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Anomalias Dentarias

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Bárbara Mourelhe | Radiologia 2 
São alterações que ocorrem no órgão dentário durante 
seu desenvolvimento, podendo ocorrer um desvio 
acentuado de um padrão normal durante a formação de 
um ou mais dentes, devido a fatores ambientais, locais 
e sistêmicos, fatores genéticos e ambientais congênitos. 
 
1. Macrodontia 
Distúrbio do desenvolvimento que causa a formação de 
um dente com tamanho anormal. Normalmente está 
ligada à síndromes e não é muito comum, 
principalmente casos que acontece bilateralmente, ou 
seja, quando o dente com tamanho maior que o normal 
se encontra nos dois lados da arcada. 
 Maior predisposição de que possa vir a ter a cárie 
dentária 
 Etiologia desconhecida. 
 Pode causar problemas de oclusão 
 
 Macrodontia verdadeira generalizada 
 
 Causada por gigantismo pituitário 
 Pouco frequente 
 Todos os dentes são maiores que o normal. 
 
 Macrodontia localizada: Hiperdesenvolvimento 
das coroas do lado afetado. 
 
 Macrodontia relativa: Quando a maxila e/ou 
mandíbula são um pouco menores que o normal e 
os dentes aparentam dimensões maiores, 
embora tenham tamanho normal. Por isso, esta é 
considerada uma pseudomacrodontia, devido à 
proporção dente/arcada. 
 
 
2. Microdontia 
 
Condição em que os dentes se apresentam menores 
que o normal. Pode afetar todos os dentes 
(generalizada) ou apenas alguns (localizada), sendo 
mais comum nos incisivos laterais, 3º molares e dentes 
supranumerários. Pode estar associada à ausência de 
dentes. 
 
 Microdontia verdadeira generalizada: Quando todos 
os dentes são menores que o normal. 
 
 Microdontia localizada: quando envolve apenas um 
 
dente ou um grupo de dentes. 
 
 Microdontia relativa: quando a maxila e/ou a 
mandíbula possuem tamanho maior, dando a 
sensação de que os dentes são menores, embora 
tenham tamanho normal. 
 
 
 
 
 
 
1. Geminação 
 
Anomalia que ocorre quando o germe dental se divide 
durante o período de evolução, dando origem a uma 
coroa dupla. É uma tentativa de um único germe se 
dividir em dois, ou seja, apresenta duas coroas e um 
canal radicular, sendo assim uma invaginação da coroa 
com divisão parcial ou completa. 
 
 A diferença entre a geminação e a fusão pode ser 
determinada pela contagem dos dentes: na fusão, 
dois dentes são unidos pela dentina e esmalte, e as 
polpas podem estar ou não unidas, já na geminação, 
existe apenas uma polpa e uma raiz, então, se os 
dois dentes unidos forem contados como um, na 
fusão há uma redução no número de dentes na 
arcada, mas na geminação a contagem é normal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Fusão 
 
Anomalia de união ou fusão de dois ou mais dentes. 
Durante a formação do órgão dental, que irá formar o 
dente, no futuro, podem ocorrer alterações, como por 
exemplo um trauma ou algumas congênitas e um ou 
mais dentes podem se fundir, causando uma alteração 
anatômica importante no elemento dental resultante. 
 
 O processo formativo é o inverso da geminação, no 
qual dois germes dentários se formam próximos 
 
 
 
 
 Bárbara Mourelhe | Radiologia 2 
entre si e se fundem por meio de força física ou 
pressão gerada entre eles. 
 
 Apresenta duas coroas e dois canais radiculares 
fundidos 
 
 Pode ser parcial ou total 
 
 Clinicamente é muito semelhante à geminação. Só 
o exame radiográfico permite distinguir entre as 
duas alterações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Concrescência 
 
Anomalia de união de dois dentes já formados a partir 
do cemento. Normalmente esses órgãos dentários já 
apresentam a coroa formada, ocorrendo mais 
comumente em 2º e 3º molares. 
 
