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í) h 3 o O '3 O O • ✓ O; ^.; í^ r" r r UNIVERSIDADE DO AMAZONAS - ÜA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA - INPA Fauna de artrópodes associada a ninhos de aves e mamíferos em uma floresta de terra firme na Amazônia Centrai, Brasil. WALDENIRA MERCEDES PEREIRA TORRES í ■ Dissertação apresentada ao Programa de Pós- p. Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio INPA/UA, como parte dos requisitos ' para obtenção do título de Mestre em CIÊNCIAS ''j BIOLÓGICAS. área de concentração em Entomoíogia. MANAUS - AM 2001 iükuâ bü tu 3 3 9 3 f r , UNIVERSIDADE DO AMAZONAS - ÜA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA - INPA 6 3 3 3 3 Fauna de artrópodes associada a ninhos de aves e mamíferos em uma floresta de terra firme na Amazônia Central, Brasil. 3 o WALDENIRA MERCEDES PEREIRA TORRES .y n ORIENTADOR: TOBY VINCENT BARRETT n Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio INPA/UA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, área de concentração em Entomoiogia. < , MANAUS-AM ^ 2001 Bü liB! ( y ) 3 3 3 3 3 3 Waldenira Mercedes Pereira Torres Fauna de artrópodes associada a ninhos de aves e mamíferos em uma floresta de terra firme na Amazônia Central, Brasil. / Waldenira Mercedes Pereira Torres - Manaus, 3 2001 rj ^ 126 p. : il. O . J r''\ r', f'. Dissertação de Mestrado — INPA/UA. 1. Fauna nidícola 2. Ninhos 3. Aves 4. Mamíferos 5. Floresta de Terra Firme CDD19. ed. (*) (*) Sinopse: Foram analisados os artrópodes extraídos de ninhos de aves e mamíferos coletados em uma floresta de terra firme na Amazônia Central. Palavras-chave: artrópodes, ninhos, aves, roedores, nidícolos, diversidade, terra firme § J 3 r\ r\ y /Ov r- Dedicatória Aos meus avós, José (in memoriom) e Heliana, com muita gratidão, dedico. 3 1) 1 1 '7^ William Shakespeare (1564-1616) Antony and Cleopotro [ii (11)] /n Nature^s infinite book of secrecy / A little I can read. ■'•X /•V -V Accuse not Nofure, she hoth done her pari:! Do fhou but thine, and be not diffidenf / Of wisdom John Milton (1608 - 1647) Parcdise Lost [VIII (561)] Never before have we tiad so little time In which to do so much. Fronklin D. Roosevelt (1882 - 1945) Discurso no rádio, 23/02/1942 J AGRADECIMENTOS A Deus, pela vida e pela força de todos os dias Ao Dr. Toby Vincent Barrett, quem muito admiro pelos seus conhecimentos, agradeço pela confiança depositada em mim, e principalmente pela valiosa amizade durante a realização deste trabalho. Ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, pela oportunidade de participar do Curso de Pós-Graduaçâo, e à Mil Madereira Itacoatiara Ltda., pelo apoio logístico no campo. A À Coordenação do Curso de Entomologia na pessoa da Dra. Neusa Mamada, pelo apoio e atenção dispensada. Aos professores do Curso de Entomologia, pelos ensinamentos e incentivos. À Coordenação de Pesquisas em Ciências da Saúde, pela amizade, respeito e acolhida. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. pelo suporte através da concessão de bolsa de estudo. Aos especialistas Dra. Nair Otaviano Aguiar - UA/AM, Dr. Alexandre Bonaldo - MPEG/PA, Dr. José Albertino Rafael - INPA/AM e José Maria Vilhena - INPA/AM, pela identificação dos respectivos grupos de artrópodes, Pseudoscorpionida, Aranae, Muscidae e Formicidae. íl 1 J iii 3 3 3 Ao Dr. Paulo Bührnhelm, pela criteriosa revisão dos resumos para a 7° Reunião ^ Especial da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. 3 3 ^ Ao Dr. José Aibertino Rafael, pela atenção, incentivo e pelo fornecimento de ^ referências bibliográficas. Ao Dr. Joachim Adis, pela disposição de dados bibliográficos. 7^ À Luís Augusto Quaresma, pelo amor, carinho, compreensão e incentivo sempre '3 presente. Ao Sr. Francisco Lima Santos, pelo companheirismo, dedicação e apoio nos trabalhos de campo. À Reynier Omena, pela sua importante contribuição na identificação dos ninhos de aves. Ao Museu Paraense Emílio Goeldi e especialmente ao Dr. Inocêncio de Sousa Gorayeb pelo início de minha formação científica. À Maricleide de Farias Naiff, pelo estímulo e amizade. À Lirian Mina, pela amizade e companheirismo nos momentos de descontração. Aos meus amigos de curso, Silvana, Dilcindo, Agno, Ana, Claudete e Andréa, e especialmente ao Márcio, pelos momentos de dificuldades e alegrias que compartilhamos. Ao Dr. Camilo Hurtado Guerrero, pela colaboração nas análises estatísticas. Ao Erasmo Pinheiro, pela ajuda na informatização gráfica. Ao Sr. Artèmio Coelho da Silva, pela confecção dos desenhos. í iv 3 3 Ao pessoal do Laboratório de Leishmaniose e Doença de Chagas do IN PA, Rui 3 Freitas, Ana Cleide, Paulo Albuquerque, Lourival, Roberto Naiff, Risonilce, Plínio, Paulo Edson, Roberto Dantas, Cândido, Raimundo Nonato, Dr. Antônia Franco e ^ Dr. Raul Queiroz pelo apoio, convívio e amizade. 5 À gerência e funcionários da Mil Madereira Itacoatiara Ltda., especialmente aos Srs. Marcelo Argüelles e João Cruz, pelo acesso às áreas de estudo e apoio logístico, ao Sr. Adamilto e sua equipe de corte, e ao Sr. Inácio, por sua ajuda e■5 informações sobre a área de estudo. Ao Sr. Luís, pela identificação do material vegetal. A todos que direta e indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho. '3 'à V '3 nj Este projeto foi realizado no âmbito do projeto institucional MCT/INPA PPI 1-3060 'i "Desenho e Ensaio de Protocolos para Monitoramento Biológico na Terra Firme", que contribuiu com o custeio dos trabalhos de campo. Este trabalho foi amparado pela licença N° 42/2000 concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Representação Estadual do Amazonas. !> !í vi 3> ^ RESUMO 5 Foram analisadas 71 amostras de artrópodes extraídas de 62 ninhos de aves, seis ninhos de roedores e três ninhos não identificados, em uma floresta de terra firme ao norte do Rio Amazonas, nos municípios de Silves e Itacoatiara, Amazonas, Brasil. Os 21109 espécimens estavam distribuídos em 14 Ordens e 58 Famílias identificadas de Hexapoda e cinco Ordens de Arachnida, além de espécimens ocasionais de Malacostraca, Diplopoda e Chilopoda. A fauna nidícola era dominada numericamente por ácaros (82%), os quais representavam 98% dos aracnídeos. As 84 aranhas pertenciam a 13 Famílias, a maioria de espécies cursoriais, das quais Salticidae (38%) foram as mais freqüentes. Duas espécies de pseudoscopiões da Família Withiidae eram associadas a ninhos de roedores, e ^ sete espécies de seis outras Famílias, a ninhos de aves passeriformes. Entre os insetos e colémbolos, os mais abundantes eram Hymenoptera, com sete Famílias, incluindo Formicidae com cinco subfamílias perfazendo 22% dos hexápodes; Collembola (21%), especialmente Entomobryidae presentes em quase todos os ninhos; Psocoptera (20%), a maioria ninfas, presentes em 51 ninhos, com representantes de seis Famílias das quais Archipsocidae foi a mais freqüente; Blattaria (6%) com seis Famílias; e Thysanoptera (4%) com duas Famílias. Muscidae predominaram entre as 10 Famílias de Diptera extraídas, devido ao encontro de 41 larvas coprófagas de PhHornis aitkeni associadas a um filhote de Chelidoptera tenebrosa (Bucconidae) no seu ninho subterrâneo. Entre as categorias de ninhos apresentando uma fauna mais diferenciada, as bolsas suspensas do japú Psarocolius decumanus (Icterinae) se destacaram pelo baixo número de artrópodes em relação ao peso seco do ninho e pela associação com sete das 14 Famílias de Coleoptera registradas durante o estudo. Schultesia lampyridiformis (Blattaria; Blaberidae) e uma espécie não descrita de Rhopalochernes (Pseudoscorpionida: Chernetidae) foram encontradas apenas nos ninhos de F. decumanus, o pseudoscorpião sendo forético nesta barata. VII 3) ABSTRACT 1? <5 -V The Arthropod Fauna of Bird andMammal Nests in a Terra-Firme Forest in Central Amazônia, Brazil. '5 Seventy-one samples of arthropods extracted from 62 birds' nests, six rodents' -VTJj nests and three unidentifíed nests, in a terra-firme forest north of the River ^ Amazon in the municipal districts of Silves and Itacoatiara, Amazonas State, ^ Brazil, were analyzed. The 21.109 specimens were divided among 14 Orders and 3 58 identified Families of Hexapoda and five Orders of Arachnida, in addition to occasional specimens of Malacostraca, Diplopoda and Chilopoda. The nest fauna was dominated numerically by mites (82%) which made up 98% of the arachnids. The 84 spiders belonged to 13 Families, mainly of cursorial species, among which 1 Salticidae (38%) were the most frequent. Two species of pseudoscorpions of the ^ Family Withiidae were associated with rodents nests, and seven species of six other Families were found in the nests of passeriform birds. Among the insects and Collembola, the most abundant groups were Hymenoptera, with seven Families, including five subfamilies of Formicidae accounting for 22% of the Hexapoda; Collembola (21%) especially Entomobryidae which were present in nearly ali nests; Psocoptera (20%), mainly nymphs, present in 51 nests and represented by six Families of which Archipsocidae was the most frequentiy found; Blattaria (6%) with six Families; and Thysanoptera (4%) with two Families. Muscidae predominated among the 10 Families of Diptera extracted, due to 41 coprophagous larvae of Philornis aitkeni associated with a fledgling Chelidoptera tenebrosa (Bucconidae) in its underground nest. Among the categories of nests with the most dintinctive faunas, the pendant nests of the crested oropendola Psarocolius decumanus (Icterinae) contained relatively low numbers of individual arthropods considering the weight of the nest, but were associated with seven of the 14 Families of Coleoptera recorded. Schultesia lampyridiformis (Blattaria: Blaberidae) and an undescribed species of Rhopalochernes (Pseudoscorpionida: Chernetidae) were found only in the nests of P.decumanus, the pseudoscorpion having a phoretic association with this cockroach. í viii è CONTEÚDO ^ Página ^ RESUMO vi ^ ABSTRACT vii ^ 1 INTRODUÇÃO 1 ^ 2 MATERIAL E MÉTODOS 4 2.1 Área geográfica do estudo 4 1 2.2 Coleta dos ninhos de aves e mamíferos 19 ^ Acompanhamento de equipe de corte e vistoria das copas das árvores derrubadas 19 3 Captura de pequenos mamíferos em armadilhas do tipo Tomahawk e 3 Sherman e rastreamento mediante carretei e linha 19 3 Dissecação de microhabitats 21 3 Procura ativa 22 3 2.3 Tratamento dispensado aos ninhos durante a coleta 22 3 2.4 Extração da fauna de artrópodes associada aos ninhos 22 2.6 Criação de imaturos 25 2.6 Triagem e identificação dos artrópodes nidícolos 25 2.7 Identificação dos ninhos de aves e mamíferos 25 3 2.8 Peso seco e volume dos ninhos 26 2.9 Estatística 26 3 RESULTADOS 27 3.1 Rendimento das técnicas utilizadas para localização dos ninhos 27 Acompanhamento da equipe de corte 27 Rastreamento de mamíferos 27 Dissecação de microhabitats 27 Procura ativa 28 3.2 Caracterização dos ninhos 28 3.3 Artrópodes encontrados 41 3.3.1 Abundância de artrópodes em geral 41 3.3.2 Composição das amostras de artrópodes 47 Arachnida 48 Acari 48 Pseudoscorpionida 50 Aranae 55 Opiliones 59 Scorpionida 60 í ) i ix ^ Hexapoda 61 I Hymenoptera 61 ^ Collembola 67 ^ Coleoptera 71 ^ Psocoptera 75 ^ Blattaria 80 Thysanoptera 83 ^ Diptera 85 Lepidoptera 89 ^ Heteroptera 90 ^ Isoptera 91 ^ Homoptera 91 Orthoptera 92 ^ Embioptera 92 ^ Dermaptera 92 Malacostraca 92 A Diplopoda 93 ^ Chilopoda 93 1 3.3.3 Distribuição de artrópodes por categoria de ninho 94 'y 3.3.4 Similaridade da fauna de artrópodes entre os ninhos analisados 97 1 4 DISCUSSÃO 102 4.1 Generalidades 102 ^ 4.2 Identificação dos ninhos 104 ^ 4.3 Diversidade e abundância dos artrópodes 105 4.3.1 Arachnida 105 ^ Acari 105 Pseudoscorpionida 106 Aranae 108 Demais Arachnida 109 4.3.2 Hexapoda 109 Hymenoptera 109 Psocoptera 111 Coleoptera 111 Collembola 113 Diptera 113 Heteroptera 115 Blattaria 115 Thysanoptera 116 rv. 4.3.3 Chilopoda Scolopendromorpha 4.3.4 Dipiopoda Polydesmida 4.3.5 Wlalacostraca Isopoda 4.3.6 Densidade populacional 5. CONCLUSÃO 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE Artrópodes associados aos ninhos individuais 116 116 1 1 1 1 1 1 120 127 A \ \ \ % A 1 INTRODUÇÃO o o '"S Os ninhos construídos por aves e mamíferos constituem um microhabitat relativamente bem delimitado para diversos artrópodes, desde ectoparasitas de determinadas espécies de hospedeiro com associação obrigatória ao ninho, a visitantes oportunistas e ocasionais (Woodroffe, 1953; Ryckman et al., 1981). ^ Um inquérito faunístico enfocando os ninhos pode contribuir para ^ levantamentos mais amplos de biodiversidade e para estudos sobre as interações ^ entre artrópodes e vertebrados. Algumas dessas interações tem importância direta na área de Entomologia Médica, como na transmissão de Trypanosoma cruzi, e outros agentes etiológicos. Por outro lado, os domicílios humanos podem ser considerados como sendo uma categoria de ninho, e os inquilinos e parasitos associados com as habitações de animais silvestres, como sendo organismos sinantrópicos em potencial. Por exemplo, o heteróptero Clerada apicicornis Ts». (Lygaeidae: Rhyparochrominae) encontrado no Brasil apenas em domicílios humanos, pertence a um grupo de insetos hematófagos associados a ninhos de vertebrados no Hemisfério Oriental (Torres atai, 2000). A literatura sobre a fauna de artrópodes em ninhos de aves e mamíferos é ^ bastante extensa, sendo que a maioria dos trabalhos se referem a estudos realizados na Região Holártica, muito poucos à Região Neotropical. Os estudos sobre artrópodes em ninhos de mamíferos são predominantemente relacionados a roedores reservatórios de doenças infecciosas como a peste silvestre. Em uma revisão bibliográfica até a década de 1980 sobre o gênero Neotoma (Cricetinae), roedores encontrados na América do Norte e Central, foram listadas referências sobre artrópodes parasitas e não parasitas associados a esses animais; inclusive sobre transmissão de patógenos entre esses vertebrados através de muitos artrópodes ectoparasitas associados (Ryckman et al., 1981). Além dos estudos com Neotoma, também foram investigados os ninhos de outros roedores, Micromys spp., Microtus spp., Cleothrionomys spp., Thomomys spp., entre outros (Cyprich & Kiefer, 1981; Haas, 1982; Haitiinger, 1981; Anduaga & Halffter, 1992; Deloya, 1992). 3 3 A fauna de artrópodes em ninhos de aves tem sido estudada por Woodroffe 3' (1953), Hicks (1953), Yaroshenko & Kharchenko (1972), Krueger (1984), Ywasa ® et al. (1995), Khstofik et al. (1996), Bennett & Whitworth (1992), Whitworth & 3^ Bennett (1992) e Hood & Welch (1980). A maioria desses trabalhos são ^ simplesmente listas de taxa, exceto Woodroffe (1953) que postulou que os ninhos ^ de aves representam um habitat para certos artrópodes. Este autor classificou os ^ ninhos como "molhados" ou "secos", conforme a exposição ou não do ninho a água, principalmente da chuva. Ele demonstrou que as condições de umidade são de importância primária na determinação da fauna de artrópodes nidícolos. ^ Os ninhos considerados como "molhados" sofrem rápida decomposição por 1 fungos e bactérias enquanto os ninhos "secos" decompõem-se mais lentamente, ^ suportando uma sucessão de diferentes tipos e abundâncias de artrópodes. ^ No Brasil, o assunto torna-se mais interessante por exemplo, com a fauna 1 nidícola de Furnariidae, Hirundinidae, Psittacidae, na qual já verificou-se a 1 presença de "barbeiros" (Heteroptera: Reduviidae), insetos transmissores do T. ^ cruzi, agente etiológico da doença de Chagas (Lent & Wygodzinsky, 1979). -\ Na Amazônia Brasileira, são poucasas informações disponíveis sobre o assunto, especialmente sobre os ninhos encontrados em locais menos acessíveis, como o dossel da floresta. Roth (1973) registrou o encontro de cerca de oito espécies de baratas em ninhos abandonados de Cacicus sp. (Emberezidae: Icterinae) coletados no Amazonas. Miles et al. (1981) trabalharam com ninhos de mamíferos arborícolas na Região de Belém - PA, mas esses estudos enfocaram exclusivamente alguns reduvíideos da subfamília Triatominae, sem considerar os demais artrópodes associados. Além das dificuldades operacionais para se coletar ninhos na floresta amazônica, outro fator limitante é que os ninhos de animais silvestres são protegidos pela legislação brasileira. Isso torna interessante o aproveitamento científico de ninhos que venham a ser derrubados durante atividades licenciadas pelos orgãos de controle ambiental, como corte, em florestas de produção sob manejo sustentado. 3 i| Nossa proposta foi de aproveitar a oportunidade oferecida pela existência ^ de programas de manejo sustentado em florestas nativas, como nas terras da Mil à Madereira Itacoatiara Ltda., e o interesse no levantamento e monitoramento da ^ fauna nestas áreas, para realizar um estudo da fauna nidícola de artrópodes na ^ Floresta Amazônica. O projeto enquadrou-se nos Programas de Pesquisa do ^ INPA, no âmbito dos objetivos do Projeto PPI 3060 "Desenho e Ensaio de ^ Protocolos para Monitoramento Biológico na Terra Firme". Os resultados alcançados contribuíram para o melhor conhecimento da fauna de artrópodes e vertebrados na área de estudo e forneceu uma base de dados e de espécimens que servirão para levantamentos comparativos em outras áreas ou na mesma área em etapas futuras no processo de exploração. O enfoque numa categoria bem delimitada de microhabitas, como os ninhos, numa floresta, ajudará a evitar os riscos de superficialidade inerentes em um estudo de diversidade a ser ^ concluído num prazo limitado. Mas do que a elaboração de uma lista de taxa, 1 pretendia-se descrever qualitativamente e quantitativamente os componentes bióticos do ecossistema representado pelos ninhos. ) } 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Área geográfica do estudo ) Os trabalhos de coleta de ninhos de aves e mamíferos foram realizados na ^ área da Mil Madereira Itacoatiara Ltda., localizada nos Municípios de Silves e ^ Itacoatiara, no Estado do Amazonas, entorno da coordenada 03°00'S, 058° 40'W ^ (Fig. 1). i ) A propriedade ocupa uma área de 806 km^, sendo cortada pelos primeiros 26 km da Estrada da Várzea (AM - 363). A paisagem é um peneplano dissecado, com platôs levemente Inclinados, normalmente de dezenas e às vezes de mais de cem hectares de extensão, margeados por barrancos com até 20m de profundidade e 10°a 40° de declive. A área é drenada pelo rio Anebá, no limite 1 norte da propriedade e pelo rio Caru, ambos afluentes do rio Urubu. O ponto mais alto é de 128m (ao nível do dossel) e o mais baixo cerca de 40m de altitude. É coberta quase inteiramente por floresta primária (93%) incluindo mata alta de terra firme, campinarana e igapó. Toda a área foi dividida em 25 compartimentos, cada um com aproximadamente 2.000 hectares, correspondendo em principio à área a ser explorada em determinado ano de um ciclo de corte e manejo sustentado com periodicidade de 25 anos, com média de extração de madeira de 60 a 80 mil metros cúbicos por ano (Fig. 2). Os compartimentos por sua vez estão divididos em talhões permanentes de 10 hectares, cada talhão com uma extração máxima 'N de 40m°/ha de madeira por ciclo, utilizando estradas de acesso permanentes (Pérez & Leite, 1999). A área da Mil Madereira foi incluída por Prance (1973) na área 13 (Manaus) proposta como refúgio pleistocênico com base na distribuição e endemismo de plantas lenhosas, e na Subregião Guiana (leste do Rio Negro e norte do Rio Amazonas) definida por Voss & Emmons (1996) com relação a distribuição geográfica dos mamíferos. Pn»s. ngiMirsdp