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Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana PROTOCOLOS DE ANAMNESE E AVALIAÇÃO (com modelo de orientação aos responsáveis) VALORES DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Anamnese Fonoaudiológica - Disfluência Infantil 1) Identificação: Nome: ______________________________________________________________ DN: ___/___/______ Sexo: _____ Idade atual: ____ anos ____ meses Naturalidade: _________________________ Escola: ________________________________________________ Série: _________________________ Pai: _____________________________________________________________________ Idade: ______ Mãe: ____________________________________________________________________ Idade: ______ Endereço: ____________________________________________________________________________ Cidade: ____________________________ Bairro: ___________________ Fone:____________________ OBS:_________________________________________________________________________________ 2) Queixa e duração _____________________________________________________________________________________ 3) Sobre a disfluência - Quando notou o início da gagueira? _______________________________________________________ - Descreva como é a gagueira: Repete frases? SIM ( ) NÃO ( ) Repete sílabas? SIM ( ) NÃO ( ) Repete palavras? SIM ( ) NÃO ( ) Existem intervalos? SIM ( ) NÃO ( ) - Tem dificuldade para iniciar frase ou diálogo? _______________________________________________ - Em que situação ocorre a gagueira? ______________________________________________________ - Há situações de melhora ou piora? Quais? _________________________________________________ - Tem alguém na família com o mesmo problema? Quem? ______________________________________ - Quando a gagueira atrapalha mais? _______________________________________________________ -Usa algum recurso para não gaguejar? _____________________________________________________ - Já fez algum tratamento antes? Como foi? __________________________________________________ - Tem algum tique associado? ____________________________________________________________ 4) Como o problema afeta a criança: Na família: ___________________________________________________________________________ Na escola: ____________________________________________________________________________ Em sociedade: _________________________________________________________________________ Em casa: _____________________________________________________________________________ Como o problema afeta os pais? __________________________________________________________ 5) Você acha que seu filho: Fala: Muito ( ) Pouco ( ) Rápido ( ) Devagar ( ) Tem vocabulário: Bom ( ) Muito Bom ( ) Limitado ( ) Muito Ruim ( ) Escuta Bem ( ) Mal ( ) Compreende: SIM ( ) NÃO ( ) Observações: _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Belo Horizonte, ____ de _____________________ de 2018 _____________________ ______________________ Fonoaudiólogo(a) Responsável Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Gagueira – Orientação Familiar Para iniciar nosso bate papo sobre a gagueira é importante conhecermos alguns conceitos: Fluência: é a característica da fala espontânea e natural, produzida com facilidade. Disfluência: são quebras, bloqueios, prolongamentos ou repetições nos sons da fala. Quais os tipos de quebras na fala (disfluências) que a criança apresenta? Faça um X no quadradinho correspondente: Você deve ter notado que a fala da criança pode ser interrompida ou enroscada devido à dificuldade que ela tem de falar de forma contínua (sem parar no começo ou no meio da palavra). Vários tipos de quebras (disfluências) podem acontecer na fala. Caso você tenha marcado os X na maioria dos desenhos da segunda linha, provavelmente a criança está passando por um período de disfluências comuns e não gagueira. As disfluências ocorrem por vários motivos, tais como: dúvida na escolha da palavra ou no uso correto da gramática, e são utilizadas para organizar o pensamento, entre outros motivos. Essas disfluências devem desaparecer em um período de 6 meses. Se a fala da criança for interrompida na maioria das vezes pelas disfluências descritas na primeira linha, possivelmente a criança apresenta gagueira. Em alguns casos mais graves, junto com o problema na fala a criança poderá apresentar movimentos associados com o corpo, como piscar os olhos, mexer as mãos, tremer o queixo, por exemplo. Cacacadê o meu sapato? O p(prende o som do p)ato nada. A f(estica o som do f)aca corta. Isto é um eeeeelefante. Eu quero é, é, é comer! Eu ia, eu fui na praia. Mãe, mãe, eu quero. Eu não quero comer. Eu não quero! Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Como ajudar uma criança que apresenta estas quebras na fala? 1. O familiar deve ouvir mais do que falar: deixe a criança falar livremente, escute com paciência o que ela tem a dizer. Mostre que você está prestando atenção no que ela tem a dizer e não no modo como está falando. Adote atitudes que reduzirão alguns comportamentos que prejudicam a fluência, por exemplo: não interrompa a fala da criança e não complete as palavras por ela (fale COM a criança e não POR ela: ouça mais e mande menos); não a chame de “gaga” e nem dê conselhos do tipo “pare, respire e pense”, “fale mais devagar”. Evitando esses comportamentos você estará propiciando experiências agradáveis de comunicação. 2. Mantenha o contato visual natural, olhos nos olhos, enquanto ela estiver falando 3. Converse com a criança em uma velocidade de fala lenta, pausando a fala sempre que necessário. Você pode começar a diminuir a velocidade de fala lendo um livro de histórias bem devagar, esticando ou prolongando as vogais, pausando nas vírgulas, pontos finais e outros sinais de pontuação. Diminua a pressão do tempo na comunicação, espere dois segundos antes de responder ou perguntar alguma coisa. É importante destacar que para falar mais devagar a família deve prestar mais atenção no estilo de vida da criança para não ser acelerado. 4. Use uma voz suave com a criança, demonstrando que para falar não é necessário fazer esforço (tensão da musculatura). 