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Diagnóstico e tratamento de infecções odontogênicas

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Sara Vitória 
 
Diagnóstico e tratamento 
Das infecções odontogênicas - Aula 2 
 
As infecções odontogênicas que 
podem variar de infecções bem 
localizadas e de baixa intensidade 
a infecções graves que se disseminam 
pelos espaços fasciais, atingindo 
áreas distantes do foco original que 
causam riscos de vida; e podem ser 
de origem: 
 Periapical 
 
 Periodontal 
 
Os tratamentos variam desde terapia 
endodôntica e curetagem gengival 
até extração, incisão e drenagem dos 
espaços fasciais profundos da 
 
 
cabeça e do pescoço. Ademais, a 
terapia antibiótica é um tratamento 
adjunto para a cirurgia necessária, 
visto que a terapia antibiótica 
profilática pode prevenir infecções 
distantes causadas por bacteremias 
oriundas de procedimentos 
cirúrgicos na região oral e 
maxilofacial, e tal terapia também 
pode prevenir algumas das infecções 
nas feridas pós-operatórias. 
 
Proveniente das bactérias da cárie, 
gengivite... 
Por meio de bolsas periodontais 
profundas, do capuz peri coronário, da 
polpa dentária necrosada... 
A resistência do 
hospedeiro é fundamental 
para o combate das 
infecções, uma vez que 
está diretamente ligada as 
defesas humorais e 
celulares do organismo 
Sara Vitória 
 
Conceitos importantes 
 
 Leucócitos 
 
 
 Bastonetes 
 
 
 
 Leucocitose 
 
 
 
 Leucocitose com desvio a 
esquerda 
 
 
 
 Pus 
 
 
 
 
Microbiologia das infecções 
odontogênicas 
 
As bactérias que causam infecção 
odontogênica são de origem 
polimicrobiana e habitantes da 
própria flora da cavidade oral, isto 
é, são bactérias presentes no 
organismo que vivem em equilíbrio, 
que quando entram em contato com os 
tecidos subjacentes mais profundos, 
por meio da polpa necrótica ou de 
bolsas periodontais profundas, 
tornam-se mais patogênicas e causam 
infecções odontogênicas. 
 
 
 
Células de defesas (fagocitárias) 
diretamente ligadas ao combate/ 
resistência às bactérias. 
Células jovens que ainda irão se 
tornar leucócitos 
Quando o número de leucócitos se 
encontra aumentado. Um dos 
PRINCIPAIS sinais de infecção. 
Quando a medula óssea libera 
bastonetes na corrente sanguínea, 
devido a limitação do nº de 
leucócitos e da capacidade de 
fagocitose 
Apenas detrito. Isto é, possui uma 
baixa concentração de bactérias. 
Sara Vitória 
 
Ademais, como a flora da cavidade 
bucal é composta por bactérias 
aeróbias e anaeróbias, a flora da 
infecção odontogênica pode se 
desenvolver usando simultaneamente 
ou alternadamente estas duas vias 
de metabolismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabia? 
O mecanismo pelo qual as bactérias presentes em 
uma infecção odontogênica de flora mista causam 
progressão da doença inicia-se com a penetração 
de bactérias mais invasivas e de maior virulência 
(grupo dos S. milleri. aeróbios) nos tecidos profundos, 
dando início a um processo de infecção do tipo 
celulite. A partir de então, há crescimento de MO, 
havendo também crescimento de bactérias 
anaeróbias, visto que não há oxigênios nos tecidos 
mais profundos. Logo, o potencial de crescimento 
das bactérias aeróbias é diminuído, as bactérias 
anaeróbias se tornam proeminentes e a medida em 
que o processo cronificar (abcesso) as bactérias 
aeróbias serão dominantes. 
Cerca de 60% das 
infecções odontogênicas 
são causadas por flora 
mista, 35% por bactérias 
anaeróbias e 5% aeróbias 
Sara Vitória 
 
Diagnóstico da infecção 
odontogênica 
 
 
 
A infecção pode se apresentar em 3 
principais estágios: 
 
 Osteíte 
Estágio em que a infecção ainda se 
encontra confinada ao osso, não 
tendo ultrapassado as barreiras do 
periósteo e a cortical óssea, ou 
seja, ainda no periapice. 
Clinicamente o paciente tem a 
sensação de extrusão do dente no 
alvéolo e dor durante a mastigação. 
 
Durante o exame clínico observa-se 
sensibilidade dolorosa no local. 
 