Anavdhanai Noyo Área ampliada Airõo io Preto do Eva Siives^Estado do Amazonas «1 IV6I Madelreira Itícoatiara uífia ^ ̂Coreiro Monocd^u Carciro Nofrt 100 km ^ 2" IO Figura 1. Localização da Mil Madereira Itacoatiara Ltda., Amazônia Central, Brasil (modificado a partir de Hamada, 1997). r c r ,• MIL Madeireira - Histórico produtivo UTM Blocks Estxadas Compartimentos I I Safta 1995 I I Sa&a 1996 I [ Safra 1997 i n Safra 1998 Safra 1999 Safra 2.000 Áreas fi aptas ao Manejo Áreas fi Manejadas Área de Preserv. Absolnta N W E CO 20 20 40 Kllometers Figura 2. Área e histórico produtivo da Mil Madereira Itacoatiara Ltda., Amazônia Central, Brasil. ^ ^ ̂ ^ ̂ ^ ̂ ̂ ̂ ̂ f f ^ f- f" f- Ç r '1 De acordo com levantamentos feitos nas reservas do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais resumidos por Voss & Emmons (1996) e considerações sobre a distribuição dos mamíferos amazônicos de Emmons & Feer (1990) é provável que possam ocorrer nesta área cerca de 74 espécies de mamíferos não-volantes, incluindo 14 espécies de marsupiais e 27 espécies de roedores. Com base em levantamentos realizados na Reserva Ducke e áreas vizinhas (Willis, 1977) e em Balbina (Willis & Oniki, 1988) é provável que possam ocorrer na área a maioria das espécies de aves listadas na Tabela 1. Tabela 1. Espécies de aves nativas de provável ocorrência na área da Madereira. TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR TINAMIFORMES TINAMIDAE Tinamus major X X Inhambu-de-cabeça-vermelha Crypturelius cinereus X Inhambu-preto Crypturelius soui X X Sururina/Tururim Crypturelius variegatus X X Chorarão CICONIIFORMES 'A 4 ARDEIDAE Agamia agami X Garça-da-mata Ardea cocai X Garça-moura Ardeola íbis X Butorides striatus X Socozinho > Cochiearius cochiearius X Arapapá • ̂ Egretta aiba X Pilherodius pileatus X Garça-real Tigrisoma lineatum X Socó-boi-ferrugem CICONIIDAE Mycteria americana X Cabeça-seca THRESKiORNITHIDAE Mesembriníbis cayennensis X 7 Continuação (Tab. 1) TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR 1 r% r\ 'A '"V FALCONIFORMES CATHARTIDAE Cathartes aura Cathartes melambrotos Coragyps atratus Sarcoramphus papa ACCIPITRIDAE Accipiter superciliosus Buteo magnirostris Buteo nitidus Buteo platypterus Buteogalius urubutinga Elanoides forficatus Harpagus bidentatus Harpia harpyja Ictinia plúmbea Leucopternis albicoilis Leucoptemis melanops Spizaetus melanoleucus Spizaetus omatus Spizaetus tyrannus FALCONIDAE Daptrius amerícanus Daptríus ater Falco rufigularis Micrastur gilvicollls Micrastur ruficoilis Micrastur semitorquatus PANDIONIDAE Pandion haliaetus GALLIFORMES CRACIDAE Crax alector Ortalis motmot Penelope jacquacu Pipiie pipile X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Urubu-de-cabeça-vermelha Urubu-da-mata U m bu-de-cabeça-preta Urubu-rel Gavião-miudinho Gavião-pedrês Gaviâo-de-asa-larga Gavião-preto Gavião-tesoura Gavião-ripina Gavião-real Sovi Gavião-branco Gavião-de-cara-preta Gavião-pato Gavião-de-penacho Gavião-de-pega-macaco Cancão-grande Cancão-de-anta Cauré Falcão-mateiro Falcão-caburé Falcão-relógio Águia-pescadora Mutum-poronga Aracuã Jacuaçu Cujubi 8 'A ■> '■'A A Continuação (Tab. 1) TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR PHASIANIDAE Odontophorus gujanensis GRUIFORMES PSOPHIIDAE Psophia crepitans RALLIDAE Amaurolimnas concolor Lateralius viridis SCOLOPACIDAE Actilis maculada Bartramia longicauda Trínga solitaría CUCULIFORMES CUCULIDAE Crotophaga ani Crotophaga major Piaya cayana Píaya melanogaster Tapera naevia COLUMBIFORMES COLUMBIDAE Columba plúmbea Columba speclosa Columba subvinacea Columbina passerína Columbina talpacoti Geotrygon montana Leptotila rufaxilia Leptotila verreauxi PSITTTACIFORMES PSITTACIDAE Amazona amazônica Amazona autumnalis Amazona farinosa Ara araraúna Ara chioroptera Ara macao X X X X X X X X X X X X XX X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Uru-corcovado Jacamim-de-costas-cinzas Saracurinha-da-mata Sanã-castanha Maçarico-pintado Maçarico-do-campo Maçarico-solitário Anu-preto Anu-coroca Alma-de-gato Chincoã-de-bico-vermelho Matinta-pereira/Saci Pomba-amargosa Pomba-trocal Pomba-amargosa-da-Amazônia Rolinha-cinzenta Juríti-piranga Juriti-gemedeira Juriti-pupu Papagaio-do-mangue Papagaio-diadema Papagaio-moleiro Arara-canindé Arara-vermelha Arara-canga Continuação (Tab. 1) TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR Ara manilata X Aratinga leucophthaimus X Aratinga-de-bando Brotogeris chrysopterus X X Periquito-de-asa-laranja Deroptyus accipitrínus X Anacâ Pionopsitta caica X X Curica-caica Pionus fuscus X Maitaca-rôxa Pionus menstruus X X Maitaca-de-cabeça-azul Pyrrhura picta X Tiriba-de-testa-azul Touit purpurata X X Apuim-de-costa-azul OPISTHOCOMIDAE Opisthocomus hoazin STRIGIFORMES X Cigana STRIGIDAE Ciccaba sp. X Glaucidium brasilianum X Caburé-ferrugem Otus choliba X Corujlnha-do-mato Otus watsonii X Corujinha-amazônica Pulsatríx perspiciliata X X Mumcututu CAPRIMULGIFORMES NYCTIBIIDAE •"> Nyctibius griseus X Mâe-da-lua ''"S Nyctibius grandis X Urutau-grande CAPRIMULGIDAE A t Caprímulgus nigrescens X X Bacurau-negro -> Chordeiles minor X Bacurau-amerícano ■■■\ Chordeiles rupestrís X Bacurau-da-prala 'A Hydropsalis climacocerca X Acurana •"S, Lurocalis semitorquatus X X Tuju X Nyctidromus albicoHis X Curiango • \ '' N APODIFORMES APODIDAE Chaetura brachyura X Andorinhão-de-rabo-curto Chaetura chapmani X Andorinhão-escura Chaetura spinicauda X Andorinhão-de-sobre-branco Panyptila cayennensis X X Taperá-tesoura Reinarda squamata X Tesourinha Streptoprocne zonaris X Taperuçu 10 m 3 Continuação (Tab. 1) <9 TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR TROCHILIDAE Amazilia versicolor X Beija-flor-de-garganta-branca Anthracothorax nigrícotiis X Beija-flor-de-veste-preta <5 Campylopterus largipennis X X Asa-de-sabre-cinza Discosura longicauda X X Bandeirinha Florisuga mellivora X Beija-flor-azul-de-rabo-branco Hefiothryx auríta X X Beija-flor-de-bochecha-azul Hylocharís cyanus X Beija-flor-rôxo Phaethomis bourcierí X X Rabo-branco-de-bico-reto Phaethomis ruber X X Rabo-branco-rubro 1 Phaethomis supercillosus X X Besourão-de-rabo-branco Poiytmus theresla X X Beija-flor-verde Thalurania furcata X Beija-flor-de-baniga-violeta Threnetes leucurus X Ba!aça-rabo-de-garganta-preta 0 Topaza pella X X Beija-flor-brilho-de-fogo TROGONIFORMES TROGONIDAE Pharomachrus pavoninus X X Surucuá-pavão > Trogon melanurus X X Surucuá-de-cauda-preta Trogon rufus X X Surucuá-de-barriga-amarela Trogon violaceus X X Surucuá-pequeno -A Trogon viridis X X Surucuá-de-barriga-dourada '> CORACIIFORMES ALCEDINIDAE -^N Ceryle torquata X X Martim-pescador-grande Chiorooeryle aenea X Martim-pescador-anão Chioroceryle amazona X Martim-pescador-verde Chiorooeryle americana X X Martim-pescador-pequeno Chioroceryie inda X Martim-pescador-da-mata /<\ MOMOTIDAE Momotus momota X X Udu-de-coroa-azul PICIFORMES GALBULIDAE Gaibula albirostris X Ararimba-de-blco-amarelo Galbuia dea X X Ararimba-do-paraíso Gaibula leucogastra X Ararimba-bronzeada Jacamerops aurea X X Jacamaraçu 11 % li <9 li li Continuação (Tab. 1) '1 '1 > > X TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR BUCCONIDAE Bucco tectus Bucco tumatia Chelidoptera tenebrosa Malacoptila fusca Monasa atra Notharchus macrorhynchus Notharchus tectus CAPITONIDAE Capito niger RAMPHASTIDAE Pteroglossus aracari Pteroglossus viridis Ramphastos tucanus Ramphastos vitellinus Setenidera culik PICIDAE Campephilus rubricoilis Ceíeus elegans Celeus flavus Celeus torquatus Celeus undatus Dryocopus lineatus Melanerpes cruentatus Phioeoceastes rubrícoilis Picuíus chrysochioros Picuius flavigula Picumnus exilis Venilionis cassinl VeníHonis passerinus PASSERIFORMES DENDROCOLAPTIDAE Campylorhamphus procurvoídes Deconychura longicauda Deconychura stictolaema Dendrexetastes rufigula Dendrocincla fullginosa X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Rapazinho-carijó Urubuzinho Barbudo-pardo Bico-de-brasa-de-asa-branca Capitão-do-mato Macuru-píntado Capitão-de-bigode Araçari-minhoca Araçari-miudinho T ucano-grande-de-papo-branco T ucano-de-bico-preto Araçari-negro Pica-pau-de-penacho Pica-pau-chocolate Pica-pau-amarelo PIca-pau-de-coleira Pica-pau-barrado Plca-pau-de-banda-branca Pica-pau-de-barriga-vermelha Pica-pau-dourado-escuro Pica-pau-bufador Pica-pau-anão-dourado PIca-pau-de-colar-dourado Pica-pau-pequeno Arapaçu-de-bico-curvo Arapaçu-rabudo Arapaçu-de-gargante-pintada Arapaçu-canela Arapaçu-pardo 12 w 3 3 3 3 3 3 O r ■'"> Continuação (Tab. 1) A, TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR Dendrocincla merula Dendrocolaptes certhia Dendrocolaptes picumnus Gfyphorhynchus spirurus Lepidocolaptes aibolineatus Nasica longirostrís Sittasomus grísehapilius Xiphorhynchus pardalotus SYLVIIDAE Microbates collarís PARULIDAE Basileuterus rívularís Dendroica stríata TYRANNIDAE Attila cinnamomeus Attila spadiceus Colopteryx galeatus Conopias parva Contopus borealis Corythopis torquata Elaenia sp. Empidonax eulerí Empidonomus varíus Laniocera hypopyrrha Legatus leucophaius Lophotriccus pileatus Megarhynchus pitangua Mionectes macconnelli Muscivora tyrannus Myiarchus ferox Myiarchus tuberculifer Myiobius barbatus Myiodynastes maculatus Myiopagis caniceps Myiopagis gaimardii Myiornis ecaudatus Myiozetetes cayanensis X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Arapaçu-da-taoca Arapaçu-barrado Arapaçu-meio-barrado Arapaçu-de-bico-de-cunha Arapaçu-de-listas-brancas Arapaçu-de-bico-comprido Arapaçu-verde Arapaçu-assobiador Balança-rabo-de-coleira Mariquita-de-perna-clara Capitão-de-saíra-ferrugem Capitão-de-saíra-amarelo Bentevi-da-copa Estalador-do-norte Bentevi-peiteca Maria-pintada Bentevi-pirata Bentevi-de-bico-chato Abre-asa-da-mata María-cavaieíra Maria-cavaleira-pequena