5. Use palavras simples e frases curtas. 6. Quando necessário, faça uma pergunta de cada vez para a criança, esperando que ela responda, pois perguntas feitas ao mesmo tempo podem confundi-la. Dicas Ofereça oportunidadespara a criança falar sem competição ou distração de outras pessoas. Se a criança não for consciente do problema, não chame atenção para este fato. Se for consciente, não tente protegê-la pela pretensão de que sua fala é normal. É melhor conversar abertamente sobre suas dificuldades. Diga que a boca às vezes pode enroscar um pouquinho, mas que não tem problema. Tente agir da mesma maneira quando sua criança for fluente ou disfluente. Conte histórias para a criança, se ela quiser deixe-a completar as frases ou terminar a história que já conhece. Não compare a fala de uma criança disfluente com a de outras crianças. Inicie gradativamente as mudanças necessárias na sua fala e no ambiente, dedicando a princípio de 5 a 10 minutos em cada período do dia para colocá-las em prática. Depois vá aumentando o tempo até que você use continuamente estes novos modelos e atitudes. 7. Use comunicação não verbal: procure expressar sentimentos positivos não verbais, olhe para ela e sorria, dê carinho, mostre que você tem orgulho dela. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Como diminuir a minha velocidade de fala? Para diminuir a velocidade de fala é necessário esticar um pouco cada sílaba, aumentar o número e o tempo de pausas. Vamos aprender a esticar a sílaba, porém, sem quebrar a fala entre uma sílaba e outra: pa....to... bo....la... fa....ca... ma....la... ma....ca...co... pa....ne....la..... Agora treine em frases simples, sempre se lembrando de dar continuidade entre as sílabas e entre as palavras, ou seja, você vai emendar os sons suavemente: O...pa...to....na...da.... (fale tudo numa saída de ar) O...ga...to...mi...a.... A...fa....ca...cor....ta..... O...ca...rro....é...ver....de... A...ma...çã...é...ver...me...lha... Quando for falar frases grandes, que tenham vírgulas, você deve emendar as sílabas e palavras até o sinal de vírgula ou ponto final, treine: O....me...ni....no, *que...es...ta...va...no...par...que, *ca...iu...** * = pausa que deve ser dada, podendo ser usada para respirar ** = pausa maior (2 segundos) usada em pontos finais, ou entre uma frase e outra. E...ra....uma...vez, *u...ma...me...ni...na..., *cha....ma...da...cha...peu...zi...nho....ver...me...lho...** Você percebeu como é possível diminuir a velocidade de fala esticando as sílabas e colocando algumas pausas na fala? Porém, é preciso muito treino e paciência para cada vez mais usar uma fala assim com a criança disfluente. Comece em casa, lendo algumas historinhas tentando falar devagar, falando o nome das palavras dos jogos de memória ou outros jogos. Porque é importante fala devagar? A criança tentará imitar a sua velocidade de fala, e como ela ainda está aprendendo a falar as palavras e usar frases, se ela falar muito rápido possivelmente apresentará quebras (disfluências) na fala. Quando falamos rápido o músculo fica mais duro (tenso) o que dificulta manter uma fala sem interrupções (disfluências). Tente melhorar a qualidade de diálogo que você tem com a criança. Escolha momentos calmos, tranquilos para usar esse tipo de fala, como na hora em que o bebê estiver dormindo, a televisão estiver desligada e em um momento que você não tiver pressa. Referência: Oliveira CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EN. Orientação Familiar e seus efeitos na gagueira infantil. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(1):115-24. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Anamnese Fonoaudiológica - Disfluência Adulto 1) Identificação Nome: ______________________________________________________________ DN: ___/___/______ Sexo: _____ Idade atual: ____ anos Naturalidade: _____________________________________ Endereço: ____________________________________________________________________________ Cidade: ____________________________ Bairro: ___________________ Fone:____________________ OBS:_________________________________________________________________________________ 2) Questionário de Van Riper Coloque F (falso) ou V (verdadeiro) para cada frase que se aplique ao seu caso: 1. Quando eu falo, às vezes fico o sem ar.........................................................................................(F) ou (V) 2. Quando eu acho difícil falar, eu não olho as pessoas...................................................................(F) ou (V) 3. Eu sou sensível quanto a meu problema de fala...........................................................................(F) ou (V) 4. Eu me preocupo pelo fato de gaguejar..........................................................................................(F) ou (V) 5. Se eu quiser, posso ser fluente.........................................................................(F) ou (V) 6. Há alguma coisa errada com a minha fala....................................................................................(F) ou (V) 7. Quando eu não consigo dizer a palavra, uso um truque que me ajuda........................................(F) ou (V) 8. As pessoas notam que eu falo de modo diferente........................................................................(F) ou (V) 9. Eu evito encontrar certas pessoas, porque tenho medo de gaguejar...........................................(F) ou (V) 10. Se eu não gaguejasse, provavelmente falaria muito mais do que eu falo agora........................(F) ou (V) 3) Anamnese 1. Queixa: ____________________________________________________________________________ 2. Idade que começou a gaguejar? _________________________________________________________ 3. Início e causa: liga o início da gagueira a alguma causa particular? _____________________________ 4. Gradual ou de repente?________________________________________________________________ 5. Modificações: está melhorando, piorando ou estacionou?_____________________________________ 6. Alguém chamou atenção?