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EBOOK SELETIVIDADE ALIMENTAR

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Prévia do material em texto

Como ajudar a criança a participar 
da hora da refeição. 
Seletividade Alimentar
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
SUMÁRIO
introdução...............................................................................02
aprendendo a comer..........................................................03
seletividade alimentar X dificuldade 
alimentar....................................................................................06
o que pode influenciar na alimentação
da criança.................................................................................08
ações práticas.......................................................................09
antes da refeição.................................................................................................09
durante a refeição.............................................................................................13
depois da Refeição...............................................................................................17
quem disse que com comida não se brinca..........18
atividade 1 e 2...........................................................................................................19
atividade 3 e 4..........................................................................................................20
atividade 5.................................................................................................................21
finalizando...............................................................................23
material de apoio.................................................................24
 Você sabia que comer é uma função biológica 
natural e agradável no início do desenvolvimento in-
fantil? Geralmente, as crianças gostam de experi-
mentar coisas novas e diferentes. Entretanto, algu-
mas famílias relatam que seus filhos são “comedo-
res” altamente seletivos com repertório muito restrito 
e pouca (ou nenhuma) aceitação de novos alimentos.
 Foi pensando nisso que criamos este e-book. 
Aqui você encontrará informações sobre os fatores 
envolvidos no processo de alimentação. Ainda, ela-
boramos uma explicação sobre os principais desafios 
encontrados durante o momento das refeições, que, 
se não forem vencidos, podem resultar em dificulda-
de alimentar ou seletividade alimentar.
 
 E não é só isso! Temos sugestões de atividades 
e estratégias para tornar os momentos das refeições 
mais tranquilos para a criança e para toda a família! 
INTRODUÇÃO
2
 Para comer precisamos passar por um processo dinâmi-
co de desenvolvimento de diversas habilidades. A primeira in-
fância fornece importantes contribuições para a formação dos 
hábitos alimentares. E, neste período, entre 6 meses e 2 
anos, que a criança começa a experimentar novos sabores e 
texturas. 
 Inicialmente, algumas crianças podem apresentar dificul-
dades em experimentar alguns tipos de alimentos e até 
mesmo recusá-los. Mas conforme são expostas aos alimen-
tos, podem se acostumar com o sabor, cheiro e textura, acei-
tando com mais facilidade. Sendo assim, comer pode ser en-
tendido como um comportamento aprendido, no qual as expe-
riências prévias com os alimentos influenciarão as preferên-
cias alimentares da criança.
APRENDENDO A COMER
COMER NÃO É TÃO SIMPLES E FÁCIL QUANTO PARECE.
3
“Comer pode ser entendido como 
um comportamento aprendido no 
qual as experiências prévias com 
os alimentos influenciarão as 
preferências alimentares da 
criança.”
 Além disso, através da alimentação a criança tem a opor-
tunidade de explorar novas sensações, como as texturas, os 
aromas, os sabores e as aparências dos alimentos, sendo um 
importante marco para o desenvolvimento sensorial.
 