Assanhadinho-de-peito-dourado Bentevi-rajado Guaracava-cinzenta Maria-pechim Caçula Bentevizinho-de-asa-ferrugínea 13 % Continuação (Tab. 1) TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR Nuttallomis borealis X Ochtomis littoralis X Maria-da-praia Onychorhynchus coronatus X X Maria-lecre Pachyramphus marginatus X Caneleiro-bordado Pachyramphus rufus X Caneleiro-cinzento Phaeomyias murína X Bagageiro Pipromorpha macconneHi X Pipromorpha oleaginea X Pitangus sulphuratus X X Bentevi Platyrhynchus saturatus X Rhynchocyclus olivaceus X X Bico-chato-oliváveo Rhytiptema simplex X X Wissia Sirystes sibilator X X María-assobiadeira Sublegatus glaber X Terenotriccus erythrurus X X María-rabírruíva Tityra cayana X Anambé-branco-de-rabo-preto Todirostrum chrysocrotaphum X Ferreirinho-plntado Todirostrum maculatum X X Ferreirinho-estriado Toímomyias poliocephaius X X Bico-chato-de-cabeça-cinza y Tolmomyias sp. X V Tyranniscus gracilipes X Suiriri-de-garganta-rajador Tyrannopsis sulphurea X X Tyrannulus elatus X X Maria-te-viu / "V. Tyrannus melanchoUcus X X Suirirí ■'> Tyrannus savana X Tesourinha Zimmeríus gracilipes X Poaieiro-de-pé-fino '"S HIRUNDINIDAE X Attioora fasoiata X Andorinha-de-faixa-branca ■ "V Hirundo rústica X X Andorinha-de-bando Neocheiidon tibialis X X Andorinha-de-coxa-branca * Phaeoprogne tapera X Andorinha-do-campo Progne chalybea X X Andorinha-doméstica-grande Progne subis X X Andorinha-de-azul Stelgidopteryx ruficoilis X X Andorinha-de-serradora Tachycineta albiventer X Andorinha-do-rio PIPRIDAE Corapipo gutturalis X Dançarino-de-garganta-branca 14 % 1 Continuação (Tab. 1) TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR Manacusmanacus X Rendeira Neopelma chrysocephaium X X Fruchu-do-carrasco Pipraerythrocephala X X Dançador-de-cabeça-dourada Pipra pipra X X Dançador-de-cabeça-branca Pipra serena X X Dançador-estrela Piprites chioris X Papinho-amarelo Schiffomis turdinus X X Flautim-marrom Tyranneutes virescens X X Uirapuruzinho-do-norte TROGLODYTIDAE Cyphorhinus aradus X MúsIco-da-mata/Uirapuru Henicotfiina leucosticta X Uirapuru-de-peito-branco Microcercuios bambla X Flautista-de-asa-branca Troglodytes aedon X X Coruíra Tryothorus coraya X X Garrincha-coraia Tryothorus leucotis X Garrincha-de-bariga-vermelha TURDIDAE Catharus fuscescens X X Sabiá-ferrugem '•> Catharus minimus X Sabiá-de-cara-cinza Turdus albicoilis X Sabiá-de-coleira Turdus ignobilis X Sablá-de-bico-preto '-S 1 Turdus leucomelas X Sabiá-barranqueiro VIREONIDAE Cyclarhis gujanensis X X Pitiguari ' 'V Hylophilus muscicapinus X X Vite-vite-camurça HylophHus ochraceiceps X Vite-vite-ulrapuru Hytophilus semicinereus X VIte-vite-de-cabeça-verde Smaragdolanius leucotis X "\ Vireo olivaceus Juruviara-oliva ' Vireolanius leucotis X Assobiador-do-castanhal ICTERIDAE Cacicus cela X Japiim-xexeu * Cacicus haemorrhous X Japiim-guaxe Icterus chrysocephaius X Corruplão-do-rio-negro Leistes militaris X Polícia-inglesa-do-norte Molothrus bonaírensis X Chopim-gaudério Psarocolius viridis X Japú-verde Scaphidura oryzivora X Graúna 15 1 11 % Continuação (Tab. 1) TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR ti COEREBIDAE Chiorophanes spiza X Saí-verde Coereba flaveola X Cambacica Cyanerpes cyaneus X Saí-beija-flor Cyanerpes nitidus X Saí-de-bico-curto Dacnis cayana X Saí-azul Dacnis lineata X Sairá-de-cara-preta FURNARIIDAE Automoius infuscatus X Barranqueiro-pardo Automoius ochroíaemus X Barranqueiro-camurça Philydor erythocercus X X Lim pa-folha-de-sobre-ru íva Philydor pyrrhodes X Sclerurus caudacutus X Vira-folha-pardo Sclerurus rufígularís X Vira-folha-de-bico-curvo Xenops milleri X Bico-virado-da-copa Xenops minutus X X BIco-virado-muído COTINGIDAE Cotinga cayana X X Anambé-plntado '> Gymnoderus foetidus X Anambé-pombo y lodopfeura isabellae X '■y y Lipaugus vociferans X X Cricrió-seringueiro Pachyramphus marginatus X Caneleiro-bordado Pachyramphus rufus X Caneleiro-cinzento '-i Períssocephaius tricolor X Pássarc-boi Phoenicercus carnifex X Saurá-fogo Platypsaris minor X ■* Querula purpurata X Anambé-uma % Tityra cayana X Anambé-preto-de-rabo-branco ' ">• Xipholena punicea FORMICARIIDAE X Anambé-pompadora Cercomacra tyrannina X X Chororó-escuro Cercomarca cinerascens X X Chororó-pocua Conopophaga aurita X Chupa-dente-de-cinta Cymbilaimus lineatus X X Choca-zebrada Formicarius anaüs X X Pinto-da-mata-de-cara-preta Formicarius colma X X Pinto-da-mata-de-coroa Frederickena víridis X Borralhara-do-norte 16 I II 1 Continuação (Tab. 1) 1 TAXA BALBINA DUCKE NOME VULGAR 1 Grallaria macularia X Grallarla varia X T ovacuçu-malhado Gymnopithys rufigula X Mãe-de-taoca-ferrugem Herpsilochmus stríctocephalus X X Chorozinho-de-cabeça-pintada Hylopezus macularíus X Torom-carijó Hyiophyiax poecilonota X X Rendadinho Hypocnemis cantator X X Papa-formigas-cantador •D Hypocnemoides melanopogon X Solta-asa-do-norte Myrmeciza atrothorax X Formigueiro-de-peito-branco Myrmeciza ferruginea X X Formigueiro-ferrugem '"5 Myrmomis torquata X Pinto-do-mato-carijó Myrmothera campanisona X X Torom-patinho Myrmotheruia axiliaris X X Choquinha-de-flancos-brancos Myrmotherula brachyura X Choquinha-muída Myrmotheruia guttata X X Choquinha-de-barriga-viuva 1> Myrmotherula gutturalis X X Choquinha-de-barriga-parda y Myrmotherula longipennis X X Choquinha-de-asa-comprida Myrmotherula menetriesii X X Choquinha-de-garganta-cinza "S Myrmotherula surinamensis X Choquinha-estriada Percnostola leucostigma X Fomnigueiro-de-asa-pintada » Percnostola rufifrons X X Formigueiro-de-cabeça-preta .-~y i Pithys albifrons X X Para-formigas-de-topete 1 Pygiptila stellaris X Choca-cantadora ■ -\ 1 Sakesphorus melanothorax X Choca-de-cauda-pintada Schistooichia atrothorax X Schistocichia leucostigma X Formigueiro-de-asa-pintada 1 Sclateria naevia X Papa-formigas-do-igarapé Taraba major X Choró-bol Terenura spodioptila X X Zidide-de-asa-cinza * Thamnomanes ardesiacus X X Uirapuru-de-garganta-preta ■ Thamnomanes caesius X X Uirapuru-de-banda Thamnophilus amazonicus X Choca-canela Thamnophilus murinus X X Choca-murina Thamnophilus punctafus X X Choca-de-bate-rabo THRAUPIDAE Euphonia cayennensis X Gaturamo-preto Euphonia chiorotica X Gaturamo-fifi 17 o Continuação (Tab. 1) fÃ)ÕÊr~ BALBINA DUCKE NOME VULGAR f Euphonia chrysopasta Euphonia minuta Lamprospiza meianoleuca Lanio fulvus Piranga rubra Ramphoceius carbo Tachyphonus cristatus Tachyphonus surinamus Tangara chilensis Tangara mexicana Tangara punotata Tangara veiia Thraupis episcopus Thraupis paimarum FRINGILLIDAE Arremon tacitumus Caryothraustes canadensis Cyanocompsa cyanoides Myospiza aurifrons Oryzoborus angoiensis Pityius grossus Saitator maximus Sporophila americana Sporophila castaneiventris Voiatinia jacarina PELECONIFORMES PHALACROCORACIDAE Phalacrocorax oiivaceus ANSERIFORMES ANATIDAE Oxyura dominica X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X Gaturamo-verde Gaturamo-de-barriga-branca Pipira-de-bico-vermelho Pipira-parda Piplra-vermelha Tiê-galo Pipira-de-guiana Sete-cores-da-amazônia Sairá-de-bando Saírá-negaça Sairá-diamante Sanhaço-azui-da-amazônia Sanhaço-do-coqueiro Tico-tico-do-mato-de-bico-preto Furriel Curió Biro-encarnado Tempera-vioia Coleiro-do-norte Caboclinho-de-peito-castanho Tiziu Biguá Bico-rôxo 18 M '1 2.2 Coleta dos ninhos de aves e mamíferos Foram realizadas quatro excursões à área de estudo entre os meses de julho a dezembro de 2000, totalizando 45 dias de trabalho de campo. Na tentativa ^ de localização dos ninhos de aves e mamíferos foram executadas as seguintes S técnicas; acompanhamento de equipe de corte e vistoria das copas das árvores ^ derrubadas: captura de pequenos mamíferos em armadilhas do tipo Tomahawk e _ Sherman e rastreamento mediante carretei e linha; dissecção de refúgios 3 ^ potenciais como palmeiras e troncos ocos; e procura ativa em diferentes tipos de 3 vegetação. 1 -3 Acompanhamento de equipe de corte e vistoria das copas das árvores derrubadas ^ Foi realizado o acompanhamento de uma das equipes do corte em ^ compartimentos da madereira que encontravam-se sob extração seletiva. Essa técnica teve como objetivo aproveitar os ninhos que estavam sendo derrubados com o processo de extração de madeira. As árvores foram vistoriadas logo após 1 serem derrubadas e aquelas onde foram previamente observadas a presença de ^ epífitas, cipós, ocos e cupinzeiros foi dispensado maior tempo na vistoria, pois esses locais, muitas vezes, representam refúgios potenciais para mamíferos ou aves. Captura de pequenos mamíferos em armadilhas do tipo Tomahawk e Sherman e rastreamento mediante carrete! e linha Fez-se uma tentativa de avaliar a metodologia do carretei e linha desenvolvida por Miles (1976) para rastrear mamíferos do local de captura até os seus ninhos ou abrigos. Nessa técnica os mamíferos são rastreados através da linha que é liberada de um sistema adaptado ao redor do abdome. Este sistema consiste em uma bobina de alta precisão, de eixo livre, com linha fina de cor branca, contida em um recipiente plástico de dimensões adequadas. A Figura 3 representa esquematicamente a metodologia do carretei e linha. 