 
 
 Celulite 
Estágio AGUDO em que ocorre a 
disseminação da infecção aos 
tecidos adjacentes. Nesta etapa, a 
infecção venceu as barreiras ósseas 
corticais e difunde-se aos tecidos 
circunvizinhos, causando uma 
INTENSA RESPOSTA INFLAMATÓRIA que 
se manifesta clinicamente como 
aumento de volume intenso e difuso. 
Logo, é o quadro mais preocupante, 
visto que a microbiota envolvida é 
de ALTA VIRULÊNCIA e há 
 
Sara Vitória 
 
predominância de bact. Aeróbias. 
Outrossim, a celulite apresenta 
sempre maior risco ao paciente pela 
probabilidade de rápida 
disseminação. 
 
 
Ademais, na celulite NÃO há necrose 
tecidual significativa, não 
ocorrendo então a formação de pus. 
 
 
 
 Abcesso 
 
Representa o estágio de 
cronificação do processo 
infeccioso, apresentando-se como 
uma infecção de localização bem 
delimitada e circunscrita. 
Ao contrário da celulite, o abcesso 
é menos perigoso, visto ser um 
processo crônico e menos agressivo. 
Apresenta uma consistência mole e 
flutuante, pouca distensão local 
dos tecidos e geralmente dor 
localizada. 
 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabia? 
Pacientes com lesões no periapice (osteíte) relatam 
contato prematuro e dor a percussão, devido ao 
processo de extrusão dentário que pode ocorrer 
nesse estágio. 
 
Princípios para avaliação 
 
Os pacientes com uma infecção podem 
ter sinais e sintomas que vão dos 
mais triviais aos extremamente 
sérios. Os sinais cardeais da 
inflamação estão presentes em 
muitos graus em quase todos os 
pacientes com infecção. 
As indicações de infecções 
possivelmente fatais são 
principalmente a dispneia 
(comprometimento respiratório), 
disfagia (dificuldade na 
deglutição). 
Sara Vitória 
 
Outrossim, a toxidade de uma 
infecção é insinuada pelos 
seguintes critérios: palidez, 
taquipneia (respiração acelerada), 
taquicardia (batimentos 
acelerados), febre, sudorese, 
tremores. 
Os princípios básicos da avaliação 
do paciente devem ser observados a 
fim de se obter um diagnóstico 
preciso e um tratamento adequado. 
Logo, uma completa anamnese, os 
exames clínicos, de imagem e 
laboratoriais são INDISPENSÁVEIS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visto que já apresentam um 
sistema imunológico debilitado 
Sara Vitória 
 
 
Progressão das infecções 
odontogênicas 
Uma vez que os tecidos profundos são 
infiltrados por bactérias, 
estabelece-se uma infecção ativa e 
o processo de disseminação, que 
ocorrerá preferencialmente ao longo 
das linhas de menor resistência. A 
infecção propaga-se extensamente 
pelo osso medular e dissemina-se até 
encontrar o periósteo e a cortical 
óssea. A localização da infecção é 
determinada por dois fatores: a 
espessura da cortical óssea, 
adjacente ao dente envolvido, e a 
relação do local de perfuração do 
osso com as várias inserções 
musculares na maxila e mandíbula. 
Quando a infecção odontogênica se 
dissemina pelo osso medular, ela 
buscará o ponto de menor resistência 
 
 
para perfurar a cortical óssea. Ex: 
Quando o ápice dental está mais 
próximo da cortical vestibular, a 
perfuração ocorrerá por vestibular 
e estando o ápice dental mais 
próximo da cortical lingual ou 
platina, a perfuração ocorrerá 
nessa direção. 
 
 
Assim que a infecção perfura o osso, 
sua localização precisa no tecido 
mole será determinada pela posição 
da perfuração em relação às 
inserções musculares locais. Ex: 
Se uma infecção oriunda de um molar 
 
Sara Vitória 
superior perfurar a cortical óssea 
abaixo da inserção do musculo 
bucinador, resultará em uma 
drenagem pelo vestibular; 
entretanto, se perfurar a cortical 
acima de sua inserção, resultará em 
uma infecção do espaço bucal, pois 
o músculo bucinador separa os 
espaços bucal e vestibular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Infecções da maioria dos dentes superiores 
perfuram a lâmina cortical vestibular. 
Tais infecções também perfuram através 
do osso abaixo da inserção dos músculosque se 
inserem na maxila, o que significa que a 
maioria dos abscessos dos dentes 
superiores 
aparece inicialmente como abscessos 
vestibulares 
As raízes dos incisivos laterais 
apresentam frequentemente 
uma inclinação no sentido 
palatino, o que torna o ápice 
radicular mais próximo da 
tabua óssea palatina. 
Devido a localização do canino 
superior no rebordo alveolar, 
sua infecção drenará mais 
frequentemente pela cortical 
vestibular 
Sara Vitória 
 
