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AV1 Civil III - Noite - 2020 2

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1 
 
Universidade Estácio de Sá 
Direito Civil III–Turno da Noite 
Professora Larissa Clare Pochmann da Silva 
AV1 – 2020-2 
 
NOME NATAN SOARES JÚLIO MAT. 201808169841 
 
NOTA____________________________________________________ 
 
 
1) A “jurisprudência deste Tribunal Superior é firme no sentido de que o princípio da pacta 
sunt servanda pode ser relativizado, visto que sua aplicação prática está condicionada a outros 
fatores, como, por exemplo, a função social, a onerosidade excessiva e o princípio da boa-fé 
objetiva dos contratos”. (STJ. AgInt no AREsp 1506600 / RJ. Rel. Min. Marco Buzzi. Quarta 
Turma. DJ: 09/12/2019). Explique o que se compreende por pacta sunt servanda. 
 
R: Pacta Sunt Servanda é o Princípio da Força Obrigatória, segundo o qual o contrato obriga as 
partes nos limites da lei. É uma regra que versa sobre a vinculação das partes ao contrato, 
como se norma legal fosse, tangenciando a imutabilidade. A expressão significa “os pactos 
devem ser cumpridos”. 
 
2) Maria celebra com Carlos uma promessa de compra e venda de seu apartamento, que 
acabou não sendo levada a registro. A promessa de compra e venda é um exemplo de contrato 
preliminar. O que seria um contrato preliminar, qual a sua forma e quais são os seus efeitos? 
 
R: o contrato preliminar é aquele que tem por objetivo garantir a realização de 
um contrato definitivo.É regido pelo principio consensualista ou seja não há imposição quanto a 
forma a ser celebrado (art 462). A exigência do par único do art 463 (exigência do registro 
público) diz respeito aos efeitos perante terceiros. Entre as partes o contrato preliminar pode ser 
executado mesmo sem o registro prévio. Vigora também o principio da execução especifica ou 
seja somente quando não houver interesse do credor na execução especifica ou não for possível 
promove-la é que se resolve por PERDAS E DANOS (art 464 e 465). A coisa devida é o contrato 
definitivo. Este que deve ser outorgado. Somente não sendo possível ou indesejado pelo credor é 
que se passara para prestação pecuniária equivalente. (PERDAS E DANOS) Há também a 
transmissibilidade dos direitos e obrigações dele originários. Em caso de morte, passam os seus 
efeitos aos herdeiros. Por ato intervivos, o contrato preliminar é cessível a não ser que a 
obrigação seja personalíssima, ou que seja ajustada a intransmissibilidade . 
 
 
3) É possível a responsabilidade civil na fase pré-contratual? 
 
2 
 
R: Sim, pois a responsabilidade civil pré-contratual decorrente da recusa de contratar, 
assim como a responsabilidade baseada no rompimento ilegítimo das negociações preliminares 
também se fundamenta no abuso de direito. Trata-se, nesta hipótese, do direito de contratar, 
decorrente do princípio da autonomia da vontade. 
 
4) (OAB –XII Exame – Adaptada) José celebrou com Maria um contrato de compra e venda 
de imóvel, no valor de R$100.000,00, quantia paga à vista, ficando ajustada entre as partes a 
exclusão da responsabilidade do alienante pela evicção. Se Maria, compradora, não sabia do 
risco, será válida a referida cláusula? 
 
R: Não obstante a cláusula de exclusão da responsabilidade pela evicção, se Maria não sabia do 
risco, ou, dele informada, não o assumiu, José deverá restituir o valor que recebeu pelo bem 
imóvel. 
 
 
5) (OAB – XXVIII Exame – Adaptada) Maria decide vender sua mobília para Viviane, sua 
colega de trabalho. A alienante decidiu desfazer-se de seus móveis porque, após um serviço de 
dedetização, tomou conhecimento que vários já estavam consumidos internamente por cupins, 
mas preferiu omitir tal informação de Viviane. Firmado o acordo, 120 dias após a tradição, 
Viviane descobre o primeiro foco de cupim, pela erupção que se formou em um dos móveis 
adquiridos. Poucos dias depois, Viviane, após investigar a fundo a condição de toda a mobília 
adquirida, descobriu que estava toda infectada. O que poderia ser feito para a defesa dos 
interesses de Viviane? 
 
R: Viviane pode mover ação com o objetivo de redibir o negócio, devolvendo os móveis 
adquiridos, reavendo o preço pago, mais perdas e danos. A demanda redibitória é tempestiva, 
porque o vício era oculto e, por sua natureza, só podia ser conhecido mais tarde, iniciando o 
prazo de 30 (trinta) dias da ciência do vício. 
 
 
Boa prova! Cada questão vale 1,6.

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