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1. revisar eixo motor - via piramidal TRATOS ESPINHAIS - PIRAMIDAL → função da medula: - condução de sinais nervosos: informação aferente → cérebro e informação eferente → periferia - modula reflexos → visão geral: - tratos ascendentes: conduzem informação sensitiva da medula para o cérebro e o percurso consiste em 3 tipos de neurônios: - neurônio de 1ª ordem: detectam o estímulo e transmitem para a medula - neurônio de 2ª ordem: conduzem o sinal pela medula até o tronco - neurônio de 3ª ordem: conduzem o sinal até a região sensitiva do córtex - tratos descendentes: conduzem impulsos motores e viscerais pela medula e o caminho tem 2 neurônios: - neurônios motores superiores: originam no cérebro e efetuam sinapses com neurônios motores inferiores - neurônios motores inferiores: transportam o sinal para o músculo ou órgão alvo → tratos ascendentes: - coluna dorsal: trato sensorial ascendente na porção posterior da medula, dividido em fascículo grácil (membros inferiores) e fascículo cuneiforme (membros superiores). Transmitem sensação de propriocepção, vibração, toque fino e dor visceral. - tratos espinotalâmicos: tratos sensoriais ascendentes na porção ântero lateral da medula, decussam ao entrar na medula, fibras terminam no tálamo contralateral e transmitem dor, temperatura, tato epicrítico, pressão, prurido e cócegas. - tratos espinocerebelares: tratos sensoriais ascendentes na porção lateral da medula, tem componentes dorsais e ventrais, todas as fibras terminam no cerebelo ipsilateral e transmitem propriocepção inconsciente. → tratos espinhais descendentes: - Tratos corticoespinhais/tratos piramidais: tratos motores descendentes na porção anteromedial da medula, controlammovimentos dos membros e axiais do lado contralateral. UMN: neurônio motor superior e LMN: neurônio motor inferior. TRATO PIRAMIDAL → desejo de levantar o braço → escala as células piramidais girantes ou células de Betz no córtex motor primário → mensagem parte do corpo celular desse neurônio no córtex → continua num trajeto descendente ao longo do axônio até a medula → no caminho da medula, os neurônios motores convergem para a cápsula interna → uma área de substância branca que separa o núcleo caudado e o tálamo do núcleo lentiforme → quando os neurônios motores alcançam o bulbo, eles cruzam → trocam de lado e chegam na medula → TRAJETO DO 1° NEURÔNIO - SISTEMA PIRAMIDAL. → sistema piramidal: grande via eferente (eferente = via que vai embora = leva informação para fora do SNC) responsável por levar informações motoras do córtex cerebral até outros neurônios na substância cinzenta na medula. Qualquer lesão a estes axônios em qualquer parte do trajeto gera sinais e sintomas da sd. piramidal. → resumo: controle dos movimentos é transmitido pelo trato piramidal, que se origina nas células de Betz ou células piramidais gigantes localizadas no córtex motor primário. No limite inferior de anterior do bulbo, ocorre decussação das pirâmides. Nessa região, as fibras do trato piramidal cruzam o plano mediano e por isso, o córtex direito comanda funções do hemicorpo esquerdo. Dentro da medula, o trato piramidal desce pelo funículo lateral e termina em cada nível da medula, fazendo sinapses com neurônios motores inferiores, que formam os nervos periféricos e que controlammovimentos voluntários finos e grossos. SINAIS E SINTOMAS INDICADORES DA SD. PIRAMIDAL → sinal de babinski: se tiver lesão das vias descendentes, a resposta alterada é descrita com extensão do hálux → hiperreflexia profunda: lesões do primeiro neurônio tornam os reflexos profundos aumentados (bruscos e amplos) em relação ao normal. → hipertonia espástica: o tônus muscular encontra-se aumentado na sd. piramidal, caracterizando a hipertonia espástica. TRATOS EXTRAPIRAMIDAIS - trato reticuloespinhal: controla músculos dos membros relacionados a postura e equilíbrio