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Clínica Médica- Neoplasias Renais

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1 Isadora Silva 
Clínica Médica 
Neoplasias Renais 
Esse é o paciente que vamos acabar 
encaminhando, mas podemos fazer muito até 
esse encaminhamento se efetivar. 
Expansão sólida ou cística que pode acometer 
parênquima renal ou vias excretoras (trato 
urinário). 
Não são os tumores mais presentes (2-3%), 
mas tem aumentado cada vez mais- sendo 
mais comum em homens (acima de 50 anos). 
Podem ser classificados como: 
 Tumores sólidos, císticos ou mistos. 
 Tumores primários ou metastáticos 
 Podem ser benignos ou malignos: o que 
define é a capacidade de formar 
metástase + capacidade infiltrativa, 
enquanto as benignas são por expansão. 
 
FATORES DE RISCO 
1- História familiar: não apenas para 
câncer renal 
2- Tabagismo 
3- Obesidade 
4- HA 
5- Doença renal cística 
6- Exposição a asbesto (telha de amianto), 
cádmio (usina nuclear), curtume de 
couro e derivados do petróleo. 
 
 
NEOPLASIA BENIGNAS 
Crescimento celular descontrolado (hiperplasia) 
sem capacidade de invasão de tecidos ou 
parênquimas, apenas expansão (e não 
infiltração). 
Tipos: 
1- Cistos simples 
2- Angiomiolopoma: se maior que 4cm 
pode causar sintomas no paciente. Pode 
ser fora do parênquima renal ou 
intraparenquimatoso. O paciente pode 
ter sangramento retroperitoneamente. 
3- Hemangiomas: má formação vascular do 
órgão (na embriogenese). Achado ao 
acaso e não fazemos muita coisa... 
4- Outros 
Sintomas e complicações são secundárias ao 
tamanho do tumor. 
 
ANGIOMIOLIPOMA: Tumor de etiologia 
desconhecida (mas tem relação com esclerose 
tuberosa- onde o paciente apresenta diversas 
tumorações pelo corpo, mas não é regra que 
isso aconteça). É um tumor composto por 
gordura, vasos sanguíneos e músculos. Mais 
comum em mulheres e tem crescimento lento e 
baixa mortalidade. 
Não é firmado que a pessoa que tenha 
esclerose tuberosa vá ter angiomiolipoma, mas 
temos que investigar. 
Se esse tumor for acima de 4cm pode 
apresentar sintomas: dor abdominal, dor 
lombar, HA, hematúria, ITU recorrente, 
sangramento retroperitoneal. 
 
2 Isadora Silva 
Diagnóstico: geralmente é achado 
acidentalmente (incidentaloma), podemos pedir 
exames de imagem (USG, TOMO, RM). 
Tratamento: 
 Menor que 4cm: monitorar o 
crescimento e acompanhar anualmente 
 Maior que 4cm e sem sintomas: usamos 
imunossupressores (Everolimo e 
Sirolimo). 
 Maior que 4cm e sintomas graves: 
remoção cirúrgica do tumor. 
 
NEOPLASIAS MALIGNAS 
Crescimento celular descontrolado 
(hiperplasia), com invasão celular de tecidos e 
parênquima, podendo atingir órgãos distantes 
via vasos sanguíneos ou linfáticos. 
O primeiro lugar a afetar posterior é para a 
cadeia linfática mais próxima: abdominal é mais 
comum. Pode invadir estruturas próximas: 
como a suprarrenal. 
Os sinais e sintomas variam de acordo com o 
tipo de tumor. 
Tipos: 
1- CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS (ou 
células claras): primeiro lugar (90%). 
Neoplasia maligna mais comum, sendo 
mais comum em homens, acometendo 
mais em idades 50-70 anos. 
Metástases mais comuns: linfonodos, pulmões, 
suprarrenais, fígado, cérebro, ossos. 
Sinais e sintomas: geralmente em fases 
tardias- hematúria micro ou macro, dor em 
flanco, febre (vespertina e diária), perda 
ponderal, massa palpável abdominal. Muitas 
vezes nem há sintomas. 
Diagnóstico: vamos pedir biópsia e pedir TC 
que é padrão ouro (servindo para o 
estadiamento do câncer porque avalia lesão, 
tamanho e se há metástase). 
 Estágio 1: menor que 7cm e restrito ao 
rim 
 Estágio 2: maior que 7 restrito ao rim 
 Estágio 3: qualquer tamanho com 
acometimento de gânglio próximo ao 
rim. 
 Estágio 4: qualquer tamanho com 
invasão de supra renal ou metástases 
distantes. 
Tratamento: 
-Estágio 1/2/3: nefrectomia radical 
-Estágio 4: nefrectomia + quimioterapia 
 
2- CARCINOMA UROTELIAL: bexiga (e em 
alguns casos ureter e uretra). Segunda 
neoplasia renal maligna mais comum. 
Mais comum no sexo masculino. É mais 
comum em bexiga. Metástases são 
raras. 
Pode causar fístulas, que atingem o intestino e 
por isso o paciente pode liberar fezes pelo 
canal uretral. Muitas vezes o paciente pode 
vomitar fezes também. 
Sinais e sintomas: hematúria macroscópica, 
emagrecimento, febre, perda ponderal, dor 
lombar. 
 
3 Isadora Silva 
Diagnóstico: biópsia, urografia excretora, TC e 
USG. 
Tratamento: 
-Nefrouretectomia radical (padrão ouro) 
-Cistectomia (tumores localizados) 
-Se presença de metástase- associar 
quimioterapia. 
 
3- NEFROBLASTOMA (tumor de Wilms). 
 
Síndrome paraneoplásicas: sinais e sintomas 
provocadas por substâncias produzidas pelas 
células cancerígenas. EX: as células estão se 
reproduzindo em mitose e elas irão produzir as 
mesmas substâncias que os rins produziriam, 
mas agora em excesso: 
 Policitemia- produção exacerbada de 
eritropoietina 
 HA: produção e ativação de angiotensina 
 Disfunção hepática- secundária a 
metástase

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