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Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda Apresentação As propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda estão sempre em constante discussão entre aqueles que fazem parte da comunidade e do movimento surdo e aqueles que representam o governo e definem as legislações relacionadas ao sujeito surdo. Já foram testadas algumas propostas educacionais até hoje e conquistados alguns avanços sociais com base nas reinvindicações do movimento surdo e de seus representantes, como a Feneis e o Ines. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para surdos e como elas se relacionam com as propostas sociais direcionadas para essas mesmas pessoas. Além disso, você irá reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade de uso na acessibilidade para as pessoas surdas tanto no contexto educacional quanto social. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Analisar aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para surdos.• Identificar as propostas sociais direcionadas para as pessoas surdas.• Reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade de uso na acessibilidade para as pessoas surdas. • Desafio Durante a trajetória educacional dos surdos, vários educadores desenvolveram e criaram métodos e formas de ensinar os alunos surdos. Grande parte desses educadores baseou-se apenas nas línguas orais-auditivas de seu respectivo país, ignorando a língua de sinais utilizada pelo sujeito surdo. No entanto, com o passar do tempo, outros profissionais da educação buscaram outras vias de como ensinar pessoas surdas. Até hoje, existem várias discussões acerca da metodologia ou proposta educacional mais adequada para o sujeito surdo, mas, uma coisa é certa, a comunidade surda anseia por uma metodologia que valorize as suas diferenças. Você é professor das séries iniciais em uma escola da rede municipal e recentemente recebeu, em sua sala, uma criança surda. Isso lhe fez pensar, dentre as vertentes educacionais direcionadas para o ensino de pessoas surdas, qual metodologia educacional você considera mais adequada na opinião da comunidade surda? Disserte, em poucas palavras, e justifique sua resposta. Infográfico Até hoje, já foram testadas algumas propostas educacionais e conquistados alguns avanços sociais com base nas reinvindicações do movimento surdo e de seus representantes, como a Feneis e o Ines. O Infográfico a seguir mostra as peculiaridades das propostas educacionais direcionadas para as pessoas surdas, refletindo mais profundamente sobre a proposta utilizada atualmente: o Bilinguismo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/85d9c1c3-7571-4be5-ad70-6262bd4a7643/75ecbc7f-bae5-48ee-9ded-1a0b13142269.jpg Conteúdo do livro Neste capítulo, serão elencadas algumas das propostas educacionais direcionadas para pessoas surdas, assim como propostas sociais que têm como objetivo propiciar o acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, à cultura, ao transporte, ao esporte e ao lazer para pessoas surdas, por meio de recursos assistivos e suas possibilidades de uso na acessibilidade do sujeito surdo. No capítulo Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda, que faz parte do livro LIBRAS e é base teórica desta Unidade de Aprendizagem, é de vital relevância para aqueles que já têm contato com pessoas surdas em ambientes escolares ou sociais ou para aqueles que desejam ampliar saberes e se atualizar sobre o que tratam as mais recentes propostas educacionais e sociais direcionadas para a pessoa surda. Boa leitura. LIBRAS Carlos Eduardo Lima de Morais Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Analisar os aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para os sujeitos surdos. � Identificar as propostas sociais direcionadas para a pessoa surda. � Reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade de uso na aces- sibilidade para as pessoas surdas. Introdução As propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda estão em constante discussão entre aqueles que fazem parte da comunidade e do movimento surdo e aqueles que representam o governo e definem as legislações relacionadas ao sujeito surdo. Já foram testadas algumas propostas educacionais até hoje e conquistados alguns avanços sociais com base nas reivindicações do movimento surdo e de seus represen- tantes, como a Federação Nacional de Educação e Integração dos surdos (FENEIS) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Nesse contexto, a proposta deste capítulo é de identificar e analisar aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para surdos e como elas se