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Enfermidade do Sistema Digestivo Equino

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Enfermidade do Sistema Digestivo Equino 
Estômago Simples 
 
Sistema digestório inicia-se pela: 
● Boca 
● Lábios: serve para apreender o 
alimento seja um concentrado, ração, 
pasto ou forragem; 
● Língua: tem as enzimas que auxiliam 
na deglutição; 
● Dentes: ajudam na trituração do 
alimento; 
● Faringe 
● Esôfago 
● Estomago 
● Intestino delgado 
● Intestino grosso 
 As enfermidades do trato 
gastrointestinal pode ser qualquer 
alteração que vai desde a boca até o 
intestino grosso, ou seja, qualquer 
alteração de obstrução, inflamação ou 
ulceração isso pode acometer dor e o 
animal vir a óbito ou não. 
 A traqueia fica na parte ventral o 
esôfago e ele se localiza posteriormente. 
 O estômago do cavalo é diferente do 
bovino já que ele é simples e pequeno 
em comparação ao tamanho do animal, 
por isso ele consegue armazenar entre 
15 a 17 litros de alimento. O animal que 
pesa de 500 a 1 tonelada é um volume 
muito baixo, por isso o estomago é 
considerado pequeno. 
 No estomago tem duas regiões uma 
que entra o alimento através do esôfago 
e do estomago, e a outra é uma saída do 
estomago para o intestino delgado. 
 O alimento entra no esôfago pela cardia 
e todo o alimento sai do estomago pelo 
piloro. Além disso, o estomago tem um 
corpo e um fundo, o estomago do cavalo 
tem um formato de feijão e o estomago 
do cavalo ele tem duas glândulas que 
será dividida pela margem pericárdica 
que é aglandular e glandular. 
 A região aglandular é desprovida de 
proteção do suco gástrico, ou seja, é uma 
malha do estomago que é mais sensível 
a acidez ao HCl, além disso essa região 
tem uma motilidade menor que quando 
ela passa pela região gandular. A região 
glandular ela é menos sensível a variação 
de acidez porque as glândulas protege as 
mucosas gástricas e a sua ação diminui e 
protege contra qualquer tipo de lesão e 
erosão da mucosa. 
 O concentrado tende a ter mais ácidos 
do que o pasto, os animais que só se 
alimentam de concentrado são mais 
suscetíveis de ter uma maior acidez 
estomacal e principalmente alterações no 
estômago como uma úlcera, porém 
outras coisas podem promover 
mudanças de acidez como o estresse e 
jejum prologado. O uso de anti-
inflamatório prologado também pode 
aumentar a acidez e posteriormente virar 
uma úlcera. 
Suco gástrico: é os íons de hidrogênios 
que desencadeiam o aumento de acidez, 
o ambiente ácido é importante porque ele 
minimiza a proliferação de bactérias, o 
problema é a quantidade dessa acidez 
pois ela não pode ser alta justamente 
para não gerar problemas de ulcerações 
e degradação da mucosa, mas também 
ela não pode ser muito baixa pois o 
ambiente necessita da acidez para 
 
minimizar as bactérias e que ela não 
venha se proliferar. 
Íon Hidrogênio: Acidez - O pH baixo limita 
o crescimento de bactérias 
Pepsinogênio: Pepsina - A digestão 
enzimática da proteína inicia no 
estômago 
Muco: Lubrificação e proteção da mucosa 
gástrica 
 
 Os ácidos faz com que fermentam mais 
já que os animais de vida livre tem um 
pasto com uma menor acidez, mais fibras 
e melhora a digestibilidade fazendo com 
que desgaste mais os dentes, e faz com 
que o animal coma mais devagar. 
 Os animais em baias acabam 
adquirindo distúrbios de ansiedade e 
excitação, ao chegar o alimento ele 
acaba ingerindo rapidamente e isso pode 
gerar alguma alteração gástrica. 
 
 As primeiras coisas que se deve fazer 
com um equino com cólica é passar uma 
sonda pois a cólica pode ser em 
decorrência de sobrecarga gástrica, caso 
não esvazie esse estomago ele pode 
estourar. 
 
