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Neoplasias - resumo completo (tumores benignos e malignos, carcinogênese, nomenclatura, metástase, diferenciação, crescimento, Estadiamento, estágios, promoção, iniciação, substâncias cancerígenas, on

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Neoplasias 
Neo: novo - plasias: formação 
Um novo tecido se forma dentro do nosso organismo, totalmente desprovido de função.
O tabaco contém cerca de 60 substâncias cancerígenas. A grande maioria pertence a três 
grupos: 
• Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos
• Aminas aromáticas, possuem nitrogênio na composição, relacionada com a nicotina.
• Nitrosaminas, nitrogênio na composição e relacionada com a nicotina.
Histórico 
• 1550 a.C. - Menção no papiro de EBERS.
• Hipócrates / Teoria humoral da enfermidade - deficiência ou excesso dos “humores”, 
estes eram sangue, bile e o fleuma (muco) localizado.
• Cornelius Celsus / Galeno - entre 138 a 201 d.C. - batismo do termo ("câncer"/"carkynos") 
na observação de uma neoplasia mamaria que morfologicamente lembrava um 
carangueijo.
• Marco Aurélio Severinus (1580-1656)- primeira descrição de mixossarcoma, primeira 
diferenciação entre adenoma e adenocarcinoma de mama, e primeira exérese conjunta 
de linfonodos axilares no tratamento de tumores mamários.
• Sennert (1572-1637) em Praga e Lusitano (1642)-"O câncer é contagioso”.
• Le Drau (1685-1770)- "Se a linfa cancerosa passasse aos linfonodos adjacentes, 
estaria contaminado todo o sistema.
• Percival Pott, em 1775 / Londres - observando a grande freqüência de carcinoma de 
células escamosas no escroto de limpadores de chaminé, fez a primeira associação 
entre uma neoplasia e sua provável causa (fuligem carcinogênica). Câncer de escroto 
<—-> limpadores de chaminé. Exposição à agressores 
• Rudolph Virchow, em l860 - Classificação das neoplasias de acordo com a sua estrutura 
histológica. Lançou também a teoria da irritação do conectivo, “a irritação crônica sob o 
tecido conjuntivo estaria relacionada com o desenvolvimento do câncer”. Segunda 
teoria: “ A precisa classificação de um neoplasma é essencial para um plano de 
tratamento apropriado.”
• Samuel Thomas (1785)- câncer de lábio em fumadores de cachimbo.
• Novinsky (1876), na Rússia - Transplantabilidade do tumor venéreo canino
• Willian Nooth e Jean Louis Albert (1877)- injetaram-se em si próprios câncer mamário. 
O câncer não é contagioso.
• Julius Conheim (1877), na Alemanha - Teoria do desvio embrionário.
• Thiersch, na Alemanha - Teoria do desequilíbrio estroma - parênquima.
• Waldeyer - "tumores secundários" = conseqüências do crescimento contínuo ao longo de 
vasos sangüíneos e linfáticos, bem como de embolias de oncócitos.
• Rous (1910) - Transmissibilidade do sarcoma aviário através de suspensão livre de 
células.
• Yamamoto (1914) e Ichigawa & Yamagita (1915)- Carcinogênese experimental a partir do 
alcatrão de carvão em orelhas de coelhos que adquiriram tumores.
• Kennaway (1930) - Isolamento do primeiro carcinógeno químico, o dibenzantraceno. 
Hidrocarboneto policístico aromático.
Os Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAPs) são substâncias químicas, 
sabidamente cancerígenas. Constituem uma família de compostos caracterizada por 
possuírem 2 ou mais anéis aromáticos condensados.
Essas substâncias geralmente agregam à sua molécula íons de cloro e eventualmente o 
oxigênio, nitrogênio, carbono, enxofre.
Estas substâncias, bem como os seus derivados nitrados e oxigenados têm ampla 
distribuição e são encontrados como constituintes de misturas complexas em todos os 
compartimentos ambientais.