19 f l # oC M Figura 3. Desenho esquemático da metodologia de rastreamento de mamíferos do local de captura até os seus ninhos ou abrigos. ^ ̂ ̂ ̂ ̂ ̂ ̂ ̂ ^ ̂ ^ ^ ^ ^ ̂ ̂ ̂ C T" C C C C C ^ Para a captura dos mamíferos, foram utilizadas armadilhas dos tipos ® Tomahawk e Sherman. As armadilhas foram instaladas em áreas de floresta ® escolhidas ao acaso e que não estavam sob manejo seletivo, levando-se em ^ consideraçãoo facíl acesso através de trilhas ou "picadas". Utilizou-se as ^ seguintes iscas: banana, jaca, goiaba, abacaxi, manga, ananás, macaxeira e pão ^ com óleo de fígado de peixe, as quais a cada dois dias foram inteiramente ^ trocadas. ^ Os mamíferos foram retirados das armadilhas com as mãos protegidas ^ com luvas de couro. O sistema foi adaptado no abdome do animal com fita ^ adesiva, retirando-se primeiramente o excesso de umidade do animal com tecido de algodão. Depois de adaptado o sistema, os mamíferos foram liberados para posteriormente serem rastreados. No caso de animais arborícolas a linha foi ■3 seguida pela copa com a ajuda de um subidor de árvores. Com relação aos ^ mamíferos de hábito noturno, os rastreamentos foram iniciados uma hora após a liberação do animal. Isso porque esperava-se que os mesmos procurassem o ninho ou abrigo logo após serem liberados com o sistema. Os rastreamentos dos mamíferos de hábito diurno foram iniciados no meio da tarde, porque durante o dia esperava-se que o animal desempenha-se suas atividades mesmo com o sistema adaptado, enquanto que mais próximo da horário noturno ele deveria procurar recolher-se mais rapidamente no seu abrigo, facilitando a sua localização. f * ' > Dissecação de microhabitats Foram dissecados microhabitats potenciais para refúgios de aves e mamíferos, tais como palmeiras, troncos ocos e epífitas. Esses locais foram observados quanto a presença de ninhos ou insetos hematófagos. As bromélias que encontravam-se em árvores de grande porte foram trazidas ao chão com auxílio de um subidor de árvores, e ainda no campo dissecadas com o uso de facões ou terçados. 21 ê 1 w Procura ativa Foram realizadas procuras ativas de ninhos de aves e mamíferos em caminhos percorridos a pé em áreas no interior dos compartimentos, tais como ^ campinas, margens de igarapés e rios, beiras de estrada e ramais. ^ 2.3 Tratamento dispensado aos ninhos durante a coleta ^ Após localizados, os ninhos foram depositados em sacos plásticos e "5 etiquetados com as informações de número de registro, data de coleta e coletor. ^ Em seguida foram armazenados em caixa de poliestireno para evitar variações ^ bruscas de temperatura e abalos durante o transporte. Na ficha de campo {Fig.4), ^ foram tomadas informações referentes ao ambiente, altura e substrato no qual ^ encontrava-se o ninho, além de outras informações que julgava-se necessário. •f Também coletou-se folhas das plantas nos quais os ninhos estavam localizados ^ para posteriormente serem identificados os substratos dos ninhos. 2.4 Extração da fauna de artrópodes associada aos ninhos f No alojamento localizado nos limites da área de estudo montou-se uma caixa de luz (Fig. 5) onde a fauna de artrópodes foi extraída dos ninhos através do princípio de Berlese/Tullgren (Southwood, 1966). A solução fixadora utilizada foi formol a 1%, adicionada de uma gota de detergente neutro glicerinado para quebrar a tensão superficial. Foram estipulados sete dias para a permanência dos ninhos no interior da caixa de luz. Todos os artrópodes extraídos foram transportados ao Laboratório no INPA, para serem triados, rotulados e identificados. 7 22 9 d ■9 "í 'TV INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA TROPICAL E RECURSOS NATURAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA PROJETO "FAUNA DE ARTROPODES ASSOCIADA A NINHOS DE AVES E MAMÍFEROS EM UMA FLORESTA DE TERRA FIRME NA AMAZÔNIA CENTRAL, BRASIL". LOCAL MIL MADEREIRA ITACOATIARA Ltda. DATA: FICHA DE CAMPO PADRÁO CARACTERES REFERENTES AOS NINHOS N° DE REGISTRO: LOCALIZAÇÃO REFERÊNCIA CARTOGRÁFICA AMBIENTE ALTURA FECHADO OU ABERTO COBERTO OU EXPOSTO SUBSTRATO CONSTRUÇÃO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO VOLUME PESO SECO APARÊNCIA ABANDONADO USO ATUAL USO RECENTE EM CONSTRUÇÃO VERTEBRADOS ASSOCIADOS OCUPANTE PROVÁVEL CONSTRUTOR PELOS PENAS OUTROS SINAIS Figura 4. Ficha de campo padrão utilizado durante as coletas dos ninhos na área de estudo. 23 % D 1 f f \ •\ ►:w;%y> z 7 r Figura 5. Caixa de iuz montada para extração dos artrópodes associados aos nintios (medidas centímetros). em 24 i % 2.5 Criação de imaturos % # Os dípteros muscóides e alguns iepidópteros foram criados em caixas de ^ poliestireno tampadas com tecido fino, mantidas a temperatura ambiente. No ^ interior das caixas de poliestireno foram colocadas porções do substrato onde os ^ imaturos estavam localizados. ^ 2.6 Triagem e identificação dos artrópodes nidícolos Os artrópodes resultantes da triagem de cada ninho foram identificados primeiramente em nível de ordem, sob estereomicroscópio ZEISS, e colocados ^ em vidros pequenos contendo álcool 70%, etiquetados com as informações necessárias. Foram feitas anotações qualitativa e quantitativa dos artrópodes % extraídos dos ninhos na ficha de identificação anexa a ficha de campo ^ correspondente. ■ -r 'li A identificação dos Arthropoda em nível de Ordem e Família foi feita com base nas chaves de Britton et al. (1979) e Borror et ai (1989). Para alguns grupos foram utilizados trabalhos específicos; Mahnert et ai (1986) para Pseudoscorpionida; Hoffman et ai (1996) para Diplopoda; Schuh & Slater (1995) para Heteroptera; Muchmore (1990) para Isopoda; Couri (1999) para Muscidae; A. A. Schileyko (documento não publicado) para Scolopendromorpha.1 2.7 Identificação dos ninhos de aves e mamíferos Os ninhos foram associados aos vertebrados mediante a verificação de pêlos (mamíferos) ou penas (aves) encontradas no ninho, observação direta do animal e arquitetura característica. Para a identificação dos ninhos de aves utilizou-se também as descrições de Sick (1997). 25 7 -•>4 2.8 Peso seco e volume dos ninhos O peso seco dos ninhos foi obtido através de pesagem em balança eletrônica, após terem sido retirados da caixa de luz. O volume foi estimado ^ através do uso de sacos plásticos de 1, 2, 5 e 10 litros. % ^ 2.9 Estatística Foram feitas análises descritivas, com base na média e desvio padrão, ^ para verificar a abundância média dos diversos grupos de artrópodes em relação ^ as categorias utilizadas para os ninhos. Foram executadas análises de correlação ^ de Spearman para verificar a existência ou não de correlação entre a abundância média de artrópodes e o volume e peso seco dos ninhos coletados (Zar, 1996). O ^ índice de similaridade de Jaccard foi utilizado para avaliar a similaridade faunística entre as categorias de ninhos em função da presença - ausência dos taxa de Arthropoda extraídos. A análise de agrupamento (cluster analysis) foi realizada utilizando-se esse mesmo índice (ligação simples). 26 ^ 3 RESULTADOS % 3.1 Rendimento das técnicas utilizadas para localização dos ninhos ^ Acompanhamento da equipe de corte ^ O acompanhamento da equipe de corte resultou na vistoria de 286 árvores ^ derrubadas e três ninhos de mamíferos coletados, sendo todos de roedores: dois deles coletados em epífitas e um no interior de um cupinzeiro abandonado. '5» ^ Rastreamento de mamíferos Armadilhas para captura de pequenos mamíferos foram utilizadas com um ^ esforço que totalizou 1059 armadilhas - noites, resultando na captura de apenas ^ cinco mamíferos: dois roedores {Sciurus aestuans e Proechimys sp.) e três marsupiais (um Micoureus demerarae e dois Monodelphis cf. brevicaudata), todos machos exceto o S. aestuans. Com a técnica do rastreamento localizou-se o ninho de S. aestuans, espécie arborícola e de hábito diurno. As demais tentativas ^ para localização dos ninhos dos outros mamíferos capturados não obtiveram o ^ resultado esperado. O Proechimys sp. (sauiá), roedor de hábito noturno, permaneceu imóvel após ser liberado com o sistema. Na primeira tentativa com os marsupiais a linha quebrou quando o animal tentava atravessar uma galhada sobre o chão da floresta, após ter percorrido uma distância de aproximadamente 30m do local de soltura. Numa outra tentativa, a fita adesivautilizada para adaptar o sistema no animal afrouxou-se levando ao desprendimento do sistema quando o animal percorria um pequeno trecho após ser liberado. Na última tentativa perdeu-se a continuidade da linha durante o rastreamento do animal pelo dossel da floresta. Dissecaçào de microhabitats A dissecação de microhabitats resultou no encontro de uma fêmea de Mesomys hispidus, juntamente com seu filhote desenvolvido, na base de uma 27 % bromélia epífita (Neuregelia eleutheropetala), que se encontrava a cerca de 35m ® de altura. O material coletado para extração de artrópodes consistiu em um ® acúmulo de folhas secas entre a epífita e o substrato (o galho da árvore). ^ Procura ativa ^ O encontro fortuito e a procura ativa em diferentes tipos de vegetação resultaram na coleta da maioria dos ninhos (56 ninhos de aves e três ninhos não identificados). Nove ninhos foram coletados por terceiros, principalmente pelo "5) pessoal envolvido no corte. ^ 3.2 Caracterização dos ninhos ninhos não identificados Entre os ninhos coletados, 64 eram de aves, seis de mamíferos e três A maioria dos ninhos de aves eram de Passeriformes, totalizando 55 ninhos Desses, 15 foram de Emberezidae, 15 de Tyrannidae, 8 de uma espécie de Troglodytidae, 02 de Formicariidae, 01 de Furnariidae e 01 de Hirundinidae. Os demais Passeriformes não identificados totalizaram 13 ninhos. Além de Passeriformes, foram coletados ninhos de Apodiformes (04 exemplares de uma espécie de Apodidae); Tinamiformes (01 ninho de Tinamidae); e Piciformes (03 ninhos de uma espécie de Bucconidae); e ainda de uma ave não identificada. A Tabela 2 apresenta as espécies de aves cujos ninhos foram analisados. Dos ninhos de aves coletados, 37 (58%) estavam aparentemente abandonados, 25 (39%) em uso, 01 (1,5%) em construção e 01 (1,5%) foi coletado sobre o solo contendo restos de ave em decomposição. Entre os ninhos em uso, treze (52%) apresentavam ovos, 08 (32%) estavam desocupados, três (12%) continham filhotes desenvolvidos e 01 (4%) filhotes jovens. 