Intestino Delgado 
 A função do intestino delgado é 
absorção, ou seja, digestão dos 
nutrientes para posteriormente ir para o 
intestino grosso. 
● Duodeno, Jejuno e Íleo; 
 Essas três regiões tem um 
comprimento de 22 metros e além disso 
comportam cerca de 50 litros de 
alimentos e líquidos, portanto, comporta 
bem mais coisas que o estômago. O 
objetivos dessas três regiões é digerir e 
absorver os alimentos que vem do 
estomago. 
 O íleo tem uma musculatura espeça e 
resistente, porém em uma porção 
reduzida, enquanto o jejuno é a parte 
maior do intestino delgado. 
● Capacidade média de 40 a 50 litros 
● 22 metros de comprimento 
 
 Nessa região do intestino delgado pode 
desencadear problemas de inflamações 
no duodeno (duodenite), jejuno (jejunite) 
e íleo (ílioradinamico), além disso pode 
ter torções em decorrência ao seu 
comprimento. Um quando de cólica nesta 
situação pode-se se pensar em 
inflamação, torção e ausência de 
movimentação da musculatura e ela 
pode parar dificultando o trânsito 
intestinal. 
 
 A enterite proximal é conhecida como 
duodeno e o íleoradinamico que é uma 
paralisia da musculatura e consequente 
alimento não transita e motilidade 
intestinal para fazendo acumular e o 
animal vir a óbito. 
 
Intestino Grosso 
 
 Sua função é a digestão, 
armazenamento e absorção de líquido 
entre essas porções. 
Ceco: Fica do lado superior direito, a sua 
função é a câmara fermentativa, ou seja, 
todo o processo de fermentação e 
digestão da celulose ocorre no ceco. 
Porém essa região do ceco é pequena em 
comparação ao animal e ela pode 
fermentar a ponto de acumular. 
 No ceco tem dois osteo que são 
chamados de ileocecal e ceco cólica, 
porém esses osteos são de orifício e 
diâmetro reduzido o que faz acumular e o 
animal sente dor. Portanto, o ceco é uma 
região importante do cavalo que pode 
desencadear cólica. 
Cólon: é onde tem as flexuras e pode ter 
o cólon maior e o cólon menor. A flexura 
pélvica é uma região de mobilidade e ao 
 
animal deitar ou rolar pode desencadear 
uma torção. 
Cólon maior 
Cólon menor 
 
Reto 
 
Ânus 
 
Tempo/Dia Equino 
Selvagem 
Equinos 
Estabulados 
Comendo 60% 15% 
De pé 20% 65% 
Deitados 10% 15% 
Outras 
Atividade 
10% 5% 
 
 O cavalo selvagem passa a maior parte 
do seu dia pastando, ou seja, comendo 
em torno de 14-16 horas durante um 
grande período e ele fica 20% do seu dia 
em pé, enquanto deitado é cerca de 10%. 
Os animais estabulados ficam apenas 
15% do seu dia se alimentando e fica a 
maioria do seu tempo em pé na baia sem 
fazer absolutamente nada, isso faz com 
que o animal adquiri alterações por 
estresse, aerofagias, começa engolir as 
próprias fezes. 
 
**o equino parado gera alterações 
comportamentais, menor desgaste do 
dentes e acaba ingerindo alimentos de 
forma muito rápida o que ele o animal a 
ter predisposição a ter alterações 
gástricas. 
 
 Os animais estabulados tem mais 
chances de ter cólica do que os soltos. 
 
Histórico e Anamnese 
 
•Inspeção – distensão abdominal e 
comportamento 
•Exame físico –ausculta e percussão 
•Diagnóstico por Imagem 
•Gastroscopia 
•Ultrassonografia abdominal 
 
Anamnese 
 
Idade –jovens x adultos 
Raça –tipo de trabalho 
Ambiente e manejo alimentar 
Sistema de criação 
Histórico de problemas anteriores 
Manejo sanitário 
 Vacinação 
 Vermifugação 
 
 A medicação pode mascarar ou ajudar 
no aparecimento de alguns sinais, então 
é importante questionar o proprietário a 
respeito disso, pois cada medicação tem 
um nível sendo uma mais fortes, 
analgésicos, sedativos ou opioides. Isso é 
extremamente importante na anamnese 
 
Inspeção 
 
Atitude geral 
Comportamento 
Coloração das mucosas e TPC 
Avaliação dos sinais cardinais –FC, FR, 
qualidade do pulso e temperatura 
corporal 
Avaliação da Peristalse –frequência e tipo 
Exame da boca –evidências de má 
oclusão, pontas, dentes danificados, 
língua, lábios, salivação intensa, 
descargas nasais 
 
 O dente de lobo não tem função 
específica ele nasce e fica na altura do 
tridão e a embocadura fica batendo no 
dente fazendo o animal para de comer e 
diminui sua performance. 
 