 As refeições também possibilitam o desenvolvimento 
motor, seja de habilidades motoras finas - através da alimen-
tação com as mãos, movimentos de pinça dos dedos e uso 
dos utensílios - ou das habilidades motoras globais, como a 
capacidade de manter-se sentado na postura adequada e uti-
lizar os dois lados do corpo na atividade.
 O momento da alimentação ainda é marcado por intera-
ção social, favorecendo assim o desenvolvimento das habili-
dades sociais — primeiro no contexto domiciliar, com os pais 
e familiares; e posteriormente, no contexto escolar, com 
outras crianças. 
 Durante as refeições, as crianças também aprendem a 
noção de fome e saciedade, bem como a comunicar seus de-
sejos e necessidades, seja através da comunicação verbal ou 
não verbal. 
4
 E finalmente, a alimentação é moldada por aspectos cul-
turais, formando uma base para aquisição de costumes e 
regras de comportamento sociocultural. Mas não significa 
que seja sempre assim.
 Algumas crianças, mais precisamente 30% das crianças 
típicas, podem apresentar sinais indicativos de seletividade 
alimentar ou dificuldade alimentar. E cerca de 85% das crian-
ças que apresentam algum tipo de deficiência também 
apresentam problemas relacionados à alimentação.
TÍPICOS
Ledford and Gast 2006; Palmer and Horn 1978; Williams et al. 2000).
5
30%
TEA
89%
67 a
VOCÊ SABE DIFERENCIAR?
 Frases como “Cada criança tem seu tempo!”, “Isso é só 
uma fase!” e “Deixa sem comer, que uma hora ele come!” são 
frequentemente ouvidas pelos pais de crianças que apresen-
tam resistência a questões alimentares. Isto acaba atrasan-
do, ou até anulando, a busca por ajuda especializada. Por 
esta razão é tão importante diferenciar quando é um quadro 
de recusa típica, seletividade ou dificuldade alimentar.
Tanto os casos de seletividade ali-
mentar quanto de dificuldade ali-
mentar necessitam de ajuda de um 
profissional especializado. Contudo, 
nos casos de seletividade extrema, 
geralmente, a criança e família ne-
cessitam de ajuda multiprofissional 
(envolvendo todas as áreas que im-
pactam na alimentação). 
NÃO É 
MANHA
SELETIVIDADE ALIMENTAR
x
 DIFICULDADE ALIMENTAR
6
SELETIVIDADE ALIMENTAR DIFICULDADE ALIMENTAR 
(seletividade extrema)
Pouca quantidade ou 
variedade de alimentos.
Aceitação bem restrita e 
pouca variedade
Come 30 ou mais alimentos Come 20 ou menos alimentos.
Come 1 alimento de cada grupo 
alimentar, seja pelo tipo de textura 
ou valor nutricional
Recusa categorias inteiras de ali-
mentos, seja pela textura, sabor ou 
aparência.
É capaz de tolerar novos alimentos 
em seu prato e de tocar ou experi-
mentar alguns alimentos.
Apresenta comportamento de fuga, 
luta ou medo quando exposto a 
novos alimentos. Apresenta altera-
ções autonômicas quando exposto 
a novos alimentos (comportamen-
tos de fuga, luta ou medo)
Come determinados alimentos du-
rante um tempo e depois troca o 
alimento.
Apresenta dificuldade em aceitar o 
alimentos quando sua aparência é 
modificada
Aceita participar dos momentos da 
refeição em família, come ao 
mesmo tempo e no mesmo local
Come alimentos diferentes dos 
alimentos comidos pela família e 
frequentemente se alimenta em 
ambiente diferente dos demais 
familiares. 
Precisa de um tempo (entre 
20-25 apresentações) do novo 
alimento para aceitá-lo.
Precisa de um tempo maior (mais 
de 25 apresentações) para aceitar 
novos alimentos.
É importante salientar que em qualquer uma das situações é 
necessário uma avaliação profissional e um tratamento ade-
quado.
7
O QUE PODE INFLUENCIAR A 
ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA?
• Dificuldades no 
vedamento labial, na 
mastigação, no manejo 
do bolo alimentar e na 
de deglutição.
• Alterações de tônus 
muscular.
• Pobre controle
postural, dificuldade na 
postura para se alimentar 
e na coordenação motora 
bilateral.
• Dificuldades no uso dos 
utensílios, no movimento 
de pinça e levar o 
alimento até a boca.
• Obesidade.
• Baixo peso.
• Alto consumo de 
alimentos industriali-
zados.
• Alto consumo de 
açúcar.
• Deficiência de 
vitaminas e minerais
• Sensibilidade e 
alergia a alimentos.
• Saúde bucal.
• Alterações anatô-
micas, gastroesofá-
gicas, gastrointesti-
nais, respiratórias, 
cardíacas e hepáti-
cas
• Rigidez decomportamento 
(marcas, apresentação visual e 
utensílios utilizados).
• Ambiente familiar (pressão 
verbal e emocional, uso de 
distratores, ambiente físico)
•Desenvolvimento emocional da 
criança (dependência e 
insegurança da criança
• Modulação Sensorial (reativida-
de sensorial) – resposta exage-
rada aos estímulos sensoriais no 
momento da refeição ou Discri-
minação Sensorial - dificuldade 
em interpretar as informações e 
qualidades dos estímulos 
sensoriais. 
 
