Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fármacos para dor Disciplina: Farmacologia Professor: Márcio Martinez Fármacos § Anti-inflamatório não esteroidais (AINES) § Anti-inflamatório esteroidais (AIES) § Analgésicos fracos § Opioide (Hipnoanalgésicos) § Analgésico não opioide de ação central § Ergotamina (antienxaquecoso) § Triptanos (antienxaquecoso) § Anestésico local § Relaxantes musculares § Uricosúricos § Antidepressivo § Anticonvulsivante § Benzodiazepínico Uso clínico de analgésicos DOR LEVE (GRAU 1) Analgésicos (dipirona ou paracetamol) e/ ou anti-inflamatórios (ibuprofeno ou cetoprofeno); DOR MODERADA (GRAU 2) analgésicos ou anti-inflamatórios + opióides fracos (tramadol ou codeína); DOR INTENSA (GRAU 3) analgésicos ou anti-inflamatórios + opioides fortes (morfina, metadona, oxicodona ou fentanil transdérmico). ADJUVANTES Em alguns casos dependendo do tipo da dor crônica, independentemente do grau de intensidade, como anticonvulsivantes, antidepressivos e relaxantes musculares, por exemplo. Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) COX-1/ COX-2 COX-2 - Proteção estômago - Filtração renal - Agregação plaquetária Efeito analgésico Efeito anti-inflamatório Efeito antitérmico Anti-inflamatórios não esteroidais: mecanismo de ação Inibem a enzima COX (COX-1 e/ou COX-2), e com isso a síntese de PG que causa dor e febre Anti-inflamatórios não esteroidais Inibidor seletivos irreversíveis da COX-1 plaquetária e, também inibe COX-2 Aspirina (AAS retard) Inibidores não seletivos da COX (COX-2/ COX-1) Ibuprofeno, Diclofenaco, Aceclofenaco, Piroxicam, Indometacina, Nabumetona, Trometamol cetorolaco, Cetoprofeno Inibidores seletivos da COX-2 (inibe pouco a COX-1) Nimesulida, Tenoxican, Meloxicam, Etodolaco, Naproxeno Inibidores altamente seletivos da COX-2 Celecoxibe, Paracoxibe, Etoricoxibe, Lumiracoxibe Anti-inflamatórios não esteroidais: Efeitos adversos Inibindo a COX-1: § Diminuição da proteção estomacal § Diminuição da filtração renal § Diminuição da agregação plaquetária (sangramento) Inibindo a COX-2: § Aumento da agregação plaquetária (trombos) Outras reações § Reações cutâneas § Broncoespasmo (AAS - aspirina) § Distúrbios hepáticos § Depressão da medula óssea Anti-inflamatórios esteroidais Anti-inflamatórios esteroidais: mecanismo de ação Reduz histamina . Imunosupresssor (artrite/ lúpus) . Anti-inflamatório Inibem a síntese da COX-2 . Antialérgico (asma/alergia) Atua em receptor nuclear, aumentando a expressão de LIPOCORTINA-1, que inibe a FOSFOLIPASE A2 Anti-inflamatórios esteroidais INALATÓRIOS Asma, DPOC, alergias respiratórias § Beclometasona § Budesonide § Fluticasona § Ciclesonida § Mometasona TÓPICO Reações alérgicas ou doenças na pele (dermatite seborreica, dermatite atópica, urticária ou eczema) § Hidrocortisona § Betametasona § Mometasona § Dexametasona § Triancinolona § Fluocortolona ORAL Doenças endócrinas, osteomusculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas, neoplásicas § Prednisona § Deflazacorte § Dexametasona § Betametasona INJETÁVEIS Alterações osteomusculares, condições alérgicas e dermatológicas, doenças do colágeno, tratamento paliativo de tumores malignos § Dexametasona § Betametasona § Hidrocortisona § Metilprednisolona Anti-inflamatórios esteroidais Uso clínico Fármacos Doenças autoimunes Prednisona/ Dexametasona Doenças alérgicas Prednisona/ Dexametasona Doenças respiratórias Prednisona/ Prednisolona Oftalmologia Prednisona/ Dexametasona Asma Beclometasona/ Budesonida/ Fluticasona/ Ciclesonida Aftas Triancinolona Doença de Addisson* (Insuficiência Adrenal) Hidrocortisona/ Fludrocortisona *A pessoa com doença de Addison sente fraqueza, cansaço e tontura ao se levantar após estar sentada ou deitada e, pode