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Propostas educacionais e sociais

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Prévia do material em texto

Propostas educacionais e sociais 
direcionadas à pessoa surda
Apresentação
As propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda estão sempre em constante 
discussão entre aqueles que fazem parte da comunidade e do movimento surdo e aqueles que 
representam o governo e definem as legislações relacionadas ao sujeito surdo. Já foram testadas 
algumas propostas educacionais até hoje e conquistados alguns avanços sociais com base nas 
reinvindicações do movimento surdo e de seus representantes, como a Feneis e o Ines.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os aspectos relevantes sobre as propostas 
educacionais para surdos e como elas se relacionam com as propostas sociais direcionadas para 
essas mesmas pessoas. Além disso, você irá reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade 
de uso na acessibilidade para as pessoas surdas tanto no contexto educacional quanto social.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para surdos.•
Identificar as propostas sociais direcionadas para as pessoas surdas.•
Reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade de uso na acessibilidade para as pessoas 
surdas.
•
Desafio
Durante a trajetória educacional dos surdos, vários educadores desenvolveram e criaram métodos 
e formas de ensinar os alunos surdos. Grande parte desses educadores baseou-se apenas nas 
línguas orais-auditivas de seu respectivo país, ignorando a língua de sinais utilizada pelo sujeito 
surdo.
No entanto, com o passar do tempo, outros profissionais da educação buscaram outras vias de 
como ensinar pessoas surdas. Até hoje, existem várias discussões acerca da metodologia ou 
proposta educacional mais adequada para o sujeito surdo, mas, uma coisa é certa, a comunidade 
surda anseia por uma metodologia que valorize as suas diferenças.
Você é professor das séries iniciais em uma escola da rede municipal e recentemente recebeu, em 
sua sala, uma criança surda. Isso lhe fez pensar, dentre as vertentes educacionais direcionadas para 
o ensino de pessoas surdas, qual metodologia educacional você considera mais adequada na 
opinião da comunidade surda? Disserte, em poucas palavras, e justifique sua resposta.
Infográfico
Até hoje, já foram testadas algumas propostas educacionais e conquistados alguns avanços sociais 
com base nas reinvindicações do movimento surdo e de seus representantes, como a Feneis e o 
Ines.
O Infográfico a seguir mostra as peculiaridades das propostas educacionais direcionadas para as 
pessoas surdas, refletindo mais profundamente sobre a proposta utilizada atualmente: o 
Bilinguismo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/85d9c1c3-7571-4be5-ad70-6262bd4a7643/75ecbc7f-bae5-48ee-9ded-1a0b13142269.jpg
Conteúdo do livro
Neste capítulo, serão elencadas algumas das propostas educacionais direcionadas para pessoas 
surdas, assim como propostas sociais que têm como objetivo propiciar o acesso à informação, à 
comunicação, ao trabalho, à educação, à cultura, ao transporte, ao esporte e ao lazer para pessoas 
surdas, por meio de recursos assistivos e suas possibilidades de uso na acessibilidade do sujeito 
surdo.
No capítulo Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda, que faz parte do livro 
LIBRAS e é base teórica desta Unidade de Aprendizagem, é de vital relevância para aqueles que já 
têm contato com pessoas surdas em ambientes escolares ou sociais ou para aqueles que desejam 
ampliar saberes e se atualizar sobre o que tratam as mais recentes propostas educacionais e sociais 
direcionadas para a pessoa surda.
Boa leitura.
LIBRAS 
Carlos Eduardo Lima de Morais
Propostas educacionais 
e sociais direcionadas 
à pessoa surda
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar os aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para 
os sujeitos surdos.
 � Identificar as propostas sociais direcionadas para a pessoa surda.
 � Reconhecer os recursos assistivos e sua possibilidade de uso na aces-
sibilidade para as pessoas surdas.
Introdução
As propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda estão 
em constante discussão entre aqueles que fazem parte da comunidade 
e do movimento surdo e aqueles que representam o governo e definem 
as legislações relacionadas ao sujeito surdo. Já foram testadas algumas 
propostas educacionais até hoje e conquistados alguns avanços sociais 
com base nas reivindicações do movimento surdo e de seus represen-
tantes, como a Federação Nacional de Educação e Integração dos surdos 
(FENEIS) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
Nesse contexto, a proposta deste capítulo é de identificar e analisar 
aspectos relevantes sobre as propostas educacionais para surdos e como 
elas se relacionam com as propostas sociais direcionadas para estas 
mesmas pessoas. Além disso, você irá reconhecer os recursos assistivos 
e sua possibilidade de uso na acessibilidade para as pessoas surdas tanto 
no contexto educacional quanto social.