• Problemas na 
práxis, principalmen-
te na práxis oral: 
dificuldade na ideia 
do que fazer com o 
alimento, como fazer 
as ações motoras 
para mastigar, 
morder, entre outras 
habilidades. 
ALIMENTAÇÃO
8
• O repertório 
alimentar da 
criança está 
relacionado ao 
meio em que ela 
está e as vivências 
oportunizadas.
 Agora que falamos sobre todos os fatores que podem in-
fluenciar a alimentação, queremos deixar dicas práticas do 
que você pode fazer para tornar esse momento menos es-
tressante!
 Além de buscar ajuda de um profissional especializado 
para minimizar as dificuldades durante a alimentação, você 
pode tentar algumas das estratégias abaixo:
ANTES DA REFEIÇÃO:
 Realize brincadeiras para “ativar” a região oral da 
criança. 
Exemplos: fazer caretas em frente ao espelho, brincadeiras 
com sopro — bolhas de sabão, apitos, flautas, soprar velas, 
soprar barquinhos de papel numa bacia com água, soprar 
tinta num papel, entre outras. 
 
AÇÕES PRÁTICAS
O QUE VOCÊ PODE FAZER EM CASA PARA 
TORNAR A HORA DA REFEIÇÃO MAIS LEVE.
 Se a criança aceitar, ofereça alimentos 
que proporcionam sensações na boca — 
picolés, geladinhos, frutas picadas geladi-
nhas, balas azedinhas ou mentoladas e ali-
mentos mais condimentados. 
 Incentive a criança a sugar — com canudo — líquidos 
mais espessos (vitaminas, iogurte, entre outros).
9
 Você também pode fornecer água mineral gaseificada para 
que a criança experimente a sensação de bolhas na boca (aqui 
vale também utilizar aquelas águas com sabor).
 Proporcione aproximações com alimentos: leve a criança 
ao mercado, ou feira, solicitando que ela o ajude a selecionar os 
alimentos. Pedir a ajuda da criança para realizar a higienização 
e organização das frutas após as compras, pode ter um resulta-
do legal também. 
 Existem alguns aplicativos para celular e tablet que 
também estimulam a alimentação saudável, como o “Toca Kit-
chen 2” ou “Hora de comer - Alimentação” — ambos gratuitos. 
Lembre-se de utilizá-los fora do momento da alimentação.
 Crie uma rotina antes do momento da refeição e envolva 
a criança nas etapas. Isto dará previsibilidade sobre a atividade 
e aumentará sua participação (veja nossa sugestão de rotina 
visual , material de apoio ao final do e-book). 
 
10
 Leve em consideração a aparência da comida: ela pre-
cisa ser atrativa para criança. Monte um prato de comida que 
chame a atenção da criança e que contenha pouca quantida-
de de alimento. Se for necessário, apresente um alimento de 
cada vez para que a criança seja capaz de tolerar visualmen-
te de forma mais adequada.
 Evite a monotonia alimentar: se a criança gosta de 
comer batata frita, é possível tentar modificar o formato da 
batata (palito, bolinha, smile...). Faça pequenas tentativas — 
é sempre importante apresentar variedades, mesmo que a 
criança não coma. Mas ela precisa ser exposta gradativa-
mente a outros alimentos. Evite cair na rotina e rigidez da 
criança e nunca retire do prato as preferências alimenta-
res dela. 
 Estabeleça um horário para as refeições e o tempo de 
duração das mesmas: respeite os horários das alimenta-
ções principais e evite oferecer alimentos a todo momento. 
11
 Frequentemente a criança pode ficar ansiosa para 
sair da mesa: para ajudá-la a compreender o tempo de dura-
ção da atividade, é possível utilizar um timer visual e explicar 
que quando apitar o tempo de alimentação acabou.
 