 
 
 
Ausculta Abdominal e Palpação retalÉ importante para avaliar a peristalse 
do animal e saber se ele tem motilidade 
ou não, é preciso fazer a auscultação de 
todos os quadrantes do equino. Por meio 
dessa avaliação é possível saber se tem 
distensão, produção de gás, torção ou 
alguma alça fora do lugar, é possível 
saber também se o cavalo tem uma 
hernia inguinal ou se a égua estiver 
prenha. 
 
Sondagem Nasogástrica 
•Lubrificada com gel aquoso 
•Inserir a sonda pela narina 
direcionando através do meato ventral 
•Cabeça flexionada 
•A sonda nunca deve ser forçada 
 
Realiza-se leve sucção para verificação 
da localização da sonda, ou visualiza-se a 
sonda passando pelo lado esquerdo da 
juguleira; 
 
Cárdia: odor de capim levemente 
fermentado, em animais sadios 
 
• Deve-se efetuar a sondagem de 100% 
dos animais com sintomatologia de 
síndrome cólica! 
 
 O conteúdo vai sair por líquido, ou seja, 
será colocado água na sonda para que o 
líquido que estar fermentado ele fique 
mais diluído e retorne pela sonda. 
Portanto, o objetivo da sonda 
nasogástrica é criar uma lavagem no 
estômago do cavalo para remover todo o 
conteúdo armazenado e preso, assim 
desobstrui e evita qualquer tipo de 
gordura. Essa sondagem deve ser 100% 
em qualquer animal que apresente 
sintomas ou sinal clínico de cólica. 
 
Síndrome Cólica 
 
 A Cólica é uma dor abdominal 
ocasionada por qualquer alteração do 
trato gastrointestinal. 
Portanto, são alterações do trato 
gastrointestinal que desencadeiam um 
quadro de dor abdominal que pode ser 
provocada por uma série de fatores 
como: obstruções intraluminais com ou 
sem estrangulamento, produção de gás, 
processos inflamatórios, infecciosos, 
torções, úlceras e de forma endiopatica. 
 A cólica pode ser definida como cólica 
verdadeira ou cólica falsa. As cólicas 
verdadeiras são aquelas que provocam 
dor abdominal proveniente de qualquer 
alteração do trato gastrointestinal, sendo 
elas: distensão gasosa, enterites, 
ulcerações, inflamações, infecções, 
compactação e sobre carga gástrica além 
de espasmos ou paralisia intestinal. 
 As cólicas falsas é aquelas que são 
decorrentes de processos dolorosos que 
ocorrem fora do trato gastrointestinal 
como por exemplo alterações a nível de 
rim e fígado. 
● Fatores Predisponentes da Síndrome 
Cólica 
● Cavalos não vomitam 
● Cólon esquerdo não fixado 
● Mesentério longo no ID 
● Flexura pélvica 
● Ceco–osteos 
 
● Cólon dorsal direito termina no cólon 
menor que é mais estreito 
 
Tipos de cólicas 
 
PRIMÁRIAS (cólica verdadeira) 
Disfunções -mais frequentes! 
Funcionamento inadequado. 
distensão gasosa, compactação, sobre 
carga gástrica, espasmos e paralisia 
intestinal. 
 
Acidentes intestinais: deslocamentos, 
torções, estrangulamentos e hérnias. 
Enterite sou ulcerações inflamações, 
infecções e lesões do aparelho digestivo. 
 
 
Secundária (cólica falsa) 
 
Processos dolorosos fora do trato 
gastrointestinal Rins 
Fígado 
 
Histórico 
 
O animal está comendo bem? Qual é a 
dieta? Mudanças na alimentação? 
 
• Tipo de pasto 
• Mudanças de treinamento, exercício, 
transporte, cirurgia 
• Vícios 
• Histórico de vacinação e vermifugação 
 
Atitude-Depressivo/Alerta 
Sinais-episódio/duração 
Intensidade e natureza da dor 
Possíveis causas ? 
Terapias –tipo e resposta 
Defecação–frequência e composição 
Prenhez? 
Macho inteiro? 
 
