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Habilidades e competências complexas da prática profissional do psicólogo

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Prévia do material em texto

Habilidades e competências complexas da
prática pro�ssional do psicólogo
Tatiana Oliveira
Descrição
Competências e habilidades necessárias à prática profissional do psicólogo e sua relação com sujeitos e
contextos.
Propósito
A Psicologia é uma ciência multifacetada, portanto, conhecer as possibilidades e os limites do fazer do
psicólogo torna-se essencial para o alinhamento com as demandas do mercado de trabalho e a inserção do
profissional em diversas áreas de atuação.
Objetivos
Módulo 1
As Diretrizes Curriculares Nacionais
Analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Psicologia.
Módulo 2
O psicólogo empreendedor
Identificar competências e habilidades necessárias ao psicólogo empreendedor.
Módulo 3
O psicólogo em equipes multidisciplinares
Avaliar possibilidades de atuação do psicólogo em equipes multidisciplinares.
Módulo 4
O psicólogo e os direitos humanos
Reconhecer situações de desigualdades e violação dos direitos humanos.

Introdução
A Psicologia é uma ciência que permite ao profissional muitas possibilidades de atuação, pois relaciona-se
com várias áreas, como a clínica, a hospitalar, a jurídica, a escolar, entre outros contextos. Tal diversidade
coloca você diante de múltiplos caminhos, o que demandará a sua atenção especial no planejamento e
desenvolvimento de sua carreira. Esse investimento passa, inevitavelmente, pelo conhecimento da
profissão e do mercado de trabalho em que ela está inserida.
Assim, neste conteúdo, convidamos você a refletir e dialogar sobre as normas e regras da profissão que
escolheu, além de identificar os caminhos necessários para atuar no mercado de trabalho.
Nessa caminhada, você acessará a “bússola de carreira”, ferramenta desenvolvida para auxiliar no
planejamento da sua trajetória. Ao desenhar o seu projeto, você logo perceberá que é fundamental pensar o
seu fazer profissional em redes. Assim, não perca de vista a perspectiva multidisciplinar e foque no
desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Antes de iniciar o nosso percurso, é preciso ter atenção para outro ponto não menos importante e que
atravessa toda a temática: os diversos públicos e contextos com os quais você irá lidar. Nesse sentido,
você será orientado a reconhecer e adotar medidas cabíveis para preservar a autonomia dos sujeitos que
estiverem sob os seus cuidados.
1 - As Diretrizes Curriculares Nacionais
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Psicologia.
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)
DCN para o curso de Psicologia e as competências na
prática pro�ssional
Você conhece as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) da Psicologia? Nesta primeira parte do conteúdo,
você aprenderá a analisá-las e compreenderá a lógica da sua matriz curricular, ou seja, a importância de
percorrer determinadas trilhas de aprendizagem no processo formativo.
O Conselho Nacional de Saúde (CNS), em sua Resolução nº 597, de 13 de setembro de 2018, cumprindo os
dispositivos legais previstos na Constituição Federal de 1988, apresenta recomendações à proposta de
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação em Psicologia. Anteriores a essas
recomendações, temos as DCN de 2011, que a partir da Resolução CNE/CES nº 5, de 15 de março de 2011,
publicada no Diário Oficial da União de 16 de março de 2011, passou a instituir as DCN para muitos dos
cursos de graduação em Psicologia ainda vigentes.
Neste conteúdo, apresentaremos especialmente as DCN de 2018 e, quando for necessário, faremos
observações que permitam comparar e entender as particularidades de cada uma.
Para compreender o porquê das DCN, é importante checar os objetivos da referida resolução nº 597,
conforme descrito a seguir:
A presente proposta visa o fortalecimento dos princípios fundantes e orientadores de uma
formação que contemple a pluralidade, a competência e o compromisso com o aperfeiçoamento
da sociedade, pautada numa perspectiva de direitos cidadãos plenos. O caráter híbrido e plural da
Psicologia efetiva-se em uma proposta de formação generalista, crítica, reflexiva, ética e
transformadora, que contempla o caráter multifacetado da ciência psicológica, apontando uma
diversidade de possibilidades tanto no que se refere às suas bases epistemológicas e
metodológicas, quanto às suas áreas de atuação.
(BRASIL, 2018, p. 199)
Biopsicossocial
Modelo que considera o sujeito desde uma perspectiva biológica, psicológica e social, em contraposição ao
modelo biomédico que apenas considera os fatores biológicos.
Para além de aportes teóricos e inserção do psicólogo nas mais diversas áreas de atuação, é preciso levar
em conta a necessidade de aproximação de outros saberes relacionados ao nosso fazer profissional, em
perspectiva transdisciplinar, assim como as políticas públicas que o atravessam. Dessa forma, a formação
em Psicologia considera desde o início formatos de integração teórico-prática e caminha na direção de
olhar o sujeito como um ser biopsicossocial.
A seguir você acessará os pontos principais dessa Resolução, mas lembre-se da importância de conhecer
o documento na íntegra, pois ele é um norteador para a sua formação acadêmica, além de respaldar a sua
prática profissional em um futuro breve.
Eixos estruturantes do curso de Psicologia
Para começar, o que o curso de Psicologia assegura ao estudante?
O curso promove uma formação científica, pautada na ética, na crítica e na reflexão, com respeito aos
direitos humanos e fundamentada no compromisso com a diversidade de perspectivas epistemológicas e
teórico-metodológicas, além de contemplar o diálogo permanente com diversas áreas do saber que
alcancem os fenômenos psicológicos em sua complexidade e multideterminação.
Os componentes curriculares do curso são pautados em sete eixos estruturantes:
Observe que esses eixos que dão sustentação à formação em Psicologia garantem ao aluno a apropriação
do conhecimento de forma transversal a fim de que ele desenvolva competências capazes de inseri-lo no
mercado de trabalho, de forma segura, ética e socialmente responsável.
Desenvolvimento de competências na formação em
Psicologia
Para o desenvolvimento das competências, a formação tem caráter generalista e se compõe de uma base
comum, composta de conhecimentos, habilidades e atitudes. Essa base se complementa a partir da
realização de ênfases curriculares. Assim, de acordo com as recomendações propostas pelas DNC, em seu
artigo 9º, ao final do curso, você deverá estar apto a enfrentar os desafios impostos ao egresso do curso, a
exemplo de analisar possibilidades e limites dos diversos campos de atuação profissional.
Assim, é fundamental compreender o sujeito que busca o serviço do profissional de Psicologia, em sua
integralidade, inserido em contextos de variáveis sociais, econômicas e culturais. Esse caminho deve estar
alinhado à postura ética e responsável no exercício profissional.
Recomendação
Ao acolher uma demanda de atendimento psicológico, o profissional deve valer-se de escuta sensível, a fim
de identificar e analisar as necessidades trazidas pelo sujeito, levantar hipóteses diagnósticas e, quando
julgar necessário, fazer uso de instrumentos e técnicas de avaliação, sempre considerando o indivíduo
inserido em um contexto, além de contemplar a perspectiva de um olhar multidisciplinar.
Durante ou mesmo ao final do processo de acolhimento, orientação, aconselhamento psicológico,
psicoterapia ou mesmo mediação, o profissional da Psicologia deve estar apto a elaborar registros de
evolução do processo e produzir documentos resultantes da prestação de serviços, como laudos, relatórios
e pareceres técnicos.
Você consegue perceber a dimensão e a importância do trabalho do profissional de Psicologia? A seguir
conheceremos algumas especificidades da jornada acadêmica que podem auxiliá-lo no direcionamento
dos estudos e nas escolhas profissionais.
Ênfases curriculares
De acordo com o artigo 10 dasDNC, a formação em Psicologia contempla o desenvolvimento de
habilidades para produções científicas, metodológicas, sempre inseridas em parâmetros e critérios da
ciência e da ética. O primeiro passo para a produção científica é dado na academia, quando o estudante
estabelece conexões entre o aporte teórico e a realidade do mercado de trabalho.
Nesse sentido, o curso de Psicologia contempla em seus projetos pedagógicos as ênfases curriculares que
consistem em um subconjunto de saberes e práticas, dentre aqueles que compõem a base curricular do
curso, alinhados com os condicionantes da região, do contexto e das características da própria instituição.
Devem ser oferecidas duas ênfases curriculares, no mínimo, a fim de possibilitar a escolha por parte do
aluno.
Atenção!
Não confunda ênfase curricular com área de atuação do psicólogo, ou mesmo procedimentos de trabalho.
As ênfases são definidas em termos de processos de trabalho, ou seja, estão relacionadas à prática dos
profissionais da Psicologia.
Dentre os processos de trabalho reconhecidos atualmente, destacam-se os de acolhimento, de
acompanhamento, de avaliação, educativos, formativos, de mobilização social, organizativos,
psicoterapêuticos, investigativos, dentre outros que compõem o fazer do profissional de Psicologia.
Pesquisa na formação em Psicologia
A pesquisa deve ser inserida no processo formativo vinculada a atividades de ensino e extensão que são
realizadas no decorrer do curso. Esse formato considera importante o alinhamento da teoria à prática, além
de fomentar no estudante o perfil investigativo. Características como transversalidade,
interdisciplinaridade, criticidade, comprometimento, bem como elementos que compõem a dinâmica da
relação do sujeito com o ambiente que o cerca, devem ser consideradas quando do desenvolvimento de
pesquisas acadêmicas e científicas.
