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Uro_HPB

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Hiperplasia Prostática Benigna 
PRÓSTATA: 5 lobos, composta de 70% de zona preriférica, 25% de zona central e 5% de zona 
periprostática. 
▸HPB → sintomas LUTZ. Principalmente na zona de transição 
▸Neoplasia da prótata → zona periférica 
Diagnostico histológico de proliferação de tecido muscular liso e celulas epiteliais na zona de 
transição prostática, que faz intima relação com a uretra. 
A etiologia permanece incerta. 
Aceita-se a hipótese de um “novo despertar” do processo de indução embriológica possa ser 
responsável pela HPB 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS – LUTZ 
Ocorre aumento difuso da glândula 
Componente estático: obstrução direta do canal uretral 
Componente dinâmico: aumento da resistência da musculatura lisa ureteral 
Sintomas LUTZ: noctúria (um dos sintomas mais importantes, considerado preocupante mais de 
duas vezes a noite), poliúria, dor pélvica, só conseguir urinar sentado 
A prevalência e a severidade dos LUTZ em idosos do sexo masculino tendem a ser progressivos, 
tendo grande reflexo na qualidade de vida. 
Chega a cerca de 50% de aumento progressivo em homens na oitava década de vida. 
A presença de LUTZ moderado-severo também associa-se a retenção urinária aguda. 
 
MANEJO DA HPB 
Tradicionalmente o objetivo principal do tratamento era o alívio dos sintomas. Atualmente o foco 
está na alteração da progressão da doença e prevenção de complicações. 
LUTZ sintomas do trato urinário inferior que incluem sintomas de armazenamento e/ou de 
micção → poliúria, noctúria, urgência urinária, jato fraco, tenesmo (sensação de não ocorrer o 
esvaziamento completo), esforço miccional 
LUTZ pode ser resultante das anormalidades do SNC e/ou periférico. 
Deve ser descartas as causas que mimetizam os sintomas de LUTZ, como infecção, malignidade, 
causas, neurológicas e alterações da atividade detrusora. 
 
 
 
I-PSS: questionário internacional para avaliação de LUTZ 
▸3 sintomas de armazenamento (frequência, noctúria e urgência) 
▸4 sintomas de esvaziamento (tenesmo vesical, intermitência, esforço miccional e jato fraco) 
0-7 = Leve 
8-18 = Moderado 
19-35 = Grave. 
 Escore máximo = 35 
Manejo básico: 
• Avaliação clínica inicial e detalhada 
• Urina I + URC 
• PSA 
• Creatinina 
• Avaliação de infecções 
• Toque retal 
• US próstata trasabdominal e de rins e vias urinarias (não faz diagnostico de HPB) 
PSA: nem sempre PSA alto indica hiperplasia de próstata. Os níveis podem ser alterados com a 
idade, ejaculação (sempre perguntar se teve relação sexual recente), inflamações ou infecções 
prostáticas, trauma prostático. 
 
OPÇÕES TERAPÊUTICA: 
Padrão: pacientes com sintomas leves de LUTS secundários a HPB e pacientes com sintomas 
moderado-severos que não se incomodam com os sintomas. 
Consiste na monitorização e avaliação periódica dos pacientes, com avaliação anual detalhada 
com exame físico e laboratoriais. 
Pacientes devem ser corretamente orientados quanto aos seus riscos individuais, devendo ser 
submetidos a procedimentos quando necessáriosMomento certo para ser medicado é quando o 
paciente apresenta sintomas e pioras 
Se terapia medicamentosa for escolhida, medidas serão baseadas na coexistência de sintomas 
de bexiga hiperativa e tamanho da próstata e/ou níveis de PSA séricos. 
▸Sintomas obstrutivos + Bx. Hiperativa = alfa-bloqueador + anticolinérgico 
▸Sintomas obstrutivos predominantemente = alfa-bloqueador 
▸Próstata aumentada (PSA elevado, US, TR) = alfa-bloqueador + inibidor da 5-alfa redutase. 
▸Sintomas de armazenamento predominantemente = alteração estilo de vida + anticolinérgicos 
 