e sinalização da dor - trato vestibuloespinhal: recebe impulsos para manter equilíbrio e postura - trato tecto espinhal: movimentos reflexos da cabeça. UNIDADE MOTORA O neurônio motor inferior tem seu corpo celular localizado no corpo anterior da substância cinzenta da medula espinhal ou nos núcleos motores dos nervos cranianos. Ao longo do trato, o axônio se junta a outros axônios para formar as raízes, plexos e nervos, e se ramifica para invernar fibras musculares. Cada motoneurônio é responsável pela inervação de algumas fibras musculares. O conjunto formado pelo motoneurônio e fibras inervadas é uma unidade motora. O número de fibras varia de acordo com a função de cada unidade. - unidades motoras de músculos envolvidos emmovimentos que precisam de maior precisão do que força (pequenos músculos da mão ou músculos motores oculares) tem apenas 3-6 fibras musculares - músculos que precisam de força (gastrocnêmio), tem cerca de 2.000 fibras musculares por unidade. A lesão dos motoneurônios ocasiona sintomas e sinais que levam a sd. motora periférica ou sd. do neurônio motor inferior, e levam ao déficit de força. → neurônios que se originam no SNC e atuam sobre os motoneurônios são os neurônios motores superiores. Os axônios/fibras nervosas formam tratos encéfalo espinhal. O mais importante é o trato piramidal, pois as fibras nervosas formam uma proeminência no bulbo que tem forma de pirâmide. ARCO REFLEXO SIMPLES → impulso percorre 2 neurônios: quando o tendão da coxa é estimulado pelo martelo, a distensão estimula receptores que geram um impulso nervoso transmitido por um neurônio sensitivo a um neurônio motor e deste para o músculo, que se contrai. ARCO REFLEXO COMPOSTO → impulso percorre 3 neurônios: estímulo é percebido pelo neurônio sensorial, em que o corpo celular se encontra no gânglio sensorial, e do neurônio sensorial, o impulso é transmitido para o neurônio de associação (interneurônio), na medula. Nessa região, o impulso atinge a terminação de um outro neurônio, que transfere a informação para o encéfalo. Do neurônio de associação, o impulso chega ao neurônio motor, que transmite até os músculos que irão executar o movimento. Antes que o cérebro analise a situação, a mão é retirada. 2. descrever córtex a via motora e como a placa motora funciona PLACA MOTORA A junção neuromuscular (junção entre a parte terminal de um axônio motor com a placa motora - sarcolema, encontro entre nervo e músculo para contração) é uma sinapse onde um potencial de ação pré-sináptico libera a acetilcolina que atua nos receptores nicotínicos pós sinápticos. A abertura desses receptores permite um fluxo de íons entre os espaços extra e intracelular, despolarizando o sarcolema das fibras musculares. - na miastenia gravis: a liberação de acetilcolina é reduzida e a contração das fibras é prejudicada, levando a fraqueza e fadiga da musculatura voluntária. É uma doença autoimune que ocorre uma produção de anticorpos contra os seus próprios receptores nicotínicos para a acetilcolina. - botulismo: a Clostridium botulinum produz a toxina botulínica, que inibe a fusão das vesículas com acetilcolina na membrana citoplasmática, inibindo sua liberação na fenda sináptica e impedindo o desencadeamento da ativação dos receptores nicotínicos e a contração muscular. CONTRAÇÃO ISOTÔNICA - dinâmica Ocorre quando a contração das fibras musculares promove ummovimento articular. Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima. Possui alto consumo calórico e é de rápida duração. - concêntrica: ocorre quando ao realizar ummovimento o músculo aproxima suas inserções, com encurtamento dos sarcômeros - m. braquial ao levar o copo na boca - excêntrica: ocorre quando ao realizar o movimento o músculo se alonga, as inserções se afastam, com aumento do comprimento dos sarcômeros - m. braquial ao devolver o copo na mesa CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA - estática Contração muscular que não desencadeia movimento articular. 