Propostas educacionais direcionadas para 
a pessoa surda
Ao falarmos de propostas educacionais direcionadas às pessoas surdas, primei-
ramente, temos que ter em mente que grande parte das famílias que possuem 
filhos surdos são famílias ouvintes e, devido a isso, essas famílias apresentam 
dificuldade na aceitação da língua de sinais como a língua natural da pessoa 
surda. Portanto, este é o primeiro desafio a ser superado para uma proposta 
educacional de qualidade. 
Nesse contexto, o estado falhou durante muito tempo em seu papel, pois 
não forneceu assistência social que aconselhasse ou direcionasse estes pais 
a criar seus filhos surdos. Ao longo da história, em diversos países, o estado 
proibiu o uso da sinalização dos sujeitos surdos e os privou de direitos que os 
ouvintes tinham assegurado. Quando o estado permitia que o sujeito surdo 
aprendesse, era através de um modelo que refletia a hegemonia ouvintista. 
Por séculos isso se manteve até os dias atuais, em que, até poucas décadas 
atrás, a única forma de educação oferecida as pessoas surdas era por meio da 
oralização. Além disso, a criança por não falar, demonstrava agressividade 
e frustração com os familiares que não a entendiam. Ela era diagnosticada 
erroneamente com deficiência intelectual e isso dificultava ainda mais o 
processo educacional e social da criança surda. 
Continuando nessa mesma linha de estudo, o primeiro programa educacional 
utilizado para pessoas surdas foi o oralismo, em que o intuito era reintegrar a 
pessoa surda para que pudesse falar e escrever como um ouvinte. Esse modelo 
ficou marcado pela opressão e pela dificuldade dos sujeitos surdos em conquistar 
o direito ao ensino em sua língua natural (língua de sinais), uma vez que no 
programa oralista a língua de sinais não tinha reconhecimento e, por isso, era 
proibida, restando ao sujeito surdo a sua utilização de forma clandestina. Segundo 
Capovilla e Capovilla (2004, p. 23) “apesar das intenções de integração, não se 
pode dizer que o método oralista tenha tido sucesso em atingir seus objetivos, 
quer em termos de desenvolvimento da fala, quer em termos de leitura e escrita”.
A segunda proposta que o sujeito surdo teve a oportunidade de experi-
mentar ao longo da história foi a comunicação total. Nesse modelo, podia 
ser utilizado qualquer tipo de comunicação, inclusive a língua de sinais. 
Essa proposta, no Brasil, ficou conhecida como português sinalizado. O 
objetivo principal do português sinalizado era fazer com que a interação e 
o aprendizado da língua portuguesa (oral e escrita) se tornasse mais fácil 
para o sujeito surdo, uma vez que poderia utilizar a língua de sinais como 
apoio para o aprendizado. Na opinião de Capovilla e Capovilla (2004, p. 28):
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoasurda2
Embora, por princípio, a comunicação total apoiasse o uso simultâneo de 
língua de sinais com a língua falada, na prática, tal conciliação nunca foi e 
nem poderia ser efetivamente possível devido à natureza extremamente dis-
tinta da língua de sinais com sua morfologia e sintaxe simultânea e espacial 
e, logo, à descontinuidade entre ela e a língua falada.
A terceira proposta educacional é o bilinguismo, o qual ainda possui 
estudos muito recentes por se tratar de uma proposta relativamente recente 
na história de educação dos surdos. Para Quadros (1997, p. 27):
O bilinguismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõe a 
tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar. Os estudos têm 
apontado para essa proposta como sendo a mais adequada para o ensino de 
crianças surdas, tendo em vista que considera a língua de sinais como língua 
natural e parte desse pressuposto para o ensino da língua escrita.
Atualmente, possuímos tanto escolas regulares quanto escolas de surdos 
que trabalham com essa proposta de educação bilíngue, em que a língua de 
sinais é ensinada como primeira língua e o português escrito como segunda 
língua. Contudo, os dois espaços mencionados possuem características de 
ensino e formas de aprender totalmente distintas. Enquanto a primeira foca 
em integrar a criança surda com outras crianças ouvintes, por meio de uma 
escola regular e comum a todas, ensinando ela em língua portuguesa oral, 
contando com o apoio de um tradutor e intérprete de língua de sinais para fazer 
a ponte comunicacional entre o aluno surdo e os demais colegas e professores 
ouvintes e com as salas de AEE — atendimento educacional especializado. Já 
a segunda tem como objetivo inserir a criança surda em uma escola específica 
para surdos, onde a mesma terá o contato com outras crianças surdas e com 
professores surdos ou ouvintes que saibam a língua de sinais, onde as estratégias 
de ensino sejam com base na visualidade (imagens, fotos, vídeos e filmes com 
legenda, gravação de atividades usando a libras, entre outras estratégias), e, 
onde a língua de ensino para o sujeito surdo será a língua de sinais.