São encontrados em queima de matéria orgânica. Por exemplo: no churrasco, onde se 
queima matéria orgânica (o carvão), a carne vermelha tem muito nitrogênio que vai se 
agregando.
Alguns de seus metabólitos reagem com a guanina do DNA.
Relação do chimarrão com o câncer de esôfago. Exposição crônica e diária ao calor. Muito 
comum no RS e Argentina. Outros fatores: concentração de Hidrocarbonetos aromáticos 
policíclicos na erva do chimarrão (cada 12 cuias de chimarrão teria a concentração de 
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos equivalente de 1 carteira de cigarro).
Tumor: aumento de volume. Pode ser inflamação, abcesso ou câncer. Pode ser benigno ou 
maligno. 
Câncer: neoplasias são divididas em dois grupos: benignas e malignas. Câncer é sinônimo 
de neoplasia maligna, de comportamento agressivo.
Carquino: câncer. Carcinogênese : substância química formadora de câncer. 
Onco (volume, massa): formas combinantes que designam um tumor ou alguma reação com 
tumor ou volume.
Conceito: 
• Para Willis “uma neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento excede 
aquele dos tecidos normais e não está coordenado com ele, persistindo da mesma 
maneira excessiva após o término do estímulo que induziu a alteração”. Se tirar o 
estímulo, as células continuam proliferando. 
• “Esta massa anormal carece de propósito, é predadora do hospedeiro e praticamente 
autônoma”. (Robbins, 2000). 
• Proliferação tecidual
• Crescimento descontrolado
• Crescimento que não cessa, mesmo que retirado o estímulo que desencadeou a 
proliferação
Comportamento biológico: maligna (mais agressiva), benigna (menos agressiva)
Critérios de definição: Proporção de crescimento, Grau de diferenciação, Padrão de 
crescimento, Metástase.
Proporção de crescimento / Tamanho da lesão: 
Benignos: Pequena Proliferação celular x ± morte celular = Tumor Pequeno. 
Malignos: Grande Proliferação celular x ± morte celular = Tumor Grande
Proliferação celular x morte celular = Tumor Grande 
Proliferação celular x morte celular = Tumor Pequeno
Fator do tempo: nos tumores benignos há proporção de crescimento maior em um tempo 
mais longo e lento (anos) em pequenos tamanhos. Nos malignos, o número de mitoses são 
grandes e ocorre em um tempo mais curto, o crescimento é rápido (meses) e tem abrande 
tamanho.
Avaliação do crescimento: Avaliação clínica; Avaliação Macroscópica; Avaliação 
Microscópica.
Grau de Diferenciação Tecidual
Histológico. 
Graus: 
Bem Diferenciado: se uma neoplasia surge, e as células se diferenciam mas ainda 
conseguem exercer funções da origem, são semelhantes ao tecido normal.
Indiferenciado: perda das características do tecido de origem. Células muito diferentes uma 
das outras.
• Neoplasias Benignas sempre são bem diferenciadas. 
• Neoplasias malignas, onde ocorre muitas mitoses em pequeno período de tempo, 
poderão ser bem diferenciadas, moderadamente diferenciadas, pouco diferenciadas ou 
indiferenciadas. 
Técnica para identificar origem de neoplasia indiferenciada: reação imunohistoquímica. As 
células expressam antígenos, por exemplo: as células epiteliais expressam citoqueratina, 
para identificar o tecido se joga sobre ele um anticorpo, nesse caso um anticorpo 
anticitoqueratina e ocorre uma reação. Reação antígeno-anticorpo no tecido.
Cada origem terá um arsenal de drogas terapêuticas diferentes, logo a sua identificação é 
muito importante para o tratamento. 
Características dos tumores Indiferenciados
Características citoplasmáticas: pleomorfismo - variação de forma do citoplasma.
Características nucleares: 
• Hipercromia: núcleo muito corado, núcleo se preparando para fazer mitose. 