28 $ f % "5» /ir^ . y 1 1 Tabela 2. Espécies de aves e número de ninhos analisados por espécie construtora. ESPÉCIES N° DE NINHOS APODIFORMES Apodidae Panyptila cayennensis (Gmelin, 1789) PICIFORMES Bucconidae Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) TINAMIFORMES Tinamidae Tinamus major {GmeWn, 1789) PASSERIFORMES Emberezidae Psarocolius decumanus (Pallas, 1782) Cacicus cela lher. & Inhering, 1907 Thraupis episoopus (Linnaeus, 1766) Tyrannidae Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Todirostrum maculatum Sclater, 1988 Pitangus sulphuratus Sclater, 1888 Cf. Pitangus sulphuratus Myiobius sp. Troglodytidae Thryothorus leucotis Lafresnaye, 1845 Formicariidae Formicariidae sp.1 Formlcaridae sp.2 Furnariidae Fumariidae sp. Hirundinidae Hirundinidae sp. OUTROS PASSERIFORMES Passeriformes sp.1 Passeriformes sp.2 Passeriformes sp.3 Passeriformes sp.4 12 2 1 4 5 3 1 2 29 t t 5 Continuação (Tab. 2) ESPÉCIE N° DE NINHOS Passerifbrmes sp.5 Passeriformes sp.6 Passeriformes sp.7 Passeriformes sp.8 Passeriformes sp.9 Passeriformes sp.10 Passeriformes sp.11 Passerifonmes sp.12 Passeriformes sp.13 Ave não identificado % % % As descrições dos ninhos de algumas espécies de aves listadas na Tabela encontram-se no trabalho de Sick (1997). A seguir são apresentadas as descrições sucintas dos ninhos analisados durante o estudo, assim como as condições em que encontravam-se quando coletados. ^ Os ninhos de Panyptila cayennensis consistiam de um tubo de entrada na região inferior e uma parte mais alargada, próxima ao local de fixação ao ^ substrato, que apresentava um suporte para armazenar os ovos. Esses ninhos eram constituídos exclusivamente com sementes aladas de Apocinaceae e algumas penas aglutinadas com saliva (Fig. 6). Foram analisados quatro ninhos dessa espécie: três coletados por terceiros: um em construção, um abandonado e um com ovos; e um desocupado coletado pela equipe. Os ninhos de Chelidoptera tenebrosa eram construções subterrâneas em barranco arenoso. (Fig. 7). Cada ninho tinha uma abertura de entrada simples e um túnel de acesso de 90 a 150cm que conduzia a uma câmara incubatória. Um ninho com dois ovos e um ninho abandonado apresentavam material vegetal (Alternanthera sp.: Amaranthaceae) carreado pela ave. O outro ninho, examinado em 24/11/2000, continha um filhote desenvolvido criando-se diretamente sobre a areia do alicerce da câmara sem a presença de outra matéria orgânica, além das fezes e abundantes fragmentos de insetos, principalmente Hymenoptera, na câmara incubatória. 30 ® ê i O ■1 ■"> "> .1^ / ^.»!vr'^ .. I • . Ú ^n:5 » 1 Çfc < V.i5..^i. : . Figura 6. Ninho de Panyptila cayennensis (Apodiformes : Apodidae) ^1 ,,i,r 14 ' - vV " *>v^ Figura 7. Ninho de Chelidoptera tenebrosa (Piciformes : Bucconidae) 31 o ninho de Tinamus major era constituído com folhas amontoadas em um depressão do solo, no pé de uma árvore (Fig. 8). O ninho analisado desta espécie continha um ovo em decomposição. O ninho de Thraupis episcopus apresentava formato de tigela rasa construída com gravetos e raízes finas e pretas, em pequena quantidade (Fig. 9). O único ninho analisado desta espécie continha um ovo. ^ Os ninhos de PsarocoHus decumanus, eram em forma de bolsas S suspensas, apresentavam a parte inferior mais alargada e a abertura de entrada ^ consistia de uma fenda localizada na parte superior estreitada (Fig. 10); no fundo ^ da bolsa encontrava-se uma almofada de folhas verdes e outras secas. As bolsas eram tecidas essencialmente com raízes de plantas, predominando raízes finas e ^ pretas identificadas como sendo de pteridófitos mas incluindo outras, provavelmente de orquídeos ou Araceae epífitas. Esta espécie de japú vive em ^ bandos e costuma construir seus ninhos juntos, escolhendo com freqüência .rv. árvores de tronco liso e alto para se proteger contra os predadores. Foram ^ coletados 12 ninhos pertencentes a duas colônias, uma com cinco e a outra com O sete ninhos. Todos os ninhos da primeira colônia e somente um ninho da segunda ^ apresentavam ovos. Esta última colônia estava localizada em uma área de ■"3 capoeira, enquanto que a primeira encontrava-se em uma área sob extração seletiva. Os ninhos de Cacicus cela eram em forma de bolsas suspensas relativamente mais curtas e largas do que as bolsas do japú, possuindo a abertura de entrada também na parte superior estreitada. Eram tecidas exclusivamente com fibras vegetais (Fig. 11). Esta espécie de japiim costuma construir seus ninhos em colônias freqüentemente em árvores baixas, muitas vezes apresentando ninhos de formigas ou vespas. Foram coletados dois ninhos pertencentes a uma mesma colônia. Um dos ninhos foi encontrado no chão com indícios de matéria orgânica em decomposição. O fato da equipe haver estado no local no dia anterior ao da coleta e não ter visto esse ninho no chão, sugere que a coleta do mesmo tenha ocorrido no máximo 24 horas após o ninho cair no chão. O outro ninho encontrava-se em uso pela ave adulta. 32 1^ t "> (*>, r-. Figura 8. Ninho de Tinamus maybr (Tinamlformes : Tinamldae) Figura 9. Ninho de Thraupis episcopus (Passeriformes : Emberezidae) 33 if ííj O o '1 n 1^. r^:. Figura 10. Ninho de Psarocolius decumanus (Passeriformes : Emberezidae) Figura 11. Ninhos de Cacicus cela (Passeriformes : Emberezidae) 34 ® Os ninhos de Pitangus sulphuratus apresentavam um formato esférico e ® estavam seguros nos galhos de árvore. Eram construídos inteiramente com ervas do gênero Alternanthera sp. (Amaranthaceae) (Fig. 12). Foram coletados três ninhos desta espécie de ave: um contendo quatro filhotes jovens, um com filhote desenvolvido e um com ovos. Foi atribuído a P. sulphuratus um outro ninho ® desocupado semelhante aos descritos para essa espécie. % Os ninhos de Todirostrum maculatum eram bolsas constituídas com ervas ,1^ (Cyperaceae ou Poaceae),lascas de envira e algumas fibras vegetais (Fig. 13). 15 Todos os ninhos estavam suspensos da vegetação nas margens de igarapés, a 1 ^ - 6m acima da água. Foram coletados cinco ninhos dessa espécie sendo todos aparentemente abandonados. ^ Os ninhos de Tolmomyias sulphurescens eram em forma de bolsas suspensas compostas por três partes: o teto, a câmara em forma de bolsa e um ^ tubo perpendicular dirigido para baixo, que serve de entrada. Eram tecidas restritamente de um tipo de raízes semelhantes ao encontrado nos ninhos de P decumanus. Todos os ninhos analisados dessa espécie encontravam-se aparentemente abandonados. O / Os ninhos de Thryothorus leucotis apresentavam forma característica e encontravam-se fixos em forquilhas de árvores de pequeno porte. Eram construídos com fibras vegetais, gravetos e folhas (Fig. 14). Todos os ninhos coletados dessa espécie estavam aparentemente abandonados. O ninho abandonado identificado como de Fumariidae sp. apresentava o formato de tigela funda construída com barro e matéria vegetal (Fig. 15). Os ninhos identificados como de Formicaridae apresentavam o formato de cestinha e eram construídos com palhas, raízes finas pretas e folhas. O ninho considerado como sp.1 (Fig. 16) continha ovos e o sp.2 (Fig. 17) estava recentemente abandonado por três filhotes crescidos. 35 9 % % '<5 íQ T» 'O O o o ''l o ■'X í n r\ r"^, --x Figura 12. Ninho de Pitangus sulphuratus (Passeriformes : Tyrannidae) Figura 13. Ninho de Todírostrum maculatum (Passerífomies : Tyrannidae) 36 # "9 '9 '9 '9 Figura 14. Ninho de Thryothorus leucotis (Passeriformes : Troglodytidae) 9 9 9 9 9 9 9 9 9 ) r\ Figura 15. Ninho atribuído à família Fumariidae (Passeriformes) 37 '# '3 '1^ ■D "> ") 'O n o /r\ Figura 16. Ninho atribuído à família Formlcarildae (Passeriformes) Figuras 17. Ninho atribuído à família Formicariidae (Passerifonnes) 38 # # Os ninhos de Myiobius sp. eram em bolsas suspensas construídas com ^ fibras de vegetais. Os ninhos analisados desta espécie estavam aparentemente m abandonados. W ^ O ninho contendo filhotes jovens identificado como de Hirundinidae era 3 uma construção subterrânea em barranco, e apresentava uma cama de ervas ^ Alternanthera sp. no interior da câmara incubatória. Era uma construção semelhante a de C. tenebrosa, mas localizado em barranco de barro, em vez de ^ areia. 3 Os ninhos de Passeriformes sp.1 a sp.13 diferiram na arquitetura e na proporção dos vários materiais utilizados como fibras vegetais, gravetos, raízes finas pretas, folha, palha, musgos, casca de árvore. Os ninhos considerados sp.4 'V? e sp.6 continham ovos, os demais estavam aparentemente abandonados. 3 3 '<5 ^ O ninho de ave nâo identificado era constituído com fibras orgânicas localizada no interior de um cupinzeiro oco. Tabela 3. Espécies de mamíferos e número de ninhos analisados por espécie T construtora. ESPÉCIES N° DE NINHOS RODENTIA Sciuridae Sciurus aestuans Lmnaeus, MQQ 1 ^ cf. Sciurus aestuans 4 Echimyidae /Wesomys/)/sp/dus (Desmarest, 1817) 1 Dos 6 ninhos de mamíferos analisados, três estavam aparentemente abandonados, dois apresentavam filhotes, e um estava em construção. 39 ê § ê ■3 3 3 o o o •"-X r\ ./\ ■ •r\ O ninho ocupado de Sciurus aestuans constituía-se de uma cama de lascas de envira localizada no interior de um tronco oco (Fig. 18). Os ninhos desocupados, semelhantes ao anterior, também foram atribuídos a S. aestuans. O ninho ou cama de Mesomys hispidus constituía-se de um amontoado de folhas na base de uma bromélia. Três ninhos analisados durante o estudo não foram identificados como sendo de ave ou mamífero. Dois destes constituíam-se de pequenas porções de lascas de envira com material vegetal semelhante a algodão. Foram coletados a uma altura de 8 metros em um galho de árvore. O outro ninho era construído com folhas que encontravam-se sobre ramos finos e entrelaçados da própria árvore, que servia de substrato. Datas de coleta, altura do chão, material de construção e estado de ocupação dos ninhos coletados são apresentados no Apendice I. Figura IS.Tronco oco onde estava localizado o ninho de Sciurus aestuans. 