Para Quadros (1997), a proposta educacional bilíngue também não se mostra 
totalmente eficaz, porque além de bilíngue, ela também precisa focar em uma 
educação bicultural, já que o surdo possui cultura própria que se diferencia da 
cultura ouvinte. Para Goldfeld (1997), o surdo não precisa almejar uma vida 
semelhante ao ouvinte, podendo assumir sua surdez.
3Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
Outra proposta educacional bem recente é a pedagogia surda, que é carac-
terizada por focar nos traços culturais do sujeito surdo, nas suas diferenças e 
na mediação intercultural. Isso significa que a “normalidade” e os “métodos 
clínicos” deixam de ser o foco, abrindo o caminho para uma modalidade focada. 
Esta verdade sublime, o surdo encontra quando entra para o mundo totalmente 
visual-espacial da comunidade surda, interagindo com a cultura surda, com 
as artes surdas,a identidade surda, a língua de sinais dos surdos urbanos e 
dos índios surdos, a pedagogia surda em toda a sua complexidade e diferen-
ças (VILHALVA, 2004 apud UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA 
CATARINA, 2011 ?).
Nos dias de hoje, o foco está em uma proposta educacional que favoreça 
a construção da identidade e da diferença do sujeito surdo. Isso significa que 
para o sujeito surdo ser formado, ele precisa ter acesso a ambas as culturas da 
qual ele faz parte, ou seja, a cultura surda e a ouvinte. Entretanto, a prioridade 
inicial é a construção de uma identidade surda pelo sujeito, por meio do contato 
com nativos da língua de sinais, da cultura própria da comunidade surda, já 
que, em algum momento o contato com suas diferenças será necessário, para 
que ocorra a criação do sujeito através das trocas culturais. 
Nesse sentido, na atualidade, é fundamental destacar o papel da Base 
Nacional Comum Curricular, documento normativo que define as aprendi-
zagens essenciais a serem desenvolvidas ao longo das etapas e modalidades 
da educação básica no Brasil. A BNCC é base para construção dos currículos 
e das propostas pedagógicas dos sistemas e das redes de ensino de escolas 
públicas e privadas em todo o território nacional, da educação infantil ao 
ensino médio. A BNCC é guiadas por princípios éticos, políticos e estéticos, 
que buscam a formação integral do sujeito e a construção de uma sociedade 
democrática e inclusiva. Ela determina que material pedagógico para o ensino 
dos surdos seja adaptado. Isso significa que devem ser ajustados os campos 
de experiência e os conteúdos das áreas de conhecimento para o ensino na 
modalidade visual-espacial (BRASIL, 2018). 
A pedagogia surda além de ser bilíngue foca na biculturalidade também, 
assim como defende Quadros (2005). Nesse modelo de educação pedagógica 
surda não existe mais a submissão ou dependência do que é da comunidade 
ouvinte. Nesse caso, acontece um modelo de ensino-aprendizagem própria do 
sujeito surdo, que com o passar do tempo, irá aprender a se posicionar como 
surdo, evoluindo como sujeito através da mediação intercultural baseada 
nas diferenças e não nas semelhanças que impõe ao sujeito surdo o modelo 
hegemônico ouvintista.
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda4
Propostas sociais direcionadas 
para a pessoa surda
A história mostra que o Estado por muito tempo deixou as pessoas com defici-
ência excluídas do restante da sociedade sem poder requerer seus direitos como 
pessoa. Com o tempo, a exclusão tomou ares de segregação em que todas as 
pessoas com deficiência eram jogadas no mesmo lugar para serem cuidadas. 
O tempo passou e hoje fala-se muito sobre a inclusão dessas pessoas, princi-
palmente no contexto escolar, profissional e social. Mas que inclusão é essa?
Do ponto de vista escolar a inclusão mais integrada inclui o surdo, e, ao 
mesmo tempo, retira do sujeito surdo o contato com a cultura e com a identi-
dade surda. Por outro lado, a dita exclusão que as crianças surdas vivenciam 
nas escolas específicas para surdos, possibilita a inclusão do sujeito surdo na 
cultura de sua comunidade e permite a construção da sua identidade como 
surdo; mas, também exclui do sujeito surdo a possibilidade de interagir com 
outras pessoas ouvintes durante o período escolar.
Sobre o direito ao emprego, uma importante conquista veio somente na 
década de 1990, com a criação da Lei n° 8.213, em 24 de julho de 1991, que 
dispõe sobre os planos de benefícios da Previdência e dá outras providências 
à contratação de pessoas com deficiência.
