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Planejamento de auditoria: riscos e distorções APRESENTAÇÃO Uma auditoria na área pública é de extrema importância para a sociedade, pois mediante esse trabalho é possível verificar se os recursos públicos estão sendo devidamente aplicados nos respectivos setores que requerem a lei, e, quando existentes, encontrar irregularidades operacionais, minimizando riscos de distorções relevantes. Para que esse processo ocorra de forma transparente e os auditores consigam executar o trabalho de forma adequada e obter bons resultados, faz-se necessário um bom planejamento, visando aos riscos e distorções possíveis em cada etapa de teste. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre o planejamento de uma auditoria com foco em riscos e distorções. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conhecer os princípios que devem ser considerados em um planejamento de auditoria.• Atribuir grau de risco aos processos da gestão pública.• Elaborar uma matriz de riscos de auditoria.• DESAFIO Os riscos de um determinado processo são fator de extrema importância para determinar um trabalho de auditoria. Portanto, conhecer os padrões estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento para determinar o grau de risco é de extrema importância para a capacitação de um auditor. Você é o responsável pela área de riscos e compliance de um importante órgão federal que passou por alteração na alta direção, e precisa demonstrar ao novo forúm a estrutura de uma matriz e os tópicos mais importantes relativos ao tema. Portanto, escreva sobre a matriz e seus macro fatores, crie uma matriz de riscos em Excel e descreva quais são os principais fatores que devem ser considerados para que um risco seja considerado catastrófico (grau 25). INFOGRÁFICO Acima de qualquer base metodológica, uma auditora deve estar baseada em princípios, os quais nortearão os trabalhos e apoiarão a equipe na construção do plano de trabalho. As questões éticas estarão presentes em qualquer trabalho, pois, embora a auditoria em questão não tenha a finalidade de encontrar desvios de conduta, é importante que o auditor tenha em mente que esse tema deve ser observado em cada etapa do trabalho. Em seus contatos com auditados, deve estar sempre conduzindo as questões com muito respeito, mantendo os padrões éticos requeridos. Veja o Infográfico e conheça os princípios-chave de uma auditoria, os quais servem de pilar para amparar o planejamento do trabalho. CONTEÚDO DO LIVRO A elaboração de uma matriz de riscos é uma das principais ferramentas metodológicas utilizadas pelos auditores no trabalho de combate aos perigos que "rondam" os negócios, e também para direcionar os esforços em relação à destinação de recursos para execução de trabalhos em campo. Acompanhe o capítulo Planejamento de auditoria: riscos e distorções entrega, base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura! AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO João Guterres de Mattos Planejamento de auditoria: riscos e distorções Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conhecer os princípios que devem ser considerados em um plane- jamento de auditoria. Atribuir grau de risco aos processos da gestão pública. Elaborar uma matriz de riscos de auditoria. Introdução Uma auditoria na área pública é de extrema importância para a sociedade. Por meio dela, é possível verificar se os recursos públicos estão sendo devidamente aplicados nos respectivos setores em que requer a lei, e encontrar irregularidades operacionais, minimizando riscos de distorções relevantes. Para que esse processo ocorra de forma transparente e os auditores consigam executar o trabalho de forma adequada e obter bons resulta- dos, é necessário um bom planejamento, visando os riscos e distorções possíveis em cada etapa de teste. Neste texto, você estudará sobre o planejamento de uma auditoria com foco em riscos e distorções. Planejamento e padrões de auditoria A etapa de planejamento é de extrema importância para que um trabalho de auditoria seja contributivo. Portanto, se pode dizer que essa etapa é chave no processo auditar. Você deve saber que existem diferentes tipos de auditoria. Porém, independentemente do objeto a auditar, alguns aspectos macros devem ser levados em consideração na etapa de planejamento. Você vai conhecer melhor esses aspectos nesta seção. Inicialmente, você deve considerar