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11-Panosteíte, Osteocondrite dissecante da cabeça do úmero, Não união do processo ânconeo (30 05 2023)

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Panosteíte 
Introdução 
Também conhecida como enostose, 
panosteíte eosinofílica e osteomileite 
juvenil, a panosteíte é uma doença 
autolimitante da medula óssea de ossos 
longos, na qual os tecidos adiposos e 
hematopoético são, temporariamente, 
substituídos por tecido fibroso. 
Incidência 
A idade de ocorrência é em cães adultos 
jovens (2-5 anos), tendo as raças de 
grande porte predispostas (muito 
recorrente em Pastor Alemão), não 
havendo predisposição sexual. 
Etiologia 
Desconhecida para alguns autores 
Fatores infecciosos, no entanto, a adesão 
a vacinação tem evitado essa causa 
Doenças metabólicas, relacionada a 
alimentação 
Disfunções endócrinas, algumas 
endocrinopatias podem gerar panosteíte 
sem saber a origem dessa relação 
Processos alérgicos 
Mecanismos autoimunes 
Anormalidades vasculares transitórias 
Parasitismo 
Estresse 
Fatores hereditários 
 
 
 
Fisiopatogenia 
Alterações vasculares na medula óssea 
gordurosa (porção gordurosa) gera 
degeneração dos adipócitos, 
seguidamente há proliferação de células 
no estroma medular (sinusóides 
vasculares) formando nidus (ninhos) de 
calcificação que se expandem para o 
endósteo. 
Sinais clínicos 
Claudicação alternada sem trauma 
O principal sinal clínico é a claudicação 
súbita sem histórico de trauma ou outra 
ocorrência, em que o paciente começa a 
claudicar e depois de um tempo ele para 
de claudicar daquele membro e começa 
a claudicar de outro membro, tendo 
então uma alternância de claudicação. 
Remissão espontânea 
Tumefação metafisária e diafisária 
Há um considerável aumento de volume 
doloroso devido a uma condição 
inflamatória óssea. 
Diagnóstico 
Exame físico geral 
Sinalizador clínico de claudicação com 
alternância e sem trauma. 
A palpação é obrigatória em todos os 
membros, e nesse momento pode ou 
não ter uma resposta de manifestação de 
dor através de uma vocalização e 
retirada de membro. 
Exame radiográfico 
Observa-se lesão em castanha 
Diagnóstico diferencial 
Ao observar a radiografia pode confundir 
com osteomielite, mas a osteomielite 
tem histórico de trauma e fratura 
maltratada. 
Tratamento 
Autolimitante 
O animal tem a compressão do endosteo 
inervado até atingir a porção cortical 
inervado, em que tem uma resolução 
espontânea 
Administração de AIES 
AIES por duas semanas para dar bem-
estar ao animal devido a dor que ele está 
sentindo. 
Utiliza-se os fármacos de ação 
instantânea diariamente, principalmente 
a prednisona SID por duas semanas 
fornecida pela manhã (análogo ao 
cortisol e é administrada de manhã 
devido a liberação endógena de cortisol 
esse período). 
A via das lipo-oxigenases quebra o ácido 
araquidônico em leucotrienos, 
perpetuando a dor, justificando a 
utilização dos corticoides. Mas a vida da 
ciclo-oxigenase também tem dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osteocondrite Dissecante da Cabeça do Úmero 
Introdução 
O conceito de osteocondrose é que se 
tem uma doença sistêmica que causa 
uma alteração na ossificação 
endocondral (crescimento em espessura 
do osso) gerando uma alteração no osso 
esponjoso que leva a uma lesão 
dissecante entre a cartilagem e o osso. A 
osteocondrite dissecante é a 
manifestação clínica da osteocondrose. 
Ocorre com maior frequência na cabeça 
do úmero. As raças mais acometidas são 
raças grandes ou gigantes, pois tem um 
crescimento muito rápido em um espaço 
