia bucal............16
Controle de infecção..................................................................................16
O que é infecção?.........................................................................................................................16
Microbiota oral.............................................................................................................................17
Controle da infecção.....................................................................................................................17
An#ssép#cos........................................................................................................................................17
An#bió#cos..........................................................................................................................................17
Anti-inflamatórios esteróides e não-esteróides........................................22
Os 5 sinais da in>amação..............................................................................................................22
COX 1 x COX 2..........................................................................................22
AINE - Não-Esteróides..............................................................................23
AAS (Ácido AceEl Salicílico - aspirina)............................................................................................23
Nimesulida...................................................................................................................................23
Ibuprofeno...................................................................................................................................24
Cetoprofeno.................................................................................................................................24
Diclofenaco..................................................................................................................................24
Precauções e contraindicações.....................................................................................................24
AIE-Esteróides...........................................................................................24
Dexametasona..............................................................................................................................25
Betametasona..............................................................................................................................25
Prednisona...................................................................................................................................25
HidrocorEsona..............................................................................................................................25
Triancinolona (Omcilon-A orobase)...............................................................................................25
3
Critério de escolha........................................................................................................................25
Analgésicos...............................................................................................26
Conceito da dor............................................................................................................................26
Fisiologia da dor...........................................................................................................................26
Analgésicos...................................................................................................................................26
Dipirona (me,lmelubrina)....................................................................................................................27
Paracetamol (acetominofeno).............................................................................................................27
Analgésicos de Ação Central (Opióides)........................................................................................27
Efeitos colaterais..................................................................................................................................27
Acetaminofeno + codeína....................................................................................................................28
Cloridrato de tramadol........................................................................................................................28
Cloridrato de Oxicodona......................................................................................................................28
Sedação......................................................................................................28
Sedação consciente......................................................................................................................28
Quando indicar?...........................................................................................................................28
Quais métodos uElizar?................................................................................................................29
Inalatória - Óxido nitroso..............................................................................................................29Vantagens............................................................................................................................................29
Limitações............................................................................................................................................29
Benzodiazepínicos........................................................................................................................29
Vantagens (efeitos secundários)..........................................................................................................29
Efeitos adversos...................................................................................................................................29
Precaução de uso em caso de..............................................................................................................30
Contraindicações.................................................................................................................................30
Posologia e método de escolha............................................................................................................30
Anticoagulantes orais..............................................................................30
Mecanismo de ação......................................................................................................................30
Manejo odontológico...................................................................................................................31
4
Bisfosfonatos............................................................................................32
Medicamentos..............................................................................................................................32
Manejo dos pacientes em uso.......................................................................................................32
Protocolo de prescrição do curso................................................................33
Infecções Odontogênicas....................................33
O que são infecções odontogênicas?.........................................................33
Sinais da infecção.........................................................................................................................33
Microbiologia das infecções..........................................................................................................34
E>ologia.......................................................................................................................................34
Fatores determinantes para localização das infecções..................................................................34
Espessura óssea...................................................................................................................................34
Inserção muscular................................................................................................................................34
Raíz dentária........................................................................................................................................35
Localização inicial de infecções em maxila....................................................................................35
Localização inicial de infecções em mandíbula..............................................................................35
Patogênese da infecção................................................................................................................35
Vias de propagação das infecções odontogênicas....................................36
Espaços fasciais........................................................................................36
Espaços primários.........................................................................................................................36
Espaços secundários.....................................................................................................................37
Espaços profundos........................................................................................................................37
Espaços fasciais primários – Bucal.........................................................37
Limites..........................................................................................................................................37
Causa............................................................................................................................................37
Sinais............................................................................................................................................37
Espaços fasciais primários – Canino.......................................................37
5
Limites..........................................................................................................................................37
Causa............................................................................................................................................38
Sinais............................................................................................................................................38
Espaços fasciais primários infratemporal...............................................38
Limites..........................................................................................................................................38
Causa............................................................................................................................................38
Sinais............................................................................................................................................38
Espaços fasciais primários - Submentual...............................................38
Limites..........................................................................................................................................38
Causa............................................................................................................................................39
Sinais............................................................................................................................................39
Espaços fasciais primários – sublingual.................................................39
Limites..........................................................................................................................................39
Causa............................................................................................................................................39
Sinais............................................................................................................................................39
Espaços fasciais primários – Submandibular........................................39
Limites..........................................................................................................................................39
Causa............................................................................................................................................39
Sinais............................................................................................................................................39
Angina de Ludwing.................................................................................40
Outras localizações das infecções............................................................40
Órbita...........................................................................................................................................40
Seio maxilar..................................................................................................................................40
Cavidade nasal..............................................................................................................................40Seio cavernoso.............................................................................................................................40
Trombose de seio cavernoso.......................................................................40
6
Espaços fasciais secundários – massetérico............................................41
Limites..........................................................................................................................................41
Causa............................................................................................................................................41
Sinais............................................................................................................................................41
Espaços fasciais secundários – Temporal superficial e profundo...........41
Limites..........................................................................................................................................41
Causa............................................................................................................................................41
Sinais............................................................................................................................................42
Espaços fasciais secundários – Mastigador............................................42
Espaços fasciais profundos (cervicais) – faríngeo lateral......................42
Limites..........................................................................................................................................42
Divisão.........................................................................................................................................42
Causa............................................................................................................................................42
Sinais............................................................................................................................................42
Espaços fasciais profundos (cervicais) – retrofaríngeo..........................42
Limites..........................................................................................................................................42
Causa............................................................................................................................................43
Complicações................................................................................................................................43
Espaços fasciais secundários pré-vertebral..............................................43
Limites..........................................................................................................................................43
Causa............................................................................................................................................43
Complicações................................................................................................................................43
Manejo das infecções................................................................................43
Tratamento..................................................................................................................................43
Cirurgia pré-protética básica e para auxílio
ortodôntico..........................................................46
7
Requisitos para uma prótese ideal...........................................................46
Avaliação dos tecidos................................................................................46
Características do tecido para receber uma prótese..................................46
Cirurgia pré-protética...............................................................................46
Regularização de rebordo alveolar................................................................................................46
Remoção de hiperplasia................................................................................................................47
Remoção de exostose...................................................................................................................47
Enxerto ósseo...............................................................................................................................47
Áreas doadoras....................................................................................................................................47
Enxerto ósseo-preservação alveolar....................................................................................................47
Cirurgia para auxílio ao tratamento ortodônAco...........................................................................47
Exodon7a dos primeiros pré-molares..................................................................................................48
Tracionamento de dentes inclusos.......................................................................................................48
Exoton7a de dentes inclusos................................................................................................................48
Frenectomias.......................................................................................................................................48
Mini-implantes.....................................................................................................................................48
Exodontia múltipla.............................................49
Permanência de fragmento radicular no alvéolo
.............................................................................49
Referências..........................................................51
8
Cirurgia de dentes Inclusos ou Impactados
Conceito
Dente incluso ou impactado é todo aquele que não conseguiu erupcionar na arcada dentária no 
tempo esperado.