• Pleomorfismo: variação de forma do núcleo. 
• Mitoses atípicas 
• Multinucleação: o estímulo da mitose é tão intenso que algumas fases falham, a 
citocinese pode ser uma delas o resulta em vários núcleos dentro da célula.
• Apoptoses: essas células são tão geneticamente instáveis que muitas fazem a divisão e 
já morrem. Um tumor com muita mitose e muita apoptose é muito agressivo e 
indiferenciado.
Características cromossômicas: devido a mitoses muito rápida, que não faz a divisão polar 
de uma mitose normal, o número de cromossomos também não será normal. 
• Poliploidia: células com número maior de cromossomos.
• Aneuploidia: células com um número menor de cromossomos ou nenhum cromossomo.
Anaplasia/atípia: todas essas características em uma neoplasia se chamam Anaplasia. 
Quanto mais anaplástico/atípico o tumor, mais indiferenciado ele é. Anaplasia é uma 
proliferação celular desordenada (determinada pelo processo neoplásico) com a perda da 
diferenciação celular.
Reação imunohistoquímica: pinga o anticorpo no tecido, se reagiré positivo.
Ex: quer-se identificar se a origem do tecido é linfoide, se pinga anticorpo anti-linfócito, pois 
o linfócito expressa antígenos, proteínas, que só ele tem, se quer saber se ele é CD8, por 
exemplo. Se o anticorpo se liga ao antigeno, o núcleo vai corar.
Padrão de crescimento
• Expansivo: as células se proliferam em todas as direções e vão ocupando o espaço de 
todos os tecidos ao redor, os empurrando. É característico das neoplasias benignas, no 
entanto é possível observar em algumas malignas.
• Infiltratativo/invasivo: perde-se as junções intercelulares, a célula que se solta das 
outras é a célula neoplasica, ela se multiplica e as células que surgem novas vem com 
outra característica: de quebrar colágeno. O colágeno que acompanha todos os 
epitélios é o tipo 4, chamado lamínima, que se forma em rede embaixo do epitélio para 
que os nutrientes possam passar para as células epiteliais. Então, invade o tecido 
conjuntivo e se desloca através dele. Característica de neoplasias malignas. Muito 
característico de neoplasias epiteliais, mas não exclusivo. 
Metástases: comportamento invasivo. O tumor rompe a membrana basal, células invadem o 
tecido conjuntivo e então rompe os vasos linfáticos, entra na circulação e ganha a circulação 
sanguínea (linfáticos desembocam no sangue). Entra na circulação sanguínea, autonomia, 
rompe membrana do vaso sanguíneo é se instala em outro tecido, longe do local de origem, 
e ali começa a proliferar, formando a metástase. Lesão secundária, longe da lesão primária. 
Apenas neoplasias de comportamento maligno geram metástases. 
A célula neoplásica sobrevive na corrente sanguínea, é reconhecida como estranho e as 
plaquetas se agregaram nela, no entanto ainda sobrevive, passa a ser um êmbolo. 
Via de metástases:
• Via linfática: células podem ganhar o sistema linfático, se instalam nos linfonodos da 
região. Irão, com o passar do tempo, ganhar a circulação sanguínea também.
• Vias Hematógenas: ganham direto da circulação sanguínea, sem passar pelos vasos 
linfaticos. Via geralmente venosa, muito raramente arterial.
• Via intracavitária ou transcelômica: células proliferam, rompem a pleura e caem na 
cavidade pleural. 
As metástases (células das neoplasia primárias também) fazem angiogenese tumoral. Elas 
secretam Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF) e Fator de Crescimento 
Derivado das Plaquetas (PDGF) e criam canais vasculares em sua direção para elas 
proliferarem. Uma das estratégias terapêuticas é dar ao paciente drogas angiogênicas, 
outra alternativa é ir no local da metástase e queimar esses neo-vasos com etanol 
(embolização tumoral).