______________________________________________________________ 7. Por que a consulta só agora?____________________________________________________________ 8. O que provoca a gagueira?_____________________________________________________________ 9. Procura evitar? ______________________________________________________________________ 10. Pode prever a gagueira? ______________________________________________________________ 11. Pode se enganar?___________________________________________________________________ 12. Reação: com que se preocupa mais, com si ou com os outros? _______________________________ 13. Tem momentos fáceis e difíceis?________________________________________________________ 14. As influências que sofre: seria diferente do que é? Até que ponto a gagueira é fato importante? ______ _____________________________________________________________________________________ 15. A gagueira é de momento ou é constante?________________________________________________ 16. As pessoas pedem para repetir? Elas terminam as frases por você? Isso te irrita ou não? ___________ _____________________________________________________________________________________ 17. Espera uma melhora ou cura?__________________________________________________________ 18. Faz esforço para falar?________________________________________________________________ 19. Falar é difícil ou fácil? ________________________________________________________________ 20. Se pudesse mudar 3 coisas em si, o que você mudaria?_____________________________________ _____________________________________________________________________________________ 21. Que vantagens tira da gagueira?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 22. Já fez terapia antes?_________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 23. Quem tem mais responsabilidade no tratamento que vamos fazer, eu ou você?___________________ _____________________________________________________________________________________ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana 24. Descreva como é a gagueira: __________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 25. Repete frases?______________________________________________________________________ 26. Repete sílabas?_____________________________________________________________________ 27. Existem intervalos?__________________________________________________________________ 28. Tem dificuldade para iniciar uma frase ou diálogo?__________________________________________ 29. Em que situação ocorre a gagueira?_____________________________________________________ 30. Há situações de melhora ou piora? Quais?________________________________________________ 31. Com o foi o seu desenvolvimento motor? Quando sentou/andou e falou?________________________ _____________________________________________________________________________________ 32. Tem intervalos durante as frases, como Ah/É?_____________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 33. Tem antecedente familiar com o problema? _______________________________________________ 34. Já fez algum tratamento antes? ________________________________________________________ 35. Quando a gagueira atrapalha mais? _____________________________________________________ 36. Tem algum tique associado? Qual? _____________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 37. Você usa algum recurso para não gaguejar? ______________________________________________ 38. Tem outras queixas associadas?________________________________________________________ 39. Trata ou tratou de alguma doença? Qual?_________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 40. Toma ou tomou medicamentos? Quais? __________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Observações: _________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Belo Horizonte, _____ de ___________________ de 2018. _________________________ _________________________ Fonoaudiólogo(a) Paciente Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana PROTOCOLO DE RISCO PARA GAGUEIRA DO DESENVOLVIMENTO (Adaptado) – Andrade, 2006 Coloca-se um ponto na coluna de baixo, médio ou alto risco de acordo com os fatores de risco apresentados pela criança (perguntar para o responsável). Em seguida, realizar a soma e definir em qual das colunas o paciente obteve maior pontuação, determinando assim o risco para gagueira apresentado pelo paciente. OBS: Nas colunas de gênero e histórico familial a pontuação pode ser diferente de 1. Auxílio para pontuar - esclarecimento sobre cada fator de risco: 1 – Quanto mais nova a criança, menor o risco para desenvolvimento de gagueira crônica. 2 – Gagueira mais frequente em homens: 2 pontos para meninos e 1 para meninas, na mesma coluna que corresponde a idade. 3 – Determinar qual o tipo de disfluências mais presentes na fala da criança. 4 – Recuperação espontânea ocorre, principalmente, nos primeiros anos de vida – muitos recuperam nos primeiros 12 meses de início. 5 – Melhorou (diminuíram as disfluências) – Estável (não melhorou, nem piorou) – Piorou (as disfluências vem se agravando com o tempo). 6 – Tensão corporal, aumento da taxa de elocução, incoordenação respiratória. 7 – Pré-maturidade, complicações pré-natais graves, infecções prolongadas, achados neurológicos. 8 – Baixo: morte de animal, problemas com professor, mudanças de hábito pessoal, residência ou escola. Médio: perda de emprego dos pais, mãe começa a trabalhar, nascimento de irmão, gravidez da mãe. Alto: divórcio dos pais, morte ou doença grave de pais ou familiares próximos. 9 – Familiar de 2º ou 3º grau – colocar 2 pontos para gagueira recuperada ou casos sem informação da família biológica e 3 pontos para gagueira crônica. Familiar de 1º grau – 2 pontos para gagueira recuperada e 3 pontos para gagueira crônica 10 – Atitudes inadequadas: não respeito à troca de turnos, falar muito rápido com a criança, ter um estilo de vida muito acelerado, corrigir a fala da criança, dar conselhos como: fale devagar, respire antes de falar. 11 – Atitudes inadequadas: timidez em excesso, perfeccionismo, ansiedade, carência afetiva, intolerância a frustração. 