Vale salientar que os projetos de pesquisa desenvolvidos durante o curso de graduação devem ser
aprovados pelo Conselho de Ética em Pesquisa (CEP) e homologados pela Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (Conep).
Estrutura e metodologias
A estrutura do curso de Psicologia é composta por:

Quantidade de horas
Quatro mil horas

Período
No mínimo cinco anos

Formato
Presencial
As atividades acadêmicas são realizadas individualmente e em grupo, visando ao desenvolvimento de
competências e habilidades do aluno alinhado aos saberes e às práticas necessários ao exercício da
profissão.
O uso de metodologias ativas nos contextos educacionais emergiu para fazer frente aos desafios impostos
à educação para o século XXI e tem contribuído bastante para o processo formativo, uma vez que
posiciona o estudante como protagonista no processo de aprendizagem, estando o docente no papel de
mediador/facilitador.
Ressalta-se que não se trata de abandonar por completo os modelos que foram utilizados até aqui, mas
sim de agregar valor a eles. Assim, às metodologias tradicionais somam-se às metodologias ativas como
situações-problema, gamificação, seminários, palestras, conferências, sala de aula invertida, ensino híbrido,
estudos de caso, dentre outras ferramentas metodológicas e tecnológicas que ampliam e enriquecem as
possibilidades de ensino-aprendizagem, em um formato de rede, viabilizando relações dialógicas
permanentes e promotoras do desenvolvimento de todos os atores envolvidos.
Vejamos quais são as principais atividades acadêmicas que um estudante de Psicologia terá de
desenvolver.
Compõe o rol de atividades acadêmicas da sua formação e pode ser produzido em diversos
formatos, como artigo científico, monografia ou relatório. É preciso esclarecer, no entanto, que o
relatório de estágio não substitui o TCC.
Você se recorda que no início deste conteúdo foram apresentados os eixos estruturantes do curso
de Psicologia? Agora abordaremos as atividades de extensão, que consistem em práticas
interdisciplinares e intersetoriais, envolvendo atores como professores, estudantes e comunidades,
e são propostas com base nos eixos estruturantes.
São propostas com o objetivo de fomentar o protagonismo desses atores ― professores,
estudantes e comunidades ― em seus contextos de atuação, de forma articulada e visando à
promoção dos direitos humanos e sociais e à qualidade de vida das populações atendidas, numa
perspectiva de prevenção e cuidado face a situações de sofrimento. Vale destacar que essas
atividades são obrigatórias, realizadas sob supervisão de um docente, e ocupam 10% da carga
horária total do curso sem se sobreporem aos estágios.
Trabalho de conclusão de curso (TCC) 
Atividades de extensão 
Estágios obrigatórios 
São constituídos de atividades práticas, que ocorrem em grau crescente de complexidade e têm o
objetivo de garantir o entrelaçamento entre os componentes curriculares, as práticas e a demanda
do contexto em que a instituição de ensino está inserida.
Os estágios são estruturados em dois níveis: estágios do núcleo comum (ou estágios básicos) e
estágios específicos. Devem ocupar, no mínimo, de 20 a 25% da carga horária total do curso e
podem ser realizados em campo interno ou externo à instituição. Alguns cursos podem manter
ainda a carga horária total dos estágios curriculares apenas acima de 15%, conforme orientação das
DCN de 2011. Essa é uma das diferenças existentes entre as DCN de 2011 e as de 2018.
A instituição de ensino deve contemplar em seu projeto de curso, um serviço-escola de Psicologia, a
fim de garantir um espaço adequado para atendimentos, supervisões, bem como guarda e sigilo dos
documentos resultantes dos atendimentos.
A supervisão dos estágios obrigatórios deve ser realizada por docente vinculado à instituição de
ensino, com formação em Psicologia, inscrição ativa e regular no Conselho Regional de Psicologia
(CRP) da jurisdição onde é prestado o serviço, além de qualificação específica na área de estágio.
Atividades complementares
Além de todas as atividades acadêmicas descritas até aqui, o aluno do curso de Psicologia precisa cumprir
certa carga horária com atividades complementares. Ressalta-se que essas atividades devem ser validadas
por uma comissão de docentes, designada pela coordenação do curso. De acordo com as DNC, cabe à
instituição de ensino proporcionar ao aluno suporte, acolhimento e apoio psicossocial e pedagógico, bem
como incentivar a participação nas discussões sobre a sua formação, bem como a sua organização
política.
Nesse caso, o coordenador se encarrega de promover a participação e realização de atividades como:
seminários, congressos, colóquios, oficinas, encontros, festivais, palestras, exposições, cursos de curta
duração, cursos on-line, projetos ligados à prática de consultoria empresarial, entre outras. Assim, o aluno
pode ter uma melhor compreensão das relações existentes entre a prática social e o trabalho acadêmico, a
integração teoria/prática e a integração universidade/sociedade, de modo a complementar a sua formação.
Gestão do curso de Psicologia
Toda a estrutura acadêmica apresentada até aqui é gerida pela coordenação do curso de graduação em
Psicologia, e o ocupante do cargo deve ter formação em Psicologia, inscrição ativa e regular no CRP da
jurisdição onde o curso está instalado.
O Projeto Pedagógico de Curso (PPC) é concebido, acompanhado, consolidado e avaliado pelo Núcleo
Docente Estruturante (NDE), que atua também no apoio à gestão.
Formação de docentes
Dentre as propostas das DCN, está a formação e o aperfeiçoamento do corpo docente do curso, de forma
complementar, com o objetivo de adequar a prática pedagógica às demandas do mercado, que incluem
propostas de educação inclusiva, adaptação ou inserção de novas tecnologias de ensino-aprendizagem,
além de aderência às políticas públicas que regulamentam a educação superior.
O conteúdo apresentado a você até aqui dá a dimensão do quão rica e complexa é a nossa área de
formação e demonstra como a graduação em Psicologia é amparada por marcos legais que lhe garantemuma formação segura e de qualidade.
A seguir, apresentaremos ideias e reflexões acerca de estratégias que você pode adotar para planejar a sua
carreira de Psicólogo, focando a sua área de interesse.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do
curso de Psicologia
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a importância e as características das DCN de
Psicologia, destacando o tempo mínimo de formação, a estrutura do curso e a relevância dos estágios
curriculares.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O alinhamento de saberes e práticas apresenta-se como transversal a todas as recomendações e
propostas constantes da Resolução nº 597, de 13 de setembro de 2018, que trata das Diretrizes
Curriculares Nacionais para o curso de Psicologia. Essa estratégia visa assegurar ao graduando em
Psicologia uma formação científica sólida, respaldada em ética, responsabilidade social e respeito aos
direitos humanos. Assinale a alternativa que apresenta argumentação coerente com essa proposta:
A
Ao ingressar no curso de Psicologia, o estudante deve preocupar-se em realizar um
estágio externo, desde o primeiro semestre, porque apenas dessa forma conseguirá
perceber a realidade do mercado de trabalho para psicólogos.
B
A observância rigorosa das resoluções do Conselho Federal de Psicologia é suficiente
para que o aluno de Psicologia estabeleça conexões entre saberes e práticas, pois ele é
o órgão encarregado de determinar a forma como as instituições de ensino superior
devem estruturar e operacionalizar o ensino de Psicologia.
C
O curso de Psicologia tem como meta central a formação de psicólogo voltado para a
atuação profissional, para a pesquisa e para o ensino de Psicologia, com capacidade
para atuar com responsabilidade acadêmico-científica e social, compromisso com a
defesa da cidadania, da dignidade humana e da saúde integral, tendo como
Parabéns! A alternativa C está correta.
O caráter híbrido e plural da Psicologia efetiva-se em uma proposta de formação generalista, crítica,
reflexiva, ética e transformadora, que contempla o caráter multifacetado da ciência psicológica,
apontando uma diversidade de possibilidades tanto no que se refere às suas bases epistemológicas e
metodológicas, quanto às suas áreas de atuação.
Questão 2
O modelo de educação disruptiva rompe com padrões anacrônicos de ensino-aprendizagem que não
respondem mais às necessidades e aos desafios do século XXI. Na bagagem dessas inovações,
encontram-se as metodologias ativas que instrumentalizam instituições de ensino e docentes,
posicionando o aluno como protagonista de seu próprio processo formativo. Assinale a alternativa em
que todos os elementos contemplados estão no contexto das metodologias ativas:
transversalidade, em sua prática, a determinação social dos fenômenos e processos
humanos.
D
Compreender os fundamentos epistemológicos e históricos no entorno do saber
psicológico responde pelo total das necessidades de aprendizagem de um estudante
de Psicologia, sempre que esse conhecimento seja trabalhado mediante metodologias
ativas e dinâmicas, que permitam o desenvolvimento de projetos extensos.
E
Os fundamentos teórico-metodológicos da Psicologia garantem a apropriação crítica
do conhecimento dessa ciência e são bases suficientes para a inserção do egresso no
mercado de trabalho.
A Sala de aula invertida; seminários; professor protagonista; ensino híbrido.
B Aluno protagonista; estudos de caso; aula expositiva; gamificação.
C Gamificação; avaliação rígida; professor protagonista; estudo de caso.
Parabéns! A alternativa E está correta.
A tecnologia transformou nossas vidas e o nosso modo de ser e estar no mundo, revolucionando os
formatos de aprendizagem. Assim, direcionar as aulas para modelos que contemplem exclusivamente
aulas expositivas, modelos rígidos de avaliação e professor protagonista não favorecem o aprendizado
requerido para o século XXI.
