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Profa. Dra. Daniela Cristina de Medeiros Araújo CONTROLE DE QUALIDADE E GESTÃO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA UNIDADE II ENSAIOS DE QUALIDADE PARA FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS E SEMISSÓLIDAS E METODOLOGIAS ANALÍTICAS Introdução Nesta aula, iremos abordar a primeira parte das metodologias analíticas utilizadas nos testes de controle de qualidade de medicamentos. As metodologias analíticas descritas na farmacopeia brasileira podem ser divididas em métodos químicos, métodos cromatográficos, métodos espectrofotométricos e métodos espectrométricos. METODOLOGIAS ANALÍTICAS – PARTE 1 • MÉTODOS QUÍMICOS Os métodos químicos são utilizados, principalmente, para doseamento, identificação e determinação de pureza. Os métodos químicos mais utilizados no controle de qualidade de fármacos e medicamentos são a titulação e a determinação de metais pesados, além dos ensaios-limite para impurezas (cloretos, sulfatos, Ferro, Cálcio, Magnésio etc.). UNIDADE II Métodos químicos • Volumetria A volumetria consiste em um processo de análise quantitativa relacionada à adição gradativa de certo volume de uma substância (cuja concentração é conhecida) sobre outra (o objeto da análise), até que a reação se complete. Exemplo: titulação. UNIDADE II Métodos químicos • Determinação de metais pesados Consiste na formação de partículas sólidas dos sulfetos de metais pesados em suspensão e posterior comparação visual da intensidade da cor nas preparações amostra e padrão em tubo de Nessler. O ensaio é semiquantitativo e possibilita inferir se a amostra passa ou não no teste, representando o somatório da concentração dos elementos contaminantes na amostra. UNIDADE II Métodos cromatográficos • A cromatografia é um processo físico-químico, utilizado para a separação dos componentes de uma mistura, realizada por meio da distribuição dos componentes em duas fases que estão em contato íntimo: fase estacionária (FE) e fase móvel (FM). UNIDADE II Métodos cromatográficos • Cromatografia em camada delgada Na cromatografia em camada delgada (CCD), a separação dos compostos ocorre pela migração diferencial deles sobre uma fase estacionária: sílica, alumina, celulose ou poliamida, fixada em um suporte plano. A fase móvel, composta por um solvente ou mistura de solventes, é colocada no interior de uma cuba cromatográfica, normalmente de vidro, permanecendo vedada. A placa cromatográfica é depositada verticalmente no interior da cuba contendo a fase móvel. UNIDADE II Métodos cromatográficos • Cromatografia em camada delgada Após o desenvolvimento da cromatografia e a evaporação dos solventes, passa-se ao método de revelação das manchas. Os métodos de revelação empregados podem ser físicos (exemplo: luz ultravioleta nos comprimentos de 254nm a 366nm) ou químicos, com a utilização de reagentes cromógenos (exemplo: cloreto férrico). UNIDADE II Métodos cromatográficos • Cromatografia em camada delgada UNIDADE II Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Métodos cromatográficos • Cromatografia em coluna A cromatografia em coluna é um método de separação, que pode ser utilizado para a obtenção de substâncias com pureza elevada. A cromatografia líquida em coluna pode ser dividida em: por adsorção (líquido-sólido), por partição (líquido-líquido) ou por troca iônica. UNIDADE II Métodos cromatográficos • Cromatografia em coluna UNIDADE II Cromatografia em coluna. Métodos cromatográficos • Cromatografia líquida de alta eficiência A cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) é composta por uma fase móvel líquida e uma fase estacionária sólida, esta última contida em uma coluna cilíndrica. A separação dos componentes de uma mistura ocorre pela distribuição entre as duas fases do sistema. Dependendo do tipo de fase estacionária utilizada, a separação é obtida por partição, troca iônica, adsorção, interações esteroquímicas ou exclusão por tamanho. UNIDADE II Métodos cromatográficos • Cromatografia líquida de alta eficiência O equipamento é chamado de cromatógrafo líquido de alta eficiência e consiste em uma coluna cromatográfica, reservatórios contendo a fase móvel, bomba, injetor, detector, software e integrador ou registrador. UNIDADE II Métodos cromatográficos UNIDADE II Cromatografia líquida de alta eficiência. Métodos cromatográficos • Cromatografia líquida de alta eficiência “Sistemas que consistem de fases estacionárias polares e fases móveis apolares são definidos como cromatografia em fase normal, enquanto o oposto, fases móveis polares e fases estacionárias apolares, é denominado de cromatografia em fase reversa. A afinidade de uma substância pela fase estacionária e, consequentemente, seu tempo de retenção na coluna, é controlado pela polaridade da fase móvel” (ANVISA, 2019, p. 143). UNIDADE II Métodos cromatográficos • Cromatografia líquida de alta eficiência Os sinais analíticos das substâncias presentes na amostra são identificados com o auxílio de detectores apropriados, que aumentam consideravelmente a sensibilidade e a seletividade na análise das substâncias de interesse, tais como os espectrofotométricos (UV/Vis), detector de índice de refração, detectores fluorimétricos, detectores potenciométricos ou eletroquímicos, detectores de espectrometria de massas e detectores de condutividade. UNIDADE II CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta unidade, foram abordadas metodologias analíticas utilizadas nos testes de controle de qualidade de medicamentos. Vimos alguns métodos químicos e métodos cromatográficos. Na próxima aula, veremos alguns métodos espectrofotométricos e alguns métodos espectrométricos. UNIDADE II
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