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hemorrágica que causa redução do ganho de peso, conhecida como adenomatose intestinal suína. Imunidade materna contra L. intracellularis pode durar até cinco semanas. Agente Bactéria intracelular obrigatória Lawsonia intracellularis Elevada prevalência e grande disseminação Comum em suínos desde o início da fase de crescimento até o final da fase de terminação, podendo manifestar-se no plantel reprodutivo. No Brasil está diagnosticado em 79,3% das granjas. O agente pode sobreviver por 15 dias fora do animal, quando em temperaturas de 5 a 15 graus centígrados A forma aguda (hemorrágica) acomete suínos entre 4 e 12 meses de idade, normalmente animais de reposição (reprodutores), que apresentam hemorragia intestinal profusa e morrem subitamente. Mais frequente em leitoas de reposição a partir dos 60kg/pv. Animais apresentam-se pálidos, com diarréia escura com sangue e elevada mortalidade A forma crônica (mais frequente) afeta leitões em crescimento, entre 2 e 4 meses de idade, que apresentam redução de ganho de peso, com consequente desuniformidade entre animais da mesma idade e atraso na idade de abate. Diarréia transitória é normalmente observada. Presença de fezes pastosas com restos de alimento mal digerido e coloração amarela/castanha. As formas aguda e crônica apresentam alterações histológicas caracterizadas pela proliferação de células epiteliais das criptas intestinais associadas à presença de microorganismos pequenos e curvos no citoplasma apical destas células hiperplásicas. Sintomas e transmissão Transmissão pode ser horizontal , através do contato com as fezes de animais infectados ou vertical, passando desde a fêmea para seus descendentes. Roedores, pássaros e núcleo de funcionários da granja podem atuar como agentes de transmissão. A infecção induz a uma proliferação anormal de enterócitos nas criptas das vilosidades intestinais. Ocorre hiperplasia desta criptas, evidentes entre os 10 e os 14 dias de infecção, determinando espessamento da mucosa do íleo e porção inicial do cólon Ocorre queda na capacidade digestiva intestinal, redução da absorção de nutrientes. Animais começam a eliminar a bactéria duas semanas após a infecção e pode durar até dez semanas ( 2 a 3 em média) Lesões de necropsia Na forma aguda é possível verificar na porção distal do intestino delgado a presença de sangue de cor escura ou mesmo coagulado Na forma crônica, observa-se pregas na mucosa do íleo e início do cólon, coloração avermelhada, espessura aumentada. Em casos mais avançados é possível encontrar foco necróticos Diagnóstico Existem três formas de diagnosticar EPS em animais vivos: sorologia, esfregaços de amostras de fezes coradas pela técnica da imunoperoxidase e PCR em amostras fecais. Tratamento Casos agudos – antibioticoterapia (tilosina 200 ppm PA) durante 05 dias Casos crônicos – tratamento mais prolongado, regras de vazio sanitário e biossegurança Prevenção e controle.- Limpeza e higiene das instalações (vazio de 5 dias) Evitar a mistura de lotes de idades diferentes Fornecimento preventivo de ração medicada (tilosina) Vacina ainda em estudos mas com boas perspectivas futuras Controlar o ambiente evitando submeter os animais a variações bruscas de temperatura DOENÇAS ENTÉRICAS CAUSADAS POR ESPIROQUETAS As espiroquetas são importantes agentes causadores de doenças entéricas em suínos, representando prejuízos econômicos significativos para a suinocultura, pois provocam colite espiroquetal e disenteria suína, respectivamente. Os agentes afetam predominantemente suínos em fase inicial de recria e terminação e provocam quadros clínicos que se caracterizam por diarreia mucoide e/ou hemorrágica , lesões muco –hemorrágicas localizadas exclusivamente no intestino grosso e baixo desenvolvimento dos animais acometidos. Brachyspira Hyodysenteriae (disenteria suína) – cepa única Brachyspira pilosicoli – geneticamente diversa, podendo ser isoladas várias cepas em uma mesma baia A infecção por Brachyspira sp. É a mais comum e a mais severa em leitões do CT. Sintomas e transmissão A infecção por brachyspira sp é caracterizada por colite sendo branda e moderada no caso da Brachyspira pilosicoli e mais severa no caso da Brachyspira hyodysenteriae. A Transmissão pode ser por via fecal e nos rebanhos não imunes a enfermidade pode ser facilitada pela introdução de suínos contaminados.
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