Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Miosite dos Músculos Mastigatórios Introdução É conhecida como miopatia inflamatória, miosite eosinofílica ou miosite atrófica, a qual é caracterizada pela inflamação dos músculos mastigatórios (inflamação do musculo masseter e temporal) não se sabe a origem. É muito comum no Pastor Alemão e animais adulto-jovens entre 1-5 anos de idade. A incidência é maior em machos, mas também acomete fêmeas. Não é observada em gatos. É considerada uma condição autoimune mediada pelo linfócito B, em que eles produzem anticorpos que agem contra a fibra muscular tipo II M na musculatura desses músculos. Sinais clínicos Fase aguda A fase aguda tende a durar 2-3 semanas tendo um pico de 10-14 dias Dor aguda: extravasamento de plasma (edema) que comprime nervos regionais. O animal apresenta muita vocalização, principalmente na hora de se alimentar. Músculos aumentados de volume Abertura parcial da mandíbula: restringe a abertura da cavidade oral devido a rigidez muscular, então dificulta a apreensão do alimento. Sinais da inflamação na região Febre Linfadenopatia com aumento do linfonodo submandibular, uma vez que acomete o músculo masseter Salivação, relutância em abrir a boca devido a dor Exoftalmia (comum em raças braquicefálicas), prolapso da 3° pálpebra, cegueira (compressão do nervo óptico devido ao edema na porção muscular que vai se espalhando para porções adjacentes) Fase crônica Alerta Sem alterações sistêmicas Atrofia muscular do masseter e temporal Dificuldade para abrir a boca, mimetizando o trismo mandibular Lesões histopatológicas Mionecrose Hemorragia Edema Infiltrado celular: macrófagos (células inflamatórias da fase crônica), linfócitos (tipo B, que são indícios de uma doença autoimune), plasmócitos. Neutrófilos e eosinófilos são raros. Infiltrado eosinofílico no músculo, não é sistêmico então não se observa no hemograma. Alergia e parasitismo causam essa eosinofilia. Diagnóstico Sinais clínicos Biópsia dos músculos Eletromiografia: marcação das fibras tipo M II Tratamento É através da corticoterapia com Prednisona (BID), sendo observado uma melhora clínica após 3 semanas, então inicia o processo de desmame do corticoide através da redução da dose até dias alternados durante meses. Prognóstico Favorável, mas casos de recidivas de atrofia da musculatura podem ocorrer, por isso é necessário manter o animal por meses com o corticoide Diagnóstico diferencial Na fase aguda Neoplasias do sistema muscular (radomiossarcoma, principalmente em animais mais velhos) e sistema nervoso, traumas, desordens inflamatórias Na fase crônica Atrofia dos músculos mastigatórios em casos de polimiosites Neuropatia do nervo trigêmeo, principalmente causada pela Herpes Lesão do Plexo Braquial Introdução O plexo braquial é um conjunto de nervos que inerva o membro torácico, composto por nervos sensoriais e motores, com origem na medula espinhal entre os segmentos C6 e T2. É formado pelos nervos radial (C7-T1, mediano (C8-T2), ulnar (C8-T2), musculocutâneo (C6-C8), axilar e supraescapular. São nervos que são afetados quando há lesão no plexo braquial, isto é, na hora do exame clínico pode testar cada um deles para observar se houve lesão nestes. Quando tem uma denervação simpática, tem-se sinais clínicos de que houve lesão no plexo braquial. Sinais clínicos Paralisia flácida/ausência dos reflexos do panículo, tricipital, bicipital e extensor carpo radial Úlceras ou abrasão em face dorsal de mão/atrofia do músculo tríceps Atrofia dos músculos supra e infraespinhal, bíceps e extensores do carpo Presença parcial do reflexo interdigital Flexão do cotovelo Anquilose (fusão de superfícies articulares) em cotovelo/anquilose em carpo/Síndrome de Horner (denervação simpática alta, caracterizada pela ptose palpebral, protrusão da 3° pálpebra, anisocoria e enoftalmia) Automutilação/flexão parcial do cotovelo/fratura em outro membro Fratura em mesmo membro/ulceração em cotovelo Diagnóstico Clínico Histórico de trauma, sendo uma lesão que tem que se instaurar logo depois do trauma Dermátomos: observar a viabilidade na manutenção dos membros através de uma agulha em que se coloca ela em regiões especificas para observar se há reflexo de retirada/vocalização Eletroneuromiografia Tratamento Amputação alta do membro Artrodese (fusão das articulações) da articulação radio-metacarpiana, porém dependendo do comportamento do animal pode ter MUITA complicação Conservativo Lesão do Nervo Isquiático/Fibular Introdução Causada por aplicação errônea de uma injeção intramuscular que deve ser feita entre os dois músculos corretos e o veterinário aplica no nervo fibular. É uma lesão irreversível. Sinais clínicos Região plantar do membro fica no chão Perda de sensibilidade do membro Escaras devido ao arrastamento do membro Tratamento Eletromiografia Artrodese tíbio-társica
Compartilhar