o fator independência. O auditor precisa ser independente da área auditada. Assim, sua avaliação e suas recomendações tendem a ter maior credibilidade. Isso ocorre pois nesse caso os auditores podem opinar de forma totalmente isenta, sem restritivos hierárquicos. Por- tanto, sendo uma auditoria em órgão público ou privado, esse aspecto deve ser levado em consideração na etapa inicial. Ou seja, se deve verificar o grau de independência da equipe que irá realizar o trabalho. De forma geral, a área pública já possui órgãos específicos para realização de auditorias. Estes são independentes das demais áreas auditadas. Porém, cabe o alerta para que o auditor observe sempre o grau de independência hierárquica requerida para a profissão. Em segundo lugar, você deve observar outros dois aspectos que estão correlacionados. São os riscos dos processos e a materialidade dos mesmos. Esses fatores devem ser levados em consideração desde a etapa de formação de um plano de auditoria anual. Eles devem estar presentes em todas as etapas do trabalho. O auditor, na formação de um plano de auditoria, deverá fazer uma avaliação do processo sob o ponto de vista de riscos e impactos materiais para elencar prioridades e definir o plano de testes. Isso é importante para ele obter melhores resultados em seu trabalho. Também é necessário realizar um mapeamento das pessoas e principais informações que serão utilizadas durante o trabalho. Esses fatores serão determinantes. Eles irão balizar a confecção do cronograma e embasar os papéis de trabalho do auditor. A dificuldade de obtenção de uma informação é um dos principais complicadores da etapa de execução de auditoria. Ela pode comprometer o resultado de um trabalho. Portanto, é recomendável que se faça previamente um mapeamento das pessoas e das fontes de informações que serão necessárias para executar o trabalho. Assim, é possível otimizar tempo e validar a viabilidade dos testes ainda na etapa de planejamento. Planejamento de auditoria: riscos e distorções2 Deve-se levar em consideração, e de forma bastante significativa, os padrões éticos requeridos para a profissão. O auditor precisa respeitar as pessoas acima de tudo. Ao mesmo tempo, precisa estar atento a possíveis desvios de conduta que eventualmente são identificados em um trabalho de auditoria. Tendo em vista os aspectos macro, você deve conhecer os principais tipos de auditoria. São eles: Conformidade: a auditoria de conformidade é realizada para avaliar se atividades, transações financeiras e informações cumprem, em todos os aspectos relevantes, as normas que regem a entidade auditada. Financeira: de forma geral, visa a demonstrar se os números apresentados por um determinado órgão governamental estão de acordo, ou se há distorções significativas. Operacional: de forma geral, procura verificar se os programas de governo estão trabalhando em sua máxima capacidade. Também visa a propor melhorias para melhor eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais. Além de se familiarizar com os tipos de auditoria, você precisa conhecer as etapas da construção de uma matriz de auditoria. Atender a equipe interna, ajudar nos trabalhos de áreas de maior relevância e maximizar as possibilidades de bons resultados são conceitos de uma matriz de planejamento. Veja a seguir algumas das etapas mais importantes do processo: Formação do escopo de auditoria; Painel de referência; Criação de papéisde trabalho; Teste-piloto; Cronograma; Elaboração do projeto. O painel de referências é uma reunião que contempla especialistas no assunto auditado. O objetivo desse encontro é discutir as bases da auditoria que será iniciada. Já na formação do cronograma, se deve observar a com- plexidade do trabalho e os recursos técnicos disponíveis para realização da auditoria. Esses fatores poderão variar ao longo do trabalho, de acordo com a necessidade da equipe. O teste-piloto visa a verificar se as diretrizes de avaliação estabeleci- das na fase de planejamento são efetivas. Portanto, se realiza um teste com amostra reduzida para verificar se os resultados funcionam, evitando custos desnecessários. 