12 – Percebe que sua fala é diferente dos amiguinhos, afirma que gagueja, informa que seu apelido é gaguinho. 13 – Evita situações comunicativas e/ou evita contato visual. Referência: Andrade CRF. Gagueira infantil: risco, diagnóstico e programas terapêuticos. Barueri: Pró Fono; 2006. Modelo adaptado pela Profa. Dra. Cristiane Moço Canhetti de Oliveira (Unesp de Marília-SP). Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Nome: ______________________________________________________________________ DN: ___/___/_______ Responsável: __________________________________________________________________________________ PROTOCOLO DE RISCO PARA GAGUEIRA DO DESENVOLVIMENTO Observações: ___________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ Belo Horizonte, ____ de _________________ de 2018. _______________________________ Fonoaudiólogo(a) Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana PROTOCOLOS PARA AVALIAÇÃO DE SENTIMENTOS E ATITUDES EM RELAÇÃO À FALA. Mãos para baixo: Desenhar com o paciente o contorno de suas mãos em uma papel e solicitar que faça um sinal de positivo (+) em uma das mãos e de negativo (-) na outra. Na mão que tiver o sinal de +, listar 5 características que admira em si mesmo, uma em cada dedo, e na mão com o sinal de -, listar5 características que não gosta e/ou mudaria em si mesmo, uma em cada dedo. Referência: Chmela KA, Reardon N. The school-age child who stutters: working effectively with attitudes and emotions. Memphis, Stuttering Foundation of America. Publication n° 5. 2005. Tradução e adaptação – Oliveira, 2010. Fala fácil e fala difícil: solicitar ao paciente que desenhe ele próprio em duas situações: quando a fala flui facilmente e quando a fala é difícil (com disfluências). Observar as carcaterísticas que o paciente ressalta no que se refere aos sentimentos (se está feliz, triste, indiferente, etc.). Descrevendo minha fala (framming my speech): lista de palavras que representam sentimentos para que o paciente escolha aquelas que descrevem os dele em relação à sua própria fala e escreva no interior de um desenho de destaque: Lista: Triste - feliz – cansado – frustrado – esperto – humilhado - surpreso – esperançoso – mal – estranho – satisfeito - aborrecido – preocupado – tímido – sozinho – calmo – diferente – relaxado – desapontado – bravo – irritado – ansioso – curioso – orgulhoso - excitado – medroso – confuso – corajoso – depressivo – embaraçado – tenso – culpado – outros (descrever...) Referência: Chmela KA, Reardon N. The school-age child who stutters: working effectively with attitudes and emotions. Memphis, Stuttering Foundation of America. Publication n° 5. 2005. Tradução e adaptação – Oliveira, 2010. Plaquinhas de Emojis: realizar atividade supondo situações comunicativas (falar com os pais, conversar com amigos na escola, falar sozinho, etc) e solicitar ao paciente que levante uma plaquinha que expresse como ele geralmente se sente na situação suposta. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana TESTE DE ATITUDES COMUNICATIVAS G. Brutten (1985) Leia cada frase cuidadosamente e diga se é verdadeira ou falsa para você. As frases se referem à sua fala. 1 - Eu não falo corretamente. VERDADEIRO FALSO 2 - Eu não me importo em fazer perguntas para a professora na sala de aula VERDADEIRO FALSO 3 – As vezes as palavras travam na minha boca quando eu falo. VERDADEIRO FALSO 4 – As pessoas se preocupam com a maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO 5 – Dizer algo na sala de aula é mais difícil para mim do que para as outras crianças. VERDADEIRO FALSO 6 – Meus colegas de classe não acham que eu falo engraçado. VERDADEIRO FALSO 7 – Eu gosto da maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO 8 – As vezes as pessoas terminam as palavras por mim. VERDADEIRO FALSO 9 – Meus pais gostam da maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO 10 – Eu acho fácil falar com a maioria das pessoas. VERDADEIRO FALSO 11 – Eu falo bem na maioria das vezes. VERDADEIRO FALSO 12 – Falar com as pessoas é difícil para mim. VERDADEIRO FALSO 13 – Eu não falo como as outras crianças. VERDADEIRO FALSO 14 – Eu não me preocupo com a maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO 15 – Eu não acho fácil falar. VERDADEIRO FALSO 16 – Minhas palavras saem facilmente. VERDADEIRO FALSO 17 - Falar com estranhos é difícil para mim. VERDADEIRO FALSO 18 – As outras crianças gostariam de falar como eu. VERDADEIRO FALSO 19 - Algumas crianças riem ou fazem piadinhas sobre o jeito que eu falo. VERDADEIRO FALSO 20 – Falar é fácil para mim. VERDADEIRO FALSO 21 - Falar o meu nome para alguém é difícil para mim. VERDADEIRO FALSO 22 – Para mim é difícil falar as palavras. VERDADEIRO FALSO 23 – Eu falo bem com a maioria das pessoas. VERDADEIRO FALSO 24 – Ás vezes eu tenho problemas na fala. VERDADEIRO FALSO 25 – Eu prefiro falar à escrever. VERDADEIRO FALSO 26 – Eu gosto de falar. VERDADEIRO FALSO 27 – Eu não sou um bom falante. VERDADEIRO FALSO 28 – Eu gostaria de falar como as outras crianças. VERDADEIRO FALSO 29 – Minhas palavras não saem facilmente. VERDADEIRO FALSO 30 – Meus amigos não falam tão bem quanto eu. VERDADEIRO FALSO 31 – Eu não me preocupo para falar ao telefone. VERDADEIRO FALSO 32 – Eu converso melhor com um amigo.VERDADEIRO FALSO 33 – As pessoas parecem não gostar da maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO 34 – Eu deixo os outros falarem por mim. VERDADEIRO FALSO 35 – Ler em voz alta na classe é fácil para mim. VERDADEIRO FALSO Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Folha de Respostas Pontuação: 1 ponto para cada resposta que corresponda as respostas a seguir: 1. Verdadeiro 9. Falso 17. Verdadeira 25. Falso 33. Verdadeira 2. Falso 10. Falso 18. Falso 26. Falso 34. Verdade 3. Verdadeira 11. Falso 19. Verdadeira 27. Verdadeira 35. Falso 4. Verdadeira 12. Verdadeira 20. Falso 28. Verdadeira 5. Verdadeira 13. Verdadeira 21. Verdadeira 29. Verdadeira 6. Falso 14. Falso 22. Verdadeira 30. Falso 7. Falso 15. Verdadeira 23. Falso 31. Falso 8. Verdadeira 16. Falso 24. Verdadeira 32. Verdadeira Pontuação Total: _______ Média para as crianças que gaguejam: 16,7 (n = 70) Média para as crianças que não gaguejam: 8,71 (n = 271) Referência: Brutten, G.J. Communication Attitude Test. Unpublished manuscript, Southern Illinois University, Department of Communication Disorders and Sciences, Carbondale, 1985. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA – PROTOCOLO DE TRANSCRIÇÃO DA FALA Nome: _____________________________________________________________ Data: ___/___/______ Gênero: M ( ) F( ) DN: ___/___/_______ (____anos e _____meses) Quadro 1 – Transcrição com Disfluências Tempo de duração da amostra de 200 sílabas fluentes = X segundos Transcrever aqui amostra de fala do paciente com 200 sílabas fluentes. Quadro 2 – Transcrição sem Disfluências Número de palavras fluentes = X palavras Registrar aqui apenas as PALAVRAS fluentes. Quadro 3 – Transcrição sem Disfluências Número de sílabas fluentes = X (de preferência devem ser 200 sílabas) Registrar aqui apenas as SÍLABAS fluentes. _________________________________ Fonoaudiólogo(a) Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana PROTOCOLO DE TRANSCRIÇÃO DA FALA - MODELO Nome: _____________________________________________________________ Data: ___/___/______ Gênero: M ( ) F( ) DN: ___/___/_______ (____anos e _____meses) Quadro 1 – Transcrição com Disfluências Tempo de duração da amostra de 200 sílabas fluentes = 110 segundos Sexta feira é (H) eu fiquei o dia inteiro jojogando (RSi) (2s) nunu (RSi) meu celular que eu tinha perdido aí (I) foi pra matá saudade e no s_ábado (P) eu # Ah (I) foi a mesma coisa eu fifiquei (RSi) jojojogando (RSi) s_ábado (P) eu F_iz (P) um texto que era pra terça que é pra # que é pra pra (RP + RPE) escola pra deixar ele adiantado dedededepois (RSi) (2s) eu fiquei no com_putador (P) e aajudando (RSi) minha irmã /a (B) fazê um um (RP) tra/balho (B) e aí (I) -------(segmento ininteligível) fico assistindo série 58s // teen Wolf 1s // é (H) s_egunda (P) eu # a a (RSi + PI) eu acordei eu vim aqui quanquando (Rsi) eu saí /eu (B) (2s) me troquei pra ir pra escola quando eu cheguei eu m_e me (P + RP) troquei e aí (I) eu fui aassisti (RSi) a novela /e (B) só que como a novela /acaba (B) tarde eu me arrumei pra pra (RP) dormir e fui dormir e daí (I) no outro dia eu acordei mais cedo dedepois (Rsi) acho mais ou menos 51s (...) Quadro 2 – Transcrição sem Disfluências Número de palavras fluentes = 103 Sexta feira eu fiquei o dia inteiro meu celular que eu tinha perdido foi pra matá saudade e no eu foi a mesma coisa eu eu um texto que era pra terça que é pra escola pra deixar ele adiantado eu fiquei no e minha irmã fazê um e fico assistindo série teen Wolf eu acordei eu vim aqui eu saí me troquei pra ir pra escola quando eu cheguei eu troquei e eu fui a novela só que como a novela tarde eu me arrumei pra dormir e fui dormir e no outro dia eu acordei mais cedo acho mais ou menos Quadro 3 – Transcrição sem Disfluências Número de sílabas fluentes = 200 Sex ta fei ra eu fi quei o di a in tei ro gan do meu ce lu lar que eu ti nha per di do foi pra ma tá sal da de e no ba do eu foi a mês ma coi sa eu quei gan do ba do eu um tex to que era pra ter ça que é pra es co la pra dei xar e le a di na ta do pois eu fi quei no pu ta dor e ju dan do mi nha ir mã fa zê tra lho e fi co as sis tin do sé rie teen Wolf gun da eu eu a cor dei eu vim a qui do eu sa í me tro quei pra ir pra es co la quan do eu che guei tro quei e eu fui sis ti a no ve la só que co mo a no ve la ca ba tar de eu me ar ru mei dor mir e fui dor mir e no ou tro di a eu a cor dei mais ce do pra mim a ju dar mi nha mãe em ca sa pois a cho mais ou me nos (...) Em azul disfluências comuns. Em vermelho Disfluências gagas. Em laranja duração das 3 disfluências gagas mais longas. Em verde duração de cada trecho de fala da paciente. // significa trecho de fala da terapeuta (não deve ser computado na amostra). Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA (Adaptado: ABFW - Andrade, 2004; SSI-3 - Riley, 1994) Nome: ____________________________________________________________ Data: ___/___/_______ Gênero: M( ) F( ) DN: ___/___/_______ (____anos e _____meses) 1 – Tipologia das Disfluências Disfluências Comuns (DC) Disfluências Gagas (DG) Hesitação (H) Repetição de sílabas (RSi) Interjeição (I) Repetição de sons (RS) Revisão (Rv) Repetição de palavras – a partir de 3 x (RP) Palavra incompleta (PI) Prolongamento (P) Repetição de palavras – até 2 (RP) Bloqueio (B) Repetição de parte do enunciado (RPE) Pausa (Pa) Repetição de frases (RF) Intrusão (Int) TOTAL TOTAL Percentual de DC Percentual de DG 2 – Velocidade de Fala Fluxo de Palavras por Minuto Fluxo de Sílabas por Minuto 3 – Frequência das Rupturas % Descontinuidade de Fala % Disfluências Gagas 4 – Duração Média das três disfluências mais longas: _______ + _______ + _______ = _______________ 5 – Concomitantes Físicos Sons Dispersivos Movimentos Faciais Movimentos de Cabeça Movimento das Extremidades Total Escores do SSI: Frequência _____ + Duração _____ + Concomitantes Físicos ______ = __________ Resultado: _________________________________________________________________________ _______________________________________ Fonoaudiólogo(a) 3 Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana VALORES DE REFERÊNCIA PARA VELOCIDADE DE FALA Média de velocidade de fala esperada para cada faixa etária em falantes do Português brasileiro. Faixa Etária Velocidade de FalaMédia do Fluxo de palavras por Minuto Média do Fluxo de Sílabas por Minuto 2 a 6 84,62 145,74 7 a 11 82,72 150,78 12 a 14 93,5 166,6 15 a 17 109,3 200,4 18 a 27 103,25 192,67 28 a 37 113,21 215,09 38 a 47 119,05 224,24 48 a 59 95,03 179,78 60 a 69 118,4 216,95 70 a 79 111,38 201,64 80 a 89 102,92 183,61 90 a 99 99,67 177,34 Referência: Martins VO, Andrade CRF. Perfil evolutivo de falantes do Português brasileiro. Rev Atual Cient Pró-Fono. 2008:20(1):7-12. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana TESTE DE GRAVIDADE DA GAGUEIRA – OBTENÇÃO DE ESCORES TABELAS DO SSI-3 – VALORES DE REFERÊNCIA FREQUÊNCIA DURAÇÃO Porcentagem Escore Média das 3 DG mais longas Escore 1 4 Assistemáticos (5 milisegundos ou menos) 2 2 6 Meio segundo (5 – 9 milisegundos) 4 3 8 1 segundo ( 1.0 – 1.9 Segundos) 6 4 – 5 10 2 segundos (2.0 – 2.9 segundos) 8 6 – 7 12 3 segundos (3.0 – 4.9 segundos) 10 8 – 11 14 5 segundos (5.0 – 9.9 segundos) 12 12 – 21 16 10 segundos (10.0 – 29.9 segundos) 14 22 ou mais 18 30 segundos (30.0 – 59.9 segundos) 16 1 minuto (60 segundos ou mais) 18 CONCOMITANTES FÍSICOS Escala de Avaliação: 0 = nenhum 3 = distrativo, chama a atenção 1 = não notado a menos que se procure por ele 4 = muito distrativo 2 = pouco notado para observador casual 5 = aparência grave e dolorosa SONS DISPERSIVOS Respiração ruidosa, ruído de assobio ou de fungada, sopro e sons de estalo. MOVIMENTOS FACIAIS Movimentos incoordenados de mandíbula, protrusão de língua, pressionar os lábios, tensão na musculatura da mandíbula. MOVIMENTOS DE CABEÇA Movimentos de cabeça para trás, para frente, pobre contato ocular, olhar para os lados. MOVIMENTOS DAS EXTREMIDADES Movimentos de braços e mãos, mãos levadas ao rosto, movimentos do tronco, das pernas, bater ou esfregar os pés no chão. Referência: Riley GD. Stuttering Severity Instrument for Children and Adults. Pro Ed, Austin. 1994. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana VALORES DE REFERÊNCIA PARA A CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA GAGUEIRA SEGUNDO O PROTOCOLO SSI – 3 (Riley, 1994) TABELA 1 - Crianças pré-escolares (até 6 anos e 11 meses). ESCORE TOTAL GRAVIDADE 0 – 8 Muito leve 9 – 10 Muito leve para leve 11 – 12 Leve 13 – 16 Leve para moderada 17 – 23 Moderada 24 – 26 Moderada para grave 27 – 28 Grave 29 – 31 Grave para muito grave 32 ou mais Muito grave TABELA 2 – Crianças em idade escolar (até 16 anos). ESCORE TOTAL GRAVIDADE 6 – 8 Muito leve 9 – 10 Muito leve para leve 11 – 15 Leve 16 – 20 Leve para moderada 21 – 23 Moderada 24 – 27 Moderada para grave 28 – 31 Grave 32 – 35 Grave para muito grave 35 ou mais Muito grave TABELA 3 – Adultos (acima de 17 anos). ESCORE TOTAL GRAVIDADE 6 – 8 Muito leve 9 – 10 Muito leve para leve 11 – 15 Leve 16 – 20 Leve para moderada 21 – 23 Moderada 24 – 27 Moderada para grave 28 – 31 Grave 32 – 35 Grave para muito grave 35 ou mais Muito grave Referência: Riley GD. Stuttering Severity Instrument for Children and Adults. Pro Ed, Austin. 1994. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA (MODELO) ______________________________________________de ___ anos, realizou avaliação da fluência da fala no mês de __________ de 2018, na Clínica_____________________. Os seguintes procedimentos foram realizados: história clínica, avaliação da fluência e aplicação de testes. Na história clínica foi referido que a gagueira surgiu _______ (há quanto tempo? Com que idade? É persistente ou tem períodos que a gagueira some? Descreva aqui detalhes importantes coletados na anamnese). A avaliação da fluência da fala espontânea foi realizada baseada no Teste de Fluência do ABFW1. O paciente apresentou um total de _____% de descontinuidade da fala e ____% de disfluências gagas, caracterizando assim o distúrbio de fala como gagueira. Sabe-se que o esperado para falantes fluentes é apresentar no máximo 10% de disfluências comuns e 3% de disfluências gagas. As disfluências foram caracterizadas numa amostra de fala com 200 sílabas fluentes, entre disfluências comuns (listar aqui as disfluências comuns apresentadas pelo paciente) e gagas (listar aqui as disfluências gagas apresentadas pelo paciente). No que se refere à velocidade de fala, o paciente apresentou um fluxo de ___ palavras por minuto e ____ sílabas por minuto. Os dados esperados2 seriam de ___ palavras por minuto e ____ sílabas por minuto, portanto, seu fluxo de informação está ____________ (diminuído? devido à presença das disfluências). Quanto aos concomitantes físicos, pode-se notar que o paciente apresentou _____________________ (descrever, por exemplo, os movimentos de face antes ou durante as disfluências, mal contato ocular, etc) que prejudicam sua comunicação e agravam a gagueira. A gravidade da gagueira foi classificada como ________ (Leve? Moderada? Grave?) com pontuação total de _____, de acordo com o Instrumento de Gravidade da Gagueira3. Este instrumento utiliza três medidas: a frequência da gagueira, a média de duração das disfluências mais longas e a presença de concomitantes físicos. Portanto, a análise dos resultados obtidos demonstrou que o paciente apresenta um quadro de gagueira ______________(desenvolvimental – quando aparece desde a infância) __________________ (familial – quando tem história na família - ou isolada – quando não tem) _______________(leve, moderada,...) com prejuízo em sua comunicação, necessitando de um trabalho de terapia fonoaudiológica que visa diminuir a gagueira por meio da promoção da fluência. _____________________ Fonoaudióloga Referências Bibliográficas: 1 - Andrade CRF. Fluência. In: Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Fernandes FDM, Wertzner HF. (Ogs.). ABFW – Teste de Linguagem Infantil nas Áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática. Carapicuíba: Pró-Fono. 2004; P. 51-81. 2 - Martins VO, Andrade CRF. Perfil evolutivo da fluência de falantes do Português brasileiro. Rev Atual Cient Pró-Fono. 2008;20(1):7-12. 3 - Riley GD. Stuttering Severity Instrument for Children and Adults. Pro Ed, Austin. 1994. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana MATERIAIS PRONTOS PARA TERAPIA Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana MÁQUINA DA FALA INFANTIL A Incrível Máquina da Fala! Você sabe quais os órgãos que fazem parte da incrível máquina da fala? Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana C o m o F u n c io n a a I n c rí v e l M á q u in a d a F a la ? Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Escreva os nomes dos órgãos da máquina da fala. (Se a criança não souber escrever, peça para que fale os nomes e escreva para ela). Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana MÁQUINA DA FALA ADULTO APARELHO FONADOR E A PRODUÇÃO DA FALA Como ocorre o processo de fala: _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ Referência da ideia “Máquina da Fala”: Oliveira CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EM. Orientação familiar e seus efeitos na gagueira infantil. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2010;15(1):115-24. Cérebro Boca Lábios Língua Dentes Palato Pregas Vocais Pulmões Nariz Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana FIGURAS MONOSÍLABAS Sol ____ Flor_____ Céu_____ Mão____ Pé_____ Pá_____ Boi_____ Pão_____ Chá_____ mmmmTrem_____ Mel_____ Sal_____ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana mmGás____ Rei_____ Nó____ Um_____ Rã_____ Pó_____ Mar_____ Luz_____ Cruz_____ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana FIGURAS DISSÍLABAS Bo____la____ Ca____sa____ Da____do____ Fo___ca___ Ga___to___ Ja____ca____ Lá___pis___ Ma___la___ Na____riz____ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Pê___ra___ Quei___jo___ Ra____to____ Su___co___ Cha___péu___ Ta____tu____ Ve___la___ Xa___drez___ Ze____bra____ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana FIGURAS TRISSÍLABAS Ár___vo___re Bo___ne___ca Ca___me___lo Di___nhei___ro___ Es___ca___da___ Fo___rmi___ga___ Ga___li___nha___ I___gre___ja___ Ja___ne___la___ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Lá___gri___ma___ Ma___ca___co___ O___ve___lha Pi___sci___na___ Qua___dra___do___ Re___ló___gio___ Sa___pa___to___ Ta___pe___te___ U___ru___bu___ Va___mpi___ro___ Xí___ca___ra___ A___be___lha___ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Ba___ra___lho___ Co___e___lho___ Ca___mi___nhão___ E___stre___la___ Fan___tas___ma___ Gi___ra___fa___ Jo___e___lho___ La___ran___ja___ Mor___ce___go___ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana FIGURAS POLISSÍLABAS A___bó___bo___ra___ Bi___ci___cle___ta___ Ca___ta___ven___to___ Di___a___man___te___ E___le___fan___te___ Fe___cha___du___ra___ Hi___po___pó___ta___mo___ Ins___tru___men___tos___ Ge___la___dei___ra___ Ma___ma___dei___ra___ Lo___bi___so___men___ Na___mo___ra___dos__ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Pa___pa___ga___io___ Ri___no___ce___ron___te___ Sa___pa___ti___lha___ Tar___ta___ru___ga___ U___ni___có___rni___o___ Ven___ti___la___do___r For___mi___guei___ro___ Li___qui___di___fi___ca___dor___ Pa___ra__fu___so___ E___sco___rre___ga___do___r Me___la___nci___a___ Cho___co___la___te___ Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana A___qua___re___la___ Bo___rbo___le___ta___ Ca___ran___gue___jo___ Bai___la___ri___na___ Com___pu___ta___dor___ He___li___co___pte___ro__ Ca___lcu___la___do___ra___ Fu___ra__dei___ra___ Cen___to___pe___ia___ Ma___la___ba___ris___ta___ A___ba___ca___xi___ Pi___râ___mi___de___Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana FIGURAS PARA TRABALHAR A TÉCNICA DE PHRASING Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana FIGURAS QUE REPRESENTAM AÇÕES Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana CARTÕES COM PERGUNTAS PARA CONVERSAÇÃO Dia Chuvoso 1 - De quais maneiras podemos nos proteger da chuva? 2 - O que você costuma fazer em dias chuvosos? 3 - Você sabe explicar porque a chuva é importante para nós e para as flores? 4 - Conte uma situação legal ou engraçada que você viveu em um dia de chuva. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Escola 1 - Em qual escola e horário você estuda? 2 - Quais as matérias que você mais gosta e menos gosta? 3 - Qual o nome dos seus melhores amigos da escola e porque você gosta tanto deles? 4 - Como é o professor (a) que você mais gosta? 5 - Conte como é a sua escola. (É grande, pequena? Como são as salas, o espaço de recreio, etc.?). O que você mudaria nela? Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Praia 1 - Você já foi à praia? Conte um pouco como foi a viagem. 2 - Quais as brincadeiras mais divertidas que podemos fazer na praia? 3 - Que tipo de roupas homens e mulheres usam para ir à praia? 4 - Quais os cuidados que devemos tomar na praia (sol) e ao entrar na água do mar? 5 - Você sabe dizer quais os animais que vivem no fundo do mar? Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Brincadeiras ao ar livre 1 - De quais brincadeiras podemos brincar ao ar livre, em praças e parquinhos? 2 - Qual a sua preferida? Conte como funciona. 3 - Com que frequência você costuma brincar ao ar livre? 4 - Você pratica esportes? Qual o seu preferido? 5 - Conte sobre alguma situação legal ou engraçada que tenha acontecido com você e seus amigos durante uma brincadeira ou prática de esporte. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana MENSAGEM MOTIVACIONAL PARA ADULTOS Uma mensagem pessoal Prof. Dr. Charles Van Riper Quando eu era adolescente, quase 70 anos atrás o futuro certamente parecia sombrio, desanimador. Eu era um gago muito severo com muitos bloqueios longos acompanhados por contorções faciais e movimentos de cabeça que não só provocavam rejeição nos meus ouvintes, mas também se tornava quase impossível para eu me comunicar. Eu tinha feito terapia no instituto de gagueira, ganhei um pouquinho de fluência temporária, então tive uma recaída. Somente uma vez eu tinha pedido a uma garota para marcar um encontro. Recitar na escola era tão frustrante para mim, que meus colegas e o professor diziam que eu raramente falava. Aqueles anos foram horríveis (tristes, sombrios). Mas, na verdade eu me sentia não apenas sem ajuda como também sem esperança. Como eu conseguiria um emprego ou como seria capaz de me sustentar? Como eu poderia me casar e formar uma família? Eu me sentia num mundo cheio de facas de aço. Pensei a respeito de suicídio e o tentei certa vez, mas falhei naquilo também. Se eu tivesse ido numa vidente e ela previsse que eu teria uma vida maravilhosa e compensadora eu teria rido em sua cara, amargamente. Mas, apesar da minha gagueira, ou até mesmo por causa dela, eu tenho tal vida, e você também pode tê-la (com sucesso). Agora, com 82 anos, posso olhar para trás naqueles anos com um senso de total preenchimento e realizações. Tive um fascinante trabalho que me ajudou a ser o pioneiro de uma nova profissão. Casei-me com uma mulher adorável, tive 3 filhos e 9 netos, todos eles me deram amor que eu desejava ardentemente, mas que