 Reduza a quantidade de leite/sucos ingerida: os líqui-
dos suprem a sensação de fome. Evite oferecê-los antes e 
até mesmo durante as refeições.
Este aplicativo permite que as crianças que não conseguem 
entender completamente a duração de tempo “vejam” o 
tempo e compreendam melhor esse conceito. O aplicativo 
expressa a noção de tempo, mostrando um rato com fome, 
comendo maçãs até chegar no queijo.
 
*Dica de app: “Mouse timer”.
12
DURANTE A REFEIÇÃO:
 Preste atenção no cheiro da comida ou outros cheiros: 
muitas vezes a criança reage mal ao cheiro da comida 
quando preparada ou quando oferecida. Perceba quais ali-
mentos causam essas reações negativas. Observe se o am-
biente onde acontece a alimentação não está com outros 
cheiros que podem ocasionar reações negativas, como por 
exemplo, produtos de limpeza, perfumes, entre outros.
 Preste a atenção aos estímulos visuais (a televisão, 
por exemplo) durante as refeições: as crianças podem se dis-
trair e não conseguirem manter o foco na atividade principal 
– alimentação. Além de prejudicar a noção de saciedade, pois 
a criança não percebe o quanto está comendo enquanto as-
siste televisão.
 Observe a temperatura dos alimentos: algumas crian-
ças não gostam de comida quente ou morna, preferindo ali-
mentos mais frios ou vice-versa. Uma dica para as crianças 
que perdem o interesse no alimento quando fica mais frio, 
são os pratinhos térmicos. 
 Observe o local onde a criança realiza a alimentação: 
cadeiras altas podem deixar a criança ansiosa e com medo. 
Cadeiras com travas também podem gerar esta reação. Se 
possível, experimente diferentes assentos para descobrir em 
qual a sua criança se sente mais confortável.
13
14
 se alimentar: talheres e pratos diferenciados.
 Considere utilizar pratos com divisórias para crianças 
que não aceitam os alimentos misturados no prato
Utilize utensílios que chamem a atenção da criança para 
 Leve em consideração a aparência da comida: ela pre-
cisa ser atrativa para criança. Monte um prato de comida que 
chame a atenção da criança e que contenha pouca quantida-
de de alimento. Se for necessário, apresente um alimento de 
cada vez para que a criança seja capaz de tolerar visualmen-
te de forma mais adequada.
 Evite a monotonia alimentar: se a criança gosta de 
comer batata frita, é possível tentar modificar o formato da 
batata (palito, bolinha, smile...). Faça pequenas tentativas — 
é sempre importante apresentar variedades, mesmo que a 
criança não coma. Mas ela precisa ser exposta gradativa-
mente a outros alimentos. Evite cair na rotina e rigidez da 
criança e nunca retire do prato as preferências alimenta-
res dela. 
 Estabeleça um horário para as refeições e o tempo de 
duração das mesmas: respeite os horários das alimenta-
ções principais e evite oferecer alimentos a todo momento. 
 Respeite as preferências e as aversões da criança: 
nunca force, ameace, puna ou obrigue a comer. Utilize elo-
gios quando ela experimentar algum alimento novo — mesmo 
que tenha sido apenas um toque, beijo ou uma lambida. Qual-
quer interação da criança com o alimento deve ser altamente 
comemorada. É importante ressaltar que seguimos um pro-
cesso de aceitação dos alimentos, que apresentaremos na 
figura abaixo: 
 