 
 
 Importante 
Infecções do canino e pré molar tendem a parar no 
espaço canino (infraorbitário), pois a infecção 
perfura o osso superior à inserção do musculo 
elevador do ângulo da boca, gerando uma celulite 
no nível das pálpebras, podendo parar no seio 
cavernoso e gerar uma infecção cerebral 
(ascendente) 
 
Na mandíbula, as infecções dos 
incisivos, caninos e pré-molares 
usualmente perfuram o 
osso pela lâmina cortical 
vestibular superior à inserção dos 
músculos do lábio inferior, 
resultando em abscessos 
vestibulares. As infecções nos 
molares inferiores drenarão pela 
cortical lingual com mais 
frequência do que os dentes 
anteriores. O músculo milo-hióideo 
determina se as infecções que drenam 
lingualmente vão se dirigir 
superiormente a esse músculo para o 
espaço sublingual ou abaixo dele 
para o espaço submandibular 
 
Ocasionalmente, um abscesso 
palatino surge da raiz palatina de um 
primeiro molar ou pré-molar superior. 
Mais comumente, os molares 
superiores causam infecções que 
perfuram o osso superior à inserção 
do músculo bucinador, o que resulta 
em 
infecção do espaço bucal. 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
Espaços fasciais 
 
 
 
Quando a infecção dentária se 
difunde profundamente para os 
tecidos moles ao invés de extravasar 
pela superfície oral ou cutânea, os 
espaços fasciais podem ser 
afetados. 
 
 
 
 
 
 
Fáscia: tecido conjuntivo 
que recobre um músculo 
e que é facilmente 
dissecado/dilacerado 
pela infecção. 
Via de disseminação para os espaços profundos 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Espaço canino 
Se a infecção do canino perfura a 
cortical lateral do osso maxilar até 
a origem do músculo elevador do 
lábio superior – no alto da fossa 
canina da parede maxilar, uma vez 
que sua inserção está no ângulo dos 
lábios, interassociando-se às 
fibras do músculo orbicular da boca 
e o músculo zigomático- o potencial 
espaço canino é afetado. 
Logo, o espaço canino localiza-se 
entre a parede anterior da maxila e 
o musculo elevador do lábio 
superior, isto é, do canto interno 
Sara Vitória 
 
da boca até o canto do olho. 
Outrossim, as infecções do espaço 
canino podem causar celulite 
acentuada das pálpebras. 
 
 
 
 
 
 
 
Você sabia? 
Embora a trombose do seio cavernoso (infecção 
ascendente) não seja uma infecção de espaço 
fascial, esta pode ser de origem odontogênica, 
por meio dos dentes superiores (principalmente 
os caninos e pré molares). 
 
 
 
 Espaço bucal 
Limitado medialmente pelo músculo 
bucinador e sua fáscia 
bucofarìngea; lateralmente pela 
pele e tecido subcutâneo; 
 
Sara Vitória 
 
anteriormente pelo bordo posterior 
do músculo zigomático maior e 
depressor do ângulo da boca; 
posteriormente pelo músculo 
masseter; superiormente pelo arco 
zigomático; e inferiormente pelo 
bordo inferior da mandíbula. 
A infecção deste espaço é 
diagnosticada facilmente por causa 
do edema acentuado da bochecha 
associado ao molar ou pré molar 
comprometido. 
Devido a intima relação das raízes 
do primeiro molar superior com o 
seio maxilar, pode ocorrer drenagem 
para o seio, causando empiema 
(presença de pus) no seio maxilar. 
Outrossim, na mandíbula, as 
infecções originadas dos incisivos, 
caninos e prés geralmente drenam 
pela cortical óssea vestibular 
acima da inserção do músculo 
 
 
mentoniano, resultando em drenagens 
vestibulares. Se a infecção 
caminhar profundamente para este 
musculo, rompendo a cortical 
lingual, a infecção atingira o 
espaço submentoniano, o que 
resultara em drenagem extrabucal. 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 Espaço submentoniano 
Limitado lateralmente pelo ventre 
anterior do musculo digástrico; 
superiormente pelo músculo 
miloióideo; e inferiormente pela 
pele, fáscia superficial, músculo 
platisma e fáscia cervical 
profunda. Pode ser afetado 
diretamente por um incisivo 
inferior. 
 