2 - O psicólogo empreendedor
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car competências e
habilidades necessárias ao psicólogo empreendedor.
D Aula expositiva; situações-problema; gamificação; ensino híbrido.
E Desenvolvimento de projetos; sala de aula invertida; situações-problema; gamificação.

Habilidades sociais e empreendedorismo
Para tornar-se um profissional bem-sucedido na carreira escolhida, existem alguns passos importantes
para os quais você deverá voltar a sua atenção. Elaborar um planejamento e estabelecer metas são ações
fundamentais para alcançar seus objetivos profissionais. Neste material, serão apresentadas estratégias
importantes e uma bússola de carreira, ferramenta criada para nortear sua trajetória profissional.
Antes de iniciar o percurso, conheceremos uma proposta com três pilares básicos para pensar o seu
projeto de vida: autoconhecimento, conhecimento da profissão e conhecimento do mercado.
Autoconhecimento
Esse pilar ajudará você a conhecer o seu perfil, suas características de personalidade,
identificação com determinadas áreas de atuação e com outras não, bem como o seu
comportamento nas relações interpessoais.
Conhecimento da pro�ssão
Consiste em adentrar o universo da sua área de interesse, ou seja, conhecer as atividades do
cotidiano de trabalho, os principais desafios e as várias possibilidades de investigação.
Conhecimento do mercado
E il d ê id d d li á i j t di i t
Agora você consegue perceber a importância de um planejamento bem estruturado e pautado nesses três
pilares?
A seguir, vamos resgatar um pouco da história e, em paralelo, traremos alguns cenários contemporâneos,
para contextualizá-lo e auxiliá-lo na construção da sua bússola de carreira.
Psicologia 4.0
Você já ouviu essa expressão alguma vez?
Trata-se de uma alusão aos quatro momentos da Revolução Industrial. Quando usamos o termo
“Psicologia 4.0” estamos alinhando a profissão ao contexto atual.
Os quatro momentos da Revolução Industrial
Veja abaixo:
Primeira Revolução Industrial
Foi marcada pela invenção da máquina a vapor, e a vantagem competitiva foi conferida aos ingleses.
Segunda Revolução Industrial
O mundo contou com a chegada da energia elétrica, e esse período ficou conhecido como aquele em que
emergiu a produção em massa. Nesse contexto, o trabalho em linhas de montagem e o sistema
capitalista ganharam força no cenário econômico mundial.
Esse pilar requer de você a capacidade de analisar cenários, conjunturas, condicionantes
econômicos, políticos, sociais, bem como ameaças e oportunidades que se descortinam na
área de atuação que você escolheu.
Terceira Revolução Industrial
Ficou marcada pelos processos de automação, ou seja, aconteceu quando houve grande avanço
tecnológico e as máquinas começaram a substituir a mão de obra humana.
Quarta e atual Revolução Industrial
É aquela caracterizada por um recurso primordial: a informação.
É sobre a Quarta Revolução Industrial que debruçaremos o nosso olhar. Essa é a era da inteligência
artificial, responsável por reduzir ainda mais as diferenças entre homem e máquina.
O economista Klaus Schwab (2019) apresenta reflexões acerca dos desafios da contemporaneidade, no
que se refere aos avanços tecnológicos e às novas formas de viver em sociedade, o que requer de cada
indivíduo o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes que favoreçam o seu posicionamento
nas mais diversas áreas de sua vida, a exemplo da sua trajetória profissional. O trecho a seguir confirma
essa percepção:
Ainda precisamos compreender de forma mais abrangente a velocidade e a amplitude dessa nova
revolução. Imagine as possibilidades ilimitadas de bilhões de pessoas conectadas por
dispositivos móveis, dando origem a um poder de processamento, recursos de armazenamento e
acesso ao conhecimento sem precedentes. Ou imagine a assombrosa profusão de novidades
tecnológicas que abrangem numerosas áreas: inteligência artificial, robótica, Internet das Coisas,
veículos autônomos,impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais,
armazenamento de energia e computação quântica, para citar apenas alguns. Muitas dessas
inovações estão apenas no início, mas já estão chegando a um ponto de inflexão de seu
desenvolvimento, pois já constroem e amplificam umas às outras, fundindo as tecnologias do
mundo físico, digital e biológico.
(SCHWAB, 2019, p. 11)
E o que a Quarta Revolução Industrial tem a ver com a Psicologia 4.0? É essa relação que estudaremos a
seguir.
Áreas de atuação do pro�ssional da Psicologia
Até pouco tempo atrás, quando pensávamos em um psicólogo, logo vinha à mente a imagem de um
consultório, com um divã fazendo parte do mobiliário e um paciente falando sobre si e sobre suas
demandas para o psicólogo. O cenário da contemporaneidade não eliminou o formato clínico tradicional,
mas o exercício da profissão de psicólogo ganhou novos contornos e, concomitantemente, novos desafios,
o que demandou o desenvolvimento de novas competências e habilidades.
Atente para o fato de que esse fenômeno não é exclusivo da Psicologia, está relacionado a todas as
profissões no contexto atual. Assim, ao pensar em sua carreira, é importante investir na aquisição de novas
habilidades. A imagem a seguir apresenta exemplos de habilidades requeridas pelo mercado de trabalho na
contemporaneidade:
Novas habilidades para o mercado de trabalho.
Considerando que você agora já consegue identificar as habilidades que precisa desenvolver ao longo do
seu processo formativo, vamos fazer uma pausa para uma pequena reflexão em forma de atividade.
A partir da imagem a seguir e posicionando-se no dia de hoje, faça uma projeção para daqui a cinco anos e
outra para daqui a dez anos. Pergunte a si mesmo: como vejo minha carreira daqui a cinco anos? E daqui a
dez anos? Em seguida faça o mesmo em relação à sua profissão: como estará a Psicologia daqui a cinco
anos? E daqui a dez anos? Faça suas anotações e guarde-as, pois usaremos em uma atividade mais à
frente.
Linha do tempo rumo ao admirável mundo 4.0
A Psicologia contempla múltiplas áreas de atuação, e essa diversidade requer dos profissionais da área um
olhar para os espaços de trabalho que vêm emergindo ao longo do tempo. A urgência do cotidiano nos
grandes centros urbanos tem provocado a busca por serviços de psicologia para o atendimento de
demandas pontuais, que sejam solucionadas em curto prazo. Esse fenômeno tem levado o profissional da
Psicologia a se reinventar, a romper paradigmas e a permitir-se outras formas de prestação de serviço,
entretanto, sem deixar de observar as questões éticas e de respeito aos direitos humanos que lastreiam o
seu fazer laboral.
Empreendedorismo
Podemos entender o empreendedorismo como um processo de criação, inovação e aporte de novas
tecnologias. Pode-se afirmar que esse movimento feito por todos os profissionais da contemporaneidade
confere dinamismo às suas carreiras, além de caracterizar a própria ressignificação da sua atividade de
trabalho.
A seguir, você encontrará algumas áreas de atuação do psicólogo, com atividades relacionadas, para que
constate a diversidade de oportunidades de inserção no mercado de trabalho. É importante ressaltar que
esses são apenas alguns exemplos, mas as possibilidades de entrelaçamentos com outras áreas do saber
ou mesmo de variações dentro da sua prática profissional são inúmeras.