relacionam com as propostas sociais direcionadas para estas mesmas pessoas. Além disso, você irá reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade de uso na acessibilidade para as pessoas surdas tanto no contexto educacional quanto social. Propostas educacionais direcionadas para a pessoa surda Ao falarmos de propostas educacionais direcionadas às pessoas surdas, primei- ramente, temos que ter em mente que grande parte das famílias que possuem filhos surdos são famílias ouvintes e, devido a isso, essas famílias apresentam dificuldade na aceitação da língua de sinais como a língua natural da pessoa surda. Portanto, este é o primeiro desafio a ser superado para uma proposta educacional de qualidade. Nesse contexto, o estado falhou durante muito tempo em seu papel, pois não forneceu assistência social que aconselhasse ou direcionasse estes pais a criar seus filhos surdos. Ao longo da história, em diversos países, o estado proibiu o uso da sinalização dos sujeitos surdos e os privou de direitos que os ouvintes tinham assegurado. Quando o estado permitia que o sujeito surdo aprendesse, era através de um modelo que refletia a hegemonia ouvintista. Por séculos isso se manteve até os dias atuais, em que, até poucas décadas atrás, a única forma de educação oferecida as pessoas surdas era por meio da oralização. Além disso, a criança por não falar, demonstrava agressividade e frustração com os familiares que não a entendiam. Ela era diagnosticada erroneamente com deficiência intelectual e isso dificultava ainda mais o processo educacional e social da criança surda. Continuando nessa mesma linha de estudo, o primeiro programa educacional utilizado para pessoas surdas foi o oralismo, em que o intuito era reintegrar a pessoa surda para que pudesse falar e escrever como um ouvinte. Esse modelo ficou marcado pela opressão e pela dificuldade dos sujeitos surdos em conquistar o direito ao ensino em sua língua natural (língua de sinais), uma vez que no programa oralista a língua de sinais não tinha reconhecimento e, por isso, era proibida, restando ao sujeito surdo a sua utilização de forma clandestina. Segundo Capovilla e Capovilla (2004, p. 23) “apesar das intenções de integração, não se pode dizer que o método oralista tenha tido sucesso em atingir seus objetivos, quer em termos de desenvolvimento da fala, quer em termos de leitura e escrita”. A segunda proposta que o sujeito surdo teve a oportunidade de experi- mentar ao longo da história foi a comunicação total. Nesse modelo, podia ser utilizado qualquer tipo de comunicação, inclusive a língua de sinais. Essa proposta, no Brasil, ficou conhecida como português sinalizado. O objetivo principal do português sinalizado era fazer com que a interação e o aprendizado da língua portuguesa (oral e escrita) se tornasse mais fácil para o sujeito surdo, uma vez que poderia utilizar a língua de sinais como apoio para o aprendizado. Na opinião de Capovilla e Capovilla (2004, p. 28): Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoasurda2 Embora, por princípio, a comunicação total apoiasse o uso simultâneo de língua de sinais com a língua falada, na prática, tal conciliação nunca foi e nem poderia ser efetivamente possível devido à natureza extremamente dis- tinta da língua de sinais com sua morfologia e sintaxe simultânea e espacial e, logo, à descontinuidade entre ela e a língua falada. A terceira proposta educacional é o bilinguismo, o qual ainda possui estudos muito recentes por se tratar de uma proposta relativamente recente na história de educação dos surdos. Para Quadros (1997, p. 27): O bilinguismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõe a tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar. Os estudos têm apontado para essa proposta como sendo a mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo em vista que considera a língua de sinais como língua natural e parte desse pressuposto para o ensino da língua escrita. Atualmente, possuímos tanto escolas regulares quanto escolas de surdos que trabalham com essa proposta de educação bilíngue, em que a língua de sinais é ensinada como primeira língua e o português escrito como segunda língua. Contudo, os dois espaços mencionados possuem características de ensino e formas de aprender totalmente distintas. Enquanto a primeira foca em integrar a criança surda com outras crianças ouvintes, por meio de uma escola regular e comum a todas, ensinando ela em língua portuguesa oral, contando com o apoio de um tradutor e intérprete de língua de sinais para fazer a ponte comunicacional entre o aluno surdo e os demais colegas e professores ouvintes e com as salas de AEE — atendimento educacional especializado. Já a segunda tem como objetivo inserir a criança surda em uma escola específica para surdos, onde a mesma terá o contato com outras crianças surdas e com professores surdos ou ouvintes que saibam a língua de sinais, onde as estratégias de ensino sejam com base na visualidade (imagens, fotos, vídeos e filmes com legenda, gravação de atividades usando a libras, entre outras estratégias), e, onde a língua de ensino para o sujeito surdo será a língua de sinais. Para Quadros (1997), a proposta educacional bilíngue também não se mostra totalmente eficaz, porque além de bilíngue, ela também precisa focar em uma educação bicultural, já que o surdo possui cultura própria que se diferencia da cultura ouvinte. Para Goldfeld (1997), o surdo não precisa almejar uma vida semelhante ao ouvinte, podendo assumir sua surdez. 3Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda Outra proposta educacional bem recente é a pedagogia surda, que é carac- terizada por focar nos traços culturais do sujeito surdo, nas suas diferenças e na mediação intercultural. Isso significa que a “normalidade” e os “métodos clínicos” deixam de ser o foco, abrindo o caminho para uma modalidade focada. Esta verdade sublime, o surdo encontra quando entra para o mundo totalmente visual-espacial da comunidade surda, interagindo com a cultura surda, com as artes surdas,a identidade surda, a língua de sinais dos surdos urbanos e dos índios surdos, a pedagogia surda em toda a sua complexidade e diferen- ças (VILHALVA, 2004 apud UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2011 ?). Nos dias de hoje, o foco está em uma proposta educacional que favoreça a construção da identidade e da diferença do sujeito surdo. Isso significa que para o sujeito surdo ser formado, ele precisa ter acesso a ambas as culturas da qual ele faz parte, ou seja, a cultura surda e a ouvinte. Entretanto, a prioridade inicial é a construção de uma identidade surda pelo sujeito, por meio do contato com nativos da língua de sinais, da cultura própria da comunidade surda, já que, em algum momento o contato com suas diferenças será necessário, para que ocorra a criação do sujeito através das trocas culturais. Nesse sentido, na atualidade, é fundamental destacar o papel da Base Nacional Comum Curricular, documento normativo que define as aprendi- zagens essenciais a serem desenvolvidas ao longo das etapas e modalidades da educação básica no Brasil. A BNCC é base para construção dos currículos e das propostas pedagógicas dos sistemas e das redes de ensino de escolas públicas e privadas em todo o território nacional, da educação infantil ao ensino médio. A BNCC é guiadas por princípios éticos, políticos e estéticos, que buscam a formação integral do sujeito e a construção de uma sociedade democrática e inclusiva. Ela determina que material pedagógico para o ensino dos surdos seja adaptado. Isso significa que devem ser ajustados os campos de experiência e os conteúdos das áreas de conhecimento para o ensino na modalidade visual-espacial (BRASIL, 2018). A pedagogia surda além de ser bilíngue foca na biculturalidade também, assim como defende Quadros (2005). Nesse modelo de educação pedagógica surda não existe mais a submissão ou dependência do que é da comunidade ouvinte. Nesse caso, acontece um modelo de ensino-aprendizagem própria do sujeito surdo, que com o passar do tempo, irá aprender a se posicionar como surdo, evoluindo como sujeito através da mediação intercultural baseada nas diferenças e não nas semelhanças que impõe ao sujeito surdo o modelo hegemônico ouvintista. Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda4 Propostas sociais direcionadas para a pessoa surda A história mostra que o Estado por muito tempo deixou as pessoas com defici- ência excluídas do restante da sociedade sem poder requerer seus direitos como pessoa. Com o tempo, a exclusão tomou ares de segregação em que todas as pessoas com deficiência eram jogadas no mesmo lugar para serem cuidadas. O tempo passou e hoje fala-se muito sobre a inclusão dessas pessoas, princi- palmente no contexto escolar, profissional e social. Mas que inclusão é essa? Do ponto de vista escolar a inclusão mais integrada inclui o surdo, e, ao mesmo tempo, retira do sujeito surdo o contato com a cultura e com a identi- dade surda. Por outro lado, a dita exclusão que as crianças surdas vivenciam nas escolas específicas para surdos, possibilita a inclusão do sujeito surdo na cultura de sua comunidade e permite a construção da sua identidade como surdo; mas, também exclui do sujeito surdo a possibilidade de interagir com outras pessoas ouvintes durante