 
 Espaço sublingual 
Limitado inferiormente pelo músculo 
miloióideo; lateral e anteriormente 
pela fáscia interna do corpo 
mandibular; superiormente pela 
mucosa oral; e medialmente pelos 
músculos genioglosso, genioídeo e 
estiloglosso. Ocasionado pelos 
molares* 
A infecção poderá relacionar-se em 
proporções iguais aos músculos 
bucinador (drenagem vestibular) e o 
musculo miloióideo (drenagem 
lingual) 
- Vestibular (acima do músculo 
bucinador – intraoral) 
- Vestibular (abaixo do musculo 
bucinador-espaço bucal) 
- Lingual (acima do músculo 
miloióideo - espaço sublingual) 
 
 
Sara Vitória 
 
- Lingual (abaixo do musculo 
miloióideo – espaço submandibular) 
 
 
 
 
 
 
 Espaço submandibular 
Limitado lateralmente pela pele e 
fáscia cervical profunda; 
medialmente pelos músculos 
miloióideo, hipoglosso e 
estiloglosso; inferiormente pelo 
musculo digástrico; superiormente 
pela face interna da mandíbula e 
inserção do músculo miloióideo. 
Em terceiros molares inferiores 
posicionados verticalmente, a 
infecção se estenderá lingualmente, 
abaixo do musculo miloióideo, 
Sara Vitória 
 
atingindo o espaço submandibular. 
Com o terceiro molar em posição 
mésio -angular ou horizontal, a 
relação das raízes se modifica e a 
infecção tenderá a se localizar 
acima do músculo miloióideo, 
drenando para o espaço 
pterigomandibular e drenagem pelo 
pescoço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Espaços mastigadores 
São eles: massetérico, 
pterigomandibular e temporal. 
Embora sejam bem diferenciados, se 
comunicam entre si com os espaços 
bucal, submandibular e 
perifaríngeo, podendo a infecção 
ficar confinada em qualquer um 
destes compartimentos ou pode se 
difundir facilmente a qualquer ou 
todos os outros. 
Clinicamente, o sinal/MARCA da 
infecção do espaço mastigatório é o 
trismo, de modo que se o trismo não 
Sara Vitória 
 
estiver presente, estes espaços não 
estão envolvidos com um processo 
infeccioso. Outrossim, a infecção 
do espaço mastigador ocorre mais 
frequentemente proveniente de um 
molar, e as infecções dos terceiros 
molares são as causas mais 
envolvidas; ADEMAIS, a 
pericoronarite do retalho gengival 
dos terceiros molares ou abcessos 
dentários induzidos por cárie 
geralmente podem ser encontrados em 
casos de infecção do espaço 
mastigador. 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 Você sabia? 
 
A angina de ludwig é uma celulite firme, aguda e toxica 
dos espaços submandibular (2) e sublingual (2), 
bilateralmente, e do espaço submentual., isto é, acomete 
5 espaços. Seus sinais são: edema endurecido, elevação 
da língua (ptose lingual), obstrução da via aérea 
(dispneia), disfagia (dificuldade para engolir), dislalia 
(dificuldade na fala), trismos e pequena quantidade de 
pus. 
 
 
 
 Espaço faríngeo 
O espaço laterofaringeo ou 
faringomaxilar é um espaço lateral 
ao pescoço no formato de um cone 
invertido, com sua base no crânio e 
seu ápice no osso hioide; sua parede 
medial se estende profundamente até 
o músculo constritor da faringe. 
As infecções desse espaço podem 
resultar de faringites, tonsilites, 
parotidites, otites, mastoidites e 
infecções dentárias. 
 
 Espaço retrofaringeo 
É o compartimento posterior do 
pescoço, encontrado atrás do 
esôfago e da faringe, e se estende 
inferiormente para o mediastino 
superior, e superiormente para a 
base do crânio. 
 
Angina de Ludwig 
 
Sara Vitória 
 
Clinicamente, as infecções desseespaço podem resultar de infecções 
nasais e faríngeas em crianças, da 
infecção dentária difundindo 
através dos espaços contíguos de 
trauma esofágico ou de corpos 
estranhos e da tuberculose. 
 
 
 Você sabia? 
 
É a extensão da infecção dos espaços profundos 
do pescoço para o mediastino, composta por 
dor torácica e dispneia (falta de ar) grave, febre 
e alargamento mediastinal. 
 