Avaliação do contorno abdominal, 
edemas e massas. 
Avaliação dos sinais. 
CONFECÇÃO DE FICHA DE 
ACOMPANHAMENTO! 
Coloração Estágio 
Rosa claro, rosa 
pálido 
Normal 
Rosa 
esbranquiçado 
Alteração inicial 
Vermelho tijolo Congestão + 
Endotoxinas 
Arroxeada Endotoxinas severa 
Roxo azulado Fase termina com 
hipóxia 
Amarelada Hemólise/Icterícia 
 
 
 
 
 
 
Leve 
 
Cava, olha o flanco, deitar sem rolar 
Compactação de cólon maior leve e 
inicial e sobre carga gástrica 
 
Moderada 
 
Golpeia o abdome, olha o flanco, deita, 
rola de modo não violento, movimenta -
se, posição de cão sentado. 
Distensão intestinal por líquido ou gás 
(ID), isquemia regional e obstrução de 
troncos mesentéricos, gastrite, espasmo 
intestinal. 
 
 
 
 
 
Severa 
 
Movimentos bruscos e violentos, 
hiperexcitação, perigo para a equipe 
veterinária! 
grandes distensões por líquido e gás, 
forte tensão em raiz mesentérica, torções 
estrangulativas. 
 
Íleo Paralítico 
 
 É estado da musculatura do trato 
gastrointestinal que varia de moderada a 
passageira redução da Motilidade 
intestinal até intensa à duradoura 
paralisia do trânsito intestinal, ou seja, é 
uma alteração da musculatura do íleo 
que... é de tratamento imediato se não o 
animal vem a óbito pois pode ter 
obstrução, romper o intestino e vir a 
óbito, sendo assim é extremamente 
complicado porque o animal tem series 
de complicações... 
 
Passagem da Sonda Nasogástrica 
 
 É obrigatório e se não fizer é negligência 
do veterinário, tem que lubrificar para 
evitar machucar o animal. 
Ausência de refluxo –quadro obstrutivo, 
atonia? 
Refluxo com odor fétido e fermentado –
sobre carga gástrica, enterite proximal 
(pH>5) 
Refluxo com amarronzado, sanguinho 
lento–úlcera 
Refluxo com alimento fresco–
compactação 
Descompressão: Sobre carga gástrica e 
íleo paralítico -redução da frequência 
cardíaca 
Compactação –não há redução da 
frequência cardíaca 
 
 
Palpação Retal 
 
Fezes normais - 
Lado direito – corpo e base do ceco, 
Lado esquerdo –cólon maior dorsal, 
ventral, flexura pélvica e baço 
Dorsal – aorta abdominal, artéria 
mesentérica cranial, artéria ilíacas, rim 
esquerdo e ligamento nefro-esplênico 
Ventral – útero, vesícula urinária, anéis 
inguinais 
 
 
Líquido Peritonial 
 
Normal: amarelo claro -
Leuc<7500;ptn<2,0g/dl 
Impactação simples: amarelo claro -
Leuc=3000-15000;ptn<3,0g/dl 
Enterite proximal: avermelhado-
Leuc<10.000-ptn3,0-4,5g/dl 
Necrose (ruptura): marrom alaranjado 
com fezes -Leuc>150.000-ptn>5,0g/dl 
 
 Fazer a avaliação do líquido peritoneal é 
importante para identificar as alterações 
do sistema gastrointestinal e os valores 
acima são de referências e é fornecido 
pelo laboratório. O que não se deve ver 
em hipótese alguma no líquido peritoneal 
é cor de fezes marrons porque é 
indicativo de ruptura de alça intestinal, 
caso ocorra esse rompimento o animal 
entra em septicemia e morre. 
 
Grau de Desidratação 
 
 
 
 
Grau de 
desidratação 
Hematócrito Proteína 
Total 
Leve 5% 40%-50% 6,5-7,5 
Moderada 
10% 
50% - 65% 7,5-8,5 
Severa 
15% 
>65% >8,5 
 
 O objetivo de avaliar o grau de 
desidratação é saber se precisa repor os 
eletrólitos perdidos e dependendo de 
grau de desidratação é feito a 
fluidoterapia para repor. Para saber 
quando será necessário repor é feito o 
cálculo. 
 
 Um animal com cólica tem desidratação 
e tem que fazer a avaliação para hidratar 
o animal, com isso tem que pegar o 
histórico do animal, fazer anamnese, 
inspeção, avaliar os parâmetros e sinais 
vitais, sondagem nasogástrica, avaliação 
de líquido peritoneal, avaliação de 
hematócrito e grau de desidratação. 
 