ALFA-ADRENÉRGICO (relaxa a musculatura da uretra prostática e melhora sintomas urinários). 
- ALFUZOSINA 
- DOXAZOSINA (principal que tem no SUS) 
- TANSULOSINA (mais específica ao tecido prostático, porém mais caro e não tem no SUS) 
- TERAXOSINA 
Recomenta-se tomar a noite, devido sua ação hipotensora 
Síndrome da íris flácida → pacientes que tem planejamento de abordagem de catarata devem 
evitar uso de alfa bloqueadores até a cirurgia ser realizada. 
Finasterida (inibidor da 5-alfa-redutase) pode ser usada combinada para prevenção da 
progressão da doença e maior controle dos sintomas (porém leva a diminuição da libido) 
 
INIBIDORES DA 5-ALFA-REDUTASE 
Usada para prevenção da progressão de LUTZ pela HPB, redução do risco de retenção urinária e 
para cirurgia futura relacionada a próstata. 
- FINASTERIDA 
- DUTASTERIDA 
Outros usos: hematúria refratária devido a sangramento prostático e prevenção de sangramento 
durante RTU-P. 
 
AGENTES ANTICOLINÉRGICOS 
Quando tem sintomas mais severos e predomínio de sintomas irritativos refratários. 
- TOLTERODINA 
 
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASES-5 
De início era utilizado para disfunção erétil. 
Utilizar em pacientes com LUTS moderado a severo associado a alfa-bloqueadores. 
Pacientes com ou sem disfunção erétil. 
Melhora conjunta dos sintomas. 
Satisfação do paciente 
 
TERAPIAS MINIMAMENTE INVASIVAS: 
Ablação transuretral da próstata por agulha (TUNA) – tem alta taxa de re-tratamento, mas é um 
método seguro e com poucas complicações. Recomentado em casos de retenção urinária. 
Termoterapia transuretral por microondas (TUMT) - não é muito realizado por conta do custo. 
Recomendado para paciente com sintomas moderados a severos, tem baixa taxa de 
complicações e mantem a função sexual. 
 
 
 
TRATAMENTO CIRURGICO: 
Designada para pacientes com LUTS moderado-severos e pacientes que desenvolveram RUA ou 
outras complicações associadas a HPB 
Por definição, é o método mais invasivo no tratamento da HPB, geralmente em pacientes que 
não obtiveram sucesso com tratamento medicamentoso ou pacientes que desejam terapia mais 
eficaz como tratamento primário. 
 
Prostatectomia – indicada para paciente com grande volume prostático (80 a 100 cm3). Alto 
risco de sangramentos e mais tempo de hospitalização. 
Terapias a laser – tem alto custo e pouco estudos, porém menor tempo de hospitalização e não 
consegue material de biópsia. 
Eletrovaporização Transuretral da Próstata (TUVP) – recomendado para paciente com sintomas 
LUTZ moderados a severos. Tem melhora sintomática semelhante a RTU-P, mas maiores riscos 
de nova intervenção, sintomas irritativos pós-operatórios, disúria e retenção urinária, quando 
comparado a RTU-P. 
Greenlight laser – realizado em próstatas > 80 cm3, pacientes em uso de 
anticoagulantes/antiagregantes. Não consegue material de biopsia. 
 
Ressecção Transuretral da Próstata (RTU-P) : padrão ouro 
Envolve a remoção cirúrgica da porção interna da próstata via endoscópica pela uretra, sem 
incisão externa. 
Risco aproximado de 1% de incontinência urinária. 
Declínio de função sexual semelhante ao Watchful waiting. 
Complicação: Sindrome RTU – hiponatremia dilucional por intoxicação hídrica. 
Limite cirúrgico: vero montanum (proximidade ao esfíncter interno)

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