 
 
 
 
 
 
Mediastinite 
Sara Vitória 
 
 Você sabia? 
 
É uma doença (infecção ascendente) na qual 
um coágulo sanguíneo (trombose) se forma no 
seio cavernoso (uma veia grande na base do 
crânio); condição esta que pode progredir para 
a morte do paciente se não tratado a tempo. A 
fonte primária pode ser decorrente de 
infecções cutâneas na face, sinusites, otites, 
odontogênicas (atreladas ao canino) e pós-
operatórias da região maxilofacial. 
 
 
 
 
 
Tratamento da infecção 
odontogênica 
 
 
 
trombose séptica do seio cavernoso 
Sara Vitória 
 
Os princípios básicos para o 
tratamento de uma infecção 
odontogênica são a remoção da causa 
e a drenagem cirúrgica. O tratamento 
cirúrgico pode variar desde a 
simples abertura coronária com 
drenagem de infecção via canal até 
drenagens complexas, que envolvam 
múltiplas incisões intra ou 
extrabucais, com colocação de 
drenos para contínua drenagem pós-
operatória. 
 
 
 
 
 
Sempre que possível, deve-se tentar 
preservar o elemento dental 
causador da infecção, realizando 
tratamento endodôntico periodontal. 
Entretanto, quando o elemento não 
puder ser recuperado e preservado, 
o causador deve ser extraído o mais 
rápido possível, pois a extração 
dental garante tanto a remoção da 
causa quanto a drenagem de pus e 
resíduos acumulados. 
Ademais, além do tratamento 
endodôntico ou a extração dentária, 
muitas vezes tornam-se necessárias 
a realização de incisões e drenagem 
cirúrgica, com a finalidade de 
proporcionar a drenagem de secreção 
purulenta e de células necróticas. 
Sara Vitória 
 
A incisão da cavidade do abcesso 
proporciona por meio da drenagem a 
diminuição da tensão dos tecidos, 
que se apresentavam distendidos 
pelo aumento de volume local. Sendo 
assim, após a drenagem ocorrerá 
também melhora do suprimento 
sanguíneo local, possibilitando a 
chegada de células de defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A função do dreno é 
evitar colabação 
A celulite sempre deve ser drenada mesmo não 
havendo a presença de pus. 
Sara Vitória 
 
Uso de antibióticos nas infecções 
odontogênicas 
 
Em infecções agudas de rápida 
progressão, com característica de 
celulite ou em casos de abcessos em 
espaços profundos, está indicado o 
uso de antibióticos, visto que 
existe a presença de bactérias 
anaeróbias potentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 
 
A droga de primeira escolha é 
geralmente PENICILINA. Já a 
CLINDAMICINA é a opção de escolha 
para pacientes alérgicos à 
penicilina e a ERITROMICINA é uma 
segunda opção para pacientes 
alérgicos à penicilina. 
As CEFALOSPORINAS são drogas úteis 
quando é necessário um antibiótico 
de largo espectro. Outrossim, o 
METRONIDAZOL é útil para infecções 
predominantes por bact. Anaeróbias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
Os antibióticos podem ser 
bactericidas ou bacteriostáticos. 
Os bactericidas destroem as 
bactérias, enquanto os 
bacteriostáticos interferem na 
reprodução e no crescimento 
bacteriano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia empírica: fazer uso de 
um medicamento sem saber 
especificamente qual a 
bactéria a ser combatida. 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
Em suma, a terapia antibiótica 
desempenha papel adjuvante. os 
antibióticos devem ser usados para 
auxiliar o cirurgião-dentista no 
tratamento de pacientes com 
infecções disseminadas e para 
prevenir endocardite ou infecção 
por manipulações dentárias. 
O tratamento cirúrgico da infecção 
permanece sendo o 
método primário de tratamento na 
maioria dos pacientes. Contudo, 
quando a terapia antibiótica é 
utilizada para tratamento de 
infecção odontogênica de rotina, 
recomenda-se a terapia antibiótica 
empírica com antibiótico de 
espectro reduzido, porque a 
microbiologia das infecções 
odontogênicas é bem conhecida e 
geralmente consistente de um 
paciente para o outro. 
 
 
O antibiótico de 
escolha para infecções 
odontogênicas ainda é a penicilina, 
pois as penicilinas são 
bactericidas; apresentam espectro 
reduzido de ação contra patógenos, 
incluindo estreptococos e 
anaeróbios orais, que são 
responsáveis pelas infecções 
odontogênicas; apresentam baixa 
toxicidade; e são baratas. 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sara Vitória

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