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S15P1 - Vermelho Brilhante

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 Compreender a fisiopatologia e a etiologia das infecções bacterianas que acometem a pele. 
 Estudar a fisiopatologia e a diferença entre a erisipela e celulite. 
 Entender os fatores de riso para as infecções de pele. 
Infecções Bacterianas 
As piodermites são processos infecciosos mediados 
por toxinas bacterianas. Sua patogenia depende de 
muitos fatores, sendo eles: 
 Flora residente do indivíduo, 
 Barreira celular e química da pele, 
 Grau de hidratação, 
 pH (pH alcalino facilita a proliferação de 
bactérias), 
 Capacidade imunológica do paciente, 
 Grau de virulência do germe. 
Essa infecção pode ser classificada primariamente 
como cutâneos e por impetiginações, ou pode ser 
causada por uma infecção secundaria, quando a pele 
estiver previamente lesada, podendo ser decorrentes da 
proliferação das bactérias na pele ou de manifestações 
de hipersensibilidade aos antígenos bacterianos. Elas são 
mediadas por toxinas (endo ou exotoxinas). 
Quando ocorre a penetração do germe diretamente 
na pele acontece uma inflamação e supuração primaria. 
Já quando a infecção primaria ocorre em outros órgãos, 
via disseminação hematogênica, as bactérias atingem a 
pele, comprometendo as paredes dos vasos cutâneos 
onde pode ocorrer uma trombose vascular com 
hemorragia e, com isso, uma necrose do território 
cutâneo correspondente ao vaso ocluído. 
As duas principais etiologia que podem causar a 
infecção são: 
 Estafilococos (Staphylococcus aureus) 
 Estreptococos (Streptococcus pyogenes ou 
estreptococos beta-hemoliticos do grupo A) 
O Staphylococcus aureus é um coagulase-positivo e, 
portanto, é patogênico. Ele produz várias toxinas 
(necrogenica), podendo causar impetigo, foliculite, celulite 
e funinculos. 
Já no Streptococcus pyogenes o mais patogênico é 
o beta-hemolítico do grupo A, que secretam a proteína 
M, responsável por inibir a fagocitose. O contágio 
acontece por contato direto, e, por isso, as epidemias 
são mais comuns em agrupamentos humanos. Elas 
podem causar o impetigo, erisipel, celulite e linfangite. 
 
 
 
 
 
 
Erisipela 
É uma infecção aguda da derme, com importante 
comprometimento linfático. 
É naturalmente predominante de estreptocócica, 
principalmente do grupo A. 
Porém a casos que ocorrem devido a estafilocócica., 
entretanto o mais provável, entretanto, é que o 
estafilococo se estabeleça secundariamente ou que 
sejam casos de celulite. 
É uma forma inflamatória e aguda da celulite, que 
difere de outros tipos de celulite, como envolvimento 
linfático proeminente. 
Essa patologia inicia-se após a perda da barreira 
cutânea, transferindo a doença para estruturas mais 
profundas através dos vasos linfáticos. 
Os fatores de riscos incluem: 
 tinea pedis, 
 diabetes, 
 insuficiência venosa, 
 tromboflebite, trauma, 
 desnutrição, 
 abuso de álcool e drogas, 
 infecções respiratórias (no caso de erisipela na 
face). 
Dessa maneira, a partir de traumas ou abrasões 
(escoriações da pele) e em lesões psoríticas, 
eczematosas ou lesões tinea essas bactérias conseguem 
invadir a pele. 
 
Clinica 
Após a entrada de bactéria, ela irá ser incubada por 
poucos dias, manifestando-se como edema vermelho 
vivo brilhante e doloroso, além disso terá bordas bem 
delimitadas e que avançam rapidamente sobre a pele 
saudável. 
A lesão ficará quente e muito sensível ao toque, 
podendo gerar bolhas, necroses e/ou ulcerações quando 
o caso é mais intenso. 
Apresenta também linfangite (infecção de 1 ou + 
vasos linfáticos) e linfadenopatia regional aguda 
apresentando um efeito de "casca de laranja", além de 
sintomas sistêmicos como febre, mal-estar e calafrios. 
Dependendo do país, o local mais afetado é por essa 
patologia muda. Dessa maneira, no Brasil, a parte mais 
acometida é a mais e linfadenopatia regional aguda 
presentando um efeito de "casca de laranja", além de 
 
Problema 29 – Vermelho Brilhante 
Imagem 1: 
Classificação das 
piodermites – 
Sanarflix 
sintomas sistêmicos como febre, mal-estar e calafrios. Já 
nos EUA e Europa é mais comum ocorrer na face, 
devido à dermatite seborreica, mais comum em países 
frios. 
Além disso, as mulheres que realizaram uma 
mastectomia total com esvaziamento de linfonodos 
axilares, pode também ocorrer nas mamas e nos 
membros superiores. Geralmente ocorre mais em 
pacientes idosos. 
Ela é uma patologia que possui uma capacidade de 
recorrência, havendo como sequela certo grau de 
linfedema a cada infecção levando assim a uma 
elefantíase, que por sua vez, favorece novos surtos. 
Quando o processo é exuberante, a pele torna-se 
verrucosa, com aspecto de musgo, porém esta 
complicação ocorre tipicamente em obesos. 
Além disso, pode levar a complicações como nefrite 
e septicemia. 
A mortalidade é rara, podendo ocorrer, sobretudo, 
em crianças ou quando acomete a face. A apresentação 
bolhosa confere gravidade ao processo, assim como a 
localização facial. 
 