3. diferenciar causas de fraqueza - protocolo O diagnóstico diferencial de fraqueza muscular em adultos é extenso pois pode ocorrer quando a patologia afeta qualquer nível da via neuromuscular(neurônios motores superiores ou inferiores, junção neuro-muscular e fibras musculares). → neurologia - neurônios motores superiores (no córtex, tronco e vias corticoespinhais) podem ser feridos por AVC, rosas múltiplas e massas medulares ou cerebrais. - neurônios motores inferiores (no corno anterior da medula, raízes nervosas e nervos periféricos) podem ser danificados por infecções, sd. de Guillain Barré, distúrbios do sensoriomotor hereditário, neuropatia compressiva, radiculopatia por hérnia de disco intervertebral, inflamação, atro-muscular espanhol tipo IV ou infiltração amilóide. → miosite: a fraqueza é a característica predominante das desordens musculares primárias (miosites). Algumas destas perturbações, como dermatomiosite, polimiosite e miosite necrosante, apresentam fraqueza proximal aguda ou subaguda e podem estar associadas a doenças malignas ou de tecido conjuntivo. → endócrina: hipertireoidismo e hipotireoidismo, insuficiência adrenal (doença de Addison), excesso endógeno de glicocorticóides (sd. de Cushing), acromegalia, hiperaldosteronismo primário (sd. de Conn) podem causar fraqueza. → distúrbios eletrolíticos: perturbações de cálcio, fosfato, potássio e sódio. A hipocalemia é comum e pode ser causada por medicamentos, como diuréticos. A sd. de Gitelman (paralisia periódica hipocalêmica), acidose tubular renal, hiperaldostesiamo primário, tireotoxicose ou infecções, como a febre de dengue. → genética: a distrofia muscular se apresenta durante a infância ou adolescência, e certos subtipos (distrofia muscular de Becker), podem se apresentar durante a idade adulta. Desordens do metabolismo lipídico e glicogênio e perturbações das mitocôndrias podem causar debilidade, miopatia e rabdomiólise, que podem ser exacerbadas no exercício ou doenças febris e raramente presentes em adultos. → medicamentos: amiodarona, medicamentos anti-retrovirais, medicamento que causa hipocalemia/hipercalcemia, nitratos, fluoroquinolonas, glicocorticóides sistêmicos, estatinas, anestésicos locais, omeprazol, etc. → toxinas: exposição a metais pesados (arsênio, chumbo, tálio e mercúrio), envenenamento por organofosforados causa fraqueza ao nível da junção neuromuscular, com graves efeitos colinérgicos (toxindrome), álcool e drogas recreativas são neurotóxicos em doses elevadas. Picadas de carraças e de cobras venenosas causam fraqueza, toxina botulínica por ingestão de comida contaminada ou mal cozida provoca paralisia aguda ao bloquear a libertação de acetilcolina na junção neuromuscular. → infecções: infecções pelo Nilo ocidental, HIV, difteria, dengue, doença de chagas, raiva, botulismo, herpes, citomegalovírus, hepatite C, herpes. → sarcopenia e fragilidade são síndromes multifatoriais comuns que não ocorrem em pessoas mais jovens. Estão associadas ao aumento da morbidade, incapacidade, institucionalização e mortalidade. A sarcopenia é a perda catabólica de massa muscular e força relacionada com a idade e pode ser avaliada através da medição da força de preensão, velocidade de marcha e massa muscular. A fragilidade, que coexiste com a sarcopenia, pode ser definida como a presença de 3 ou mais dos seguintes fatores: fraqueza de preensão, velocidade de marcha lenta, perda de peso não intencional, exaustão subjetiva e baixa atividade física. HISTÓRIA - A fraqueza assimétrica é tipicamente neurológica e pode ser devida a lesões do SNC ou inflamação ou compreensão do nervo periférico. - Os sintomas sensoriais que os acompanham sugerem uma etiologia neuropática, como dor na mesma distribuição que a fraqueza sugere compressão nervosa, neuropatia ou miopatia inflamatória. A história de febre, artralgia, erupção cutânea ou fenômeno de Raynaud sugere etiologia inflamatória. 