apresentar manchas escuras na pele. Anti-inflamatórios esteroidais: Efeitos adversos * Insuficiência adrenal secundária (síndrome da retirada) Fármacos § Anti-inflamatório não esteroidais (AINES) § Anti-inflamatório esteroidais (AIES) § Analgésicos fracos § Opioide (Hipnoanalgésicos) § Analgésico não opioide de ação central § Ergotamina (antienxaquecoso) § Triptanos (antienxaquecoso) § Anestésico local § Relaxantes musculares § Uricosúricos § Antidepressivo § Anticonvulsivante § Benzodiazepínico Analgésicos fracos Analgésicos fracos ANALGÉSICOS NÃO OPIOIDES § Dipirona § Paracetamol § Ibuprofeno (dosagens menores vo) Dipirona § INATIVA as COX-1 e COX-2 (SNC e periferia) § A dipirona é indicada como primeira escolha para dores leves a moderadas, pois sua eficácia analgésica é superior em relação ao paracetamol no controle da dor pós- operatória. § Presente em várias formulações para dor, quando comparada ao Paracetamol § Banida em alguns países, pois acredita-se que a Dipirona (Metamizol) seja um pró- fármaco e decompõe-se em outras substâncias que causam Agranulocitose, sendo dedicada apenas para uso veterinário § Contra indicado no primeiro e último trimestre da gravidez § Contra indicada para lactantes VO, IV, IM, retal Paracetamol § INATIVA a COX-3 (SNC) § Presente em menos formulações para dor, quando comparada a Dipirona § Paracetamol injetável (Halexminophen®) - dor pós operatória e febre § Em casos de intoxicação (Risco de lesão hepática potencialmente fatal), usa-se a Acetilcisteína que é precursor da glutationa, facilitando sua excreção. Quanto maior o tempo durante o qual o paracetamol foi tomado (nos 2.o e 3.o trimestres da gestação), mais forte a associação com o TDAH e TEA O risco de transtorno hiperquinético subiu mais de 50% em crianças cujas mães tinham usado a medicação por mais de 20 semanas na gravidez VO/ IV Fonte: American Journal of Epidemiology, Volume 187, Issue 8, Agusto 2018. Pages 1817–1827, DIPIRONA § Para crianças acima de 3 meses § Aplasia medular e agranulocitose PARACETAMOL § Uso em crianças > 3 anos § Necrose hepática aguda (Ascetilcisteína e carvão ativado) AAS § Não recomendado para crianças pequenas § Exacerbação da asma § Síndrome de Reye (encefalopatia) Analgésicos em crianças “TYLENOL® Bebê pode ser usado desde o 1º dia de vida para a redução da febre e alívio das dores comuns da infância, como o nascimento dos dentes, cólicas e algumas reações pós-vacina. A inconfundível embalagem vem com seringa dosadora, tornando a administração do remédio mais segura e ágil” Analgésicos AAS - Síndrome de Reye A síndrome de Reye é uma doença muito rara, mas potencialmente fatal, que causa inflamação e inchaço do cérebro e degeneração e perda da função hepática A causa da síndrome de Reye é desconhecida, apesar de ela ocorrer geralmente depois de uma infecção por determinados vírus, como os da influenza (gripe) ou catapora, sobretudo em crianças que tomam aspirina https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/v%C3%ADrus-respirat%C3%B3rios/influenza-gripe https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-por-herpesv%C3%ADrus/catapora Analgésicos fortes (Opioides) Fármacos OPIOIDES FRACOS § Codeína – oral/ SC/ IM § Cloridrato de tramadol – oral/ injetável OPIOIDES FORTES § Morfina – oral/ injetável § Petidina (Meperidina/ Dolantina) – IM/ IV/ SC § Fentanil - injetável/ transdérmico § Sufentanil/ Alfentanil/ Remifentanil - injetável § Hidromorfona – oral § Oxicodona - oral, injetável § Metadona – oral, injetável § Buprenorfina – SL, injetável, transdérmico § Nalbufina - injetável Tratamento diarreia aguda § Loperamida (Imosec®) § Difenoxilato (Lomotil®) Uso clínico de analgésicos opioides São usados para aliviar a dor como