 A etiologia é desconhecida, mas pode estar 
relacionada à restrição de espaço durante a 
erupção ou pode ocorrer por meio de força física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Dente invaginado 
 
Anomalia, também chamado de dens in dente, anomalia 
embrionária causada pela invaginação das células do 
epitélio interno do órgão do esmalte. É um deslocamento 
do esmalte em direção à polpa, localizada no cíngulo ou 
na borda incisal, ocorrendo com maior frequência nos 
incisivos laterais. 
 
 
 
 
5. Taurodontia 
 
A taurodontia (tauro = touro e dont = dente) é o aumento 
do corpo e câmara pulpar de um dente multirradicular, 
com deslocamento apical do assoalho pulpar e 
bifurcação das raízes. Este padrão de formação do 
molar foi encontrado em antigos Neandertais e ocorre 
em animais ruminantes. O aspecto da coroa é normal, 
mas a raiz é encurtada com aumento da câmara pulpar. 
 Hipotaurodontia: nível discreto; 
assoalho da câmara pulpar ainda no 
terço cervical da raiz. 
 
 Mesotaurodontia: nível médio; 
assoalho da câmara pulpar até o terço 
médio da raiz. 
 
 Hipertaurodontia: nível severo; assoalho da 
câmara pulpar até o terço apical da raiz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Dilaceração 
 
Anomalia que pode afetar a raiz ou a coroa do dente e 
consiste na formação de uma curvatura nessas regiões. 
É mais comum nos dentes incisivos centrais superiores 
e inferiores. 
 
 Curvatura na união da coroa e da raiz 
 
 Observada principalmente em dentes não 
erupcionados 
 
 Associado a traumas na infância ou pode ser uma 
anomalia verdadeira do desenvolvimento 
 
 Implicações clínicas: endodontia e exodontia. 
 
 
 
7. Raízes supranumerárias 
 
Anomalia associada a dentes com mais raízes que a 
anatomia normal. O distúrbio geralmente está associado 
a algum trauma, doença metabólica ou simplesmente a 
 
 
 
 
 Bárbara Mourelhe | Radiologia 2 
uma pressão exercida nos dentes. 
 
 Revisando 
 
1 PMS birradicular 1 PMI unirradicular 
2 PMS unirradicular 2 PMI unirradicular 
1 MS trirradicular 1 MI birradicular 
2 MS trirradicular 2 MI birradicular 
 
 
8. Pérolas do esmalte 
 
Pérola de esmalte é uma excrescência em formato de 
meia esfera. Como o próprio nome já diz, ela geralmente 
é constituída de esmalte, sendo que em casos de menor 
incidência pode ser formada por tecido dentário e até 
pulpar. O problema normalmente atinge a superfície 
radicular da estrutura dentária. 
 
 São depósitos de esmalte nas raízes dos dentes 
 
 São produzidas pela bainha epitelial de Hertwig 
 
 Se aderem sobre a raiz geralmente sobre a furca 
dos molares ou próximo e ela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Cúspide em garra (acessória) 
 
Anomalia de formação dentária, caracterizada pela 
presença de uma cúspide (ponta do dente) extra, na 
face lingual ou palatina do dente. É uma projeção do 
órgão do esmalte na região de cíngulo dos dentes 
anteriores. Esta anomalia é relativamente rara e pode 
acometer tanto dentes decíduos como permanentes, 
sendo mais comum em incisivos superiores. 
 
 Sua etiologia ainda não é totalmente esclarecida, 
podendo ter origem genética ou ambiental. 
 
 Geralmente, as cúspides em garra são 
assintomáticas, mas podem interferir no encaixe dos 
dentes, causar problemas estéticos ou até mesmo 
lesões de cárie, uma vez que sua presença favorece 
o acúmulo de alimentos e dificulta a higienização da 
região. 
 