 
COMER
PROVAR
TOCAR
CHEIRAR
INTERAGIR
TOLERAR
PR
O
CE
SS
O
15
 Coma junto com a criança: ela perceberá que comer é 
prazeroso e que pode ser uma experiência agradável. Mesmo 
que a criança não coma, mostre que ela pode permanecer na 
mesa durante o período da refeição. É importante criar uma 
rotina e diminuir as tentativas de alimentação correndo atrás 
da criança com a comida.
 Limite o número de alimentos por refeição para duas 
ou três opções: muitas escolhas ao mesmo tempo podem ser 
assustadoras para a criança. Ofereça os alimentos em peque-
nas quantidades, de modo a encorajar a criança a comer. 
 Tenha paciência: não demonstre irritação ou ansiedade 
ao observarque a criança está rejeitando os alimentos. Torne 
o momento da refeição agradável.
 Não faça chantagem usando a comida: sabe o famoso 
“Se você comer a verdura, você ganha sobremesa”? Nesta si-
tuação a criança apenas aprende que sobremesa é bom e a 
comida não. Ela precisa compreender que os dois alimentos 
são bons, não que um é recompensa para outro. Você pode 
tentar usar outros tipos de reforçadores. 
 
16
DEPOIS DA REFEIÇÃO: 
 Toda atividade tem início, meio e fim: após comer, soli-
cite que a criança leve seu prato até a pia.
 Se for possível, peça ajuda da criança para lavar, secar 
e/ou guardar os utensílios utilizados na refeição: tarefas 
simples promovem independência e autonomia, além de favo-
recer maior permanência da criança no ambiente da cozinha. 
 Mantenha um diário de atualizações regulares de 
como as coisas estão progredindo: procure anotar diaria-
mente qual alimento a criança tolerou no prato, qual textura 
gostou, etc. Isso pode ajudar você a observar quais das estra-
tégias estão funcionando e quais precisam ser ajustadas.
1617
QUEM DISSE QUE 
COM COMIDA NÃO SE 
BRINCA?
18
Algumas crianças são capazes de tolerar mais os alimentos 
se lhe é permitido manuseá-los antes de comê-los. Por 
exemplo, espremer laranjas para fazer suco para alguém 
pode ser mais aceitável, como primeiro passo, para tentar 
tomar o suco depois. Tentem brincar de um alimentar o outro 
ou brincar com diferentes alimentos, como por exemplo: ge-
latina, frutas, entre outras opções. Sem expectativa de que 
a criança coma!
Selecionamos uma série de 
sugestões para você:
Material: Bacia com macarrão (cru ou 
cozido) e peças/brinquedos pequenos. 
Atividade: Coloque o macarrão em 
uma bacia e esconda as pecinhas/brin-
quedinhos lá dentro e peça para crian-
ça resgatá-las. 
Atividade 1 
Resgate no Macarrão 
19
de colocar o líquido. Espere a gelatina ficar pronta e depois 
brinque de resgatar as pecinhas. Se a criança não quiser 
encostar na gelatina, pode utilizar um martelinho de brin-
quedo para quebrar os cubos.
 Atividade 2 – Gelatina Divertida
Material: Gelatina e brin-
q u e d o s / m i n i a t u r a s . 
Atividade: Preparar a ge-
latina em potinhos ou até 
mesmo na forma de gelo 
e colocar miniaturas 
dentro do recipiente antes 
20
Material: Diferentes alimentos e muita criatividade.
Atividade: Permita que a criança utilize a imaginação. Na 
Atividade 3 - Criar cenários
figura ao lado, a criança criou 
um cenário da era dos dinossau-
ros. A gelatina foi o lago, alface 
a grama, a gema dos ovos a 
terra, brócolis as árvores e as 
claras de ovo foram as tocas dos 
dinossauros. 
Atividade 4 - Futebol com uvas
Material: Uvas e copo descartável (ou palito de picolé para 
trave).
Atividade: Cada jogador deve “chutar” uma uva com os 
dedos e tentar acertar no alvo (copo preso na mesa) ou no 
gol (palitos presos na mesa). 
21
Atividade 5 - Formas com Maçã 
 Além das atividades com os alimentos, você pode soli-