o período escolar. Sobre o direito ao emprego, uma importante conquista veio somente na década de 1990, com a criação da Lei n° 8.213, em 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência e dá outras providências à contratação de pessoas com deficiência. Essa lei é conhecida também como a lei de cotas para pessoas com defi- ciência, e, segundo o art. 93 desta lei (BRASIL, 1991, documento on-line): Art. 93. A empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de 2 (dois) a 5 (cinco) por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas com deficiência, na seguinte proporção: Até 200 funcionários........................2% De 201 a 500 funcionários...............3% De 501 a 1.000 funcionários.............4% De 1.001 em diante funcionários......5% 5Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda As empresas podem não necessariamente contratar pessoas com deficiência para compor o quadro de funcionários. Uma alternativa para fugir da multa imposta pelo delegacia do trabalho e não ter que integrar o funcionário com deficiência na empresa é assinar sua carteira e pagar um curso de formação inicial ou continuada (curso de aprendizagem, por exemplo), em que a pessoa com deficiência compareça efeti- vamente ao curso e, poucas vezes na empresa, o que resolve a problemática de ter que lidar com o funcionário que necessite de acessibilidade. Infelizmente, essa é uma alternativa válida e que pode ser utilizada pelas empresas para fugir da multa. Porém, se de um lado a pessoa com deficiência ganha o direito de fazer um curso gratuito, por outro lado, elanão tem seu direito ao trabalho atendido plenamente, visto que, ao final do curso poucos alunos são contratados pelas empresas, pois, a maioria delas não deseja lidar com pessoas com deficiência, apesar da lei exigir que eles façam parte do mercado de trabalho através da lei da cota. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — Lei Federal nº 9.394/96 — estabelece a metodologia baseada na lógica das competências para o desenvolvimento da educação profissional. Com base na Lei Federal nº 9.394/96, percebe-se que os efeitos da exclusão social podem ser minimizados pelo acesso à informação e à formação, bem como por experiências pessoais a serem proporcionadas nas relações humanas do ambiente de trabalho e no aprendizado de atividades laborais que ajudem na construção de um perfil profissional adequado ao mercado de trabalho. Esse entendimento permite que o indivíduo seja incluído no cenário profissional, além de possibilitar sua inclusão como cidadão na sociedade. Entretanto, na prática, percebemos que as empresas fazem vista grossa para contratar pessoas com deficiência e, assim, preencher seu quadro de colaboradores com o percentual mínimo exigido por lei. Ao contratar, querem uma pessoa com deficiência que não tenha problemas, isto é, um surdo que escute. Nesse caso, buscam por uma pessoa com perda leve de audição e seja oralizada, mas, o surdo que não é oralizado e usa língua de sinais não serve. Se uma empresa tiver a opção de escolher entre os dois exemplos irá optar pelo primeiro sempre, visto que o surdo na visão da empresa vai dar mais trabalho para incluir (terão que contratar intérprete de libras, capacitar os funcionários para poderem se comunicar com o colega surdo, etc.). Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda6 No contexto social, há várias propostas de acessibilidade que têm sido debatidas ao longo dos anos, principalmente, nas duas últimas décadas. No Brasil, a língua brasileira de sinais — Libras — foi oficializada como língua de uso dos sujeitos surdos, por meio da Lei n° 10.436, de 24 de abril de 2002. Referente à oficialização da libras em abrangência nacional, antes mesmo de 2002, ela já era garantida pelo nosso Congresso Nacional desde 1996, através da Lei Federal nº 9.394 já mencionada: Art. 1º. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 26-B: Art. 26-B. Será garantida às pessoas surdas, em todas as etapas e modalidades da educação básica, nas redes públicas e privadas de ensino, a oferta da língua brasileira de sinais — Libras, na condição de língua nativa das pessoas surdas. (BRASIL, 1996, documento on-line) Contudo, somente em 2004, com o Projeto de Lei do Senado nº 180, a Lei nº 9.394/96 foi alterada, estabelecendo nas diretrizes e bases da educação nacional, fazendo o enquadramento no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da oferta da língua brasileira de sinais — Libras — em todas as etapas e modalidades da educação básica. Já o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, diz o seguinte: Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de libras-língua portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, à informação e à educação. § 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação. Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior, prefe- rencialmente os de formação de professores, na modalidade de educação a distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação, como janela com tradutor e intérprete de libras- língua portuguesa e subtitulação por meio do sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas às pessoas surdas, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004. (BRASIL, 2005, documento on-line) Uma das mais frequentes reinvindicações por parte do sujeito surdo diz respeito ao art.º 23 § 2º. 7Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda A grande problemática é que ao se dirigir a uma instituição privada que oferte ensino técnico, cursos de extensão ou de ensino superior, o sujeito surdo frequentemente não é atendido por um atendente que use a língua de sinais (99% dos casos é por meio da escrita em língua portuguesa ou com o auxílio de um amigo do próprio surdo, que faz a ponte comunicacional). Essa é somente a primeira barreira comunicacional a ser transposta. Depois, ainda falta convencer a instituição de que o surdo tem assegurado por lei o direito a um intérprete de libras durante as aulas e que é a instituição de ensino que deve pagar pelo serviço. Muitas instituições se negam a fornecer o intérprete, pois isso encarece o custo do curso; então, elas já dizem que não conhecem nenhum intérprete de libras para contratar ou que enviarão uma mensagem para o surdo para avisar “se” fechar a turma de um curso de extensão, por exemplo, só que não dão retorno nenhum. A única pessoa prejudicada nessa situação é o surdo. É válido mencionar que não somente no contexto educacional se limitam as propostas sociais para pessoas surdas. Existe um forte movimento para a criação de leis que viabilizem propostas por maior acessibilidade comunica- cional para os surdos. A Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, garante acessibilidade co- municacional aos sujeitos surdos, no que tange aos meios mais comuns e essenciais de comunicação, informação e de participação social: CAPÍTULO VII DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINA- LIZAÇÃO Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas com deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer. Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes de escrita em braile, língua de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa com deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação (Regulamentação: Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005). Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da língua de sinais ou outra subtitulação, para garantir o direito de acesso à informação às pessoas com deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento. (BRASIL, 2000, documento on-line) Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda8 O acesso à exibição de legenda na televisão brasileira, por meio do recurso de closed caption, foi testado pela primeira vez no Brasil pela emissora Rede Globo de Televisão, em 1997 e, se mantém até hoje. Por muito tempo, nem todas as emissoras ofertavam esse tipo de recurso, contudo, a portaria 310/2006 do Ministério das Comunicações diz que a partir de 2012 as emissoras precisam reservar 12 horas de programação com recursos de acessibilidade, entre eles, o da legenda oculta. Desde o ano de 2017, a totalidade da programação, isto é, 24 horas de exibição, deverá conter os recursos de acessibilidade. Uma outra possibilidade de acessibilidade para as pessoas com deficiência auditiva é a janela com o intérprete de libras, onde a imagem do intérprete é mostrada no canto da tela do vídeo original que está sendo transmitido. Ao falarmos de acesso à cultura, como cinema ou teatro, a história muda um pouco. Hoje, toda a comunidade surda luta por maioracessibilidade nos cinemas, que só fornecem legenda para filmes estrangeiros. No caso de fil- mes nacionais e desenhos animados a situação não é a mesma, visto que a legenda não é fornecida. Devido a isto, existe a um bom tempo, no meio da comunidade surda, uma campanha (Figura 1) para que seja adotada a legenda como forma de inclusão. Figura 1. Campanha para maior inclusão da comunidade surda. Fonte: Witt (2013). 9Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda Alguns municípios já decretaram por lei municipal a obrigatoriedade de um número mínimo de sessões de filmes nacionais e de animações infantis, com acessibilidade através da legenda. Contudo nem todas as cidades do Brasil pensam igual, sendo que a maioria ainda não oferta esse tipo de acessibilidade. No contexto do teatro a situação é a mesma, pois, a maioria das peças não possui acessibilidade através do intérprete. Como resposta à falta de acessibilidade em teatros, temos o grupo Signa- tores de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sendo um dos poucos grupos de teatro surdo existentes e que faz suas apresentações inteiramente em libras, com a tradução para a língua portuguesa oral como forma de acessibilidade para pessoa ouvintes que queiram assistir à peça (Figura 2). Figura 2. Apresentação teatral para surdos sobre a obra Alice no País das Maravilhas. Fonte: Adaptada de Signatores [201-?]. Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda10 Para saber mais sobre a questão da acessibilidade por meio de legenda em filmes nacionais e infantis, leia a matéria, que fala como está a situação em Santa Catarina após um ano dos protestos que foram realizados pela comunidade surda local, exigindo que os cinemas da cidade de Florianópolis ofertassem acessibilidade através de legenda, disponível no link a seguir. https://goo.gl/CNKiVQ Para maiores informações sobre o grupo teatral Signatores, acesse a página oficial deles no endereço eletrônico a seguir. https://goo.gl/bRzbC3 Com relação a comunicação em diferentes espaços sociais, o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, em seu art.º 28, traz o seguinte: Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em seus orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabi- lizar ações previstas neste decreto, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores, servidores e empregados para o uso e difusão da libras e à realização da tradução e interpretação de libras-língua portuguesa, a partir de um ano da publicação deste decreto. (BRASIL, 2005, documento on-line) Isso significa que na esfera pública o sujeito surdo tem maiores chances de ser atendido por um servidor, professor ou empregados em geral que saibam a língua de sinais, sem falar na obrigatoriedade do fornecimento do interprete em questões mais pontuais, tipo: audiências públicas, eventos promovidos por entidades municipais, estaduais ou federais para todos os públicos, atendimento por médico de rede pública, abrir uma conta bancária em instituição pública, etc. Contudo, na esfera privada a situação é bem diferente. Por exemplo, temos inúmeros casos de surdos que vão viajar e ao chegar no hotel não encontram acessibilidade no atendimento inicial e, nem durante a estadia, necessitando sair do seu quarto de hotel e se dirigir até a recepção, caso deseje solicitar alguma coisa, pois, o único contato entre a recepção e os quartos dos hóspedes é por meio do telefone, sendo esse tipo de atendimento inútil para o surdo. 11Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda Outra situação recorrente é quando o surdo precisa ir ao médico particular e o mesmo não sabe libras, o que dificulta muito a procura por ajuda. Nesse caso, para não perder a viajem o surdo leva o seu próprio intérprete, já que as chances de um médico, independente da especialidade, saber libras são muito pequenas. Diante disso, é comum que surdos solicitem para amigos e familiares que saibam língua de sinais para auxiliar nesse tipo de situação, pois, do contrário, a única forma de comunicação é o português escrito, ou, em casos muito específicos o uso de leitura labial e/ou oralização. Recursos assistivos (mídias digitais e não digitais) e acessibilidade Para começar, temos a recente proposta de acessibilidade por meio da opção de vídeo-prova para pessoas surdas realizarem o Enem de 2017 (Figura 3), e, que provavelmente será mantida nas edições futuras. Além disso, tivemos o polêmico tema da redação que muito ajudou na questão de tornar a comuni- dade surda e sua cultura visual, que usa a libras como meio de comunicação e expressão, mais conhecida pela sociedade. Figura 3. Apresentação de uma proposta inclusiva para a redação do ENEM 2017. Fonte: Daniel (2017). Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda12 Com relação aos recursos assistivos, temos algumas ferramentas importan- tes que podem auxiliar tanto o sujeito surdo como a pessoa ouvinte no processo de comunicação, assim como, no processo de aprendizado da língua de sinais. Vejamos quais são elas: � papel e caneta; � computador e internet (escrita ou sinalização utilizando editor de texto; e-mail; redes sociais (WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, etc.); Youtube (vídeos em libras e/ou com legenda); Skype (web conferência); � programação da TV com closed caption; � filmes e vídeos com legenda ou com a janela de acessibilidade (intér- prete de libras); � fotos e imagens; � câmera/filmadora para gravação de vídeos em libras; � dicionário ou sinalário de língua de sinais; � celular/smartphone/tablet (mensagem de texto, WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, fotos, videochamada, etc.); � aplicativos de língua de sinais. Você sabia que existem inúmeros aplicativos de libras que você pode baixar em seu smartphone ou tablet? Esses “apps” utilizam personagens em 3D para simular palavras e frases de Libras (Figura 4). 13Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda Figura 4. Exemplos de aplicativos que simulam a movimentação das mãos em Libras. Fonte: ProDeaf (2016), Hand Talk (2018) e Rybená (2017). Acesse os links para baixar e testar cada uma das versões dos três aplicativos citados: � ProDeaf — https://goo.gl/1C6HW; � Hand Talk — https://goo.gl/yHR7S5; � Rybená — https://goo.gl/D3mPPM. BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 8 maio 2018. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 8 maio 2018. Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda14 BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm>. Acesso em: 8 maio 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Dispo- nível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_ver- saofinal_site.pdf. Acesso em: 27 de março de 2022. BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 8 maio 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 10.436,de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436. htm>. Acesso em: 8 maio 2018. BRASIL. Senado. Projeto de Lei nº 180, de 2004. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da oferta da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - em todas as etapas e modalidades da educação básica. Senado Federal. 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Acesso em: 8 maio 2018. PRODEAF Tradutor para Libras. iTunes App Store, [s.l.], 8 jun. 2016. Disponível em: <ht- tps://itunes.apple.com/br/app/prodeaf-tradutor-para-libras/id651120192>. Acesso em: 8 maio 2018. 15Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda QUADROS, R. M. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. QUADROS, R. M. O bi do bilinguismo na educação de surdos. In: FERNANDES, E. (Org.). Surdez e bilinguismo. 1. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005, v. 1, p. 26-36. RYBENÁ Tradutor Libras Voz. Google Play, [s.l.], 14 mar. 2017. Disponível em: <https:// play.google.com/store/apps/details?id=br.com.icts.rybenatorandroid>. Acesso em: 8 maio 2018. SIGNATORES. Porto Alegre, [201-?]. Disponível em: <http://www.signatores.com.br/>. Acesso em: 8 maio 2018. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Fundamentos da educação de surdos. Florianópolis, [2011?]. 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Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/195db291cf3a0af78d3bf0e1a51d1a71 Exercícios 1) Uma das situações sociais que os surdos mais reclamam é a falta de acessibilidade na Internet, principalmente, no Youtube. Nesse contexto, podemos afirmar que: A) O Youtube é uma plataforma totalmente acessível. B) O Youtube é uma plataforma que oferta legenda somente em alguns dos vídeos disponíveis. C) O Youtube é uma plataforma que oferta vídeos com a janela com o intérprete de libras em todos os vídeos. D) O Youtube é uma plataforma que tem legenda em todos os vídeos e, por isso, é acessível. E) O Youtube é uma plataforma que tem legenda em todos os vídeos, contudo, não oferta a janela com o intérprete de libras na maioria deles. 2) Um sujeito surdo chega a um órgão da administração pública federal e, ao ser atendido por um servidor, percebe que o mesmo não sabe língua de sinais e que nem a entidade pública fornece ou capacitou alguém para atuar como tradutor intérprete de libras. O que isso significa? A) A escrita será a única forma de comunicação viável. B) É algo natural, pois não há obrigatoriedade prevista na Lei no 10.436 de 24 de abril de 2002. C) A entidade está respeitando o que diz o Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005. D) Com relação à comunicação em diferentes espaços sociais, a entidade não está respeitando o que diz o Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005. E) O sujeito surdo deverá levar um tradutor e intérprete de libras de acompanhamento na próxima visita a essa entidade. 