40 9 9 3.3 Artrópodes encontrados 3.3.1 Abundância de artrópodes em geral As estatísticas descritivas da abundância de artrópodes em geral extraídos dos ninhos de aves e mamíferos coletados pela equipe e por terceiros são apresentadas nas Tabelas de 4 a 6. Foram avaliados 21.109 artrópodes associados a 73 ninhos, sendo 64 ^ ninhos de aves, seis de mamíferos e três não identificados. Dos artrópodes '9 examinados, 20.368 (96,49%) foram extraídos dos ninhos de aves, 445 (2,11%) ^ dos ninhos de mamíferos e 295 (1,40%) dos ninhos não identificados. ^ Entre todas as espécies construtoras, P. sulphuratus apresentou maior ^ abundância de artrópodes associados aos seus ninhos. Foram analisados três ^ ninhos desta espécie, dos quais foram extraídos 8138 espécimens. A média de ^ artrópodes por ninho foi de 2713 indivíduos, e o grupo que contribuiu com maior ^ número de indivíduos foi Acari, representado por 42 a 7655 especimens por / ninho. O ninho que continha filhotes jovens foi o que apresentou maior número de artrópodes associados (7929), seguido pelo ninho que continha ovos (117) e por último pelo ninho que apresentou o filhote desenvolvido (92). A espécie construtora com segunda maior abundância de artrópodes associados foi P. decumanus. Foram extraídos 3417 espécimens de 12 ninhos analisados, com média de 285 indivíduos por ninho. Acari foi o grupo de artrópodes mais abundante com 02 a 582 indivíduos por ninho. Os ninhos de japú analisados constituíam duas colônias, sendo que da primeira foram extraídos 1455 espécimens e da segunda 1962. C. cela foi a espécie construtora com terceiro maior número de artrópodes associados. Um total de 3153 espécimens foram extraídos de dois ninhos analisados, sendo que no ninho coletado sobre o chão foram encontrados 2985 41 $ $ artrópodes associados aos restos de um pássaro em decomposição, a maioria ® ácaros (97,42%). Do outro ninho examinado foram extraídos 168 artrópodes. $ ^ T. leucotis foi a espécie construtora associada ao quarto maior número de $ ^ artrópodes. Nos oito ninhos analisados foram encontrados 2104 espécimens, com 5 média de 263 indivíduos por ninho. Acari novamente foi o grupo mais abundante, ® representado por 1858 espécimens variando de 02 a 983 indivíduos por ninho. ^ Furnariidae sp. (equipe) e Myiobius sp. (terceiros) foram as espécies ^ construtoras com menor abundância de artrópodes associados, 05 e 02 ^ indivíduos, respectivamente. Não foi extraído nenhum artrópode do ninho em ^ construção de P. cayennensis ou do ninho da ave não identificada. ^ Entre os mamíferos, S. aestuans foi o que apresentou maior número de ^ artrópodes associados. Foram extraídos 87 espécimens de um único ninho. r, 42 Tabela 4. Estatísticas descritivas da abundância de artrópodes em geral e volume e peso dos ninhos de aves coletados pela equipe. CONSTRUTOR n ABUNDANCIA VOLUME (ml) PESO SECO (g) MEDIA DP. SOMA MEDIA DP. SOMA MEDIA DP. SOMA Pitangus sulphuratus 3 2712,67 4517,49 8138 1900 964,37 5700 60,1 45,96 180,3 Psarocolius decumanus 12 284,75 227,61 3417 3333,33 834,85 40000 192,98 86,59 2315,7 Cacícus cela 2 1576,5 1991,92 3153 2000 0 4000 52,45 5,3 104,9 Thryothorus leucotis 8 263 316,89 2104 1337,5 346,15 10700 31,73 12,84 253,8 Panyptila cayennensís 1 802 0 802 2000 0 2000 24,6 0 24,6 Passeriformes sp.7 1 576 0 576 1300 0 1300 32,2 0 32,2 Tolmomyias sulphurescens 80,75 40,07 323 1000 81,65 4000 15,23 4,61 60,9 Todirosfrum macuiatum 54,4 44,59 272 2720 2977,75 13600 28,96 15,15 144,8 Formicaridae sp.2 1 184 0 184 250 0 250 8,4 0 8,4 Passeriformes sp.9 1 156 0 156 1600 0 1600 45,5 0 45,5 Myiobius sp. 1 117 0 117 800 0 800 21,1 0 21,1 Passeriformes sp.5 1 112 0 112 600 0 600 8,6 0 8,6 cf. Pitangus sulphuratus1 108 0 108 1000 0 1000 33,8 0 33,8 Formicaridae sp.1 1 104 0 104 400 0 400 16,3 0 16,3 Passeriformes sp.13 1 88 0 88 1000 0 1000 23,6 0 23,6 Passeriformes sp.11 1 84 0 84 600 0 600 8,3 0 8,3 Chelidoptera tenebrosa 23,67 16,8 71 100 100 300 2,1 2,33 6,3 Passeriformes sp.8 1 57 0 57 1000 0 1000 17,3 0 17.3 Thraupis episcopus 1 56 0 56 1000 0 1000 25,2 0 25,2 Tinamus major 1 42 0 42 1500 0 1500 69,6 0 69,6 Passeriformes sp.12 1 26 0 26 1000 0 1000 8.9 0 8,9 Passeriformes sp.6 1 25 0 25 900 0 900 12,2 0 12,2 Hirundinidae sp. 1 22 0 22 600 0 600 33 0 33 Passeriformes sp.10 1 19 0 19 200 0 200 4,2 0 4,2 Passeriformes sp.4 1 19 0 19 200 0 200 1.3 0 1,3 Furnaridae sp. 1 5 0 5 1000 0 1000 113 0 113 Todos os grupos 56 358,57 1116,75 20080 1700,89 1418,66 95250 63,82 81,29 3573,8 n = Número de ninhos; DP. = Desvio padrão CO e> €■> €•€■ o c c r r c c r c c c c c c c Tabela 5. Estatísticas descritivas da abundância de artrópodes em geral e volume e peso dos ninhos de aves coletados por terceiros. CONSTRUTOR n ABUNDÂNCIA VOLUME (ml) PESO SECO (q) MEDIA DP. SOMA MEDIA DP. SOMA MEDIA DP. SOMA Passeriformes sp.3 1 100 0 100 1500 0 1500 49,7 0 49,7 Passeriformes sp.1 1 82 0 82 500 0 500 9 0 9 Passeriformes sp.2 1 48 0 48 400 0 400 4,4 0 4,4 Panyptila cayennenis 3 16 21,17 48 1133,33 907,38 3400 16,23 19,04 48,7 Myiobius sp. 1 2 0 2 700 0 700 24,8 0 24,8 Ave sp. 1 0 0 0 200 0 200 3 0 3 Todos os grupos 8 35 39,45 280 837,5 663,19 6700 17,45 18,02 139,6 n = Número de ninhos; DP. = Desvio padrão Tabela 6. Estatísticas descritivas da abundância de artrópodes em geral e volume e peso dos ninhos de mamíferos coletados pela equipe. CONSTRUTOR N ABUNDANCIA VOLUME (ml) PESO SECO (!g) MEDIA DP. SOMA MEDIA DP. SOMA MEDIA DP. SOMA Sciurus aestuans 1 87 0 87 3000 0 3000 111 0 111 Mesomys hispidus 1 61 0 61 1000 0 1000 74,1 0 74,1 cf. Sciurus estuans 3 14,33 13,32 43 1200 173,21 3600 23,3 16,39 69,9 Todos os grupos 5 38,2 35,23 191 1520 840,83 7600 51 41,75 255 n = Número de ninhos; DP. = Desvio padrão @ @ ® @ ® @ @ f! ® e C! €5 cí © c c- o r r r r T' c f- r c c c c c c c As estatísticas das correlações entre as médias de volume (ml) e peso seco (g) com a abundância média de artrópodes por categoria de ninho são apresentadas nas Tabelas 7 e 8. Os resultados da análise de Correlação de Spearman mostraram que há relação significante entre a abundância média dos artrópodes e o volume e peso dos ninhos ativos e abandonados de passeriformes e ninhos de mamíferos coletados pela equipe, sendo que a associação da abundância de artrópodes com o peso seco revelou-se mais forte em todas as categorias analisadas. Para os ninhos ativos de passeriformes o coeficiente de Spearman indicou uma associação apenas moderada (Tab. 9), provavelmente resultante da abundância de artrópodes extraída dos ninhos de P. decumanus não ter correspondido ao ^ grande volume e peso que esses ninhos apresentaram. Quando os ninhos de ^ japú foram analisados separadamente o coeficiente de Spearman foi alto (Tab. ^ 10). O Para os ninhos abandonados de passeriformes a associação foi fraca, provavelmente em decorrência da menor abundância de artrópodes ter sido associada ao ninho com maior peso (Furnariidae). Com relação aos ninhos de mamíferos, a associação entre a abundância de artrópodes e o volume e peso, foi moderada e alta, respectivamente. Os coeficientes de Spearman para as demais categorias, tais como, ninhos de passeriformes, não passeriformes e de mamíferos coletados por terceiros, e ninhos de não passeriformes coletados pela equipe não foram significantes. 45 ÍS o o o o ^•S r-^. Tabela 7. Médias de volume e peso seco e correlações com a abundância média de artrópodes para ninhos ativos de passeriformes coletados pela equipe. ESPÉCIE CONSTRUTOR n ABUNDÂNCIA VOLUME (ml) PESO SECO (g) Pitangus sulphuratus 3 2712,67 1900 60,1 Cacicus cela 2 1576,5 2000 52,45 Psarocoiius decumanus 12 284,75 3333,33 192,98 Formlcaridae sp.2 1 184 250 8,4 Formicaridae sp.1 1 104 400 16,5 Thraupis episcopus 1 56 1000 25,2 Passeriformes sp.6 1 25 900 12,2 Hirundinidae sp. 1 22 600 33 Passeriformes sp.4 1 19 200 1.3 Todos os gupos 23 657,3 2306,52 117,28 Correlações de Spearman n R t(N-2) Probabilidade Abundância e Peso seco 23 0.5929 33.739 < 0.005 Abundância e Volume 23 0.5867 33.198 < 0.005 n = Número de ninhos Tabela 8. Médias de volume e peso seco e correlações com a abundância média de artrópodes para ninhos abandonados de passeriformes coletados pela equipe. ESPÉCIE CONSTRUTOR n ABUNDANCIA VOLUME (ml) PESO SECO (g) Thryothorus leucotis 8 263 1337,5 31,725 Todirostrum macuiatum 5 54,4 2720 28,96 Passeriformes sp.5 1 112 600 8,6 Tolmomyias sulphurescens 4 80,75 1000 15,23 Passeriformes sp.7 1 576 1300 32,2 Passeriformes sp.8 1 57 1000 17,3 Passeriformes sp.9 1 156 1600 45,5 Passeriformes sp.10 1 19 200 4,2 Passeriformes sp.11 1 84 600 8.3 Passeriformes sp.12 1 26 1000 8,9 Furnaridae sp. 1 5 1000 113 cf. Pitangus sulphuratus 1 108 1000 33,8 Passeriformes sp.13 1 88 1000 23,6 Myiobius sp. 1 117 800 21,1 Todos os grupos 28 144,54 1371,43 27,71 Correlações de Spearman n R t(N-2) Probabilidade Abundância e Peso seco 28 0,3764 2,0718 0,0483 Abundância e Volume 28 0,3519 1,9171 0,0663 n = Número de ninhos 46 Tabela 9. Médias de volume e peso seco e correlações com a abundância média de arlrópodes para ninhos de mamíferos coletados pela equipe. ESPÉCIE CONSTRUTOR n ABUNDÂNCIA VOLUME (ml) PESO SECO (g) cf. Scíurus aestuans 3 14,33 1200 23,3 Sciurus aestuans 1 87 3000 111 Mesomys hispidus 1 61 1000 74,1 Todos os grupos 5 38,2 1520 51 Correlações de Spearman n R t(N-2) Probabilidade Abundância e Peso seco 5 0,8999 3,5762 0,0374 Abundância e Volume 5 0,527 1,0742 0,3615 n = Número de ninhos r% O ' ~ Tabela 10. Médias de volume e peso seco e correlações com a abundância média de artrópodes para ninhos ativos das colônias de P. decumanus coletadas pela equipe. n ABUNDÂNCIA VOLUME (ml) PESO SECO (g) COLÔNIA 1 5 291 3700 157,94 O COLÔNIA 2 7 280,29 3071,43 218 Correlações de Spearman n R t(N-2) Probabilidade