de tempo muito curto, gerando um peso 
e estresse maior sobre todas as 
articulações. O ponto G é a região em 
que tem maior carga de peso, região da 
cernelha, e é por isso que que o impacto 
é mais na cabeça do úmero, pois afeta 
diretamente a cabeça. 
Etiologia 
É uma doença multifatorial em que o 
local de maior ocorrência é a porção 
proximal do úmero devido o ponto G, 
sendo a região da cabeça do úmero. Na 
cabeça do úmero, a porção mais 
acometida é a medial caudal, porque a 
cartilagem que reveste a porção caudal é 
mais espessada o que faz com que tenha 
mais contato com a cavidade glenoide e 
a dissipação das forças vai para a porção 
medial caudal. A partir disso constata-se 
que a cavidade glenoide tem maior 
contato com a cabeça do úmero gerando 
essa lesão dissecante. 
Influência hormonal 
Somatotrofina, tireotrofina e 
testosterona 
O aumento e diminuição de estrógeno 
na cadela é cíclico o que faz com que a 
lesão dissecante ocorra em momentos 
de pico de estrógeno, não se sabe o 
porquê. 
Incidência 
Idade 
Aos 4-12 meses de idade aparecem os 
sinais clínicos predominantemente, mas 
ocorre entre 3 meses e 5 anos. 
Ocorrência 
Ocorrência bilateral (20-85% dos casos), 
normalmente é unilateral, mas pode se 
tornar bilateral porque a osteocondrose 
é uma doença sistêmica e quando o 
animal tem a ocorrência unilateral tem a 
tendencia de forçar o outro lado e atingir 
também esse outro lado. 
Raças 
As raças que mais apresentam a 
enfermidade são o Rottweiler (principal) 
e Pitbull. 
Localização 
A localização da lesão é na porção central 
caudal da cartilagem articular da cabeça 
do úmero uma vez que é mais espessada 
e tem mais contato com a cavidade 
glenoide da escapula. 
Sinais clínicos 
Claudicação unilateral 
Piora após exercício 
Membro afetado rotacionado 
externamente 
Efusão articular: extravasamento de 
líquido inflamatório dentro da 
articulação que pode ser visível no 
exame clínico ao observar um aumento 
de volume articular, e é possível ver na 
radiografia 
Atrofia dos músculos infra e supra 
espinhoso 
Dor ao realizar a flexão e extensão 
Diagnóstico 
Histórico 
Idade (cães jovens), raças grandes 
Exame físico 
Rotação, observação dos músculos 
atrofiados 
Exame radiográfico 
Essencial para a confirmação do 
diagnostico 
Projeção mediolateral de ambas as 
articulações: é o ideal porque é possível 
ver melhor a região de trás 
Projeção lateral de ambos os membros 
“FLAP” preso ou solto (“joint mice”): 
mais doloroso, pois fica encostando na 
capsula articular que é mais inervada 
causando mais dor 
DAD 
Artrografia 
Injeção do contraste intra-articular a 
base de iodo 
Artroscopia 
Procedimento cirúrgico. 
Tratamento 
Conservativo 
É uma terapia acessória realizada por 4-
6 semanas que não leva a resolução da 
situação, porque serve para minimizar a 
inflamação antes da cirurgia ou será 
recomendado quando o animal não 
pode ser submetido a um procedimento 
anestésico (cardiopatia, por exemplo). 
Tratamento indicado em animais com 
menos de 7 meses de claudicação 
moderada e apresente uma pequena 
lesão radiográfica. 
Pode ou não administrar analgésicos, 
sendo uma medida paliativa. Deve 
restringir a movimentação do animal 
pelo período determinado e deve 
administrar anti-inflamatório 
(meloxicam). 
Cirúrgico 
A evolução dessa doença é artrose, por 
isso a terapia cirúrgica objetiva o retorno 
mais rápido da função do membro e 
minimiza a DAD. 
Objetivos gerais do procedimento são 
retirar os fragmentos da cartilagem e 
promover a cicatrização através da 
curetagem em que induz a formação de 