3) A legenda é um recurso de acessibilidade que pode não ser tão acessível assim, porque ___________________. o sujeito surdo, ao acompanhar a legenda em um filme, fica limitado ao seu nível de conhecimento do português escrito (que é da modalidade oral-auditiva) e que pode ser pouco A) ou nenhum e pela redução do que está sendo dito para sincronizar com a fala dos personagens. B) o sujeito surdo, ao acompanhar um programa ao vivo na televisão, não tem problemas de entender o que estão falando, pois existe o recurso de Closed Caption. C) o sujeito surdo que desejar assistir a uma peça de teatro, agora conta com o recurso de Óculos VR (Óculos de Realidade Virtual). Ao olhar para o palco, o sujeito surdo terá disponível, em tempo real, a legenda da fala dos atores, só que é preciso possuir os óculos para ter acesso à legenda. D) o sujeito surdo, ao tentar usar a legenda do Youtube, nem sempre a tem disponível. E) o melhor, para o surdo, é ter o intérprete de libras no palco de peças de teatro ao invés da legenda em um Óculos VR ou filmes adaptados para a perspectiva surda em que, ao invés da legenda, o surdo possa contar com o recurso da janela com o intérprete para cada personagem em tela. 4) Sobre a definição da proposta bilíngue nas escolas para surdos: A) a abordagem admite o uso dos gestos e sinais, mas é a transição para adquirir a língua oral. B) abordagem que permite a capacitação do surdo apenas na compreensão e aquisição da língua oral. C) a abordagem prioriza o uso da língua de sinais e o aprendizado do SignWriting que é a escrita de sinais. D) a abordagem bilíngue prioriza e valoriza, em todos os espaços educacionais, a Libras como língua natural do sujeito surdo e a língua portuguesa devendo ser aprendida na modalidade escrita. E) a modalidade bilíngue contempla apenas a modalidade da língua de sinais. 5) De acordo com a Lei no 10.436 de 24 de abril de 2002, o sujeito surdo tem o direito de ser ensinado em sua língua natural (Libras), contudo a mesma lei exige que o ensino do português se mantenha. Isso significa que: A) na escola regular, na ausência do intérprete de libras, a comunicação escrita será o recurso utilizado para ensinar o sujeito surdo. B) aprender SignWriting ou Escrita de Sinais não é uma opção prevista na lei, apenas a Libras e o Português escrito. C) o aprendizado de Sinais Internacionais não é válido segundo a lei. D) aprender SignWriting é uma opção prevista na lei assim como outros recursos associados à Língua Brasileira de Sinais - Libras. E) na escola de surdos, apesar do ensino ser ministrado inteiramente em Libras, nas aulas de Português escrito, será uma exceção, em que o ensino será em língua oral visando fazer uma relação com a modalidade escrita que está sendo ensinada. Na prática No que diz respeito às propostas educacionaise sociais direcionadas a pessoas surdas, em vários momentos é referenciada a importância das experiências visuais. Veja alguns exemplos de formas de se comunicar visualmente com surdos e, após, você visualizará mais um pequeno vocabulário com sinais focados na temática estudada nesta Unidade de Aprendizagem. Acompanhe no vídeo a seguir, alguns relatos que a professora nos apresenta em LIBRAS. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e8423b9d281df1fba86e065f98859e2e Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: A família Beliér Neste link, você terá acesso ao trailer de um filme, no qual Paula é uma adolescente que enfrenta todas as questões comuns de sua idade: o primeiro amor, os problemas na escola, as brigas com os pais. No entanto, sua família tem algo diferente: seus pais e seu irmão são surdos, e é ela quem administra a fazenda e traduz a língua de sinais nas conversas com os vizinhos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Educação de surdos: formação, estratégica e prática docente Neste link, você terá acesso a um livro que oferece ao leitor a possibilidade de construir saberes e desenvolver outros olhares sobre a Educação de Surdos, de modo que nos permita estabelecer relações reais sobre a formação dos professores, as estratégias de ensino no contexto da sala de aula e do apoio pedagógico, e as práticas docentes no atendimento ao estudante com surdez. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A Surda no Hospital Neste link, você terá acesso a um vídeo que mostra a dificuldade de pessoa surda quando precisa ir até um hospital, devido à falta de Intérprete de Língua de Sinais, acessibilidade, empatia por parte dos atendentes e dos médicos, dentre outras questões. Além disso, mostra um pouco como é o trabalho de um Intérprete de língua de sinais. https://www.youtube.com/embed/y0pnVZLD4eU https://static.scielo.org/scielobooks/m6fcj/pdf/almeida-9788574554457.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/XcUhfcAM6zU
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