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VIAS CEREBELARES - resumo Ângelo Machado, Neuroanatomia Funcional

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VIAS CEREBELARES:
Tanto no cérebro quando no cerebelo ⇒
córtex que envolve um centro de
substâncias brancas (centro medular no
cérebro e corpo medular do cerebelo),
onde são observadas massas de
substância cinzenta (núcleos centrais no
cerebelo e núcleos da base no cérebro);
Citoarquitetura do córtex cerebelar, da
superfície para o interior:
- camada molecular
- camada de células de purkinje
- camada granular
Células de purkinje: elementos mais
importantes do cerebelo; apresentam
dendritos que se ramificam na camada
molecular, e apresentam um axônio que
sai na direção oposta, terminando nos
núcleos centrais do cerebelo, onde
exercem ação inibitória;
→ essas fibras constituem as únicas
fibras eferentes do córtex do cérebro;
Camada molecular: formada por fibras
principalmente por fibras paralelas e
contém dois tipos de neurônios ⇒ as
células estreladas e as células em cesto
(apresentam sinapses axossomáticas
dispostas em torno do corpo das células
de purkinje)
Camada granular: constituída
principalmente por células granulares ou
grânulos do cerebelo, células pequenas
de citoplasma reduzido; essas células
apresentam dendritos e um axônio que
atravessa a camada das células de
purkinje e na camada molecular se
bifurcam em T; os ramos dessa bifurcação
formam as fibras paralelas que
estabelecem sinapse com os dendritos
das células de purkinje;
→ cada célula granular faz sinapse com
um grande número de células de purkinje;
CONEXÕES INTRÍNSECAS DO
CEREBELO:
As fibras que penetram no cerebelo se
dirigem ao córtex e são de dois tipos:
- fibras trepadeiras ⇒ são axônios
de neurônios situados no
complexo olivar inferior; essas
terminam se enrolando em torno
dos dendritos das células de
purkinje, sobre as quais exercem
potente ação excitatória;
- fibra musgosas ⇒ terminações
dos demais feixes de fibras que
penetram no cerebelo; essas, ao
penetrar no cerebelo, emitem
ramos colaterais que fazem
sinapses excitatórias com os
neurônios dos núcleos centrais;
em seguida, atingem a camada
granular, onde se ramificam,
terminando em sinapses
excitatórias axodendríticas com
grande número de células
granulares que por meio das fibras
paralelas, se ligam às células de
purkinje.
Assim → constitui-se o circuito cerebelar
básico ⇒ os impulsos nervosos que
penetram no cerebelo pelas fibras
musgosas ativam sucessivamente os
neurônios dos núcleos centrais, as células
granulares e os neurônios dos núcleos
centrais, as células granulares e as
células de purkinje, as quais inibem os
próprios neurônios dos núcleos centrais;
As informações que chegam ao cerebelo
de vários setores do sistema nervoso
agem inicialmente sobre os neurônios dos
núcleos centrais de onde saem as
respostas eferentes do cerebelo; a
atividade desses neurônios é modulada
pela ação inibidora das células de
purkinje;
A célula granular é a única excitatória que
tem como neurotransmissor o glutamato,
as demais são GABA;
As células de purkinje, portanto, recebem
sinapse diretamente das fibras trepadeiras
e indiretamente das fibras musgosas;
projeta-se para depois dos núcleos
centrais do cerebelo ou para o núcleo
vestibular, no caso do lobo floculonodular,
sendo estas as vias de saída do cerebelo;
NÚCLEOS CENTRAIS DO CEREBELO:
- núcleo denteado → é o maior dos
núcleos centrais; localizado mais
lateralmente;
- núcleo emboliforme
- núcleo globoso
- núcleo fastigial → próximo ao
plano mediano, em relação com o
ponto mais alto do teto do IV
ventrículo;
Os núcleos emboliforme e globoso são