Os dentes impactados mais frequentemente são por ordem:
 Terceiros molares maxilares
 Terceiros molares mandibulares
 Caninos maxilares
 Pré-molares mandibulares
9
Causas
 Dentes adjacentes
 Recobrimento por osso denso
 Excesso de tecido mole
 Anormalidade gené8ca que evita a erupção
Todo dente impactado deve ser removido?
Há algumas situações que pode-se realizar o tracionamento, sem a necessidade de remoção.
Indicação de remoção
 Prevenção de doença periodontal
 Prevenção de cárie
 Prevenção de pericoronarite
 Prevenção de reabsorção radicular
 Prevenção de cistos e tumores odontogênicos
 Dentes impactados sob próteses dentárias
 Tratamento de dores sem origem aparente
 Prevenção de fraturas mandibulares
 Facilitação do tratamento ortodôn8co
Prevenção de doença periodontal
O dente incluso ou impactado pode representar diNculdade de higienização na região mais distal, 
podendo causar inPamação com migração apical da junção gengival, ocasionando bolsas 
periodontais profundas.
Prevenção de cárie
Quando um terceiro molar está impactado ou parcialmente impactado, a região distal do segundo 
molar pode ser exposta a bactérias que causam a cárie dentária.
Prevenção de pericoronarite
Infecção do tecido mole que circunda a coroa de um dente parcialmente impactado e é quase 
sempre causada pela Pora oral normal.
Como tratar uma pericoronarite?
 Quando leve, causa discreta dor, edema e eritema local. Para tratar deve-se realizar uma 
limpeza mecânica e irrigar com solução an8ssép8ca
 Quando moderada, causa moderado edema tecidual localizado e doloroso. Para tratar deve-
se realizar irrigação e curetagem pelo den8sta e irrigação caseira
 Quando severa, causa edema facial e local, dor, trismo, secreção purulenta e febre. Para 
tratar deve-se realizar irrigação e curetagem pelo den8sta, exodon8a e an8bio8coterapia 
10
A depender da severidade do quadro, dor, trismo severo < 20mm, edema facial e cervical, febre >38 
graus o mesmo deveser conduzido ao hospital, para administração de medicação.
Prevenção de reabsorção radicular
A pressão do dente incluso sobre a raiz do dente erupcionado pode reabsorver a raiz do dente 
adjacente
Prevenção de cistos e tumores odontogênicos
Existe uma alta incidência de cistos e tumores odontogênicos ao redor de coroas de dentes 
impactados. O folículo dental pode sofrer degeneração císHca e causar cisto denIgero ou ceratocisto
e o epitélio conHdo no folículo dental pode originar tumores odonotgênicos- ameloblastoma.
Dentes impactados sob próteses dentárias
A compressão da prótese induz uma remodelação do processo alveolar, gerando o risco de causar 
uma ulceração ou infecção odontogênica na região.
Prevenção de fraturas mandibulares
Um terceiro molar impactado na mandíbula ocupa o espaço que seria ocupado por osso, conferindo 
maior suscepHbilidade à fratura mandibular nesse local.
Facilitação do tratamento ortodôn<co
Quando o dente impactado encontra-se em uma posição a interferir o movimento ortodônHco, deve
ser removido antes do tratamento.
Contraindicação de remoção
Extremos de idade
Avaliação do risco beneRcio em idosos e em crianças, avaliar se é possível aguardar o crescimento 
dos ossos e a colaboração da criança.
Condição médica comprome<da
Doença sistêmica descompensada, doença auto-imune, anemia, hemoTlia
 Relação risco x beneRcio
 Dano excessivo a estruturas adjacentes 
Única contraindicação absoluta é quando o dente está inHmamente relacionado com células 
cancerígenas.
11
Sistema de classificação de dentes impactados em mandíbula
1. Angulação
2. Relação com a margem anterior do ramo
3. Relação com o plano oclusal
Radiogra9a panorâmica em topo x Radiogra9a panorâmica em oclusal
 Em topo: Protrusão da mandíbula, espaço ar6cular, dentes desocluídos 
 Em oclusão: Mandíbula em máxima intercuspidação, côndilo ar6cular na fossa e dentes 
ocluídos
É possível fazer cirurgia de terceiro molar com radiogra9a periapical?
Sim. Desde que seja possível visualizar a linha oblíqua, a fóvea submandibular, o canal mandibular e 
a base da mandíbula.
Já para superiores, é necessário visualizar o seio maxilar, processo zigomá6co da maxila, processo 
coronoide da mandíbula, cor6cal assoalho do seio maxilar, processo pterigoide do osso esfenoide, 
sombra do osso zigomá6co, túber.
Quando pedir tomogra9a computadorizada de feixe cônico?
 Inves6gação de patologias
 Inves6gação de in6midade com estrutura nobre
 Inves6gação de localização
Classificação de dentes impactados em mandíbula pela angulação 
(Classificação de Winter)
12
Classificação de dentes impactados com relação a margem anterior do 
ramo (Classificação de Pell e Gregory)
(Quan&dade de dente impactado que está coberto com o osso do ramo mandibular)
13
Classificação com relação ao plano oclusal (Pell e Gregory)
(O grau de di+culdade é medido pela quan4dade de osso de recobrimento. A di+culdade na cirurgia 
aumenta a medida de que a profundidade também aumenta).
14
Método de Clark para identificação de dentes inclusos
O que é a técnica de Clark
• Método de localização radiológica que u4liza conceitos da astronomia, como a paralaxe
• O paciente realiza 3 tomadas radiográ>cas
◦ Uma na posição central
◦ Outras duas com variação de ângulo para esquerda e para a direita
• Visa evitar sobreposições, tendo uma visão mais do local, conseguindo localizar dentes 
inclusos, objetos estranhos, dissociar raízes
•
Como interpretar a técnica de Clark
• Se es4vermos olhando para dois objetos, “A” e “B”, que estão alinhados na nossa frente, 
certamente o objeto mais próximo de nós irá encobrir o mais distante.