Essa lei é conhecida também como a lei de cotas para pessoas com defi-
ciência, e, segundo o art. 93 desta lei (BRASIL, 1991, documento on-line):
Art. 93. A empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher 
de 2 (dois) a 5 (cinco) por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, 
ou pessoas com deficiência, na seguinte proporção: 
 Até 200 funcionários........................2%
 De 201 a 500 funcionários...............3%
 De 501 a 1.000 funcionários.............4%
 De 1.001 em diante funcionários......5%
5Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
As empresas podem não necessariamente contratar pessoas com deficiência para 
compor o quadro de funcionários. Uma alternativa para fugir da multa imposta pelo 
delegacia do trabalho e não ter que integrar o funcionário com deficiência na empresa 
é assinar sua carteira e pagar um curso de formação inicial ou continuada (curso de 
aprendizagem, por exemplo), em que a pessoa com deficiência compareça efeti-
vamente ao curso e, poucas vezes na empresa, o que resolve a problemática de ter 
que lidar com o funcionário que necessite de acessibilidade. Infelizmente, essa é uma 
alternativa válida e que pode ser utilizada pelas empresas para fugir da multa. Porém, 
se de um lado a pessoa com deficiência ganha o direito de fazer um curso gratuito, 
por outro lado, elanão tem seu direito ao trabalho atendido plenamente, visto que, 
ao final do curso poucos alunos são contratados pelas empresas, pois, a maioria delas 
não deseja lidar com pessoas com deficiência, apesar da lei exigir que eles façam parte 
do mercado de trabalho através da lei da cota.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional — Lei Federal nº 
9.394/96 — estabelece a metodologia baseada na lógica das competências 
para o desenvolvimento da educação profissional.
Com base na Lei Federal nº 9.394/96, percebe-se que os efeitos da exclusão 
social podem ser minimizados pelo acesso à informação e à formação, bem 
como por experiências pessoais a serem proporcionadas nas relações humanas 
do ambiente de trabalho e no aprendizado de atividades laborais que ajudem na 
construção de um perfil profissional adequado ao mercado de trabalho. Esse 
entendimento permite que o indivíduo seja incluído no cenário profissional, 
além de possibilitar sua inclusão como cidadão na sociedade.
Entretanto, na prática, percebemos que as empresas fazem vista grossa 
para contratar pessoas com deficiência e, assim, preencher seu quadro de 
colaboradores com o percentual mínimo exigido por lei. Ao contratar, querem 
uma pessoa com deficiência que não tenha problemas, isto é, um surdo que 
escute. Nesse caso, buscam por uma pessoa com perda leve de audição e seja 
oralizada, mas, o surdo que não é oralizado e usa língua de sinais não serve. 
Se uma empresa tiver a opção de escolher entre os dois exemplos irá optar pelo 
primeiro sempre, visto que o surdo na visão da empresa vai dar mais trabalho 
para incluir (terão que contratar intérprete de libras, capacitar os funcionários 
para poderem se comunicar com o colega surdo, etc.).
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda6
No contexto social, há várias propostas de acessibilidade que têm sido 
debatidas ao longo dos anos, principalmente, nas duas últimas décadas. 
No Brasil, a língua brasileira de sinais — Libras — foi oficializada como 
língua de uso dos sujeitos surdos, por meio da Lei n° 10.436, de 24 de abril 
de 2002. Referente à oficialização da libras em abrangência nacional, antes 
mesmo de 2002, ela já era garantida pelo nosso Congresso Nacional desde 
1996, através da Lei Federal nº 9.394 já mencionada:
Art. 1º. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida 
do seguinte art. 26-B:
Art. 26-B. Será garantida às pessoas surdas, em todas as etapas e modalidades 
da educação básica, nas redes públicas e privadas de ensino, a oferta da língua 
brasileira de sinais — Libras, na condição de língua nativa das pessoas surdas. 
(BRASIL, 1996, documento on-line)
Contudo, somente em 2004, com o Projeto de Lei do Senado nº 180, a Lei 
nº 9.394/96 foi alterada, estabelecendo nas diretrizes e bases da educação 
nacional, fazendo o enquadramento no currículo oficial da rede de ensino a 
obrigatoriedade da oferta da língua brasileira de sinais — Libras — em todas 
as etapas e modalidades da educação básica.
Já o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, diz o seguinte:
Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, 
devem proporcionar aos alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de 
libras-língua portuguesa em sala de aula e em outros espaços educacionais, 
bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à comunicação, 
à informação e à educação.
§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, 
estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas 
referidas neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com 
deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação. 
Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior, prefe-
rencialmente os de formação de professores, na modalidade de educação a 
distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação, como janela com 
tradutor e intérprete de libras- língua portuguesa e subtitulação por meio do 
sistema de legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas 
às pessoas surdas, conforme prevê o Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 
2004. (BRASIL, 2005, documento on-line)
Uma das mais frequentes reinvindicações por parte do sujeito surdo diz 
respeito ao art.º 23 § 2º.
7Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
A grande problemática é que ao se dirigir a uma instituição privada que oferte ensino 
técnico, cursos de extensão ou de ensino superior, o sujeito surdo frequentemente não 
é atendido por um atendente que use a língua de sinais (99% dos casos é por meio da 
escrita em língua portuguesa ou com o auxílio de um amigo do próprio surdo, que 
faz a ponte comunicacional). Essa é somente a primeira barreira comunicacional a ser 
transposta. Depois, ainda falta convencer a instituição de que o surdo tem assegurado 
por lei o direito a um intérprete de libras durante as aulas e que é a instituição de ensino 
que deve pagar pelo serviço. Muitas instituições se negam a fornecer o intérprete, 
pois isso encarece o custo do curso; então, elas já dizem que não conhecem nenhum 
intérprete de libras para contratar ou que enviarão uma mensagem para o surdo para 
avisar “se” fechar a turma de um curso de extensão, por exemplo, só que não dão 
retorno nenhum. A única pessoa prejudicada nessa situação é o surdo.
É válido mencionar que não somente no contexto educacional se limitam 
as propostas sociais para pessoas surdas. Existe um forte movimento para a 
criação de leis que viabilizem propostas por maior acessibilidade comunica-
cional para os surdos. 
A Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000, garante acessibilidade co-
municacional aos sujeitos surdos, no que tange aos meios mais comuns e 
essenciais de comunicação, informação e de participação social:
CAPÍTULO VII
DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINA-
LIZAÇÃO
Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação 
e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os 
sistemas de comunicação e sinalização às pessoas com deficiência sensorial 
e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à 
informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, 
ao esporte e ao lazer.
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes 
de escrita em braile, língua de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar 
qualquer tipo de comunicação direta à pessoa com deficiência sensorial e 
com dificuldade de comunicação (Regulamentação: Decreto nº 5.626, de 22 
de dezembro de 2005). 
Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano 
de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da língua de sinais ou 
outra subtitulação, para garantir o direito de acesso à informação às pessoas 
com deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento. 
(BRASIL, 2000, documento on-line)
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda8
O acesso à exibição de legenda na televisão brasileira, por meio do recurso 
de closed caption, foi testado pela primeira vez no Brasil pela emissora Rede 
Globo de Televisão, em 1997 e, se mantém até hoje. Por muito tempo, nem todas 
as emissoras ofertavam esse tipo de recurso, contudo, a portaria 310/2006 do 
Ministério das Comunicações diz que a partir de 2012 as emissoras precisam 
reservar 12 horas de programação com recursos de acessibilidade, entre eles, 
o da legenda oculta. Desde o ano de 2017, a totalidade da programação, isto 
é, 24 horas de exibição, deverá conter os recursos de acessibilidade. 
Uma outra possibilidade de acessibilidade para as pessoas com deficiência 
auditiva é a janela com o intérprete de libras, onde a imagem do intérprete é 
mostrada no canto da tela do vídeo original que está sendo transmitido. 
Ao falarmos de acesso à cultura, como cinema ou teatro, a história muda 
um pouco. Hoje, toda a comunidade surda luta por maioracessibilidade nos 
cinemas, que só fornecem legenda para filmes estrangeiros. No caso de fil-
mes nacionais e desenhos animados a situação não é a mesma, visto que a 
legenda não é fornecida. Devido a isto, existe a um bom tempo, no meio da 
comunidade surda, uma campanha (Figura 1) para que seja adotada a legenda 
como forma de inclusão.
Figura 1. Campanha para maior inclusão 
da comunidade surda.
Fonte: Witt (2013).
9Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
Alguns municípios já decretaram por lei municipal a obrigatoriedade de 
um número mínimo de sessões de filmes nacionais e de animações infantis, 
com acessibilidade através da legenda. Contudo nem todas as cidades do Brasil 
pensam igual, sendo que a maioria ainda não oferta esse tipo de acessibilidade. 
No contexto do teatro a situação é a mesma, pois, a maioria das peças não 
possui acessibilidade através do intérprete.
Como resposta à falta de acessibilidade em teatros, temos o grupo Signa-
tores de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sendo um dos poucos grupos de 
teatro surdo existentes e que faz suas apresentações inteiramente em libras, 
com a tradução para a língua portuguesa oral como forma de acessibilidade 
para pessoa ouvintes que queiram assistir à peça (Figura 2).
Figura 2. Apresentação teatral para surdos sobre a obra Alice no 
País das Maravilhas. 
Fonte: Adaptada de Signatores [201-?].
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda10
Para saber mais sobre a questão da acessibilidade por meio de legenda em filmes 
nacionais e infantis, leia a matéria, que fala como está a situação em Santa Catarina após 
um ano dos protestos que foram realizados pela comunidade surda local, exigindo que 
os cinemas da cidade de Florianópolis ofertassem acessibilidade através de legenda, 
disponível no link a seguir.
https://goo.gl/CNKiVQ
Para maiores informações sobre o grupo teatral Signatores, acesse a página oficial 
deles no endereço eletrônico a seguir.