Analgésicos 
 
 
 
 Os medicamentos mais usados é os 
analgésicos e tem como objetivo o 
controle da dor do animal, um dos 
principais é a Banamine (flunixin 
meglumine), ele é um excelente para 
analgesia visceral controlando as dores 
das vísceras do animal em casos de 
cólica, o problema dele em campo é que 
o proprietário ele trata com esse fármaco 
antes do que o veterinário, quando o 
veterinário for avaliar o animal ele não vai 
apresentar os sintomas, ou seja, os 
sintomas serão mascarados. 
 
 O Cetoprofeno tem uma analgesia 
similar a flunixin no controle da dor 
visceral. Já a Fenilbutazona que é a mais 
usada depois dos outros pois ela tem 
uma média a analgesia visceral e é 
usada muito para locomotor tem uma 
ação nas alterações musculares,articulares e ósseas, porém para controle 
da dor visceral ela não é muito boa. 
 
 
Sedativos – Alteram parâmetros vitais 
 
 
 
 É usado muito em animais que estão 
classificados como moderados ou 
severos, isso é para ter um controle do 
animal e conseguir fazer as avaliações, 
porém tem que ter cuidado, pois os 
sedativos alteram os parâmetros vitais 
independente de qual seja, podendo 
gerar hipotensão e paralisia do íleo 
diminuindo sua motilidade. 
 Os mais recomendado no cavalo é a 
Detomidina pois é mais seguro e tem a 
melhor resposta, se não tiver usa Xilasina 
porém tem que ter cuidado pois ela é 
mais perigosa. 
 
Opioides 
 
 
 
 Deve-se ter cuidados dos opioides 
pois é necessário fazer seu uso de forma 
associada porque ele sozinho pode 
excitar ou deixar o animal dependente. O 
Butorfanol é o que tem a melhor 
analgesia e melhor controle na resposta. 
 
 Vai entrar com intervenção cirúrgica a 
partir do momento em que o controle da 
dor não tiver resultado e torna-se 
incontrolável, já o exame retal é quando o 
intestino delgado estiver muito distendido 
ou qualquer alça intestinal com torção. 
 
 Se depois de todo o tratamento a 
auscultação continuar sem som e 
motilidade 
 
Úlcera gástrica 
 
 Lesão na mucosa gástrica de potros e 
animais adultos podendo ser superficial 
ou profunda isolada ou múltipla, mais ou 
menos extensa que pode acometer tanto 
a região glandular como a região 
aglandular do estômago dos animais 
ocasionando um grande prejuízo 
econômico. É comum ter mais na região 
aglandular já que não tem nada que 
consiga proteger a mucosa contra o 
ácido. 
 
 O estresse gera úlcera porque ele 
aumenta a liberação do ácido gástrico, 
liberando mais cortisol e 
consequentemente tem mais ácido no 
estomago fazendo com que fique mais 
predispostos a erosões na mucosa 
gástrica, principalmente na região 
aglandular. Os animais estabulados e 
submetidos a treinamentos esportivos 
mais intensos faz com que desencadeia 
as úlceras gástricas. 
 
 Os antiflamatorios tanto esteroidal 
como os não esteroidais desencadeiam 
úlceras por causa das atividades em que 
o animais estão desenvolvendo, o fato de 
gerar dor ao animal faz com que ele 
ingira ainda mais medicação, ou seja, 
tudo isso desencadeia as úlcera. 
 
 Os anti-inflamatorio inibem o hormônio 
da prostaglandina especificamente a 
Prostaglandina-E porque ela age na 
proteção da mucosa gástrica. 
 
Etiologia 
 
 Animais estressados e sobre 
treinamento esportivo intenso tendem a 
liberar ou produzir mais suco gástrico que 
pode desencadear os processos erosivos 
da mucosa gástrica. O comportamento 
alimentar é outro fator importante no 
desencadeamento dessa alteração. 
Animais que fazem uma ingestão maior 
de concentrados tende a produzir mais 
ácido no estômago em comparação aos 
animais que fazem a ingestão de 
volumoso e consequentemente são mais 
suscetíveis a essa afecção. 
 E por último a aplicação de 
antiflamatorios não esteroidais e 
esteroidais acabam inibindo a 
biossíntese de um hormônios chamado 
de prostaglandina E, esse hormônio é 
fundamental na proteção da mucosa 
gástrica contra o aumento da secreção 
de HCl. Dessa forma, essas medicações 
predispõe as lesões na mucosa gástrica. 
 