 
 
Diagnóstico 
É feito essencialmente de forma clínica, podendo 
realizar cultura para identificar qual o agente infectante 
foi o responsável. 
Porém, deve-se diferenciar o diagnóstico de erisipela 
de trombose venosa profunda e de tromboflebite. 
 
Tratamento 
A maioria dos pacientes não necessita de internação, 
exceto nos casos de comorbidade. 
Porém, existem algumas medidas gerais que podem 
melhorar os sintomas, como colocar em repouso os 
membros elevados, uso de compressas frias e 
desbridamento, caso necessário. 
Além disso, pode-se usar corticoides, antibioticoterapia 
(de primeira linha) que incluem a penicilina-procaína e a 
cristalina. 
Nos casos recorrentes de erisipela, indica-se o uso de 
penicilina benzatina, por muitos meses. Nesses pacientes 
é importante combater o intertrigo interpododáctilo e a 
obesidade frequentemente associada. 
 
Celulite 
É uma Infecção inflamatória aguda semelhante a 
erisipela que atinge até a camada hipodérmica. 
A bactéria irar se disseminar a partir de uma infecção 
localizada, atingindo a epiderme por fissuras na pele, 
picadas de insetos, abrasões, cortes, queimaduras, 
incisões cirúrgicas e cateteres. 
Sua etiologia é principalmente estreptocócica, mas 
inclui estafilococos, Haemophilus influenzae, 
pneumococos, pseudomonas, entre outros. Em 
diabéticos e imunossuprimidos também pode ser causada 
por anaeróbios e gram-negativos. 
 
 
Clinica 
A evolução é semelhante à da erisipela a (dor, 
eritema e calor localizados), sendo o eritema menos vivo 
e as bordas mal delimitadas 
A infecção causada por MSSA ou MRSA 
(Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina) que está 
associada à infecção local, geralmente leva à uma celulite 
purulenta, enquanto por S. pyogenes tem um processo 
mais rápido e difuso, associado a linfangite e febre. 
Já na celulite hemorrágica, descrita em pacientes com 
diabetes e imunodeprimidos, caracteriza-se por área de 
hemorragia dérmica e bolhas; o fator de necrose tumoral 
alfa (TNF-α) parece ser responsável pelo dano vascular. 
Essa doença apresenta uma forma recorrente, que 
geralmente vai ocorrer pelo processo infeccioso em 
conjunto com estase venosa crônica ou safenectomia 
para cirurgia de revascularização do miocárdio. Também 
pode ocorrer em pacientes com elefantíase, dissecção 
de linfonodos ou doença de Milroy. 
A infecção por Haemophilus influenzae geralmente 
ocorre em crianças menores de cinco anos e origi1na a 
celulite pré-septal e orbitária, estando associada à 
rinossinusite, otite média ou epiglotite. Já na celulite por 
Imagem 1: – A. erisipela no membro inferior; B. erisipela na face; C. 
erisipela bolhosa; D. elefantíase mostra – Sanarflix e Azulay 
Imagem 2: Paciente com: A. trombose venosa profunda; B. 
tromboflebite. - Sanarflix 
Pseudomonas aeruginosa é mais comum em 
hospitalizados e imunossuprimidos. 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Assim como na erisipela, o diagnostico é clinico, 
porém pode ser solicitado um exame de cultura para 
identificação do agente etiológico. 
Pode-se pedir o exame bacterioscópico,entretanto 
ele só é útil no caso de feridas abertas ou com drenagem. 
Como diagnósticos diferenciais, tem-se: tromboflebite 
(pernas), herpeszoster e angioedema (face). 
 
 
Tratamento 
Inclui repouso com elevação do membro, analgesia e 
antibioticoterapia sistêmica, que deve ser parenteral nos 
casos intensos ou localizados na face, devendo-se 
considerar as possibilidades etiológicas na escolha do 
tratamento. 
Nos casos em que se suspeita da etiologia 
estafilocócica (desde que não seja MRSA), além dos 
fármacos já descritos no tratamento da erisipela, usa-se 
oxacilina, ou cefalotina. 
Nos casos de celulite hemorrágica, é indicado, ainda, 
o uso de corticoides sistêmicos. Em crianças menores de 
5 anos, o H. influenzae é frequentemente o causador de 
celulite pré-septal e orbitária não relacionada com 
traumatismo. O tratamento ser feito com ampicilina, 
cloranfenicol ou ceftriaxon 
 
Erisipela x Celulite 
A erisipela e celulite tem epidemiologia semelhante, 
pois, em geral, estão relacionadas a fatores de risco 
como obesidade, diabetes mellitus, doença venosa 
periférica, dentre outras condições que favoreçam a 
proliferação bacteriana por deficiência do sistema imune 
e, sobretudo, por formar portas de entrada ao organismo. 
Portanto o que irá diferencia-las são poucas coisas 
como: 
 
 
 
 
 
 
 
 Referências 
AZULAY, RD e AZULAY, DR. Dermatologia. 6ª ed. 
2015, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 
 
Walter Belda Junior, Nilton di Chiacchio, Paulo Ricardo 
Criado. Tratado de Dermatologia. Atheneu, 3° edição. 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 3: A. celulite facial; B. celulite periorbitária. - Sanarflix 
Imagem 4: A: celulite; B: erisipela. - Sanarflix

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