uma fibrocartilagem no local de lesão 
articular. 
Os acessos cirúrgicos são craniolateral (é 
o acesso mais seguro), caudolateral e 
caudal. 
Pós-Cirúrgico 
Antibioticoterapia profilática com 
amoxicilina, AINEs por 5-7 dias, analgesia 
com dipirona associado a tramadol (3-5 
dias), repouso relativo, remoção dos 
pontos. 
A formação da fibrocartilagem acontece 
2-3 meses, então opera depois de 3 
meses o membro contralateral, 
anteriormente realizando a terapia 
conservativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não união do processo ancôneo 
Introdução 
Condição que está integrada nas 
displasias do cotovelo, sendo a não união 
do processo ancôneo a mais grave e 
importante. Caracteriza-se por uma 
interrupção ou retardo do 
desenvolvimento epifisário normalda 
ulna, isto é, a placa de crescimento da 
epífise da ulna (processo ancôneo) não 
calcifica ou retarda a calcificação. 
Incidência 
Acomete raças de grande porte, 
principalmente Labrador e Pastor 
Alemão. 
A idade usual de aparecimento é entre 6-
12 meses, porque é por volta dos 5-6 
meses que as placas começam a ser 
calcificadas, e é por volta dos 10 meses 
que o animal cresceu o que tinha que 
crescer. Ou seja, o animal começa a 
apresentar claudicação depois de 5-6 
meses pois já deveria ter sido fechada. 
Pode causar artrite e sinovite devido a 
atrofia do processo e instabilidade 
articular. 
Acomete os dois membros apenas em 
25-35% dos casos, sendo a maioria 
unilateral, e sabe-se que exercícios 
recorrentes e diários podem predispor o 
desenvolvimento da doença. Além de 
que machos são mais acometidos 
porque a alteração no fechamento da 
linha pode ser influenciada por 
hormônio, no caso a testosterona. 
A radiografia deve ser feita com o 
membro flexionado para conseguir 
observar a linha de crescimento, e o 
processo ancôneo fica móvel dentro da 
articulação. 
Sinais clínicos 
Claudicação do membro torácico 
Dor ao brincar ou palpar 
Dor no cotovelo à extensão e flexão 
Atrofia muscular do tendão do tríceps 
Diagnóstico 
Histórico 
Histórico de claudicação há muito tempo 
que não houve resolução. 
Radiografia 
O diagnóstico definitivo é a radiografia. 
Deve manter os membros flexionados no 
exame para conseguir ver a linha do 
processo ancôneo, e é OBRIGATÓRIO 
radiografar os dois membros porque 25-
35% dos casos pode ser bilateral. 
Tratamento 
Antes de operar pode fazer um 
tratamento conservativo para bem-estar 
em animais idosos e que tem doença 
degenerativa, mas o tratamento dessa 
doença é CIRURGICO. 
Técnicas cirúrgicas 
Tem a finalidade de promover 
estabilidade do processo ancôneo à ulna. 
Em cães jovens: deve fazer bandagem de 
Velpeau (membro preso ao tórax) por 4 
semanas permitindo uma união fibrose 
estável. 
 
Em raças condrodistróficas realiza a 
secção cirúrgica do ligamento radioulnar 
evitando o estiramento e movimentação 
do osso. 
Fragmentação do processo coronóide 
Pode estar associada ao não união do 
processo ancôneo ou isolada. 
Pós-Operatório 
Antibioticoterapia profilática com 
amoxicilina, AINEs por 5-7 dias, analgesia 
com dipirona associado a tramadol (3-5 
dias), repouso relativo, remoção dos 
pontos. 
CUIDADO! Em pacientes idosos com 
doença renal tem que ter cuidado ao 
usar AINEs, porque a via de excreção da 
maioria desses medicamentos é a renal, 
então precisa avaliar ao prescrever. 
A formação da fibrocartilagem acontece 
2-3 meses, então opera depois de 3 
meses o membro contralateral, 
anteriormente realizando a terapia 
conservativa.

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