Áreas de atuação
Veja abaixo as áreas de atuação do psicólogo:
Avaliação neuropsicológica
Acompanhamento de pacientes em processo demencial
Acompanhamento de pacientes com TDAH
Neuropsicologia 
Acompanhamento de vítimas de AVC
Estudos de Neuroplasticidade
Estudo das relações do cérebro com o comportamento
Reabilitação Neuropsicológica
Estudo da interação entre as pessoas e o ambiente físico ou natural
Participação de planejamento de áreas urbanas
Concepção de equipamentos e áreas de lazer para melhoria da qualidade de vida
Participação de projetos de construção de ciclovias
Busca de sustentabilidade
Acolhimento e acompanhamento de vítimas de desastres ambientais
Atendimento individual, de casais, família ou grupos
Elaboração de luto
Psicopatologias
Atendimento on-line
Orientação profissional
Avaliação psicológica
Acolhimento de vítimas de emergências e desastres
Psicologia ambiental 
Psicologia clínica 
Psicologia das emergências e desastres 
Primeiros cuidados psicológicos
Planos de intervenção
Ações humanitárias
Elaboração de luto
Intervenções em situações de transtorno de estresse pós-traumático
Acolhimento dos profissionais de Saúde que atuam em situações de emergências e desastres
Acompanhamento do desempenho de atletas de alto rendimento e performance
Preparo emocional para competições / derrotas
Avaliação psicológica
Orientação profissional
Avaliação psicológica
Ações educativas
Ações socioeducativas com motoristas infratores, pedestres e ciclistas
Estudo do comportamento no trânsito
Atendimento de profissionais que atuam no trânsito
Planejamento escolar
Educação disruptiva/Metodologias ativas
Psicologia do esporte 
Psicologia do trânsito 
Psicologia escolar e educacional 
Desempenho acadêmico
Mediação de conflitos
Formação de docentes
Transtornos de aprendizagem
Orientação profissional
Educação inclusiva
Pré-natal psicológico/Psicologia neonatal
Emergência hospitalar
Equipes multidisciplinares
Psicoprofilaxia cirúrgica
Cuidados paliativos
Morte no contexto hospitalar
Psico-Oncologia
Atendimento em UTI
Reabilitação
Saúde mental
Avaliação psicológica de envolvidos em processos
Assessoramento da atividade jurídica
Prevenção e combate à violência
Políticas de cidadania e direitos humanos
Psicologia hospitalar 
Psicologia jurídica 
Processos de adoção
Atuação na área criminal
Programas de aconselhamento, orientação e encaminhamento
Mediação de conflitos
Recrutamento, seleção e desenvolvimento de pessoas
Avaliação de desempenho
Clima organizacional
Mediação de conflitos
Liderança desenvolvedora
Orientação de carreira
Motivação
Qualidade de vida no trabalho
Entrevista de demissão
Atendimento institucional: vulnerabilidade social
Publicidade e propaganda
Atendimento a presidiários
Centros de atendimento a crianças e adolescentes
Atendimento a idosos institucionalizados
Atendimento em ONG
Ensino e pesquisa
Psicologia organizacional e do trabalho 
Psicologia social 
Educação, reeducação, terapia psicomotora
Auxílio no desenvolvimento, prevenção e reabilitação
Planejamento de atividades das clínicas de reabilitação
Parecer psicomotor
Desenvolvimento de atividades para pessoas com deficiência
Orientações para famílias das pessoas com deficiência
Processos de aprendizagem
Garantia da compreensão de conteúdos e facilitação o aprendizado
Detecção de dificuldades e realização das devidas intervenções
Redução de casos de evasão escolar
Empresas: melhoria e assimilação dos conteúdos e performance dos funcionários – RH
Clínicas e consultórios
Atendimento hospitalar – questões ligadas à falta de memória
Planejamento de carreira
Após reunir informações sobre as áreas de atuação do profissional da Psicologia, bem como as
habilidades requeridas no cenário atual e futuro, você está apto a construir o seu plano de carreira. Retome
as anotações que fez na atividade da linha do tempo, pois você precisará delas para o preenchimento do
seu plano.
Psicomotricidade 
Psicopedagogia 
Este tópico apresenta a ferramenta bússola de carreira, desenvolvida para auxiliá-lo na estruturação e
organização do seu plano de carreira. Ressalta-se que o preenchimento dessa ferramenta não se esgota
em si nem é rígido ao ponto de impossibilitar alterações. Gerir a carreira é um processo dinâmico, flexível e
passível de retirar ou agregar novos elementos, a todo o momento.
A seguir, são apresentadas as orientações para o preenchimento da bússola de carreira, com explicações
de cada elemento que a compõe. Depois de conhecer os componentes daferramenta, escolha uma área de
interesse a partir da atividade da linha do tempo que você elaborou na etapa anterior e, com base nessa
escolha, preencha a sua bússola. Se você tem dúvidas entre duas ou mais áreas de atuação, preencha uma
bússola para cada área de interesse.
Conhecimentos
Nesse campo, você deve colocar todo o aporte teórico-epistemológico e metodológico que precisará para
seguir a área de interesse. Assim, informações como cursos necessários à atuação, graduação,
especializações, mestrado, doutorado, pesquisas, entre outros percursos do universo do saber.
Para isso, pergunte-se:
Quais os conhecimentos necessários para atuar no campo que escolhi?
Além da graduação, que títulos preciso obter?
Quais são os saberes necessários?
Quais cursos preciso realizar?
Habilidades técnicas
Refere-se ao saber fazer. Esse campo pode ser preenchido com dados relativos às práticas, a exemplo dos
estágios (remunerados ou voluntários), das visitas técnicas, dos grupos de discussão de casos clínicos,
das entrevistas com profissionais mais experientes, dos trabalhos de campo, entre outras possibilidades de
aproximação da aplicação dos conhecimentos.
Habilidades socioemocionais
Para o preenchimento desse campo, é fundamental você se autoconhecer, ou seja, identificar quais são os
seus potenciais e quais são os seus limites quando se trata de relações interpessoais.
Nesse caso, pergunte-se:
Para atuar nessa área de interesse, quais ferramentas internas disponho para utilizar a meu favor?
Quais são os meus limites?
Qual o melhor lugar para trabalhar?
Prefiro um cotidiano de trabalho com atividades em grupo ou me realizo mais trabalhando isoladamente?
Valores
Quando viemos ao mundo, o nosso primeiro convívio acontece no núcleo familiar e, aos poucos, nossas
relações sociais vão se intensificando nos mais diversos ambientes de convívio. A partir dessa díade
primária, absorvemos marcas que nos acompanham ao longo do nosso desenvolvimento e vão se
solidificando ou se fragilizando conforme nossas vivências.
Nesse sentido, quando escolhemos uma profissão ou uma área de atuação, essa escolha vem carregada
de simbolismos da nossa história. Ao preencher esse campo, você deve se questionar: quais valores dentre
os que me constituem enquanto sujeito, julgo importantes e potencializadores para a minha performance
profissional?
Networking
Ao ingressar no universo acadêmico, você se depara com inúmeros desafios e possibilidades de
crescimento. Quando despertar o interesse por determinada área, busque aprofundar-se não apenas nos
conhecimentos teóricos, ainda que sejam fundamentais para a sua formação. Esteja atento ao cotidiano de
trabalho dos profissionais que atuam na sua área de interesse. Verifique quem é o profissional referência
na área em questão, estabeleça conexões, demonstre desejo em seguir os seus passos, marque uma
conversa com ele, diga-lhe do seu interesse, solicite a ele a oportunidade de realizar um estágio, mesmo
que não seja remunerado. Fazer networking é estabelecer relacionamentos que farão parte da sua
trajetória profissional.
Mercado
Analisar cenários econômicos, sociais, políticos o coloca alguns passos adiante e lhe confere um
diferencial competitivo enquanto profissional. Ao fazer esse movimento, você consegue identificar as
ameaças e as oportunidades que o mercado está sinalizando. Assim, ao conhecer as ameaças, você pode
se antecipar para minimizar os impactos em sua atividade. Acerca das oportunidades, quando você capta
esse sinal do mercado, consegue aproveitá-las a seu favor.
Um exemplo claro de análise de cenário foi vivenciado pelos profissionais de Psicologia durante a
pandemia da covid-19: de repente, em duas semanas, todos nós fomos levados ao isolamento social e,
aqueles que se anteciparam, conseguiram transformar a ameaça em oportunidade, por meio do
atendimento on-line, que se impôs por uma necessidade, mas agora faz parte dos serviços prestados por
nós.
Tendências da área de atuação
Para preencher esse campo, você deve posicionar a sua profissão no mercado. Mais uma vez, retome as
anotações que realizou na atividade da linha do tempo e observe como você vê a Psicologia hoje, daqui a
cinco anos e daqui a dez anos. Essa análise deve ser realizada, tomando como base a análise de cenário
que você fez no campo mercado e as habilidades socioemocionais identificadas em você e que dão conta
de seus limites e potenciais. Ao situar a Psicologia dentro dessa lógica dinâmica, você terá a chance de se
posicionar enquanto profissional também. Por exemplo, há determinadas áreas da Psicologia que, em
decorrência de pesquisas, estudos, condicionantes ambientais e mudanças de comportamento, têm
ganhado relevo e provocado maior demanda por parte dos usuários dos nossos serviços. Estarmos atentos
a esse movimento também contribui para bons resultados na carreira.
Atualizações
Quando iniciamos a nossa vida de estudantes, desde a mais tenra idade, não nos damos conta de que ali
tem início uma jornada que percorrerá todas as fases do nosso desenvolvimento. Então, ao concluir a
graduação, é necessário zelar pela qualidade da nossa carreira. Atentar para o campo atualizações na
bússola de carreira implica identificar pontos a aprimorar no seu desempenho.
Essas lacunas podem ser preenchidas de variadas formas: participação em congressos, palestras, debates,
mesas redondas, formações, eventos de curta duração, mas suficientes para apontar caminhos e dar
respaldo para as tomadas de decisão.
Agora é a sua vez! A bússola de carreira consiste em um círculo dividido em oito partes, cada uma delas
alusiva a um segmento do seu projeto de vida, que você poderá preencher conforme as orientações
anteriores. Lembre-se: essa é uma ferramenta dinâmica, que pode sofrer alterações por exclusão ou
inclusão de novos elementos, durante a sua trajetória profissional. Ela funcionará como um norte para o
seu processo formativo e o fato de ter todas as informações reunidas em um só instrumento ajudará você
a se organizar e tomar as melhores decisões.
Bússola de carreira
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a importância e a utilidade de planejar a sua
carreira, bem como sobre as particularidades da Psicologia como profissão e seu mercado de trabalho para
o preenchimento da bússola de carreira proposta.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Sobre o termo “Psicologia 4.0”, marque a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa B está correta.
O termo é uma alusão à Quarta Revolução Industrial, conhecida como a era da inteligência artificial,
com a qual a Psicologia deve estar alinhada, o que requer do profissional o desenvolvimento de
competências e habilidades compatíveis com aquelas demandadas pelo contexto da
contemporaneidade.
Questão 2
Analise as assertivas a seguir:
I. Habilidades técnicas correspondem ao saber fazer em uma profissão.
II. Networking consiste na habilidade de trabalhar utilizando uma variedade de instrumentos
tecnológicos.