O tumor primário que mais da metástase para o fígado é o de intestino grosso. Do cólon, via 
venosa, sistema porta, passa no fígado. Os capilares do fígado são abertos, sinusóides, o 
que facilitará para as células se instalarem e devido às substâncias em grande quantidades 
no fígado, como proteínas, lipídios e glicogênio, elas irão se proliferar.
Muito difícil metástases se instalarem no coração devido o rápido fluxo sanguíneo. No Baço 
também não é encontrado metástases pois lá está o arsenal de células defensoras. No tecido 
esquelético também não se encontra porque o gasto energético é muita grande, não sobra 
“comida” para elas. Há excessões à regra, células metaplasicas são muito autônomas.
A coleta dos dados desses critérios são unificados no chamado Estadiamento.
Estadiamento: TNM (T- tumor; N-linfonodos; M-metástase).
Feito apenas em neoplasias de caráter maligno.
Serve para determinar condutas para cada tumor, protocolos de cirurgias, de tratamentos 
com quimioterapia e radioterapia.
Define, também, prognóstico.
T1: tumor menor do que 2 cm.
T2: tumor entre 2 e 4 cm.
T1 e T2: realizado cirugia com retirada do tumor e do tecido sadio ao redor (margem de 
segurança 1 cm), se costura e acompanha o paciente, dependendo da patologia o 
tratamento pode ser complementado com quimioterapia ou radioterapia.
T3: tumor maior do que 4 cm.
T4: invade estruturas adjacentes.
T3 e T4: em caso de tumor de boca é realizado a cirurgia Acesso Trans-mandibular, se serra 
a mandíbula, se abre a região do pescoço, é retirado a língua e o assoalho da boca, é 
retirado o músculo esternocleidomastóideo que tem a drenagem linfática. É feito um retalho 
do peitoral maior para a região cervical, se não a cabeça não tem sustentação. Para refazer 
a mandíbula é retirado um pedaço da fíbula da perna e há todo um acompanhamento depois 
para a reabilitação oral. 
Quanto maior a combinação de TNM, pior o prognóstico.
Para cada combinação, o paciente fica em um estádio (1, 2, 3 e 4 - quanto maior o número, 
pior e mais grave o prognóstico). 
Nomenclatura
Histogênese 
• Epitelial —> ECTODERMA, MESODERMA e ENDODERMA definem a histogênese.
• Mesenquimal 
Comportamento biológico 
• Benigno
• Maligno
Benigno: 
• designação tecidual + oma
Maligno
• Designação tecidual + Carcinoma
• Carcinoma de designação tecidual.
• Designação tecidual + sarcoma
• Sarcoma + designação tecidual.
 
Exemplos:
Benigno -> oma 
• Não epitelial 
Origem: na cartilagem, célula condrócito -> Condroma.
Origem: osteócito -> Osteoma.
Origem: músculo liso -> Leio Mioma
Origem: músculo estriado -> Rabdo Mioma.
Origem: vaso sanguíneo -> Hemangioma.
Origem: vaso linfático -> Linangioma.
• Origem epitelial:
Epitélio de revestimento: Papiloma.
Epitélio glandular: Adenoma 
Existe exceções à regra.
Maligno 
• Não epitelial -> sarcoma 
Origem: cartilagem -> Condrossarcoma.
Origem: osteócito -> Osteossarcoma
Origem: Músculo liso -> Leiomiossarcoma.
Origem: músculo estriado-> Rabdomiossarcoma.
Origem: vasos -> angiossarcoma. Hemangiossarcoma ou Linfangiossarcoma.
• Origem epitelial -> carcinoma 
Epitélio de revestimento: carcinoma de células escamosas
Epitélio glandular: Adenocarcinoma 
Neoplasias - carcinogênese
São variadas as causas do câncer, podendo ser internas ou externas ao organismo, estando 
ambas inter-relacionadas. 