• Se nos deslocarmos para qualquer um dos lados:
◦ O objeto mais próximo de nós irá se deslocar para o lado contrário ao lado que estamos
◦ O objeto mais distante de nós se deslocará para o mesmo lado que estamos
Acompanhe a imagem:
Agora testa em casa!
 Alinha dois objetos na sua frente e se desloca para um lado e para o outro! Conseguiu entender? 
Fácil né?!
15
Então, se pela técnica de Clark um dente incluso está deslocado para o lado oposto do lado da 
incidência do Raio-x, ele está localizado na ves=bular, correto?!
Técnicas cirurgicas
Relaxante inferior é feita para a distal
Relaxante superior é feita para mesial
Farmacologia aplicada à cirurgia bucal
Controle de infecção
O que é infecção?
Infecção é causada por agentes externos. Quando o organismo reage a entrada de microrganismos 
como vírus e bactérias, parasitas ou fungos. Nesse processo as células de defesa tentam combater os
microrganismos, normalmente dando origem ao aparecimento de pus.
16
Microbiota oral
• Microbiota mista (60%)
• Aeróbio (5%)
◦ Streptococcus (mais comuns)
◦ Staphylococcus
• Anaeróbio (35%)
◦ Streptococcus (cocos gram +)
◦ Eubacterium (bastonetes gram +)
◦ Lactobacillus (gram +)
◦ Prevotella (bastonetes gram -)
◦ Porphyromonas (gram -)
Controle da infecção
An8ssép8cos
An;ssepsia é procedimento simples e rápido que pode reduzir a quan;dade de microrganismos 
presentes na cavidade bucal entre 75 e 99%, além de diminuir a contaminação pelo aerossol das 
turbinas de alta rotação.
Exemplos:
 Iodopovidona % - PVPI tópico - Uso extraoral
Liberação gradual de iodo, causando oxidação de fosfolipídeos da parede celular e as organelas dos 
microrganismos. É eUcaz contra bactérias gram+ e gram-, fungos, vírus, protozoários e 
microbactérias.
 Clorexidina – Uso extraoral/intraoral
Promove a degradação da membrana plasmá;ca da bactéria, provocando a perda do conteúdo 
celular. É eUcaz contra bactérias aeróbias faculta;vas e anaeróbias, gram+ e gram-, além de fungos 
e leveduras.
An8bió8cos
Substâncias químicas que tem a propriedade de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos
ou destruí-los.
Quando fazer an;bio;coterapia?
 Quando ocorre aumento de volume e evolução rápida do quadro
 Quando há comprome;mento das defesas do hospedeiro
 Quando ocorre envolvimento de espaços faciais profundos
 Tumefação difusa, mal localizada e extensa
 Lacerações orofaciais extensas e profundas
17
Sele$vidade:
O an$bió$co ideal de escolha seria aquele com máxima toxicidade sele$va, isto é, que realizaria sua 
ação a$ngindo apenas o microrganismo invasor, sem causar dano ao hospedeiro.
Estrutura bacteriana
 Nucelóide
 Ribossomos, -30s e 50s x 60s e 40s
 Membrana plasmá$ca
 Parede ceular
 Cápsula
ClassiNcação dos an$bió$cos
 Bacteriostá$cos:
Capazes de inibir o crescimento e a mul$plicação
 Bactericidas:
Capazes de determinar a morte do microrganismo
Mecanismo de ação
Parede celular
Função:
 Proteger, sustentar e dar forma à célula
 Reprodução bacteriana
Reprodução bacteriana:
 Parede celular constantemente em destruição e síntese para criação de células Nlhas - 
equilíbrio
Ação do an$bió$co:
 Bloqueio de síntese da parede celular (pepVdeoglicano) - desequilíbrio
18
An#bió#cos que agem na parede celular
 Penicilinas
Primeira escolha. Espectro de ação:
◦ Cocos gram+ (streptococcus e staphylococcus), anaeróbios gram+ e gram-. (A 
maioria das bactérias orais)
◦ Amoxicilina 500mg VO a cada 08h
◦ *Ácido clavulânico 125mg – batalactamase.
 Cefalosporinas
o Possui espectro de ação um pouco maior que as penicilinas
o U#lizadas para infecções mais graves
o Gerações (primeira, segunda, terceira e quarta)
o Cefalexina 500mg VO a cada 06h/Cefalo#na 01g EV a cada 06h.
Proteínas
Ação do an#bió#co:
 Interferência de tradução da informação gené#ca
o Tetraciclina – 30s ou 40s
o Lincosamidas – Clindamicina
Possui espectro semelhante ao das penicilinas. Gram-. Indicado para pacientes alérgicos a 
penicilinas.
Clindamicina 300mg VO a cada 08h/300mg ou 600mg EV.
◦ Macrolídeos - Eritromicina
◦ Azalídeos - Azitromicina
Possui espectro semelhante ao das penicilinas. Indicado para pacientes alérgicos a penicilinas.
Azitromicina 500mg VO a cada 24h/500mg EV.
• Formação de proteínas
◦ Aminoglicosídeos - gentamicinaÁcido nucleico
Metronidazol
Ação do an#bió#co:
• Formação de radicais tóxicos que interrompem a síntese de DNA bacteriano.
• Espectro:
◦ Anaeróbios
◦ Gram-
19
◦ Metronidazol 250mg/400mg VO a cada 12h ou 05h. Associado às penicilinas.
 
20
Pro$laxia an+bió+ca
O principal obje.vo é prevenir a infecção durante o período de cicatrização inicial da ferida cirúrgica.
 Instalação de implantes
 Enxertos
 Sí.os previamente infeccionados
 Exodon.as por via não alveolar
 Cirurgias pré-proté.cas
 Descolamento tecidual extenso
 Envolvimento ósseo
 Remoção de dentes inclusos ou impactados
 Risco de endocardite (protocolo diferenciado)
Protocolo para an+bio+copro$laxia
 Amoxicilina 1g Vo. 1h antes do procedimento
 Clindamicina 300mg VO. 1h antes do procedimento
 Azitromicina 500mg VO. 4h antes do procedimento.
Pacientes com indicação de pro$laxia para Endocardite Bacteriana
 Pacientes com prótese cardíaca valvar
 Valvoterapia corrigida com materiais proté.cos
 Antecedentes de endocardite infecciosa prévia
 Valvoterapia adquirida em pacientes transplantados cardíacos
 Cardiopa.a congênita cianogênica não corrigida
 Cardiopa.a congênita cianogênica corrigida que evolui com lesão residual
 Cardiopa.a congênita corrigida com material proté.co.