III. À dimensão do plano de carreira que mantém estreita relação com a remuneração que o
profissional pretende alcançar, chamamos valores.
IV. Analisar o mercado consiste em avaliar oportunidades e ameaças que podem exercer influência
sobre a carreira.
A O termo está relacionado a quatro pontos estratégicos para a carreira do psicólogo.
B Trata-se de uma alusão à Quarta Revolução Industrial.
C É uma nova abordagem da Psicologia.
D Refere-se às quatro décadas de reconhecimento da Psicologia enquanto ciência.
E Está relacionado a quatro competências essenciais para a Psicologia do século XXI.
Parabéns! A alternativa A está correta.
As alternativas I e IV estão corretas, pois as habilidades técnicas representam, em qualquer prática
profissional, as destrezas desenvolvidas para a realização dos afazeres específicos da área. Da
mesma forma, quando analisamos o mercado de trabalho, podemos identificar as diversaspossibilidades e impedimentos que existem e que podem afetar a nossa inserção. Por outro lado, as
alternativas II e III estão erradas, pois fazer networking significa estabelecer relacionamentos que irão
fazer parte da trajetória profissional. Entendemos por valores aquilo que o profissional julga importante
e que potencializa a performance profissional dele.
A s afirmativas I e IV estão corretas.
B As afirmativas II e III estão corretas.
C As afirmativas II e IV estão corretas.
D As afirmativas III e IV estão corretas.
E As afirmativas I e III estão corretas.

3 - O psicólogo em equipes
multidisciplinares
Ao �nal deste módulo, você será capaz de avaliar possibilidades de
atuação do psicólogo em equipes multidisciplinares.
O trabalho multidisciplinar nas diversas
áreas de atuação
Kurt Lewin (apud SCHOSSLER; CARLOS, 2006), ao conceber a teoria do campo, afirma que todos os
momentos de nossas vidas ocorrem no interior de grupos, cuja característica essencial que os define é a
interdependência de seus membros, ou seja, não importa a soma das características dos membros, mas a
resultante do processo que ali ocorre.
Quando batemos um bolo, misturamos todos os ingredientes e, depois de pronto, o que temos é a
resultante do processo da forma como foi definida por Kurt Lewin, ou seja, não identificamos os
ingredientes separadamente, mas saboreamos o resultado da mistura.
Ao atuarmos em equipes de Saúde, é fundamental nos percebermos como o bolo pronto, isto é, como
resultante do processo e não como parte separada, pois apenas dessa forma conseguiremos alcançar a
dimensão biopsicossocial dos sujeitos que demandam os nossos serviços.
Nesse sentido, o nosso fazer profissional deve estar coordenadamente entrelaçado com outros campos do
saber, lançando um olhar para o sujeito inteiro, numa perspectiva de clínica ampliada.
Nos tópicos a seguir você avaliará as múltiplas possibilidades de atuação em equipes de Saúde e dará
conta de que a resultante de um processo de acolhimento, diagnóstico e intervenção é mais exitosa
quando percebida sob diversos olhares e perspectivas do saber.
Cenários em atenção à Saúde
A fragmentação disciplinar do conhecimento em especialidades e subespecialidades está alinhada ao
modelo biomédico que já deu indicativos de ineficácia, tendo em vista a centralização do atendimento do
indivíduo em uma única área do saber, além de evidenciar as patologias e não o sujeito em sua
integralidade.
A percepção fragmentada do demandante dos serviços de Saúde tem sua origem em um viés equivocado
que se direciona ao conceito de saúde, ou seja, em acreditar que é possível alcançar o bem-estar absoluto,
que não reconhece saúde e doença como processos que fazem parte da vida de todos nós.
A distorção no conceito de saúde parece atender a interesses que se afastam do bem-estar dos indivíduos.
A indústria farmacêutica, por exemplo, não deseja uma sociedade saudável, porque dessa forma estaria
desejando a sua sucumbência.
O contexto contemporâneo acaba por fortalecer essa fragmentação. Não raro, deparamo-nos com
situações em que os indivíduos têm dificuldade de enfrentar perdas e frustrações e, por essa razão,
acabam tendo que lidar com um vazio existencial sem precedentes. Estando nessa condição, esses
indivíduos perdem a capacidade de questionar a própria realidade e ingressam em uma busca frenética
para preencher o que lhes falta, não havendo possibilidade de admitir a existência da doença.
O documentário SOS Saúde, do cineasta Michael Moore, lançado em 2007, aborda o sucateamento do
sistema de Saúde nos Estados Unidos e faz um comparativo com outros países que entendem o conceito
de saúde de maneira diferenciada, observando todos os fatores condicionantes que estão no entorno da
vida humana, isto é, considerando a perspectiva de um sujeito biopsicossocial, inserido em um contexto
econômico, social, político e cultural. O filme nos convida a uma reflexão acerca do quão frágil se torna o
sistema de Saúde quando coordenado sob um olhar unidirecional.
Nesse sentido, compreender que a dor, o sofrimento, a perda são de fundamental importância para a
ressignificação de trajetórias de vida já implica um avanço na direção de conceber saúde e doença como
processos dinâmicos, em movimento constante, cuja característica principal é a instabilidade.
Níveis de atenção à saúde
O sistema de Saúde do Brasil apresenta composição hierarquizada, e os serviços são prestados conforme
o grau de complexidade de cada caso. Esse formato organiza o acesso aos serviços de Saúde desde
atendimentos ambulatoriais até aqueles que requerem especialidades ou maior nível de tecnologia. Assim,
o nível de atenção é reconhecido de acordo com o direcionamento do paciente, por um sistema de
regulação.
Atenção primária
É o nível em que ocorre o primeiro contato com o usuário; é considerado de alta
complexidade, baixo incremento tecnológico e é o de maior frequência de demanda. A alta
complexidade se deve ao fato de que é nesse nível de atenção que há maior exigência de
habilidades e coordenação das equipes.
Atenção secundária
É í l i i i di i t i lid d b i lid d é d
O trabalho nos níveis de atenção demanda coordenação de excelência, e a atuação em equipes respalda os
atores intervenientes. No tópico a seguir, você conhecerá as possibilidades de configurações das equipes
de Saúde.
Processos em equipes de Saúde
Os processos em equipes de Saúde acontecem segundo estratégias de integração disciplinar, cujo objetivo
é reunir possibilidades de produção de conhecimento, para acolhimento, diagnóstico e intervenção
voltados para os usuários que demandam tais serviços. Sua configuração pode ser multidisciplinar,
pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar (JANTSCH; BIANCHETTI, 2000). Vale ressaltar que
qualquer campo do saber é passível de contemplar graus de interação maiores ou menores. Essa dinâmica
fortalece a visão de integralidade do sujeito.
O esboço gráfico de configurações de equipes, proposto por Jantsch e Bianchetti (2000), exposto a seguir,
apresenta a dimensão das possibilidades estratégicas de integração entre equipes, que vão desde
atividades justapostas, sem enriquecimento explícito dos saberes envolvidos, passando por interações
centralizadas, interações mais articuladas, até chegar ao formato que vislumbra interações recíprocas, com
conexões em rede inseridas em um sistema total, que é o transdisciplinar:
Configurações de equipes.
É o nível em que se inicia o direcionamento para as especialidades e subespecialidades; é de
complexidade e incremento tecnológico intermediário.
Atenção terciária
O terceiro e último nível de atenção é o terciário, que requer alto incremento de tecnologia.
Ressalta-se que o modelo transdisciplinar não tem o objetivo de se sobrepor aos outros modelos. Observe
que a diferença está nas relações, que são mais abertas, propiciando dessa forma um aumento
exponencial nas possibilidades de ampliar o conhecimento, agregando valor ao fazer profissional de cada
um. Os incrementos tecnológicos da contemporaneidade favoreceram sobremaneira essas conexões.
Paralelo a isso, hoje lidamos com uma gama de informações e com níveis de complexidade cada vez mais
altos que atuar em rede de forma colaborativa tornou-se uma questão de sobrevivência.
Observe a seguir o poema Por quem os sinos dobram, escrito pelo poeta inglês John Donne em 1624, e
reflita acerca da importância do outro em nossa vida pessoal ou profissional:
Nenhum homem é uma ilha, cada homem é uma partícula do continente, uma parte da Terra. Se
um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como
se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio. A morte de qualquer homem me diminui, porque
sou parte do gênero humano. E por isso não perguntas por quem os sinos dobram, eles dobram
por ti.
(DONNE apud ROLLENBERG, 2020, p. 2)
O caminho tomado pela ciência na contemporaneidade nos conduz ao entendimentode que fazemos parte
de um todo, e esse todo não existiria sem uma das partes que o compõe, por menor que ela seja. Nesse
sentido, ao lançar o olhar sobre as possibilidades de atuação em equipes de Saúde, lembre-se da
importância do seu trabalho e da importância do trabalho de seus pares; mas, acima de tudo, lembre-se de
que há um sujeito inteiro, inserido em um contexto que espera que você o perceba como tal.
Relembrando
Até aqui você estudou sobre os processos em equipes de Saúde, mas provavelmente ficou com a
impressão de que esses formatos de equipes estão mais adequados para unidades de Saúde, como
hospitais, unidades básicas de Saúde, em outras palavras, locais com boa estrutura que possibilite essa
interconexão que acabamos de relatar, correto?