pré-anestésicos, dores muito intensas como no caso dos pacientes com câncer, dor associado ao IAM, dor no parto, grandes queimaduras, politraumatizados, para cólicas biliar, renal ou uretral Tratamento de dependência (buprenorfina, metadona) Usados também como antidiarreicos e para diminuir a tosse São usadas também para fins não reconhecidos clinicamente (o que se chamade "abuso"). Para sentir "barato" "ficar nas nuvens", novas sensações, prazer. Ou seja, fazem uso indevido sem ter alguma doença ou sentir dor. Oxicodona A oxicodona pode ser adicionada à aspirina, acetaminofeno ou ibuprofeno. § Percodan contém aspirina. § Percocet, roxicet, roxilox, oxycet e tylox contém acetaminofeno. § Combunox contém ibuprofeno. Hidrocodona A hidrocodona pode ser adicionada ao acetaminofeno ou ibuprofeno. § Vicodin, zydone, norco e lortab contêm acetaminofeno. § Vicoprofeno e reprexain têm ibuprofeno. Codeína A codeína pode ser adicionada ao acetominofeno § Paco, Tylex Combinações de Opioides Opioides: dependência/ intoxicação Intoxicação Naloxona – EV Naltrexona – via oral Naltrexona é mais potente do que a naloxona e tem sido proposto para o tratamento do vício em heroína. Está indicado também como terapêutica de apoio na manutenção da abstinência (auto-rejeição) em doentes dependentes de álcool. Dependência Metadona Buprenorfina Menor risco de síndrome de abstinência Opioides EFEITOS ADVERSOS ConsGpação (mais frequente) (necessidade de aumentar a ingestão de água e alimentos fibrosos durante o tratamento) Náuseas e vômitos (es=mulação do SNC) Miose (diagnós=co por intoxicação) Alergia (liberação de histamina – menos pronunciada com fentanil/ sufentanil) Redução de frequência urinária (reduzem a filtração glomerular) Confusão (idosos) Depressão Respiratória Hipotensão postural (aumento da es=mulação vagal, com liberação de Ach – cuidado com hipertensos em terapia) Cáries/ abscesso dentário (Buprenorfina SL) INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS § Lactulose (Lactuliv®) = diminuir a Constipação § Metoclopramida = diminuir as náuseas IECA, Paroxetina, Fluoxetina, Bupropiona, Difenidramina, Quinidina inibem metabolização de opioides Codeina é convertida pela CYP2DE em Morfina IMAO (Tranilciprmomina) associado a Meperidina/ Fentanil/ Tramadol, aumento do risco de Síndrome Serotoninérgica (delirium, hipertensão arterial, hipertermia, rigidez, convulsões) Antipsicóticos aumentam o risco de Depressão central com Opioides Os opioides atrasam o esvaziamento gástrico, de modo a reduzir a absorção de outros medicamentos Analgésico não opioide de ação central Analgésico não opioide de ação central Hidroxibenzoato de viminol (Divinol®) Não-narcótico e sem atividade antiinflamatória (duração de 4 h) Potência analgésica superior à dos salicilatos e dipirona e comparável aos produtos mais potentes em analgesia Atua por inibir a percepção de estímulos dolorosos no SNC e sua transformação em um estado de sofrimento, permitindo estados de intensa analgesia. Não causa alterações na respiração ou na circulação, mas pode resultar em leve sonolência e alterações discretas na coordenação motora. Dores osteoarticulares, neuríticas, vasculares, viscerais, neoplásicas, cefaleia, mialgias, dores dentárias e estados dolorosos em pós-operatórios diversos. Fármacos § Anti-inflamatório não esteroidais (AINES) § Anti-inflamatório esteroidais (AIES) § Analgésicos fracos § Opioide (Hipnoanalgésicos) § Analgésico não opioide de ação central § Ergotamina (antienxaquecoso) § Triptanos (antienxaquecoso) § Anestésico local § Relaxantes musculares § Uricosúricos § Antidepressivo § Anticonvulsivante § Benzodiazepínico Antienxaquecosos Tratamento da Enxaqueca Classe Fármaco Como atua Analgésicos ou