Sintomatologia 
 
 Tem animais que não tem sinal clínico e 
outros tem múltiplas alterações, 
normalmente o animal diminui o seu 
apetite, tem sialorreia (salivação 
excessiva), bruxismo (ranger dos dentes), 
o animal se encontra em decúbito dorsal 
em questão de dor, a mudança de 
comportamento diminui sua performance 
e isso faz com que ele não consiga 
exercer suas atividades. 
 
 A úlcera é diagnosticada através da 
endoscopia para visualizar as lesões com 
maior clareza. 
 
Tratamento 
 
• Antagonista de receptores H 2 - 
redução da secreção de H 
• Ranitidina - Adultos/Potros: 1,4 mg/kg 
PV EV ou 6,6 mg/kg VO q 8 h ; 
 
• Bloqueadores da bomba de prótons; 
 
• Omeprazol - Adultos/Potros: 0, 7 a 1,0 
mg/kg PV VO q 24 h ; 
 
Protetores da mucosa gástrica: 
 
• Sucralfato - 20 a 30mg/kg PV VO q 8 h; 
 
Promotores do esvaziamento gástrico: 
 
• Metoclopramida 0,25-0,50 mg / kg IM 
ou IV 3-4x/dia 
• Cisaprida 0,8mg/kg tid / bromoprida 
 
 
 A ranitidina é uma medicação que 
tende a diminuir a liberação de ácido no 
estomago, ou seja, ele tende a controlar 
a sua ação no estomago, seja na região 
glandular ou aglandular. 
 
 Os bloqueadores das bombas de 
prótons ele diminui a liberação de HCl 
inibindo a sua bomba de prótons e o 
mais tradicional é o Omeprazol. 
 
Duodeno Jejunite Proximal – Enterite 
Proximal 
 
 É o processo inflamatório do duodeno e 
do jejuno que desencadeiam um 
aumento excessivo de líquido pelo 
intestino delgado, o quem pode 
desencadear essa Inflamação é a 
questão alimentar (Salmonella e 
Clostridiose) no intestino delgado 
associado a cirurgias realizadas na 
cavidade abdominal do cavalo. Os sinais 
clínicos são mais graves que a da úlcera 
podendo observar além de dor 
abdominal, febre, apatia, Desidratação, 
refluxo gástrico de coloração castanho 
alaranjado observado após a sondagem 
nasogástrica e odor fétido nesse 
processo. 
 
Tratamento 
 
 Será com fluidoterapia e se tem refluxo 
gástrico tem que entrar com 
descompensação gástrica, ou seja, 
esvaziamento do estômago. Além disso é 
usado antibioticoterapia, antiflamatorios 
e redutores de ácido do estômago. 
 
 Tem uma alta taxa de mortalidade 
cerca de 56%, tem laminite, peritonite e 
endotoxemia. 
 
 
Íleo Paralítico 
 
 É estado da musculatura do trato 
gastrointestinal que varia de moderada a 
passageira redução da Motilidade 
intestinal até intensa à duradoura 
paralisia do trânsito intestinal, ou seja, é 
uma alteração da musculatura do íleo 
que é a menor porção do intestino 
delgado que pode reduzir ou parar 
completamente a motilidade intestinal. É 
de tratamento imediato se não o animal 
vem a óbito pois pode ter obstrução, 
romper o intestino e vir a óbito, sendo 
assim é extremamente complicado 
porque o animal tem series de 
complicações e alterações clínicas 
graves. 
 
 A etiologia é de causa variáveis, porém 
o desbalanço hidroeletrolítico e o uso de 
atropino podem desencadear essa 
afecção e uma vez que o animal tem 
essa paralisia ele sente dores 
abdominais rola, cava e deita, tem 
aumento dos parâmetros cardíacos, 
mucosa e tem provavelmente que fazer 
cirurgia para tentar avaliar o quando e 
identificar o que está desencadeando a 
paralisia. 
 
 Sendo assim, é uma alteração 
complicada, em relação ao tratamento e 
ao prognostico do animal, principalmente 
devido ao que ocasionou a paralisia. 
 
Tratamento 
 
 Sonda nasogástrica é tratamento e uso 
de fluído terapia, anti-inflamatório e pode 
usar pro-cinéticos para estimular a 
Motilidade intestinal já que está 
paralisada, além de lidocaína para 
diminuir a dor que o animal está sentido, 
Metoclopramida, Eritromicina, 
Neoestigmine, Domperidona.

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