O câncer é multifatorial, nunca de causa isolada.
Os fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de 
transformações malignas em células normais.
• Causas Externas: meio ambiente e hábitos ou costumes próprios de um ambiente social 
e cultural, exposições externas a diferentes carcinógenos. As causas externas terão que 
ser vindas junto das causas internas.
• Causas Internas: (genéticas e epigenéticas) geneticamente determinadas, estão ligadas 
à capacidade do organismo de se defender das agressões. Genéticas: mutações 
gênicas, cromossômicas, relacionadas com determinadas neoplasias. Epigenética: 
histonas do DNA, estás sofrem extremas alterações por exposições externas, modificar o 
enrolamento do DNA para que uma determinada proteína seja produzida é relacionada à 
essas causas.
Como os carcinógenos humanos são identificados:
- Estudos epidemiológicos. O aumento da incidência de câncer em determinadas populações 
é a primeira indicação. Procurar o fator de exposição. 
- Isolamento de substâncias químicas.
- Estudo de carcinógenos potenciais em animais de experimentação.
- Testes de ação de carcinógenos potenciais sobre células humanas em cultura.
- Teste de mutagênese em bactérias (teste de Ames). Qualquer substância no mercado 
precisa passa pelo teste de AMES. Para uma substância ser carcinogênica, ela precisa ser 
mutagênica, causar mutação. 
Pode ser uma exposição física, biológica ou química.
A carcinogênese se dá por etapas:
Teoria múltiplos passos
• Iniciação
• Promoção
• Intervalo de anos entre a promoção e progressão - 0 a 40 anos
• Progressão (30 divisões celulares) - células agredidas passam a ter autonomia
• Manifestação ( 1grama = 109) - 10 divisões= 1kg = 10^12 máximo compatível com a vida.
INICIAÇÃO : Envolve toda e qualquer exposição a um carcinógeno (possíveis agressores) e 
a sua interação com o DNA da célula, que lhe provoca uma alteração permanente - mutação, 
causa externa. Essa célula alterada permanece latente, podendo ser eliminada doorganismo 
pelos mecanismos homeostáticos ou vir a desenvolver outras alterações, quando os 
mecanismos falha quando tentam corrigir essa agressão no DNA - causa interna. A célula 
permanece com o DNA alterado.
PROMOÇÃO: o organismo não conseguiu corrigir a alteração do DNA. É o estágio que se 
segue à iniciação e caracteriza-se pela expansão clonal das células iniciadas. Ira ocorrer um 
aumento no número de células com esse DNA afetado. Durante este estágio as células não 
exibem crescimento autônomo, mas continuam dependendo da presença contínua do 
estímulo promotor. Este estímulo pode ser uma substância química exógena ou um agente 
físico, ou pode refletir um mecanismo endógeno que estão fazendo um constante estímulo 
sobre as nossas células ( ex.: estimulação hormonal, mama e próstata). Se tirar o estímulo, 
retira a intenção que a célula se prolifere. 
PROGRESSÃO: Processo pelo qual são ultrapassados os mecanismos que regulam a 
replicação celular, assim como sua organização espacial, estabelecendo-se o fenótipo 
maligno, as células passam a ter ter autonomia, ou seja, mesmo retirando o estímulo a 
proliferação ainda ocorrerá. Neste terceiro estágio o crescimento se torna autônomo. A 
progressão para o câncer não depende mais do carcinógeno e nem do agente promotor.
Para ser clinicamente identificado, precisa ter um número mínimo de 30 divisões celulares.
CÂNCER: Representa o resultado final de toda a seqüência, é estabelecido quando as 
células adquirem a capacidade de invasão e metástase (caráter maligno).
Existem substâncias, como o tabaco, que, em doses e por tempo de exposição 
determinados, funcionam como agentes carcinogênicos completos, ou seja, atuam nas três 
fases do processo descrito acima.