Protocolo para an+bio+copro$laxia para Endocardite Bacteriana
 Amoxicilina 2g VO. 1h antes do procedimento
 Cefalexina 2g VO. 1h antes do procedimento
21
 Azitromicina 500 mg VO. 1 h antes do procedimento
 Não se u;liza mais Clindamicina nesses casos
Resistência bacteriana:
A maioria absoluta dos estreptococcus orais é sensível às penicilinas, porém, atualmente, tem sido 
comuns cepas resistentes.
A pressão sele;va é um dos princípios da resistência bacteriana, onde as mudanças do meio forçam 
as bactérias a se modiIcarem.
As mais adaptadas sobrevivem, gerando descendentes mais adaptados
O uso indiscriminado de an;bió;cos é um dos maiores agentes de pressão sele;va.
Anti-inflamatórios esteróides e não-esteróides
Os 5 sinais da in)amação
Calor, Rubor, inchaço, dor e perda da função
COX 1 x COX 2
 Cox-1 - Fisiológica
Envolvida em processos Isiológicos normais:
o Responsável pela proteção da mucosa gástrica
o Reguladora da função renal
o Agregação plaquetária
o Inibição dos efeitos adversos das drogas
22
 Cox-2 - Patológica
Indução de mediadores in9amatórios.
Quanto maior a inibição da cox-1 em relação à cox-2, maior será a toxicidade do medicamento
AINE - Não-Esteróides
 Ação analgésica, anCtérmica, anC-in9amatória e anCtrombóCca
 Indicados para respostas in9amatórias intensas
 Inibidores das cicloxigenases
 Efeitos adversos:
o Distúrbios gastrointesCnais
o Problemas renais
 Interações medicamentosas com glicocorCcoides pode gerar úlceras gástricas e com 
anCcoagulantes pode gerar hemorragia
Exemplos
AAS (Ácido Ace1l Salicílico - aspirina)
• Inibidor irreversível de ambas as cox (principalmente cox – 1)
• AnC-agregante plaquetário
• Pouca ação anC-in9amatória
Nimesulida
 Comprimido 100 mg, VO a cada 12 h.
 Cápsula 200mg, VO a cada 24h
 Solução suspensão oral 10mg/ml e 50mg/ml (apenas maiores de 12 anos, 50 a 100mg VO a 
cada 12h)
 Mais seleCvo para COX II
23
Ibuprofeno
 Comprimido 600mg, VO a cada 08h
 Solução oral 50mg/ml, 01 gota por kg a cada 08h
 Menor risco de úlcera pépCca
Cetoprofeno
 Comprimido 100mg, 150mg e 250mg
 Ampola de 2ml (100mg)
 Dose: 150-300mg/dia em 02 ou 03 doses
 Não seleCvo para COX II
Diclofenaco
 Comprimido 50mg
 Solução oral 15mg/ml
 Suspensão oral 2mg/ml
 Ampola de 3ml (75mg)
 Dose: VO-100-150mg/dia em 2 ou 3 doses; IM 75mg/dia
 Age na COX I e na COX II
Precauções e contraindicações
 Todo AINE pode causar retenção de sódio e água, diminuição da taxa de Wltração glomerular 
e aumento da pressão arterial.
 É contraindicado o uso de AINE seleCvo em pacientes em uso conZnuo de anCagregante 
plaquetário.
AIE-Esteróides
• Mais eWcazes que os AINE
• Inibidores das fosfolipases A2
• Indicações
◦ Falha terapêuCca com AINE
◦ Processo incamatório agudo
◦ Manifestações alérgicas graves
◦ Afecções da mucosa oral, endodônCcas e arCculares
Menor dose eWcaz, no menor tempo possível. Suspensão lenta e gradual em tratamentos longos 
(desmame).
• Efeitos adversos – Uso prolongado
◦ Hiperglicemia
◦ Hipertensão arterial
◦ Distribuição anormal de gordura
◦ AWnamento da pele
◦ Euforia
24
◦ Alterações hormonais
Exemplos de AIEs
Dexametasona
• Longa duração (36-72h)
• Dose:
◦ Comprimido 04mg VO a cada 08h ou 12h (máximo 12mg/dia)
◦ Ampola 10mg EV a cada 12h.
08mg (02 comprimidos de 04mg) VO 1h antes da cirurgia.
Betametasona
 Longa duração (>meia vida)
 Dose – Comprimido 02mg VO a cada 12h (máximo 08mg/dia)
Prednisona
 Mais fraca que a dexametasona
 Dose – Comprimido 20mg VO a cada 08h
Hidrocor1sona 
 Curta duração (08-12h)
 Indicada em tratamento emergencial
 Dose- EV/IM 100mg ou 500mg em dose única
Triancinolona (Omcilon-A orobase)
 Duração intermediária (12-36h)
 Dose - Tópica 01mg/g 3x/dia sobre a área afetada.
Critério de escolha
 Em dose única ou a curto prazo?
