Fases do potencial de ação

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Fases do potencial de ação 
Na célula muscular cardíaca a contração dura um período mais longo que no músculo esquelético. Esta duração mais prolongada do potencial de ação ocorre em virtude de um retardo na repolarização devido à entrada de íons cálcio na fibra durante uma fase denominada de platô. O platô corresponde ao intervalo de tempo entre a despolarização e a repolarização da membrana. A entrada de cálcio durante o platô mantém a positividade da fibra impedindo a repolarização. 
Após alguns milisegundos cessa o influxo de cálcio e a repolarização se completa. A seguir serão descritas as fases do potencial de ação na fibra muscular cardíaca: 
Fase 0 – despolarização rápida, devido a abertura de canais de sódio dependentes de voltagem e a consequente entrada de sódio na fibra elevando o potencial de membrana. 
Fase 1 – repolarização parcial, devido à inativação da corrente de sódio e abertura de canais de potássio dependentes de voltagem levando à saída de potássio e a diminuição do potencial de membrana. 
Fase 2 – platô, devido a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem que permite a entrada de cálcio mantendo a positividade na fibra apesar da saída de potássio pelos canais de potássio dependentes de voltagem. 
Fase 3 – repolarização, devido a inativação dos canais de cálcio e o aumento da permeabilidade ao potássio cuja saída diminui o potencial de membrana. 
Fase 4 – potencial de marcapasso, devido ao aumento gradual da permeabilidade ao sódio durante ao repouso nas fibras especializadas do nodo sinoatrial e atrioventricular.