O álcool, por exemplo, ele lesa a célula, mas não é mutagênico para a célula, DNA, ou seja, 
não atua nas três fases. É um estimulador da proliferação celular - é um carcinogênico 
promotor. 
As alterações morfológicas que refletem a carcinogênese em múltiplas etapas nos seres 
humanos são melhor ilustradas nos epitélios. A iniciação não tem nenhum equivalente 
morfológico (não tem alteração nenhuma), já a promoção e a progressão são representadas 
pela seqüência de eventos: hiperplasia - displasia (aumento de células sem organização) - 
carcinoma in situ (câncer restrito ao seu local de origem). Último estágio: Carcinoma invasor, 
invade os tecidos vizinhos, câncer propriamente dito, maligno e com possibilidade de 
metástases em outros locais. Visualização por endoscopia. 
Os múltiplos passos definidos para a carcinogênese dos epitélios são definidos 
histologicamente pela hiperplasia que evolui para displasia que evolui para carcinoma in situ. 
Ao se realizar uma endoscopia ou colonoscopia e for achado um pólipo, ele precisa ser 
retirado.
Na fase de iniciação, o nosso corpo vai tentar corrigir ou induzir a morte da célula por 
apoptose. 
Durante a proliferação, irá surgir novas células com diferentes características, heterogenicas. 
Assim e,as são identificadas por sinais clínicos. 
Mutação – qualquer modificação ou alteração brusca de genes ou de cromossomas, mais 
graves ou mais sutis,podendo provocar uma variação hereditária ou uma mudança no 
fenótipo (expressão proteica alterada).
As mutações podem ser benéficas ou maléficas. A mutação pode produzir uma característica 
favorável num dado ambiente e desfavorável em outro e a espécie não conseguir evoluir e se 
adaptar.
Mutações somáticas e germinativas
Mutações germinativas: só vão ocorrer nos gametas (ovócitos e espermatozóides). Logo 
ocorrerá transmissão das células germinativas afetadas para os descendentes. Neoplasia de 
caráter familiar.
Mutações somáticas: em qualquer outra célula que não seja germinativa. Não ocorre 
transmissão para os descendentes. Neoplasias esporádicas.
Mutações benéficas e maléficas
Mutações benéficas: na teoria da evolução, permitiram a evolução das espécies. 
Mutações maléficas: no caso do câncer, sempre é maléfica. 
Mutações gênicas e cromossômicas 
Mutações gênicas: de menor proporção, em uma pequena sequência do DNA.
Mutações cromossômicas: de maior proporção. 
Mutação somática – ocorre durante a replicação do DNA que precede uma divisão mitótica. 
Todas as células descendentes são afetadas, mas podem localizar-se apenas numa pequena 
parte do corpo. As mutações somáticas estão na origem de certos cânceres. Não são 
transmitidas à descendência.
Mutação nas células germinativas – ocorre durante a replicação do DNA que precede a 
meiose. A mutação afeta os gametas e todas as células que deles descendem após a 
fecundação – é transmitida à descendência.
Gênicas – alteram a sequência de nucleotídeos do DNA, por substituição, adição ou 
remoção de bases. Podem conduzir à modificação da molécula de RNAm que é transcrita a 
partir do 
DNA e, consequentemente, à alteração da proteína produzida, o que tem, geralmente, efeitos 
no fenótipo.
Cromossômicas – traduzem-se numa alteração da estrutura (mutação cromossômica 
estrutural) ou do número (mutação cromossômica numérica) de cromossomas. Podem afetar 
uma determinada região de um cromossoma, um cromossoma inteiro ou todo o complemento 
cromossômico de um indivíduo.
Mutações espontâneas:
Mutações induzidas:
• Agentes mutagênicos – substâncias químicas ou físicas, radiações que aumentam a 
probabilidade de ocorrência de mutações.