https://goo.gl/bRzbC3 
Com relação a comunicação em diferentes espaços sociais, o Decreto nº 
5.626, de 22 de dezembro de 2005, em seu art.º 28, traz o seguinte: 
Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem 
incluir em seus orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabi-
lizar ações previstas neste decreto, prioritariamente as relativas à formação, 
capacitação e qualificação de professores, servidores e empregados para o uso 
e difusão da libras e à realização da tradução e interpretação de libras-língua 
portuguesa, a partir de um ano da publicação deste decreto. (BRASIL, 2005, 
documento on-line)
Isso significa que na esfera pública o sujeito surdo tem maiores chances de 
ser atendido por um servidor, professor ou empregados em geral que saibam a 
língua de sinais, sem falar na obrigatoriedade do fornecimento do interprete 
em questões mais pontuais, tipo: audiências públicas, eventos promovidos por 
entidades municipais, estaduais ou federais para todos os públicos, atendimento 
por médico de rede pública, abrir uma conta bancária em instituição pública, etc.
Contudo, na esfera privada a situação é bem diferente. Por exemplo, temos 
inúmeros casos de surdos que vão viajar e ao chegar no hotel não encontram 
acessibilidade no atendimento inicial e, nem durante a estadia, necessitando 
sair do seu quarto de hotel e se dirigir até a recepção, caso deseje solicitar 
alguma coisa, pois, o único contato entre a recepção e os quartos dos hóspedes 
é por meio do telefone, sendo esse tipo de atendimento inútil para o surdo.
11Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
Outra situação recorrente é quando o surdo precisa ir ao médico particular e 
o mesmo não sabe libras, o que dificulta muito a procura por ajuda. Nesse caso, 
para não perder a viajem o surdo leva o seu próprio intérprete, já que as chances 
de um médico, independente da especialidade, saber libras são muito pequenas. 
Diante disso, é comum que surdos solicitem para amigos e familiares que 
saibam língua de sinais para auxiliar nesse tipo de situação, pois, do contrário, 
a única forma de comunicação é o português escrito, ou, em casos muito 
específicos o uso de leitura labial e/ou oralização.
Recursos assistivos (mídias digitais 
e não digitais) e acessibilidade
Para começar, temos a recente proposta de acessibilidade por meio da opção 
de vídeo-prova para pessoas surdas realizarem o Enem de 2017 (Figura 3), e, 
que provavelmente será mantida nas edições futuras. Além disso, tivemos o 
polêmico tema da redação que muito ajudou na questão de tornar a comuni-
dade surda e sua cultura visual, que usa a libras como meio de comunicação 
e expressão, mais conhecida pela sociedade.
Figura 3. Apresentação de uma proposta inclusiva para a redação 
do ENEM 2017. 
Fonte: Daniel (2017).
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda12
Com relação aos recursos assistivos, temos algumas ferramentas importan-
tes que podem auxiliar tanto o sujeito surdo como a pessoa ouvinte no processo 
de comunicação, assim como, no processo de aprendizado da língua de sinais.
Vejamos quais são elas:
 � papel e caneta;
 � computador e internet (escrita ou sinalização utilizando editor de texto; 
e-mail; redes sociais (WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram, etc.); 
Youtube (vídeos em libras e/ou com legenda); Skype (web conferência); 
 � programação da TV com closed caption;
 � filmes e vídeos com legenda ou com a janela de acessibilidade (intér-
prete de libras);
 � fotos e imagens; 
 � câmera/filmadora para gravação de vídeos em libras; 
 � dicionário ou sinalário de língua de sinais;
 � celular/smartphone/tablet (mensagem de texto, WhatsApp, Facebook, 
Twitter, Instagram, fotos, videochamada, etc.);
 � aplicativos de língua de sinais. 
Você sabia que existem inúmeros aplicativos de libras que você pode baixar em seu 
smartphone ou tablet? Esses “apps” utilizam personagens em 3D para simular palavras 
e frases de Libras (Figura 4). 
13Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
Figura 4. Exemplos de aplicativos que simulam a movimentação das 
mãos em Libras.
Fonte: ProDeaf (2016), Hand Talk (2018) e Rybená (2017).
Acesse os links para baixar e testar cada uma das versões dos três aplicativos citados: 
 � ProDeaf — https://goo.gl/1C6HW;
 � Hand Talk — https://goo.gl/yHR7S5;
 � Rybená — https://goo.gl/D3mPPM.
BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios 
da Previdência Social e dá outras providências. Casa Civil - Presidência da República. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso 
em: 8 maio 2018.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 8 maio 2018.
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda14
BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios 
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência 
ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Casa Civil - Presidência da 
República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm>. 
Acesso em: 8 maio 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Dispo-
nível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_ver-
saofinal_site.pdf. Acesso em: 27 de março de 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. 
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua 
Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 
Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 8 maio 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 10.436,de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a 
Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Casa Civil - Presidência da 
República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.
htm>. Acesso em: 8 maio 2018.