25
Analgésicos
Conceito da dor
“Experiencia mul/dimensional desagradável, envolvendo não só um componente sensorial, mas 
também um componente emocional; e que se associa a uma lesão tecidual concreta ou potencial, ou
é descrita em função dessa lesão” (Interna/onal Associa/on for the Study of Pain)
Fisiologia da dor
Analgésicos
 São medicamentos que diminuem ou interrompem as vias de transmissão nervosa, 
suprimindo a dor
 Podem ser analgésicos de ação periférica
 Ou analgésicos de ação central (opioides)
Analgesia preemp/va - Início antes do esLmulo nocivo
Analgesia preven/va - início imediato após esLmulo, porém antes da sensação dolorosa
Analgesia perioperatória - Início antes da lesão tecidual e man/do no pós-operatório por maior 
duração:
 Sensibilização central pode não ser prevenida se o tratamento for interrompido na fase 
aguda da inOamação
Analgésicos de ação periférica
 Deprimem diretamente o nociceptor sensibilizado através do bloqueio da entrada de Ca nas 
terminações nervosas
26
 São indicados no tratamento de dores leves e moderadas
Exemplos
Dipirona (me,lmelubrina)
 Analgésico e7caz e seguro para uso odontológico
 Efeito analgésico e an<piré<co
 Contraindicada: Idosos, gestantes, casos de anemia ou leucopenia
 Apresentação no mercado:
o Comprimido 500mg e 1g
o Solução oral 250mg/ml e 500mg/ml
 Pico de concentração plasmá<ca: 30-60min
 Meia vida via oral de 02 a 03h
 01g VO minutos antes da cirurgia
Paracetamol (acetominofeno)
 Derivado do para-aminofenol
 Efeito analgésico e an<piré<co
 Seguro para gestantes e lactantes
 Hepatotóxico
 Contraindicação: Paciente em uso de varfarina
 Apresentação no mercado
o Comprimido 500mg e 750mg
o Solução oral 200mg/mL
 Pico de concentração plasmá<ca: 30-60min
 Meia vida oral de 01 a 04 horas
 750mg VO minutos antes da cirurgia
Analgésicos de Ação Central (Opióides)
 O princípio de ação do opióide está relacionado aos receptores u no SNC, com inibição da 
recaptura de norepinefrina e serotona
 Afetam a percepção e a reação dos impulsos que a<ngem o SNC
 São indicadas para o controle da dor de intensidade moderada a severa
Efeitos colaterais
 Depressão respiratória
 Cons<pação
 Náuseas e vômitos
 Boca seca
 Hipertensão arterial
 Retenção urinária
27
Exemplos
Acetaminofeno + codeína
 Tylex
 Comprimido VO 15 e 30mg
 Pico plasmá:co 2h
 Efeito de 04 a 06h
Cloridrato de tramadol
 Tramal
 Comprimido VO 50 e 100mg
 Associar com a:emé:co 
 Pico plasmá:co 2h
 Efeito de 06 a 08h
Cloridrato de Oxicodona
 Oxycon:n
 2x mais potente que morHna
 Comprimido VO 10mg
 Pico plasmá:co: 3 – 5h
 Efeito de 12h
Sedação
Sedação consciente
“Método efe:vo de controle de ansiedade que consiste em mínima depressão do nível de 
consciência do paciente,que não afeta sua habilidade de respirar de forma automá:ca e 
independente e responder de maneira apropriada à es:mulação Usica ou a comando verbal” 
American Dental Assoscia:on (ADA)
Quando indicar?
 Ansiedade aguda2
 547uy
 7z
 O que gera ansiedade?
 Experiências prévias nega:vas
 Fobia de EPI...
 Movimentos bruscos do operador
 Sensação dolorosa inesperada
28
Quais métodos u,lizar?
 Métodos não farmacológicos: Verbalização, con:ança, condicionamento, preparo do 
ambiente
 Métodos farmacológicos: Inalatória- Óxido nitroso, benzodiazepínicos
Inalatória - Óxido nitroso
 Segundo a regulamentação 51/04 CFO necessário um curso de mais de 96h para fazer a 
uOlização.
Vantagens
 Início rápido - 05min
 Fim da sedação após interromper o Quxo de gás
 Administração constante de oxigênio
 Individualização da dose de óxido nitroso
Limitações
 Cirurgia em região anterior da maxila
 Paciente respirador bucal
 Obstrução nasal
 Portador de doença pulmonar obstruOva crônica
Benzodiazepínicos
 Ação no Sistema Nervoso Central
 Facilita a ação do GABA nos receptores GABAa
 Fármacos de primeira escolha para sedação em consultório
 Boa e:cácia e segurança
 Antagonista: Flumazenil
 Midazolam é o mais uOlizado com início de ação em 30 min, meia vida de 01-03h e duração 
de efeito de 01-02h
Vantagens (efeitos secundários)
 Redução do Quxo salivar e do reQexo de vômito
 Controle da PA e glicemia
 Amnésia anterógrada
Efeitos adversos
 Sonolência
 Ação hipnóOca
 Efeitos paradoxais principalmente em crianças e idosos
29
Precaução de uso em caso de
 Uso de outros depressores do SNC
 Insu0ciência respiratória grau leve
 Doença hepá=ca ou renal
 Insu0ciência cardíaca conges=va
 Gestação 2° trimestre
 Lactação
Contraindicações
 Insu0ciência respiratória grave
 Glaucoma - pressão ocular
 Comprome=mento Fsico e mental
 Gestação 1° e 3° semestre
 Miastenia grave
 Hipersensibilidade 
 Apneia do sono
 E=listas
Posologia e método de escolha
Anticoagulantes orais
 Medicamentos que tem como função prevenir a coagulação sanguínea
Mecanismo de ação
 Inibição da vit. K
 Inibição do fator Xa
 Inibição da trombina IIa
30
An#coagulantes orais mais comuns
 Heparina
 Varfarina
 Bivalirudina
 Argatrobana
 Apixabana
 Dagigatrana
 Rivaroxabana
 Fondaparinux
 Desirudina
Manejo odontológico
 Coagulograma
o Plaquetas
o Tempo de Protrombina (TP)
o Tempo de Tromboplas#na parcial a#vada (TTPA)
o Tempo de Sangramento
o Tempo de coagulação
o RNI 
 Avaliar a relação custo-beneIcio da suspensão, decisão que deve ser tomada em conjunto 
com a equipe médica - risco hemorrágico > risco tromboembolí#co
31
Bisfosfonatos
São medicamentos com grande a0nidade óssea, u4lizados para retardar a perda de massa óssea.
O mecanismo de ação é a inibição dos osteoclastos e diminuição da reabsorção óssea.
Medicamentos
 Alendronato
 Ibandronato
 Risedronato
 Pamidronato
 Clodronato
 Ácido zoledrônico
Osteonecrose induzida por Bisfosfonatos 
Incidência baixa
Manejo dos pacientes em uso
 Menos de quatro anos de uso: não é necessário descon4nuar a medicação
 Mais de quatro anos de uso: Suspensão da medicação 3 meses antes do procedimento 
cirúrgico e 3 meses após.
 TRX: Marcador biológico da remodelação óssea
32
Protocolo de prescrição do curso
 
Infecções Odontogênicas
O que são infecções odontogênicas?
Problemas graves, di0ceis de tratar, podem variar de infecções bem localizadas, de baixa 
intensidade, que exigem tratamento mínimo, a infecções graves que causam risco de vida.