• Principais agentes mutagênicos: substâncias físicas fontes naturais de radiação como 
raios cósmicos, luz solar e minerais radioativos da crosta terrestre. Certos minerais da 
crosta (urânio, rádio, carbono 14...) emitem radiações ionizantes, os raios α, β e γ. Estas 
radiações, especialmente os raios γ, têm energia suficiente para remover elétrons dos 
átomos e quebrar o esqueleto de açucares e fosfato do DNA; substâncias químicas, 
como agentes alquilantes e acridinas, drogas usadas em quimioterapia, nitrosaminas e 
nitrito de sódio.
• Alteração das bases nucleotídicas por agentes químicos (acridina: inserção ou deleção – 
alquilantes : reagem com o DNA grupamentos etil ou metil enfraquecendo suas ligações)
• No caso do ácido nitroso (HNO2), compostos nitrogenados, e dos seus derivados, podem 
transformar a citosina e adenina presente no DNA, na sua forma rara; para tal, ocorre a 
conversão de -NH2 (amida) em =NH. Tem por consequência a alteração do 
emparelhamento das bases;
• Compostos nitrogenados e seus metabólitos, acredita-se que sua ação esteja relacionada 
com a inibição de vitamina C e de outros antioxidantes que protegem o DNA. São 
capazes de provocar a desaminação de purinas e pirimidinas do DNA, do mesmo modo 
que o óxido nitroso.
• Adição de grupos químicos às bases por agentes químicos, como, por exemplo, o 
benzopireno, um dos componentes do fumo do tabaco, que adiciona um grupo químico à 
guanina, tornando- a indisponível para o emparelhamento das bases;
• Danificação do material genético por radiações. As radiações ionizantes (raios X) 
produzem radicais livres, altamente reativos, e que podem alterar as bases do DNA para 
formas não reconhecíveis, ou causar anormalidades cromossômicas.
• As radiações ultravioletas do Sol são absorvidas pela timina do DNA, promovendo o 
estabelecimento de ligações covalentes entre bases adjacentes, o que causa grandes 
problemas durante a replicação do DNA.
Como o câncer inicia?
Oncogenes e genes supressores tumorais
Em anos mais recentes, duas descobertas vieram acrescentar considerável contribuição para 
o entendimento mais completo deste processo.
A primeira delas refere-se aos oncogenes. Eles são encontrados em todas as células do 
corpo sendo designados de proto-oncogenes.
Realizam funções de homeostasia celular (fosforilação, forma celular, expressão de 
receptores de membrana, etc.) e controlam a relação entre a célula e o tecido adjacente.
Na forma mutada, os oncogenes acabam super-expressos produzindo várias características 
de células neoplásicas. 
O câncer começa com a transformação maligna de uma célula normal envolvendo uma 
alteraçãoirreversível em seu DNA.
O câncer por indução de alterações genéticas envolve genes normais responsáveis pela 
replicação e morte celular.
Quatro tipos de genes são caracteristicamente afetados:
• Genes que codificam fatores de crescimento, receptores para fatores de crescimento e 
proteínas sinalizadoras envolvidas em vários passos da divisão celular. Ex: câncer de 
pulmão EGF. Hoje existem drogas para atuar nessas leiteiras expressas de formas 
anômalas.
• Genes que regulam a apoptose. Proteínas reparados de DNA. Proteína P53, BRCA
• Genes que pertencem à família dos genes supressores de tumor. Proteína P53, 
• Genes que codificam enzimas de reparo do DN
Um deles falha.
Esses genes estão envolvidos na proliferação e diferenciação celular e são classificados, 
com base em sua função, em quatro grupos:
Como os proto-oncogenes são ativados para se tornar oncogenes?
Mutações pontuais: A substituição de uma única base da cadeia de DNA resulta em uma 
proteína anormalmente codificada. A mutação pontual do oncogene ras (transdução de sinal) 
é encontrada em cerca de 30% das formas de câncer comuns em pessoas, como o 
carcinoma de pulmão, intestino grosso e pâncreas.