4. qc ELA, esclerose múltipla, miastenia gravei e sd guillemot barre CAUSA FRAQUEZA SINAIS DE NEURÔNIOS M. INFERIORES E SUPERIORES PADRÃO DE INÍCIO SINTOMAS Esclerose lateral amiotrófica variável, se inicia semilateral, numa região periférica, pode apresentar deficiência dos nervos cranianos do 9° ao 12° ambos gradual cãibras musculares, atrofia muscular (nas mãos), fasciculações na língua, espasticidade, pode exibir um efeito pseudobulbar Esclerose múltipla Variável dependendo do local, muitas vezes unilateral alto variável pode se apresentar com disfunção da bexiga, disfunção cognitiva, alterações sensoriais, perda de visão monocular devido a neurite óptica, ataxia cerebelar Miastenia gravis proximal, cefalocaudal, progressão piora com repetição (fadiga), oculomotor baixo variável piora dos sintomas ao longo do dia Sd. Guillain Barré simétrico, bilateral, afeta os músculos baixo agudo História de Campylobacter jejuni distal e proximal, pode progredir para incluir envolvimento respiratório e bulbar recente, Epstein-Barr, citomegalovírus ou infecção por mycoplasma, vacina recente. Pode se associar a dores nas costas e alterações sensoriais simétricas (parestesias). ELA: → condição degenerativa → Sinais e sintomas da sd do primeiro e segundo neurônio motor → fraqueza muscular - 1° hiperreflexia e babinski - 2° neurônio amiotrofia e miofasciculações → não tem alteração sensitiva, é uma doença exclusivamente motora → Fasciculações: são despolarizações involuntárias de unidades motoras → são típicas da ELA, principalmente quando observadas na língua e musculatura bulbar. → Split hand sign: atrofia dos músculos abdutor curto do polegar e 1º interósseo dorsal, por conta dos músculos hipotenares. Esse achado é específico da ELA e tem relação com amaior área de representação cortical e por isso, maior vulnerabilidade desses músculos envolvidos com a função de pinça. → Alterações cognitivas e comportamentais → 20% dos pacientes: os sintomas iniciais se relacionam com fraqueza nos músculos bulbares. É mais comum em casos familiares: dificuldade de deglutir, mastigar, tossir, respirar e falar (disartria). Geralmente não envolve os músculos extraoculares. → 40%: fraqueza dos músculos das extremidades superiores. Os inferiores são os inicialmente afetados. Fatigabilidade fácil, fraqueza, rigidez, espasmos, atrofia e cãibras musculares, podendo ter queixas sensoriais vagas e perda de peso. → Alterações cognitivas: alterações de personalidade, irritabilidade, incompreensão e déficit na função executiva. Pode ter até características parkinsonianas e disautonômicas. → diagnóstico: clínico → tto: de suporte, trata complicações evolutivas. Riluzol (bloqueia liberação de glutamato - é liberado quando há lesão e aumenta os danos nos neurônios), consegue prolongar em alguns meses a vida do paciente. ESCLEROSE MÚLTIPLA → doença numerologia autoimune → relativamente rara → mulheres caucasianas jovens → fisioapto: imunomediada - múltiplos ataques. Perde bainha de mielina na substancia branca central. → clinica: duas formas - em surtos: surto do SNC com recuperação total ou parcial - quadro nueroloico que dura mais que 24 h → ataques tem preferencia: neurite óptica, mielite (inflamação medular), sd. de tronco encefálico (nervos cranianos - estrabismo, desvio de rima, trigemio, etc), substancia branca (emiparesia), fenomeno de uhtoff (pseudosurto - com infecções e parece esclerose) - progressiva: após vários surtos - → Alterações sensitivas: hipoestesia (perda ou diminuição de sensibilidade em um segmento do corpo), parestesia (sensação de formigamento e dormência) e dor. - *Sintomas sensitivos são mais proeminentes que os motores - → Alterações motoras: acometem o primeiro neurônio motor superior (a espasticidade, hiperreflexia, clônus e presença do sinal de Babinski) - →Manifestações oculares: Agride o nervo ótico, então vai ter neurite óptica (inflamação do nervo). Começa unilateral e perda parcial da acuidade visual e dor retro-ocular. Isso ocorre pelo espessamento do nervo óptico na cavidade orbitária e têm curso progressivo, então pode piorar com a evolução da doença. - →Manifestações gênito-urinárias: incontinência, polaciúria, urgência e alterações como disfunção sexual. - → Sintomas neurológicos: depressão, perda cognitivagradual e progressiva. Ocorrem depois do acometimento de áreas mais extensas com desmielinização e morte neural proeminentes. E a depressão pode surgir por conta da incapacidade progressiva e alterações na qualidade de vida. → diagnóstico: - ressonancia com contraste - liquor com inflamação no SNC - anticorpo antiNMO (aquaporina 4): neuromielite otica (doença de devic) = para diagnóstico diferencial - exclusão: sifilis, HIV, B12 → tto agudo: pulsoterapia metilprednisolona → prevenir surto: interferon e glatiramer MIASTENIA GRAVIS → lesao especifica da placa motora → condição com auto anticorpos contrao receptor da acetilcolina na placa motora → fisiopato: receptores de acetilcolina são bloqueados pelos autoanticorpos e diminuem sua densidade por conta do IgG, que internaliza os receptores e degeneração dos mesmos. Como os receptores são imprescindiveis para a comunicação do 1°com o 2° neurônio, a transmissão do estimulo é bloqueada. O 2°neuronio trabalha normal liberando acetilcolina na placa, poréma a acetilcolina fica bloqueada por conta do receptor → qc: - fraqueza muscular: predileção pelos músculos extra oculares e palpebrais → diplopia e ptose - musculatura bulbar - cervical alta (deglutição e voz: disfagia, disartria, disfonia (voz anasalada) - fraqueza proximal assimétrica de membros com reflexos tendinosos normais - doença é restrita a placa motora - não tem alteração sensitiva → diagn: anticorpo anti AchR, eletromiografia → tto: anticolinesterásicos (mestinon), imunossupressores (glicocorticoide/micofenolato) SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ → doença neurologica autoimune → fisiopato: quadro infeccioso viral ou bacteriano pelo campylobacter precede o quadro. Sistema imune tenta ir contra o patogeno e ataca os nervos periféricos, levando a dano dos nervos de forma axonal ou lesão desmielinizante. Isso leva a uma polirradiculoneurite (paralisia flácida). → qc: disfunção nas áreas em que os nervos atuam - motor: fraqueza ascendente (3 membros), alteração de marcha, paralisia fláscida aguda (não tem tonus) - sensitivo: dormencia, parestesia ascendente - craniano: facial (paralisia) - respiratório: dificuldade de respirar - motor: paralisia flascida aguda: fraqueza rapida, simérica, ascendente e arreflexia - FLÃSCIDO, lesão periferica - autonomico: sudorese, taquicardia, labilidde pressórica e paresia de enrvo craniano - sd. miller fisher: olho morto - oftalmoparesia, ataxia, arreflexia → evolução: individuo saudável → crise → recuperação → diagnostico: clinico + liquor + eletromiografia → tto: imunomodulaçãp (plasmaférese imunoglobulina) 5. caracterizar ELA → Definição: doença neurodegenerativa progressiva que atinge os neurônios motores do córtex cerebral, tronco encefálico e medula espinal. Os neurônios motores (eferentes) são responsáveis por transmitir o impulso nervoso do SNC para os músculos voluntários ou esqueléticos. ELA é caracterizada pela perda progressiva dos neurônios motores superiores e inferiores do SNC. → esclerose: endurecimento e cicatrização; lateral: endurecimento da porção lateral da medula espinhal e amiotrófica é a fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular, atrofia. → epidemio: - 2 para 100.000 habitantes - mais no sexo masculino 1,5:1 - idade média entre 50-65 anos e 5% dos casos tem início abaixo dso 30 anos → fatores de risco - exógenos: exposição ao fumo, atividade física, metais pesados, produtos químicos agrícolas, radiação e tipo