Sinais da infecção
 Rubor ou vermelhidão
 Edema
 Calor
 Dor
33
 Perda de função
Microbiologia das infecções
Bactérias fazem parte da 6ora oral normal
Microbiota mista (50%): Aeróbio e anaeróbio
 Anaeróbio (44%):
Streptococcus (cocos gram +)
Eubacterium (bastonetes gram +)
Prevotella (bastonetes gram -)
Lactobacillus (gram +)
Porphyromonas (gram -)
 Aeróbio (6%)
Streptococcus (mais comuns)
Staphylococcus
E3ologia
 Periapical
Cárie: Necrose pulpar, infecção periapical
 Periodontal
Gengivite: Bolsa periodontal, periodonRte
Fatores determinantes para localização das infecções
 Espessura óssea
Maxila
Mandíbula
 Inserção muscular
Relação do ápice dentário e localização da inserção muscular
34
 Raíz dentária
Localização ves.bulo-lingual das raízes
Localização inicial de infecções em maxila
 Tentam a romper a cor;cal ves;bular
 Mais comum - ápice abaixo da inserção muscular
 Pala;na
Incisivo lateral > 1° pré-molar (raiz lingual)> 1° molar (raíz lingual)
 Canino
Espaço canino - músculo levantador do ângulo da boca
 Bucal (envolvido por infecções causadas por raízes longas dos molares)
Localização inicial de infecções em mandíbula
 Maioria – cor;cal ves;bular
 Canino
 Molares
Raíz distal 2° molar e 3° molar – lingual, bucal
 Músculo milo-hioideo
DeUne localização da infecção, sublingual (por cima), submandibular (por baixo)
Patogênese da infecção
 Necrose pulpar
 Invasão bacteriana
 Disseminação pelo osso esponjoso
 Perfuração da cor;cal (pelo local de menor resistência)
 Celulite, abscesso 
35
Vias de propagação das infecções odontogênicas
• Con$nuidade
◦ Tecidos vizinhos
• Via linfá$ca
◦ Vasos linfá$cos
• Via sanguínea
◦ Vasos sanguíneos
• Bainhas nervosas
◦ Pouco frequente
Espaços fasciais
São espaços virtuais preenchidos por gordura e tecido conjun$vo frouxo, envolvem músculos, 
glândulas, vasos e nervos, são pouco vascularizados, fácil distensão e perfuração.
• Espaços primários
◦ Espaço bucal
36
◦ Espaço canino
◦ Espaço infratemporal
◦ Espaço submentual
◦ Espaço sublingual
◦ Espaço submandibular
• Espaços secundários
◦ Espaço massetérico
◦ Espaço Pterigomandibular
◦ Espaço temporal super7cial e profundo
• Espaços profundos
◦ Espaço faríngeo lateral
◦ Espaço Retrofaríngeo
◦ Espaço pré-traqueal
Espaços fasciais primários – Bucal
• Espaço comum a maxila e mandíbula
• Limites
◦ Lateral: Pele e músculo masseter
◦ Medial: Músculo bucinador
• Contém em seu interior o corpo adiposo da bochecha
• Causa
◦ Molares superiores > molares inferiores > pré-molares superiores > pré-molares 
inferiores
• Sinais
◦ Edema abaixo do arco zigomáFco e acima da borda inferior da mandíbula
Espaços fasciais primários – Canino
• Limites
◦ Anterior: Pele
37
◦ Posterior: Parede anterior da maxila
◦ Superior: Músculo levantador do lábio superior
◦ Inferior: Músculo levantador do ângulo da boca
• Nesse espaço encontra-se o feixe vasculo-nervoso infraorbitário
• Causa
◦ Canino superior
• Sinais
◦ Edema e obliteração do suco nasolabial
Espaços fasciais primários infratemporal
• Limites
◦ Anterior: Maxila
◦ Superior: Base do crânio e asa maior do esfenóide
◦ Medial: Lâmina lateral do processo pterigóide
◦ Lateral: Se comunica com espaços temporais
• Nesse espaço encontram-se os músculos pterigóides 
• Causa
◦ 3º molar superior
• Sinais
◦ Quase impercepJvel
◦ Trismo/espasmo muscular
Em caso de terceiros molares superiores reMdos serem deslocados para o interior do seio maxilar, 
posteriormente podem ser deslocados para o espaço infratemporal
Espaços fasciais primários - Submentual
• Limites
◦ Anterior e lateral: Ventres anteriores do músculo digástrico
◦ Superior: Músculo Milo-Hioideo
38
◦ Inferior: Músculo pla2sma
◦ Posterior: Osso hioide
• Causa
◦ Incisivos e caninos inferiores
• Sinais
◦ Inchaço da pele
Espaços fasciais primários – sublingual
• Limites
◦ Superior: Mucosa do assoalho da boca
◦ Inferior: Músculo Milo-hioideo
◦ Lateral: Corpo da mandíbula
◦ Posterior: Se comunica com espaço submandibular e espaços secundários
• Causa
◦ Molares e pré-molares
• Sinais
◦ Edema intrabucal, elevação do assoalho e da língua 
Espaços fasciais primários – Submandibular
• Limites
◦ Superior: Músculo milo-hioideo
◦ Inferior: Pele, músculo pla2sma e lâmina de reves2mento da fasciacervical
◦ Lateral: Corpo da mandíbula
◦ Posterior: Comunicação com espaços secundários
• Causa
◦ 2º e 3º molar (perfuração lingual)
• Sinais
◦ Edema abaixo da borda inferior da mandíbula
39
Angina de Ludwing
Celulite de progressão rápida (24h) envolvendo o soalho da boca e pescoço; envolvimento bilateral 
dos espaços submandibular, sublingual e submentual; evolução rápida que pode a?ngir os espaços 
cervicais secundários.
Outras localizações das infecções
• Órbita
◦ Raro
◦ Infecções do espaço canino ou do seio maxilar
◦ Inchaço e vermelhidão das pálpebras
• Seio maxilar
◦ Epiemas
◦ Causa: 2º molar > 1º molar > 2º pré-molar > 1º pré-molar
◦ Sintomas parecidos com os sintomas da sinusite
• Cavidade nasal
◦ Raro
◦ Raízes de incisivos longas
• Seio cavernoso
◦ Grave e raro
◦ Propagação por via sanguínea
◦ Anterior
◦ Contém no seu interior artéria caró?da interna, nervo oTálmico, oculomotor e troclear
◦ Relaçao importante com as estruturas encefálicas da fossa média do crânio
Trombose de seio cavernoso
• Uma das mais importantes complicações de infecção ascendente
• Infecção estaWlocócica (staphylococcus aureus)
• Via anterior
◦ Veia oTálmica inferor – veia oTálmica comum – Wssura orbital superior – seio cavernoso
40
• Via posterior
◦ Plexo pterigóide – veias emissárias esfenoidais – seio cavernoso
• Sinais clínicos
◦ Dor nos olhos, febre alta, calafrios, pulso rápido e sudorese intensa
◦ Pode-se observar edema ou equimose peripalpebral bilateral, hemorragia 
subconjunBval, lacrimejamento.