Amplificação gênica: Essa lesão está associada a um aumento no número de cópias do 
proto-oncogene. O melhor exemplo é a amplificação de c-myc nos neuroblastomas. Quanto 
mais o c-myc for amplificado, tanto mais malignos são esses tumores em crianças.
Rearranjos cromossômicos
As translocações e as supressões de partes dos cromossomos levam à justaposição de 
genes que normalmente não estão muito próximos uns dos outros.
Esses rearranjos formam novos complexos de genes, nos quais um gene age como promotor 
do outro.
Por exemplo, a translocação do gene c-myc (normalmente localizado no cromosso 8) para o 
cromossomo 14, posiciona esse proto-oncogene próximo a um gene da cadeia pesada da 
imunoglobulina.
O gene da imunoglobulina é ativado em linfócitos B e age como promotor do gene c-myc. 
Esse rearranjo cromossômico é a base da transformação maligna dos linfócitos no linfoma de 
Burkitt.
Cromossomo Filadélfia ou translocação Filadélfia é uma anormalidade cromossômica 
que está associada à leucemia mielóide crônica. Corresponde a uma translocação 
cromossômica recíproca envolvendo os braços longos dos cromossomos 9 e 22.
 ̈O oncogene abl, situado no cromossomo 9, é transferido para o cromossomo 22, na região 
chamada bcr, onde se torna ativado por um promotor.
 ̈O cromossomo Philadelphia é encontrado em mais de 90% dos casos de leucemia mielóide 
crônica(LMC). Entretanto, a presença dele não é suficientemente específica para diagnosticar 
a LMC, já que ele também é encontrado na leucemia linfoblástica aguda (LLA, 25-30% em 
adultos e 2-10% em casos pediátricos) e ocasionalmente na leucemia mielóide aguda (LMA).
Mutagênese por inserção
Essa forma de ativação de oncogene ocorre devido à inserção de um gene viral no DNA dos 
mamíferos, resultando em falha na regulação genética. O melhor exemplo de tal evento pode 
ser encontrado nas células do fígado de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B.
Gene TP53
Os oncogenes e/ou genes supressores de tumores, TP53, estão envolvidos na iniciação e 
progressão do câncer humano.
Este gene se localiza no braço curto do cromossomo 17 (17p13).
TP53 codifica um polipeptídeo de 53kDa que tem um papel importante no mecanismo de 
controle da estabilidade do genoma.
É uma fosfoproteína nuclear composta por 393 aminoácidos.
Funções: transcrição de outros genes, aciona proteínas para o reparo, síntese do DNA, 
interrupção tansitória da divisão celular, apoptose, diferenciação celular e senescência.
As diferentes mutações neste gene tendem a produzir uma proteína alterada, com a vida 
média maior do que a normal, passível de ser detectada por técnicas imunoistoquímicas.
O acúmulo imunoistoquímico da p53 nas células tumorais sugere a presença de mutações 
missense.
Proteínas que o vírus usa no nosso corpo para neutralizar 
No HPV é a E6. Ela então degrada a P53 e a célula continua no ciclo celular.
Neurofibromatose -NF1 e NF2
Epidermodisplasia Verruciforme - HPV - EVER 1 / EVER 2.
Ações das células neoplasias: crescer, se multiplicar, independente dos comandos das 
células vizinhas, sobreviver ao sistema imunológico (Linf TCD8 reconhece como estranha, e 
leva algumas a apoptose, só que na multiplicação elas ficam diferentes e conseguem 
escapar), se deslocar e se multiplicar em lugares diferentes da origem p, imortalidade.
Henrietta Lacks - Telomerase - senescência celular
Telômero 100 a 1000 repetições TTAGGG
George Otto Gey: examinou o tumor e colocou as células em cultura
Estão em cultura até hoje, diversos estudos são feitos. Se descobriu que as células 
neoplasias com a Telomerase conseguem esticar a multiplicação celular - Imortalidade.q

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