Você se lembra da bússola de carreira que construiu no módulo anterior? Ela pode auxiliá-lo no caminho de
estabelecer conexões que possibilitem formatos transdisciplinares, mesmo que você atue em consultório
particular. Quando você for demandado para a prestação de serviços psicológicos, é importante que tenha
um bom networking, que atue de forma colaborativa, pois dessa maneira poderá formar uma rede de
conhecimentos compartilhados, e o paciente/cliente será contemplado em sua integralidade.
Veja o exemplo de caso clínico (fictício), elaborado para auxiliar você na compreensão da importância de
uma equipe transdisciplinar:
Exemplo
Suponha que você recebeu uma demanda de avaliação psicológica de um adolescente de 15 anos, que
apresenta queixa de muita sonolência, embotamento afetivo sem causa que o justifique, ganho de peso
considerável nos últimos 6 meses, desânimo para as atividades cotidianas e agressividade no ambiente
familiar. Ao iniciar a anamnese, no relato da genitora, que o acompanhou na primeira sessão, foi
estabelecida relação da mudança de comportamento com o fato de o filho ter mudado de escola no meio
do semestre, motivada por dificuldades financeiras na família. A genitora comentou sobre o súbito aumento
de peso do filho. Você questiona se o jovem se submeteu a exames de laboratório no último mês, a fim de
investigar as condições de saúde física dele, quando ele responde negativamente. Nesse momento você,
que faz parte de uma equipe transdisciplinar, lembrou-se de um caso semelhante, que ocorreu com uma
jovem e o endocrinologista que faz parte da equipe havia sinalizado que a mudança de comportamento da
jovem foi provocada por uma disfunção na tireoide e que a situação de normalidade seria restabelecida
após intervenção com medicamento e acompanhamento terapêutico e nutricional. Com base nessa
informação relacionada a outro caso clínico, você encaminhou o seu paciente para uma avaliação com
endocrinologista.
Observe que o caso clínico relatado acima demonstra a importância de uma ação coordenada e
colaborativa. Observe que a atuação de um profissional não exclui a de outro; ao contrário, o paciente, que
é visto sob várias vertentes do saber, de forma conjunta, e coordenada, sente-se mais seguro e acolhido em
sua inteireza.
Clínica ampliada
Entende-se por clínica ampliada uma das estratégias da Política Nacional de Humanização. Ampliar a
clínica implica colocar o usuário do sistema de Saúde no lugar de protagonista do cuidado consigo, por
meio do combate à fragmentação do conhecimento, ao foco no diagnóstico/remediação e à centralidade
da figura do médico. O modelo da clínica ampliada baseia-se no conceito de saúde integral. A passagem a
seguir confirma esse entendimento:
Propomos que não predomine nem a postura radicalmente ‘neutra’, que valoriza sobremaneira a
não-intervenção, nem aquela, típica na prática biomédica, que pressupõe que o sujeito acometido
por uma doença seja passivo diante das propostas. Outra função terapêutica da história clínica
acontece quando o usuário é estimulado a qualificar e situar cada sintoma em relação aos seus
sentimentos e outros eventos da vida (modalização). Exemplo: no caso de um usuário que
apresenta falta de ar, é interessante saber como ele se sente naquele momento: com medo?
Conformado? Agitado? O que melhora e o que piora os sintomas? Que fatos aconteceram próximo
à crise? Isso é importante porque, culturalmente, a doença e o corpo podem ser vistos com um
certo distanciamento e não é incomum a produção de uma certa ‘esquizofrenia’, que leva muitas
pessoas ao serviço de saúde como se elas estivessem levando o carro ao mecânico: a doença e o
corpo ficam dissociados da vida. Na medida em que a história clínica traz para perto dos sintomas
e queixas elementos da vida do sujeito, ela permite que haja um aumento da consciência sobre as
relações da ‘queixa’ com a vida. Quando a doença ou os seus determinantes estão ‘fora’ do
usuário, a cura também está fora, o que possibilita uma certa passividade em relação à doença e
ao tratamento.
(BRASIL, 2009, p. 49)
O modelo de clínica ampliada considera os condicionantes que estão no entorno do usuário dos serviços
como: sociais, biológicos, psicológicos, ambientais e políticos, traduzindo-se numa proposta que está para
além dos muros das instituições ou dos consultórios, visto que fortalece a atenção ao sujeito, não apenas
com foco na recuperação ou reabilitação, mas atua também, e principalmente, na prevenção e na
promoção à saúde.
Como funciona a clínica ampliada e qual a sua relação com as equipes
de Saúde?
Ao buscar o serviço de Saúde, o indivíduo é acolhido, mesmo que a queixa apresentada não tenha relação
direta com o diagnóstico. Nesse sentido, a escuta qualificada e sensível habilita o profissional a ouvir o
inaudível, ou seja, o que está por trás do que é verbalizado pelo paciente e do que é percebido diretamente
pelo profissional.
A fábula Os sons da floresta (KIM; MAUBORGNE, 1992, p. 86), reproduzida a seguir, apresenta a dimensão
de uma percepção aguçada e de uma escuta sensível, voltada para o sujeito inteiro:
Os sons da �oresta
Um rei mandou seu filho estudar no templo de um grande mestre, com o objetivo de prepará-lo para ser um
grande governante.
Quando o príncipe chegou ao templo, o mestre o mandou sozinho para uma floresta. Ele deveria voltar um
ano depois, com a tarefa de descrever os sons da floresta.
Retornando ao templo, após um ano, o mestre lhe pediu para descrever os sons de tudo aquilo que
conseguira ouvir.
Disse o príncipe: "Mestre, pude ouvir o canto dos cucos, o roçar das folhas, o alvoroço dos beija-flores, a
brisa batendo na grama, o zumbido das abelhas, o barulho do vento cortando os céus".
Ao terminar o relato, o mestre pediu ao príncipe que retornasse à floresta para ouvir todos os sons
possíveis. Apesar de intrigado, o jovem obedeceu. Seguiu pensando: "Acho que já escutei todos os sons da
floresta".
Durante uma semana o rapaz permaneceu sozinho ouvindo, ouvindo, ouvindo... mas não conseguiu
distinguir nem um som novo, além dos sons mencionados ao mestre. Então, certa manhã, começou a
distinguir sons vagos, diferentes de tudo que já ouvira antes. Quanto mais atenção prestava, mais claros os
sons se tornavam.
Uma sensação de encantamento tomou conta do rapaz. Pensou: "Esses devem ser os sons que o mestre
queria que eu ouvisse". E, sem pressa, ficou ali ouvindo e ouvindo pacientemente. Queria ter certeza de que
estava no caminho certo.
Quando retornou ao templo, o sábio mestre o aguardava. O mestre, então, lhe perguntou o que mais
conseguira ouvir. O jovem foi logo dizendo:
"Mestre, quando prestei mais atenção, pude ouvir o inaudível som das flores se abrindo, o som do Sol
aquecendo a Terra e da grama bebendo o orvalho da manhã.
O mestre sorriu: seu discípulo estava pronto!
(KIM; MAUBORGNE, 1992, p. 86)
Fábula Os sons da floresta
Quando o sujeito se posiciona como protagonista dos cuidados com a sua saúde, ele é partícipe do
processo e atua junto com a equipe de profissionais, na evidência de causas do adoecimento, ou mesmo
no direcionamento de possibilidade de prevenção ou promoção da saúde. Vale ressaltar que o diagnósticoe a medicação são contemplados na clínica ampliada, mas não são totalizantes, porque, como já
abordamos, sai de cena a centralidade do médico.
As equipes de Saúde manejam a abordagem por meio da investigação de condições de vida do sujeito e
configurações familiares, realização de grupos terapêuticos, práticas de atividades físicas, manualidades,
recreações, dentre muitas atividades interativas que, a partir de recursos simbólicos, possibilitam a
emergência de conteúdos para serem elaborados.
A seguir, são apresentados alguns benefícios da clínica ampliada:
Melhorias na saúde como um todo.
Protagonismo do paciente no cuidado da saúde — autonomia e responsabilidade.
Desenvolvimento de estratégias para mais qualidade de vida.
Equipes de Saúde especializadas em diversas áreas.
Maior proximidade na relação entre paciente e profissional de Saúde.
Interações entre profissionais para diagnóstico e proposta terapêutica — convergência de saberes.
O módulo a seguir tratará da atenção às desigualdades, aos direitos humanos e às diferenças segundo
faixa etária.
A clínica ampliada e a prática do psicólogo
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a clínica ampliada, como ela surge, a sua utilidade
e a sua importância, seus benefícios e suas implicações na prática do profissional de Psicologia.

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No que se refere ao trabalho do psicólogo em equipes de Saúde, aponte a melhor configuração:
Parabéns! A alternativa D está correta.
O trabalho do psicólogo em equipes de Saúde transdisciplinares permite a convergência de saberes e
um olhar para a integralidade do sujeito.
Questão 2
Sobre a Clínica ampliada, podemos afimar que:
A Monodisciplinar
B Interdisciplinar
C Unidisciplinar
D Transdisciplinar
E Nanodisciplinar
A A fragmentação disciplinar em subespecialidades favorece a clínica ampliada.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Ouvir o inaudível traduz-se em estar para além das fronteiras dos consultórios ou das instituições de
Saúde. Implica valorizar a história de vida do indivíduo, seu contexto e aquilo que é da ordem do seu
desejo.
B A indústria farmacêutica tem objetivos alinhados com a visão de integralidade do
sujeito.
C A história de vida do sujeito não é foco da clínica ampliada.
