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Estudo de Caso 2 VC AB GR

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO 
2ª Verificação de conhecimentos – Estágio Supervisionado - I
	DISCENTE
	Thais Cristina da Silva Rodrigues. 
	DATA DA ENTREGA
	06.06.2022
Pelo e-mail: estagio.enfermagemesamaz@gmail.com
	NOTA
	
Elabore uma evolução de enfermagem no contexto de visita domiciliar mediante o comparecimento do enfermeiro para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população, em algum dos seguintes contextos: 
Visitas a puérperas; Busca de recém-nascidos; Busca ativa dos programas de prioridades; 
Abordagem familiar para diagnóstico e tratamento; Evolução de egressos hospitalares.
1. Elaborar a definição do objetivo e roteiro da visita domiciliar
Objetivos:
Avaliar o estado de saúde da mulher e do recém-nascido; orientar e apoiar a família para a amamentação; orientar os cuidados básicos com o recém-nascido; avaliar interação da mãe com o recém-nascido; identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las e orientar o planejamento familiar.
Roteiro:
A equipe de enfermagem assim como ACS deve fazer a busca ativa da puérpera na primeira semana de alta hospitalar, de 7 a 10 dias após o parto. Durante sua realização, o profissional deve abordar os aspectos emocionais e físicos da puérpera, bem como realizar ações educativas com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas a respeito do cuidado de si e com o recémnascido.
A atividade deverá contemplar os itens seguintes.
2. Apresentação do caso: coleta de dados + exame físico
a. Apresentação do genograma familiar
U.B.S., 32 anos, feminino, casada, puerpera, primipara, parto normal, 10º dia no pós-parto, apresentou diabetes gestacional, sem historico de doenças progressas, conjugue A.M.S., de 32 anos, com quem teve um filho que atualmente, sem doenças progressas, filha do casa, R.M.S. nascida há 10 dias, sem intercorrencias pré e pós parto, peso: 3.3 kg, altura 47, recebeu vitamina k, vacina hepatite b e BCG, nitrato de prata a 1% em cada olho. O pai de U.B.S. era I.B.S., alcoolista que se suicidou aos 45 anos, e a mãe era M.L.S., de 69 anos, ainda vida, que sofre de depressão. U.B.S. é a mais nova de três irmãos, sendo que o primogênito tem 42 anos e cumpre pena por agressão e a irmã do meio tem 40 anos e apresenta características que podem significar que sofre de depressão.
b. Exames realizados
Na puérpera a equipe busca: Colher papanicolau, realizar exames de mama, exames hormonais de rotina. Obviamente, se atentando à recuperação do útero, se o sangramento vaginal está diminuindo, se o útero está voltando ao tamanho normal, se a produção de leite está adequada.
No recém nascido: Anamnese; Exame clínico; Triagem metabólica, auditiva, ocular e cardiológica; Aleitamento Materno; Teste do pezinho; orientaçoes preventivas
3. Hipótese diagnóstica/diagnóstico
Diabetes mellitus
a. Fundamentação científica da fisiopatologia
O DM pode ser causado por dois mecanismos principais: deficiência na produção ou ação da insulina, sendo classificado em dois grupos principais de acordo com a causa, o tipo 1 e o tipo 2, respectivamente.
DM tipo 1
No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina possui dois mecanismos já estabelecidos:
Autoimune (1A): Possui autoanticorpos (Anti-Ilhota, anti-GAD, anti-IA-2) identificados como marcadores da doença autoimune, que muitas vezes aparecem nos exames antes mesmo das manifestações clínicas.
Idiopática (1B): Não possui marcadores de doença autoimune, não sendo identificada a sua causa.
Ambos levam a destruição gradual das células β pancreáticas.
Infecções virais e exposição a antígenos vem sendo associadas, por mimetismo molecular, que em indivíduos com predisposição genética, pode desencadear o processo autoimune
Devido a sua fisiopatologia, os pacientes que recebem o diagnóstico em sua maioria são crianças e adolescentes, sendo uma quantidade muito inferior de adultos (Latent Autoimmune Diabetes of Adults) que desenvolve o DM tipo 1.