BRASIL. Senado. Projeto de Lei nº 180, de 2004. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no 
currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da oferta da Língua Brasileira 
de Sinais - LIBRAS - em todas as etapas e modalidades da educação básica. Senado 
Federal. Disponível em: <https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/
materia/68334>. Acesso em: 8 maio 2018.
CAPOVILLA, F. C.; CAPOVILLA, A. G. S. O desafio da descontinuidade entre a língua de 
sinais e a escrita alfabética na educação bilíngue do surdo congênito. In: RODRIGUES, 
C.; TOMITCH, L. B. Linguagem e cérebro humano: contribuições multidisciplinares. 
Porto Alegre: Artmed, 2004.
DANIEL, L. Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil: o polêmico tema 
da redação do Enem 2017. Reflexão sobre Rodas, São José dos Campos, 6 nov. 2017. 
Disponível em: <http://reflexaosobrerodas.com.br/2017/11/desafios-para-formacao-
-educacional-de-surdos-no-brasil-o-polemico-tema-da-redacao-do-enem-2017/>. 
Acesso em: 8 maio 2018.
GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-
-interacionista. São Paulo: Plexus, 1997.
HAND TALK Translator. Google Play, [s.l.], 28 mar. 2018. Disponível em: <https://play.
google.com/store/apps/details?id=br.com.handtalk>. Acesso em: 8 maio 2018.
PRODEAF Tradutor para Libras. iTunes App Store, [s.l.], 8 jun. 2016. Disponível em: <ht-
tps://itunes.apple.com/br/app/prodeaf-tradutor-para-libras/id651120192>. Acesso 
em: 8 maio 2018.
15Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda
QUADROS, R. M. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1997.
QUADROS, R. M. O bi do bilinguismo na educação de surdos. In: FERNANDES, E. (Org.). 
Surdez e bilinguismo. 1. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005, v. 1, p. 26-36.
RYBENÁ Tradutor Libras Voz. Google Play, [s.l.], 14 mar. 2017. Disponível em: <https://
play.google.com/store/apps/details?id=br.com.icts.rybenatorandroid>. Acesso em: 
8 maio 2018.
SIGNATORES. Porto Alegre, [201-?]. Disponível em: <http://www.signatores.com.br/>. 
Acesso em: 8 maio 2018.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Fundamentos da educação de surdos. 
Florianópolis, [2011?]. Disponível em: <http://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/
eixoFormacaoEspecifica/fundamentosDaEducacaoDeSurdos/scos/cap10916/1.html>. 
Acesso em: 8 maio 2018.
WITT, P. R. 26 de setembro: dia nacional dos surdos! Surdez: silêncio em voo de bor-
boleta, Porto Alegre, 26 set. 2013. Disponível em: <http://surdezsilencioemvoode-
borboleta.com/26-de-setembro-dia-nacional-dos-surdos/>. Acesso em: 8 maio 2018.
Propostas educacionais e sociais direcionadas à pessoa surda16
Dica do professor
Uma possibilidade de acessibilidade para pessoas com deficiência auditiva é a janela com o 
Intérprete de Libras, na qual a imagem do intérprete é mostrada no canto da tela do vídeo original 
que está sendo transmitido.
Acompanhe a Dica do Professor, a seguir, que detalha um pouco sobre os contextos de atuação do 
Tradutor e Intérprete de Língua de Sinais - TILS e sua importância no que se refere às propostas 
educacioanis e sociais direcionadas a pessoas surdas. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/195db291cf3a0af78d3bf0e1a51d1a71
Exercícios
1) Uma das situações sociais que os surdos mais reclamam é a falta de acessibilidade na 
Internet, principalmente, no Youtube. Nesse contexto, podemos afirmar que:
A) O Youtube é uma plataforma totalmente acessível.
B) O Youtube é uma plataforma que oferta legenda somente em alguns dos vídeos disponíveis.
C) O Youtube é uma plataforma que oferta vídeos com a janela com o intérprete de libras em 
todos os vídeos.
D) O Youtube é uma plataforma que tem legenda em todos os vídeos e, por isso, é acessível.
E) O Youtube é uma plataforma que tem legenda em todos os vídeos, contudo, não oferta a 
janela com o intérprete de libras na maioria deles.
2) Um sujeito surdo chega a um órgão da administração pública federal e, ao ser atendido por 
um servidor, percebe que o mesmo não sabe língua de sinais e que nem a entidade pública 
fornece ou capacitou alguém para atuar como tradutor intérprete de libras. O que isso 
significa?
A) A escrita será a única forma de comunicação viável.
B) É algo natural, pois não há obrigatoriedade prevista na Lei no 10.436 de 24 de abril de 2002.
C) A entidade está respeitando o que diz o Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
D) Com relação à comunicação em diferentes espaços sociais, a entidade não está respeitando o 
que diz o Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
E) O sujeito surdo deverá levar um tradutor e intérprete de libras de acompanhamento na 
próxima visita a essa entidade.