D
A atenção da clínica ampliada volta-se exclusivamente para a recuperação e
reabilitação da saúde do indivíduo.
E
A escuta qualificada e sensível é um dos instrumentos mais importantes da clínica
ampliada, visto que permite alcançar o que está para além da queixa do paciente.

4 - O psicólogo e os direitos humanos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer situações de
desigualdades e violação dos direitos humanos.
Atenção às desigualdades, aos direitos
humanos e às diferenças segundo faixa
etária
Quero uma Psicologia que se metamorfoseie o tempo todo, acompanhando as
mudanças da realidade social de nosso país. Não podemos querer uma
Psicologia que seja a cristalização de uma mesmice de nós mesmos.
(BOCK, 1999, p. 328)
Até aqui você navegou por mares que o levaram a continentes que, ainda que separados, compõem um
todo significativo da sua profissão. Compreender o processo formativo do psicólogo, sua inserção no
mercado de trabalho e as relações que permeiam a sua atuação é de fundamental importância para uma
carreira de sucesso.
Com o objetivo de conferir um encadeamento lógico para a compreensão deste conteúdo, agora você
identificará as interfaces possíveis entre a Psicologia e os condicionantes sociais e econômicos que se
apresentam como determinantes na vida de cada sujeito. Em outras palavras, cabe a nós questionar em
que medida a Psicologia está atenta à observância das desigualdades e do consequente respeito aos
direitos humanos.
O fazer da Psicologia frente às desigualdades
Antes de iniciarmos a exploração deste tópico, ouça a música Hey Joe, cuja letra se encontra a seguir, e
reflita sobre as conexões possíveis entre os fatores intervenientes nas condições de desigualdade e
desrespeito aos direitos humanos, presentes nas sociedades contemporâneas, e a nossa prática
profissional:
Hey Joe - O Rappa
Hey Joe Onde é que você vai
Com essa arma aí na mão?
Hey Joe
Esse não é o atalho
Pra sair dessa condição!
Dorme com tiro acorda ligado
Tiro que tiro
Trik-trak boom
Para todo lado
Meu irmão, é só desse jeito
Consegui impor minha moral...
Eu sei que sou caçado
E visto sempre como um animal
Sirene ligada os homi
Chegando trik-trak
Boom boom
Mas eu vou me mandando
Hey Joe
Assim você não curte o brilho
Intenso da manhã
Acorda com tiro dorme com tiro
Hey Joe
O que o teu filho vai pensar
Quando a fumaça baixar
Fumaça de fumo
Fogo de revólver
E é assim que eu faço
E faço a minha história
Meu irmão, aqui estou por causa dele
E vou te dizer
Talvez eu não tenha vida
Mas é assim que vai ser
Armamento pesado
O corpo é fechado
Eu não quero é mais ver
Mas vai ser difícil me deter
Hey Joe
Muitos castelos já caíram
E você tá na mira
Hey Joe
Muitos castelos já, e você tá na mira
Também morre quem atira
Menos de 5% dos caras do local
São dedicados a alguma atividade marginal
E impressionam quando aparecem nos jornais
Tapando a cara com trapos
Com uma Uzi na mão
Parecendo árabes árabes árabes do caos
Sinto muito cumpadi
Mas é burrice pensar
Que esses caras
É que são os donos da biografia
Já que a grande maioria
Daria um livro por dia
Sobre arte, honestidade e sacrifício
Sacrifício...
Arte, honestidade e sacrifício
Também morre quem atira
A música Hey Joe retrata uma das facetas de um país rico em desigualdades, que inegavelmente afetam
mais diretamente grupos mais vulneráveis, dos quais fazem parte em maior número negros, mulheres,
índios, imigrantes, desempregados e pessoas com deficiência. Todos eles compõem o tecido social, cujos
fios da trama se entrelaçam e o tornam impermeável, impedindo o acesso ao mínimo do que lhes é de
direito: comida, saúde, educação, segurança.
A dinâmica intensa e perversa que dá forma a esse cenário provoca danos de proporções estruturais e
revela a ausência do Estado no seu papel de regulador e promotor do estado de bem-estar social.
Comentário
O modelo econômico do neoliberalismo, presente na maioria das nações de sistema capitalista, tem como
premissa básica a atuação do mercado em uma livre concorrência. Nas economias desenvolvidas, em
determinadas situações, quando o estado de bem-estar social mostra-se vulnerável, o Estado entra em
cena, como ente regulador, até que o equilíbrio seja restabelecido. Um exemplo recente desse cenário
ocorreu durante a pandemia da covid-19, em que um grave problema de saúde ameaçou a ordem. Nessa
situação, muitos Estados agiram, visando amparar a população com recursos econômicos e de
biossegurança, a fim de proteger a vida de seus cidadãos e atuar na busca da situação de normalidade.
No cenário brasileiro, um país em desenvolvimento, observou-se que a emergência de outras questões de
ordem econômica, política e social conduziu o país ao aumento das desigualdades, tornando crônicas
situações vivenciadas pela população e evidenciando um quadro de mazelas sociais sem precedentes.
Observa-se que o país possui marcos legais que dão sustentação às políticas públicas voltadas para a
redução dessas desigualdades, no entanto a sua aplicação mostra-se frágil, o que abre espaço para
corrupção, violência, adoecimento da população, falta de acesso à educação, aumentando cada vez mais o
abismo que separa ricos e pobres.
Psicologia e direitos humanos
Você conhece a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)? Como ela foi concebida?
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião
política ou de outranatureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra
condição.
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
(DECLARAÇÃO..., 2009, p. 4-5)
Os três parágrafos mencionados são fragmentos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Vamos
conhecer um pouco da sua história e as motivações da sua construção.
A vida em sociedade necessita de normas e valores que organizem as relações humanas e possibilitem a
convivência harmônica entre os povos. A inexistência dessas normas nos posicionaria no mesmo patamar
dos nossos longínquos ancestrais, os quais, nos tempos da barbárie, lutavam pela sobrevivência e muitas
vezes eram levados a ceifarem a vida de seus semelhantes, como solução para os conflitos.
Os direitos humanos consistem em normas que garantem aos humanos direitos considerados inalienáveis,
como o direito à vida, à liberdade, à justiça, à igualdade, aos quais fazemos jus desde que nascemos.
Atenção!
Nem sempre foi assim. A nossa história só passou a contar com a observância dos direitos humanos a
partir do século XX, quando a humanidade se deparou com os horrores praticados nas guerras mundiais.
Foi então que, após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas
(ONU), instituição composta por 50 países, dentre os quais está o Brasil, com o objetivo de manter a paz e a
segurança mundial. Com base nessas premissas, em 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas, em sua
Resolução nº 217, elaborou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), tida como um marco
importante para o Direito Internacional, visto que estabelece princípios e valores universais a serem
respeitados por todos os povos.
A�nal, o que a Psicologia tem a ver com os direitos humanos? Qual é a
parte que lhe cabe?
Você sabia que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é a base do código de ética da nossa
profissão? Ela é referência fundamental para a nossa prática. É o nosso horizonte ético.
Agora você percebe a dimensão do nosso trabalho? A Psicologia precisa legitimar o seu lugar de
compromisso social e esse passo depende de cada um de nós, à medida que lançamos um olhar para além
do espaço circunscrito ao atendimento do sujeito que busca os serviços da Psicologia. Assim, faz-se
necessário o posicionamento crítico e atuante nos diversos espaços de inserção do fazer da Psicologia.
A Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP), órgão representante da nossa
categoria profissional, tem como principais objetivos e atribuições:
Fomentar o debate contínuo acerca dos direitos humanos, durante e após o processo formativo do
profissional da Psicologia.
Avaliar processos excludentes e o sofrimento psíquico deles decorrentes.
Engajar-se nos desafios para garantia do respeito aos direitos humanos e apoiar movimentos nessa
direção, no Brasil ou em âmbito internacional.
Buscar soluções para os casos de omissão do Estado, no que se refere ao respeito aos direitos humanos.
Observe o alinhamento da nossa prática profissional com a observância dos direitos humanos. Essa
comissão prioriza quatro eixos de ação, pautados no acolhimento, no cuidado e na prevenção, e difunde
essa estratégia por todo o território nacional mediante as representações regionais, que ficam a cargo dos
Conselhos Regionais de Psicologia (CRP). Confira a seguir quais são esses quatro eixos de ação:
O tópico a seguir apresenta algumas possibilidades de inserção da Psicologia em atividades que objetivam
garantir os direitos humanos e reduzir as desigualdades.
A Psicologia em prol da garantia dos direitos humanos
Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.
(SARAMAGO, 1995, p.9)
Situações de vulnerabilidade colocam seres humanos diante da possibilidade de terem a sua vida
ameaçada ou mesmo as condições que garantem o mínimo de estabilidade para a sobrevivência. Há
muitas possibilidades de atuação do psicólogo, nos mais diversos contextos e voltadas para diferenciados
públicos.
A frase de autoria de José Saramago traduz a necessidade de entrega do profissional da Psicologia em sua
trajetória profissional. Essa entrega refere-se ao desnudar-se de si, do arcabouço teórico que trouxe da
academia, das ambições profissionais, do caminho de sucesso traçado nos planos e estar de corpo e alma
presentes, disponível para aquele sujeito que demanda simplesmente o seu acolhimento e o seu olhar.