3Planejamento de auditoria: riscos e distorções Compete ao coordenador assegurar que o projeto de auditoria contenha todas as informações e testes necessários para a realização dos trabalhos e a eventual reanálise. Ele também deve revisar os papéis para garantir que estão adequados ao escopo estabelecido na etapa inicial da auditoria. O plano de trabalho é uma peça que resume os objetivos da auditoria e os resultados que se pretende alcançar. Ele demonstra os procedimentos que serão realizados. Nele, não há necessidade de apresentar valores. Você deve respeitar todas as etapas da auditoria para garantir a qualidade do trabalho. Matriz de riscos A matriz de riscos é uma ferramenta de gestão extremamente importante para qualquer instituição, seja ela pública ou privada. Em termos de auditoria, é peça-chave na elaboração estratégica da área. Isso ocorre pois serve como um direcionador utilizado pelos corpos estratégico, tático e operacional de um “time” de auditoria. A principal função dessa ferramenta é atribuir a criticidade de um risco, tendo em vista alguns aspectos importantes e relevantes do negócio. Esses aspectos são aferidos de acordo com padrões quantitativos e qualitativos. Os aspectos quantitativos são representados na base da matriz, enquanto os qualitativos no eixo y. Em relação aos aspectos quantitativos, se pode dizer que estão ligados à probabilidade e à frequência dos acontecimentos. Ou seja, quanto maior a probabilidade de ocorrência de um determinado evento, mais esse fator irá influenciar na criticidade de um risco. Já em relação aos aspectos qualitativos, estes refletem os impactos que o risco poderá causar à instituição em questão, tendo em vista aspectos financeiros e operacionais. Na Figura 1, você pode ver a estrutura macro de uma matriz de riscos. Planejamento de auditoria: riscos e distorções4 Figura 1. Matriz de riscos, uma ferramenta para avaliação de riscos. Fonte: Bertolucci (2012). O Ministério do Planejamento e Gestão elaborou e divulgou recentemente um documento que apresenta os principais fatores a serem considerados na formação de uma matriz de riscos da gestão pública. Esse documento foi elaborado por um colegiado de especialistas. Ele tomou como base metodo- logias como AHP (Analytic Hierarchy Process) e padrões que se apoiam na análise de hierarquias em processos. Também considerou alguns conceitos de formação de matriz que você viu aqui. O primeiro fator da matriz de riscos da gestão pública é relacionado à probabilidade e à frequência de ocorrências. Ele está ilustrado no Quadro 1. 5Planejamento de auditoria: riscos e distorções Fonte: Brasil (2017). Probabilidade Escala Frequência observada/esperada Descritivo da escala 5 – Muito alta > = 90% Evento esperado que ocorra na maioria das circunstâncias. 4 – Alta > = 50% < 90% Evento que provavelmente ocorra na maioria das circunstâncias. 3 – Possível > = 30% < 50% Evento que deve ocorrer em algum momento. 2 – Baixa > = 10% < 30% Evento que pode ocorrer em algum momento. 1 – Muito baixa < 10% Evento que pode ocorrer apenas em circunstâncias excepcionais. Quadro 1. Matriz de riscos: probabilidade e frequência de ocorrências. Já o segundo eixo da matriz representa os aspectos qualitativos de um evento. Esses aspectos estão subdivididos em cinco níveis, como você pode ver a seguir: Insignificante: impacto mínimo nas ações da gestão. Pequeno: impacto pouco relevante nas ações da gestão. Moderado: impacto significativo nas ações da gestão. Grande: impacto que compromete acentuadamente as ações da gestão. Catastrófico: impacto que ocasiona colapso nas ações da gestão. Para atribuir peso a cada evento, o colegiado elegeu algumas especificações. Também criou uma matriz própria para estabelecer os aspectos qualitativos dos riscos vinculados à gestão pública. Você pode vê-los na tabela da Figura 2. Planejamento de auditoria: riscos e distorções6 Figura 2. Matriz de riscos: impactos qualitativos. Fonte: Brasil (2017). Por fim, a matriz de riscos da gestão pública é subdivida em quatro níveis que representam o grau de risco de uma atividade. São eles: Risco pequeno; Risco moderado; Risco alto; Risco crítico. A Figura 3 ilustra uma matriz de riscos da gestão pública. Como você pode ver, ela demonstra que a correlação dos fatores qualitativos e quantitativos reflete diretamente o grau de riscos de cada evento: 7Planejamento de auditoria: riscos e distorções Figura 3. Uma matriz de riscos da gestão pública. Fonte: Brasil (2017). Para confeccionar e aplicar uma matriz de riscos, a gestão e a auditoria podem se valer de entrevistas, dados históricos, opiniões técnicas e outras metodologias matemáticas que possibilitam a identificação da probabilidade de um determinado evento acontecer. Por