3) A legenda é um recurso de acessibilidade que pode não ser tão acessível assim, porque 
___________________. 
o sujeito surdo, ao acompanhar a legenda em um filme, fica limitado ao seu nível de 
conhecimento do português escrito (que é da modalidade oral-auditiva) e que pode ser pouco 
A) 
ou nenhum e pela redução do que está sendo dito para sincronizar com a fala dos 
personagens.
B) o sujeito surdo, ao acompanhar um programa ao vivo na televisão, não tem problemas de 
entender o que estão falando, pois existe o recurso de Closed Caption.
C) o sujeito surdo que desejar assistir a uma peça de teatro, agora conta com o recurso de 
Óculos VR (Óculos de Realidade Virtual). Ao olhar para o palco, o sujeito surdo terá 
disponível, em tempo real, a legenda da fala dos atores, só que é preciso possuir os óculos 
para ter acesso à legenda.
D) o sujeito surdo, ao tentar usar a legenda do Youtube, nem sempre a tem disponível.
E) o melhor, para o surdo, é ter o intérprete de libras no palco de peças de teatro ao invés da 
legenda em um Óculos VR ou filmes adaptados para a perspectiva surda em que, ao invés da 
legenda, o surdo possa contar com o recurso da janela com o intérprete para cada 
personagem em tela.
4) Sobre a definição da proposta bilíngue nas escolas para surdos: 
A) a abordagem admite o uso dos gestos e sinais, mas é a transição para adquirir a língua oral.
B) abordagem que permite a capacitação do surdo apenas na compreensão e aquisição da língua 
oral.
C) a abordagem prioriza o uso da língua de sinais e o aprendizado do SignWriting que é a escrita 
de sinais.
D) a abordagem bilíngue prioriza e valoriza, em todos os espaços educacionais, a Libras como 
língua natural do sujeito surdo e a língua portuguesa devendo ser aprendida na modalidade 
escrita.
E) a modalidade bilíngue contempla apenas a modalidade da língua de sinais. 
5) De acordo com a Lei no 10.436 de 24 de abril de 2002, o sujeito surdo tem o direito de ser 
ensinado em sua língua natural (Libras), contudo a mesma lei exige que o ensino do 
português se mantenha. Isso significa que:
A) na escola regular, na ausência do intérprete de libras, a comunicação escrita será o recurso 
utilizado para ensinar o sujeito surdo.
B) aprender SignWriting ou Escrita de Sinais não é uma opção prevista na lei, apenas a Libras e o 
Português escrito.
C) o aprendizado de Sinais Internacionais não é válido segundo a lei.
D) aprender SignWriting é uma opção prevista na lei assim como outros recursos associados à 
Língua Brasileira de Sinais - Libras.
E) na escola de surdos, apesar do ensino ser ministrado inteiramente em Libras, nas aulas de 
Português escrito, será uma exceção, em que o ensino será em língua oral visando fazer uma 
relação com a modalidade escrita que está sendo ensinada.
Na prática
No que diz respeito às propostas educacionaise sociais direcionadas a pessoas surdas, em vários 
momentos é referenciada a importância das experiências visuais. Veja alguns exemplos de formas 
de se comunicar visualmente com surdos e, após, você visualizará mais um pequeno vocabulário 
com sinais focados na temática estudada nesta Unidade de Aprendizagem.
Acompanhe no vídeo a seguir, alguns relatos que a professora nos apresenta em LIBRAS. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/e8423b9d281df1fba86e065f98859e2e
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A família Beliér
Neste link, você terá acesso ao trailer de um filme, no qual Paula é uma adolescente que enfrenta 
todas as questões comuns de sua idade: o primeiro amor, os problemas na escola, as brigas com os 
pais. No entanto, sua família tem algo diferente: seus pais e seu irmão são surdos, e é ela quem 
administra a fazenda e traduz a língua de sinais nas conversas com os vizinhos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Educação de surdos: formação, estratégica e prática docente
Neste link, você terá acesso a um livro que oferece ao leitor a possibilidade de construir saberes e 
desenvolver outros olhares sobre a Educação de Surdos, de modo que nos permita estabelecer 
relações reais sobre a formação dos professores, as estratégias de ensino no contexto da sala de 
aula e do apoio pedagógico, e as práticas docentes no atendimento ao estudante com surdez.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A Surda no Hospital
Neste link, você terá acesso a um vídeo que mostra a dificuldade de pessoa surda quando precisa ir 
até um hospital, devido à falta de Intérprete de Língua de Sinais, acessibilidade, empatia por parte 
dos atendentes e dos médicos, dentre outras questões. Além disso, mostra um pouco como é o 
trabalho de um Intérprete de língua de sinais.
https://www.youtube.com/embed/y0pnVZLD4eU
https://static.scielo.org/scielobooks/m6fcj/pdf/almeida-9788574554457.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/XcUhfcAM6zU

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