De acordo com Freire (2003, p. 14), o trabalho do psicólogo no atendimento aos usuários que demandam
seus serviços, assemelha-se a uma “hospitalidade oferecida aos habitantes de um mundo inóspito”.
Observe a poesia contida no olhar do autor ao referir-se ao processo de atendimento:
Oferecer um lugar para o outro ― lugar este que desde sempre já seria dele ―, abrindo portas e
janelas para sua visitação, oferecendo o melhor cômodo, garantindo-lhe um espaço de
habitualidade, ou seja, um ethos, uma morada confiada e serena onde ele possa renovar-se para
retornar suas dores no mundo.
(FREIRE, 2003, p.14)
Assim, é possível constatar a importância da atuação do profissional da Psicologia em contextos de
vulnerabilidade, nos quais os indivíduos têm ameaçada a garantia dos direitos humanos. A seguir,
encontram-se relacionadas algumas possibilidades de atuação em situações de desigualdades,
vulnerabilidades e consequente risco de violação aos direitos humanos:
As mudanças climáticas, que têm ocupado os pesquisadores nas últimas décadas, têm causas que
se originam de fenômenos naturais, mas também, e principalmente, decorrem da ação humana. Tais
eventos têm ganhado relevância social e científica. Uma nova área da Psicologia vem sendo
requisitada para o atendimento das vítimas e, com isso, temos a Psicologia das Emergências, cuja
premissa de trabalho está voltada para a emergência do humano. Em outras palavras, a atuação
ocorre onde há sofrimento humano decorrente dessas catástrofes, com o objetivo de reduzir os
seus efeitos desastrosos. O profissional atua como parte integrante da equipe da Defesa Civil e foca
o seu trabalho não apenas na resposta e na recuperação, mas também na preparação e na
prevenção.
A atuação em contextos de ajuda humanitária, a exemplo do trabalho realizado pela organização
Médicos sem Fronteiras, nos conduz a pensar em um trabalho de que viabilize o provimento de
alimentos, moradia e atendimento para as dores físicas. É importante ressaltar a importância do
atendimento psicológico para cuidar das dores de alma, de pessoas que estão submetidas a
condições de miséria humana, com perda de dignidade e desvalorização da vida.
Um recorte possível para atuação do profissional da Psicologia nos casos de violência doméstica
pode se voltar para o acolhimento de mulheres vítimas de violência física, psicológica, sexual,
financeira, entre outras formas que acabam por tirar a sua autonomia e poder de decisão sobre a
própria vida. A independência financeira pode ser o primeiro passo para encorajar as mulheres a
saírem de situações de violência. E como a Psicologia pode auxiliar nessas situações? Um processo
Psicologia das emergências e desastres 
Trabalhos em contextos de ações humanitárias 
Trabalhos com mulheres vítimas de violência doméstica 
de orientação profissional, por exemplo, pode apresentar às vítimas possibilidades de inserção no
mercado de trabalho e consequente liberdade de escolha sobre os caminhos a seguir.
A conjuntura contemporânea traz em seu cenário o fenômeno de aumento da longevidade atrelado
ao incremento de tecnologia. Dados do IBGE de 2013 revelam, numa projeção até 2030, uma
inversão na relação entre taxa de fecundidade e taxa de envelhecimento, o que aponta para um
crescimento da população idosa e, concomitantemente, a demanda por serviços de equipes de
Saúde que atendam esse público. Nesse caso, o trabalho do profissional de Psicologia volta-se para
a promoção de um envelhecimento autônomo, colocando o idoso na posição de protagonista de
sua história, minimizandoos condicionantes que ameacem os seus direitos humanos.
Apresentamos aqui alguns exemplos de trabalhos que podem ser desenvolvidos por psicólogos, fazendo
frente à redução das desigualdades e potencializando a proteção aos direitos humanos. Salientamos que o
campo é muito vasto e rico de possibilidades, podendo se estender a públicos e contextos variados.
Agora é a sua vez. Pesquise, reúna informações, explore possibilidades de caminhos a serem seguidos,
construa seu plano de carreira e tome decisões que garantam uma trajetória profissional de excelência.
O psicólogo fazendo frente à redução das
desigualdades
Neste vídeo, a especialista Tatiana Oliveira reflete sobre a importância das ações do profissional psicólogo
e ilustra, em diversos contextos, o enfrentamento às desigualdades e a prestação de serviço a populações
vulneráveis.
Terapia de grupos com idosos 

Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Com relação ao contexto hipermoderno, assinale a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A
Assuntos relacionados a fatos políticos, econômicos e sociais não devem ser objeto de
atenção do profissional da Psicologia.
B
A competitividade, inerente ao modelo neoliberal, é a mola propulsora para o
desenvolvimento de uma sociedade socialmente justa.
C
A Declaração Universal dos Direitos humanos tem o intuito de estabelecer normas
internacionais de convívio entre os povos que garantam os direitos inalienáveis.
D
A existência de políticas públicas já é suficiente para garantir a redução de
desigualdades entre os indivíduos.
E
Normas e regras em uma sociedade têm o único objetivo de intensificar os conflitos
humanos.
Os direitos humanos consistem em regras que garantem aos indivíduos o direito à vida, à liberdade, à
justiça, à igualdade, aos quais fazemos jus desde que nascemos.
Questão 2
Sobre a atuação do profissional da Psicologia em consonância com a Declaração Universal dos
Direitos Humanos, assinale a alternativa correta:
Parabéns! A alternativa A está correta.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é a bússola ética para a prática profissional do
psicólogo.
A
O Código de Ética Profissional do Psicólogo teve como bússola a Declaração Universal
dos Direitos Humanos.
B
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi utilizada pelo CFP apenas com a
finalidade de legitimar a formação do Psicólogo.
C
Um desastre natural como um terremoto, por exemplo, não traz em suas
consequências, a ameaça aos direitos inalienáveis.
D
A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem pouca ou nenhuma importância
para o Código de Ética Profissional do Psicólogo.
E
O CFP tem uma Comissão de Direitos Humanos que atua de forma independente dos
conselhos regionais.

Considerações �nais
Retomando o que vimos até aqui, é possível estabelecer conexões entre os pontos abordados, que trataram
da formação profissional do psicólogo e seus marcos regulatórios, desenvolvimento de habilidades e
competências, planejamento de carreira, trabalho em equipes de Saúde em várias configurações e,
finalmente, a observância das desigualdades, das violação aos direitos humanos e o fazer do profissional
da Psicologia inserido nesse contexto.
Você teve contato com uma série de informações que têm utilidade prática para a sua trajetória
profissional. Nesse sentido, é importante que você reflita sobre todo o material relativo a essa temática e
construa o seu plano de carreira. Assim você estará apto a adotar estratégias para tomar decisões mais
seguras em relação à sua trajetória.
Podcast
Agora, a especialista Tatiana Oliveira encerra o tema falando sobre a diversidade de habilidades e
competências fundamentais na prática do profissional de Psicologia.

Referências
BOCK, A. M. B. A Psicologia a caminho do novo século: identidade profissional e compromisso social.
Estudos de Psicologia, v. 4, n. 2, p. 315-329, 1999. Consultado na internet em: 25 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 597, de 13 de setembro de 2017.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção
e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2009. (Série B. Textos
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psicólogo. 2003. Consultado na internet em: 10 ago. 2021.
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HEY Joe. Intérpretes: Falcão, Marcelo D2. Compositor: Billy Roberts. Versão: Ivo Meirelles, Marcelo Yuka. In:
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SARAMAGO, J. Ensaio sobre a Cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SCHOSSLER, A. B.; CARLOS, S. A. Por uma visualização do processo grupal. Psico, v. 37, n. 2, 2006.
SCHWAB, K. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2019. Livro eletrônico.
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PHILIPPI JUNIOR, A. et al. (Eds.) Interdisciplinaridade em Ciências Ambientais. São Paulo: Signus, 2000.
Consultado na internet em: 24 set 2021.
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Assista ao filme SOS saúde, em que o cineasta Michael Moore analisa as crises do sistema de Saúde
americano e observa por que milhões de americanos continuam sem seguro saúde adequado para
tratamentos. Ele explica como o sistema se tornou problemático e visita outros países que recebem
tratamentos gratuitos, tais como Canadá, França e Reino Unido. Disponível no YouTube.
Leia o artigo Âncoras e valores sob diferentes perspectivas da gestão da carreira, publicado na Revista
Brasileira de Gestão de Negócios, v. 18, n. 59, 2016. A pesquisa realizada pelos autores Rodrigo Cunha da
Silva e colaboradores constatou a necessidade de considerar a análise de características geracionais na
proposta de estruturas de trabalho para profissionais da geração Y. Você pode encontrar o artigo na
plataforma SciELO.
Assista ao vídeo O tecido e o tear, produzido pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e
disponível no YouTube, para saber mais sobre a temática dos direitos humanos na prática profissional do
psicólogo.
Consulte o guia Primeiros cuidados psicológicos: guia para trabalhadores de campo, disponível no site
PAHO.
Assista à entrevista realizada por doutor Drauzio Varella a Ionara Rabelo, psicóloga do Médicos sem
Fronteiras (MSF), disponível no canal do médico. Psicólogos são essenciais para dar suporte ao
atendimento direto em áreas de atuação da MSF. A psicóloga Ionara Rabelo relata suas experiências em
missões na Palestina, na Síria e no Equador, incluindo uma missão de alto risco na Libéria para conter
surtos de ebola.

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