fim, essa ferramenta será importante para direcionar os trabalhos de auditoria. Ela também auxilia o auditor no entendimento dos processos para que ele realize as análises de forma mais assertiva. Acesse o link ou o código a seguir e conheça a ma- triz de riscos da Prefeitura de Porto Alegre (RS). Ela foi elaborada pelo Departamento de Auditoria do município no ano de 2016. Nesse material (PORTO ALEGRE, 2016), você poderá observar um exemplo prático de construção de matriz de riscos. https://goo.gl/dxehNy Planejamento de auditoria: riscos e distorções8 BERTOLUCCI, R. Matriz de risco: uma ferramenta para avaliação de riscos. [S.l.]: Essência Sobre a Forma, 2012. Disponível em: <http://www.essenciasobreaforma.com.br/ colunistas_base.php?id=85>. Acesso em: 31 ago. 2017. BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Matriz de riscos. Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/assuntos/gestao/ controle-interno/matriz-de-riscos>. Acesso em: 30 ago. 2017. PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal. Controladoria-Geral do Município. Matriz de risco para planejamento de auditoria. Porto Alegre, 2016. Disponível em: <http://lproweb. procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cgm/usu_doc/matriz_de_risco_maio_2016.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2017. Leituras recomendadas DU PONT. Mapa de risco: aprenda como fazer e descubra seus benefícios. [S.l.]: Falando de Proteção, c2016. Disponível em: <http://falandodeprotecao.com.br/mapa-de- -risco-aprenda-como-fazer-e-descubra-seus-beneficios/>. Acesso em: 20 ago. 2017. RISKEX. A matriz de risco. Jundiaí: Segurança tem Futuro, c2017. Disponível em: <http:// www.segurancatemfuturo.com.br/index.php/home/gerenciamento-de-riscos/a- -matriz-de-risco/>. Acesso em: 30 ago. 2017. ROSA, M. V. Auditoria no setor público: movimento em direção à transparência. Campo Grande: Portal Educação, 2012. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com. br/conteudo/artigos/administracao/auditoria-no-setor-publico-movimento-em- -direcao-a-transparencia/22331>. Acesso em: 20 ago. 2017. 9Planejamento de auditoria: riscos e distorções Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Os critérios para formação de uma matriz de riscos são de extrema importância para formação de um auditor, pois, a partir deles, pode-se conhecer a criticidade de um determinado evento, e também realizar um adequado planejamento dos trabalhos, dando foco àquelas atribuições de relevância, tendo em vistaos mais variados aspectos que são importantes para a administração pública. Assista ao video e conheça um pouco mais sobre os critérios para formação de matriz de riscos, conforme os padrões do ministério do planejamento e gestão. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Há diferentes tipos de auditoria no setor público. Para que se possa realizar um trabalho e planejamento adequados, prevendo os devidos riscos e distorções, faz-se necessário ter conhecimento de todos os tipos existentes. Nessa linha, assinale a alternativa que melhor se enquadra em uma auditoria de conformidade: A) a) A auditoria de conformidade tem como principal objetivo estabelecer uma matriz de risco para um determinado departamento da área pública. B) b) A auditoria de conformidade visa a analisar os principais aspectos de um determinado departamento ou atividade, e verificar se as ações praticadas estão em compliance com a legislação vigente. C) c) Procura verificar se os programas de governo estão trabalhando em sua máxima capacidade, e visa a propor melhorias para eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais. D) d) Visa a demonstrar se os números apresentados por um determinado órgão governamental está de acordo, ou se há distorções significativas. E) e) Visa a auditar os parâmetros do plano pluri anual apresentado pela base governamental, e verificar se atendem à lei de responsabilidade fiscal. 