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Arritmias Introdução ● Grupo heterogêneo de afecções ● Varia de ausência de sintomas até morte súbita Conceitos de ECG ● Formas de transmissão do estímulo pelas células no miocárdio⇒rápido e lento (célula-célula) ● Mecanismo rápido - Fase 0⇒ estímulo acometeu os canais de sódio rápido → membrana que era negativa sofre influxo de sódio e aumenta a polarização (de -90 para +30) → fase de despolarização (no ventrículo descreve um QRS) - Fase 1⇒início da repolarização, diminuição do influxo de sódio e retirada do potássio de dentro para fora da célula - Fase 2⇒ platô (cargas negativas com positivas entram em equilíbrio) - Fase 3⇒atenuação de canais de potássio, faz com que o potássio saia da célula → polaridade cai novamente - Fase 4⇒período de diástole, regulação das bombas de sódio e potássio ATPase ● Mecanismo lento⇒células marca-passo - Na diástole, o cálcio começa a entrar lentamente → potencial se eleva até alcançar o limiar → despolarização e repolarização Definição ● Alterações da frequência cardíaca, tanto bradi quanto taquicardia ● Pode ser diferenciada pelo ritmo, origem do estímulo e condução do estímulo Causas ● Hipóxia, isquemia, estímulo simpático, drogas, eletrólitos, bradicardia, estiramento Caminho da Condução Elétrica ● Estímulo nasce no nó sinusal → propagação para AD e AE --. nó AV → retardo/alentecimento (o átrio e ventrículo não podem contrair ao mesmo tempo) → feixe de His → fibras de Purkinje Outras Definições Importantes ● Arritmias supraventriculares⇒acima dos ventrículos (acima do feixe de His) - QRS estreito ● Arritmias ventriculares (abaixo da bifurcação do feixe de His) - QRS largo Mecanismos ● Atividade deflagrada⇒as células podem ser ativadas no período refratário relativo da fase 3 para a fase 4 ● Automatismo⇒outros focos/marcapassos podem assumir o ritmo no lugar do nó sinusal ● Reentrada⇒micro ou macro-reentradas, principal mecanismo Avaliação Clínica ● Paciente hemodinamicamente instável (hipotensão, edema agudo de pulmão, taquiarritmia, angina,, distúrbio neurológico) → questionar se a instabilidade é causada pela arritmia Arritmias Supraventriculares ● Geralmente bem toleradas (exceto em coexistência com outra cardiopatia) ● Taquicardia Sinusal - Elevação da FC acima de 100 por choque, febre, desidratação, hipertireoidismo, drogas, atividade simpática ● Bradicardia sinusal - FC abaixo de 50 bpm por tônus vagal exacerbado, hipersensibilidade do seio carotídeo, doença do nó sinusal, aumento da pressão intracraniana, medicamentos, hipotermia, intoxicação por substâncias colinérgicas - ECG: ritmo sinusal com onda P, QRS e T normais, mas em ritmo bradicárdico ● Extrassístole - Batimento cardíaco antecipado - Supraventriculares (atriais): onda P, QRS estreito (alargado em casos de bloqueio de ramo direito) - Ventriculares: nunca tem onda P, QRS alargado ● Ritmo juncional - Batimentos retardados, ritmos juncionais com escapes atriais e escapes ventriculares - ondas P que se aproximam do QRS e demoram cada vez mais para acontecer ● Escape ventricular - Não tem oda P, pois o estímulo vem de outros locais (ritmo sinusal é indicado por onda positiva em D2, D3e aVF) ● Ritmo atrial ectópico - Qualquer onda P que não segue o padrão de positividade em D2, D3 e aVF Holter ● Alterações não necessariamente patológicas - Ritmo sinusal com pausas de até 2s, principalmente durante o sono - Bradicardia sinusal com FC entre 35-40 bpm - Bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz tipo I - Escapes juncionais supraventriculares (não ventriculares) - Marca-passo atrial ectópico Taquicardia paroxística Supraventricular ● TRN (taquicardia de reentrada nodal)⇒originada no nó AV extrassístole que estimula a via lenta, sem estar no período refratário e depois ativa a via beta (rápida) - Taquicardia com QRS estreito, R-R regular e sem onda P - FC 140-220 bpm, interrompida pela manobra vagal (paciente assopra seringa deitado) - Pacientes entre 30-40 anos, sem doença cardíaca estrutural, geralmente sintomática (palpitações, nervosismo, ansiedade, angina, IC, síncope, choque) - Prognóstico bom se não tiver doença cardíaca estrutural - Tratamento⇒cardioversão se instabilidade, se estável fazer manobra vagal e depois adenosina 1x 6mg (bloqueadores de canal de cálcio são segunda opção) ● TAV (taquicardia atrioventricular via anômala)⇒ via acessória - Ortodrômica⇒ estímulo desce pelo NAV e sobe via feixe anômalo para o átrio - Antidrômica⇒vai pelo feixe e sobe pelo nó AV Taquicardia ventricular ● Monomórficas⇒o foco anormal é único ou uma via reentrante, complexos QRS de aspectos idênticos regulares ● Polimórficas⇒vários focos ou diferentes vias ● Não sustentada⇒ dura menos de 30 segundos ou não gera instabilidade ● Sustentada⇒dura mais que 30 segundos ou gera colapso hemodinâmico ● Cardioverter se estiver instável ● Pode fazer adenosina e amiodarona Bloqueios Atrioventriculares ● BAV de primeiro grau⇒ condução lentificada, mas sem falha de batimento → ondas P seguidos de complexo QRS em todos os seguimentos, mas com intervalos P-R mais longos ● BAV de segundo grau⇒bloqueio de alguns estímulos, o coração poderá bater lentificado, irregular, ou os dois - Mobitz 1⇒ o intervalo P-R vai ficando cada vez mais prolongado, até parar - Mobitz 2⇒ intervalo P-R constante, pode degenerar para um bloqueio atrioventricular total ‘sem avisar’ ● BAV de terceiro grau (bloqueio AV total)⇒ondas P e complexos QRS totalmente dissociados, risco de síncope relacionada a assistolia e morte súbita - Paciente assintomático: monitorar sempre - BAV 2° grau: chamar especialista para indicar marca-passo e descartar causas secundárias - Se instabilidade⇒ atropina para bloquear sistema vagal e elevar ritmo - Doença baixa (abaixo do feixe de His)⇒ marca-passo transcutâneo ou transvenoso, tratar causas secundárias - ●
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