Espaços fasciais secundários – massetérico
• Limites
◦ Medial: Ramo da mandíbula
◦ Lateral: Músculo masseter
• Causa 
◦ Infecções dos espaços bucal ou tecidos moles ao redor do 3º molar inferior
• Sinais
◦ Trismo muscular e edema ao redor do ângulo da mandíbula
Espaços fasciais secundários – pterigomandibular
• Sinais clínicos
◦ Pouco inchaço na regiao
◦ Trismo
Espaços fasciais secundários – Temporal superficial e profundo
• Limites
◦ Medial: Assoalho da fossa temporal e espaço infratemporal
◦ Lateral: Fáscia temporal e espaço massetérico
◦ Músculo temporal divide os dois espaços
• Raro de ser acomeBdo
• Causa
41
◦ Infeções dos espaços massetérico e/ou pterigomandibular
• Sinais
◦ Edema acima do arco zigomá;co e lateral a borda lateral da órbita, trismo muscular.
Espaços fasciais secundários – Mastigador
• Pouco preciso
• Pouco u;lizado
• É quando acomete espaços pterigomandibular, massetérico e temporal superBcial e 
profundo
Espaços fasciais profundos (cervicais) – faríngeo lateral
• Limites
◦ Superior: Osso esfenóide
◦ Inferior: Osso hióide
◦ Lateral: Músculo pterigoideo medial
◦ Medial: Músculo constrictor superior da faringe
◦ Anterior: Rafe pterigomandibular 
◦ Posterior: Fáscia pré-vertebral
• Divisão
◦ Anterior – Músculos que se Bxam ao processo es;loide
◦ Posterior – Bainha caroRdea, IX, X, XI e XII pares cranianos.
• Causa
◦ Infecções do espaço pterigomandibular
• Sinais
◦ Trismo, edema abaixo do ângulo da mandíbula e lateral ao pescoço e na parede da 
faringe
Espaços fasciais profundos (cervicais) – retrofaríngeo
• Limites
◦ Anterior: Músculo constrictor superior da faringe e fáscia bucofaríngea
◦ Posterior: Fáscia alar
42
◦ Superior: Base do crânio
• Causa
◦ Infecções do espaço faríngeo lateral
• Complicações
◦ Obstrução de vias aéreas
◦ Coleção purulenta aspirada para o pulmão
◦ MediasAnite
Espaços fasciais secundários pré-vertebral
• Limites
◦ Anterior: Fáscia alar
◦ Posterior: Lâmina pré-vertebral
◦ Superior: base do crânio (tubérculo faríngeo)
◦ Inferior: Diafragma
• Causa
◦ Infecções do espaço retrofaríngeo
• Complicações
◦ Obstrução de vias aéreas
◦ Coleção purulenta aspirada para o pulmão
◦ MediasAnite
Manejo das infecções
Suporte médico do paciente – Administração de anAbióAcos – Remoção da fonte de infecção – 
Drenagem cirúrgica -- reavaliação
Tratamento
1. Avaliar as defesas do hospedeiro
• Doenças metabólicas não controladas
◦ Diabetes não controlado
◦ Alcoolismo
◦ Desnutrição
43
◦ Doença renal em estágio 0nal
• Doenças supressoras do sistema imune
◦ Vírus da imunode0ciência Humana
◦ Linfomas e Leucemias
◦ Outras malignidades 
◦ Doença imunológica adquirida e congênita
• Terapias imunossupressivas
◦ Quimioterapia contra câncer
◦ CorCcosteroide (diminui a função dos linfócitos T e B e imunoglobulinas)
◦ Transplante de órgãos
2. Decidir os cuidados
• Di0culdade de respirar e degluCr
• Desidratação
• Trismo moderado a grave (abertura interincisal < 20mm)
• Edema estendendo-se além do processo alveolar
• Temperatura elevada (maior que 38.3°C)
• Defesas compromeCdas dos hospedeiros
• Necessidade de anestesia geral
• Insucesso no tratamento prévio
3. Tratamento cirúrgico
• Incisão
◦ Sobre a área mais Xutuante
◦ Obtenção de amostra para cultura
◦ Pequena (em torno de 1 cm)
• Inserção de dreno
◦ ObjeCvo: Manter a abertura
◦ Mais comum intra-oral: Penrose 6,35mm
◦ Sutura: Fio não-absorvível e em tecido viável
44
◦ Tempo: 2 a 5 dias
4. Escolher e prescrever terapia an8bió8ca e caso de:
• Tumefação estendida além dos processos alveolares
• Celulite
• Trismo
• Linfadenopa8a
• Temperatura alta > 38°C
• Pericoronarite grave
• Osteomielite
An8bió8cos administrados oralmente efe8vamente úteis para infecções odontogênicas
• Penicilina
• Amoxicilina
• Clindamicina
• Azitromicina
• Metronidazol
• MoxiPoxacino
5. Quando encaminhar ao bucomaxilo
• DiSculdade de respirar
• DiSculdade de deglu8r
• Desidratação
• Trismo moderado a grave (abertura interincisal menor que 20mm)
• Edema estendendo-se além do processo alveolar
• Temperatura elevada (maior que 38,3 °C)
• Mal-estar grave e aparência tóxica
• Defesas comprome8das do hospedeiro
• Necessidade de anestesia geral
• Insucesso no tratamento prévio
6. Critérios para alta hospitalar
45
• Extubado
• Edema diminuído
• Controle adequado da doença sistêmica
• T<37.8°C durante 24h
• Todos os drenos reArados
• Drenagem mínima ou ausente
Cirurgia pré-protética básica e para auxílio
ortodôntico
Requisitos para uma prótese ideal
 Estável durante a função
Avaliação dos tecidos
 Inspeção (presença de irregularidades)
 Plapação 
 Exames radiogáHcos (veriHcar irregularidades e presença de artefatos)
 Estudo dos modelos
Características do tecido para receber uma prótese
 Ausência de patologias - doenças ósseas
 Ausência de atroHas severas
 Ausência de irregularidades ósseas
 Ausência de artefatos ou dentes que possam “superHcializar”
 Ausência de hiperplasia de tecido mole
Cirurgia pré-protética
Conjunto de cirurgias reconstruAvas que vão estabelecer uma plataforma biológica funcional para 
manter e reter uma prótese dentária sem contribuir para a perda progressiva de tecidos moles e 
duros.