de dieta - Genéticos: autossômico dominante ou recessivo ou em padrões de herança dominante ligado ao cromossomo X. → fisiopatologia: - mutação da proteína superóxido dismutase dependente de cobre/zinco (SOD1): é uma proteína antioxidante que atua sobre radicais livres de O2, dando origem amoléculas estáveis de peróxido de hidrogênio. A mutação dessa proteína impede essa reação, provocando a acumulação de radicais de O2, que são tóxicos, e provocam lesão celular. - Excitotoxicidade pelo glutamato: o glutamato é um neurotransmissor excitatório do SNC. Durante a neurotransmissão glutamatérgica, o glutamato liberado pelo neurônio pré-sináptico se liga a receptores específicos no neurônio pós-sináptico. A ativação desses receptores resulta num influxo de Na e Ca para dentro da célula, levando a uma despolarização e geração de um potencial de ação, e causam uma degeneração neuronal. - via clássica aumento do glutamato extracelular leva a degeneração neuronal devido ao aumento dos níveis libertados pelo terminal pós-sináptico ou pela recaptação insuficiente pelos neurônios pós sinápticos. - Excitotoxicidade lenta: ocorre morte do neurônio pós-sináptico enfraquecido na presença de níveis normais de glutamato na fenda sináptica. Os neurônios com mutação no gene SOD1, temmetabolismo de produção de ATP insuficiente e não consegue satisfazer os processos dependentes de ATP, ficando lesionado e levando a morte neuronal. - Disfunção mitocondrial: defeitos morfológicos e funcionais nas mitocôndrias foram encontrados na ELA expressando o SOD1 mutante. A SOD1 mutante estava associada com a mitocôndria, causando danos mitocondriais. Isso leva a interrupção da atividade de complexos da cadeia respiratória, homeostase redox interrompida e diminuição da produção de ATP. - disfunção axonal: distúrbios no transporte axonal, diminuição da velocidade de transmissão axonal por aumento da espessura dos neurofilamentos, - agregação proteica: inclusões protéicas ricas em ubiquitina em neurônios motores - processos inflamatórios: ativação da microglia e respostas auto-imunes no SNC, levando a disfunção neuronal. - microglia tipo M1: características citotóxicas e libertam citocinas pró inflamatórias. Esse tipo tem capacidade de se auto-ativas, auxiliando neutrófilos e linfócitos - microglia tipo M2: predominante e tem capacidade de produzir um ambiente neuroprotetor. Libera fatores de crescimento (IGF-1), que permite o crescimento neuronal e manutenção da restante microglia. → quadro clínico: fraqueza muscular localizada que começa distalmente ou proximalmente nos membros superiores e inferiores. Os sintomas iniciais são assimétricos e se desenvolvem de forma progressiva e generalizada, com fraqueza e atrofia dos músculos. - lesão no neurônio motor superior ocorre por lesão nos tratos corticoespinhais e corticobulbares: músculos rígidos (espasticidade), reflexos exagerados (hiperreflexia incluindo reflexo hiperativo de arqueada, reflexo de Babinski - lesão nos neurônios motor inferior ocorrem por lesão do corno anterior da medula ou dos núcleos dos pares cranianos motores do tronco cerebral: debilidade e atrofia muscular, cãimbras musculares e contrações momentâneas e involuntárias dos músculos que podem ser vistas de baixo da pele (fasciculações). Relativamente à região neurológica afetada, a sintomatologia pode ser: - bulbar: instabilidade emocional, aumento do reflexo masterino, disfagia e disartria, fraqueza facial, diminuição ou perda do movimento do palato, fraqueza e fasciculação da língua e sialorréia. - cervical: paresia nos segmentos distais ou proximais dos membros superiores ou inferiores, limitação da abdução do ombro e paresia distal como limitação das atividades que exigem preensão. Tem início insidioso e assimétrico, e o membro contralateral desenvolve paresia e atrofia posteriormente. Fasciculações são visíveis emmais de um grupo muscular. - lombossacral: tendência a tropeçar, queda do pé ou dificuldade em subir escadas. → diagnóstico: - sinais e sintomas, exame neurológico, feita pela exclusão de outras causas de disfunção progressiva do NMS e NMI. - eletrofisiologia, neuroimagem e estudos genéticos - critérios de diagnóstico El Escorial: padronizaram o diagnóstico de ELA - Critérios de Awaji: aumentam a capacidade de detectar doentes com ELA sem aumentar o número de falsos positivos. Nesse critério, considera-se que as alterações eletrofisiológicas encontradas num determinado músculo tem omesmo valor dos sinais clínicos de envolvimento do NMI. Assim, numa extremidade, as anormalidadesnecessárias para o diagnóstico de ELA podem ser detectadas pela clínica como pela eletroneuromiográfico. - eletrofisiologia: estudos de condução nervosa e eletromiografia (EMG) são mais sensíveis para detectar a doença. Permitem identificar a degeneração do NMI em regiões comprometidas e não comprometidas - estudos de condução nervosa: necessários para excluir doenças do nervo periférico, junção neuromuscular e do músculo que possam confundir o diagnóstico de ELA. O tempo de latencia motora distal e a velocidade de condução nervosa continuam normais ou quase normais, nas fases iniciais da ELA, mas na doença avnaçada, a amplitude dos potenciais de ação muscular compostos se torna reduzida, indicando dernervação, por perda de unidades motoras funcinais. - eletromiografia: perda de unidades motoras, grande amplitude da unidade motora com potenciais polifásicos e atividade espontânea de desnervação. Potenciais de fasciculação são uma característica da ELA. - neuroimagem (RM): revele sinais anormais nas vias motoras do córtex motor para o tronco cerebral. - estudo genético: para SOD1 - estudos laboratoriais: para exclusão de outras doenças que possam coexistir. → tto: - não farmacológico: ventilação não invasiva e alimentação entérica - controle respiratório: quando há fraqueza dos músculos da respiração, resulta numa ventilação reduzida e necessidade de ventilação. A indicação da ventilação é feita quando há uma redução de 50% da capacidade vital forçada (CVF) ou diminuição da saturação de oxigênio no sangue abaixo de 88%. - controle nutricional - farmacológico: - anti-apoptótico: dexpramipexole, minociclina, pentoxifilina: para defeitos mitocondriais e homeostase de Ca interrompida - anti-inflamatório: celastrol, celecoxib, minociclina: astrócitos e microglia reativos - anti-excitotoxitório/anti glutamatérgico: ceftriaxona, cobalamina: pela libertação de glutamato - antioxidante: celastrol, creatina: mutação no gene SOD reduzem a atividade de superóxido dismutase, acumulando radicais livres - anti-agregação: arimoclomol, celastrol: instabilidade conformacional da proteína codificada levando a formação de agregados - fator de crescimento neuroprotetor e neurotrófico: xaliprodeno - riluzol: aumenta moderadamente a média de vida se prescrito nos estágios iniciais. - tto sintomático: - fraqueza e incapacidade: órteses, fisioterapia, cadeira de rodas - disfagia: nutricionista, terapeuta de fala, técnicas de deglutição - dispneia e tosse seca: suporte ventilatório, morfina, máquina de sucção - dor: analgésico simples, AINES, anticonvulsivos, relaxantes musculares, analgésico opiáceo - disartria: terapeuta de fala, auxiliar de comunicação, educar família e cuidadores - sialorréia: antidepressivos anticolinérgicos (amitriptilina), anticolinérgicos, injeções de toxina botulínica, radiação de glândulas salivares - saliva engrossada: produtos naturais, hidratação adequada, nebulizadores salinos, cuidado bucal - labilidade emocional: benzo - depressão e ansiedade: psicólogo, benzo e antidepressivos - disturbios do sono: avaliação respiratória, benzo - obstipação: mudança na dieta, formulação rica em farelo, macrogol referência; neuro machado, neuro clinica livro e artigos
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