2) Conforme o Ministério do Planejamento, "a matriz de riscos é uma ferramenta que permite aos gestores mensurar, avaliar e ordenar os eventos de riscos que podem afetar o alcance dos objetivos do processo da unidade e, consequentemente, os objetivos estratégicos do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - MP". Diante desse contexto, assinle a resposta mais adequada em relação à classificação de um risco: A) a) Para o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, um risco é considerado crítico quando o impacto deste na gestão for catastrófico, mesmo que a probabilidade de ocorrência seja minima ou nula. B) b) Os padrões estabelecidos pelo Ministério do Planejamento determinam que um risco considerado catastrófico em termos de intensidade é aquele cujo impacto compromete acentuadamente às ações de gestão. C) c) Um risco é considerado como alto quando o impacto da ocorrência é moderada e, ao mesmo tempo, a probabilidade de ocorrência é considerada como possível. D) d) Segundo os parâmetros do Ministério do Planejamento, o impacto é considerado pequeno quando é mínimo no alcance das ações de gestão. E) e) Quando se trata de um impacto insignificante, independentemente da probabilidade de ocorrência, o risco será pequeno. 3) A identificação dos impactos e da probabilidade de ocorrência para determinar criticidade de risco é um desafio da gestão, e esses fatores são importantes e devem ser considerados em um planejamento de auditoria. Sendo assim, pode-se dizer: A) a) Os impactos são atribuídos unicamente a questões econômicas e financeiras. B) b) Para que um evento seja considerado de periodicidade alta, o evento deve ocorrer em algum momento. C) c) O fator econômico-financeiro representa 25% do peso na atribuição de impacto para avaliação de risco. D) d) Os impactos em reputação, conforme o modelo AHP, representam 18% para atribuição de peso dentro do quadrante estratégico. E) e) Dentro dos aspectos estratégicos, são considerados dois fatores: esforço da gestão e reputação. 4) Assinale a alternativa que melhor representa a matriz de planejamento de auditoria: A) a) A matriz de planejamento é uma ferramenta-base para os gestores públicos, pois define os controles internos de cada área da gestão. B) b) Um dos principais focos da matriz de planejamento de auditoria é classificar os riscos conforme impactos econômicos. C) c) Direcionar os trabalhos para áreas de maior relevância e maximizar as possibilidades de bons resultados são conceitos de uma matriz de planejamento. D) d) Na fase de planejamento de auditoria, define-se apenas o escopo, enquanto na fase de execução, elabora-se o cronograma de testes, organiza o cronograma e redireciona a equipe de acordo com o volume de trabalho. E) e) O painel de referências utiliza análise AHP para determinar o grau de risco de cada etapa de testes de uma auditoria. Em relação às etapas de construção de um planejamento de auditoria, podemos 5) dizer: A) a) O cronograma da auditoria é definido pela disponibilidade de recursos da área auditada, pois os da área pública são limitados e devem estar direcionados para atender as demandas sociais — portanto, é imutável. B) b) O teste piloto é uma ferramenta utilizada para testar as habilidades do auditor que fará parte da equipe que realizará o trabalho. C) c) Compete ao auditor assegurar que o projeto de auditoria contenha todas as informações e testes necessários para realização dos trabalhos e eventual reanálise. D) d) Cabe ao coordenador da equipe revisar os papéis de trabalho para validar se estão atendendo aos requerimentos dos objetivos planejados. E) e) O plano de trabalho deve apresentar todos os riscos existentes no departamento que será auditado e os impactos e perdas financeiras estimadas. NA PRÁTICA Em um processo de auditoria, o auditor deve visar a identificar pontos de ruptura dentro de um processo que podem, de forma intencional ou não, causar prejuízo aos cofres públicos. E é comum, em trabalhos de auditoria, o auditor deparar-se com uma série de inconsistências que geram prejuízos milionários. Em uma reportagem de maio/2017, divulgada no portal de noticias G1, foi destacada a identificação de uma fraude que causou prejuízo de R$ 23 milhões por superfaturamento do café dos presos do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. riscos que devem ser cobertos em um processo de auditoria, e as distorções que podem ser identificadas quando de uma execução assertiva do trabalho, bem como demonstra a importância dos princípios-chave que devem sempre ser considerados pelo auditor. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Conheça a LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000, de responsabilidade fiscal, que ampara muitas das auditorias no setor público: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Neste vídeo, você verá os tipos de auditoria pública: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!