anti-inflamatórios Paracetamol, Ibuprofeno, Aspirina Ajudam a aliviar a dor em algumas pessoas Triptanos Zomig®, Naramig®, Sumax® (Zolmitriptano, Sumatriptano, Naratriptano) Pode estar associado a Naproxeno - Vasoconstritor - Agonista 5-HT1 - Inibe liberação CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) que causa sensibilização dos neurônios nociceptivos do trigêmeo Ergotamina Cefaliv®, Cefalium® - Vasoconstritor - Agonista 5-HT1/ Antag 5-HT2 Menos eficazes que os triptanos Antieméticos Metoclopramida - Bloqueio receptor D2 Náuseas causada pela enxaqueca Opioides Codeína (Paco)® - Hiperpolarização neuronal Pacientes que não recebem triptanos ou ergotamina Prevenção da Enxaqueca Classe Fármaco Como atua Anticorpo monoclonal Erenumabe (SC – 1x/mês) Anticoporpo monoclonal que atua bloqueando a ação do CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) que causa sensibilização dos neurônios nociceptivos do trigêmeo AINES Naproxeno - Inibe a síntese de PG Ajuda a prevenir a enxaqueca e reduzir os sintomas Anti-hipertensivos Propranolol, Timolol, Verapamil, Lisinopril - Mecanismo desconhecido Ajuda a prevenir a enxaqueca e reduzir os sintomas Antidepressivos Amitriptilina Útil para pacientes com insônia - Aumenta os níveis de serotonina - Bloqueia receptores H1 Anticonvulsivos Valproato, Topiramato Útil para pacientes com obesidade (Diminui ansiedade, reduz paladar, diminui apetite, ação sobre a insulina) - Inibição da anidrase carbônica (reduz a hiperexcitabilidade neuronal); bloqueio de canais de Ca+2/ Na+; potencialização do GABA Reduzem a frequência das enxaquecas Fármacos § Anti-inflamatório não esteroidais (AINES) § Anti-inflamatório esteroidais (AIES) § Analgésicos fracos § Opioide (Hipnoanalgésicos) § Analgésico não opioide de ação central § Ergotamina (antienxaquecoso) § Triptanos (antienxaquecoso) § Anestésico local § Relaxantes musculares § Uricosúricos § Antidepressivo § Anticonvulsivante § Benzodiazepínico Anestésicos locais Anestésicos locais ÉSTERES § Benzocaína § Tetracaína § Procaína § Cloroprocaína § Propoxicaína § Butacaína § Hexilcaína § Piperocaína AMIDAS § Lidocaína § Articaína § Prilocaína § Mepivacaína § Bupivacaína § Dibucaína § Etidocaína § Ropivacaína MECANISMO DE AÇÃO: Anestésicos locais: Ésteres Tetracaína é um potente anestésico local, utilizado topicamente como anestésico oral (antisséptico), associado a lidocaína, em oftalmologia e em raquianestesia. Benzocaína é indicada também como anestésico tópico na mucosa oral, previamente à anestesia infiltrativa e ainda em procedimentos clínicos USO TÓPICO CURTA DURAÇÃO Anestésicos locais: Amidas AMIDAS § Lidocaína § Prilocaína § Mepivacaína § Articaína § Bupivacaína § Dibucaína § Ropivacaína § Etidocaína VASOCONSTRITOR Anestesia tópica Anestesia por infiltração Anestesia regional (raquidiana/ peridural) Uso secundário dos anestésicos locais Lidocaína A lidocaína é um anti-arrítmico (classe IB – bloqueadores de canais de sódio) que pode ser usado também para: § Tratamento de arritmia ventricular em casos pós- infarto do miocárdio, § Intoxicação digitálica, § Pós-cateterismo ou cirurgia cardíaca. Ação imediata (45 a 90 s) - EV Duração 10 a 20 minutos A lidocaína utilizada como pré-medicação na anestesia geral (1 a 1,5 mg/kg): Propriedade de abolir os reflexos laríngeos e potencializar o efeito anestésico de outras drogas (3 minutos antes da indução) Lidocaína Fármacos § Anti-inflamatório não esteroidais (AINES) § Anti-inflamatório esteroidais (AIES) § Analgésicos fracos § Opioide (Hipnoanalgésicos) § Analgésico não opioide de ação central § Ergotamina (antienxaquecoso) § Triptanos (antienxaquecoso) § Anestésico local § Relaxantes musculares § Uricosúricos § Antidepressivo § Anticonvulsivante § Benzodiazepínico Relaxantes musculares Relaxantes musculares RELAXANTES MUSCULARES § Carisoprodol (Mioflex®, Tandrilax®) § Ciclobenzaprina (Miosan®, Musculare®) § Orfenadrina (Dorflex®, Fenaflex®) - antagonista muscarínico/ nicotínico § Baclofeno (Baclon®, Lioresal®) – agonista GABA B Associados a outros fármacos: analgésicos, anti-inflamatórios, cafeína MECANISMO DE AÇÃO: O mecanismo de ação dessas drogas não é completamente compreendido, porém acredita-se que sua atividade depressora do SNC deva contribuir para os efeitos relaxantes musculares Relaxantes musculares § Espasmos musculares associados com dor aguda (lombalgias, torcicolos) § Disfunções temporomandibulares e nevralgia do trigêmeo § Fibromialgia § Paralisia cerebral § Soluço intratável § Dor crônica não oncológica§ Esclerose múltipla § Mielopatia crônica § Doenças degenerativas da medula espinhal § Acidentes cerebrovasculares Relaxantes musculares MEDICAMENTO PRINCÍPIO ATIVO Mioflex® Diclofenaco sodico, Carisoprodol, Paracetamol, Cafeina (50 mg + 125 mg + 300 mg + 30 mg) Tandrilax® Diclofenaco sodico, Carisoprodol, Paracetamol, Cafeina (50 mg + 125 mg + 300 mg + 30 mg) Miosan® Ciclobenzaprina (5/ 10 mg)) Baclon® Baclofeno (10 mg) Dorflex® Dipirona + Orfenadrina + Cafeína (300 mg + 35 mg + 50 mg) Os relaxantes musculares podem estar associados a analgésicos, anti-inflamatórios, cafeína Revisão Fármacos § Anti-inflamatório não esteroidais (AINES) § Anti-inflamatório esteroidais (AIES) § Analgésicos fracos § Opioide (Hipnoanalgésicos) § Analgésico não opioide de ação central § Ergotamina (antienxaquecoso) § Triptanos (antienxaquecoso) § Anestésico local § Relaxantes musculares § Antidepressivo § Anticonvulsivante § Benzodiazepínico § Uricosúricos Dúvidas? Uso clínico de Analgésicos Exemplo de uso de analgésicos em dor de dente DOR LEVE a MODERADA § Dipirona 500 mg 6/6 h § Paracetamol 750 mg 8/8 h § Cetoprofeno 100 mg 12/12 h § Diclofenaco 50-75 mg 8/8 h DOR INTENSA § Cetorolaco 10 mg 12/12 h (no intervalo pode ser usado dipirona/ paracetamol) § Codeína (7,5 ou 30 mg) associado ao paracetamol (500 mg) 12/12 h Dipirona InteraçõesMedicamentosas Fármaco O que a DIPIRONA faz? Resultado Ciclosporina (imunosupressor) Reduz os níveis plasmáticos Redução do efeito da diclosporina Bupropiona Reduz os níveis plasmáticos Redução do efeito da Bupropiona AAS Reduz o efeito na agregação plaquetária Metotrexato (antimetabólito – câncer, artrite) Aumenta a toxicidade hematológica (diminuição da função da medula óssea) Uso clínico de Analgésicos Opioides Uso clínico de opioides EVA 7 a 10 = DOR INTENSA § Morfina - a partir 0,1 mg/kg IV ou 10 mg VO 4/4 h como terapia inicial pode ser aumentada ou diminuída paulatinamente até atingir a menor dose necessária para tratar o doente § Oxicodona em dose maior que 20 mg/dia VO A dose pode ser aumentada como resgate esporadicamente (maiores dores durante o banho ou mobilização para realização de exames por ex) EVA 4 a 6 = DOR MODERADA § Tramadol 50 a 100 mg de 6/6 h ou 4/4 h IV/ VO § Codeína 30 a 60 mg 4/4 h IV/ VO § Morfina 0,05 mg/kg de 4/4 h ou 5 mg 4/4 h VO § Oxicodona até 20 mg/dia VO EVA 1 a 3 = DOR LEVE Analgésicos não opioides EVA (ESCALA VIRTUAL ANALÓGICA) Dores crônicas Dor crônica A dor crônica é aquela que persiste por mais de 3 meses ou que permanece após 1 mês da resolução de uma lesão Geralmente indica que há disfunções no sistema nervoso ou nas fibras nervosas do membro afetado Surge na maioria dos casos em associação com uma doença crônica, como artrite reumatoide, artrose da coluna ou dos joelhos, fibromialgia ou câncer, por exemplo § Dor Neuropática § Dor Nociceptiva ou somática § Dor Mista ou inespecífica Tipos de dor DOR NOCICEPTIVA OU SOMÁTICA Dor que surge devido a