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EDIFICAÇÃO DO SUS

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1 Entendendo o PBL 
EDIFICAÇÃO DO SUS 
 
Primeiramente em 1910 com o relatório de Flexner e o estabelecimento de regulamentos 
em 1911 para o curso de medicina só foi possível graças a influência da família Flexner 
para com a família Rockfeller, em 1920 foi lançado o relatório de Dawson, sendo este 
uma crítica explícita ao modelo de educação de Flexner, entretanto devido as grandes 
influências políticas econômicas o mesmo foi suprimido e perdeu sua força. 
Em 1925 no Brasil ocorreu a reforma de Rocha Vaz que estabeleceu obrigatoriedade de 
disciplinas nos currículos do ensino médio, por volta deste mesmo ano o país contava 
com cerca de 10 escolas médicas e o modelo Flexneriano predominava e ganhava força. 
Em 1932 pelo Decreto 20.931 o Brasil iniciou um processo de transformação na área da 
saúde com a regulamentação da área. Já em 1952 sob a necessidade de maior 
regulamentação e discussão a respeito da área médica surgiu nos Estado Unidos a 
Associação Americana de Escolas Médicas, um ano depois no Brasil foi criado o 
Ministério da Saúde-1953. Em 1960, o número de escolas médicas explodiu graças ao 
surgimento do ensino privado. 
No Brasil, essa preocupação iniciou-se mais tardiamente em 1961 com a Política 
Nacional de Saúde, formulado sob um contexto de crise na área da medicina, buscava-se 
redefinir a identidade do ministério da saúde e sintonizá-lo com a esfera econômica-
social. Após 1 ano em 1962 foi criado a ABEM(Associação Brasileira de Educação Médica), 
objetivando o aprimoramento da educação, aperfeiçoamento de método e incentivo a 
pesquisa científica. 
É importante lembrar que a partir da década de 60 a sociedade e o meio político já 
notava ineficácia do método Flexneriano de educação. Em 1963 aconteceu um dos 
marcos mais importantes da história médica do Brasil, a III Conferência Nacional de 
Saúde, esta visava a reordenação dos serviços médico-sanitários e distribuição de 
responsabilidades entre os nível político administrativos; Federal, Estadual e Municipal. 
Já no ano de 1968 sob ótica de um regime militar conservacionista, foi realizado uma 
reforma e alinhamento Internacional Universitário para adotar o modelo Flexiniano, 
 
 
2 Entendendo o PBL 
mesmo que esse já se mostra inúmeras deficiências. Tal adoção levantou discussões, 
como sendo um meio de controle político das universidades públicas brasileiras no 
sentido intelectual. 
Na década de 70 explodiu o movimento sanitário no país, sob um contexto de surto de 
meninge abafado pelos altos escalões do exército, aqueles que orquestravam a ditadura. 
A reforma sanitária foi um conjunto de ideias e propostas que se tinha em relação a 
mudança da ótica da saúde e transformações necessárias, objetivava sanar os buracos 
deixados pelo método de Flexner . Tais mudanças incluíam o sistema, assim como a 
melhoria das condições de vida da população que foi oficializado somente com o término 
da ditadura e a elaboração da constituição de 1988. 
Foi a partir da Reforma Sanitária que o método Dawsoniano de saúde básica começou a 
ganhar força e vir a constituir as diretrizes do SUS. 
Na década de 70 a 80: 
Em 1971 foi criado o CEM (Comissão de Ensino Médico), que estipulou a saúde como 
prioridade da nova ordem econômica internacional e também era responsável pela 
avaliação e qualidade do ensino médico no país. Já em 1974 o relatório governamental 
do Canadá, Lalonde, destacou a necessidade de melhorias na qualidade de vida da 
população pautados em princípios: 1-Biologia Humana, 2- Organização dos serviços, 3- 
Ambiente e 4- Estilo de vida. 
Em 1978 a realização da Conferência de Alma Ata na antiga República Soviética 
''Cazaquistão'', definiu a saúde como direito fundamental dando enfoque para a atenção 
primária de saúde em países desenvolvidos. Na década de 70 ainda a Rede IDA buscou 
estratégias de integração do centro-assistencial, inter-relação, ensino e sistema de 
saúde. A OMS delimitou metas e estratégias para a transformação do ensino médico e 
dos serviços de saúde para todos até o ano 2000. 
No ano de 1979 ocorreu o chamado NETWORK em que foi criado a OMS/OPS e 
intensificou-se experiências educacionais baseados no PBL (Ensino Baseado em 
Problemas). Surgimento do REME em 1980 junto a lei de diretrizes e bases do 
desenvolvimento, cuja função principal se encontrava em discutir a ética médica, relação 
profissional, relação trabalhista e ensino médico. 
 
 
3 Entendendo o PBL 
Posteriormente, em 1985 ocorreu a Reformulação do Ensino médico pelo MEC, 
objetivando a fiscalização e avaliação da qualidade das instituições públicas e privadas. 
Um ano mais tarde em 1986 ocorreu um dos marcos da Reforma Sanitária, a 8° 
Conferência Nacional de Saúde, caracterizado por uma intensa movimentação de 
diversos segmentos da sociedade civil, cujo objetivo comum era a universalização da 
saúde e transformação do serviço do mesmo já que apresentava ainda forte teor 
flexneriano, com médicos com enfoques direcionados apenas a questão clínica e não 
humanística. Lembrando que a ditadura militar acabou em 1985. 
Em 1986 ocorreu a Conferência de Otawa que formulou a Carta de Otawa, preconizando: 
Proposta de promoção na saúde, sendo esta entendida como qualidade de vida. Foi 
baseado em fundamentos biológicos, estilo de vida e meio ambiente. 
Já em 1988 com a promulgação da Constituição Federal, a saúde foi afirmada como 
direito fundamental e igualitário de todos os brasileiros, e com isso pode ser 
considerado como o ano da criação do SUS. Neste mesmo ano foi realizado a Conferência 
Mundial de Educação Médica em Edimburgo com a finalidade de discutir e avaliar o 
ensino médio, este foi o embrião para o surgimento do projeto do EMA (Educação Médica 
das Américas) com os mesmos objetivos, porém para orientação médica. 
A rede UNI teve início na década de 90 contou com investimentos da fundação KELLOGG, 
OMS, OPAS e Network. Buscou a integração de universidades, sistema de saúde e 
comunidade. No mesmo período ocorreu a junção da rede UNI e IDA formando a Rede 
UNIDA, buscou a democratização da saúde. 
O projeto CINAEM 1991-2002 buscou a formação de projetos pedagógicos, 1 fase= 
coleta de dados, 2 fases= análise de dados e 3 fases= execução das propostas.

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