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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DISCIPLINA: BIOQUÍMICA PROFESSOR: ADRIANO GONÇALVES VIANA CURSO: Bacharelado em Ciências Biológicas TURMA: B DATA: 26/06/2023 e 03/07/2023 Equipe 1 Camila Coelho 2 Isabelle Troitiño 3 Maryele Klipan 4 Letícia Havrechaki 5 Priscila Sulviki RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EXPERIMENTO 16 e 17: HIDRÓLISE ÁCIDA E ENZIMÁTICA DO AMIDO Durante o processo de digestão no organismo humano, o amido sofre três processos de degradação, o primeiro ocorre no aparelho bucal, pela ação da α-amilase salivar, o segundo ocorre no estômago por ação do ácido clorídrico presente no suco gástrico, e a terceira degradação acontece no intestino delgado, com a ação da α-amilase pancreática. Nos experimentos realizados, o objetivo foi reproduzir in vitro o processo de degradação estomacal e oral pelas hidrólises ácidas e enzimáticas do amido. PARTE I: HIDRÓLISE ÁCIDA DO AMIDO Procedimento experimental Foi adicionado 0,2 mL de HCl concentrado a 5 mL de amido em solução, e posteriormente essa solução de amido + HCl foi incubadas a 100ºC, então, ao longo de 30 minutos, observou-se o processo de degradação do amido pela retirada de duas alíquotas de 0,2 mL nas marcações de tempo 0’,5’,10’,20’ e 30’. A cada duas alíquotas retiradas ao mesmo tempo, foram utilizadas as metodologias do teste de DNS, e do lugol para cada uma. O lugol caracteriza as interações do iodo com o polissacarídeo, então conforme ocorre a hidrólise do amido, o amido é quebrado em seus monossacarídeos de glucose e quanto mais degradado o amido estiver, menos interação ele terá com o iodo do lugol, ou seja quanto mais degradado estiver o amido, menos coloração aparentará com o teste do lugol. O DNS a ser utilizado na outra amostra de solução de 0,2mL da mesma alíquota irá dosar a quantidade de monossacarídeos (glucose) remanescentes da hidrólise no tempo determinado. Foram montados tubos de ensaio como indica a tabela abaixo. Identificação dos tubos Tempo (em minutos) Solução de amido (mL) H2O (mL) DNS (mL) Lugol (gotas) D0 0' 0,2 1,3 1,0 - D5 5' 0,2 1,3 1,0 - D10 10' 0,2 1,3 1,0 - D20 20' 0,2 1,3 1,0 - D30 30' 0,2 1,3 1,0 - L0 0' 0,2 10 - 3 L5 5' 0,2 10 - 3 L10 10' 0,2 10 - 3 L20 20' 0,2 10 - 3 L30 30' 0,2 10 - 3 Tabela 1: Reagentes das soluções preparadas para cada tubo de ensaio. Em relação aos experimentos com o lugol, pode-se observar a diminuição da tonalidade da solução em ordem crescente de tempo de incubação do amido. Isso acontece por que, como mencionado anteriormente, o lugol interage com o polissacarídeo, e o amido da amostra incubada sofreu hidrólise gradualmente com o tempo percorrido, restando seus monossacarídeos que não interagem com o lugol. Imagem 1:Tubos L0, L5, L10, L20 e L30 respectivamente (conferir “Tabela 1”). Agora, em relação ao DNS, pode-se observar aumento da tonalidade da coloração em ordem crescente do tempo de incubação da amostra de amido, pois voltando ao raciocínio anterior, o amido hidrolisado se transforma em moléculas de glicose que interagem com o DNS, então quanto maior a concentração de glicose, mais forte será a coloração dada pelo DNS. Imagem 2:Tubos D0, D5, D10, D20 e D30 respectivamente (conferir “Tabela 1”). E por fim, com as amostras contendo DNS foi possível quantificar a quantidade de glicose através do espectrofotômetro a 540 nm, obtendo os seguintes resultados: Gráfico 1: relação entre a absorbância e a solução de amido hidrolisado em frações de tempo (consultar “Tabela 1” para mais informações). PARTE II: HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DO AMIDO Procedimento experimental A primeira etapa constituiu na obtenção da enzima α-amilase salivar que foi coletada a partir da saliva dos membros da equipe, formando um “pool” de amostras em um béquer. Foi transferido 1mL da amostra da saliva em um tubo de ensaio (tubo 1) e em seguida adicionados 9 mL de solução salina (NaCl 0,9%) ao mesmo para então homogeneizar a solução. Após obter a solução enzimática (tubo 1), retira-se 0,2 mL da mesma e adiciona em um outro tubo de ensaio (tubo 2) contendo 5 mL de amido em solução, então ocorre a homogeneização e depois essa solução (tubo 2) é levada ao banho maria a 37º por 30 minutos, retirando duas amostras de 0,2 mL dessa solução nas alíquotas de tempo 0’, 5’, 10’, 20’ e 30’. E, como no experimento anterior, a cada duas alíquotas retiradas ao mesmo tempo, utilizou-se DNS, e Lugol para cada uma. Foram preparados os seguintes tubos de ensaio a partir da amostra do tubo 1: Identificação dos tubos Tempo (em minutos) Amostra de amido + solução enzimática (mL) H20 (mL) DNS (mL) Lugol (gotas) D1 0' 0,2 1,3 1 - D2 5' 0,2 1,3 1 - D3 10' 0,2 1,3 1 - D4 20' 0,2 1,3 1 - D5 30' 0,2 1,3 1 - L1 0' 0,2 10 - 3 L2 5' 0,2 10 - 3 L3 10' 0,2 10 - 3 L4 20' 0,2 10 - 3 L5 30' 0,2 10 - 3 Tabela 2: Reagentes das soluções preparadas para cada tubo de ensaio. Para os testes com lugol, foram observados os resultados visíveis na imagem abaixo. Imagem 3:Tubos L0, L5, L10, L20 e L30 respectivamente (conferir “Tabela 2”). Nota-se que a partir do minuto 5 as enzimas α-amilase já haviam hidrolisado grande parte do amido da amostra, visto que o lugol só torna nítida a coloração da solução com maior teor do polissacarídeo. Após preparar os tubos contendo DNS, todos esses foram levados para banho em 100°C por 5 minutos, logo após foi adicionado 7,5mL de H2O e finalmente levadas as amostras para o espectrofotômetro a 540 nm, julgando os resultados através deste gráfico: Gráfico 2: relação entre a absorbância e a solução de amido hidrolisado em frações de tempo (consultar “Tabela 2” para mais informações). COMPARATIVO Foram observados resultados de dois agentes diferentes que promovem a hidrólise do amido, o ácido e o enzimático. Dessa forma foi possível comparar os resultados com auxílio do gráfico abaixo. O ácido clorídrico tem capacidade de hidrolisar qualquer ligação glicosídica e a enzima α-amilase consegue quebrar apenas as ligações α-1,4. Sabendo que o amido é formado pela amilose de ligações glicosídicas α-1,4, formando uma cadeia linear; e também pela amilopectina, com ligações α-1,4 e α-1,6, de estrutura ramificada, pode-se concluir que o HCl é mais eficiente para a degradação total do amido. Referência bibliográfica: LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.
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