uma lesão ou inflamação dos tecidos da pele, que persiste até a causa ser resolvida Corte Queimadura Pancada Fratura Entorse Tendinite Infecção Contraturas musculares DOR MISTA OU INESPECÍFICA É a dor que é causada tanto por componentes da dor nociceptiva e neuropática, ou por causas desconhecidas Dor de cabeça Hérnia de disco Câncer Vasculite Osteoartrose que pode atingir diversos locais como joelhos, coluna ou quadril, por exemplo DOR NEUROPÁTICA Dor que acontece por disfunção do sistema nervoso, seja no cérebro, medula ou nervos periféricos. É comum que surja na forma de queimação (disestesia), agulhadas ou formigamento (parestesia) Neuropatia diabética Síndrome do túnel do carpo Dor de membro fantasma Neuralgia do trigêmeo Estreitamento do canal medular Após AVC Neuropatias de causas genéticas, infecciosas ou por substância tóxicas Dor crônica: Tratamento § Opioides (aumenta risco de dependência e hiperalgesia) § Anticonvulsivantes § Antidepressivos § Protocolo de Infiltração Principalmente em alguns casos de dor neuropática ou mista A injeção ou infiltração é feita através da aplicação de medicamentos diretamente nas terminações nervosas, como anestésicos, corticoides ou bloqueadores neuromusculares com o botox, por exemplo. Anestesias Regionais Anestesias Regionais Raquidiana (Raquianestesia/ Intratecal/ Subaracnoide) Peridural (Epidural) Anestesia Raquidiana A anestesia raquidiana é um tipo de anestesia regional que torna insensível à dor apenas uma parte do corpo, fazendo com que o paciente mantenha a consciência durante o procedimento cirúrgico. É bastante utilizada no parto (tanto na cesária quanto no parto vaginal) e em cirurgias nas pernas e nos pés. A agulha atinge o espaço subaracnóideo, e promove o bloqueio de troncos nervosos específicos, é indicada para cirurgias na região abdominal e nos membros inferiores. Um dos efeitos indesejados da raqui é a dor de cabeça que muitos pacientes relatam após o procedimento. Isso ocorre devido à perfuração da dura-máter que envolve a medula espinhal, provocando o escape do líquor no espaço subaracnóideo. https://www.infoescola.com/medicina/raquianestesia/ Anestesia peridural A anestesia peridural ou epidural é muito semelhante a anestesia raquidiana, porém há algumas diferenças: 1. Na anestesia peridural o anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da raquianestesia. 2. Na anestesia peridural, o anestésico é injeto por um cateter, que é implantado no espaço peridural. Enquanto na raquianestesia o anestésico é administrado por uma agulha uma única vez, na peridural o anestésico fica sendo administrado constantemente através do cateter. 3. A anestesia peridural pode continuar a ser administrada no pós-operatório para controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia. Basta manter a infusão de analgésicos pelo cateter. 4. A quantidade de anestésicos administrados é bemmenor na raquidiana. 5. A administração de morfina ou fentanila por meio de cateter epidural possibilita ampliar a duração da anestesia Protocolos de gota e artrite reumatoide Artrite reumatoide Artrite reumatoide Distúrbio inflamatório progressivo crônico, de etiologia desconhecida, caracterizado pelo comprometimento de várias articulações e por manifestações sistêmicas, que se iniciam pelas mãos, pés e posteriormente chega nos joelhos, punhos, tornozelos, ombros e quadril. SINAIS E SINTOMAS § Articulações doloridas, inchadas, avermelhadas e quentes; § Articulações rígidas, principalmente no período da manhã; § Articulações deformadas; § Fadiga; § Febre; § Perder peso sem mudar hábitos alimentares. FATORES DE RISCO Sexo (2x mais mulheres do que homens) Idade (30 a 60 anos) Histórico familiar (ter parente de 1.o grau – aumenta o risco