 
 
 
 
 
1. Anodontia: Ausência de todos os dentes. 
 
2. Oligodontia: Ausência de vários dentes. 
 
3. Hipodontia: Ausência de um ou poucos dentes. 
 
4. Agenesia: Não desenvolvimento do dente, mais 
comum nos 3º molares. 
 
5. Dentes supranumerários: São dentes que se 
desenvolvem além do número normal, sendo mais 
comum em homens e em dentição permanente. 
 
 Mais comum em regiões anteriores, na maxila, 
seguida pela região de molares (disto-molar ou 4º 
molar). 
 
 Quando se encontra entre os incisivos centrais é 
chamado de mesiodente ou mesiodens. 
 
!! Algumas síndromes estão associadas ao número 
anormal de dentes, como: 
 
 Síndrome de Gardner: caracterizada pela 
formação de pólipos intestinais que frequentemente 
originam carcinomas. Também pode determinar a 
presença de osteomas pelo esqueleto, sendo mais 
comumente encontrados no crânio, seios 
paranasais e mandíbula. Determina uma 
prevalência aumentada para dentessupranumerários. 
 
 Displasia cleidocraniana: ocorre hipoplasia, 
deformação ou ausência das clavículas e dos 
músculos associados (aparência de ombro caído e 
pescoço longo), o paciente apresenta baixa estatura 
e presença de muitos dentes supranumerários não 
erupcionados. 
 
 
1. Erupção pré-matura: O dente erupciona antes do 
período. Pode já estar presente no nascimento ou 
erupcionar nos primeiros 30 dias de vida do bebê. 
 
2. Erupção retardada: O dente erupciona tardiamente. 
 
3. Dentes inclusos ou semi-inclusos: São dentes que 
não erupcionaram ou erupcionaram parcialmente. 
Ocorre geralmente nos 3º molares. 
 
 Etiologia: ausência de espaço no arco dentário, 
barreira física na trajetória de erupção (impactação), 
força eruptiva insuficiente. 
 
 
 
 
 
 
 Bárbara Mourelhe | Radiologia 2 
 Classificação: 
 
 Verticalizado: quando o longo eixo está paralelo ao 
do dente vizinho. 
 
 Mésio-angular: quando o dente forma um ângulo 
com o dente vizinho e sua coroa está voltada para o 
sentido mesial deste. 
 
 Horizontalizado: quando o dente está localizado 
perpendicularmente ao longo eixo do dente vizinho. 
 
 Disto-angular: quando o dente não erupcionado 
forma um ângulo e sua coroa está voltada para a 
distal do dente vizinho. 
 
 Invertido: quando a coroa está voltada para a 
posição invertida (“de cabeça para baixo”). 
 
 Transverso: quando o longo eixo do dente está no 
sentido vestíbulo-lingual. 
 
4. Transposição: É a troca de posição de dois dentes 
entre si no arco dentário. Mais comum entre caninos 
superiores e pré-molares. 
 
 
 
5. Transmigração: Quando o dente não-erupcionado 
vai para uma posição fora do arco, podendo ir para o 
ramo da mandíbula, assoalho da órbita, seio maxilar etc. 
 
 
 
 
 
1. Hipoplasia de esmalte 
 
Anomalia em forma de fossetas, ranhuras, ou em largas 
áreas com ausência de esmalte, podendo se apresentar 
em apenas um dente ou ser generalizada. 
 
 O esmalte apresenta-se mais radiolúcido. 
 
 Etiologia: infecções ou traumas locais, ingestão de 
fluoretos etc. 
 
 Hipoplasia de Turner: é um tipo de hipoplasia de 
esmalte causada por doença inflamatória periapical 
no dente decíduo sobrejacente. O dente afetado 
pode apresentar coloração variada (de branca a 
marrom). Mais comum em pré-molares 
permanentes (em decorrência da maior prevalência 
de lesão periapical nos molares decíduos de que 
nos dentes anteriores). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Amelogênese imperfeita 
 
Formação anormal do esmalte em ambas as dentições. 
Possui etiologia genética. É uma alteração dentária de 
caráter hereditário que afeta o esmalte. Ela pode afetar 
de um a todos os dentes das dentições decíduas e 
permanentes. Compreende um grupo complicado de 
condições que mostram alterações de desenvolvimento 
na estrutura do esmalte, na ausência de uma alteração 
sistêmica. 
 