Abundância e Peso secol 5 0,8999 35.762 0,0374 O Abundância e Volumel 5 0,8944 34.641 0,0405 Abundância e Peso seco 2 7 0,7143 22.822 0,0713 Abundância e Volume 2 7 0,7559 25.819 0,0493 O n = Número de ninhos 3.3.2 Composição das amostras de artrópodes Os artrópodes verificados neste estudo foram distribuídos em 22 Ordens. Dos 21.109 artrópodes avaliados, 17.622 (83,5%) pertenciam á classe Arachnida e 3.468 (16,43%) à classe Hexapoda. Apenas 10 (0,05%) foram da classe Malacostraca, 05 (0,02%) da classe Diplopoda e 04 (0,02%) da classe Chilopoda. Entre os Arachnida. Acari foi o grupo mais abundante apresentando 17.221 (97,72%) indivíduos, seguido por Pseudoscorpionida com 304 (1,72%), Aranae 47 <1I com 84 (0,48%) e Opiliones com 11 (0,06%) indivíduos. Scorpionida foi representada por um único indivíduo. Entre os Hexapoda, Hymenoptera foi o grupo mais abundante possuindo 774 (22,31%) indivíduos; Formicidae somou 764 (98,71%) dos himenópteros. Collembola com 744 (21,45%), Coleoptera com 716 (20,65%), Psocoptera com 680 (19,61%), Blattaria com 194 (5,59%) e Thysanoptera com 140 (4,04%) foram os outros grupos mais importantes. Os demais grupos de Hexapoda totalizaram apenas 220 (6,34%) dos indivíduos. ^ As classes Diplopoda e Chilopoda foram representadas por Polydesmida ^ com 05 e Scolopendromorpha com 04 indivíduos, respectivamente. A classe Malacostraca foi representada por 10 indivíduos de Isopoda. O ^ Arachnída O ^ A classe Arachnída foi representada por 17.622 indivíduos distribuídos nas O Ordens Acari, Pseudoscorpionida, Aranae, Opiliones e Scorpionida. Acari Foram extraídos 17.221 indivíduos deste grupo, incluindo um espécimen de Ixodida. Até o momento, esse material só foi identificado como Acari e ainda não foi separado em adultos e imaturos, devido ao tempo disponível para elaboração da dissertação. A maioria dosninhos analisados estavam positivos para Acari e abundância de ácaros nestes ninhos variou de 02 a 7655 indivíduos por ninho. Os ácaros só não estavam presentes em quatro ninhos coletados por terceiros (um ninho em construção e outro abandonado de P. cayennensis, um ninho abandonado de Myiobius sp. e um ninho abandonado de ave não identificada) e em três ninhos coletados pela equipe (o ninho abandonado de Furnariidae, o ninho contendo filhote de C. tenebrosa e um ninho abandonado não identificado). 48 o ninho de P. sulphuratus contendo filhotes jovens e o ninho de C. cela com restos de pássaro em decomposição foram os que apresentaram maior abundância de ácaros. As estatísticas descritivas da abundância média de ácaros extraídos dos ninhos coletados pela equipe e por terceiros sâo apresentadas nas Tabelas 11 e 12, respectivamente. Tabela 11. Distribuição de ácaros em geral em ninhos coletados pela equipe (no de indivíduos por categoria de ninho). Pitangas sulphuratus 3 2589,33 4387,02 7655 10 7768 45,79 Cacicus cela 2 1475 2026,57 2908 42 2950 17,39 Psarocolius decumanus 12 194,08 182,45 582 2 2329 13,73 Thryothorus leucotis 8 232,25 314,91 983 12 1858 10,95 % Panyptila cayennensis 1 784 0 784 784 784 4,62 Passeriformes sp.7 1 557 0 557 557 557 3,28 Mylobius sp. 1 102 0 102 102 102 0,6 Formicaridae sp.1 1 96 0 96 96 96 0,57 Passeriformes sp.9 1 74 0 74 74 74 0,44 Passeriformes sp.13 1 57 0 57 57 57 0,34 Todirostrum maculatum 5 11,4 7,44 19 2 57 0,34 Tolmomylas sulphurescens 4 12,25 12,5 30 3 49 0,29 O Passeriformes sp.8 1 47 0 47 47 47 0,28 Ave ou Mamífero sp.1 2 19,5 12,02 28 11 39 0,23 TInamus major 1 31 0 31 31 31 0,18 Sclurus aestuans 1 23 0 23 23 23 0,14 Formicaridae sp.2 1 21 0 21 21 21 0,12 Passeriformes sp.11 1 20 0 20 20 20 0,12 Mesomys hispidus 1 19 0 19 19 19 0,11 Chelldoptera tenebrosa 3 6,33 6,03 12 0 19 0,11 cf. Sclurus aestuans 3 6 5,2 12 3 18 0,11 Passeriformes sp.12 1 11 0 11 11 11 0,06 cf. PItangus sulphuratus 1 10 0 10 10 10 0,05 Passeriformes sp.6 1 10 0 10 10 10 0,05 Passeriformes sp.5 1 7 0 7 7 7 0,04 Thraupis episcopus 1 3 0 3 3 3 0,02 Hirundinidae sp. 1 3 0 3 3 3 0,02 Passeriformes sp.4 1 2 0 2 2 2 0,01 Passeriformes sp.10 1 2 0 2 2 2 0,01 Todos os grupos 64 265,09 1019,43 7655 0 16966 n = Número de ninhos; DP. = Desvio padrão; Max.= Máximo; Min. = Mínimo; % = Porcentagem 49 Tabela 12. Distribuição de ácaros em geral em ninhos coletados por terceiros (no de indivíduos por categoria de ninho). 1 Passeriformes sp.3 1 90 0 42 42 90 32,29 cf. Sciurus aestuans 1 67 0 67 67 67 26,27 Passeriformes sp.1 1 42 0 42 42 42 16,47 Panyptila cayennensis 3 12,33 21,37 37 37 37 14,51 Passeriformes sp.2 1 19 0 19 19 19 7,45 Todos os grupos 9 28,33 33,28 67 0 255 n = Número de ninhos; DP.= Desvio padrão; Max.= Máximo; Min.= Mínimo; %= Porcentagem Pseudoscorpionida Foram extraídos 304 espécimens de Pseudoscorpionida distribuídos em sete Famílias (Tab.13). Desses, 191 (62,83%) indivíduos foram ninfas e 113 (37,17%) adultos. Os pseudoscorpiões ocorreram em quinze ninhos de aves ^ passeriformes e dois de mamíferos roedores, com abundância de 01 a 103 indivíduos por ninho. A lista com as espécies de Pseudoscorpionida e o número de indivíduos extraídos por espécie construtor encontram-se na Tabela 14. Na maioria dos ninhos de aves com pseudoscorpiões foi coletada uma espécie por ninho, somente em dois ninhos, duas espécies. Pseudochthonius homodentatus Chamberlin, 1929 ocorreu em três ninhos, nos quais, um junto com Tyrannochthonius migrans Mahnert, 1979 e em outro com Ideobisium sp. Pachyolpium irmgardae Mahnert, 1979 foi extraída de três ninhos e Albiorix aff. gracilis Mahnert, 1985 de um único ninho. Foram extraídos 289 (95%) exemplares da espécie Rhopalochernes sp. (Chernetidae) (Fig. 19 ), provavelmente nova para a ciência, de sete ninhos que constituíam uma colônia do japú Psarocolius decumanus (Emberezidae; Icterinae). Entre os indivíduos de Rhopalochernes sp., 264 foram encontrados livres no líquido preservativo dos coletores dos funis e 25 (8,65%) foram observados em forésia com exemplares da barata Schultesia lampyridiformis Roth, 1973 (Blaberidae). Nos ninhos analisados dessa colônia do japú foram encontrados 109 exemplares desta barata, contudo somente 9,17% apresentaram pseudoscorpiões (Tab. 15). Os pseudoscorpiões foréticos estavam sendo transportados sobre o abdome de seus hospedeiros e um casal foi 50 fs o r\ 1 r-^ observado agarrado com a tesoura do pedipalpo direito, na borda da área anal da asa posterior da barata, encontrando-se muito próximos um do outro, com a fêmea à frente do macho (Fig. 20). Nos ninhos de roedores ocorreram somente exemplares da família Withiidae, Dolichowithius emigrans (Tullgren, 1907) no ninho de Sciurus aestuans e Bafanowithius Beier, 1959 sp. no ninho de Mesomys hispidus. As estatísticas descritivas da abundância média de pseudoscorpiões extraídos dos ninhos coletados pela equipe e por terceiros são apresentadas nas Tabelas 16 e 17, respectivamente. Figura 19. Pseudoscorpiâo nidícolo, Rhopalochemes Belr, 1932 (Chemetidae) Figura 20. Schuftesia lampyridifonvis Roth, 1973 (Blaberidae) transportando um casal de Rhopalochemes sp. Belr, 1932 (Chemetidae) 51 Tabela 13. Distribuição de famílias de Pseudoscorpionida em ninhos coletados pela equipe e por terceiros (no de indivíduos por categoria de ninho). COMSTRUTOR CHTHONIIDAE CHERNETIDAE ATEMNiDAE OLPIÍDAE IDEORONCIDAE SYARINSDAE W^THIIDAE Thryothorus leucotis 2 2 1 Psarocolius decumanus 289 Formicaridae sp.2 1 Furnaridae sp. 1 Ç) Passeriformes sp.2 1 Passeriformes sp.7 1 2 Sciurus aestuans 3 Mesomys hispidus 1 Total 4 289 1 3 1 2 4 ^ ̂ Pa ^ ̂ ̂ ̂ ̂ ^ 0 0 ̂ ̂ ^ . ^ ^ ç ç ç r ç ç ç r r r < " ' ' < Tabela 14. Espécies de pseudoscorpiões (Arachnida) e número de indivíduos extraídos por espécie construtor. ESPECIES D P TOTAL ESPECIES CONSTRUTORAS EM NINHOS DE AVES CHTHONIIDAE Pseudochthonius homodentatus ChambetWn, 1 1 Tyrannochthonius migrans Mahnert, 1979 OLPIIDAE Pachyolpium irmgardae Mahnert, 1979 IDEORONCIDAE Albiorixaff. gracilis Mahnert, 1985 SYARINIDAE Ideobisium Baízan, 1892 - sp. ATEMNIDAE Paratemnoides minor (Balzan, 1892) CHERNETIDAE Rhopalochernes Beier, 1932 - sp. Total de indivíduos em ninhos de aves EM NINHOS DE MAMÍFEROS WITHIIDAE Dolichowithius emigrans (Tullgren, 1907) Balanowithius Beier, 1959 - sp. Total de indivíduos em ninhos de mamíferos 0 1 0 3 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 50 39 32 66 77 264 275 0 0 1 1 1 1 0 0 0 0 Thryothorus leucotis, Furnaridae sp. e Passeriformes sp.7 Thryothorus leucotis Thryothorus leucotis, Formicaridae sp.2 Thryothorus leucotis Passeriformes sp.7 Passeriformes sp.2 Psarocolius decumanus Sciurus aestuans Mesomys hispidus CO TOTAL M = Macho; F = Fêmea; T = Tritoninfa; D = Deutoninfa; P = Protoninfa 279 ^ ̂ ^ ̂ ^ ^ 0 0 ̂ g) ̂ 0 ^ C C ̂ ̂ C (" C C C '' ^ Tabela 15. Rhopalochernes sp. (Arachnida, Pseudoscorpionida) sendo transportados sobre 10 exemplares da barata silvestre Schultesia lampyridiformis (Hexapoda. Blattaria), coletados em ninhos do japú Psarocolius decumanus (Passehformes: Emberezidae), na Amazônia Centrai. NINHOS BARATAS N*" DE ADULTOS E IMATUROS TOTAL FORETlCOS TRANSPORTADORAS FORÉTICOS Macho 1 Macho 01 Fêmea 1 Macho e 1 Fêmea 02 1 Fêmea 1 Macho e 1 Deutoninfa 02 Fêmea 1 Macho e 1 Fêmea 02 2 Fêmea 1 Macho, 9 Fêmeas e 1 Tritoninfa 11 Macho 1 Tritoninfa 3 Macho 1 Tritoninfa 01 Fêmea 1 Fêmea e 02 Deutoninfas Fêmea 1 Macho 01 4 Macho 1 Macho 01 Total de exemplares 7 Machos, 12 Fêmeas. 3 Trito e 3 Deutoninfas 25 LO ^ ̂ ^ ̂ ^ ̂ ̂ 0 ^ ̂ ̂ ̂ ̂ ̂ ^ f ç- ç- ç ç ç ̂ g': ç r ̂ /- r (■ ' a J Tabela 16. Distribuição de pseudoscorpiões em geral em ninhos coletados pela equipe (no de indivíduos por categoria de ninho). CONSTRUTOR n MEDIA DP. MAX. MIN. SOMA % Psarocolius decumanus 12 24,08 31 103 0 289 95,37 Thryothorus leucotis 8 0,625 0,74 2 0 5 1,65 Passeriformes
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