DM tipo 2
No DM tipo 2, há resistência à insulina nas células, que gera um aumento da demanda de síntese da insulina na tentativa de compensar o déficit em sua ação. Inicialmente, por conta disso, há um hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela acantose.
A manutenção deste quadro, causa uma exaustão das células β pancreáticas, explicando parcialmente o déficit na secreção da insulina nestes pacientes, quando a doença já está avançada.
O hipoinsulinismo relativo, devido a produção insuficiente para a alta demanda sistêmica, não consegue manter os níveis glicêmicos normais e, portanto, há uma hiperglicemia persistente.
Outras causas de hipoinsulinismo são descritas, sendo elas a hipossensibilidade das células β pancreáticas à glicose, devido há baixa expressão do GLUT2 e deficiência de incretinas, sendo a causa de ambas ainda desconhecida.
4. Cuidados de enfermagem: Elaborando um plano de cuidados ao paciente/família utilizando as etapas da Sistematização da assistência de Enfermagem.
a. Diagnóstico de enfermagem segundo prioridades
Controle de saúde ineficaz;
Risco de glicemia instável;
Fadiga;
Deficit no autocuidado para alimentação;
Enfrentamento familiar comprometido
Ansidedade. 
b. Intervenção de enfermagem.
Buscar apoio social para inserção em programas que possam viabilizar controle de condiçoes prejudiciais à saude;
Levar ao conhecimento sobre a diabetes mellitus, diminuir carga de estresse familiar, adesao ao plano de controle de diabetes, monitorizaçao da glicemia, encaminhamento ao médico. 
Orientaçoes sobre repouso.
Orientar sobre os cuidados na alimentacao, elucidar duvidas sobre alimentacao rica nutricionalmente para aporte próprio e do bebe, já que esta em amamentacao exclusiva, encaminhar ao serviço de nutricao. 
Fazer busca ativa de familiares que convive e dialogar sobre quadro da paciente, encaminhar ao serviço social. 
Atendimento humanizado. 
c. Planejamento
Mediante as condições adversas da puerpera, busca-se apoio social e nutricional, vide que a mesma apresenta um quadro de apoio familiar deficitario, além de condicoes socioeconomicas desfavoraveis, o que indica má alimentaçao, que pode gerar quadros de fadiga e astenia, sendo prejudiciais a mãe e ao bebê. Faz-se a buscar ativa mediante ausencia em consultas para controle do estado de saúde e acompanhamento psicologico, após diagnostico de diabetes. 
d. Avaliação
Paciente apresenta melhora progressiva no quadro alimentar, sem perdas relevantes de peso, apresenta-se mais calma e sem sinais de fadiga segundo a mesma, glicemia em 150 mg/dl pós prandial em média. Está em acompanhamento de assistente social e nutricional. 
5. Condutas
a. Orientação ao cuidador;
b. Avaliação e controle da assistência domiciliar;
c. Encaminhamentos;
Conseguimos entrar em contato com o seu conjugue, foram dadas as orientações: cuidado nutricional e apoio emocional; evitar longos periodos de jejum e fazer controle glicemico sempre que possível; buscar apoio médico mediante qualquer intercorrencia ou sinal de alerta de descontrole glicemico, como Excesso de sede; Excesso de urina; Fome excessiva; Emagrecimento; Cansaço; Apatia; Visão embaçada; Pele seca. Está em constante contato com equipe de enfermagem, equipe de nutricao e assistente social, mediante encaminhamentos. 
6. Evolução de continuidade 
U.B.S., 32 anos, feminino, casada, puerpera, primipara, parto normal, diagnóstico de diabetes mellitus, lactente (amamentação exclusiva), compareceu a consulta mediante agendamento, apresenta nivel de glicemia pós prandial 144 mg/dl, peso: 55 kg, PA: 120x82 mmhg, sem queixas algicas, relata amamentação contínua e sem intercorrencias, mediante orientacao nutricional social relata melhora no ambiente familiar e no quadro alimentar. Encaminhada ao serviço médico. 
Enfermeira: Thais Rodrigues. Coren: XXX

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