Regularização de rebordo alveolar
 Visa regularizar o rebordo estabelecendo uma platô com volume suHciente e sem espículas 
ósseas, para receber uma prótese
 Deve ser realizada sempre que se Hzer uma exodonAa
 UAliza-se lima para osso, alveolótomos, brocas esféricas ou discos
46
 É a cirurgia pré-proté.ca mais simples de ser realizada
Remoção de hiperplasia
 Indicada para facilitar a adaptação de prótese removendo processos patológicos, em geral 
irrita.vos
 Geralmente é associada ao >broma traumá.co
 Avaliar a necessidade da troca ou ajuste da prótese
 Cirurgia simples e rápida
Remoção de exostose
 Indicada para facilitar a adaptação de próteses ou remodelar o rebordo alveolar para 
melhorar a acomodação da língua
 Relacionada geralmente ao tórus mandibular
 As exostoses podem ser áreas doadoras de osso para enxerto
 Cirurgia delicada, porém, simples
Enxerto ósseo
 Função de restabelecer o volume ósseo em todos os sen.dos do osso alveolar
 Os mais u.lizados são os autógenos (tecido do próprio paciente), lio>lizados e minerais
 Os melhores resultados são ob.dos com os enxertos autógenos
 A técnica consiste em mantero osso do enxerto imóvel e em ín.ma relação com o osso 
alveolar
Áreas doadoras
 Mandíbula
 Calota craniana
 Osso ilíaco
 Tórus
Enxerto ósseo-preservação alveolar
 Função de manter o volume ósseo em todos os sen.dos do osso alveolar
 Os mais usados são os lio>lizados e minerais + PRF
 A técnica consiste em manter o osso lio>lizado dentro do alvéolo dentário
 U.lizada para prevenir reabsorção óssea prevista
Cirurgia para auxílio ao tratamento ortodôn:co 
(necessita de solicitação por escrito)
 Visa viabilizar o tratamento ortodôn.co
 Obje.vos principais
o Ganho de espaço no arco para alinhamento dos dentes
o Remoção de dentes inclusos ou lesões que impedem o movimento dentário
o Auxílio no fechamento de diastemas
47
o Ancoragem absoluta
Exodon&a dos primeiros pré-molares
 Tem como 1nalidade o ganho de espaço no arco dentário para resolver apinhamento de 
dentes anteriores
 Considerada uma cirurgia simples
 Não se deve u<lizar alavancas para evitar lesão do osso alveolar (uma alterna<va é u<lizar o 
periótomo)
 Os movimentos com fórceps devem ser suaves (para evitar fratura da cor<cal óssea)
 O ortodon<sta precisa ganhar espaço com a remoção do dente, por isso a necessidade de 
preservar o alvéolo. Fraturando a cor<cal do pré-molar, acontecerá atro1a do rebordo, o 
osso 1ca 1no e di1culta o trabalho do ortodon<sta.
Tracionamento de dentes inclusos
 Tem como 1nalidade o aproveitamento de um dente incluso
 Exige conhecimento de localização radiográ1ca
 Para decidir pelo tracionamento deve-se observar posição e localização do dente, trajeto 
que ele irá percorrer (se é viável)
 2 técnicas
o Colagem do 1o de tracionamento u<lizando um botão ortodôn<co
o Perfuração do dente e 1xação do 1o de tracionamento (trans1xação)
Exoton&a de dentes inclusos
Cirurgias para viabilizar a movimentação ortodôn<ca
Pode ser indicada também no auxílio para reabilitação com prótese
Frenectomias
 Realizadas para auxiliar no fechamento dos diastemas
 Indicadas para tratar anquiloglossias 
 Podem ser indicadas também para facilitar a adaptação de prótese
Mini-implantes
 Procedimento rela<vamente simples
 Visa ancorar de forma absoluta o movimento ortodôn<co
 São u<lizados mini-implantes de <tânio que são removidos no 1nal do tratamento
 Exige conhecimento de topogra1a radiográ1ca
48
Exodontia múltipla
“A sequência de exodon0as em uma exodon0a múl0pla é rela0vamente maleável, mas existem 
algumas orientações que podem o0mizar o procedimento cirúrgico. Em exodon0as múl0plas, é 
recomendado que o procedimento comece por maxila antes de mandíbula. Caso fosse o contrário, 
imagine que o alvéolo recém subme0do à intervenção cirúrgica em mandíbula estaria sujeito a 
receber possivelmente detritos originados das exodon0as de dentes superiores. Além disso, é 
preferível que a orientação das exodon0as comece em regiões mais posteriores e siga orientação 
anterior com o intuito de evitar o comprome0mento da visualização do campo operatório em 
função do sangramento pelo operado. Existem inúmeras possibilidades de combinações de 
exodon0as que devem ser calcadas pela situação clínica do paciente.” - Eduardo Madruga Lombardo
Além disso os caninos e primeiros molares são os mais diMceis de serem extraídos, por isso o ideal é 
deixá-los por úl0mo.
É possível realizar o procedimento em apenas uma sessão ou em variados atendimentos. A 
depender a condição e necessidade do paciente.
Sequência recomendada para exodon0as múl0plas em um único procedimento:
Permanência de fragmento radicular no alvéolo
Quando é possível manter um fragmento de raiz no alvéolo?
• O fragmento da raiz deve ser pequeno, em geral com não mais de 4 a 5 mm de comprimento.
49
• A raiz deve estar profundamente inserida no osso, para evitar que a reabsorção óssea posterior 
venha a expor a raiz, interferindo com a prótese que será construída na área edêntula.
• O dente envolvido deve estar livre de infecção e não deve apresentar áreas radiolúcidas ao redor 
do ápice radicular. 
50
Referências
Aula 00 - Professora Cássia Regular SMS e SES (Odontologia) - Conhecimentos EspecíAcos – 2021
Eduardo MA., ExodonHas múlHplas, UNA-SUS – UFCSPA
Hupp JR, III Ellis E.; Tucker MR. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. Cap. 08. Princípios de 
exodonHas mais complexas. 5 Ed. Rio de Janeiro: Elsevier. [tradução Débora Rodrigues da Fonseca et
al.] 2009:129-152 
Jorge WA. e colaboradores. Odontologia hospitalar: bucomaxilofacial, urgências odontológicas e 
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Resumo da aula da professora Ana Carolina Pimentel
Resumo da aula do professor Eduardo
Resumo da aula do professor Rafael
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