em 4, 7x) Obesidade Tabagismo Artrite reumatoide: Tratamento DMARDs (antirreumáticos modificadores de doença) Anti-inflamatórios Objetivos: § Induzir remissão completa ou baixa atividade da doença § Controlar a atividade da doença e a dor articular § Manter a capacidade de função nas atividades diárias § Diminuir a velocidade das alterações articulares destrutivas § Atrasar a incapacidade Artrite reumatoide: Tratamento METOTREXATO § Inibe a secreção de citocinas § Inibe biossíntese de purinas § Estimula liberação de adenosina TOCILIZUMABE Anticorpo monoclonal humanizado § Antagonista de receptor IL-6 § Impede a ligação de citocinas com os receptores IL-6 CORTICOIDES § Usados para alívio sintomático (a curto prazo/ promovem melhora rápida) § Tem potencial de produzir complicações em longa prazo AINES § Reduzem a rigidez (inibição de PG) § Não retardam a progressão da doença § Não impedem a ocorrência de erosões ósseas ou deformidades articulares OUTROS Sulfazalanina, Ciclosporina, Azatioprina, Hidroxicloroquina Gota Gota Gota é uma artrite inflamatóriaque surge de forma abrupta, causada pelo acúmulo de ácido úrico nas articulações Pode causar muita dor durante as crises SINAIS E SINTOMAS § Articulações doloridas, inchadas, avermelhadas e quentes; § Articulações rígidas, § Articulações deformadas; § Dedos dos pés ou das mãos, tornozelo, joelho ou cotovelo, por exemplo. § Os ataques de dor podem correr repentinamente, em geral a noite FATORES DE RISCO § sobrepeso, § sedentarismo, § consumo de bebidas alcoólicas, principalmente vinho tinto e cerveja, § alimentação com abundância de alimentos ricos em purina (frutos do mar, sardinha, miúdos (rim e fígado), excesso de carne vermelha e pele de aves) Gota Tratamento TRATAMENTO DA CRISE § AINES (Naproxeno, Cetoprofeno, Ibuprofeno ou Indometacina) § Corticoide (Prednisona, Prednisolona, Metilprednisolona) § Colchicina (diminui a motilidade leucocitária, a fagocitose, diminuindo, deste modo o depósito de cristais de urato e a resposta inflamatória resultante. PREVENÇÃO § Alopurinol: principal medicamento usado para controlar os níveis de ácido úrico no sangue (inibe a xantina oxidase). (A redução dos níveis de ácido úrico auxilia a mobilização dos depósitos de uratos dos tecidos). § Probenecida (Uricosúrico): inibe a reabsorção de urato no túbulo contorcido proximal, aumentando assim a sua eliminação. § Lesinurad: inibidor seletivo da reabsorção de ácido úrico no rim (URAT1 e OAT4) Gota Tratamento Alopurinol Principal medicamento usado para controlar os níveis de ácido úrico no sangue (inibe a xantina oxidase). Deve ser iniciado entre 2 a 4 semanas após resolução da crise, sempre acompanhado de tratamento preventivo para novos episódios de artrite com colchicina, anti-inflamatórios não esteroidais ou corticoides. Este protocolo está indicado para evitar novas crises secundárias à variação dos níveis séricos de ácido úrico no início do tratamento. Portanto NÃO DEVE ser iniciado na vigência da crise aguda, pois pode exacerbá-la e prolongá-la. Síndrome das pernas inquietas Síndrome das pernas inquietas Síndrome das pernas inquietas, ou síndrome de Ekbom, é um distúrbio que se caracteriza por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves, predominantemente nos momentos de repouso. Em geral, os sintomas são mais intensos à noite e o paciente dorme mal ou quase não dorme. Como consequência, passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado, o que compromete a qualidade de vida das pessoas. § Benzodiazepínicos § Pramipexol (ag. dopaminérgico) § Ropirinol (ag. dopaminérgico) Dose x Efeito do AAS Dose da Aspirina x Efeitos Protocolo de dor associada a Endometriose Protocolo de dor associado a endometriose
Compartilhar