 
 
 Classificação: 
 
 Amelogênese imperfeita hipoplásica: 
 
 A espessura do esmalte é menor que o normal; 
 Dentes com coloração amarelo-acastanhada; 
 Radiograficamente: esmalte com menor densidade 
que o normal, coroa quadrada, cúspides baixas e 
dentes sem pontos de contato. 
 
 
 
 
 
 Bárbara Mourelhe | Radiologia 2 
 Amelogênese imperfeita hipocalcificada: 
 
 Deposição normal do esmalte, porém este não é 
suficientemente calcificado; 
 O dente apresenta-se manchado ou escuro; 
 Radiograficamente: esmalte mais radiolúcido que a 
dentina. 
 
 Amelogênese imperfeita hipomaturada: 
 
 Esmalte com espessura normal; 
 Aparência perfurada; 
 Radiograficamente: densidade igual à da dentina. 
 
3. Dentinogênese imperfeita 
 
É uma doença genética do desenvolvimento dentário. 
Esta condição provoca descoloração de dentes (a maior 
parte das vezes em cores azul-cinza ou marrom-
amarelo) e translúcido. 
 
 Interfere na formação normal da dentina 
 Pode ocorrer de forma isolada ou associada a outro 
dente 
 Etiologia genética 
 Acomete todos os dentes (principalmente a dentição 
decídua e os incisivos permanentes) 
 Dentes com coloração do amarelo ao preto com 
transparência 
 Radiograficamente: coroas com tamanho normal 
porém bulbosas, constricção cervical, raízes 
delgadas, ausência de canais radiculares ou canais 
obliterados e polpas grandemente aumentadas 
 Frequente desgaste por atrição 
 Dentina com espessura fina 
 
 Classificação: 
 
 Tipo I: quando está associada à osteogênese 
imperfeita (doença na qual o indivíduo apresenta 
fragilidade óssea). 
 
 Tipo II: quando não há associação com a 
osteogênese imperfeita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Displasia dentinária 
 
Displasia dentinária é uma doença genética que afeta 
dentes, comumente como uma herança autossômica 
dominante. É caracterizada pela presença de esmalte 
normal, mas atípica morfologia da dentina pulpar. 
Existem dois tipos. Tipo I é o tipo radicular, e do tipo II é 
o tipo coronal. 
 
 Classificação: 
 
 Tipo I: chamada de displasia dentinária radicular; os 
dentes apresentam raízes robustas e encurtadas, 
obliteração da polpa e lesões periapicais 
associadas. 
 
 Tipo II: chamada de displasia dentinária coronária; 
os dentes apresentam raízes de tamanho normal, 
porém com câmara pulpar aumentada, de forma 
cilíndrica e com presença de nódulos pulpares. 
 
 
 
5. Odontodisplasia regional 
 
É uma anomalia rara, de etiologia desconhecida, que 
pode acometer tanto a dentição decídua quanto a 
permanente. Ela se caracteriza por uma severa 
hipoplasia de esmalte e dentina, cujos dentes afetados 
são friáveis e mais susceptíveis a cárie e a fratura. Os 
critérios para diagnóstico são predominantemente 
radiográficos, com uma marcante redução na 
radiopacidade das estruturas mineralizadas, dificultando 
a distinção entre esmalte e dentina. 
 
 Também chamada de dentes fantasmas 
 Ocorrem alterações na formação do esmalte, 
dentina e polpa 
 Os dentes podem não irromper 
 Coloração amarela a marrom 
 Cáries e lesões periapicais inflamatórias são 
comuns 
 Radiograficamente: esmalte e dentina muito finos, 
com densidade semelhante, sendo indistintos entre 
si, canais amplos com polpa alargada, raízes curtas 
ou ausentes.

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