jamais esperava conseguir. Ganhei muito dinheiro dos muitos livros que escrevi. Fiz filmes, apresentações na TV e rádio, fiz discursos e dei palestras por todo país e em muitos países estrangeiros. Na minha velha idade eu estou satisfeito. Certamente você deve estar pensando que eu devo ter sido curado da minha gagueira, para fazer todas estas coisas. Não, eu gaguejo todos os dias. Acho que sou daqueles gagos incuráveis. Todo mundo tem seu próprio problema pessoal, e o meu é a gagueira. Assim é a tua também. Descobri que certa vez eu a aceitei como um problema e aprendi a poder com ela (encarar este problema), não evitando ou escondendo nem lutando com ela, a gagueira perdeu sua resistência. Se eu temesse em gaguejar (estava com medo) eu conversava de qualquer modo. Se os outros me rejeitavam por causa disto, o problemaera deles! Parei de lutar comigo mesmo quando eu gaguejava. Aprendi a gaguejar facilmente e quando eu fazia assim, eu me tornava fluente o suficiente para realizar qualquer coisa que eu pretendia fazer. Tenho conhecido centenas de gagos que passaram a ter vidas igualmente satisfatórias apesar da gagueira. Entre eles há operários, trabalhadores rurais, pastores, advogados, até mesmo um ator. A única característica que eles tinham em comum, era que eles não permitiam que sua gagueira os impedisse de falar. Portanto, há esperança para você também, meu amigo. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO PARA OMBRO E PESCOÇO - ADULTOS Estes exercícios têm como objetivo o relaxamento (deixar o músculo mais mole) do ombro e pescoço, pois estes músculos são usados na fala, e se estiverem sem tensão você conseguirá falar de modo mais suave, e com menos gagueira. Esses exercícios também ajudam a diminuir os possíveis movimentos associados que podem ocorrer durante a fala, além de melhorar sua articulação. Você pode e deve fazer diariamente em sua casa, em poucos minutos. Devem ser realizados juntamente com o trabalho de respiração. Com uma musculatura alongada, suas tensões diminuem e você estará assim soltando o ar para a fala. 1 - Contração- Relaxação de Ombro: - sentado, deixe os braços soltos; - eleve suavemente os ombros, bem alto, quase até as orelhas, feche os olhos e sinta a tensão dos músculos (conte mentalmente até 5); - solte-os pesadamente, deixando-os cair de uma só vez (ainda com os olhos fechados, sinta os músculos mais soltos e a sensação gostosa que a musculatura relaxada proporciona – conte até 5 mentalmente). Repita o exercício pelo menos 5 vezes. A mesma sequência de exercício pode ser realizada com um ombro de cada vez (5 vezes cada um). 2- Rotação de Ombro para Frente: Em pé ou sentado, veja o que fica mais fácil para você, faça: - movimento com os ombros rodando-os para frente, subindo os ombros em direção a orelha e depois abaixando para completar a volta completa. Repita o exercício pelo menos 5 vezes. A mesma sequência de exercício pode ser realizada com um ombro de cada vez (5 vezes cada um). 3 - Rotação de Ombro para Trás: Em pé ou sentado, veja o que fica mais fácil para você, faça: - movimento com os ombros rodando-os para trás, abaixando e depois subindo os ombros em direção à orelha para completar a volta completa. Repita o exercício pelo menos 5 vezes. A mesma sequência de exercício pode ser realizada com um ombro de cada vez (5 vezes cada um). 4 – Movimento do “SIM” (com a cabeça): Nesse exercício você deve perceber o alongamento da musculatura vertical do pescoço. - Deixe a cabeça, pender para frente, num movimento como se estivesse fazendo "sim" com a cabeça; - Eleve-a lentamente, até a posição vertical. Mantenha assim por alguns instantes. - Faça o movimento de pender a cabeça para trás. - Eleve-a, novamente, até a posição vertical. Repita pelo menos mais duas vezes o exercício. 6 – Movimento do "NÃO" (com a cabeça): Com esse exercício você deve sentir o alongamento da musculatura lateral do pescoço, em um movimento como se estivesse fazendo "não" com a cabeça. Você deve sentir o músculo alongando-se do lado oposto ao que você girar a cabeça: - Gire a cabeça, primeiramente para o lado esquerdo, lentamente; mantenha-se nessa posição por alguns instantes; - Repita o movimento para o lado direito; - Volte à posição normal. Repita o exercício pelo menos mais 5 vezes. Esse exercício pode ser realizado com o trabalho de respiração: ao girar a cabeça para o lado esquerdo, inspire, "puxe o ar" e, retorne ao lado direito expirando, "soltando o ar". Nesse caso, não pare a cabeça, vire de um lado para o outro sem parar, para não prender a respiração. Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524 Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana 7 – Movimento do "Talvez" (com a cabeça): Por meio desse exercício você deve sentir o alongamento da musculatura lateral do pescoço, em um movimento como se estivesse fazendo "talvez" com a cabeça. Você deve sentir o músculo alongando-se do lado contrário ao que você pender a cabeça. - Penda a cabeça, no sentido da orelha para ombro, primeiramente do lado direito, mantenha-se nessa posição por alguns instantes; - Repita o movimento do lado esquerdo; - Volte à posição normal. Repita o exercício pelo menos 5 vezes. Lembre-se: Nunca se esqueça de trabalhar a respiração enquanto realiza os exercícios de alongamento e fortalecimento: "Puxe o ar e solte-o devagar". 8 - Rotação de Cabeça: Por meio desse exercício você deve perceber o alongamento da musculatura lateral do pescoço. Você deve sentir o músculo alongando-se do lado oposto ao que você girar a cabeça: - Em pé ou sentado, deixe a cabeça pender para frente. Gire-a, de leve, para que se incline à esquerda; - Com outro leve impulso, gire-a por sobre o ombro esquerdo; eleve a cabeça lentamente à posição vertical. - Agora, faça o mesmo para o lado direito. - Repita cada semirotação pelo menos 5 vezes. - Realize, agora, uma rotação completa, iniciando por sobre um ombro e terminando por sobre o outro. - Faça o mesmo, invertendo o sentido da rotação. Repita pelo menos mais duas vezes os dois movimentos anteriores.
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