citar que a terapeuta ocupacional da sua criança desenvol-
va um Programa de Estratégias Sensoriais, mais comumen-
te conhecido como Dieta sensorial. Este programa é elabo-
rado de forma individualizada e em parceria com a família, 
visando inserir rotinas de atividades sensório-motoras, en-
volvendo tato profundo, propriocepção (consciência corpo-
ral) e vestibular (equilíbrio e movimento), de modo a melho-
rar a autorregulação da criança, permitindo que ela se sinta 
mais organizada antes do período de alimentação.
Material: Maçã e formi-
nhas com os formatos ge-
ométricos.
Atividade: Fazer as 
formas geométricas para 
criança brincar. Pode brin-
car de achar as formas 
iguais.
22
NUNCA DESENCORAJE 
NINGUÉM QUE 
CONTINUAMENTE FAZ 
PROGRESSO, NÃO 
IMPORTA QUÃO 
DEVAGAR”
 (PLATÃO)
“
CHECK LIST PARA VOCÊ:
 Quem nunca ouviu que o seu filho(a) tem frescura? Não é 
bem isso não! Explique aos membros da família sobre as difi-
culdades alimentares da sua criança. Tenha em mente que o 
desenvolvimento da alimentação e as habilidades para comer 
podem ser um processo lento. Para ajudar a diminuir a possí-
vel frustração, pense sobre as mudanças que ocorrem como 
pequenos "passos de bebê". As crianças também mudam de 
forma gradual e, por vezes, sutilmente na sua capacidade de 
comer.
 Não esqueça: Todos temos preferências alimentares. Há 
alimentos que gostamos, que aprendemos a gostar, aqueles 
que não gostamos e, até aqueles que não conseguimos nem 
provar. Por isso, não compare o comportamento seletivo de 
nenhuma criança. 
Mais importante é saber diferenciar o limite entre o que é 
“normal” e o que é “atípico” quando se trata de alimentação. 
Assim, quando suspeitar de dificuldade alimentar ou seletivi-
dade alimentar, procure a ajuda de uma equipe de profissio-
nais especializados na área.
FINALIZANDO
23
REFERÊNCIAS
Ledford, J. R., & Gast, D. L. (2006). Feeding problems in children with autism 
spectrum disorders a review. Focus on Autism and Other Developmental Disabilities, 
21(3), 153–166. doi:10.117 /10883576060210030401
 Palmer, S., & Horn, S. (1978). Feeding problems in children. In S. Palmer & S. 
Ekvall (Eds.),Pediatric nutrition in developmental disorders (6th ed., pp. 107-129). 
Springfield: Charles C.Thomas.
 Williams, K. E., Field, D. G., & Seiverling, L. (2010). Food refusal in children: A 
review of the literature. Research in Developmental Disabilities, 31(3), 625–633.
http://institutoinfantil.com.br/seletividade-ou-dificuldade-a-
limentar-entenda-a-diferenca/
Field, Garlam e Williams (2003) Correlates of specific childhood feeding problems.-
Journal of Paediatrics and Child Health 39(4):299-304 · May 2003
Toomey, K. A., & Ross, E. S. (2011). SOS approach to feeding. Perspectives on 
Swallowing and Swallowing Disorders (Dysphagia).
Junqueira, P. (2017). Por que meu filho não quer comer?: Uma visão além da boca 
e do estomago. Bauru- SP: Idea Editora.
Morris, S E., Junqueira, P. (2019) A criança que não quer comer - compreenda as 
interconexões do seu universo para melhor ajudá-la. Bauru-SP: Idea Editora.
JUNQUEIRA, P. Seletividade ou Dificuldade Alimentar? Entenda a diferença. 16 jul 
2017. 
https://institutoinfantil.com.br/seletividade-ou-dificuldade-
-alimentar-entenda-a-diferenca/> 
25
24
Material de apoio citado no tópico
 “Durante a Refeição”
SEQUÊNCIA VISUAL
Espaço BrincarIS - Desenvolvimento Infantil
Endereço: R. Bpo. Dom José, 2599 - Seminário, 
Curitiba - PR, 80440-080
Telefone: (41) 99774-8001
E-mail: espacobrincaris.to@gmail.com
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

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