muito semelhantes no ponto de vista
funcional e estrutural ⇒ agrupado em
núcleo interpósito;
Dos núcleos centrais saem as fibras
eferentes do cerebelo e neles chegam os
axônios das células de purkinje e
colaterais das fibras musgosas;
O corpo medular do cerebelo é
constituído de substÂncia branca e
formado por fibras mielínicas, que são
principalmente as seguintes:
- fibras aferentes ao cerebelo:
penetram pelos pedúnculos
cerebelares e dirigem-se ao
córtex, onde perdem a bainha de
mielina
- fibras formadas pelos axônios das
células de purkinje → dirigem-se
aos núcleos centrais e, ao sair do
córtex, tornam-se mielínicas;
Existem poucas fibras de associação no
corpo medular do cerebelo; essas fibras
são ramos colaterais dos axônios das
células de purkinje;
DIVISÃO FUNCIONAL DO CEREBELO:
dividido de forma longitudinal
- zona medial →os axônios das
células de purkinje dessa zona se
projetam para o núcleo fastigial e
vestibular lateral
- zona intermédia → para o núcleo
interpósito;
- zona lateral → os axônios das
células de purkinje da zona lateral
projetam-se para o núcleo
denteado
As células de purkinje do lobo
floculonodular projetam-se para o núcleo
fastigial ou diretamente para os núcleos
vestibulares;
Divisão funcional do cerebelo:
- vestibulocerebelo: compreende o
lobo floculonodular e tem
conexões com o núcleo fastigial e
os núcleos vestibulares;
- espinocerebelo: compreende o
verme e a zona intermédia dos
hemisférios e tem como conexões
com a medula
- cerebrocerebelo: compreende a
zona lateral e tem conexões com o
córtex cerebral;
CONEXÕES EXTRÍNSECAS:
O cerebelo influencia os neurônios
motores de seu próprio lado; tanto as vias
eferentes quando as aferentes sofrem
duplo cruzamento ⇒ vão para os lados
opostos e depois voltam para o mesmo
lado;
→ a lesão de um hemisfério cerebelar dá
a sintomatologia do mesmo lado (em
lesão cerebral, é no lado oposto);
(PRIMEIRA AULA DO OLAVO ENTRA
AQUI);
APRENDIZAGEM MOTORA:
Quando executamos a mesma atividade
motora várias vezes, ela passa a ser feita
de maneira cada vez mais rápida e com
menos erros ⇒ o sistema nervoso
aprende a executar as tarefas motoras
repetitivas, o que provavelmente envolve
modificações mais ou menos estáveis em
circuitos nervosos;
- o cerebelo participa desse
processo ⇒ através das fibras
olivo cerebelares, que chegam ao
córtex cerebral como fibras
trepadeiras e fazem sinapse
diretamente com as células de
purkinje;
- Há evidências de que essas fibras
podem modular excitabilidade das
células de purkinje, em resposta
aos impulsos que essas células
recebem do sistema de sistema de
fibras musgosas e paralelas; As
fibras trepadeiras modificam por
tempo prolongado as respostas
das células de purkinje aos
estímulos das fibras musgosas.
Correção do movimento: as fibras
trepadeiras fornecem o sinal de erro
durante o movimento que deprime as
fibras paralelas simultaneamente ativas,
permitindo que os movimentos certos
surgissem;
→ sucessivos movimentos ⇒ padrão de
atividade cada vez mais apropriado
surgiria ao longo do tempo;
Lesão, tanto no cerebelo como na oliva
inferior → prejudica aprendizado motor;
→ resulta também da plasticidade
sináptica coordenada entre os vários
locais; os núcleos centrais estão
envolvidos; O cerebelo cria modelos
internos para auxiliar na realização de
movimentos precisos antes da
interferência do feedback sensorial;
- lesões cerebelares podem afetar
as habilidades proprioceptivas: o
senso de posição do membro
durante um movimento ativo;
Referência: MACHADO, Angelo B. M..
Neuroanatomia funcional. 2 São
Paulo: Atheneu Editora, 2007, 363 p.

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